Papers by Tomás Paixão
(SYN)THESIS
Partindo do diálogo entre o Pensamento Político Brasileiro e a História da Política Externa Brasi... more Partindo do diálogo entre o Pensamento Político Brasileiro e a História da Política Externa Brasileira, este artigo objetiva analisar o pensamento político de José Bonifácio de Andrada e Silva e Joaquim do Amor Divino Caneca, popularmente conhecido como Frei Caneca, quando do processo de Independência do Brasil. Da leitura das suas principais obras e ação política, buscaremos compreender as dimensões de política interna e externa na imaginação de ambos os autores/atores.
Revista de Iniciação Científica em Relações Internacionais (RICRI), Aug 9, 2022
Nos últimos anos, o termo “Estado Falido” tem sido frequentemente referenciado na mass media e no... more Nos últimos anos, o termo “Estado Falido” tem sido frequentemente referenciado na mass media e no discurso político. Ao lado deste processo, nota-se o surgimento de diversos índices de comparação de desempenho estatal, como o Fragile States Index (FSI), que fornecem um componente estatístico-matemático fundamental para reforçar a possibilidade de determinação a “fragilidade” de um Estado. A partir da ideia de colonialidade presente na obra de Quijano (2005) e da crítica sobre as respostas políticas internacionais tradicionais à falência estatal desenvolvida por Brooks (2015), o presente artigo visa problematizar a caracterização de um Estado como Falido ou Frágil, apontando para o caráter eurocêntrico e tecnicista dos índices, que acabam por não incorporar a pluralidade de modelos institucionais e culturas existentes no mundo. Para aprofundar o debate, também será analisada a aplicação do conceito no caso asiático, onde evidencia-se uma divergência entre a relevância de determinados Estados no cenário internacional e sua classificação como Estado Frágil no âmbito do FSI.
Fronteira: Revista de Iniciação Científica em Relações Internacionais, Jul 26, 2022
O presente trabalho se propõe a analisar as relações Brasil-Oriente Médio ao longo do Regime Mili... more O presente trabalho se propõe a analisar as relações Brasil-Oriente Médio ao longo do Regime Militar (1964-1985), adotando como ponto de partida o contexto que já permeava tais relações e ditava a Política Externa Brasileira. Para isto, utilizaram-se os eixos da abordagem institucionalista histórica apresentados por Hall e Taylor (2003) e os paradigmas de Política Externa Brasileira estruturados por Letícia Pinheiro (2000) para discutir as principais orientações da Política Externa Brasileira para o Oriente Médio durante o período de regime militar. Através de passagem cronológica pelos cinco presidentes do período, pretende-se pontuar suas aproximações e distanciamentos entre si, bem como seus possíveis resgates de políticas adotadas em outros períodos históricos. Buscou-se também contextualizar o diálogo brasileiro com o Oriente Médio no cenário internacional de cada momento. Conclui-se que as relações com o Oriente Médio durante o regime militar se moldaram para responder às necessidades do projeto de desenvolvimento do país, traçando um caminho bastante tortuoso, mas gerando resultados efetivos.
Resumo: O etnocídio cultural ocorrido por toda a América Latina deixou profundas marcas sobre a s... more Resumo: O etnocídio cultural ocorrido por toda a América Latina deixou profundas marcas sobre a sociedade colonizada. Apesar dos recentes avanços das políticas de planificação linguística e reconhecimento de iure do caráter multiétnico e pluricultural, a dimensão linguística segue sendo problemática no contexto latino-americano. Se, por um lado, pode-se perceber a inclusão de medidas de apoio à diversidade por parte dos governos, uma 'democratização linguística' ainda está longe de ser alcançada. Entendendo esta perspectiva e tomando por base as políticas estatais e privadas linguísticas realizadas no Peru, explicitadas nas obras de Yataco (2012) e Howard (2012), o trabalho propõe evidenciar o atual estado do quéchua e explorar a importância da sobrevivência das línguas originárias na América Latina. Do mesmo modo, busca evidenciar a presença de um novo tipo de colonialismo no atual contexto latinoamericano, o colonialismo do poder, e entender suas raízes. Para o contexto brasileiro, território de mais de 270 línguas indígenas documentadas (IBGE, 2010), o texto amplia as discussões sobre a importância do multiculturalismo e necessidade de promoção da diversidade linguística no país.
