Cabral, Mariana Petry. 2022. Cuando un pájaro viviente es un vestígio arqueológico: considerando ... more Cabral, Mariana Petry. 2022. Cuando un pájaro viviente es un vestígio arqueológico: considerando la arqueología desde una perspectiva de conocimiento diferente. In: Rojas, Felipe; Byron Hamann & Benjamin Anderson (eds). Otros pasados: ontologias alternativas en el estudio de lo que ha sido, editado por Universidad de Los Andes Press /El Fondo de Promoción de la Cultura. pp: 24-51.
DISPONÍVEL @ https://musa.com.co/index.php
Ao ampliar a pesquisa arqueológica no Amapá, emergiram contextos inéditos, exigindo reflexão sobr... more Ao ampliar a pesquisa arqueológica no Amapá, emergiram contextos inéditos, exigindo reflexão sobre como classificar o material. A discussão que realizo aqui tem início com uma investigação sobre a forma como a fase Koriabo tem sido utilizada em outras áreas do Escudo Guianense. Os usos que têm sido feitos, na maior parte dos casos, do termo Koriabo na arqueologia da região, como busco demonstrar, têm um caráter generalizador. Como decorrência, as semelhanças são ressaltadas e as diferenças negligenciadas, com uma forte tendência à homogeneização. No entanto, escavações recentes na Guiana Francesa e no Amapá apontam para contextos diversos de deposição desta cerâmica característica. A partir daí, volto-me ao contexto no Amapá, salientando o quanto escavações amplas com informações detalhadas oferecem novas bases para refletirmos sobre as classificações, já que enriquecem nosso conhecimento sobre os contextos arqueológicos de deposição. A partir da reflexão que apresento aqui, sugiro ...
Partindo do princípio de que arqueologia é um modo de construir narrativas a partir dos vestígios... more Partindo do princípio de que arqueologia é um modo de construir narrativas a partir dos vestígios materiais que apontam para outros tempos, sigo algumas proposições – na arqueologia e na antropologia – que sugerem, apesar do indiscutível fardo modernista da ciência, que é possível pensar (e, portanto, praticar) modos desta construção de conhecimento que não se atêm ao modelo modernista. A partir da posição de sujeito moderno, formada no seio da epistemologia científica, aventuro-me a refletir sobre estas possibilidades com base em uma experiência em andamento junto a um grupo indígena no norte amazônico. Fugindo dos qualitativos costumeiramente empregados para localizar práticas arqueológicas realizadas com populações atuais, argumento que esta qualificação é mais uma maneira de domesticar outros modos de conhecimentodentro da Arqueologia (com A maiúsculo, já supostamente universal).Palavras-chave: Modos de conhecer, práticas arqueológicas, diálogos
As pesquisas em um sítio de megalitos no Amapá nos colocaram de frente com a construção de vários... more As pesquisas em um sítio de megalitos no Amapá nos colocaram de frente com a construção de vários discursos sobre os vestígios arqueológicos. A partir da perspectiva interpretativa que perpassa o projeto, a profusão de interpretações surgidas com a visibilidade que o sítio ganhou foi entendida como parte importante no processo de construção do próprio discurso científico. Este artigo discute como a abertura a múltiplas interpretações,oriundasde múltiplos autores/atores, contribui para a construção de discursos menos autoritários, logo também para a prática de arqueologias híbridas.
As estruturas megalíticas do norte do Amapá podem ser descritas como grupos de blocos graníticos ... more As estruturas megalíticas do norte do Amapá podem ser descritas como grupos de blocos graníticos dispostos no topo de colinas em diferentes formatos. Desde 2005 um projeto de pesquisa é desenvolvido no Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA) tendo como um dos objetivos levantar dados empíricos para a análise dos fenômenos arqueológicos associados com este tipo de estrutura. Além de novas estruturas megalíticas, diferentes tipos de sítios foram registrados, fornecendo as primeiras indicações sobre a relação dos conjuntos megalíticos e a paisagem no entorno. Escavações em uma estrutura megalítica bem preservada foram feitas, permitindo novas interpretações sobre a natureza e função deste tipo de sítio.
