Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                
Saltar para o conteúdo

Uma Mente Brilhante

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Este artigo é sobre o filme. Para para o álbum musical, veja Uma Mente Brilhante (trilha sonora). Para para o livro, veja Uma Mente Brilhante (livro).
Uma Mente Brilhante
'A Beautiful Mind'
Uma Mente Brilhante
Pôster de divulgação
 Estados Unidos
2001 •  cor •  135 min 
Género drama biográfico
Direção Ron Howard
Produção Brian Grazer
Ron Howard
Roteiro Akiva Goldsman
Baseado em A Beautiful Mind: A Biography of John Forbes Nash, Jr., Winner of the Nobel Prize in Economics, 1994,
de Sylvia Nasar
Elenco Russell Crowe
Jennifer Connelly
Ed Harris
Paul Bettany
Música James Horner
Diretor de fotografia Roger Deakins
Edição Daniel P. Hanley
Mike Hill
Companhia(s) produtora(s) Imagine Entertainment
Distribuição Universal Pictures (EUA)
DreamWorks (internacional)
Lançamento 21 de dezembro de 2001
Idioma inglês
Orçamento US$ 60 000 000
Receita US$ 313 542 341

A Beautiful Mind (bra/prt: Uma Mente Brilhante)[1][2] é um filme estadunidense de 2001, do gênero drama biográfico, dirigido por Ron Howard para a Universal Studios e DreamWorks, com roteiro de Akira Goldsman baseado no livro A Beautiful Mind: A Biography of John Forbes Nash, Jr., Winner of the Nobel Prize in Economics, 1994, de Sylvia Nasar, que conta a história do matemático John Forbes Nash e sua luta contra a esquizofrenia.[3]

Principais prêmios e indicações

[editar | editar código-fonte]
Prêmio Categoria Recipiente Resultado
Oscar 2002 Melhor filme Brian Grazer, Ron Howard Venceu[4]
Melhor roteiro adaptado Akiva Goldsman Venceu[4]
Melhor direção Ron Howard Venceu[4]
Melhor atriz coadjuvante Jennifer Connelly Venceu[4]
melhor ator Russell Crowe Indicado[4]
Melhor trilha sonora original James Horner Indicado[4]
Melhor edição Mike Hill, Daniel P. Hanley Indicado[4]
Melhor maquiagem Greg Cannom, Colleen Callaghan Indicado[4]
BAFTA 2002 Melhor filme Brian Grazer, Ron Howard Indicado[5]
Melhor ator Russell Crowe Venceu[5]
Melhor atriz coadjuvante Jennifer Connelly Venceu[5]
Melhor direção (Prêmio David Lean) Ron Howard Venceu[5]
Melhor roteiro adaptado Akiva Goldsman Indicado[5]
Globo de Ouro 2002 Melhor filme - drama Brian Grazer, Ron Howard Venceu[6]
Melhor ator - drama Russell Crowe Venceu[6]
Melhor atriz coadjuvante Jennifer Connelly Venceu[6]
Melhor roteiro Akiva Goldsman Venceu[6]
Melhor direção Ron Howard Indicado[6]
Melhor trilha sonora James Horner Indicado[6]
John F. Nash. American mathematician and winner of the Nobel Prize in Economics 1994, at a symposium of game theory at the university of Cologne, Germany.

John Nash é um matemático prolífico e de pensamento não convencional, que consegue sucesso em várias áreas da matemática e uma carreira acadêmica respeitável. Após resolver na década de 1950 um problema relacionado à teoria dos jogos, que lhe renderia, em 1994, o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel (não confundir com o Prêmio Nobel), Nash se casa com Alicia. Após ser chamado a fazer um trabalho em criptografia para o governo dos Estados Unidos, Nash passa a ser atormentado por delírios e alucinações. Diagnosticado como esquizofrênico, e após várias internações, ele precisará usar de toda a sua racionalidade para distinguir o real do imaginário e voltar a ter uma vida normal assim como seus amigos.

