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Campeonato Brasileiro de Futebol de 1937

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
I Campeonato Brasileiro de Futebol
Torneio dos Campeões (FBF)

"O Clube Atlético Mineiro conquistou para Minas Gerais o título de campeão brasileiro!"
Estado de Minas, 4 de fevereiro de 1937.[1]
Dados
Participantes 06
Organização FBF
Anfitrião Brasil
Período 6 de janeiro14 de fevereiro de 1937
Gol(o)s 68
Partidas 14
Média 4,86 gol(o)s por partida
Campeão Minas Gerais Atlético Mineiro (1º título)
Vice-campeão Distrito Federal Fluminense
3.º colocado Espírito Santo (estado) Rio Branco-ES
4.º colocado São Paulo Portuguesa
Melhor marcador Paulista Minas Gerais Atlético Mineiro - 8 Gols
Maior goleada
(diferença)
Fluminense 6 – 0 Atlético Mineiro
Estádio das LaranjeirasRio de Janeiro
13 de janeiro
1959 ►►

O Campeonato Brasileiro de Futebol de 1937, originalmente conhecido como Torneio dos Campeões, foi a edição inaugural do novo modelo do Campeonato Nacional organizado pela Federação Brasileira de Football (FBF),[2][3][4][5][6] sendo a primeira edição do Campeonato Brasileiro, conforme unificação oficializada pela CBF em 2023.[7][8] Foi vencido pelo Clube Atlético Mineiro, que conquistou seu primeiro título brasileiro da história.[9][4][10][11]

Foi o quarto torneio nacional da FBF, sucedendo as três edições do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais (CBSE) organizado por esta (a CBD também organizava seu próprio CBSE), entre 1933 e 1935, cujo nome oficial era "Campeonato Brasileiro de Futebol".[12][13] O Correio da Manhã (RJ), em janeiro de 1937, tratou a nova competição como "1º Torneio dos Campeões" e como um novo modelo, substituindo o antigo sistema, em que o "título máximo" era definido entre seleções.[2][14][15] Já o Correio de S. Paulo, de 7 de janeiro de 1937, usou a nomenclatura "III Campeonato Brasileiro de Futebol" (houve antes duas disputas de clubes organizadas pela FBF e tratadas pelo periódico como títulos nacionais e brasileiros, atualmente contabilizadas como as duas primeiras edições do Torneio Rio-São Paulo).[nota 1][18] A nomenclatura "Torneio dos Campeões", pela qual ficou conhecida, também foi usada pelo Jornal dos Sports.[19] Independentemente do nome oficial, como o torneio de 1937 foi uma competição de clubes, os quais não representavam seleções estaduais, não é considerado uma edição do CBSE, mas um outro campeonato, que substituiu o de selecionados naquele ano.[20][21]

Foi o primeiro campeonato nacional de cunho profissional disputado pelos clubes do futebol brasileiro. O Campeonato Brasileiro de Clubes Campeões de 1920, triangular organizado pela CBD, pode ser tido como o primeiro certame nacional, mas foi jogado sob o sistema amador.[22][23][24] São competições distintas.

O campeonato teve grande repercussão à época, sendo destacado em veículos de mídia de vários estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e Santa Catarina.[9] Em dezembro de 1950, antes da partida contra o Stade Français no Parc des Princes, o Le Monde estampou em seu caderno de esportes: “Stade Français, contra o campeão brasileiro”, em referência ao título de 1937.[25] Em 1971, após o Atlético conquistar o I Campeonato Nacional de Clubes (que de 1976 a 2010 foi considerado como primeira edição do Brasileirão,[nota 2] tornando-se a 15ª, sendo desde 2023 a 16ª), o jornal O Globo afirmou que o clube mineiro teria sido campeão nacional pela primeira vez em 1937.[26]

No dia 25 de agosto de 2023, o Torneio dos Campeões foi homologado pela CBF como a primeira edição do Campeonato Brasileiro.[7][27] O Atlético enviou um dossiê para a CBF em 2022, após a conquista do Brasileirão do ano anterior, solicitando a unificação da conquista de 1937. Foi feito o mesmo reconhecimento dado pela entidade em 2010, quando esta passou a considerar os campeões da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata como campeões brasileiros.[28]

Elenco do Atlético, primeiro campeão brasileiro. Em pé, da esquerda para a direita: Floriano Peixoto (técnico), Kafunga, Florindo, Zezé Procópio, Lola, Bala, Alcindo, Quim, Clóvis; agachados: Paulista, Alfredo, Guará, Nicola, Rezende e Elair.

