Umberto Agnelli
Umberto Agnelli | |
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Nascimento | 1 de novembro de 1934 Lausanne; Suíça |
Morte | 27 de maio de 2004 (69 anos) Piemonte; Itália |
Nacionalidade | Italiano |
Ocupação | chefe da FIAT e da Juventus |
Umberto Agnelli (Lausanne, 1 de novembro de 1934 – Piemonte, 27 de maio de 2004) foi um industrial, político e dirigente esportivo italiano.[1][2]
Atuou como CEO da italiana FIAT, uma das maiores fabricantes de automóveis do mundo, de 1970 a 1976 e, com a morte de seu irmão Gianni, foi brevemente presidente do Grupo FIAT, 2003–2004, até sua morte, aos 69 anos.[2][3] Ele também foi presidente e depois presidente honorário da Juventus de Turim, time de futebol há muito tempo associado à FIAT e à família Agnelli, e foi por um tempo presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC). Foi senador da República Italiana, de 1976 a 1979. Em 2015, foi postumamente ingressado no Hall da Fama do Futebol Italiano.[2][4]
Vida e carreira
[editar | editar código-fonte]Primeiros anos de vida e educação
[editar | editar código-fonte]Agnelli nasceu em Lausanne, na Suíça, último dos sete filhos de Edoardo (filho do fundador da FIAT em 1899) e Virginia Bourbon del Monte di San Faustino (depois de Clara, Giovanni, Susanna, Maria Sole, Cristiana e Giorgio); não tinha nem um ano de idade quando ficou órfão de seu pai, que morreu em um acidente aéreo em 1935, e onze quando perdeu a mãe, vítima de um acidente de carro; completou seus estudos em Turim, mas formou-se em direito na Universidade de Catania, em 1959.[1][2][5] Quando jovem, foi oficial do 1º Reggimento Cavalleria Blindata "Nizza Cavalleria" de Pinerolo, nos anos de 1952–1954.[6]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Juventus Football Club
[editar | editar código-fonte]Em 1956, com apenas 22 anos, tornou-se presidente da Juventus Football Club, clube de futebol da cidade de Turim, um período de conquistas do clube que contava com lendas do futebol como John Charles e Omar Sivori e que rendeu as conquistas dos campeonatos da Serie A de 1957–58, o que lhes permitiu usar sua primeira estrela de ouro em suas camisas para marcar dez conquistas no campeonato nacional, 1959–60 e 1960–61. Agnelli permaneceu no cargo até 1962.[1][2][3][5][7][8]
Federação Italiana de Futebol
[editar | editar código-fonte]Entre 1959 e 1962, Agnelli também foi presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC).[1][2][3]
FIAT
[editar | editar código-fonte]Depois da formatura em direito em 1959, Umberto foi encarregado da SAI (do italiano: Società Assicuratrice Industriale), uma pequena empresa de seguros que fazia seus negócios exclusivamente com a FIAT. Durante os 16 anos que se seguiram, ele supervisionou sua transformação em um dos principais grupos de seguros da Itália.[5]
Em 1965, tornou-se presidente da SIMCA (do frâncês: Société industrielle de Mécanique et de Carrosserie Automobile), uma antiga subsidiária francesa da FIAT e de uma subsidiário do grupo Piaggio — uma companhia italiana que fabrica carros, aviões, motociclos e barcos —, que ocupou até 1988 passando então, como herdeiro natural, ao primogênito.[1][5] Cinco anos depois, tornou-se diretor administrativo do grupo — posição que ocupou até 1976, quando deixou a empresa para ocupar uma cadeira no parlamento italiano, servindo por três anos como senador democrata-cristão.[5]