Imprecisões históricas

[editar | editar código-fonte]

A narrativa do filme difere consideravelmente dos eventos reais da vida de Nash. O filme tem sido criticado por isso, mas os criadores do filme alegaram que nunca pretenderam contar literalmente a vida de Nash.[7]

Uma dificuldade foi a representação de sua doença mental e a tentativa de encontrar uma linguagem visual do filme para exprimir isso.[8] Sylvia Nasar disse que os criadores do filme "inventaram uma narrativa que, embora longe de ser literal, é fiel ao espírito da história de Nash".[9] Nash passou seus anos entre Princeton e o MIT como consultor da RAND Corporation na Califórnia, mas no filme ele é retratado como tendo trabalhado para o Departamento de Defesa no Pentágono. Seus mentores, tanto da faculdade quanto da administração, tiveram que apresentá-lo a assistentes e estranhos.[carece de fontes?] O documentário A Brilliant Madness, da PBS, procurou retratar sua vida com precisão.[10]

Poucos personagens do filme, além de John e Alicia Nash, correspondem diretamente a pessoas reais.[11] A discussão do equilíbrio de Nash foi criticada como excessivamente simplificada. No filme, Nash sofre alucinações esquizofrênicas enquanto está na pós-graduação, mas na vida real ele não teve essa experiência até alguns anos depois. Nenhuma menção é feita aos casos homossexuais de Nash na RAND,[9] que são destaque na biografia;[12] embora tanto Nash quanto sua esposa neguem que isso tenha ocorrido.[13] O filme não mostra que Nash teve um filho fora do casamento, John David Stier (nascido em 19 de Junho de 1953), por Eleanor Agnes Stier (1921–2005), uma enfermeira que ele abandonou quando ela lhe contou sobre sua gravidez.[14] O filme não inclui o divórcio de John com Alicia em 1963 e passa a impressão errônea de que eles sempre foram casados. Só depois de Nash ganhar o Prêmio Nobel em 1994 é que eles renovaram seu relacionamento. Mas é fato que a partir de 1970, Alicia permitiu que ele morasse com ela como pensionista. Eles se casaram novamente em 2001 e morreram em 2015, vítimas de um acidente de trânsito.[12]

Nash é mostrado se juntando ao Wheeler Laboratory no MIT, mas não existe tal laboratório. Em vez disso, ele foi indicado como instrutor do C. L. E. Moore no MIT.[15] A tradição da cerimônia das canetas em Princeton mostrada no filme é completamente fictícia; nunca existiu tal cerimônia.[16] No filme, John Nash diz em 1994: "Tenho tomado novos medicamentos", mas na verdade, ele não tomava nenhum medicamento desde 1970, algo destacado na biografia de Sylvia Nasar. Mais tarde, Howard explicou que eles inventaram essa fala porque senão o filme poderia ser criticado por sugerir que todos os esquizofrênicos podem dispensar os remédios.[carece de fontes?] Além disso, Nash nunca fez discurso de agradecimento na cerimônia do Prêmio Nobel.

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Uma Mente Brilhante no AdoroCinema
  2. «Uma Mente Brilhante». no CineCartaz (Portugal) 
  3. «A Beautiful Mind (2001)». American Film Institute. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  4. a b c d e f g h «The 74th Academy Awards | 2002». Oscars.org. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  5. a b c d e «BAFTA|Film in 2002». BAFTA Awards Database. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  6. a b c d e f «Winners & Nominees 2002». GoldenGlobes.com. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  7. "Ron Howard Interview" Arquivado em janeiro 25, 2012, na WebCite. About.com. Retrieved September 27, 2012.
  8. «A Beautiful Mind». Mathematical Association of America. Consultado em 13 de outubro de 2013. Cópia arquivada em 14 de outubro de 2014 
  9. a b «A Real Number». Slate Magazine. Consultado em 16 de agosto de 2007. Cópia arquivada em 24 de agosto de 2007 
  10. «A Brilliant Madness». PBS.org. Consultado em 16 de agosto de 2007. Cópia arquivada em 14 de julho de 2007 
  11. Sylvia Nasar, A Beautiful Mind, Touchstone 1998.
  12. a b Nasar, Sylvia (1998). A Beautiful Mind: A Biography of John Forbes Nash, Jr. [S.l.]: Simon & Schuster. ISBN 0-684-81906-6 
  13. «Nash: Film No Whitewash». CBS News: 60 Minutes. 14 de março de 2002. Consultado em 16 de agosto de 2007. Cópia arquivada em 7 de agosto de 2007 
  14. Goldstein, Scott (10 de abril de 2005). «Eleanor Stier, 84». The Boston Globe. Consultado em 5 de dezembro de 2007. Cópia arquivada em 8 de maio de 2008 
  15. «MIT facts meet fiction in 'A Beautiful Mind'». Massachusetts Institute of Technology. Consultado em 16 de agosto de 2007. Cópia arquivada em 12 de julho de 2007 
  16. «FAQ John Nash». Seeley G. Mudd Library at Princeton University. Consultado em 16 de agosto de 2007. Arquivado do original em 16 de julho de 2007