Ricardo Coutinho
Ricardo Vieira Coutinho | |
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Ricardo Coutinho em entrevista no Palácio do Planalto. | |
50.º Governador da Paraíba | |
Período | 1 de janeiro de 2011 a 1 de janeiro de 2019 |
Vice-governador | Rômulo Gouveia (2011-15)
Lígia Feliciano (2015-19) |
Antecessor(a) | José Maranhão |
Sucessor(a) | João Azevêdo |
42º prefeito de João Pessoa | |
Período | 1 de janeiro de 2005 até 31 de março de 2010 |
Vice-prefeito | Manoel Junior(2005-2009)
Luciano Agra(2009-2010) |
Antecessor(a) | Cícero Lucena |
Sucessor(a) | Luciano Agra |
Deputado estadual da Paraíba | |
Período | 1 de fevereiro de 1999 até 31 de dezembro de 2004 |
Vereador de João Pessoa | |
Período | 1 de janeiro de 1993 até 31 de janeiro de 1999 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 18 de novembro de 1960 (63 anos) João Pessoa, Paraíba |
Alma mater | Universidade Federal da Paraíba |
Partido | PT (1982-2003) PSB (2003-2021) PT (2021-presente) |
Profissão | Farmacêutico, político |
Assinatura |
Ricardo Vieira Coutinho (João Pessoa, 18 de novembro de 1960) é um político brasileiro, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Foi vereador de João Pessoa (1993-1999), deputado estadual (1999-2004) e prefeito da capital paraibana por duas vezes, sendo eleito pela 1ª vez em 2004 e reeleito em 2008. Renunciou à prefeitura de João Pessoa em 31 de março de 2010, durante o período de seu segundo mandato, para disputar o governo do Estado da Paraíba, sendo eleito em segundo turno para o cargo de Governador com 1.079.164 votos (53,70% dos votos válidos). Em 2014, é reeleito Governador da Paraíba com a votação de 1.125.956 votos (52,61% dos votos válidos).
Seu último cargo público foi o de Governador do Estado da Paraíba entre os anos de 2011 e 2018.
Foi presidente da Fundação João Mangabeira, órgão pertencente ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Biografia
[editar | editar código-fonte]É filho de Coriolano Coutinho e Natércia Vieira, pai agricultor e mãe costureira, e tem dois filhos: Ricardo e Henri Coutinho.
Fez o “primário”, como se chamava naquela época, no Instituto La Salle e o “ginásio” foi cursado no Colégio 7 de Setembro, ambos no bairro de Jaguaribe. Parte de seu Segundo Grau foi feito na Escola Estadual Bairro dos Estados e o “3º ano científico” no Colégio Águia. Em 1977, passou no vestibular da UFPB, para o curso de Farmácia. Em 1978, ingressa no curso de Farmácia, período final da ditadura militar em que reaparecem os movimentos estudantis e que ocasiona o seu interesse por política.
Ajudou na reabertura Centro Acadêmico de Farmácia da UFPB em 1980, tornando-se, posteriormente, presidente do mesmo. Quando já formado em Farmácia, conquistou, via concurso público, uma vaga de farmacêutico no Hospital Universitário da capital paraibana. Neste período passou a ter contato com a Associação dos Funcionários da Universidade Federal da Paraíba, que foi o embrião do Sintes-PB.
Em 1984, aos 24 anos, o Ministério da Educação estava oferecendo um curso de especialização para farmacêuticos de Hospitais Universitários de todo país, existindo apenas 25 vagas, a UFPB o escolheu. No mesmo ano começa a especialização no Rio de Janeiro.
No Rio de Janeiro, aproveitou o fato de Leonel Brizola ter mandado liberar as catracas dos ônibus para que todos pudessem participar de um comício das Diretas Já, na Candelária, e foi junto. Naquele Estado começou a militar nos movimentos sindicais, participou intensamente dos movimentos em torno da criação da Central Única dos Trabalhadores.
Volta à Paraíba em 1985, implanta a modernização da farmácia hospitalar na UFPB. No movimento sindical, assume a presidência do Sindicato dos Farmacêuticos. Planejando juntar todas as categorias de saúde, funda o SindSaúde em 1990. Naquele ano, foi dirigente da Central Única dos Trabalhadores (na área de comunicação do movimento) e foi candidato a deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores, não houve chance de vitória, apesar disso sua votação surpreendeu.
Entre 2011 e 2015 foi casado com a jornalista Pâmela Bório, com quem tem um filho.[1]
Prisão
[editar | editar código-fonte]Foi preso pela Polícia Federal no dia 19 de dezembro de 2019 as 22h40, quando desembarcava no Aeroporto de Natal. Teve a sua prisão preventiva decretada no âmbito da sétima fase da Operação Calvário, que investigava um grupo que desviou R$134,2 milhões dos cofres públicos do estado. Após a prisão, Ricardo Coutinho foi levado a sede da Policia Federal em João Pessoa. Outros 16 mandados de prisão foram expedidos pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida, entre eles, contra a deputada estadual Estelizabel Bezerra e a prefeita do município do Conde Márcia de Figueiredo Lucena de Lima, ambas do PSB, além de ex-secretários do governo do estado da Paraíba no período em que Ricardo Coutinho foi governador. [2] [3]
Carreira política
[editar | editar código-fonte]- 1990: Filiado ao PT, é candidato a deputado estadual. Obtem 1.934 votos, e alcança a oitava suplência da coligação.
- 1992: Elege-se vereador de João Pessoa pela primeira vez com 1.381 votos.
- 1994: Novamente candidato a deputado estadual. Alcança a quarta suplência da coligação, contabilizando 6.353 votos.
