Substância branca
A substância branca (substantia alba em Latim), matéria branca ou ainda massa branca se refere a um conjunto de células com funções de apoio, sustentação, isolamento elétrico ou nutrição dos neurônios e gânglios. Consiste principalmente de células gliais e axônios mielíticos. Sua cor branca é devido à sua preservação típica de formaldeído. Um homem de 20 anos de idade tem por volta de 176.000 km de axônios mielíticos em seu cérebro.[1]
No Sistema nervoso central, os feixes de axônios na substância branca são chamados de tratos ou fascículos dependendo do formato e tamanho.[2] Já no Sistema nervoso periférico os feixes de axônios são chamados de nervos. Passam por tratos nervosos que exigem velocidade de transmissão, com menor perda energética e maior suporte (como neurônios relacionados a movimento, sensação, associação das várias áreas do córtex cerebral, tronco encefálico, cerebelo e medula espinhal). Para isso a substância banca percorre a região medial do cérebro, a região central e dorsal do tronco, a região medial do cerebelo e a região perimetral da medula espinhal.[3]
Relação com a substância cinzenta
[editar | editar código-fonte]A outra principal componente do cérebro é a substância cinzenta (praticamente rosada devido aos capilares sanguíneos). Um terceiro componente encontrado no cérebro, o qual aparece mais escuro devido aos altos níveis de melanina nos neurônios dopaminérgicos, é a substância negra.
Enquanto a substância cinzenta (composta de neurônios) é primeiramente relacionada com processamento e cognição, a substância branca (composta de axônios mielíticos) modula a distribuição de ações potenciais, agindo como um relé e coordenando a comunicação entre diferentes regiões cerebrais.[4]
Estrutura
[editar | editar código-fonte]Grande escala
[editar | editar código-fonte]A substância branca é composta de pacotes de processos de células nervosas mielinadas (ou axônios), os quais conectam diversas áreas de substância cinzenta (os locais dos corpos celulares nervosos) do cérebro umas às outras e mandam impulsos nervosos entre neurônios. A mielina age como um isolante, aumentando a velocidade de transmissão de todos sinais nervosos.[5]
O número total de fibras longas dentro dum hemisfério cerebral é de 2% do número total de fibras corticocorticais e é aproximadamente o mesmo número daquelas que se comunicam entre os dois hemisférios no corpo caloso.[6] Schüz e Braitenberg notam que "Grosso modo, o número de fibras de um certo alcance de comprimento é inversamente proporcional a seus comprimentos".
Escala microscópica
[editar | editar código-fonte]Substância branca cerebral e espinal não contém dentritos, os quais somente podem ser encontrados na substância cinzenta junto com corpos celulares nervosos e axônios mais curtos. Substância branca em adultos não idosos é 1,7 a 3,6% sangue.[7]
Comprimento dos axônios mielíticos
[editar | editar código-fonte]Homens têm levemente mais substância branca do que mulheres tanto em volume quanto em comprimento de axônios mielíticos. Aos 20 anos, o comprimento total de fibras mielíticas em homens é de 176.000 km enquanto que o de uma mulher é 149.000 km.[1] Há um declínio no comprimento total com a idade de cerca de 10% a cada década tal que homens de 80 anos têm 97.200 km e mulheres 82.000 km.[1] A maior parte dessa redução é devido à perda de fibras mais finas.[1]
Anatomia
[editar | editar código-fonte]O parênquima cerebral é constituído por substância cinzenta, onde estão localizados os corpos celulares dos neurónios, e por substância branca, onde se encontram os seus prolongamentos axonais que estabalecem a ligação entre diferentes áreas encefálicas e medulares. A coloração branca deve-se à presença de lípidos nas bainhas de mielina. A substância branca insinua-se pelos núcleos cinzentos centrais, separando-os do córtex, apresentando a forma de um leque de fibras, as quais vão dispersar-se a partir dos espaços em torno dos núcleos cinzentos centrais, dirigindo-se ao córtex cerebral. Esta configuração da substância branca é designada de Corona Radiata de Reil. Assim, pode considerar-se a existência de duas zonas:
Região de dispersão – corresponde ao centro oval, estando localizada entre o córtex e os núcleos cinzentos centrais.
