Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                
Saltar para o conteúdo

Pelotas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Pelotas (desambiguação).

Pelotas
  Município do Brasil  
Centro de Pelotas
Centro de Pelotas
Centro de Pelotas
Símbolos
Bandeira de Pelotas
Bandeira
Brasão de armas de Pelotas
Brasão de armas
Hino
Lema Princesa do Sul
Gentílico pelotense
Localização
Localização de Pelotas no Rio Grande do Sul
Localização de Pelotas no Rio Grande do Sul
Localização de Pelotas no Rio Grande do Sul
Pelotas está localizado em: Brasil
Pelotas
Localização de Pelotas no Brasil
Mapa
Mapa de Pelotas
Coordenadas 31° 46′ 19″ S, 52° 20′ 34″ O
País Brasil
Unidade federativa Rio Grande do Sul
Municípios limítrofes Morro Redondo, Canguçu (O), Arroio do Padre (enclave), São Lourenço do Sul, Turuçu (N), Capão do Leão e Rio Grande (S).
Distância até a capital 261 km
História
Fundação 18 de junho de 1758 (266 anos)
Emancipação 7 de julho de 1812 (212 anos)
Administração
Prefeito(a) Paula Mascarenhas (PSDB, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 1 609,708 km²
População total (IBGE/2024) [2] 336 131 hab.
 • Posição RS: 4º BR: 79º
Densidade 208,8 hab./km²
Clima Subtropical (Cfa)
Altitude 7 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010) [3] 0,739 alto
 • Posição RS: 159º BR: 795º
Gini (PNUD/2003) 0,58
PIB (IBGE/2020) [4] R$ 9 494 825,88 mil
 • Posição RS: 9º BR: 130º
PIB per capita (IBGE/2020) R$ 27 671,06
Sítio pelotas.rs.gov.br (Prefeitura)
camarapel.rs.gov.br (Câmara)

Pelotas é um município da região sul do estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. Considerado uma das capitais regionais do Brasil, sua população, conforme estimativas do IBGE de 2024, era de 336 131 habitantes, sendo a quarta cidade mais populosa do estado.[5]

Pelotas é uma relevante cidade polo universitária por sediar a Universidade Federal de Pelotas e a Universidade Católica de Pelotas.

Herrmann Rudolf Wendroth: Pelotas em 1851
Vista de Pelotas, s.d. Arquivo Nacional
Antigo engenho de arroz, localizado nas proximidades do Canal São Gonçalo

A história do município começa em junho de 1758, através da doação que o General Gomes Freire de Andrade, o Conde de Bobadela, fez ao Coronel Thomáz Luiz Osório, das terras que ficavam às margens da Lagoa dos Patos. Em 1763, fugindo da invasão espanhola, muitos habitantes da Vila do Rio Grande buscaram refúgio nas terras pertencentes a Thomáz Luiz Osório. Mais tarde, vieram também os retirantes da Colônia do Sacramento, entregue pelos portugueses aos espanhóis em 1777.[6]

Em 1780, instala-se em Pelotas o charqueador português José Pinto Martins. A prosperidade do estabelecimento estimulou a criação de outras charqueadas e o crescimento da região, dando origem à povoação que demarcaria o início do município de Pelotas.[6] Com o sucesso desta indústria, os charqueadores, dispondo de duas estações amenas, construíam palacetes para suas habitações e promoviam a cultura e a educação, no ambiente urbano, exemplificado pela inauguração do Teatro Sete de Abril, em 1831, quatro anos antes de Pelotas ser elevada à condição de cidade.[7]

A Freguesia de São Francisco de Paula, fundada em 7 de Julho de 1812 por iniciativa do padre Pedro Pereira de Mesquita, foi elevada à categoria de Vila em 7 de abril de 1832. Três anos depois, em 1835, a Vila é elevada à condição de cidade, com o nome de Pelotas.[6]

Nos primeiros anos do século XX, o progresso foi impulsionado pelo Banco Pelotense, fundado em 1906 por investidores locais. Sua liquidação, em 1931, foi nefasta para a economia local.[8][9]

O topônimo do município, "Pelotas", teve origem no nome das embarcações de varas de corticeira forradas de couro, usadas para a travessia dos rios na época das charqueadas.[6]

A Lei Complementar Estadual número 9184, de 1990, criou a Aglomeração Urbana de Pelotas, que em 2001 passou a se denominar Aglomeração Urbana de Pelotas e Rio Grande, e em 2002, Aglomeração Urbana do Sul. Esta caracteriza-se por proporcionar uma forte integração entre os municípios que a constituem e é o embrião de uma futura região metropolitana. Integram-na os municípios de Arroio do Padre, Capão do Leão, Pelotas, Rio Grande e São José do Norte, que totalizam uma população aproximada de 600.000 habitantes.[10]

Divisões administrativas

[editar | editar código-fonte]
Vista da área urbana de Pelotas

Conforme o plano diretor vigente no município, a área urbana de Pelotas está dividida atualmente em 7 regiões administrativas urbanas[11] e 9 rurais (distritos).

