Papers by Luana Cabral
Anais do Seminário Comunicação e Territorialidades, 2019
Mapearemos, neste trabalho, as relações entre a teoria feminista dos anos 1960-1970 e o cinema fe... more Mapearemos, neste trabalho, as relações entre a teoria feminista dos anos 1960-1970 e o cinema feminista experimental e de vanguarda desse período, identificando, sobretudo a partir do conceito de "autoria performática” (Cecilia Sayad), a autoinscrição da realizadora no filme como um denominador comum a algumas dessas obras. A metodologia empregada, de caráter qualitativo, baseia-se, além da análise contextual, na análise fílmica e na consulta de fontes bibliográficas. Faremos, por fim, um breve estudo comparado entre as políticas de autoinscrição do corpo e da sexualidade observadas nos objetos fílmicos analisados com o objetivo de compreender as diferenças narrativas e estéticas presentes nos distintos usos dessa estratégia.
Aniki: Revista Portuguesa da Imagem em Movimento
Esta resenha tem como objeto a mostra O mundo visto e sonhado: uma coleção de filmes do Espírito ... more Esta resenha tem como objeto a mostra O mundo visto e sonhado: uma coleção de filmes do Espírito Santo, realizada no mês de maio de 2021. Discutimos algumas ideias iniciais sobre o lugar a memória nas relações estabelecidas entre o cinema pensado e produzido no Espírito Santo e sua história.
Aniki - Revista Portuguesa da Imagem em Movimento, 2022
Esta resenha tem como objeto a mostra O mundo visto e sonhado: uma coleção de filmes do Espírito ... more Esta resenha tem como objeto a mostra O mundo visto e sonhado: uma coleção de filmes do Espírito Santo, realizada no mês de maio de 2021. Discutimos algumas ideias iniciais sobre o lugar a memória nas relações estabelecidas entre o cinema pensado e produzido no Espírito Santo e sua história.
Critical review of the book Infiltrados e Invasores: Uma perspectiva comparada sobre relacoes de ... more Critical review of the book Infiltrados e Invasores: Uma perspectiva comparada sobre relacoes de classe no cinema brasileiro, written by researcher Mariana Souto and published in 2019.
Revista Movimento , 2021
O presente artigo tem como principal objetivo discutir as
relações entre corpo e autoinscrição no... more O presente artigo tem como principal objetivo discutir as
relações entre corpo e autoinscrição no documentário Não é um filme
caseiro (No Home Movie, 2015), dirigido por Chantal Akerman. A partir da
análise fílmica e da revisão bibliográfica realizada, concluímos que a
relação estabelecida entre o corpo da cineasta e o corpo fílmico
materializa uma estratégia de autoria performática, assim demarcando a
posição subjetiva que emerge da corporalidade e da presença de
[Trabalho de conclusão de curso apresentado à disciplina de Projetos Experimentais em Audiovisu... more [Trabalho de conclusão de curso apresentado à disciplina de Projetos Experimentais em Audiovisual, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal do Espírito Santo, sob orientação do Prof. Dr. Erly Milton Vieira Jr.]
RESUMO: Este projeto pretende investigar a forma como se dá a interação entre corpo, tempo e espaço no cinema de Chantal Akerman. A análise aqui realizada se concentra em três filmes realizados pela cineasta nos anos iniciais de sua carreira, ainda na década de 70, sendo eles Eu, Tu, Ele, Ela (Bélgica, 1974), Jeanne Dielman (França, 1975) e Os Encontros de Anna (França, 1978), e se propõe a discutir as possíveis relações estéticas, sobretudo em relação à mise-en-scène, estabelecidas entre as referidas obras e o conceito de realismo conforme proposto pelo crítico francês Andre Bazin.