Este texto traz reflexões a partir de experiências, expectativas e projeções das nossas práticas ... more Este texto traz reflexões a partir de experiências, expectativas e projeções das nossas práticas como docentes de arqueologia durante a pandemia da Covid-19, em duas universidades federais (UFMG e UFPA) que oferecem cursos de graduação e pós-graduação com os quais estamos envolvidas. Ao relatar nossas vivências, entremeadas e atravessadas por múltiplas situações e contextos, buscamos compartilhar os caminhos que estamos construindo no Ensino Remoto Emergencial (ERE). Partimos de uma perspectiva em que os afetos, as emoções e as sensibilidades são parte constituinte das nossas práticas, entendendo que ensinar e aprender são atos de resistência; e a sala de aula pode abrir caminho para uma arqueologia ativista, afetiva e transformadora.
Arquivos do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, 2021
No dia 15 de junho de 2020, o Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG sofreu a maior ... more No dia 15 de junho de 2020, o Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG sofreu a maior perda de sua história. Um incêndio atingiu de forma muito grave o conjunto de cinco salas da Reserva Técnica 1. Este texto faz um balanço das primeiras ações e reações da instituição ao incêndio.
Na última década, uma série de escavações arqueológicas sistemáticas foi realizada pela equipe do... more Na última década, uma série de escavações arqueológicas sistemáticas foi realizada pela equipe do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá, produzindo um acervo muito rico e diversificado, que tem sido estudado e discutido por várias pessoas da equipe. Neste artigo, vou tomar como foco uma estrutura funerária que contém um conjunto de cerâmicas indígenas, algumas antropomorfas, oriundas de contextos arqueológicos cuidadosamente registrados, buscando explorar suas capacidades agentivas, e articulando suas propriedades materiais, aspectos estéticos e os próprios contextos de deposição. Partindo de uma perspectiva alimentada pela etnologia indígena da Amazônia, que tem salientado a potência da materialidade na relação com diversas gentes, procuro tecer narrativas que evidenciam o lugar do cuidado estético na produção destas peças para atrair olhares e produzir relações com quem as encontra. Para além da beleza, no entanto, minha proposta é explorar de que modos estas vasilhas e os demais materiais com os quais se conectam podem nos apontar uma série de relações que as pessoas que as produziram e utilizaram estavam criando e como as estavam usando entre outras pessoas, lugares e seres.
Vestígios - Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica, 2018
Este texto está redigido nas veredas da coloquialidade. Aqui pensamos e escrevemos sobre possibil... more Este texto está redigido nas veredas da coloquialidade. Aqui pensamos e escrevemos sobre possibilidades e expectativas que instiguem por convergências e apontem divergências entre Arqueologia e Ontologia, e Tempo, e Teorias, e Cosmologias Ameríndias, e Ideologias e outros tantos caminhos epistêmicos.
Vestígios - Revista Latino Americana de Arqueologia Histórica, 2018
Este texto está redigido nas veredas da coloquialidade. Aqui pensamos e escrevemos sobre possibil... more Este texto está redigido nas veredas da coloquialidade. Aqui pensamos e escrevemos sobre possibilidades e expectativas que instiguem por convergências e apontem divergências entre Arqueologia e Ontologia, e Tempo, e Teorias, e Cosmologias Ameríndias, e Ideologias e outros tantos caminhos epistêmicos.
The history of archaeological research in the Amazon goes back to 19th century, however it was ma... more The history of archaeological research in the Amazon goes back to 19th century, however it was mainly in the last decade that researchers have given attention to local people´s interests, perceptions and knowledge of archaeological remains. Such recent topic of research has shown in the Amazon a series of different modes of knowledge about materialities of the past, questioning long-standing notions of archaeological scientifc practices. Embracing recent production of ethnographic archaeologies in the Amazon, which allows us to know other modes of knowledge, I shall enlighten the differences between scientifc and local knowledge, aiming at highlighting the richness of diverse ways of expression for the materialities of the past which are available among living people of the Amazon.
O mote da minha reflexão neste artigo é a prática de uma pesquisa de arqueologia com um grupo ind... more O mote da minha reflexão neste artigo é a prática de uma pesquisa de arqueologia com um grupo indígena do tronco tupi, os Wajãpi do Amapá. Logo nos primeiros contatos com os Wajãpi, percebi que eles conheciam muitos sítios arqueológicos. Mas também percebi, e este é o elemento mais importante, que além dos sítios arqueológicos havia muito para conhecer sobre o que os Wajãpi pensam a respeito dos sítios. Sem falar no quanto os Wajãpi conhecem sobre outras coisas que nós arqueólogos não consideramos sítios, mas que podem funcionar como sítios nos seus próprios termos. Este artigo é um exercício para pensar a possibilidade de outras arqueologias existirem.