Regiões administrativas

[editar | editar código-fonte]
  • Areal (Zona Leste)
  • Barragem (Zona Oeste)
  • Centro (Zona Central)
  • Fragata (Zona Oeste)
  • Laranjal (Zona Leste)
  • Porto / São Gonçalo (Zona Sul)
  • Três Vendas (Zona Norte)
Vista do distrito da Cascata
  • 1° distrito- Sede ou Área Urbana
  • 2° distrito- Colônia Z3
  • 3° distrito- Cerrito Alegre
  • 4° distrito- Triunfo
  • 5° distrito- Cascata
  • 6° distrito- Santa Silvana
  • 7° distrito- Quilombo
  • 8° distrito- Rincão da Cruz
  • 9° distrito- Monte Bonito
Centro de Pelotas - a zona urbana do município é predominantemente plana, com poucos e suaves aclives.

Por estar situada numa planície costeira, a área urbana do município situa-se em baixa altitude, com, em média, 7 metros acima do nível do mar. O interior do município está sobre um planalto com elevações médias, denominado Serras de Sudeste, com cerros de ondulações moderadas e cobertos com pastagem, conhecidos como coxilhas. A altitude na área rural de Pelotas chega a cerca de 429 metros,[12] próximo à fronteira com o município de Canguçu.

O clima de Pelotas é subtropical úmido, denotado por Köppen como Cfa. Os verões são tépidos ou ocasionalmente quentes, com precipitações regulares. Neste período, as temperaturas máximas absolutas do ano situam-se entre 34 °C e 36 °C, aproximadamente, enquanto os invernos são relativamente frescos, porém frios para uma cidade litorânea brasileira, com o domínio da Corrente das Malvinas. Geadas são relativamente frequentes, mas geralmente de fraca intensidade (com uma média de 24 por ano, entre 1975 e 2000) e ocorrência de nevoeiros, com temperaturas mínimas absolutas do ano entre -2 °C e 0 °C. Portanto, há uma grande amplitude térmica anual para uma cidade brasileira, ainda mais considerando sua localização costeira.[13][14][15][16][17]

Maiores acumulados de precipitação em 24 horas
registrados em Pelotas/Capão do Leão por meses (INMET)[18][19]
Mês Acumulado Data Mês Acumulado Data
Janeiro 134,4 mm 29/01/2009 Julho 97,8 mm 14/07/1952
Fevereiro 219,6 mm 15/02/1983 Agosto 110,6 mm 11/08/1941
Março 151 mm 17/03/1962 Setembro 105,4 mm 27/09/1984
Abril 138,6 mm 17/04/1998 Outubro 91,4 mm 06/10/1942
Maio 216,8 mm 07/05/2004 Novembro 115 mm 05/11/2009
Junho 109 mm 29/06/2000 Dezembro 106,6 mm 22/12/1997
Período: 1931 a 1970, 1979 a 1984 e 1988-presente

A temperatura média compensada anual da área urbana do município, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (no período entre 1981 e 2010), é de 18 °C, sendo janeiro o mês mais quente, com temperatura média de 23,5 °C, e julho o mês mais frio, com média de 12,2 °C.[20] A amplitude térmica diária (diferença entre as temperaturas mínima e máxima de um dia) geralmente é moderada, entre 8 e 9 graus, sendo que dias com amplitudes térmicas elevadas (de até 20 graus ou mais) não são raros de ocorrer, principalmente no outono. A umidade relativa do ar é bastante elevada (com média anual de cerca de 80%). Há um dito popular de que Pelotas seria a segunda cidade mais úmida do mundo, perdendo somente para Londres. O índice pluviométrico anual é de 1.400 milímetros (mm),[20] com chuvas regularmente distribuídas durante todo o ano, sem a ocorrência de estação seca, embora possam acontecer veranicos.