Ao se utilizar da longa duração dos planos e de um recorte espacial distante e quase sempre estático, que privilegia a atuação de um corpo feminino performático em constante interação com o espaço, Akerman usa a sincronicidade entre o corpo e o espaço-tempo registrada pela máquina – ou seja, pela câmera e pelos microfones – como uma potência estética\expressiva\estilística, numa abordagem que aqui chamaremos de realismo temporal, fazendo eco ao pensamento de Jean-Louis Comolli (2006) sobre aquilo que seria não uma nova forma de inscrição da realidade, mas sim o essencial de uma realidade da inscrição; dessa característica própria do cinema e intrínseca à sua realização, a indexicalidade que constitui, segundo o autor, o "grau zero" do realismo no cinema, sustentamos, Akerman se apropria para construir uma experiência cinematográfica que possibilite uma nova representação da figura feminina em quadro. Aqui, a mulher ou a personagem feminina, antes de ser uma construção simbólica, é uma corpo inscrito na tela. Sua representação se dá através daquilo que esse corpo encarna e de suas interações com o espaço que o cerca, tendo o quadro como o limite. Pensando o cinema enquanto uma tecnologia de gênero (LAURETIS, 1987), o que pode a mulher em quadro de Akerman atualizar no que diz respeito à construção do feminino no cinema? Se Teresa de Lauretis afirma que a construção do gênero se faz por meio de sua desconstrução, aqui arriscaremos afirmar também o inverso desse raciocínio, ou seja, que a desconstrução do gênero também se faz por meio de sua construção – no caso, cinematográfica.
Anais do Seminário Comunicação e Territorialidades (v.1 n.5) ISSN: 2675-3049, 2019
Mapearemos, neste trabalho, as relações entre a teoria feminista dos anos 1960-1970 e o cinema fe... more Mapearemos, neste trabalho, as relações entre a teoria feminista dos anos 1960-1970 e o cinema feminista experimental e de vanguarda desse período, identificando, sobretudo a partir do conceito de "autoria performática” (Cecilia Sayad), a autoinscrição da realizadora no filme como um denominador comum a algumas dessas obras. A metodologia empregada, de caráter qualitativo, baseia-se, além da análise contextual, na análise fílmica e na consulta de fontes bibliográficas.
Faremos, por fim, um breve estudo comparado entre as políticas de autoinscrição do corpo e da sexualidade observadas nos objetos fílmicos analisados com o objetivo de compreender as diferenças narrativas e estéticas presentes nos distintos usos dessa estratégia.
Revista Iniciacom, 2019
RESUMO A partir do conceito de pós-nacionalidade desenvolvido por Arjun Appadurai, este trabalho ... more RESUMO A partir do conceito de pós-nacionalidade desenvolvido por Arjun Appadurai, este trabalho lança um olhar sobre os filmes A Quarta Dimensão (2001), Lá (2006) e Agreste (2010), a fim de cartografar as relações entre espaço e subjetividade latentes nessas obras e intrínsecas ao fazer cinematográfico de suas respectivas realizadoras: Trinh T. Minh-ha, Chantal Akerman e Paula Gaitán.
*
ABSTRACT Based on the concept of post-nationality developed by Arjun Appadurai, this work focus on the films The Fourth Dimension (2001), Lá (2006) and Agreste (2010), in order to cartograph the relations between space and subjectivity latent in these films and intrinsic to the work and filmmaking process of their respective directors: Trinh T. Minh-ha, Chantal Akerman and Paula Gaitán.
Montajes: Revista de Análisis Cinematográfico, 2017
O presente artigo tem como objetivo analisar a construção narrativa espaço-temporal realizada nos... more O presente artigo tem como objetivo analisar a construção narrativa espaço-temporal realizada nos filmes Dias Selvagens (1992) e Amores Expressos (1994), ambos dirigidos pelo cineasta chinês Wong Kar-Wai. Partindo do conceito de interculturalidade, será feita uma análise sobre a utilização da cidade de Hong Kong como paisagem em ambos os filmes, objetivando relacionar as características sociopolíticas e históricas da cidade às obras em questão. Ainda, será discutido o papel da experiência corporal como mediadora da relação entre os personagens e a cidade-paisagem e da forma como essa abordagem contemporânea do corpo no cinema, sobretudo através da mise-en-scène, flerta com diferentes possibilidades estéticas, em especial o cinema narrativo clássico e o cinema de fluxo.
Conference Presentations by Luana Cabral
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, 2017
Esta pesquisa consiste em uma investigação sobre a relação estabelecida entre os corpos e o espaç... more Esta pesquisa consiste em uma investigação sobre a relação estabelecida entre os corpos e o espaço nos filmes Branco Sai, Preto Fica (2013) e Em Busca da Vida (2006), realizada à luz do conceito de afeto desenvolvido pelo filósofo Gilles Deleuze e posteriormente revisitado por outros autores. Serão analisados os aspectos da linguagem que traduzem estética e politicamente os desdobramentos desse encontro a fim de compreender o lugar dessas obras dentro do contexto do cinema contemporâneo mundial.