Vestígios - Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica, 2018
Este volume da Vestígios – Revista Latino Americana de Arqueologia Histórica – foi elaborado a pa... more Este volume da Vestígios – Revista Latino Americana de Arqueologia Histórica – foi elaborado a partir de um convite dos atuais editores – Andres Zarankin e Melisa Salerno – no intuito de contribuir para uma aproximação que pode ser rica e proveitosa entre a arqueologia histórica e perspectivas marcadamente etnográficas que têm ganhado fôlego nos últimos anos dentro da arqueologia. A gentileza desse convite me deixou ao mesmo tempo animada e apreensiva.
Koriabo: from Caribbean Sea to the Amazon River, 2020
Book Chapter: Koriabo: from Caribbean Sea to the Amazon River, edited by Cristiana Barreto; Helen... more Book Chapter: Koriabo: from Caribbean Sea to the Amazon River, edited by Cristiana Barreto; Helena Lima; Stéphen Rostain & Corinne Hofman. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi. 2020.
For the last six years I engaged in a series of activities with the Wajãpi, a Tupian people livin... more For the last six years I engaged in a series of activities with the Wajãpi, a Tupian people living in the extreme North of Brazil, in the Amazon forest. As soon as we started field work, many archaeological sites were registered. It didn´t take me long, though, to realize that there was much more to know about material remains of the past, as seen from a Wajãpi point of view. Following the Wajãpi mode of knowledge regarding the past and its traces, I aimed to unveil processes of engagement and meaning with material past, which are analogous to archaeology. I argue that we should experiment more with the idea that “we are all archaeologist”, both as means of critique towards disciplinary knowledge production, and as means to perceive other modes of knowledge.
Cabral, Mariana Petry. 2022. Cuando un pájaro viviente es un vestígio arqueológico: considerando ... more Cabral, Mariana Petry. 2022. Cuando un pájaro viviente es un vestígio arqueológico: considerando la arqueología desde una perspectiva de conocimiento diferente. In: Rojas, Felipe; Byron Hamann & Benjamin Anderson (eds). Otros pasados: ontologias alternativas en el estudio de lo que ha sido, editado por Universidad de Los Andes Press /El Fondo de Promoción de la Cultura. pp: 24-51.
DISPONÍVEL @ https://musa.com.co/index.php
Ao ampliar a pesquisa arqueológica no Amapá, emergiram contextos inéditos, exigindo reflexão sobr... more Ao ampliar a pesquisa arqueológica no Amapá, emergiram contextos inéditos, exigindo reflexão sobre como classificar o material. A discussão que realizo aqui tem início com uma investigação sobre a forma como a fase Koriabo tem sido utilizada em outras áreas do Escudo Guianense. Os usos que têm sido feitos, na maior parte dos casos, do termo Koriabo na arqueologia da região, como busco demonstrar, têm um caráter generalizador. Como decorrência, as semelhanças são ressaltadas e as diferenças negligenciadas, com uma forte tendência à homogeneização. No entanto, escavações recentes na Guiana Francesa e no Amapá apontam para contextos diversos de deposição desta cerâmica característica. A partir daí, volto-me ao contexto no Amapá, salientando o quanto escavações amplas com informações detalhadas oferecem novas bases para refletirmos sobre as classificações, já que enriquecem nosso conhecimento sobre os contextos arqueológicos de deposição. A partir da reflexão que apresento aqui, sugiro ...
Partindo do princípio de que arqueologia é um modo de construir narrativas a partir dos vestígios... more Partindo do princípio de que arqueologia é um modo de construir narrativas a partir dos vestígios materiais que apontam para outros tempos, sigo algumas proposições – na arqueologia e na antropologia – que sugerem, apesar do indiscutível fardo modernista da ciência, que é possível pensar (e, portanto, praticar) modos desta construção de conhecimento que não se atêm ao modelo modernista. A partir da posição de sujeito moderno, formada no seio da epistemologia científica, aventuro-me a refletir sobre estas possibilidades com base em uma experiência em andamento junto a um grupo indígena no norte amazônico. Fugindo dos qualitativos costumeiramente empregados para localizar práticas arqueológicas realizadas com populações atuais, argumento que esta qualificação é mais uma maneira de domesticar outros modos de conhecimentodentro da Arqueologia (com A maiúsculo, já supostamente universal).Palavras-chave: Modos de conhecer, práticas arqueológicas, diálogos
As pesquisas em um sítio de megalitos no Amapá nos colocaram de frente com a construção de vários... more As pesquisas em um sítio de megalitos no Amapá nos colocaram de frente com a construção de vários discursos sobre os vestígios arqueológicos. A partir da perspectiva interpretativa que perpassa o projeto, a profusão de interpretações surgidas com a visibilidade que o sítio ganhou foi entendida como parte importante no processo de construção do próprio discurso científico. Este artigo discute como a abertura a múltiplas interpretações,oriundasde múltiplos autores/atores, contribui para a construção de discursos menos autoritários, logo também para a prática de arqueologias híbridas.