Retornando à FIAT como diretor executivo em 1979, ele logo assumiu a presidência da divisão de carros-chave do grupo, a FIAT Auto. Durante a década de 1980, porém, dedicou uma parte cada vez maior de suas energias à construção de uma das mais importantes empresas de investimento europeu, controlada pela família Agnelli, a IFIL (do italiano: Istituto Finanziario Industriale Laniero; ou IFIL Investments S.p.A.; atualmente conhecida como Exor).[5]
Embora fosse executivo sênior da empresa da família, a FIAT, Umberto Agnelli, viveu a maior parte de sua vida à sombra de seu irmão Gianni (morto em 30 de janeiro de 2003). Mas, embora sem a exuberância e a fama do homem mais velho da família, ele ainda pode ser visto como um empresário mais bem-sucedido.[5]
Morte
[editar | editar código-fonte]Em 27 de maio de 2004, Agnelli, que na ocasião, era presidente da empresa de automóveis FIAT, morreu em sua casa em Mandria, nos arredores de Turim, 15 meses depois da morte de seu irmão mais velho, Giovanni.[1][3][5][9]
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Primeiro casamento
[editar | editar código-fonte]Seu primeiro casamento ocorreu em 1959, com Antonella Bechi Piaggio – filha adotiva de Enrico Piaggio, empresário da indústria de aeronaves e motocicletas – de quem teve três filhos, os gêmeos (Alberto e Enrico), nascidos em julho de 1962 e mortos dias depois do nascimento, e o terceiro filho foi Giovanni Alberto nascido em 1964.[1] Este filho, herdeiro cuidadosamente preparado para o cargo na FIAT, morreu de câncer no estômago em 1997, aos 33 anos.[2][5]
Divórcio e segundo casamento
[editar | editar código-fonte]Em 1974, divorciou-se de Antonella, e casou-se com Allegra Caracciolo di Castagneto – prima de Marella Caracciolo, esposa de seu irmão, Gianni Agnelli – que lhe deu um filho, Andrea em 1975 e uma filha, Anna em 1978.[1] Em 19 de maio de 2010, seu filho, Andrea Agnelli, seguindo os passos do pai, assumiu a presidência da Juventus de Turim.[10]
Referências
- ↑ a b c d e f g h «AGNELLI, Umberto in "Dizionario Biografico"». www.treccani.it (em italiano). Consultado em 11 de janeiro de 2019
- ↑ a b c d e f g «Umberto Agnelli». The Independent (em inglês). 29 de maio de 2004. Consultado em 14 de janeiro de 2019
- ↑ a b c d uefa.com. «Member associations - News». UEFA.com (em inglês). Consultado em 11 de janeiro de 2019
- ↑ «Hall of fame, 10 new entry: con Vialli e Mancini anche Facchetti e Ronaldo» (em italiano). La Gazzetta dello Sport. 27 de outubro de 2015. Consultado em 27 de outubro de 2015
- ↑ a b c d e f g h i Hooper, John (29 de maio de 2004). «Obituary: Umberto Agnelli». The Guardian (em inglês). ISSN 0261-3077
- ↑ «Nizza Cavalleria». Consultado em 11 de janeiro de 2019. Arquivado do original em 3 de maio de 2010
- ↑ JuventusFC (27 de junho de 2015). «#OnThisDay nel 1956 Umberto Agnelli assumeva la presidenza della Juventus, che avrebbe mantenuto fino al 1962.pic.twitter.com/uqjEcpX2he». @juventusfc (em italiano). Consultado em 11 de janeiro de 2019
- ↑ «The story of a legend». Juventus.com. Consultado em 14 de janeiro de 2019
- ↑ «Juve on the top of the world». Juventus.com. Consultado em 14 de janeiro de 2019
- ↑ «Recent seasons». Juventus.com. Consultado em 14 de janeiro de 2019
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Umberto Agnelli no site oficial» (em italiano) do Senado da República Italiana.
- «Biografia de Umberto Agnelli» (em italiano) no Treccani.it
- «Biografia de Umberto Agnelli» (em inglês) no Encyclopædia Britannica, InC.
- «Biografia de Umberto Agnelli» (em italiano) no museotorino.it.