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Pedra Lavrada

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Pedra Lavrada
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Pedra Lavrada
Bandeira
Brasão de armas de Pedra Lavrada
Brasão de armas
Hino
Gentílico lavradense
Localização
Localização de Pedra Lavrada na Paraíba
Localização de Pedra Lavrada na Paraíba
Localização de Pedra Lavrada na Paraíba
Pedra Lavrada está localizado em: Brasil
Pedra Lavrada
Localização de Pedra Lavrada no Brasil
Mapa
Mapa de Pedra Lavrada
Coordenadas 6° 45′ 25″ S, 36° 28′ 48″ O
País Brasil
Unidade federativa Paraíba
Municípios limítrofes Nova Palmeira, Baraúna, Sossêgo, Cubati e Parelhas (RN)
Distância até a capital 237 km
História
Fundação 25 de janeiro de 1959
Emancipação 13 de janeiro de 1959 (65 anos)
Administração
Distritos
Prefeito(a) José Antônio Vasconcelos da Costa[1] (UNIÃO[2], 2021–2024)
Características geográficas
Área total [3] 351,688 km²
População total (IBGE/2010[4]) 7 475 hab.
Densidade 21,3 hab./km²
Clima semiárido
Altitude 516 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[5]) 0,581 baixo
PIB (IBGE/2008[6]) R$ 26 702,975 mil
PIB per capita (IBGE/2008[6]) R$ 3 814,17
Sítio http://pedralavrada.pb.gov.br/ (Prefeitura)
http://camarapedralavrada.pb.gov.br/ (Câmara)

Pedra Lavrada é um município brasileiro do estado da Paraíba. Está localizado na Região Geográfica Imediata de Cuité-Nova Floresta. De acordo com o censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano de 2009, sua população é de 7.035 habitantes. Área territorial de 390 km².

Presume-se que em 1750, de uma fazenda pertencente à família Silva Silveira, originou-se a povoação de Itacoatiara, que depois passou a ter o nome atual, em virtude da existência de Pedras Lavradas distantes cerca de 1 km de onde está erguido à cidade, existindo também no local, um grande bloco de granito onde se encontram inscrições variadas, alvo de estudos de diversos historiadores. Ademário de Souza, um dos maiores educadores de Pedra Lavrada, afirma que em 1760, por intermédio de visitante Dr, Alexandre Bernadino dos Reis, o senhor José Bezerra da Costa pediu licença ao bispo de Campina Grande, Dom Tomaz da Encarnação Costa, para a edificação de uma capela de Nossa Senhora da Luz. José Bezerra da Costa doou 25 graças de terra ao patrimônio da igreja, para a edificação da referida capela. Em 29 de maio do mesmo ano, a capela pertencente à freguesia de Caicó, foi inaugurada com uma grande procissão, tendo sido benta em 1789. Em 1843, Vicência de Paiva Cunha, irmã do coronel Antônio Gomes Arruda Barreto, doou também ao patrimônio de Nossa Senhora da Luz, 480 braças de terras do nascente ao poente e 2.400 braças de norte a sul se limitando ao nascente com as terras do Tamanduá, ao poente com o Retiro e Carnaúba, ao norte com as terras do Caldeirão e, ao sul com o Riacho dos Porcos. A Freguesia foi criada através da lei provincial n° 02, de 19 de agosto de 1859, tendo sido desmembrada da Freguesia de Cuité que por sua vez foi desmembrada da de Caicó em 25 de agosto de 1801 que dependia por decreto do Bispo de Olinda, Dom Joaquim de Azevedo Coutinho. Teve como seu primeiro Vigário Marcelino Rogério dos Santos Freire, que assumiu em 15 de julho de 1860, trabalhando durante 10 anos.

Da união de duas famílias nasce o desejo de libertação de Pedra Lavrada.

