Língua meda
Medo | ||
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Falado(a) em: | Média (atual Irã) | |
Total de falantes: | — | |
Família: | Indo-europeia Indo-iraniano Iraniano Iraniano ocidental Iraniano do noroeste Medo | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | --
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ISO 639-2: | --- | |
ISO 639-3: | xme
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A Língua meda ou medo, também conhecida como médico, era uma língua indo-iraniana falada na Antiguidade pelos medos,[1] povo que ocupou principalmente a região do atual Curdistão. Não existem textos preservados em língua meda, a gramática é desconhecida e o idioma é documentado apenas por meio de empréstimos em persa antigo.
O medo é considerada uma língua iraniana do noroeste, assim como o curdo moderno, o zazaki, o gilaki, o mazandarani e balúchi,[2] embora atualmente seja uma língua extinta.
Embora nada se saiba sobre a sua gramática, nota-se que existem semelhanças entre esta língua e as línguas avestana e persa antigo. Durante a existência do estado medo, a língua meda era o idioma oficial do estado nos territórios cobertos por este estado.[3]
História
[editar | editar código-fonte]O medo só é evidenciado pelos diversos empréstimos seus encontrados no persa antigo. Nada se conhece de sua gramática, "porém ele partilha importantes isoglossas fonológicas com o avéstico, e não com o persa antigo. (...) Sob o domínio médico, o medo deve ter sido, até certo ponto, o idioma oficial na Pérsia ocidental."[3]
Nenhum documento datado do período medo foi preservado, e não se sabe com qual escrita os textos produzidos por este povo eram feitos. Até agora apenas uma inscrição do período pré-aquemênida, uma placa de bronze, foi descoberta no território da Média, uma inscrição cuneiforme escrita em acádio, talvez por volta do século VIII a.C., porém nenhum nome meda é mencionado nela.[4]
Alguns estudiosos atuais sugeriram que o chamado linear elamita, que ainda não foi decifrada, poderia ter sido usada para escrever o idioma dos medos, presumindo que Kutik-Inshushinak seria o nome original iraniano de Ciaxares, em vez de um rei elamita do período não muito anterior ao uso dela.[5]
Citação bíblica
[editar | editar código-fonte]Na Bíblia, no Livro dos Atos dos Apóstolos, há menção de que, dentre os presentes em Jerusalém quando da descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos, havia falantes da língua meda.
“ | "Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: 'Não são, porventura, galileus todos estes que falam? Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Partas, medos, elamitas; os que habitam a Macedônia, a Judeia, a Capadócia, o Ponto, a Ásia, a Frígia, a Panfília, o Egito e as províncias da Líbia próximas a Cirene; peregrinos romanos, judeus ou prosélitos, cretenses e árabes; ouvimo-los publicar em nossas línguas as maravilhas de Deus!'" | ” |
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Ancient Iran::Language». Encyclopædia Britannica Online. 2007. Consultado em 9 de março de 2007
- ↑ Schmitt, Rüdiger (1989). Compendium Linguarum Iranicarum. Wiesbaden: Reichert
- ↑ a b Skjærvø, Prods Oktor (2005). An Introduction to Old Persian (PDF) 2ª ed. Cambridge: Harvard
- ↑ Dandamayev, Muhammad & I. Medvedskaya (2006). «Media». Encyclopedia Iranica OT 10 ed. Costa Mesa: Mazda
- ↑ Gunnar Heinsohn, Cyaxares: Media’s Great King in Egypt, Assyria & Iran, Universidade de Bremen, maio de 2006