Articles by Tomás Paixão
Dossiê 200 Anos de Pensamento Internacional Brasileiro: Personagens e Agendas, Jan 18, 2023
Partindo do diálogo entre o Pensamento Político Brasileiro e a História da Política Externa Brasi... more Partindo do diálogo entre o Pensamento Político Brasileiro e a História da Política Externa Brasileira, este artigo objetiva analisar o pensamento político de José Bonifácio de Andrada e Silva e Joaquim do Amor Divino Caneca, popularmente conhecido como Frei Caneca, quando do processo de Independência do Brasil. Da leitura das suas principais obras e ação política, buscaremos compreender as dimensões de política interna e externa na imaginação de ambos os autores/atores.
Journal Articles by Tomás Paixão
Revista Diálogos Internacionais, Mar 7, 2023
Na busca por recriar os caminhos trilhados por uma figura bastante singular do Pensamento Polític... more Na busca por recriar os caminhos trilhados por uma figura bastante singular do Pensamento Político Brasileiro, este trabalho perpassa aspectos pessoais e inusitados da vida de Antonio Paim, que militou como comunista na União Soviética e terminou sua vida como referência para figuras significativamente distanciadas desses ideais. Em paralelo aos aspectos essencialmente biográficos, é esboçada também uma análise acerca da ideologia política defendida e propagada por Paim, ainda que tenha se mostrado tão caleidoscópica ao longo de sua vida. Como um expoente intelectual brasileiro, a despeito de seu posicionamento político, esse aspecto não poderia ser ignorado.
Boletim NEAAPE, Jan 26, 2023
O presente artigo apresenta uma análise das propostas referentes à política externa brasileira no... more O presente artigo apresenta uma análise das propostas referentes à política externa brasileira nos programas de governo de sete candidatos do primeiro turno das eleições presidenciais de 2022: Luiz Inácio Lula da Silva, Jair Bolsonaro, Simone Tebet, Ciro Gomes, Soraya Thronicke, Felipe D’Ávila e Padre Kelmon. Vale salientar que o artigo tratará dos programas de governo apresentados pelas coligações de apoio juntamente aos partidos, na representação dos presidenciáveis supracitados. Na ausência de uma coligação, o programa analisado será referenciado apenas ao partido pertinente. O recorte foi feito a partir dos candidatos cuja representação partidária na última legislatura do Congresso Nacional era de, no mínimo, cinco parlamentares. Desta forma, pretende-se observar como os partidos trataram o tema em seus projetos governamentais. Como consequência, também será possível observar como temas tradicionalmente considerados de outras pastas são trabalhados em cada programa.
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Política em Foco: o Melhor Embate é o Debate, Aug 25, 2023
O debate acerca das tentativas de integração pela América Latina poderia se iniciar pela citação ... more O debate acerca das tentativas de integração pela América Latina poderia se iniciar pela citação de uma vasta gama de opções de autores célebres que fazem do seu objetivo mor a exaltação da uniformidade regional. Ao contrário do que possa parecer, essa referida uniformidade não busca descaracterizar as singularidades de cada povo, mas sim destacar que, ao contrário de qualquer outro continente, a região é formada por países que se revezam historicamente entre vanguardismos e retrocessos em suas configurações políticas internas, de maneira repetitiva e quase uniforme. Com países marcados pela inconstância de suas democracias, algo que numa relação mútua de causalidade e consequência gera uma realidade social pouco aprazível à uma prática irrepreensível dos direitos humanos. A América Latina, como macrorregião, parece ser formada por uma involuntária e incessante tentativa de servir de exemplo ao vizinho, enquanto os seus males se fortalecem internamente e esse mesmo vizinho precisará servir como exemplo vindouro. Um exemplo prático bastante ilustrativo dessa alegação é a Argentina, a qual ainda é tida como uma potência regional e ainda assim padece em sua história recente de uma sazonalidade econômica sem fim, onde um mandato presidencial inteiro sem nenhuma crise acentuada se torna rapidamente uma exceção. Além dos estabelecimentos de ditaduras, que em menor grau dialogavam com assuntos da esfera econômica e se aproximaram frequentemente de ações voltadas para a pura manutenção de poderio.