A competição foi organizada pela Federação Brasileira de Football (FBF), a associação profissional na década de 1930 no Brasil, em que a discussão do movimento começava a emanar. A FBF passou a ter como filiados os clubes que adotaram o regime profissional, enquanto isso, a CBD (atual CBF) ficou com o futebol amador e, também, a Seleção Brasileira. A discussão entre outros motivos, era principalmente em função das novas exigências de prêmios e remuneração devida aos jogadores profissionais. Então a FBF reuniu alguns times profissionais para realização do torneio.

Em 1937, a FBF, que já havia realizado três edições de seu Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais (1933 a 1935), por estar pressionada financeiramente, optou por reunir os clubes campeões estaduais de 1936 das suas ligas filiadas.[13] Dessa forma, substituiu sua competição de seleções por uma competição de clubes,[18] que foi tida como campeonato nacional, diante da ausência do campeonato de selecionados naquele ano.[20][21] Entre 1937 e 1938, a FBF e a CBD passaram por um processo de pacificação, sendo a edição de 1938 do campeonato de seleções a primeira após a vinculação daquela a esta. "O CBSE (Campeonato Brasileiro de Seleções) voltou a ser disputado no final de 1938, até março de 1939 (...). Em agosto de 1938, a FBF abandonou a ideia de um campeonato de clubes campeões estaduais e confirmou o CBSE”, conforme o pesquisador Rodrigo Guimarães Saturnino Braga.[13][19] A FBF foi extinta em 1941, tendo a CBD ratificado seus atos.[13]

Participaram seis equipes de cinco estados e duas regiões do Brasil, conforme divisão regional que perdurou de 1913 a 1938: antigo Distrito Federal, antigo Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, estados da Região Oriental; e São Paulo, estado da Região Meridional.[29] Os participantes foram: Fluminense, campeão carioca de 1936 (LCF); a Portuguesa, campeã paulista de 1936 (APEA); o Atlético, campeão mineiro de 1936; o Rio Branco, campeão capixaba de 1936; o Aliança, campeão campista de 1936;[30][31][9] e a Liga de Sports da Marinha (LSM), equipe convidada, dirigida pelo famoso técnico húngaro Nicolas Ladanyi. A LSM, fundada em 1915, é a origem do atual CEFAN e era subordinada a então Diretoria do Pessoal da Marinha do Brasil.[32] O Aliança foi tricampeão campista, de 1936 a 1938, sendo ligado à Usina do Queimado; foi fundado em 1932 e extinto em 1946.[31]

O Fluminense foi apontado pela mídia esportiva da época como o candidato favorito ao título.[33] O Tricolor Carioca contava com grandes estrelas do clube em sua escalação, como Batatais, Carlos Brant, Preguinho, Russo, Romeu Pellicciari e Hércules, entre outras. A mídia tratava aquela formação, tendo vários jogadores criados no futebol paulista, como a mais forte do Brasil. Para muitos, esse foi o melhor time da história do Fluminense,[34] e foi com esse esquadrão que o clube conquistou o Torneio Aberto de 1935 e o Campeonato Carioca de 1936 da LCF (Liga Carioca de Futebol Profissional), derrotando, na final deste último, o Flamengo de Leônidas da Silva e Domingos da Guia, jogando como "o campeão carioca" no Torneio dos Campeões de 1937. A imprensa ressaltava que o principal rival do time carioca na briga pelo título seria o Atlético, que também contava com jogadores de renome nacional, como Kafunga,[35] Zezé Procópio,[36] Luiz Bazzoni[37] e Guará.[38]

Jogadores presentes naquela campanha ainda figuram entre os maiores goleadores e com mais partidas pelo clube mineiro (filiado ao profissionalismo em 1933), casos do goleiro Kafunga, que ficou 20 anos no clube, e do atacante Guará (homenageado com o Troféu Guará),[39] que é o quarto maior artilheiro da história do Galo, com 168 gols.

