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Relevo da Europa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Topografia da Europa
Relevo da Europa central.
Monte Branco, nos Alpes.

O Relevo da Europa é diversificado e espetacular, variando desde montanhas majestosas até planícies vastas e litorais pitoresos. Essa diversidade de formas de relevo é o resultado de uma história geológica complexa e influências climáticas variadas ao longo do tempo.[1]

Montanhas e Cordilheiras

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As montanhas da Europa incluem algumas das mais famosas cadeias montanhosas do mundo. Os Alpes, localizados no centro da Europa, são a cordilheira mais alta e extensa do continente, estendendo-se por cerca de 1.200 quilômetros através de vários países, incluindo França, Suíça, Itália e Áustria. Os Alpes abrigam alguns dos picos mais altos da Europa, como o Mont Blanc, o Matterhorn e o Monte Rosa.[2]

Além dos Alpes, a Europa possui outras importantes cordilheiras, como os Pirenéus, que formam a fronteira natural entre a França e a Espanha, e os Cárpatos, que se estendem pelo leste da Europa, passando por países como Romênia, Ucrânia e Eslováquia. No norte da Europa, destacam-se os Alpes Escandinavos, que percorrem a península escandinava e abrigam o pico mais alto da região, o Kebnekaise, na Suécia.[3]

Planaltos e Colinas

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Além das majestosas cordilheiras, a Europa também possui vastas áreas de planaltos e colinas. O Planalto da Europa Central é uma região que se estende por várias partes do continente, incluindo a Alemanha, a República Tcheca e a Polônia. Essa área é caracterizada por suas terras altas onduladas e é uma importante região agrícola na Europa.[4][5]

Outros planaltos notáveis incluem o Planalto Ibérico, localizado na Espanha e em Portugal, e o Planalto Escocês, no Reino Unido. Essas áreas apresentam uma mistura de montanhas, colinas e vales, criando paisagens pitorescas e únicas.[6][7]

Planícies e Vales

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As planícies são uma característica proeminente do relevo europeu, ocupando grandes extensões de território em várias partes do continente. As Planícies da Europa Oriental, por exemplo, abrangem vastas áreas da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, sendo uma das maiores planícies do mundo.[8][9]

Além das planícies, a Europa possui numerosos vales pitorescos esculpidos por rios e geleiras ao longo do tempo. O Vale do Reno, na Alemanha, é um exemplo proeminente, conhecido por suas vinhas, castelos e cidades históricas ao longo de suas margens.[10]

Litorais e Ilhas

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Os litorais da Europa são variados e espetaculares, apresentando falésias dramáticas, praias de areia dourada e enseadas isoladas. As costas do Mediterrâneo, como a Riviera Francesa e a Costa Amalfitana na Itália, são famosas por sua beleza natural e clima ensolarado.[11]

Além dos litorais, a Europa é pontilhada por numerosas ilhas, grandes e pequenas. Desde as ilhas gregas no Mar Egeu até as Ilhas Britânicas no Atlântico Norte, as ilhas europeias oferecem uma variedade de paisagens e culturas únicas.[12]

As principais penínsulas europeias são a península Escandinava, a península de Cola, e a Jutlândia no norte, a Península Ibérica, a Península Itálica e a Península Balcânica, que se elevam do extremo sul do continente até ao Mar Mediterrâneo.

Assim, o relevo da Europa é uma tapeçaria complexa de montanhas, planaltos, planícies e litorais, moldados por milhões de anos de atividade geológica e processos naturais. Essa diversidade de formas de relevo não apenas contribui para a beleza natural do continente, mas também desempenha um papel crucial na história, na cultura e na vida cotidiana dos povos europeus.[13]