Região de concentração – corresponde às cápsulas e encontra-se entre os núcleos cinzentos centrais, sendo o local onde as vias brancas se juntam para conseguirem atingir os andares inferiores do Sistema Nervoso Central (SNC).
As fibras brancas podem pertencer a vários sistemas funcionais: Fibras de projecção – funcionam como meio de ligação entre o córtex e os núcleos cinzentos centrais e andares inferiores do SNC, podendo ser ascendentes ou descendentes.
Fibras de associação – são intra-hemisféricas, podendo ser curtas ou longas.
Fibras inter-hemisféricas – correspondem a comissuras entre os dois hemisférios. Contudo, o estudo da substância branca é feito considerando-se três regiões anatómicas:
A. Cápsulas (região central) B. Centro Oval de Vieussens (ou Corona Radiata) C. Comissuras
Cápsulas
[editar | editar código-fonte]As cápsulas estão localizadas entre os núcleos cinzentos centrais. Existem três cápsulas: Cápsula interna, Cápsula externa e Cápsula extrema
Cápsula interna
[editar | editar código-fonte]Trata-se de um local onde, obrigatoriamente, todas as fibras de projecção vão passar. É uma lâmina compacta de substância branca que se dispõe entre o tálamo e o núcleo caudado (internamente) e o núcleo lenticular (externamente). Geralmente, considera-se que está dividida em cinco sectores:
Divisão
[editar | editar código-fonte]- Braço anterior – encontra-se entre a face antero-interna do núcleo lenticular e a cabeça do núcleo caudado. Dá acesso ao pedúnculo anterior do tálamo, a nível interno, e ao lobo frontal, por uma abertura anterior.
- Joelho – localiza-se no bordo interno do núcleo lenticular, correspondendo ao ângulo formado entre a cabeça do núcleo caudado e o tálamo.
- Braço posterior – está compreendido entre a face póstero-interna do núcleo lenticular e a porção posterior do tálamo. Desemboca, a nível superior, na sulco de Rolando.
- Segmento retro-lenticular – situa-se posteriormente em relação ao núcleo lenticular. A sua porção mais profunda corresponde ao tálamo posterior e relaciona-se, externamente, com o lobo esfeno-temporal.
- Segmento infra-lenticular – está abaixo do núcleo lenticular, sobrepondo a zona infraopto-estriada. Também se relaciona, externamente, com o lobo esfeno-temporal.
Fibras
[editar | editar código-fonte]- Fibras inter-estriadas (opto-estriadas) – correspondem a uma ponte entre o núcleo caudado e o lenticular.
- Fibras de projecção:
No braço anterior existem dois planos de fibras:
- Plano externo – feixe fronto-ponto-cerebeloso, o qual corresponde às fibras descendentes provenientes do córtex cerebral. É o responsável pela coordenação motora.
- Plano interno – pedúnculo anterior do tálamo, o qual se destina à projecção psíquica da dor.
O joelho apenas apresenta o feixe geniculado, que confere a motricidade piramidal a alguns nervos cranianos. O braço posterior tem, tal como o anterior, dois planos:
- Plano externo – constituído pelas fibras cortico-medulo-piramidais, responsáveis pela motricidade voluntária, e as fibras parieto-ponto-cerebelosas.
- Plano interno – pedúnculo súpero-externo do tálamo. Este projecta-se sobre a circunvolução parietal ascendente.
O segmento retro-lenticular engloba:
- Radiações ópticas de Gratiolet, as quais têm origem nos corpos geniculados externos, integram o pedúnculo posterior do tálamo e terminam no sulco calcarino.
- Fibras Occipto-ponto-cerebelosas.
