Papers by Fernando Matos de Oliveira
Concordância e Diferença. ‘Liber Amicorum’ para João Maria André, 2024
OLIVEIRA, Fernando Matos, “A Legitimação do Teatro: da Revolução de Abril aos Comuns”, In: CARVAL... more OLIVEIRA, Fernando Matos, “A Legitimação do Teatro: da Revolução de Abril aos Comuns”, In: CARVALHO, Mário Santiago de; Fernando Matos OLIVEIRA; Klédson Tiago Alves de SOUZA, (Coord.). 2024 Concordância e Diferença. ‘Liber Amicorum’ para João Maria André, Coimbra, Instituto de Estudos Filosóficos, pp. 343-359.
OLIVEIRA, Fernando Matos (2006). “Regressão, Androginia e Misoginia no Surrealismo Português”, Mo... more OLIVEIRA, Fernando Matos (2006). “Regressão, Androginia e Misoginia no Surrealismo Português”, Modernismo & Primitivismo, (ed.) Pedro Serra. Coimbra: Centro de Literatura Portuguesa, pp. 101-124.
OLIVEIRA, Fernando Matos (2013). “Tiago Rodrigues – Escritor de Espetáculos” [Posfácio], in Tiago... more OLIVEIRA, Fernando Matos (2013). “Tiago Rodrigues – Escritor de Espetáculos” [Posfácio], in Tiago Rodrigues, Três Dedos Abaixo do Joelho / Tristeza e Alegria na Vida das Girafas / Coro dos Amantes. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, pp. 112-122.
Conceitos e Dispositivos em Artes Performativas
Arti dello Spettacolo / Performing Arts, 2020
This essay proposes a performative reading of the inauguration of the equestrian statue of the Po... more This essay proposes a performative reading of the inauguration of the equestrian statue of the Portuguese king D. José I in 1775 as an event, based on the conceptual perspectives of both R. Schechner and E. Fischer-Lichte about culture as performance, specific conditions of mediality and materiality. The set of these celebrations expands socially in the king’s court, in great houses and on the street. They are a frequent example of “bad literature”, because they “vulgarize”, starting from an aristocratic circles, centered on the King and the Court, reaching an emerging popular class that then reorganizing itself sensibly through reading, theater going and the participation in bourgeois salons (“functions”, “assemblies” or “partidas”).
Theatre, Dance and Performance Training, Jul 6, 2020
In the 1970s, Portuguese performance art exhibited itself as a language of experimentation in the... more In the 1970s, Portuguese performance art exhibited itself as a language of experimentation in the local artistic scene with increasing public visibility. This prominence, which led to regular festivals and live events, was, however, not accompanied by any formal education or the integration of performance into the curriculum of art schools. In this article, we argue that the Portuguese approach to a performance pedagogy occurred mainly through a double path. On the one hand, through the convergent actions of two important critic-curators with relevant international connections in the area of performance, namely Egídio Álvaro and Ernesto de Sousa. On the other, through the singular activities of an association of artists, the Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), which had an institutional relationship with the students’ academy (Associação Académica de Coimbra) of the University of Coimbra. The CAPC takes the pedagogical and performative utopia of an art-life relationship a step further, at a time which shared the ethos of the democratic revolution of 1974. This generation collaborated with the international performance scene, not only developing projects with Wolf Vostell, in Malpartida (Spain), but also organising an important exhibition of Portuguese performance at the Centre Georges Pompidou, in Paris (1984).
Historia de la Literatura Portuguesa, 2000
Sinais de Cena, 2010
https://revistas.rcaap.pt/sdc/article/view/12769
A representação da deficiência tem sido materializada de diversos modos no teatro, dança e perfor... more A representação da deficiência tem sido materializada de diversos modos no teatro, dança e performance. A diferença entre práticas performativas de natureza social e inclusiva e a mobilização estética da alteridade de um corpo deficiente constitui ponto decisivo no âmbito dos estudos sobre a deficiência. A partir da performance em Portugal e no exterior, este artigo busca mapear e analisar ambas estratégias representacionais, não tanto para enfatizar as diferenças entre políticas de identidade e experinências/declarações estéticas, mas para observar como a deficiência se constitui em categoria que inextricavelmente atraves a corporeidade e o discurso. Deficiência irrompe como uma poderosa experiência de concretização corporal, a qual desafia e consubstancia "uma nova ética do corpo" (DAVIES, 2001).