Referências

  1. AZIZ NACIB AB’SABER (In Memoriam); JOÃO MAURO ARAÚJO; ADRIANO CAPELO; FRANCISCO ALBUQUERQUE (13 de agosto de 2020). «INTERVIEW WITH PROFESSOR AZIZ NACIB AB'SABER». William Morris Davis – Revista de Geomorfologia (1): 2–16. ISSN 2675-6900. doi:10.48025/issn2675-6900.v1n1.p2-16.2020. Consultado em 13 de março de 2024 
  2. Nimmo, F; Pappalardo, R.T; Giese, B (novembro de 2003). «On the origins of band topography, Europa». Icarus (1): 21–32. ISSN 0019-1035. doi:10.1016/j.icarus.2003.08.002. Consultado em 13 de março de 2024 
  3. Schenk, Paul M.; Pappalardo, Robert T. (agosto de 2004). «Topographic variations in chaos on Europa: Implications for diapiric formation». Geophysical Research Letters (16). ISSN 0094-8276. doi:10.1029/2004gl019978. Consultado em 13 de março de 2024 
  4. Nimmo, F. (março de 2004). «Non-Newtonian topographic relaxation on Europa». Icarus (1): 205–208. ISSN 0019-1035. doi:10.1016/j.icarus.2003.11.022. Consultado em 13 de março de 2024 
  5. Majorowicz, Jacek Andrew; Grad, Marek; Polkowski, Marcin (21 de março de 2019). «Terrestrial heat flow versus crustal thickness and topography – European continental study». International Journal of Terrestrial Heat Flow and Applications (1): 17–21. ISSN 2595-4180. doi:10.31214/ijthfa.v2i1.30. Consultado em 13 de março de 2024 
  6. Lesage, Elodie; Schmidt, Frédéric; Andrieu, François; Massol, Hélène (junho de 2021). «Constraints on effusive cryovolcanic eruptions on Europa using topography obtained from Galileo images». Icarus. 114373 páginas. ISSN 0019-1035. doi:10.1016/j.icarus.2021.114373. Consultado em 13 de março de 2024 
  7. Pappalardo, Robert T.; Barr, Amy C. (janeiro de 2004). «The origin of domes on Europa: The role of thermally induced compositional diapirism». Geophysical Research Letters (1). ISSN 0094-8276. doi:10.1029/2003gl019202. Consultado em 13 de março de 2024 
  8. Nimmo, F.; Giese, B. (outubro de 2005). «Thermal and topographic tests of Europa chaos formation models from Galileo E15 observations». Icarus (2): 327–340. ISSN 0019-1035. doi:10.1016/j.icarus.2004.10.034. Consultado em 13 de março de 2024 
  9. Greenberg, Richard; Leake, Martha A; Hoppa, Gregory V; Tufts, B.R (janeiro de 2003). «Pits and uplifts on Europa». Icarus (1): 102–126. ISSN 0019-1035. doi:10.1016/s0019-1035(02)00013-1. Consultado em 13 de março de 2024 
  10. Nimmo, F.; Schenk, P. (dezembro de 2006). «Normal faulting on Europa: implications for ice shell properties». Journal of Structural Geology (12): 2194–2203. ISSN 0191-8141. doi:10.1016/j.jsg.2005.08.009. Consultado em 13 de março de 2024 
  11. Schmidt, B. E.; Blankenship, D. D.; Patterson, G. W.; Schenk, P. M. (novembro de 2011). «Active formation of 'chaos terrain' over shallow subsurface water on Europa». Nature (7374): 502–505. ISSN 0028-0836. doi:10.1038/nature10608. Consultado em 13 de março de 2024 
  12. Bruderer, Bruno; Peter, Dieter (20 de fevereiro de 2022). «Topography and wind moulding directions of autumn migration between Europe and the West African savannas». Journal of Ornithology (2): 357–371. ISSN 2193-7192. doi:10.1007/s10336-022-01971-8. Consultado em 13 de março de 2024 
  13. Klichowska, Ewelina; Nobis, Marcin; Piszczek, Piotr; Błaszkowski, Janusz; Zubek, Szymon (dezembro de 2019). «Soil properties rather than topography, climatic conditions, and vegetation type shape AMF–feathergrass relationship in semi-natural European grasslands». Applied Soil Ecology: 22–30. ISSN 0929-1393. doi:10.1016/j.apsoil.2019.07.001. Consultado em 13 de março de 2024