Doutora em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2018), mestre em Educação na linha de pesquisa Filosofia da Educação (2012) e graduada em Filosofia (bacharelado e licenciatura) pela mesma instituição (2008). Atualmente sou professora colaboradora na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).
Minha pesquisa atual se dá em torno das concepções filosóficas e educacionais que embasam o ensino de filosofia no Brasil, e seus diálogos com a educação em direitos humanos na América Latina.
ANAIS DO GRUPO DE ESTUDOS DA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA - 2023 , 2023
O presente texto apresenta um relato das principais ideias, teorias e problemas debatidos no Gru... more O presente texto apresenta um relato das principais ideias, teorias e problemas debatidos no Grupo de Estudos da Pedagogia Histórico-Crítica, criado em 2023 entre membros da comunidade do Centro de Ciências Humanas e da Educação (FAED), da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), em Florianópolis, SC. Os estudos centraram-se na leitura e discussão de alguns textos selecionados de Dermeval Saviani, a saber, o artigo A Pedagogia Histórico-Crítica (2014), os capítulos 2 e 3 do livro Escola e Democracia (2021a), e os capítulos 1, 4 e 5 do livro Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras Aproximações (2021b). Conclui-se que a criação do grupo foi de grande importância para um maior conhecimento da PHC, seus pressupostos, enfrentamentos e propostas, bem como para a consolidação de uma formação docente engajada com a transformação social e com a classe trabalhadora.
Modernos & Contemporâneos - International Journal of Philosophy, 2021
No presente ensaio desenvolvo uma reflexão acerca da antropologia filosófica dos Ensaios de Monta... more No presente ensaio desenvolvo uma reflexão acerca da antropologia filosófica dos Ensaios de Montaigne, apontando a centralidade que o reconhecimento do Outro em sua singularidade e diferença assume para a construção da pintura de si em Montaigne. A partir desta perspectiva, destaco a importância do descobrimento dos povos originários do Novo Mundo para o desenvolvimento da crítica montaigneana sobre a humana condição, trazendo à tona a atualidade de seu pensamento para a reflexão sobre os processos de colonização e descolonização.
Na presente tese apresentamos uma interpretação filosófica dos "Ensaios" de Michel de Montaigne, ... more Na presente tese apresentamos uma interpretação filosófica dos "Ensaios" de Michel de Montaigne, defendendo a presença de uma nova maneira de fazer filosofia na obra, a qual podemos denominar de “filosofia do ensaio”. A nossa tese se coloca como uma possibilidade conciliatória entre duas importantes interpretações: uma que vê em Montaigne uma filosofia de cariz cético, elegendo dentro da obra um capítulo como principal, a Apologia de Raymond Sebond (II, 12); e outra, de viés literário, que enxerga, de modo exclusivo, o termo “ensaio” como rótulo de uma forma literária. A nossa interpretação sugere uma outra leitura dos Ensaios, atentando para a construção montaigneana de um conceito que se tornará o ponto nodal da sua filosofia, vindo a denominar o seu próprio método ou procedimento, o conceito de “ensaio”. Será a partir da investigação deste conceito e da articulação que ele opera dentro da obra, que buscaremos esclarecer por que ele não é apenas uma forma literária, bem como, de que maneira, ele torna possível a elaboração de uma nova forma de fazer filosofia, a qual excede os contornos negativos do ceticismo pirrônico, dando azo a um novo método filosófico de investigação, formação e criação: o ensaio.
REVELLI: Revista de Educação, Linguagem e Literatura (UEG), 2018
Este ensaio aborda o tema da formação humana através da leitura, na obra memorialística de Pedro ... more Este ensaio aborda o tema da formação humana através da leitura, na obra memorialística de Pedro Nava, "Balão Cativo". Seguiremos o percurso de descobertas literárias do autor em sua infância e juventude, e de como a leitura deixou marcas indeléveis em sua memória e formação: pelas veredas da leitura, Pedro Nava alça voo e nos convida a embarcarmos juntos em seu Balão Cativo.
Cadernos ANPOF 2018: Ética, Política, Religião e Filosofia Oriental, 2019
Em meu estudo busco uma maior compreensão da natureza da filosofia de
Montaigne. Para tanto, trab... more Em meu estudo busco uma maior compreensão da natureza da filosofia de Montaigne. Para tanto, trabalhei com a hipótese de que o termo “ensaio” constitui um conceito filosófico central para o desenvolvimento de sua filosofia, indo em busca da origem do termo e procurando entender a apropriação feita por Montaigne através de seus usos e aplicações no próprio texto dos "Ensaios". A partir da análise conceitual, cada vez mais se evidenciou a importância da noção de ensaio para a articulação e realização do projeto de Montaigne. Tendo em vista tamanha centralidade do termo, o qual até mesmo intitula a obra, levantei uma segunda hipótese e decidi perscrutar o ensaio enquanto um método filosófico performático de investigação, formação e criação, a partir da interpretação de alguns capítulos e diversas passagens dos "Ensaios".