O segmento infra-lenticular tem dois planos:
- Plano superior – o feixe córtico-ponto-cerebeloso de Turk-Mynert e o feixe tálamo-temporal de Arnold. Este último engloba o pedúnculo infero-externo do tálamo e pertence à via auditiva.
- Plano inferior – feixe olfactivo basal de Edinger, do qual partem as fibras do pedúnculo inferior do tálamo.
Clínica
[editar | editar código-fonte]É atingida por distúrbios vasculares encefálicos.
- A causa mais comum de hemorragia arterial é a degeneração ateromatosa da artéria nos pacientes com Pressão Arterial Elevada.
- Devido à alta concentração de fibras nervosas importantes na cápsula interna, mesmo uma hemorragia pequena pode causar sintomas muito disseminados no lado contralateral do corpo.
Cápsula externa
[editar | editar código-fonte]Esta cápsula localiza-se entre o núcleo lenticular e o claustro. Acredita-se que esteja na rota de fibras colinérgicas dos núcleos da base para o córtex cerebral.
Cápsula extrema
[editar | editar código-fonte]Localiza-se entre o córtex cerebral do lobo da ínsula e o claustro. Devido à sua conexão bidireccional entre a área de Broca e de Wernicke, poderá ter algum papel na linguagem.
Centro oval de Vieussens
[editar | editar código-fonte]Corresponde à região de dispersão, contendo fibras de projecção, de associação e comissurais.
Fibras de projecção ascendentes e descendentes - estas fibras vão atravessar o centro oval de modo a atingirem a cápsula interna, formando dois feixes:
- feixe geniculado – nasce da base de circunvolução e atinge o joelho da cápsula interna.
- feixe cortico-medular – a sua origem é superior comparativamente à do feixe geniculado e as suas fibras vão para o braço posterior da cápsula interna.
Fibras comissurais - estas atravessam o corpo caloso e dispersam-se de modo a atingir os diferentes lobos do cérebro. As fibras comissurais acabam por formar feixes em forma de pinças:
- Forceps minor: para os lobos frontais.
- Forceps major: para os lobos occipitais.
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Fibras de associação - são fibras intra-hemisféricas, as quais podem ser longas (interlobulares) ou curtas (intra-lobulares).
- Curtas (fibras arciformes ou em U de Meynert) - dentro do mesmo lobo, originamse numa dada circunvolução e terminam na adjacente, depois de terem contornado o sulco que as separa.
- Longas - nestas podem destacar-se:
- feixe longitudinal superior – liga o pólo frontal ao pólo occipital, passando no sulco de Sylvius, externamente em relação à insula. É sub-cortical, ou seja, superficial.
- feixe longitudinal inferior – liga o pólo occipital ao pólo esfeno-temporal, passando na cápsula externa, ou mesmo na cápsula extrema. É mais profundo que o anterior.
- feixe unciforme – liga o pólo frontal ao pólo esfeno-temporal. Acaba por formar, em torno da origem do sulco de Sylvius, uma espécie de “ferradura de cavalo”.
- Tapetum – liga o lobo frontal aos lobos esfenoidal, temporal e occipital.
- Cingulum – forma um anel associativo ao nível do córtex límbico, na sua face interna.
Comissuras
[editar | editar código-fonte]Comissuras são porções de substância branca que unem regiões correspondentes nos dois hemisférios.
Elas estão divididas em dois grupos:
1. Comissuras inter-hemisféricas
2. Comissuras diencefálicas
Comissuras inter-hemisféricas
[editar | editar código-fonte]Existem três comissuras inter-hemisféricas:
- Corpo caloso
- Fórnix (ou trígono cerebral)
- Comissura branca anterior
CORPO CALOSO
[editar | editar código-fonte]Trata-se da maior comissura do cérebro. Corresponde a uma espécie de lâmina de substância branca que une os dois hemisférios no fundo da fenda inter-hemisférica, constituindo uma ponte telencefálica superiormente em relação ao diencéfalo. Geralmente considera-se que o corpo caloso apresenta quatro regiões: Rostrum (ou Bico), Joelho, Corpo e Debrum (ou Esplénio). Contudo, quando se procede à descrição do corpo caloso, torna-se mais simples a distinção de uma face superior, uma face inferior, uma extremidade anterior e uma extremidade posterior.
