Operação Catilinárias
Operação Catilinárias foi uma operação a pedido da Procuradoria-Geral da República e executada pela Polícia Federal (PF) deflagrada em 15 de dezembro de 2015 a partir de provas obtidas na Operação Lava Jato.[1] A operação traz o nome de uma série de quatro discursos do cônsul romano Marco Túlio Cícero contra o senador Catilina.[2]
Sobre a Operação
[editar | editar código-fonte]A Polícia Federal (PF) deflagrou a operação Catilinárias em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) para cumprir 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), referente a sete processos instaurados a partir de provas obtidas na Operação Lava Jato. Os mandados foram cumpridos no Distrito Federal e nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Pernambuco, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte.[1]
Trecho do discurso Catilinárias
[editar | editar código-fonte]"Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós? A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia? Nem a guarda do Palatino, nem a ronda noturna da cidade, nem o temor do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado, nem a expressão do voto destas pessoas, nada disto conseguiu perturbar-te? Não te dás conta que os teus planos foram descobertos? Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem? Quem, dentre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, com quem te encontraste, que decisão tomaste? Oh tempos, oh costumes!" [2]
Alvos da Operação
[editar | editar código-fonte]Os alvos da operação da PF são o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), o então ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara dos deputados Henrique Alves (PMDB), o então ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação Celso Pansera (PMDB). Também foram alvo da operação o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB); o senador e ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB); e o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), em Petrolina, além da chefe de gabinete de Cunha, Denise Santos; e do ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, Fábio Ferreira Cleto, exonerado.[3]
Apreensão
[editar | editar código-fonte]A PF apreendeu na operação um total de R$ 170 mil na loja Grillo's, na Imbiribeira, Zona Sul do Recife, durante o cumprimento de mandados de buscas da Operação Lava Jato; documentos no Recife, em Brejão, no Agreste, e em Petrolina, no Sertão; e discos rígidos de computadores. O material seria encaminhado ao Recife e depois, a Brasília.[4]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b «Operação Catilinárias: PF cumpre mandados no Distrito Federal e em sete estados». Agência Brasil / EBC. 15 de dezembro de 2015. Consultado em 15 de junho de 2016. Cópia arquivada em 13 de janeiro de 2016
- ↑ a b «Entenda o significado de Catilinárias, nova operação da PF». Portal EBC. 15 de dezembro de 2015. Consultado em 15 de junho de 2016. Cópia arquivada em 22 de dezembro de 2015
- ↑ «Cunha, Alves, Lobão: veja quem são os alvos da Operação Catilinárias». Último Segundo Política / iG São Paulo. 15 de dezembro de 2015. Consultado em 15 de junho de 2016. Cópia arquivada em 22 de dezembro de 2015
- ↑ «Operação Catilinárias apreende R$ 170 mil, documentos e HDs em PE». G1 Pernambuco + TV Globo Nordeste. 15 de dezembro de 2015. Consultado em 15 de junho de 2016. Cópia arquivada em 22 de dezembro de 2015