Olavo d'Eça Leal
Olavo d'Eça Leal | |
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Nome completo | Olavo Correia Leite d'Eça Leal |
Nascimento | 31 de julho de 1908 Coração de Jesus, Lisboa, Portugal |
Morte | 17 de setembro de 1976 (68 anos) Oxford, Reino Unido |
Nacionalidade | Português |
Cônjuge | Luísa Maria Dúlio Ribeiro |
Ocupação | Escritor, artista gráfico, professor de desenho, etc |
Prémios | Prémio SEIT (1939) Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho (1939, 1943) |
Magnum opus | História extraordinária de Iratan e Iracema, os meninos mais malcriados do mundo |
Olavo Correia Leite d'Eça Leal (Lisboa, Coração de Jesus, 31 de julho de 1908 — Oxford, 17 de setembro de 1976) foi um escritor, artista gráfico, professor de desenho, ator de cinema e teatro, assistente de realização, realizador de anúncios televisivos e locutor português.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho da dramaturga e poetisa Flávia Correia Leite d'Eça Leal, natural da freguesia do Sacramento, concelho de Lisboa, e do poeta Thomaz d'Aquino Pereira d'Eça e Albuquerque Leal, natural da freguesia dos Anjos, concelho de Lisboa.[1][2]
Foi educado em Paris e frequentou o Colégio Militar.[3]
Na sua obra inclui a poesia a ficção, as artes plásticas, o teatro radiofónico e o cinema.[4] Colaborou na revista Contemporânea (1915-1926) [5] e na revista Litoral [6] (1944-1945).
Morreu a 17 de setembro de 1976, em Oxford, no Reino Unido.[1]
A Câmara Municipal de Lisboa prestou-lhe homenagem ao atribuir o seu nome a um arruamento de Lisboa, situado na freguesia de São Domingos de Benfica.[7]
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Casou primeira vez em Lisboa, na casa da noiva, área da 7.ª Conservatória do Registo Civil, a 24 de dezembro de 1931, com Luísa Maria Dúlio Ribeiro, natural da freguesia da Conceição Nova, concelho de Lisboa, divorciada de Jaime Crisóstomo da Caridade Higino Dias Ribeiro por sentença de 18 de julho de 1928 e filha ilegítima de Francisco António Dúlio Ribeiro, proprietário, e de Maria dos Prazeres Franco, doméstica, natural da freguesia de Dois Portos, concelho de Torres Vedras. O casamento foi celebrado em "inteira, completa e absoluta separação de bens" e foi dissolvido por divórcio, decretado por sentença de 13 de dezembro de 1962, com fundamento em "separação de facto, livremente consentida, por dez anos consecutivos" (cf. n.º 8 do artigo 4.º da Lei do Divórcio - decreto de 3 de novembro de 1910).[8] Do casamento nasceu um filho, Paulo Guilherme Tomáz Dúlio Ribeiro d'Eça Leal (1932-2010).[9]
Teve uma relação com Clara Oliveira Amaral, de quem teve um filho, Olavo Oliveira Amaral d'Eça Leal.[9]
Casou segunda vez em Lisboa, na 2.ª Conservatória do Registo Civil, a 14 de abril de 1963, com Emília de Abreu Pinto, natural da freguesia de Alcântara, concelho de Lisboa, filha de Jaime Humberto Pinto e de Maria Augusta de Abreu, de quem teve dois filhos, o arquiteto Tomaz Olavo Pinto d'Eça Leal (1955) e Flávia Abreu Pinto d'Eça Leal (1952).[9][1] Era irmão da locutora Maria Helena d' Eça Leal.
Obras
[editar | editar código-fonte]- Provérbios (1928);
- A História de Portugal para os Meninos Preguiçosos (1933);
- História extraordinária de Iratan e Iracema, os meninos mais malcriados do mundo (1939), uma obra de literatura infantil - Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho (Literatura Infantil) (1939).
- Fim de Semana (1940);
- Falar por Falar (1943);
- Nem Tudo Se Perde no Ar (1946);
- O Processo arquivado e outras novelas (1948) - Prémio Fialho de Almeida;
- A Taça de Ouro (1953);
- Conceituado Comerciante (1958) - com ilustrações e capa do seu filho Paulo-Guilherme;
- O Amor, o Dinheiro e a Morte (1960).
Teatro
[editar | editar código-fonte]- Noite de Natal - Teatro do Ginásio (1930);
- A Casa Encantada;
- A Rosa Vermelha;
- Um Homem de Génio;
- A Taça de Oiro - Teatro Nacional D. Maria II (1953) ;
- Noite de Paz - apresentada em 1960 na televisão;
- O Amor, o Dinheiro e a Morte - Teatro Trindade (1960);
Traduções
[editar | editar código-fonte]- A Viagem de Suzette de Alfred Duru e Henri Chivot - Teatro Avenida (1890);
- A Visita da Velha Senhora de Friedrich Durrematt - Teatro Nacional D. Maria II (1960).
Cinema
[editar | editar código-fonte]- Como actor: Ladrão Precisa-se e Sonho de Amor (1945) de Carlos Porfírio;
- Como assistente de realização: Severa de Leitão de Barros e Revolução de Maio de António Lopes Ribeiro.
Referências
- ↑ a b c «Livro de registo de baptismos da Paróquia do Coração de Jesus, Lisboa (1908)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. 64 verso, assento 128
- ↑ Pinto, Rute (sem data). Paulo-Guilherme D’Eça Leal: reflejos en la cultura visual portuguesa, Departamento de Dibujo Facultad de Bellas-Artes de San Carlos Universidad Politécnica de Valencia.
- ↑ Meninos da Luz – Quem é Quem II. Lisboa: Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar. 2008. ISBN 989-8024-00-3
- ↑ http://www.infopedia.pt/$olavo-d'eca-leal
- ↑ Contemporânea
- ↑ Helena Roldão (19 de Junho de 2018). «Ficha histórica:Litoral : revista mensal de cultura (1944-1945)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 25 de Janeiro de 2019
- ↑ Comissão Municipal de Toponímia, Toponimia lx Olavo d'Eça Leal, Dezembro de 2004.
- ↑ «Livro de registo de casamentos da 7.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa (06-12-1931 a 31-12-1931)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. 30, assento 20
- ↑ a b c Olavo d’Eça Leal, homem de cinema e teatro numa Rua de São Domingos de Benfica