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1931 a 1970, 1979 a 1984, 1988 e a partir de 1991, o maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 219,6 mm em 15 de fevereiro de 1983. Outros grandes acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram: 216,8 mm em 7 de maio de 2004, 153,2 mm em 24 de fevereiro de 1983, 151 mm em 17 de março de 1962, 138,6 mm em 17 de abril de 1998, 134,4 mm em 29 de janeiro de 2009, 131,4 mm em 8 de fevereiro de 1954, 125,6 mm em 16 de abril de 1959, 122,1 mm em 2 de janeiro de 2018, 120,6 mm em 14 de fevereiro de 1997, 115 mm em 5 de novembro de 2009, 110,6 mm em 11 de agosto de 1941, 109 mm em 29 de junho de 2000, 106,6 mm em 22 de dezembro de 1997, 105,8 mm 22 de janeiro de 1948, 105,4 mm em 27 de setembro de 1984, 103,8 mm em 7 de fevereiro de 1998 e 102 mm em 11 de junho de 2003.[18][19]

Dados climatológicos para Pelotas-Capão do Leão (INMET/UFPel/EMBRAPA)
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 42 39,6 38,4 36,4 33,6 30,8 31,8 34,4 35,6 36,1 39,2 39,6 42
Temperatura máxima média (°C) 28,6 28,4 27,3 24,7 21,1 18,5 17,8 19,3 20 22,4 25,1 27,4 23,4
Temperatura média compensada (°C) 23,5 23,2 21,9 19 15,6 13,1 12,3 13,8 15,3 17,9 20,1 22,2 18,2
Temperatura mínima média (°C) 19,5 19,3 18 15 11,9 9,4 8,5 9,9 11,6 14,2 15,9 18 14,3
Temperatura mínima recorde (°C) 7,6 5,8 3,3 2,7 −0,6 −5 −3,4 −2,6 −2,1 1,2 4 4,8 −5
Precipitação (mm) 115,9 141,8 107,2 111,1 117,1 107,7 112,7 117,4 128,7 120,2 99,4 103,2 1 382,4
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 9 9 9 8 8 7 8 8 9 9 7 8 99
Umidade relativa compensada (%) 78,5 80,7 82,5 83,5 86,2 85,8 84,7 84,1 83,3 81,6 77,4 77,2 82,1
Insolação (h) 252,8 215 217,2 185 166 142,9 160,2 169,2 160,7 186,6 233,8 257,5 2 346,9
Fonte: INMET (normal climatológica de 1991-2020; recordes de temperatura: 1931-presente)[21][18][19][20]

Raras precipitações de neve

[editar | editar código-fonte]

Um dado climático interessante foi a ocorrência de uma precipitação de neve, no dia 8 de julho de 1994, em Pelotas, das 11h00 às 13h30. Até esta data, não havia nenhum registro oficial de queda de neve no município. O fenômeno foi de fraca intensidade na área urbana do município, não chegando a cobrir de branco a paisagem. Entretanto, a queda de neve teve maior intensidade no interior do município, em distritos como Cascata e Quilombo, chegando a cobrir a vegetação com uma camada branca.[22]

Em 4 de setembro de 2006, também foi registrada queda de neve no município de Pelotas. Houve precipitação de neve em flocos nos distritos mais elevados e na cidade vizinha de Canguçu e, na área urbana de Pelotas, na forma de neve granular, durante o período da tarde.[23]

Em 5 de setembro de 2008, a cidade também registrou neve granular, misturada à chuva congelada.[24] Em 3 de agosto de 2010, novamente foram registrados períodos de neve granular na cidade, entre as 11h e as 18h.[25]

Precipitações de graupel foram registradas na cidade nos dias 12 de julho de 2012[26] e 25 de setembro de 2012.[27]

No dia 5 de julho de 2019, Pelotas registrou neve em flocos misturada com chuva fraca líquida, em pontos esparsos no centro da cidade (próximo ao meio-dia, com cerca de 40 minutos de duração).[28] O fenômeno repetiu-se em 28 de julho de 2021, durante a tarde, também com fraca intensidade.[29]

Temperaturas extremas

[editar | editar código-fonte]

Em 19 de julho de 1934 e 27 de julho de 1935, o município registrou uma temperatura mínima de −5 °C,[19] a mais baixa registrada em Pelotas. Esta mínima foi registrada na área urbana, sendo que no interior do município, devido à maior altitude, a temperatura deve ter sido mais baixa. Outras temperaturas extremas foram −3,4 °C em 1 de agosto de 1955, −3 °C em 9 de junho de 2012[30][31] e em 30 de junho de 1996,[32] -2,7 °C, em 19 de julho de 1975,[32] -2,4 °C, em 31 de julho de 2009,[33] -2 °C, em 30 de julho de 2007[34] e em 25 de julho de 2013[35] e -1,6 °C, em 12 de julho de 2007.[36]

A temperatura mais alta registrada pelo INMET em Pelotas ocorreu em 1 de janeiro de 1943, com 42 °C (no mesmo dia em que Porto Alegre e Rio Grande registraram seus recordes históricos de 40,7 °C e 41,2 °C, respectivamente).[19] O aeroporto do município, não oficialmente, registrou em outros dias temperaturas na casa dos 40 °C, como em 27 de dezembro de 1999 e em 8 e 10 de janeiro de 2006.[37]

Devido a sua localização e suas características de vegetação e relevo, o município apresenta tanto fauna aquática como fauna de campo e de área serrana. Pelotas possui desde gaivotas e marrecos, aves típicas da zona lagunar de litoral, até a perdiz e a ema, que são próprias das zonas da Campanha gaúcha.