Disability has been represented on stage in various ways, including theatre, dance and performanc... more Disability has been represented on stage in various ways, including theatre, dance and performance art. One of the main critical issues explored within the field of disability studies involves distinguishing between performative practices that are social and inclusive, and those that mobilise the alterity of the disabled body. Based on recent performances in Portugal and abroad, this paper surveys and analyses both representational strategies, not so much to highlight differences between identity politics and aesthetic pronouncements/experiments, but rather to observe how disability itself constitutes a category that embraces both corporality and discourse, aesthetics and identity.
Resumo:
O texto que se segue assinala o paralelismo entre a abertura, a dicção prospectiva e utó... more Resumo:
O texto que se segue assinala o paralelismo entre a abertura, a dicção prospectiva e utópica do ensaio enquanto género moderno, por um lado, e a emergência de um pensamento autoreflexivo e propriamente diferenciado sobre o género que chamamos teatro, por outro lado. Para ilustração deste argumento, recorro sobretudo às obras de Antonin Artaud, Bertolt Brecht e Peter Brook. Nestes autores, o trabalho inclusivo e a epistemologia crítica que o ensaio historicamente cumpre manifesta-se na concepção do teatro enquanto experiência sensorial e laboratório social. O referido paralelismo ratifica a metafórica comunitarista associada à cena, mas desafia também os limites da própria escrita ensaística. Pode o ensaio cruzar a linha especulativa e aspirar àquele “fazer” que desde J. L. Austin caracteriza o acto performativo e o próprio discurso contemporâneo sobre a performatividade? Pode o registo ensaístico activar o corpo social ou apenas mimetizar através do acontecimento da escrita? O ensaio teatral, em alguns dos seus representantes mais impressivos, origina a este respeito um discurso profundamente oblíquo: a ontologia do seu objecto oscila entre o êxtase festivo de um instante absoluto e o palco gregário da comunidade porvir.
Abstract
This paper suggests a parallel between the openness, the prospective and utopian diction of the essay as a modern genre, on the one hand, and the emergence of a self-reflexive and properly differentiated perception towards a genre known as theatre, on the other. Empirical support for this claim will be drawn from the work of Antonin Artaud, Bertolt Brecht e Peter Brook, among other. In the writings of these authors, the inclusive and critical work typical of the essay is present in their understanding of theatre either as a special sensorial experience or as social laboratory. The above-mentioned parallel underlines the communitarian impulse associated to the scene, but it also challenges the limits of essay writing itself. Can the essay cross the speculative line and aspire to the “doing” which, since J. L. Austin, characterises the performative act and the contemporary discourse about performativity? Can the essay activate the social body or can it only represent it through writing? The theatre essay, especially in the case of some of its most impressive protagonists, produces in this respect a profoundly oblique discourse: the ontology of its object moves between the festive drive of an absolute instant and the gregarious stage of the community yet to come.
Books by Fernando Matos de Oliveira
eQuodlibet, 2024
Concordância e Diferença festeja a vida ativa do filósofo e professor João Maria André, acolhendo... more Concordância e Diferença festeja a vida ativa do filósofo e professor João Maria André, acolhendo testemunhos e gestos de quem o conhece, admira e com quem ele privou ao longo de muitos anos de viva amizade. É convicção de todas as autoras e autores, reunidos em torno deste volume de agradecimento, que, ao longo destas páginas ressoa, numa abrangente tematização, a escuta, a hospitalidade e a capacidade reflexiva de que João Maria André sempre deu entusiasmante testemunho.
João Maria André: https://www.cienciavitae.pt/portal/en/631F-A9C8-FBE5
eQuodlibet: https://www.uc.pt/fluc/ief/publica/equodlibet/
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Papers by Fernando Matos de Oliveira
O texto que se segue assinala o paralelismo entre a abertura, a dicção prospectiva e utópica do ensaio enquanto género moderno, por um lado, e a emergência de um pensamento autoreflexivo e propriamente diferenciado sobre o género que chamamos teatro, por outro lado. Para ilustração deste argumento, recorro sobretudo às obras de Antonin Artaud, Bertolt Brecht e Peter Brook. Nestes autores, o trabalho inclusivo e a epistemologia crítica que o ensaio historicamente cumpre manifesta-se na concepção do teatro enquanto experiência sensorial e laboratório social. O referido paralelismo ratifica a metafórica comunitarista associada à cena, mas desafia também os limites da própria escrita ensaística. Pode o ensaio cruzar a linha especulativa e aspirar àquele “fazer” que desde J. L. Austin caracteriza o acto performativo e o próprio discurso contemporâneo sobre a performatividade? Pode o registo ensaístico activar o corpo social ou apenas mimetizar através do acontecimento da escrita? O ensaio teatral, em alguns dos seus representantes mais impressivos, origina a este respeito um discurso profundamente oblíquo: a ontologia do seu objecto oscila entre o êxtase festivo de um instante absoluto e o palco gregário da comunidade porvir.
