Manhã Submersa
Manhã Submersa | |||||||
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Autor(es) | Vergílio Ferreira | ||||||
Idioma | português | ||||||
País | Portugal | ||||||
Gênero | Romance | ||||||
Localização espacial | Seminário do Fundão | ||||||
Editora | SEC | ||||||
Lançamento | 1954 | ||||||
Páginas | 217 | ||||||
Cronologia | |||||||
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Manhã submersa é um romance do escritor português Vergílio Ferreira publicado em 1954 pela SEC. Deu origem ao filme com o mesmo nome de Lauro António.
Recebeu o Prémio Femina estrangeiro em 1990.
Apresentação da obra
[editar | editar código-fonte]A história relata a trajetória de António Santos Lopes, uma criança de família pobre que, por ser inteligente, é obrigado, sob a influência da Dona Estefânia, a estudar num seminário. O narrador do romance é o próprio António Santos Lopes adulto. Personagem principal de Manhã Submersa, António Santos Lopes já aparecera no romance Vagão J, de 1946. Manhã Submersa é uma obra de ficção, com caraterísticas de um romance de aprendizagem, mas com cunho autobiográfico, e que se situa na confluência entre a estética do neo-realismo e a filosofia do existencialismo.
Análise da obra
[editar | editar código-fonte]Ação
[editar | editar código-fonte]A narrativa passa-se em três espaços distintos: o seminário, a casa pobre da família do jovem António e a casa rica de D. Estefânia.
Personagens
[editar | editar código-fonte]- António Santos Lopes, personagem principal.
- D. Estefânia.
- Gama, colega de António Santos Lopes.
- Gaudêncio, colega de António Santos Lopes.
- Tomas, Padre (Líder do seminário)
Espaço e tempo
[editar | editar código-fonte]Espaço
[editar | editar código-fonte]Na obra Manhã Submersa o espaço exerce uma função essencial de ordem psicológica, social e simbólica. Do ponto de vista psicológico, a representação monstruosa e angustiante do seminário exprime-se já no segundo capítulo : « Lentamente o casarão foi rodando com a curva da estrada, espiando-nos no alto da sua quietude lôbrega pelos cem olhos da janela. Até que, chegados à larga boca do portão, nos tragou a todos imediatamente, serrando as mandíbulas logo atrás. »
Narrador e focalização
[editar | editar código-fonte]Grandes Temas
[editar | editar código-fonte]No livro de Vergílio Ferreira, Manhã Submersa, sobre o seminário do Fundão, o autor não trabalha expressamente o tema dos abusos sexuais, mas deixa-o no ar, subliminarmente, a certa altura.[1]
Dimensão Simbólica
[editar | editar código-fonte]Receção da obra
[editar | editar código-fonte]Crítica
[editar | editar código-fonte]Cinematográfica
[editar | editar código-fonte]Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Fernanda Irene Fonseca e Francisco Topa (ed.), Vergílio Ferreira, cinquenta anos de vida literária. Porto, Fundação Engenheiro António de Almeida, 1995.
- José Rodrigues de Paiva. O espaço-limite no romance de Vergílio Ferreira. Recife, Encontro/Gabinete Português de Leitura, 1984.
- José Rodrigues de Paiva. Vergílio Ferreira: Para sempre romance-síntese e última fronteira de um território ficcional. Recife, Editora Universitária 2007. ISBN 978-85-7315-459-7
- Christianne Damien Codenhoto, Castelan, Ivair Carlos, Márcia Maria Sant'Ana. ' Alegria breve e o existencialismo de Vergílio Ferreira'. Boletim do centro de estudos Portugueses Jorge de Sena. Araraquara, ano 13, n.23, p.123-146, jan.-dez., 2005
- João Décio. 'A problemática do eu no romance de Vergílio Ferreira'. Letras e Letras, Porto, ano 3, n.33, p.13, set. 1990. dossier Vergílio Ferreira.
Referências
- ↑ Histórias - Padre Vítor Feytor Pinto: «A confissão é um encontro entre dois pecadores», revista Notícias Magazine, 26 de Março de 2016