A zona mais rica em fauna, no município, é a zona dos banhados, com inúmeras espécies de peixes, anfíbios como a , répteis como o jacaré do papo amarelo e tartarugas, e mamíferos como capivaras, preás, lebres, lontras, gambás, doninhas, graxains (sorro), ratões-do-banhado e zorrilhos.

A zona serrana possui uma fauna mais pobre, principalmente por se tratar de uma zona de transição, e também em consequência do desmatamento. Jaguares, jaguatiricas e suçuaranas já não existem mais nessa área. Destacam-se, na área serrana e na área dos campos: mamíferos como veado-virá, veado-campeiro, lebre, tatu, raposa, gambá, capivara, graxaim, aves como chimango, perdiz, caturrita, quero-quero, jacu, ema, seriema, pomba do mato (pombão), cardeal-de-topete-vermelho, periquito, tico-tico, joão-de-barro, répteis como lagarto, cobra cruzeira, cobra verde e peixes como traíra, jundiá, lambari etc.[38]

Vista desde o Hipódromo da Tablada ao entardecer - em primeiro plano, uma araucária.
Margem do Canal São Gonçalo.

A maior parte da área rural de Pelotas é composta por campos, com vegetação rasteira e herbácea (pampas). Outra formação importante, que ocorre na forma de pequenos bosques e de forma bastante esparsa no município, por ter sido reduzida pela ocupação humana, é a floresta estacional semidecidual.[39] A vegetação nativa, tanto no domínio dos campos quanto no das matas, apresenta ocorrência de árvores como corticeiras e araucárias, entre outras. A existência da araucaria angustifolia é maior no interior do município, onde a altitude mais elevada e a maior distância do mar favorecem a sua ocorrência, mas esta árvore também é bastante encontrada nas áreas mais baixas, incluindo as zonas urbana e litorânea.

Merece registro o crescimento da silvicultura, que tem promovido o florestamento das áreas de campos com árvores exóticas, como eucaliptos, pinhos e acácias, utilizadas na indústria madeireira, ao lado de espécies de tradicional uso paisagístico (salsos-chorões, ciprestes, cedros, álamos e plátanos).

Pelotas está a 55 km de distância do Oceano Atlântico, e possui uma praia lacustre chamada Laranjal (na laguna chamada Lagoa dos Patos). Nas proximidades desta praia, são encontrados banhados e algumas dunas de areia esparsas.[40]

Pelotas é um município que faz parte da bacia hidrográfica do rio Camaquã. Os arroios do Quilombo e das Caneleiras drenam o município de Pelotas, recebendo o nome de Arroio Pelotas quando suas águas se unem, indo desaguar no Canal São Gonçalo.[41]

A maior queda de água do município chama-se Cachoeira do Arco-Íris, com 12 metros de altura, e está localizada no distrito de Quilombo.[42]

Praia do Laranjal - Balneário Valverde.

Também há a Praia do Laranjal, um bairro localizado à beira da Lagoa dos Patos. Além dos balneários Santo Antônio e Valverde, fundados pelo doutor Antônio Augusto de Assumpção Júnior e pelo coronel Arthur Augusto de Assumpção, o bairro conta também com o Balneário dos Prazeres (conhecido popularmente como Barro Duro) e a Colônia Z3, uma colônia de pescadores que explora principalmente a pesca artesanal do camarão.[43]

Vista para a zona sul da cidade.

A vocação econômica de Pelotas é o agronegócio e o comércio. Neste último segmento, há grande representatividade de árabes oriundos principalmente do Líbano (conhecidos erroneamente como turcos) e mais alguns estrangeiros.

Setor terciário

[editar | editar código-fonte]

Pelotas também possui o SANEP (Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas), uma autarquia responsável pela captação, tratamento e distribuição de água potável, coleta e destinação do lixo e coleta e tratamento de esgotos sanitários e pela drenagem urbana. Constitui uma situação única no estado, já que os demais municípios do Rio Grande do Sul recebem serviços de saneamento de uma única empresa estadual, denominada CORSAN.[44] O município conta com três estações de tratamento de água: a ETA Santa Bárbara, que alimenta a rede de distribuição com 40 milhões de litros por dia; a ETA Sinnott, que é abastecida pelos arroios Pelotas e Quilombo e lança 36 milhões de litros no sistema,diariamente; e a ETA do Arroio Moreira, que contribui com sete milhões de litros; data de 1874 e, com ela, teve início o abastecimento de água tratada em Pelotas, na época com 15 mil habitantes.[45]

Na cidade, a distribuição de energia elétrica é realizada pela empresa estadual CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica).