Na década de 50 as terras onde hoje estão localizadas os municípios de Frei Martinho, Nova Palmeira, Pedra Lavrada e Cubati pertenciam ao município de Picuí. No Inicio dos anos 50, as lideranças políticas das vilas acima citadas tais como: Rivaldo Henrique da Costa, Luiz Eugênio, Nego Caetano, José Amaro e Bento Coelho em Nova Palmeira; José de Medeiros Dantas, José Paulino da Costa, Leôncio Sales, Antônio Caboclo e José Justino em Cubati, sob a liderança de João Cordeiro e Eugênio Vasconcelos de Pedra Lavrada, se uniram com a finalidade de eleger o prefeito de Picuí que fosse ligado às causas de libertação das Vilas. Assim, foi eleito João Cordeiro e na eleição seguinte o representante da família Vasconcelos, Eugênio Vasconcelos, e foi no seu governo que iniciou-se o processo de emancipação política de Pedra Lavrada. Os deputados José Pereira e Antônio Bezerra Cabral foram os principais articuladores do processo de emancipação de Pedra Lavrada, sendo Antônio Cabral o responsável pela propositura na Assembleia Legislativa o que foi prontamente aceita pelo então presidente da Casa, deputado Inácio José Feitosa. O ato ocorreu durante o Governo de Pedro Moreno Gondim. Pela Lei Estadual nº 1.944 de 13 de janeiro de 1959 foi decretada a emancipação política de Pedra Lavrada, tendo sido instalado o município em 25 de janeiro do mesmo ano. Desta forma, Pedra Lavrada foi o primeiro município a se libertar dos domínios de Picuí, desencadeando, assim, o desejo de liberdade das outras vilas, e no mesmo ano de 1959 Picuí já não tinha mais nenhum vila, todas seguiram o mesmo destino de Pedra Lavrada: tornaram-se independente.

O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005.[7] Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca.

O município destaca-se, também, pela exploração de minérios, exportando para outros países pedras preciosas retiradas de seu subsolo.

Dados do Departamento de Ciências Atmosféricas, da Universidade Federal de Campina Grande, mostram que Pedra Lavrada apresenta um clima com média pluviométrica anual de 372,7 mm e temperatura média anual de 23,3 °C.

Dados climatológicos para Pedra Lavrada
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima média (°C) 31,3 30,7 30,1 29,3 28,1 27,0 26,9 28,1 29,5 31,0 31,6 31,7 29,6
Temperatura média (°C) 24,5 24,3 24,0 23,7 22,9 21,9 21,5 21,7 22,7 23,6 24,2 24,5 23,3
Temperatura mínima média (°C) 20,2 20,4 20,3 19,9 19,3 18,3 17,2 17,2 18,2 19,0 19,6 20,1 19,1
Chuva (mm) 23,9 63,3 105,5 87,7 30,6 20,2 14,4 5,2 2,4 3,9 2,1 9,4 372,7
Fonte: Departamento de Ciências Atmosféricas.[8][9][10][11]

Localização

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Está situada na Mesorregião da Borborema, na microrregião do Seridó, possui uma área de 393.4 km, com um percentual da área da microrregião de 14,70% e representando 0,70% da área do estado; a sua altitude é de 516 metros e as coordenadas geográficas da sede municipal são de 06º45’25’’ de latitude e 36º28’49” de longitude (Wgr). Limita-se ao Norte com o município de Nova Palmeira, distante 12 km; ao Sul com Seridó, a 27 km e Cubati a 24m; Ao Leste com Cuité a 82 km; e a Oeste com o Estado do Rio Grande do Norte, distante 10 km da divisa entre os dois Estados. O seu acesso rodoviário pode ser considerado de boa qualidade, tendo em vista que as cidades de maior relacionamento comercial estão localizadas próximas a mesma.

Relevo e Hidrografia

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O relevo do município tem 80% da sua área entre o plano e o ondulado, enquanto que os 20% restantes são do tipo montanhoso. O município é abrangido pela Bacia do Seridó, onde é cortado pelo rio do mesmo nome e pelos riachos do Tamanduá, Caldeirão e dos Ovos. Os seus principais açudes são: Tamanduá – com capacidade de 5,000000m3, que por muitos anos foi utilizado para o abastecimento das cidades de Pedra Lavrada e Cubati. Caldeirão com capacidade de 2.300.000m3, é também utilizado para o abastecimento de Nova Palmeira. Canoa de Dentro - com capacidade de 2.200.000m3, é utilizado para o abastecimento das comunidades próximas e atividades como a piscicultura, agricultura e apicultura.

