Indução do parto
Indução do trabalho de parto é o processo que estimula e agiliza o parto vaginal. A indução do trabalho de parto pode ser feito com ou sem fármacos.
Indicações médicas
[editar | editar código-fonte]Razões médicas para a indução incluem[1]:
- Gravidez prolongada: se a gravidez passou da 41ª semana.
- Restrição de crescimento intra-uterino (RCIU).
- Riscos de saúde para a mãe em prosseguir com a gravidez:
- Colestase gestacional
- Emergência hipertensiva: pressão arterial maior que 170 sistólica ou 130 diastólica
- Fígado gorduroso da gravidez: alta mortalidade, ao contrário do fígado gorduroso em não-grávidas
- Insuficiência cardíaca descompensada
- Urgência hipertensiva
- Condições de saúde que colocam em risco a vida do filho:
- Ruptura prematura de membranas (RPM): quando as membranas se rompem, mas o trabalho não for iniciado dentro do período estimado.[2]
- Terminação prematura da gravidez (aborto).
- Morte fetal intra-útero ou história prévia de parto de natimorto.
- Gravidez de gêmeos depois de 38 semanas.
Indução do trabalho quando o parto está na semana 41, melhora o bem estar do bebê e diminui o número de cesáreas realizadas.[3]
Métodos de indução
[editar | editar código-fonte]Métodos de indução do trabalho de parto incluem tanto medicação como técnicas físicas.
Não-farmacológicos
[editar | editar código-fonte]As técnicas não-farmacológicas incluem fazer a ruptura das membranas ou estimular as membranas. O uso de cateteres intra-uterino também são indicados. A compressão do colo do útero com cateter com balão (sonda foley) inflado com soro para dilatar o cérvix estimula a liberação de prostaglandinas nos tecidos que iniciam o trabalho de parto. Não há nenhum efeito direto sobre o útero.
A relação sexual, sêmen e estimulação das mamas também induzem ao parto e são uma causa frequente de parto prematuro.
Medicação
[editar | editar código-fonte]Métodos farmacológicos são, principalmente, usando dinoprostona (prostaglandina E2) ou misoprostol (um análogo da prostaglandina E1):
- Administrar prostaglandina intravaginal ou endocervical, como dinoprostone ou misoprostol.[4]
- Administrar por via intravenosa ocitocina em doses progressivamente mais altas (2, 4, 8, 16UI).[5]
- O uso de mifepristona está bem descrito, mas é raramente utilizado na prática atual.[6]
- Relaxina tem sido muito estudada,[7] mas não é comumente utilizada.
Os médicos avaliam as probabilidades de indução bem sucedida do trabalho de parto pela Escala de Bishop. Uma pontuação maior que 8 indica provável sucesso. A pontuação avalia a maturação e apagamento do colo do útero antes da indução. A pontuação vai por um sistema de pontos dependendo de cinco fatores. Cada factor é pontuado em uma escala de 0-2 ou 0-3, quando a pontuação total é inferior a 5, pode indicar cesariana.[8]
Veja também
[editar | editar código-fonte]Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ Labor Induction - Mayo clinic
- ↑ Allahyar, J. & Galan, H. "Premature Rupture of the Membranes."; also American College of Obstetrics and Gynecologists.
- ↑ «Use of labour induction and risk of cesarean delivery: a systematic review and meta-analysis.». CMAJ : Canadian Medical Association Journal. 186. PMC 4049989. PMID 24778358. doi:10.1503/cmaj.130925
- ↑ «Misoprostol in labor induction of term pregnancy: a meta-analysis». Chin Med J (Engl). 117. PMID 15043790
- ↑ «High-dose versus low-dose oxytocin infusion regimens for induction of labour at term.». The Cochrane Database of Systematic Reviews. 10. PMID 25300173. doi:10.1002/14651858.CD009701.pub2
- ↑ «Mifepristone-induced cervical ripening: structural, biomechanical, and molecular events». Am. J. Obstet. Gynecol. 194. PMID 16647925. doi:10.1016/j.ajog.2005.11.026
- ↑ «Relaxin for cervical ripening and induction of labor». Cochrane Database Syst Rev. PMID 11406079. doi:10.1002/14651858.CD003103
- ↑ Doheny, K. (2010, June 22). Labor Induction May Boost C-Section Risk. HealthDay Consumer News Service. Retrieved from EBSCOhost.