Olhares sobre as Ciências Humanas e suas Tecnologias: Experiência, Aprendizagem, Narrativas, Feb 16, 2023
O presente trabalho se propõe a analisar as relações Brasil-Oriente Médio ao longo do Regime Mili... more O presente trabalho se propõe a analisar as relações Brasil-Oriente Médio ao longo do Regime Militar (1964-1985), adotando como ponto de partida o contexto que já permeava tais relações e ditava a Política Externa Brasileira. Para isto, utilizaram-se os eixos da abordagem institucionalista histórica apresentados por Hall e Taylor (2003) e os paradigmas de Política Externa Brasileira estruturados por Letícia Pinheiro (2000) para discutir as principais orientações da Política Externa Brasileira para o Oriente Médio durante o período de regime militar. Através de passagem cronológica pelos cinco presidentes do período, pretende-se pontuar suas aproximações e distanciamentos entre si, bem como seus possíveis resgates de políticas adotadas em outros períodos históricos. Buscou-se também contextualizar o diálogo brasileiro com o Oriente Médio no cenário internacional de cada momento. Conclui-se que as relações com o Oriente Médio durante o regime militar se moldaram para responder às necessidades do projeto de desenvolvimento do país, traçando um caminho bastante tortuoso, mas gerando resultados efetivos.
Diálogos Sobre o Ensino e a Educação: Diferentes Olhares e Contextos, Apr 28, 2023
Excluídos linguisticamente da realidade social das grandes cidades, geralmente apresentadas em es... more Excluídos linguisticamente da realidade social das grandes cidades, geralmente apresentadas em espanhol ou em português, milhares de latino-americanos falantes de idiomas originários ainda carecem de educação e saúde de qualidade em suas próprias terras natais. Do mesmo modo, têm seus rostos, hábitos, cultura estigmatizados e sua língua completamente rechaçada por boa parte da população. Suas expressões e visões de mundo, caladas e massacradas perante a língua do colonizador, viram sinônimo de “verguenza” e pobreza. As sanguinárias independências das colônias luso-espanholas do início do século XIX não levaram à uma verdadeira reestruturação do ideário eurocentrista dos povos da América Latina. As relações coloniais de poder e hierarquia se fazem presentes em meio a uma rede cada vez mais complexa de trocas interculturais de um mundo globalizado. Para compreender este processo e suas implicações na atual realidade da América Latina, assim como pensar o impacto das políticas linguísticas na busca pela transformação deste panorama, a estrutura do texto, além da Introdução, foi dividida em cinco seções, sendo estas: i) Descolonialidade do poder, em que tenta conceituar este termo e ampliar suas perspectivas na América Latina; ii) Linguagem, política e poder, que busca estruturar de que forma estes conceitos estão intimamente conectados; iii) Política e planificação linguística, trazendo as principais diferenças entre os conceitos, que serão retomados na seção seguinte; iv) Analisando o caso do quéchua, sendo o estudo das planificações linguísticas do quéchua e apresentação de alguns estereótipos sobre o idioma; v) Caso brasileiro, traçando paralelos entre as políticas linguísticas peruanas e brasileiras; e as considerações finais.
Conference Papers by Tomás Paixão
ISA Latin America & Caribbean, Sep 13, 2023
Críticos de lo que acusan exagerada centralización de poder en Bolivia, los obispos han sido llam... more Críticos de lo que acusan exagerada centralización de poder en Bolivia, los obispos han sido llamados a declarar sobre la crisis de 2019 y temen por el futuro de su actuación en el país. Tomando como ejemplo la actual situación de tensionamiento político-religioso vivida en Nicaragua, el Vaticano ha buscado prever posibles estallidos autoritarios provenientes del gobierno de Luis Arce. Tras trazar un cuadro comparativo entre la fragmentación del movimiento sandinista nicaragüense y las graves divergencias internas que han permeado el Movimiento al Socialismo (MAS), se propone comprender el papel del catolicismo boliviano en la desestabilización de la democracia en el país, así como el posicionamiento de la alta jerarquía de la Iglesia en cuanto al tema, dado que el Vaticano y Bolivia son Estados mutuamente reconocidos y con representaciones diplomáticas vigentes. Mientras que es posible afirmar que el escenario nicaragüense se encaminó hacia una ruptura de las relaciones bilaterales, a pesar de la presencia de parte del clero en las trincheras antidictatoriales de antaño, en el caso boliviano el reaccionarismo adoptado por la significativa mayoría de la prelatura local alimenta un tensionamiento ya preexistente.
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