Também há o Laranjal Parque Hotel, um empreendimento que comprova o empreendedorismo de uma parcela do empresariado pelotense. Situado próximo da Praia do Laranjal, no seu parque apresentou-se, em 28 de março de 1998, a soprano espanhola Montserrat Caballé.[46]

No transporte rural, o serviço liga a zona rural (conhecida como Colônia[47] pelos pelotenses) com o Centro da cidade.

O transporte ferroviário na Aglomeração (Capão do Leão - Pelotas - Rio Grande) vem sendo estudado pelo governo. O objetivo é o de ser implantado na então malha ferroviária existente que interliga os municípios, visando mais fluidez no transporte rodoviário e mais opções de transporte, além de poluir menos o ambiente.[48]

Licitação do transporte urbano

[editar | editar código-fonte]

Em fevereiro de 2016, após muitos anos de projetos e impasses, foi assinado o contrato de prestação do transporte coletivo entre a Prefeitura e o Consórcio vencedor da licitação. O consórcio, denominado "Consórcio do Transporte Coletivo de Pelotas", é formado por 6 empresas já atuantes no ramo na cidade: Viação Nossa Senhora Conquistadora (líder do consórcio), Laranjal Transportes, São Jorge de Transportes, Transportes Santa Maria, Auto Viação Santa Rosa e Transportes Santa Silvana. É a primeira vez que o transporte operará licitado no município. Como impacto, já em 2016 a cidade terá nas ruas cerca de 50% da frota renovada (a frota terá como idade máxima dos veículos 10 anos de uso), melhorias na segurança, como GPS e câmeras, integração tarifária e também aplicativos de interação online. A data oficial para início da operação é no mês de agosto de 2016.[49]

Variação demográfica do município entre 1872 e 2022
Fonte: DGE (1890-1920)[50][51]; IBGE (1940-atual)

A principal imigração ocorrida na região foi a vinda de portugueses, oriundos principalmente do arquipélago de Açores, que influíram profundamente na cultura do município, principalmente na arquitetura e na culinária.

Outra imigração importante que ocorreu na região foi a de alemães (a maioria de pomeranos), embora estes tenham preferido fixar-se na zona rural do município, ao contrário dos portugueses, que o fizeram na zona urbana. Também são dignas de nota outras etnias que em Pelotas fixaram residência, como africanos trazidos como escravos pelo Império português (oriundos principalmente de Angola), italianos, poloneses, franceses, judeus, árabes libaneses, etc. O número de descendentes de índios, apesar de desconhecido, é considerado muito pequeno.

Antes da vinda dos primeiros colonizadores portugueses, a porção meridional do Rio Grande do Sul, incluindo a área municipal de Pelotas, era ocupada por indígenas. De acordo com vestígios encontrados na região, os grupos eram minuanos, charruas e guaranis.[52]

Campus Pelotas do Instituto Federal Sul-rio-grandense

O município conta com cinco instituições de ensino superior (universidades): Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSUL),[53] Anhanguera Educacional e Faculdade de Tecnologia Senac-RS. Também possui três grandes escolas técnicas: Escola Técnica Estadual João XXIII, Escola Técnica Estadual Professora Sylvia Mello e o Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça (CAVG), hoje chamado de Instituto Federal Sul-rio-grandense Campus Visconde da Graça, vinculado ao IFSul.[54] Em 2010, foi inaugurado um colégio militar de ensino médio no município, o Colégio Tiradentes.[55]

Também há muitas escolas de ensino fundamental e médio no município, sendo estas escolas particulares (como o Colégio São José, o Colégio Gonzaga e o Colégio Alfredo Simon, entre outros) e públicas, sob administração estadual e municipal, como, por exemplo, o Colégio Pedro Osório e o Instituto Estadual de Educação Assis Brasil. Entre as instituições de ensino sob administração municipal, está o Colégio Municipal Pelotense, a maior escola municipal da América do Sul e uma das maiores da América Latina.[56][57]

Os hospitais mais tradicionais da cidade são a Santa Casa de Misericórdia (fundada em 1847),[58] e o Hospital Beneficência Portuguesa (fundado em 1857).[59] Também há o Hospital Miguel Piltcher, o Hospital Clinicamp, o Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP), ligado à Universidade Católica de Pelotas (UCPel), e o Hospital Escola, ligado à Universidade Federal de Pelotas (UFPel), sendo administrado pela Fundação de Apoio Universitário (FAU) (mais conhecido como "Hospital da FAU"). O município conta também com um hospital psiquiátrico, o Hospital Espírita de Pelotas.