Palavras-chave: afeto; cinema contemporâneo; corpo; estética; política.
Drafts by Luana Cabral
Crucial 21st Century Cinema #DirectedbyWomen, 2019
Blog on No Home Movie (2015), documentary by Chantal Akerman. Written for Crucial 21st Century C... more Blog on No Home Movie (2015), documentary by Chantal Akerman. Written for Crucial 21st Century Cinema #DirectedbyWomen—a communal blogging initiative and posted on the project's website.
Books by Luana Cabral
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual da Universidade Fede... more Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual da Universidade Federal Fluminense para obtenção do título de Mestra em Cinema e Audiovisual.
Orientadora: Marina Cavalcanti Tedesco
Linha de Pesquisa: Narrativas e Estéticas
http://ppgcine.cinemauff.com.br/egressos/
Book Reviews by Luana Cabral
Aniki: Portuguese Journal of the Moving Image, 2021
Souto, Mariana. 2019. Infiltrados e Invasores: Uma perspectiva comparada sobre relações de clas... more Souto, Mariana. 2019. Infiltrados e Invasores: Uma perspectiva comparada sobre relações de classe no cinema brasileiro. Salvador: EDUFBA. 252 pp. ISBN 978-85-232- 1921-5.
Uploads
Papers by Luana Cabral
relações entre corpo e autoinscrição no documentário Não é um filme
caseiro (No Home Movie, 2015), dirigido por Chantal Akerman. A partir da
análise fílmica e da revisão bibliográfica realizada, concluímos que a
relação estabelecida entre o corpo da cineasta e o corpo fílmico
materializa uma estratégia de autoria performática, assim demarcando a
posição subjetiva que emerge da corporalidade e da presença de
RESUMO: Este projeto pretende investigar a forma como se dá a interação entre corpo, tempo e espaço no cinema de Chantal Akerman. A análise aqui realizada se concentra em três filmes realizados pela cineasta nos anos iniciais de sua carreira, ainda na década de 70, sendo eles Eu, Tu, Ele, Ela (Bélgica, 1974), Jeanne Dielman (França, 1975) e Os Encontros de Anna (França, 1978), e se propõe a discutir as possíveis relações estéticas, sobretudo em relação à mise-en-scène, estabelecidas entre as referidas obras e o conceito de realismo conforme proposto pelo crítico francês Andre Bazin.
Ao se utilizar da longa duração dos planos e de um recorte espacial distante e quase sempre estático, que privilegia a atuação de um corpo feminino performático em constante interação com o espaço, Akerman usa a sincronicidade entre o corpo e o espaço-tempo registrada pela máquina – ou seja, pela câmera e pelos microfones – como uma potência estética\expressiva\estilística, numa abordagem que aqui chamaremos de realismo temporal, fazendo eco ao pensamento de Jean-Louis Comolli (2006) sobre aquilo que seria não uma nova forma de inscrição da realidade, mas sim o essencial de uma realidade da inscrição; dessa característica própria do cinema e intrínseca à sua realização, a indexicalidade que constitui, segundo o autor, o "grau zero" do realismo no cinema, sustentamos, Akerman se apropria para construir uma experiência cinematográfica que possibilite uma nova representação da figura feminina em quadro. Aqui, a mulher ou a personagem feminina, antes de ser uma construção simbólica, é uma corpo inscrito na tela. Sua representação se dá através daquilo que esse corpo encarna e de suas interações com o espaço que o cerca, tendo o quadro como o limite. Pensando o cinema enquanto uma tecnologia de gênero (LAURETIS, 1987), o que pode a mulher em quadro de Akerman atualizar no que diz respeito à construção do feminino no cinema? Se Teresa de Lauretis afirma que a construção do gênero se faz por meio de sua desconstrução, aqui arriscaremos afirmar também o inverso desse raciocínio, ou seja, que a desconstrução do gênero também se faz por meio de sua construção – no caso, cinematográfica.
Faremos, por fim, um breve estudo comparado entre as políticas de autoinscrição do corpo e da sexualidade observadas nos objetos fílmicos analisados com o objetivo de compreender as diferenças narrativas e estéticas presentes nos distintos usos dessa estratégia.