- 1996: É reeleito vereador com 6.917 votos, obtendo o maior número de votos do pleito.
- 1998: Candidata-se a deputado estadual e se elege sendo o mais votado em João Pessoa e obtendo em todo estado 25.388 votos. Na Assembleia Legislativa, foi líder da oposição e presidente da Comissão de Saúde em dois mandatos.
- 2002: É reeleito deputado estadual, obtendo 47.912 votos e sendo o mais votado do pleito.
- 2003: Ricardo Coutinho deixa o PT após problemas internos e ingressa no PSB.
- 2004: Elege-se prefeito de João Pessoa em 1º turno com 215.649 votos (64,45% dos votos).[4]
- 2005: Toma posse no dia 1º de janeiro de 2005 como prefeito de João Pessoa.
- 2008: Reelege-se prefeito da capital paraibana em 1º turno, obtendo uma expressiva votação de 262.041 votos (73,85% dos votos).[5]
- 2009: É empossado para o seu segundo mandato de prefeito.
- 2010: Renuncia ao cargo de prefeito de João Pessoa em 31 de março para concorrer as eleições estaduais de 2010 como candidato a governador com o apoio de lideranças como o ex-governador cassado Cássio Cunha Lima. Durante a campanha, fica em desvantagem em todas as pesquisas, mas ainda assim termina o 1° turno na frente por uma diferença de cerca de 8 mil votos, levando a eleição para o 2° turno e se elegendo governador da Paraíba no dia 31 de outubro de 2010, derrotando o então governador e candidato a reeleição José Maranhão do PMDB, obtendo a votação de 1.079.164 votos (53,70% dos votos).
- 2011: Toma posse no dia 1° de janeiro de 2011 como governador da Paraíba.[6]
- 2014: É candidato a reeleição nas eleições estaduais de 2014 ao governo da Paraíba, enfrentando o então senador e seu ex-aliado Cássio Cunha Lima do PSDB, com quem rompe politicamente. Termina o primeiro turno da eleição em desvantagem, obtendo 937.009 votos (46,05% dos votos), cerca de 28 mil votos a menos que seu principal adversário. No entanto, consegue virar o jogo no segundo turno e se reelege governador da Paraíba com 1.125.956 votos (52,61% dos votos) contra 1.014.393 votos (47,39%) dados a Cássio Cunha Lima, uma vantagem de cerca de 111 mil votos a mais que o seu principal adversário.[7]
- 2015: É reempossado em 1° de janeiro de 2015 para o seu segundo mandato de governador da Paraíba.
- 2018: Abre mão de disputar o Senado Federal e cumpre o seu mandato de governador na íntegra, elegendo o seu candidato, o engenheiro e ex-secretário de Infraestrutura João Azevêdo como sucessor nas eleições estaduais de 2018, que com seu decisivo apoio, vence no primeiro turno com 58,18% dos votos.[8] Termina sua gestão a frente do governo da Paraíba com 84% de aprovação, segundo o Centro integrado de Pesquisa e Comunicação (CIPEC) e 63% de aprovação, segundo o Ibope. [9][10]
- 2019: Passa o governo da Paraíba a João Azevêdo em 1° de janeiro de 2019[11] e assume a presidência da Fundação João Mangabeira, órgão ligado ao diretório nacional do PSB.[12]
- 2019: Em 17 de Dezembro, durante viagem ao exterior, é surpreendido por mandado de prisão, mediante fase da operação Calvário, acusado de desviar verbas públicas da saúde para campanha eleitoral. [13]
Referências
- ↑ Leonel Rocha (13 de março de 2015). «Governador da Paraíba se separa da mulher». Blog Felipe Patury, Revista Época
- ↑ https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/pf-busca-17-por-desvio-de-r-134-mi-da-saude-da-paraiba/
- ↑ https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/pf-prende-ricardo-coutinho-por-desvios-de-r-1342-mi-da-saude-da-paraiba/
- ↑ Ricardo Coutinho é eleito prefeito com 64,45%
- ↑ Coutinho é reeleito no primeiro turno em João Pessoa com 73,85%
- ↑ Ricardo Coutinho é empossado como governador da Paraíba
- ↑ Ricardo Coutinho, do PSB, é reeleito governador da Paraíba
- ↑ João Azevedo é eleito governador da Paraíba
- ↑ «RC bate marca histórica e conclui mandato com 84% de aprovação». PB AGORA. 27 de dezembro de 2018. Consultado em 27 de janeiro de 2020
- ↑ «Pesquisa Ibope: governo Ricardo Coutinho é aprovado por 63% e reprovado por 13%». G1. Consultado em 27 de janeiro de 2020
- ↑ João Azevedo toma posse como governador da Paraíba
- ↑ Ricardo Coutinho é eleito presidente da FJM
- ↑ «Governador e ex-governador da Paraíba são alvos de operação da PF». G1. Consultado em 18 de dezembro de 2019
Ligações externas
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Precedido por Cícero Lucena |
Prefeito de João Pessoa 2005 - 2010 |
Sucedido por Luciano Agra |
Precedido por José Maranhão |
Governador da Paraíba 2011 - 2019 |
Sucedido por João Azevêdo |
- Nascidos em 1960
- Alunos da Universidade Federal da Paraíba
- Governadores da Paraíba
- Vereadores de João Pessoa
- Prefeitos de João Pessoa
- Deputados estaduais da Paraíba
- Grã-Cruzes da Ordem de Rio Branco
- Membros do Partido dos Trabalhadores
- Membros do Partido Socialista Brasileiro da Paraíba
- Naturais de João Pessoa
- Central Única dos Trabalhadores
- Membros do Partido Socialista Brasileiro