- Face superior – é convexa no sentido antero-posterior e aplanada transversalmente. Esta face inter-hemisférica vai estar coberta por vestígios de córtex primitivo, o indusium griseum (ou indusium cinzento), o qual é percorrido por cordões de substância branca pertencentes ao sistema rinencefálico.
- Face inferior – contrariamente à superior, esta face é côncava antero-posteriormente, estando localizada entre os cornos frontais dos ventrículos laterais, constituindo o tecto dos mesmos. Apresenta uma divisão na linha mediana correspondente ao septum lucidum. Ainda na linha média, esta face une-se, posteriormente, ao bordo posterior do trígono.
- Extremidade anterior – corresponde ao joelho. A nível inferior, é prolongada por uma
lâmina afilada, o rostrum do corpo caloso, o qual contribui para a formação da lâmina terminal. Esta localiza-se superiormente em relação à comissura branca anterior.
- Extremidade posterior – corresponde ao debrum, tratando-se da zona de maior
espessura do corpo caloso. A nível superior, limita a entrada na fenda de Bichat.
As fibras do corpo caloso dividem-se em três grupos:
- Forceps minor – do joelho aos lobos frontais.
- Forceps major – do debrum para os lobos occipitais.
- Fibras transversais – conferem o aspecto radiado ao corpo caloso.
FÓRNIX
[editar | editar código-fonte]Tal como o corpo caloso, o fórnix corresponde a uma lâmina de substância branca. A sua base é posterior e o vértice anterior. Localiza-se inferiormente em relação ao corpo caloso e sobre o terceiro ventrículo. Apresenta uma forma encurvada na qual é possível distinguir uma face superior, uma face inferior, dois bordos laterais, uma base e um vértice.
- Face superior - posteriormente, encontra-se unida ao corpo caloso, com o qual estabelece uma íntima relação. Já a nível anterior, está separado desta comissura devido à presença do septum lucidum, ao qual se liga sobre a linha mediana. Toda a face superior do fórnix contribui para a limitação das paredes internas do ventrículos laterais.
- Face inferior – está relacionada com a Tela Coroideia Superior do terceiro ventrículo.
- Base – relaciona-se com o corpo caloso.
- Bordos laterais – contactam com os ventrículos laterais.
- Pilares do fórnix – pode-se considerar que o fórnix é constituído por dois arcos de círculo antero-posteriores, unidos pela sua porção superior e média, cujas extremidades se afastam formando os pilares do fórnix. Deste modo, os pilares correspondem a quatro cordões brancos, dois anteriores e dois posteriores.
- Pilares anteriores – têm origem no vértice do fórnix, dirigindo-se da frente para trás. Começam por contornar a extremidade anterior do tálamo, contribuindo para a delimitação dos buracos de Monro (orifícios que fazem a comunicação entre o terceiro ventrículo e o ventrículo lateral do lado correspondente). Seguidamente, seguem um trajecto descendente, passam anteriormente em relação ao tálamo e terminam nos corpos ou tubérculos mamilares do hipotálamo.
- Pilares posteriores – têm origem na base do fórnix. Inicialmente, dirigem-se para baixo, para trás e para fora, contornando a porção posterior do tálamo. De seguida, orientam-se para a frente e para baixo, acompanham o hipocampo e
terminam nos núcleos amigdalinos.
Quanto às fibras do fórnix, é possível distinguir:
- Fibras intra-hemisféricas – unem o hipocampo aos tubérculos mamilares, pertencendo às vias olfactivas.
- Fibras inter-hemisféricas – permitem a comunicação entre as duas formações hipocâmpicas.