Filhos ilustres

[editar | editar código-fonte]

Teatros e museus

[editar | editar código-fonte]

Pelotas conta com dois teatros: o Teatro Sete de Abril, que é um dos mais tradicionais e o mais antigo no Brasil, e cuja construção é de 1831, além do Teatro Guarani.

O município possui diversos museus: Museu de História Natural Carlos Ritter, Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo, Museu da Baronesa, Museu Histórico Helena Assumpção de Assumpção, Museu do Charque, Museu do Doce, Museu do Futebol, Museu das Coisas Banais,[60] Museu de Arte Sacra João Paulo II, Memorial da Praia do Laranjal Arthur Augusto de Assumpção, entre outros.

O carnaval de rua de Pelotas é conhecido nacionalmente, pela espontaneidade dos blocos carnavalescos que saem às ruas e garantem a alegria do povo.[61]

A Feira Nacional do Doce, popularmente denominada Fenadoce, é um evento muito prestigiado em âmbito nacional, sendo realizada anualmente, durante o meio do ano (em 2008, foi realizada entre os dias 4 de junho e 22 de junho). A primeira edição da festa foi realizada no ano de 1986, e desde então consagrou-se na principal atração turística da Zona Sul do Rio Grande do Sul, com uma mistura de shows, gastronomia, lazer e turismo.[62]

O município de Pelotas recebe uma grande parcela de turistas durante a realização do evento, oriundos das mais diversas localidades do país, vindos com o intuito de conhecer a culinária pelotense, com os seus doces de origem portuguesa e africana, além de outros doces de origens alemã, italiana e árabe.[63]

Arquitetura e monumentos

[editar | editar código-fonte]

O centro histórico da cidade foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.[64] O município teve forte influência da estética portuguesa, com as fachadas de seus casarões cobertas de azulejos. Pelotas é muito rica em tesouros arquitetônicos e monumentos, muitos tombados pelo patrimônio histórico do município e do Estado.

Caixa D'água de ferro.

Um exemplo de monumento do acervo do município é o Chafariz "As Três Meninas", vindo de Escócia em 1873, e localizado no centro do município. Até o ano de 2007 acreditava-se que ela era proveniente da França. Outro exemplo de monumento é o Obelisco de Pelotas,[65] situado no bairro Areal.

Catedral São Francisco de Paula.

Também se destaca o "museu da Baronesa", cuja construção se deu no século XIX, ocupando uma área de aproximadamente 7 hectares, possuindo, a construção, 22 peças e um pátio interno. Contornando todo o conjunto, foram cultivados vários jardins.[66]

Mitos arquitetônicos

[editar | editar código-fonte]

Muitos populares pelotenses acreditam na existência de túneis de fuga , também conhecidos como saídas francesas, nos subterrâneos do município. A maioria desses mitos surgiu com os porões altos, encontrados na maioria dos prédios mais antigos da cidade; às ligações entre casas de uma mesma família, raramente feitas por baixo da terra; com poços ou cacimbas, encontrados principalmente em construções anteriores à criação da Companhia Hydraulica Pelotense, no final do século XIX; e com os dutos coletores das redes de esgotos e de águas pluviais, que se estendem por boa parte do centro de Pelotas.[67]

Cidades-irmãs e ponto antípoda

[editar | editar código-fonte]

Pelotas possui quatro cidades-irmãs:

O local antípoda de Pelotas está situado no Mar da China Oriental, cerca de 250 km a oeste do litoral de Satsumasendai, cidade situada no extremo sul do Japão.[72]