As estruturas megalíticas do norte do Amapá podem ser descritas como grupos de blocos graníticos ... more As estruturas megalíticas do norte do Amapá podem ser descritas como grupos de blocos graníticos dispostos no topo de colinas em diferentes formatos. Desde 2005 um projeto de pesquisa é desenvolvido no Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA) tendo como um dos objetivos levantar dados empíricos para a análise dos fenômenos arqueológicos associados com este tipo de estrutura. Além de novas estruturas megalíticas, diferentes tipos de sítios foram registrados, fornecendo as primeiras indicações sobre a relação dos conjuntos megalíticos e a paisagem no entorno. Escavações em uma estrutura megalítica bem preservada foram feitas, permitindo novas interpretações sobre a natureza e função deste tipo de sítio.
Este texto traz reflexões a partir de experiências, expectativas e projeções das nossas práticas ... more Este texto traz reflexões a partir de experiências, expectativas e projeções das nossas práticas como docentes de arqueologia durante a pandemia da Covid-19, em duas universidades federais (UFMG e UFPA) que oferecem cursos de graduação e pós-graduação com os quais estamos envolvidas. Ao relatar nossas vivências, entremeadas e atravessadas por múltiplas situações e contextos, buscamos compartilhar os caminhos que estamos construindo no Ensino Remoto Emergencial (ERE). Partimos de uma perspectiva em que os afetos, as emoções e as sensibilidades são parte constituinte das nossas práticas, entendendo que ensinar e aprender são atos de resistência; e a sala de aula pode abrir caminho para uma arqueologia ativista, afetiva e transformadora.
Arquivos do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, 2021
No dia 15 de junho de 2020, o Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG sofreu a maior ... more No dia 15 de junho de 2020, o Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG sofreu a maior perda de sua história. Um incêndio atingiu de forma muito grave o conjunto de cinco salas da Reserva Técnica 1. Este texto faz um balanço das primeiras ações e reações da instituição ao incêndio.
Na última década, uma série de escavações arqueológicas sistemáticas foi realizada pela equipe do... more Na última década, uma série de escavações arqueológicas sistemáticas foi realizada pela equipe do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá, produzindo um acervo muito rico e diversificado, que tem sido estudado e discutido por várias pessoas da equipe. Neste artigo, vou tomar como foco uma estrutura funerária que contém um conjunto de cerâmicas indígenas, algumas antropomorfas, oriundas de contextos arqueológicos cuidadosamente registrados, buscando explorar suas capacidades agentivas, e articulando suas propriedades materiais, aspectos estéticos e os próprios contextos de deposição. Partindo de uma perspectiva alimentada pela etnologia indígena da Amazônia, que tem salientado a potência da materialidade na relação com diversas gentes, procuro tecer narrativas que evidenciam o lugar do cuidado estético na produção destas peças para atrair olhares e produzir relações com quem as encontra. Para além da beleza, no entanto, minha proposta é explorar de que modos estas vasilhas e os demais materiais com os quais se conectam podem nos apontar uma série de relações que as pessoas que as produziram e utilizaram estavam criando e como as estavam usando entre outras pessoas, lugares e seres.
Vestígios - Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica, 2018
Este texto está redigido nas veredas da coloquialidade. Aqui pensamos e escrevemos sobre possibil... more Este texto está redigido nas veredas da coloquialidade. Aqui pensamos e escrevemos sobre possibilidades e expectativas que instiguem por convergências e apontem divergências entre Arqueologia e Ontologia, e Tempo, e Teorias, e Cosmologias Ameríndias, e Ideologias e outros tantos caminhos epistêmicos.
Vestígios - Revista Latino Americana de Arqueologia Histórica, 2018
Este texto está redigido nas veredas da coloquialidade. Aqui pensamos e escrevemos sobre possibil... more Este texto está redigido nas veredas da coloquialidade. Aqui pensamos e escrevemos sobre possibilidades e expectativas que instiguem por convergências e apontem divergências entre Arqueologia e Ontologia, e Tempo, e Teorias, e Cosmologias Ameríndias, e Ideologias e outros tantos caminhos epistêmicos.