Recursos Minerais

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Os minerais explorados estão divididos em: tantalita, xelita, quartzo, berilo, caulim, calcário, calcedônia, mica, barita, feldspato, entre outros. Segundo dados da prefeitura e sindicato de mineradores, 10% da mão de obra total existente no município é direcionada a exploração de recursos minerais, sendo este percentual mais elevado no período da estiagem. Apesar da região ser predominantemente rica em recursos minerais, nota-se que as primeiras ações e planejamento voltados para a aplicação de recursos no setor com consequência direta na distribuição de renda no âmbito da comunidade estão sendo efetivados somente agora.

Em 1862 chega a Pedra Lavrada o professor Graciliano Fontini Lordão, vindo transferido de Cajazeiras do Rolim e que fixou residência na povoação, como sucessor do primeiro professor público, o coronel Antônio Gomes Arruda Barreto, que havia sido transferido para Catolé do Rocha. O professor Graciliano, vulto de grande destaque no desenvolvimento da povoação, juntamente com o Vigário Marcelino, ampliou a capela e transformou-se num benfeitor da matriz. Foi sucessor do professor Graciliano, o professor Manoel Júlio Rodrigues de Lima, que viveu muitos anos nessa povoação, dando muito de si na formação de sua gente. Outro professor chamado Serafim de Lima, mais conhecido como Joaquim Caipora prestou grandes serviços a comunidade, pois além de professor foi também escrivão público. Dona Santa Albuquerque destacou-se como a primeira professora da povoação (com o nome de Maria Carrilho, casada com Pascoal Barboza de Albuquerque). Outra figura de destaque, no campo da educação, foi o professor Francisco Ferreira de Vasconcelos, que além de professor foi também tabelião público e vereador por 3 legislaturas da Câmara Municipal de Picuí, como representante da então vila de Pedra Lavrada.

Destaque no Cenário da Educação

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Na área intelectual, destaca-se, entre muitos estudiosos, Paulo Bezerra, um dos maiores tradutores da língua russa, tradutor de Dostoiévski. É importante mencionar filhos de Pedra Lavrada que se destacaram e se destacam em muitas áreas, dentre os quais Iranilson Buriti de Oliveira, pós-doutor em História pela Fundação Oswaldo Cruz-RJ, pesquisador e membro ad hoc do CNPq.

Referências

  1. «Candidatos a vereador Pedra Lavrada-PB». Estadão. Consultado em 27 de julho de 2021 
  2. «Representantes». União Brasil. Consultado em 29 de setembro de 2022 
  3. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  4. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  6. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  7. «Ministério da Integração Nacional, 2005. Nova delimitação do semiárido brasileiro». Consultado em 27 de setembro de 2009. Arquivado do original em 26 de março de 2010 .
  8. «TEMPERATURA COMPENSADA MENSAL E ANUAL DA PARAÍBA». Departamento de Ciências Atmosféricas. Consultado em 14 de julho de 2018. Cópia arquivada em 11 de junho de 2014 
  9. «TEMPERATURA MÍNIMA MENSAL E ANUAL DA PARAÍBA». Departamento de Ciências Atmosféricas. Consultado em 14 de julho de 2018. Cópia arquivada em 11 de junho de 2014 
  10. «PRECIPITACAO MENSAL». Departamento de Ciências Atmosféricas. 1911–1990. Consultado em 14 de julho de 2018. Cópia arquivada em 11 de junho de 2014 
  11. «TEMPERATURA MAXIMA MENSAL E ANUAL DA PARAIBA». Departamento de Ciências Atmosféricas. 1911–1980. Consultado em 14 de julho de 2018. Cópia arquivada em 11 de junho de 2014 

Ligações externas

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