Atlético e Fluminense protagonizaram a grande rivalidade do torneio. Na primeira rodada, os cariocas derrotaram os mineiros por 6 a 0 no Estádio das Laranjeiras (curiosamente, no Brasileirão seguinte, em 1959, o campeão também sofreria a maior goleada: Sport 6 a 0 Bahia).[40] No returno, em partida realizada no Estádio de Lourdes, o Atlético venceu por 4 a 1. O jogo definidor da conquista se deu contra o Rio Branco, uma vitória do Galo pelo placar de 5 a 1, que em 3 de fevereiro de 1937, em BH, conquistou o "título de campeão dos campeões" antecipadamente, conforme destaca o Jornal do Brasil do dia seguinte.[41] O time mineiro jogou a última partida do torneio já na situação de campeão; contra a Portuguesa, fora de casa, ganhou por 3 a 2. Foi a única vitória de um visitante nos 12 jogos do quadrangular. Após seis rodadas, o time mineiro conseguiu quatro vitórias, um empate e uma derrota. O título teve repercussão nacional.[42]

A logística era o maior problema na organização do futebol brasileiro na década de 30. O tamanho continental do país ainda inviabilizava a disputa com clubes de norte a sul. Em 1937, a aviação comercial brasileira completara apenas 10 anos,[43] haviam poucas rodovias e navios levavam várias semanas para atravessar de uma ponta a outra.

Dado estes problemas, o Campeonato Brasileiro com muitos jogos, como atualmente, ainda demoraria décadas para ocorrer. Assim, nos campeonatos seguintes, as equipes também sairiam campeãs com poucos jogos. O Palmeiras, que venceu em 1960, teve apenas quatro duelos; o Santos, pentacampeão entre 1961 e 1965, teve uma média de 4,8 partidas por campeonato; e o Botafogo, quando venceu a última edição da Taça Brasil (1968), entrou em campo sete vezes.[9]

Em 2010, quando a CBF unificou os títulos da Taça Brasil e Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata como Campeonato Brasileiro, cogitou-se a inclusão do título de 1937 do Atlético. O presidente do Atlético na época, Alexandre Kalil, não fez a devida protocolização.[44]

Em dezembro de 2021, o Atlético-MG, mediante o Presidente Sérgio Coelho, demonstrou interesse em ter o Torneio dos Campeões de 1937 como edição do Campeonato Brasileiro,[45][46][47][48][49] mas não fez um pedido formal ainda naquele ano.[50]

Em 25 de agosto de 2023, a CBF oficializou o Torneio dos Campeões como primeira edição do Campeonato Brasileiro, homologando a unificação.[7] O reconhecimento se deu com base em dossiê de mais de 60 páginas, em que anexou-se jornais da época, de diferentes estados, descrevendo o certame como título brasileiro.[29]

A decisão foi criticada por alguns jornalistas esportivos, como Paulo Vinícius Coelho,[51] Mauro Cezar Pereira e Renato Maurício Prado.[52][53]

Participantes

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Equipe Cidade Estado Classificação
Aliança Campos dos Goytacazes Rio de Janeiro RJ Campeão campista de 1936[nota 3]
Atlético Mineiro Belo Horizonte Minas Gerais MG Campeão mineiro de 1936
Fluminense Rio de Janeiro Distrito Federal DF Campeão carioca de 1936 (LCF)[nota 4]
Liga da Marinha Rio de Janeiro Distrito Federal DF Convidada pela FBF
Portuguesa São Paulo São Paulo SP Campeã paulista de 1936 (APEA)[nota 5]
Rio Branco Vitória Espírito Santo (estado) ES Campeão capixaba de 1936

Fase preliminar

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Em itálico, as equipes que possuem o mando de campo no jogo único, em negrito as equipes classificadas.
  Primeira fase Segunda fase
                 
1  Espírito Santo (estado) Rio Branco -  
4   -  
       Espírito Santo (estado) Rio Branco 2
     Distrito Federal Liga da Marinha 0
2  Rio de Janeiro Aliança 0
3  Distrito Federal Liga da Marinha 2  

Primeira fase

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6 de janeiro de 1937 Aliança Rio de Janeiro 0 – 2 Distrito Federal Liga da Marinha Campo da Usina, Campos dos Goytacazes (RJ)
Árbitro: Roberto Porto

Gol marcado Paranhos
Gol marcado Aldo
11 de janeiro de 1937 Rio Branco Espírito Santo (estado) 2 – 0
(pro)
Distrito Federal Liga da Marinha Estádio Governador Bley, Vitória (ES)
Árbitro: Roberto Porto