The history of archaeological research in the Amazon goes back to 19th century, however it was ma... more The history of archaeological research in the Amazon goes back to 19th century, however it was mainly in the last decade that researchers have given attention to local people´s interests, perceptions and knowledge of archaeological remains. Such recent topic of research has shown in the Amazon a series of different modes of knowledge about materialities of the past, questioning long-standing notions of archaeological scientifc practices. Embracing recent production of ethnographic archaeologies in the Amazon, which allows us to know other modes of knowledge, I shall enlighten the differences between scientifc and local knowledge, aiming at highlighting the richness of diverse ways of expression for the materialities of the past which are available among living people of the Amazon.
O mote da minha reflexão neste artigo é a prática de uma pesquisa de arqueologia com um grupo ind... more O mote da minha reflexão neste artigo é a prática de uma pesquisa de arqueologia com um grupo indígena do tronco tupi, os Wajãpi do Amapá. Logo nos primeiros contatos com os Wajãpi, percebi que eles conheciam muitos sítios arqueológicos. Mas também percebi, e este é o elemento mais importante, que além dos sítios arqueológicos havia muito para conhecer sobre o que os Wajãpi pensam a respeito dos sítios. Sem falar no quanto os Wajãpi conhecem sobre outras coisas que nós arqueólogos não consideramos sítios, mas que podem funcionar como sítios nos seus próprios termos. Este artigo é um exercício para pensar a possibilidade de outras arqueologias existirem.
Vestígios - Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica, 2018
Este volume da Vestígios – Revista Latino Americana de Arqueologia Histórica – foi elaborado a pa... more Este volume da Vestígios – Revista Latino Americana de Arqueologia Histórica – foi elaborado a partir de um convite dos atuais editores – Andres Zarankin e Melisa Salerno – no intuito de contribuir para uma aproximação que pode ser rica e proveitosa entre a arqueologia histórica e perspectivas marcadamente etnográficas que têm ganhado fôlego nos últimos anos dentro da arqueologia. A gentileza desse convite me deixou ao mesmo tempo animada e apreensiva.
Koriabo: from Caribbean Sea to the Amazon River, 2020
Book Chapter: Koriabo: from Caribbean Sea to the Amazon River, edited by Cristiana Barreto; Helen... more Book Chapter: Koriabo: from Caribbean Sea to the Amazon River, edited by Cristiana Barreto; Helena Lima; Stéphen Rostain & Corinne Hofman. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi. 2020.
For the last six years I engaged in a series of activities with the Wajãpi, a Tupian people livin... more For the last six years I engaged in a series of activities with the Wajãpi, a Tupian people living in the extreme North of Brazil, in the Amazon forest. As soon as we started field work, many archaeological sites were registered. It didn´t take me long, though, to realize that there was much more to know about material remains of the past, as seen from a Wajãpi point of view. Following the Wajãpi mode of knowledge regarding the past and its traces, I aimed to unveil processes of engagement and meaning with material past, which are analogous to archaeology. I argue that we should experiment more with the idea that “we are all archaeologist”, both as means of critique towards disciplinary knowledge production, and as means to perceive other modes of knowledge.
Nos primeiros contatos que eu tive com os Wajãpi, um povo tupi que vive na região entre os rios J... more Nos primeiros contatos que eu tive com os Wajãpi, um povo tupi que vive na região entre os rios Jari e Oiapoque (Amapá e Guiana Francesa), durante oficinas de formação de pesquisadores indígenas, eu percebi que na Terra Indígena Wajãpi – como em outras áreas do Amapá e da Amazônia em geral – havia muitos sítios arqueológicos. Mas eu também percebi que além dos sítios arqueológicos havia muito para se conhecer sobre o que os Wajãpi pensam a respeito dos sítios. Sem falar no tanto que os Wajãpi conhecem sobre outras coisas que nós arqueólogos não consideramos sítios, mas que podem funcionar como sítios nos seus próprios termos. Nesta pesquisa, eu busquei conhecer a maneira como os Wajãpi constroem explicações sobre o passado utilizando vestígios de outros tempos, os traços materiais que seguem disponíveis hoje na sua terra. A partir da ideia de que todos são arqueólogos (a transposição para a arqueologia de uma sugestão do antropólogo Roy Wagner), entendo a arqueologia como um modo de conhecer que pode ser praticado em diferentes grupos. Meu exercício, ao acompanhar e participar do encontro dos Wajãpi com a arqueologia, foi investigar que arqueologia era esta praticada por eles. Os resultados apontam para uma arqueologia fortemente embasada nas percepções sensoriais, em um entrelaçamento entre coisas e pessoas que – diferentemente do conhecimento científico – tem na subjetivação o seu valor intrínseco.