COMISSURA BRANCA ANTERIOR
[editar | editar código-fonte]Esta comissura rinencefálica liga os dois núcleos amigdalinos, encontrando-se na parede telecenfálica do terceiro ventrículo. Pode ser observada ao nível dos ângulos de separação das colunas do fórnix. A comissura branca anterior vai contribuir para limitar a vulva (espaço existente na parede do terceiro ventrículo e que é limitado, lateralmente, pelos pilares anteriores do trígono e, inferiormente, pela comissura branca anterior).
As suas fibras nervosas vão cruzar a lâmina terminal do corpo caloso. Formando então:
- Fibras anteriores, que seguem em direcção à substância perfurada e para o trato olfactivo.
- Fibras posteriores, que se dirigem para os lobos temporais, atravessando o núcleo lenticular.
Comissuras diencefálicas
[editar | editar código-fonte]Ao contrário das anteriores, estas comissuras são estritamente diencefálicas, estabelecendo as ligações entre os núcleos cinzentos centrais. São elas:
- Comissura inter-habenular - permite a união dos dois gânglios habenulares, os quais recebem eferentes do núcleo amigdalino e do hipocampo. Está localizada junto à prega superior do Recessus Pineal, sobre o bordo posterior da membrana tectória do terceiro ventrículo.
- Comissura branca posterior - localiza-se junto à prega inferior do Recessus Pineal. As suas fibras vão unir os pulvinares, os corpos geniculados externos, os tubérculos quadrigémios anteriores, núcleos do III e IV pares cranianos, Locus Niger e os núcleos rubro. As suas fibras desempenham um papel no reflexo papilar.
- Comissura sub-talâmica de Forel - está entre os corpos de Luys, ao nível da região sub-talâmica.
- Comissura inter-tuberiana - une as formações hipotalâmicas no pavimento do terceiro ventrículo.
- Comissura inter-estriada de Meynert - liga os dois corpos pallidum através da região sub-talâmica.
- Comissura inter-retiniana - liga os dois nervos ópticos através do quiasma óptico.
- Comissura de Gudden - através das fitas ópticas e o quiasma óptico, une os dois corpos geniculados internos acústicos.
Função
[editar | editar código-fonte]A substância branca é o tecido pelo qual as mensagens passam entre diferentes áreas da substância cinzenta dentro do sistema nervoso. A substância branca tem este nome devido a capa de gordura (mielina) que envolve as fibras nervosas (axônios). Essa mielina é encontrada em quase todas fibras nervosas longas e atua como isolante elétrico. Isso é importante porque permite que as mensagens passem mais rapidamente de um ponto a outro.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d Marner L, Nyengaard JR, Tang Y, Pakkenberg B. (2003). Marked loss of myelinated nerve fibers in the human brain with age. J Comp Neurol. 462(2):144-52. PubMed
- ↑ http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/article/002344.htm
- ↑ http://www.neuroimunologia.com.br/glossario.palavra.asp?palavra=SB[ligação inativa]
- ↑ Fields, Douglas (March 2008). "White Matter". Scientific American 298 (3): 54–61.
- ↑ Klein, S.B., & Thorne, B.M. Biological Psychology. Worth Publishers: New York. 2007.
- ↑ Schuz, A. Braitenberg, V. (2002). "The human cortical white matter: Quantitative aspects of cortico-cortical long-range connectivity". Cortical Areas: Unity and Diversity, Conceptual Advances in Brain Research. pp 377–386 Taylor and Francis London. ISBN 9780415277235
- ↑ Leenders, K. L., Perani, D., Lammertsma, A. A., Heather, J. D., Buckingham, P., Healy, M. J., Gibbs, J. M., Wise, R. J., Hatazawa, J., Herold, S. et al. (1990) "Cerebral blood flow, blood volume and oxygen utilization. Normal values and effect of age". Brain. 113: 27-47 PubMed
- Machado, Neuroanatomia Funcional, 2ª edição, 2004
- Afifi, Functional Neuroanatomy - Text and Atlas, 2ª edição, 2005