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Metrópole

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para a principal diocese de uma província eclesiástica, veja Metrópole (jurisdição religiosa). Para outros significados, veja Metrópolis.
 Nota: "Metrópoles" redireciona para este artigo. Para o jornal, veja Metrópoles (jornal).
Imagem de satélite de Tóquio e seu entorno, com mais de quarenta milhões de habitantes.
Imagem de satélite feita pelo Landsat 5 focalizando São Paulo em 2010.
Imagem de satélite da Cidade do México

Metrópole, do grego metropolis (μήτηρ, mētēr = mãe, ventre e πόλις, pólis = cidade), é o termo empregado para se designar uma cidade que polariza uma complexa rede de municípios, exercendo influências de ordem econômica, política e sociocultural.[1][2]

Em certos países ou estados cujos territórios estão divididos em várias parcelas não contínuas, o termo metrópole designa também o território continental ou central desses países por oposição ao seu território não continental ou ultramarino. O termo é especialmente aplicado, no âmbito de impérios coloniais, para se referir ao território original da potência colonial, por oposição às suas colónias. Assim, por exemplo, até 1975, a Metrópole Portuguesa incluía Portugal Continental, o arquipélago da Madeira e o arquipélago dos Açores, constituindo os restantes territórios o Ultramar Português. Ainda hoje, os territórios franceses situados na Europa constituem a França Metropolitana, enquanto que os restantes constituem as coletividades do Ultramar.

A questão das grandes cidades e culturas extraeuropeias tem sido amplamente estudada pelo investigador alemão Ronald Daus. O termo metrópole, que é de origem grega e chegou ao português através do latim (com essa grafia a partir do século XVII), se referia à capital de uma província.[3] O significado urbano atual é do século XVIII.

Metropolis (μητρόπολις) é uma palavra grega que vem de mḗtēr (μήτηρ), que significa "mãe", e de pólis (πόλις), que significa "cidade", que é como as colônias gregas da antiguidade se referiam às suas cidades originais, com as quais mantinham contato e conexões político-culturais. A palavra foi usada no latim pós-clássico para se referir a cidade principal de uma província, a sede do governo e, eclesiasticamente, para ser referir a sede ou ver de um bispo metropolitano a quem os bispos sufragâneos eram responsáveis. Esse uso iguala a província à diocese ou à episcopal.[4]

No uso atual, metrópole é o conjunto de cidades (ou entidades político-administrativas correspondentes, como os municípios) conurbadas e que tem uma cidade principal que, geralmente, lhe dá o nome.[2] Outra definição diz que a conurbação não é imprescindível para que haja uma metrópole. Ela geralmente existe, mas o necessário é a ligação entre a cidade principal e as outras através do fluxo de pessoas (principalmente trabalhadores: o movimento pendular diário) e da influência econômica daquela sobre estas e sobre a região[1] Por essas definições, aglomeração urbana difere das metrópoles pela falta de uma cidade principal que tenha considerável população e importância econômica ao menos regional.[1] As metrópoles também diferem das regiões (ou áreas) metropolitanas por estas serem somente uma região de planejamento ou uma formalização daquelas.[1][2]

Pesquisadores de planejamento urbano e regional da Alemanha, introduziram o conceito de regiópole em 2006, para descrever áreas urbanas fora de regiões metropolitanas que geram uma atração comparável em uma escala regional menor.[5]

Cidades globais

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Ver artigo principal: Cidade global

O conceito de cidade global (ou cidade mundial) é de uma cidade que tem um efeito direto e tangível nos assuntos globais por meios socioeconômicos. O termo tornou-se cada vez mais familiar, devido à ascensão da globalização (ou seja, finanças, comunicações e viagens globais). Uma tentativa de definir e categorizar as cidades do mundo por critérios financeiros foi feita pela Rede de Pesquisa de Globalização e Cidades Mundiais (GaWC), baseada principalmente na Universidade de Loughborough, no Reino Unido. O estudo classificou as cidades com base no fornecimento de "serviços avançados de produção", como contabilidade, publicidade, finanças e direito. O inventário identifica três níveis de cidades do mundo e várias sub-classificações. Uma metrópole não é necessariamente uma cidade global - ou, sendo uma delas, pode não estar entre as melhores - devido a seu padrão de vida, desenvolvimento e infraestrutura.[6]

Metrópoles brasileiras

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Há no Brasil quinze metrópoles: São Paulo (SP), classificada como grande metrópole nacional; Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF), que são metrópoles nacionais; e Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Belém (PA), Goiânia (GO), Florianópolis (SC), Manaus (AM), Vitória (ES) e Campinas (SP), classificadas como metrópoles.[7]

Referências

  1. a b c d SOUZA, Marcelo Lopes de. ABC do desenvolvimento urbano. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. pp. 32-36, 55. ISBN 9788528610136
  2. a b c SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 1998. p. 308. ISBN 9788526229443
  3. HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2004. 1ª reimpressão com alterações. pp. 617, 1912. ISBN 978857302383X
  4. "metropolis, n." OED Online, Oxford University Press, June 2017, www.oed.com/view/Entry/117704. Retrieved December 19, 2017; "polis, n.2." OED Online, Oxford University Press, June 2017, www.oed.com/view/Entry/146859. Retrieved December 19, 2017.
  5. Iris Reuther (FG Stadt- und Regionalplanung, Universität Kassel): Presentation "Regiopole Rostock". December 11, 2008. Retrieved June 13, 2009 (pdf).
  6. «The World According to GaWC 2010». Globalization and World Cities (GaWC) Study Group and Network. Loughborough University. Consultado em 15 de setembro de 2011 
  7. Regiões de Influência das Cidades 2018 (PDF). Rio de Janeiro: IBGE. 2020. p. 11-13 

Ligações externas

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