Modernos & Contemporâneos - International Journal of Philosophy (Unicamp), 2020
Pretendo com o presente texto apontar a simbiose entre arte e filosofia nos Ensaios ... more Pretendo com o presente texto apontar a simbiose entre arte e filosofia nos Ensaios de Michel de Montaigne, contextualizando a obra a partir do Maneirismo, movimento artístico europeu do século XVI, na chamada Renascença tardia. Destacarei similaridades entre características fundamentais do Maneirismo e dos Ensaios, ressaltando a importância do conceito de “maniera” na elaboração e constituição do ensaio como forma filosófica em Montaigne
A partir da interpretação da filosofia do ensaio proposta por Montaigne no Renascimento, enquanto... more A partir da interpretação da filosofia do ensaio proposta por Montaigne no Renascimento, enquanto um posicionamento ético e político do autor diante dos modos de produção dos conhecimentos e das subjetividades no âmbito cultural e pedagógico de seu tempo, acreditamos ser este posicionamento de grande alcance ainda hoje. Para tanto, procuramos problematizar a relação que se estabelece entre a filosofia e a educação popular no ensino superior brasileiro, propondo o exercício ensaístico como uma alternativa para as práticas do ensino de filosofia. Nossa interpretação visa uma abordagem do conceito de ensaio em Montaigne a partir de sua compreensão como um método performático de investigação, formação e criação. Tal procedimento proporciona aos estudantes uma experiência de ensino-aprendizagem através da escrita muito mais próxima e autêntica.
ANAIS DO GRUPO DE ESTUDOS DA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA - 2023 , 2023
O presente texto apresenta um relato das principais ideias, teorias e problemas debatidos no Gru... more O presente texto apresenta um relato das principais ideias, teorias e problemas debatidos no Grupo de Estudos da Pedagogia Histórico-Crítica, criado em 2023 entre membros da comunidade do Centro de Ciências Humanas e da Educação (FAED), da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), em Florianópolis, SC. Os estudos centraram-se na leitura e discussão de alguns textos selecionados de Dermeval Saviani, a saber, o artigo A Pedagogia Histórico-Crítica (2014), os capítulos 2 e 3 do livro Escola e Democracia (2021a), e os capítulos 1, 4 e 5 do livro Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras Aproximações (2021b). Conclui-se que a criação do grupo foi de grande importância para um maior conhecimento da PHC, seus pressupostos, enfrentamentos e propostas, bem como para a consolidação de uma formação docente engajada com a transformação social e com a classe trabalhadora.
Modernos & Contemporâneos - International Journal of Philosophy, 2021
No presente ensaio desenvolvo uma reflexão acerca da antropologia filosófica dos Ensaios de Monta... more No presente ensaio desenvolvo uma reflexão acerca da antropologia filosófica dos Ensaios de Montaigne, apontando a centralidade que o reconhecimento do Outro em sua singularidade e diferença assume para a construção da pintura de si em Montaigne. A partir desta perspectiva, destaco a importância do descobrimento dos povos originários do Novo Mundo para o desenvolvimento da crítica montaigneana sobre a humana condição, trazendo à tona a atualidade de seu pensamento para a reflexão sobre os processos de colonização e descolonização.
Na presente tese apresentamos uma interpretação filosófica dos "Ensaios" de Michel de Montaigne, ... more Na presente tese apresentamos uma interpretação filosófica dos "Ensaios" de Michel de Montaigne, defendendo a presença de uma nova maneira de fazer filosofia na obra, a qual podemos denominar de “filosofia do ensaio”. A nossa tese se coloca como uma possibilidade conciliatória entre duas importantes interpretações: uma que vê em Montaigne uma filosofia de cariz cético, elegendo dentro da obra um capítulo como principal, a Apologia de Raymond Sebond (II, 12); e outra, de viés literário, que enxerga, de modo exclusivo, o termo “ensaio” como rótulo de uma forma literária. A nossa interpretação sugere uma outra leitura dos Ensaios, atentando para a construção montaigneana de um conceito que se tornará o ponto nodal da sua filosofia, vindo a denominar o seu próprio método ou procedimento, o conceito de “ensaio”. Será a partir da investigação deste conceito e da articulação que ele opera dentro da obra, que buscaremos esclarecer por que ele não é apenas uma forma literária, bem como, de que maneira, ele torna possível a elaboração de uma nova forma de fazer filosofia, a qual excede os contornos negativos do ceticismo pirrônico, dando azo a um novo método filosófico de investigação, formação e criação: o ensaio.