Referências

  1. «Cidades e Estados». IBGE. 2021. Consultado em 12 de maio de 2023 
  2. «ESTIMATIVAS DA POPULAÇÃO RESIDENTE NO BRASIL E UNIDADES DA FEDERAÇÃO COM DATA DE REFERÊNCIA EM 1º DE JULHO DE 2024» (PDF). IBGE. 2024. Consultado em 31 de agosto de 2024 
  3. «Ranking». IBGE. 2010. Consultado em 12 de maio de 2023 
  4. «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2010 a 2020». IBGE. 2020. Consultado em 12 de maio de 2023 
  5. «ESTIMATIVAS DA POPULAÇÃO RESIDENTE NO BRASIL COM DATA DE REFERÊNCIA EM 1º DE JULHO DE 2024» (PDF). ftp.ibge.gov.br. 29 de agosto de 2024. Consultado em 30 de agosto de 2024 
  6. a b c d «Primeira referência histórica de Pelotas». Consultado em 3 de maio de 2009. Arquivado do original em 25 de março de 2009  Prefeitura de Pelotas, vista em 3 de maio de 2009.
  7. FONSECA, Maria Angela Peter da. Estratégias para a preservação do germanismo (Deutschtum) - gênese e trajetória de um collegio teutobrasileiro urbano em Pelotas (1898-1942), Pelotas, 2007, 158p.
  8. «Banco Pelotense: 100 anos»  Diário Popular, 5 de fevereiro de 2006.
  9. «Banco Pelotense: 100 anos - Parte 2»  Diário Popular, 6 de fevereiro de 2006.
  10. «LEI COMPLEMENTAR Nº 11.876, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2002»  IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais) - legislação, 26 de dezembro de 2002.
  11. «Lei nº 5502, de 11 de Setembro de 2008 de Pelotas» (PDF). 13 de Setembro de 2008. Consultado em 11 de Maio de 2018  Prefeitura de Pelotas
  12. Rosa 1985, p. 60
  13. «Clima Pelotas: Temperatura, Tempo e Dados climatológicos Pelotas - Climate-Data.org». pt.climate-data.org. Consultado em 6 de março de 2019 
  14. «Pelotas, Rio Grande do Sul Köppen Climate Classification (Weatherbase)». Weatherbase. Consultado em 6 de março de 2019 
  15. «Clima característico em Pelotas, Brasil durante o ano - Weather Spark». pt.weatherspark.com. Consultado em 6 de março de 2019 
  16. «Por que o mar gaúcho é gelado, fica "chocolate" e tem repuxo?». GaúchaZH. 19 de dezembro de 2014. Consultado em 6 de março de 2019 
  17. «IDENTIFICAÇÃO DE SINAIS DE MUDANÇAS NO REGIME DE GEADAS NO RIO GRANDE DO SUL DURANTE O SÉCULO 20» (PDF). EMBRAPA. 2005 
  18. a b c INMET. «Estação: PELOTAS (83985)». Consultado em 3 de abril de 2021 
  19. a b c d e INMET (1979). «Normais Climatológicas do Brasil (1931-1960)» 2 ed. Rio de Janeiro. Consultado em 25 de julho de 2020 
  20. a b c INMET. «Normais climatológicas do Brasil». Consultado em 13 de abril de 2022 
  21. CPACT-Embrapa. «Normais Climatológicas Período: 1971/2000 (Mensal/Anual)». Consultado em 20 de julho de 2017 
  22. NEVE EM PELOTAS, Diário da Manhã, 09 de julho de 1994, capa.
  23. «Nevada de 2006: Espetáculo do sul ao norte gaúcho». Metsul. 5 de setembro de 2006. Arquivado do original em 30 de junho de 2012 
  24. «Frente fria faz cair neve no Rio Grande do Sul»  Folha de S.Paulo Online, 05 de setembro de 2008.
  25. «Estado teve incidência de neve». Diário Popular. 4 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 29 de julho de 2012 
  26. «Reforço de ar polar chega no fim de semana e prolongará o frio». Consultado em 13 de maio de 2019. Arquivado do original em 31 de março de 2016  Metsul.
  27. «Onda de frio começa a perder força na quarta no RS». Diário do Grande ABC. 25 de setembro de 2012. Consultado em 25 de setembro de 2012. Arquivado do original em 31 de dezembro de 2012 
  28. «Sul do RS registra chuva com neve, diz meteorologista». G1. 5 de julho de 2019. Consultado em 5 de julho de 2019 
  29. «Cidades do RS têm neve e chuva congelada; veja imagens». G1. 28 de julho de 2021. Consultado em 28 de julho de 2021 
  30. «Frio intenso continua no RS e mínima chega a -4ºC em São Gabriel - Terra»  visto em 09 de junho de 2012.
  31. Reis, Osiris (9 de junho de 2012). «Termômetros em Pelotas registram recorde de -3 °C». Diário Popular. Consultado em 9 de junho de 2012. Cópia arquivada em 30 de outubro de 2012 
  32. Reis, Osiris (31 de julho de 2009). «Pelotas registra a menor temperatura dos últimos 34 anos». Diário Popular. Cópia arquivada em 29 de julho de 2012 
  33. Diário Popular, 29 de julho de 2007, contracapa.