*
ABSTRACT Based on the concept of post-nationality developed by Arjun Appadurai, this work focus on the films The Fourth Dimension (2001), Lá (2006) and Agreste (2010), in order to cartograph the relations between space and subjectivity latent in these films and intrinsic to the work and filmmaking process of their respective directors: Trinh T. Minh-ha, Chantal Akerman and Paula Gaitán.
Conference Presentations by Luana Cabral
Palavras-chave: afeto; cinema contemporâneo; corpo; estética; política.
Drafts by Luana Cabral
Books by Luana Cabral
Orientadora: Marina Cavalcanti Tedesco
Linha de Pesquisa: Narrativas e Estéticas
http://ppgcine.cinemauff.com.br/egressos/
Book Reviews by Luana Cabral
relações entre corpo e autoinscrição no documentário Não é um filme
caseiro (No Home Movie, 2015), dirigido por Chantal Akerman. A partir da
análise fílmica e da revisão bibliográfica realizada, concluímos que a
relação estabelecida entre o corpo da cineasta e o corpo fílmico
materializa uma estratégia de autoria performática, assim demarcando a
posição subjetiva que emerge da corporalidade e da presença de
RESUMO: Este projeto pretende investigar a forma como se dá a interação entre corpo, tempo e espaço no cinema de Chantal Akerman. A análise aqui realizada se concentra em três filmes realizados pela cineasta nos anos iniciais de sua carreira, ainda na década de 70, sendo eles Eu, Tu, Ele, Ela (Bélgica, 1974), Jeanne Dielman (França, 1975) e Os Encontros de Anna (França, 1978), e se propõe a discutir as possíveis relações estéticas, sobretudo em relação à mise-en-scène, estabelecidas entre as referidas obras e o conceito de realismo conforme proposto pelo crítico francês Andre Bazin.
Ao se utilizar da longa duração dos planos e de um recorte espacial distante e quase sempre estático, que privilegia a atuação de um corpo feminino performático em constante interação com o espaço, Akerman usa a sincronicidade entre o corpo e o espaço-tempo registrada pela máquina – ou seja, pela câmera e pelos microfones – como uma potência estética\expressiva\estilística, numa abordagem que aqui chamaremos de realismo temporal, fazendo eco ao pensamento de Jean-Louis Comolli (2006) sobre aquilo que seria não uma nova forma de inscrição da realidade, mas sim o essencial de uma realidade da inscrição; dessa característica própria do cinema e intrínseca à sua realização, a indexicalidade que constitui, segundo o autor, o "grau zero" do realismo no cinema, sustentamos, Akerman se apropria para construir uma experiência cinematográfica que possibilite uma nova representação da figura feminina em quadro. Aqui, a mulher ou a personagem feminina, antes de ser uma construção simbólica, é uma corpo inscrito na tela. Sua representação se dá através daquilo que esse corpo encarna e de suas interações com o espaço que o cerca, tendo o quadro como o limite. Pensando o cinema enquanto uma tecnologia de gênero (LAURETIS, 1987), o que pode a mulher em quadro de Akerman atualizar no que diz respeito à construção do feminino no cinema? Se Teresa de Lauretis afirma que a construção do gênero se faz por meio de sua desconstrução, aqui arriscaremos afirmar também o inverso desse raciocínio, ou seja, que a desconstrução do gênero também se faz por meio de sua construção – no caso, cinematográfica.
Faremos, por fim, um breve estudo comparado entre as políticas de autoinscrição do corpo e da sexualidade observadas nos objetos fílmicos analisados com o objetivo de compreender as diferenças narrativas e estéticas presentes nos distintos usos dessa estratégia.
*
ABSTRACT Based on the concept of post-nationality developed by Arjun Appadurai, this work focus on the films The Fourth Dimension (2001), Lá (2006) and Agreste (2010), in order to cartograph the relations between space and subjectivity latent in these films and intrinsic to the work and filmmaking process of their respective directors: Trinh T. Minh-ha, Chantal Akerman and Paula Gaitán.
Palavras-chave: afeto; cinema contemporâneo; corpo; estética; política.
Orientadora: Marina Cavalcanti Tedesco
Linha de Pesquisa: Narrativas e Estéticas
http://ppgcine.cinemauff.com.br/egressos/