Gol marcadoGol marcado Caxambú

Quadrangular final

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Pos Equipe Pts J V E D GP GC SG Classificado
1 Minas Gerais Atlético Mineiro 9 6 4 1 1 18 11 +7 Campeão
2 Rio de Janeiro Fluminense 6 6 3 0 3 22 16 +6 Vice-campeão
3 Espírito Santo (estado) Rio Branco-ES 5 6 2 1 3 11 20 −9
4 São Paulo Portuguesa 4 6 2 0 4 14 18 −4
Fonte:
10 de janeiro de 1937 Portuguesa São Paulo 4 – 1 Distrito Federal Fluminense Campo do Cambuci, São Paulo (SP)
Árbitro: José Fockler

Gol marcado Laércio
Gol marcadoGol marcado Aurélio
Gol marcado Joãozinho
Gol marcado Hélio

13 de janeiro de 1937 Fluminense Distrito Federal 6 – 0 Minas Gerais Atlético Mineiro Estádio das Laranjeiras, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Carlos de Oliveira Monteiro

Gol marcadoGol marcado Russo
Gol marcado Romeu
Gol marcadoGol marcadoGol marcado Hércules

13 de janeiro de 1937 Rio Branco Espírito Santo (estado) 3 – 2 São Paulo Portuguesa Estádio Governador Bley, Vitória (ES)
Árbitro: Theobaldo Santos

Gol marcado Caxambú
Gol marcado Lacínio
Gol marcado Pereira
Gol marcado Joãozinho
Gol marcado Aurélio

17 de janeiro de 1937 Rio Branco Espírito Santo (estado) 1 – 1 Minas Gerais Atlético Mineiro Estádio Governador Bley, Vitória (ES)
Árbitro: Alcebíades Monjardim

Gol marcado Pereira Gol marcado Alfredo Bernardino

20 de janeiro de 1937 Fluminense Distrito Federal 6 – 2 São Paulo Portuguesa Estádio das Laranjeiras, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Guilherme Gomes

Gol marcado Brant
Gol marcado Sobral
Gol marcado Russo
Gol marcado Romeu
Gol marcadoGol marcado Hércules
Gol marcado Laércio
Gol marcado Paschoalino

24 de janeiro de 1937 Rio Branco Espírito Santo (estado) 4 – 3 Distrito Federal Fluminense Estádio Governador Bley, Vitória (ES)
Árbitro: Carlos de Oliveira Monteiro

Gol marcadoGol marcado Caxambú
Gol marcadoAlcyr
Gol marcadoLacínio
Gol marcadoGol marcado Russo
Gol marcado Romeu

24 de janeiro de 1937 Atlético Mineiro Minas Gerais 5 – 0 São Paulo Portuguesa Estádio de Lourdes, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Abílio Lopes de Almeida

Gol marcadoGol marcadoGol marcadoGol marcado Paulista
Gol marcado Duilio (contra)

28 de janeiro de 1937 Fluminense Distrito Federal 5 – 2 Espírito Santo (estado) Rio Branco Estádio das Laranjeiras, Rio de Janeiro (DF)
Árbitro: Roberto Porto

Gol marcado Lara
Gol marcadoGol marcado Russo
Gol marcado Romeu
Gol marcado Hércules
Gol marcado Lacínio
Gol marcado Marcionillo

31 de janeiro de 1937 Atlético Mineiro Minas Gerais 4 – 1 Distrito Federal Fluminense Estádio de Lourdes, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: João Rodrigues Filho

Gol marcadoGol marcado Nicola
Gol marcado Alfredo
Gol marcado Paulista
Gol marcado Vicentino

31 de janeiro de 1937 Portuguesa São Paulo 4 – 0 Espírito Santo (estado) Rio Branco Campo do Cambuci, São Paulo (SP)
Árbitro: Carlos Rustidelli

Gol marcado Joãozinho
Gol marcadoGol marcado Paschoalino
Gol marcado Mundico

3 de fevereiro de 1937 Atlético Mineiro Minas Gerais 5 – 1 Espírito Santo (estado) Rio Branco Estádio de Lourdes, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Júlio Corrêa de Melo

Gol marcado Guará
Gol marcadoGol marcado Paulista
Gol marcado Nicola
Gol marcado Bazzoni
Gol marcado Lacínio

14 de fevereiro de 1937 Portuguesa São Paulo 2 – 3 Minas Gerais Atlético Mineiro Campo do Cambuci, São Paulo (SP)
Árbitro: José Fockler

Gol marcado Aurélio
Gol marcado Heitor
Gol marcadoGol marcado Guará
Gol marcado Paulista
Campeonato Brasileiro de Futebol de 1937
Minas Gerais
ATLÉTICO MINEIRO
Campeão
(1° título)

Classificação geral

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A classificação geral é determinada através da fase em que o time alcançou e a sua pontuação, levando em conta os critérios de desempate.