Las Siete Maravillas de la Amazonía precolombina, 2017
El año 2017 un grupo de reconocid@s arqueólog@s escribieron para el IV Encuentro Internacional de... more El año 2017 un grupo de reconocid@s arqueólog@s escribieron para el IV Encuentro Internacional de Arqueología Amazónica, un libro sobre “Las siete maravillas de la Amazonia Precolombina”, con la intención de mostrar los resultados de las investigaciones arqueológicas de las últimas décadas y además hacer un llamado a las autoridades locales, nacionales e internacionales sobre la necesidad de conocer este legado y aplicar medidas para el cuidado del patrimonio cultural de este enorme territorio, en el cual la naturaleza y la cultura intervienen de una manera vinculante. Este libro presenta siete “high lights” de la Amazonia precolombina que deben ser de conocimiento general: 1) Los concheros de la Amazonia, sitios con una profunda historia cultural de por lo menos 6.000 años de antigüedad en el cual fueron encontradas las primeras evidencias de consumo de plantas domésticas y el uso de vasijas cerámicas, 2) Montículos habitaciones con variabilidades regionales, que en algunos casos llegan a ser importantes construcciones arquitectónicas, 3) Geoglifos y Zanjas, que se encuentran demarcando aldeas y espacios rituales al suroeste de la Amazonía, 4) “Terras pretas” o tierras negras, un legado de las actividades de las poblaciones indígenas precolombinas que aumenta el rendimiento de los suelos, 5) Camellones y una diversidad de sistemas agrícolas destinados a mejorar las condiciones del suelo y contrarrestar los efectos de prolongadas sequías y/o inundaciones, 6) monumentos megalíticos, construcciones excepcionales en la Amazonia, que nos develan nociones de ritualidad y territorialidad de los pueblos prehispánicos y 7) el arte rupestre amazónico, no solo como una fuente de inspiración artística sino y sobretodo como una materialidad más que el arqueólogo complementa con otras evidencias para tratar de interpretar su rol y significado en el pasado.
Uploads
Papers by Mariana Cabral
DISPONÍVEL @ https://musa.com.co/index.php
of the past, questioning long-standing notions of archaeological scientifc practices. Embracing recent production of ethnographic archaeologies in the Amazon, which allows us to know other modes of
knowledge, I shall enlighten the differences between scientifc and local knowledge, aiming at highlighting the richness of diverse ways of expression for the materialities of the past which are available among
living people of the Amazon.
DISPONÍVEL @ https://musa.com.co/index.php
of the past, questioning long-standing notions of archaeological scientifc practices. Embracing recent production of ethnographic archaeologies in the Amazon, which allows us to know other modes of
knowledge, I shall enlighten the differences between scientifc and local knowledge, aiming at highlighting the richness of diverse ways of expression for the materialities of the past which are available among
living people of the Amazon.
Palavras-chave: arqueologia indígena – modos de conhecer – diálogos interculturais - Wajãpi
Este libro presenta siete “high lights” de la Amazonia precolombina que deben ser de conocimiento general: 1) Los concheros de la Amazonia, sitios con una profunda historia cultural de por lo menos 6.000 años de antigüedad en el cual fueron encontradas las primeras evidencias de consumo de plantas domésticas y el uso de vasijas cerámicas, 2) Montículos habitaciones con variabilidades regionales, que en algunos casos llegan a ser importantes construcciones arquitectónicas, 3) Geoglifos y Zanjas, que se encuentran demarcando aldeas y espacios rituales al suroeste de la Amazonía, 4) “Terras pretas” o tierras negras, un legado de las actividades de las poblaciones indígenas precolombinas que aumenta el rendimiento de los suelos, 5) Camellones y una diversidad de sistemas agrícolas destinados a mejorar las condiciones del suelo y contrarrestar los efectos de prolongadas sequías y/o inundaciones, 6) monumentos megalíticos, construcciones excepcionales en la Amazonia, que nos develan nociones de ritualidad y territorialidad de los pueblos prehispánicos y 7) el arte rupestre amazónico, no solo como una fuente de inspiración artística sino y sobretodo como una materialidad más que el arqueólogo complementa con otras evidencias para tratar de interpretar su rol y significado en el pasado.