Abstract
This paper suggests a parallel between the openness, the prospective and utopian diction of the essay as a modern genre, on the one hand, and the emergence of a self-reflexive and properly differentiated perception towards a genre known as theatre, on the other. Empirical support for this claim will be drawn from the work of Antonin Artaud, Bertolt Brecht e Peter Brook, among other. In the writings of these authors, the inclusive and critical work typical of the essay is present in their understanding of theatre either as a special sensorial experience or as social laboratory. The above-mentioned parallel underlines the communitarian impulse associated to the scene, but it also challenges the limits of essay writing itself. Can the essay cross the speculative line and aspire to the “doing” which, since J. L. Austin, characterises the performative act and the contemporary discourse about performativity? Can the essay activate the social body or can it only represent it through writing? The theatre essay, especially in the case of some of its most impressive protagonists, produces in this respect a profoundly oblique discourse: the ontology of its object moves between the festive drive of an absolute instant and the gregarious stage of the community yet to come.
Books by Fernando Matos de Oliveira
João Maria André: https://www.cienciavitae.pt/portal/en/631F-A9C8-FBE5
eQuodlibet: https://www.uc.pt/fluc/ief/publica/equodlibet/
O texto que se segue assinala o paralelismo entre a abertura, a dicção prospectiva e utópica do ensaio enquanto género moderno, por um lado, e a emergência de um pensamento autoreflexivo e propriamente diferenciado sobre o género que chamamos teatro, por outro lado. Para ilustração deste argumento, recorro sobretudo às obras de Antonin Artaud, Bertolt Brecht e Peter Brook. Nestes autores, o trabalho inclusivo e a epistemologia crítica que o ensaio historicamente cumpre manifesta-se na concepção do teatro enquanto experiência sensorial e laboratório social. O referido paralelismo ratifica a metafórica comunitarista associada à cena, mas desafia também os limites da própria escrita ensaística. Pode o ensaio cruzar a linha especulativa e aspirar àquele “fazer” que desde J. L. Austin caracteriza o acto performativo e o próprio discurso contemporâneo sobre a performatividade? Pode o registo ensaístico activar o corpo social ou apenas mimetizar através do acontecimento da escrita? O ensaio teatral, em alguns dos seus representantes mais impressivos, origina a este respeito um discurso profundamente oblíquo: a ontologia do seu objecto oscila entre o êxtase festivo de um instante absoluto e o palco gregário da comunidade porvir.
Abstract
This paper suggests a parallel between the openness, the prospective and utopian diction of the essay as a modern genre, on the one hand, and the emergence of a self-reflexive and properly differentiated perception towards a genre known as theatre, on the other. Empirical support for this claim will be drawn from the work of Antonin Artaud, Bertolt Brecht e Peter Brook, among other. In the writings of these authors, the inclusive and critical work typical of the essay is present in their understanding of theatre either as a special sensorial experience or as social laboratory. The above-mentioned parallel underlines the communitarian impulse associated to the scene, but it also challenges the limits of essay writing itself. Can the essay cross the speculative line and aspire to the “doing” which, since J. L. Austin, characterises the performative act and the contemporary discourse about performativity? Can the essay activate the social body or can it only represent it through writing? The theatre essay, especially in the case of some of its most impressive protagonists, produces in this respect a profoundly oblique discourse: the ontology of its object moves between the festive drive of an absolute instant and the gregarious stage of the community yet to come.
João Maria André: https://www.cienciavitae.pt/portal/en/631F-A9C8-FBE5
eQuodlibet: https://www.uc.pt/fluc/ief/publica/equodlibet/
Is Part of:
Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, Issue 14
Abrandamentos que adiantam:
sobre o Teatro Estático de Fernando Pessoa
[Slowdowns that advance: on Fernando Pessoa’s Static Theater]
https://doi.org/10.26300/2w0k-8028
PESSOA, Fernando (2017). Teatro Estático. Edição de Filipa de Freitas e Patricio Ferrari; com a colaboração de Claudia J. Fischer. Lisboa: Tinta-da-china, 419 p. [ISBN: 978-989-671-388-1].