Pos. Equipe Pts J V E D GP GC SG
Quadrangular final
1 Minas Gerais Atlético Mineiro 9 6 4 1 1 18 11 +7
2 Distrito Federal Fluminense 6 6 3 0 3 22 16 +6
3 Espírito Santo (estado) Rio Branco 7 7 3 1 3 13 20 –7
4 São Paulo Portuguesa 4 6 2 0 4 14 18 –4
Eliminados na fase preliminar
5 Distrito Federal Liga Da Marinha 2 2 1 0 1 2 2 0
6 Rio de Janeiro Aliança 0 1 0 0 1 0 2 −2
Gols Jogador Clube
8 Paulista Minas Gerais Atlético-MG
7 Russo Distrito Federal Fluminense
6 Hércules Distrito Federal Fluminense
5 Caxambú Espírito Santo (estado) Rio Branco

O Globo, destacando a conquista do Atlético em 1937:[1]

Os principais jornais da época trataram o Atlético como "campeão brasileiro" em fevereiro de 1937.[9]

O jornal O Dia, do Paraná citou:


O Correio da Manhã (RJ):

- O Correio da Manhã, trouxe durante toda a disputa, chamando como tal, a tabela do ‘Campeonato Brasileiro’ em suas páginas.


Em São Paulo, o Correio de S. Paulo, trazia em sua capa:

Após a conquista, o técnico do Atlético, Floriano Peixoto, dava entrevistas e era tratado como o treinador do campeão brasileiro de 1937. “Sinto-me satisfeito em ter levado para Minas o primeiro campeonato nacional. E o Atlético, o líder dos clubes montanheses, bem mereceu tão honroso título", afirmou Peixoto, 1937.

Em dezembro de 1950, antes da partida contra o Stade Français no Parc des Princes, o Le Monde estampou em seu caderno de esportes: “Stade Français, contra o campeão brasileiro”,[25] em referência ao título de 37.

Quando o Atlético conquistou o Campeonato Brasileiro de 1971, meios de comunicação apontavam que se tratava do segundo título nacional do clube.[42]

Citação no Hino

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O título está eternizado no Hino do Atlético-MG, composto em 1969, por Vicente Mota:


Notas

  1. Após a boa campanha da Portuguesa nos dois certames de 1933 (estadual e Rio-SP), ambos em 3º lugar, o mesmo jornal colocava o clube como favorito ao título de "campeão paulista e brasileiro" de 1934. Assim como na edição seguinte, também gerida pela FBF, o Palestra Italia foi tratado como "campeão paulista e nacional de profissionais".[16][17]
  2. Em seus boletins oficiais entre 1971 e 1975, a CBD colocava as edições do Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata em igualdade de condições com as edições posteriores do Campeonato Brasileiro, apenas mantendo os nomes próprios, excluindo esta informação a partir do boletim de 1976.
  3. O Campeonato Fluminense de clubes não estava em vigor, sendo substituído pelo Campeonato Fluminense de Seleções municipais. Como o campeão de 1936 deste foi o combinado municipal de Campos dos Goytacazes, designou-se o Aliança, campeão do Campeonato Campista do mesmo ano (1936), para representar o antigo Estado do Rio de Janeiro.[31]
  4. Embora o Campeonato Carioca tenha tido 2 campeões diferentes em 1936 (no caso, Fluminense e Vasco da Gama), haviam 2 competições, em que uma seguia os moldes de futebol amador, e a outra, profissional. O molde amador foi organizado pela Federação Metropolitana de Desportos (FMD), em que o Vasco foi o campeão. Já o molde profissional, foi organizado pela Liga Carioca de Futebol (LCF) com o Fluminense sendo o campeão. Como buscava a profissionalização do futebol no Brasil, o time escolhido pela FBF foi o Fluminense.
  5. Assim como o Campeonato Carioca, o Campeonato Paulista também teve 2 campeões em 1936: o Palmeiras, na época com o nome de Palestra Itália, venceu o molde amador, organizado pela Liga de Futebol Paulista (LPF), e a Portuguesa, campeã do molde profissional, organizado pela Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA). A Portuguesa, por ter vencido o Paulista profissional, foi a convidada pela FBF.

Referências

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