  34. «Tempo histórico para Pelotas, Brasil»  Weather Underground, 25 de julho de 2013.
  35. Diário Popular, 13 de julho de 2007, contracapa.
  36. (em inglês) Histórico para Pelotas, Brasil, Weather Underground, 10 de janeiro de 2006.
  37. Rosa 1985, pp. 149-152
  38. Projeto Biodiversidade RS
  39. Rosa 1985, pp. 138-148
  40. Rosa 1985, pp. 95-96
  41. Rosa 1985, p. 98
  42. Rosa 1985, p. 119-122
  43. «Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas -SANEP». Consultado em 5 de maio de 2009. Arquivado do original em 1 de março de 2009  SANEP, acessada em 5 de maio de 2009.
  44. «A ETA São Gonçalo no PAC Saneamento». Consultado em 31 de janeiro de 2010. Arquivado do original em 30 de outubro de 2012  Diário Popular, acessada em 1 de junho de 2008.
  45. «Eventos»  Laranjal Parque Hotel, acessada em 4 de maio de 2009.
  46. «Pelotas Colonial». www.pelotascolonial.com.br. Consultado em 21 de março de 2016 
  47. «Ministério dos Transportes - Projeto Trens Regionais». www.transportes.gov.br. Consultado em 21 de março de 2016 
  48. «Assinado 1º contrato de concessão do transporte coletivo de Pelotas». Gaúcha. Consultado em 21 de março de 2016 
  49. Directoria Geral de Estatística (1898). Synopse do recenseamento de 31 de dezembro de 1890 (PDF). Rio de Janeiro: Officina da Estatistica. p. 105 
  50. Directoria Geral de Estatistica (1905). Synopse do recenseamento de 31 de dezembro de 1900 (PDF). Rio de Janeiro: Typ. da Estatistica. p. 85 
  51. «Rio Grande Virtual, Ilha dos Marinheiros». Consultado em 21 de agosto de 2016. Arquivado do original em 11 de outubro de 2007  27 de dezembro de 2007.
  52. Carvalho, Micael (6 de outubro de 2018). «75 anos de história - IFSul comemora aniversário com atividades para a comunidade». Universidade Federal de Pelotas. Em Pauta. Consultado em 17 de fevereiro de 2019 
  53. «Miriam homenageia o Campus Pelotas do IFSul e o Campus CAVG de Pelotas». JusBrasil. Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. 2013. Consultado em 17 de fevereiro de 2019 
  54. «Colégio Tiradentes de Pelotas há sete anos forma cidadãos de bem». Governo do Estado do Rio Grande do Sul. 6 de setembro de 2017. Consultado em 21 de fevereiro de 2019 
  55. «Aulas no Colégio Pelotense estão suspensas». Pelotas 13 Horas. Consultado em 3 de novembro de 2018 
  56. «História». Colégio Pelotense. Consultado em 3 de novembro de 2018 
  57. «Santa Casa de Misericórdia de Pelotas – LAPPACS». web.archive.org. 29 de julho de 2023. Consultado em 29 de julho de 2023 
  58. «Sociedade Portuguesa de Beneficência de Pelotas». web.archive.org. 29 de julho de 2023. Consultado em 29 de julho de 2023 
  59. Rodrigues, Deco (26 de julho de 2011). «Museu das Coisas Banais completa um ano de atividades em Pelotas | e-cult | mídia ativa». ecult.com.br. Consultado em 14 de março de 2016 
  60. «Doce Folia - Carnaval de Pelotas 2009»  Carnaval de Rua - Pelotas, vista em 05 de maio de 2009.
  61. «A Fenadoce»  Fenadoce, vista em 05 de maio de 2009.
  62. «A cultura doceira»  Fenadoce, vista em 05 de maio de 2009.
  63. Lista de bens tombados e processos em andamento. IPHAN, 2018
  64. MATTOS, João Batista de. Os Monumentos Nacionais. Rio de Janeiro; Imprensa Militar, 1949.
  65. «Museu da Baronesa»  visto em 1 de agosto de 2009.
  66. «O mistério subterrâneo de Pelotas»  Revista de História da Biblioteca Nacional, 13 de junho de 2008.
  67. «Cidade: Comissão de Aracati vem assinar acordo de geminação com Pelotas». Consultado em 25 de maio de 2008. Arquivado do original em 5 de fevereiro de 2009  Diário Popular, 28 de maio de 2005.
  68. «Cidades Geminadas - Pelotas»  Câmara Municipal de Aveiro.
  69. «Cidades-irmãs de Pelotas terão espaço na Fenadoce». Consultado em 24 de dezembro de 2008. Arquivado do original em 23 de julho de 2011  Prefeitura Municipal de Pelotas, 4 de junho de 2007.
  70. «Cidades-Irmãs Japonesas»  Governo do estado do RS.
  71. (em inglês) Antipodes Map. «Antipodes Map - Antipodal location for any map point.». Consultado em 23 de novembro de 2008. Arquivado do original em 6 de novembro de 2012 
  • Rosa, Mário (1985). Geografia de Pelotas. Pelotas: Universidade Federal de Pelotas 
Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Pelotas