REVELLI: Revista de Educação, Linguagem e Literatura (UEG), 2018
Este ensaio aborda o tema da formação humana através da leitura, na obra memorialística de Pedro ... more Este ensaio aborda o tema da formação humana através da leitura, na obra memorialística de Pedro Nava, "Balão Cativo". Seguiremos o percurso de descobertas literárias do autor em sua infância e juventude, e de como a leitura deixou marcas indeléveis em sua memória e formação: pelas veredas da leitura, Pedro Nava alça voo e nos convida a embarcarmos juntos em seu Balão Cativo.
Cadernos ANPOF 2018: Ética, Política, Religião e Filosofia Oriental, 2019
Em meu estudo busco uma maior compreensão da natureza da filosofia de
Montaigne. Para tanto, trab... more Em meu estudo busco uma maior compreensão da natureza da filosofia de Montaigne. Para tanto, trabalhei com a hipótese de que o termo “ensaio” constitui um conceito filosófico central para o desenvolvimento de sua filosofia, indo em busca da origem do termo e procurando entender a apropriação feita por Montaigne através de seus usos e aplicações no próprio texto dos "Ensaios". A partir da análise conceitual, cada vez mais se evidenciou a importância da noção de ensaio para a articulação e realização do projeto de Montaigne. Tendo em vista tamanha centralidade do termo, o qual até mesmo intitula a obra, levantei uma segunda hipótese e decidi perscrutar o ensaio enquanto um método filosófico performático de investigação, formação e criação, a partir da interpretação de alguns capítulos e diversas passagens dos "Ensaios".
Modernos & Contemporâneos - International Journal of Philosophy (Unicamp), 2020
Pretendo com o presente texto apontar a simbiose entre arte e filosofia nos Ensaios ... more Pretendo com o presente texto apontar a simbiose entre arte e filosofia nos Ensaios de Michel de Montaigne, contextualizando a obra a partir do Maneirismo, movimento artístico europeu do século XVI, na chamada Renascença tardia. Destacarei similaridades entre características fundamentais do Maneirismo e dos Ensaios, ressaltando a importância do conceito de “maniera” na elaboração e constituição do ensaio como forma filosófica em Montaigne
A partir da interpretação da filosofia do ensaio proposta por Montaigne no Renascimento, enquanto... more A partir da interpretação da filosofia do ensaio proposta por Montaigne no Renascimento, enquanto um posicionamento ético e político do autor diante dos modos de produção dos conhecimentos e das subjetividades no âmbito cultural e pedagógico de seu tempo, acreditamos ser este posicionamento de grande alcance ainda hoje. Para tanto, procuramos problematizar a relação que se estabelece entre a filosofia e a educação popular no ensino superior brasileiro, propondo o exercício ensaístico como uma alternativa para as práticas do ensino de filosofia. Nossa interpretação visa uma abordagem do conceito de ensaio em Montaigne a partir de sua compreensão como um método performático de investigação, formação e criação. Tal procedimento proporciona aos estudantes uma experiência de ensino-aprendizagem através da escrita muito mais próxima e autêntica.
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Montaigne. Para tanto, trabalhei com a hipótese de que o termo “ensaio” constitui um conceito filosófico central para o desenvolvimento de sua filosofia, indo em busca da origem do termo e procurando entender a apropriação feita por Montaigne através de seus usos e aplicações no próprio texto dos "Ensaios". A partir da análise conceitual, cada vez mais se evidenciou a importância da noção de ensaio para a articulação e realização do projeto de Montaigne. Tendo em vista tamanha centralidade do termo, o qual até mesmo intitula a obra, levantei uma segunda hipótese e decidi perscrutar o ensaio enquanto um método filosófico performático de investigação, formação e criação, a partir da interpretação de alguns capítulos e diversas passagens dos "Ensaios".
Montaigne. Para tanto, trabalhei com a hipótese de que o termo “ensaio” constitui um conceito filosófico central para o desenvolvimento de sua filosofia, indo em busca da origem do termo e procurando entender a apropriação feita por Montaigne através de seus usos e aplicações no próprio texto dos "Ensaios". A partir da análise conceitual, cada vez mais se evidenciou a importância da noção de ensaio para a articulação e realização do projeto de Montaigne. Tendo em vista tamanha centralidade do termo, o qual até mesmo intitula a obra, levantei uma segunda hipótese e decidi perscrutar o ensaio enquanto um método filosófico performático de investigação, formação e criação, a partir da interpretação de alguns capítulos e diversas passagens dos "Ensaios".