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Manhã Submersa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Manhã Submersa
Autor(es) Vergílio Ferreira
Idioma português
País Portugal Portugal
Gênero Romance
Localização espacial Seminário do Fundão
Editora SEC
Lançamento 1954
Páginas 217
Cronologia
A face sangrenta
Aparição

Manhã submersa é um romance do escritor português Vergílio Ferreira publicado em 1954 pela SEC. Deu origem ao filme com o mesmo nome de Lauro António.
Recebeu o Prémio Femina estrangeiro em 1990.

Apresentação da obra

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A história relata a trajetória de António Santos Lopes, uma criança de família pobre que, por ser inteligente, é obrigado, sob a influência da Dona Estefânia, a estudar num seminário. O narrador do romance é o próprio António Santos Lopes adulto. Personagem principal de Manhã Submersa, António Santos Lopes já aparecera no romance Vagão J, de 1946. Manhã Submersa é uma obra de ficção, com caraterísticas de um romance de aprendizagem, mas com cunho autobiográfico, e que se situa na confluência entre a estética do neo-realismo e a filosofia do existencialismo.

Análise da obra

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A narrativa passa-se em três espaços distintos: o seminário, a casa pobre da família do jovem António e a casa rica de D. Estefânia.

  • António Santos Lopes, personagem principal.
  • D. Estefânia.
  • Gama, colega de António Santos Lopes.
  • Gaudêncio, colega de António Santos Lopes.
  • Tomas, Padre (Líder do seminário)

Espaço e tempo

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Na obra Manhã Submersa o espaço exerce uma função essencial de ordem psicológica, social e simbólica. Do ponto de vista psicológico, a representação monstruosa e angustiante do seminário exprime-se já no segundo capítulo : « Lentamente o casarão foi rodando com a curva da estrada, espiando-nos no alto da sua quietude lôbrega pelos cem olhos da janela. Até que, chegados à larga boca do portão, nos tragou a todos imediatamente, serrando as mandíbulas logo atrás. »

Narrador e focalização

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Grandes Temas

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No livro de Vergílio Ferreira, Manhã Submersa, sobre o seminário do Fundão, o autor não trabalha expressamente o tema dos abusos sexuais, mas deixa-o no ar, subliminarmente, a certa altura.[1]

Dimensão Simbólica

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Receção da obra

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Cinematográfica

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  • Fernanda Irene Fonseca e Francisco Topa (ed.), Vergílio Ferreira, cinquenta anos de vida literária. Porto, Fundação Engenheiro António de Almeida, 1995.
  • José Rodrigues de Paiva. O espaço-limite no romance de Vergílio Ferreira. Recife, Encontro/Gabinete Português de Leitura, 1984.
  • José Rodrigues de Paiva. Vergílio Ferreira: Para sempre romance-síntese e última fronteira de um território ficcional. Recife, Editora Universitária 2007. ISBN 978-85-7315-459-7
  • Christianne Damien Codenhoto, Castelan, Ivair Carlos, Márcia Maria Sant'Ana. ' Alegria breve e o existencialismo de Vergílio Ferreira'. Boletim do centro de estudos Portugueses Jorge de Sena. Araraquara, ano 13, n.23, p.123-146, jan.-dez., 2005
  • João Décio. 'A problemática do eu no romance de Vergílio Ferreira'. Letras e Letras, Porto, ano 3, n.33, p.13, set. 1990. dossier Vergílio Ferreira.

Referências