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Kınalıada

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: "Prote" e "Proti" redirecionam para este artigo. Para a ilha grega ao largo do Peloponeso, veja Prote (Messénia).

Kınalıada
Prote • Proti
Kınalıada
Kınalıada está localizado em: Istambul
Kınalıada
Localização de Kınalıada na área metropolitana de Istambul
Coordenadas: 40° 54' 30" N 29° 3' E
Geografia física
País  Turquia
Arquipélago Adalar (ilhas dos Príncipes)
Ponto culminante 115 m
Área 1,3  km²
Largura 1.1 km
Comprimento 1.5 km
Geografia humana
População 3 318 (2000)[1]
Densidade 2 552,3  hab./km²
Administração
Região Mármara
Província Istambul
Distrito Adalar
Vista panorâmica

Kınalıada (em grego: Πρώτη; romaniz.: Próti), também conhecida como Prote ou Akroni, é uma das nove ilhas que constituem o arquipélago das ilhas dos Príncipes (em turco: Adalar) e administrativamente são um distrito da área metropolitana de Istambul, Turquia. Em 2000, tinha 3 318 habitantes permanentes.[1]

Situa-se no mar de Mármara, a sudeste do centro de Istambul, em frente ao subúrbio de Maltepe e é a mais ocidental das ilhas dos Príncipes, portanto a mais próxima da parte europeia de Istambul. O nome turco da ilha signfica ilha (ada) da hena (kına), uma referência à cor da terra da ilha, que é vermelha devido às minas de ferro e cobre que lá existiram. A circulação de veículos motorizados ou de tração animal é proibida na ilha.

Tem cerca de 1,5 de comprimento por 1,1 km de largura. É a quarta maior ilha de Adalar e tem três grandes colinas: Çınar, na parte ocidental, Teşvikiye, a mais alta, com 115 metros, situada ao lado de Çınar, e Hristo, com 93 metros, em cujo cume se encontra o Mosteiro da Transfiguração (ou de Histro ou Christo), pertencente à Igreja Ortodoxa Grega. No lado ocidental da colina de Histro situa-se a baía de Manastır, em cuja costa norte há pequenos buracos resultantes de mineração, que são uma das atrações turísticas da ilha.[1]

O clima de Kınalıada é mais áspero do que o das outras ilhas dos Príncipes. É relativamente pouco florestada, ao contrário do resto do arquipélago. Devido a isso, a ilha não é usada para veraneio pelos istambulitas, entre os quais é popular arrendar ou ter casas de férias nas ilhas Adalar. Em contrapartida é rica em pedra, que foi usada durante o período bizantino na construção das Muralhas de Constantinopla. As pedreiras da ilha forneceram igualmente pedra na construção da doca de Tophane e do porto de Haydarpaşa, no século XIX.

Durante o período bizantino, quando era conhecida como Prote, à semelhança de outras ilhas do aqruipélago, a ilha era usado como local de exílio de dignitários caídos em desgraça. Depois de 1833 instalaram-se os primeiros habitantes arménios, cuja população aumentou com a criação dos serviços de ferryboat em 1846, a ponto de se tornar maioritária na ilha. Os arménios construíram a igreja arménia de Surp Krikor Lusavoriç (São Gregório, o Iluminador) e a Escola Arménia de Nersesyan em 1857, que tiveram um papel importante na revitalização da ilha. Os principais edifícios construídos pela minoria grega local são a Igreja Panayia e a Escola Primária Grega, construída em 1869. A Escola Primária Tuca começou a funcionar em 1935. A mesquita de Kınalıada foi construída em 1963.[1]

A ilha não dispunha de água canalizada ou eletricidade até 1947. Até 1981, quando foi construída uma rede de distribuição de água ligada ao continente, o abastecimento de água era assegurado por cisternas e era frequente haver faltas de água. Na última década do século XX o número de habitantes teve grandes oscilações: de 3 943 em 1990, desceu para 2 539 em 2000, antes de voltar a subir para os 3 318 de 2000.[1]

Exilados famosos em Prote:

Mosteiro grego de da Transfiguração, conhecido como mosteiro de Hristo ou Christo
  • Miguel I Rangabe — imperador entre 811 e 813; viveu na ilha a partir de 813 com a sua família, após ter abdicado, e ali morreu em 844.
  • Romano Lecapeno — imperador entre 920 e 944; foi obrigado a tornar-se monge em Prote após ter sido deposto pelos seus filhos Estêvão e Constantino em dezembro de 944, tendo morrido na ilha 4 anos depois.[2]
  • Teofana Anastaso — esposa do imperador Romano II e depois de Nicéforo II Focas, foi exilada em Prote durante algum tempo pelo seu amante, também imperador, João I Tzimisces.
  • Leão Focas, o Jovem — distinto general, irmão de Nicéforo II Focas, foi cegado e enviado para Prote em 971.
  • Romano IV Diógenes (r. 1068–1071) — foi exilado na ilha após ter sido cegado em junho de 972, tendo morrido pouco depois devido aos ferimentos causados pelo vazamento dos olhos. O imperador deposto teria sido enterrado na ilha,[3] diz-se que perto do local onde se ergue atualmente um orfanato.[1]

Outros residentes célebres:

Notas e referências

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  1. a b c d e f «Kınalıada» (em inglês). Istambul 2010, Capital Europeia da Cultura. Município de Istambul. www.ibb.gov.tr. 2008. Consultado em 29 de abril de 2015. Cópia arquivada em 29 de abril de 2015 
  2. Striker, Cecil L. (1981). «The Myrelaion (Bodrum Camii) in Istanbul». Princeton University Press (em inglês): 6. ISBN 9780691035468 
  3. Finlay, George (1877). Tozer, Henry Fanshawe, ed. «The Byzantine and Greek empires, pt. 2, A.D. 1057-1453». William Blackwood & Sons (em inglês). 2: 36. Consultado em 29 de abril de 2015 
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