Resenha do livro: MAGALHÃES. Justino. O mural do tempo: manuais escolares em Portugal. Lisboa: Co... more Resenha do livro: MAGALHÃES. Justino. O mural do tempo: manuais escolares em Portugal. Lisboa: Colibri/Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, 2011.
Hist. Educ. [Online] Porto Alegre v. 19 n. 46 Maio/ago., 2015 p. 261-266.
Revista Brasileira de História da Educação, Maringá-PR, v. 14, n. 3 (36), p. 111-137, set./dez.... more Revista Brasileira de História da Educação, Maringá-PR, v. 14, n. 3 (36), p. 111-137, set./dez. 2014.
O artigo analisa as políticas educacionais destinadas à ‘formação de professores’ no Pará, durante a Primeira República, por meio da concepção político-educacional que orientou a reforma da Escola Normal no Primeiro Governo de Lauro Sodré (1891-1897); e a partir do modelo de ‘bom professor’ presente na revista pedagógica A Escola (19001904).
Nesse contexto, a ‘formação de professores’ fora uma instância estratégica com vistas a legitimar o novo regime a partir da organização de um arranjo institucional: a reforma da Escola Normal e as prescrições pedagógicas da revista A Escola. Assim, o mestre-escola era o ‘sacerdote’ da causa republicana com a ‘missão’ de garantir a legitimidade das instituições e a formação cívica e política dos futuros cidadãos.
Palavras-chave: Primeira República; Reformas Educacionais; Formação de Professores.
Dissertação de Mestrado - Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Pará (20... more Dissertação de Mestrado - Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Pará (2011).
Monografia de Conclusão de Curso - Licenciatura e Bacharelado em História, Universidade Federal d... more Monografia de Conclusão de Curso - Licenciatura e Bacharelado em História, Universidade Federal do Pará (2009)
Este trabalho tem por temática a educação na Primeira República no Pará (1890-1930) e por objeto o reflexo das discussões intelectuais no conteúdo dos manuais ou livros escolares acerca da adequação da realidade étnico-racial brasileira, notadamente miscigenada, ao projeto civilizatório europeu, o qual, em sua origem, não considerava como positiva esta realidade – o chamado dilema brasileiro. Assim, analisamos as representações de raça, nação e civilização correntes nestes materiais para compreender de que forma estas discussões alcançaram o âmbito educacional e, por meio dele, a sociedade. Trabalhamos, então, com as formulações teóricas Roger Chartier, sobre Representação, e de Pierre Bourdieu a partir da noção conceitual de Dominação Simbólica. Observou-se, de um modo geral, que estes manuais pretendiam a formação de cidadãos voltados para a ordem e para o progresso – o que se materializou no amor incondicional à pátria e nos ensinamentos cristãos, por meio dos quais seria possível a construção de uma nação rumo à civilização, na qual o problema racial foi silenciado.
Palavras-chave: Primeira República no Pará; manuais ou livros escolares; dilema brasileiro.
Resenha do livro: MAGALHÃES. Justino. O mural do tempo: manuais escolares em Portugal. Lisboa: Co... more Resenha do livro: MAGALHÃES. Justino. O mural do tempo: manuais escolares em Portugal. Lisboa: Colibri/Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, 2011.
Hist. Educ. [Online] Porto Alegre v. 19 n. 46 Maio/ago., 2015 p. 261-266.
Revista Brasileira de História da Educação, Maringá-PR, v. 14, n. 3 (36), p. 111-137, set./dez.... more Revista Brasileira de História da Educação, Maringá-PR, v. 14, n. 3 (36), p. 111-137, set./dez. 2014.
O artigo analisa as políticas educacionais destinadas à ‘formação de professores’ no Pará, durante a Primeira República, por meio da concepção político-educacional que orientou a reforma da Escola Normal no Primeiro Governo de Lauro Sodré (1891-1897); e a partir do modelo de ‘bom professor’ presente na revista pedagógica A Escola (19001904).
Nesse contexto, a ‘formação de professores’ fora uma instância estratégica com vistas a legitimar o novo regime a partir da organização de um arranjo institucional: a reforma da Escola Normal e as prescrições pedagógicas da revista A Escola. Assim, o mestre-escola era o ‘sacerdote’ da causa republicana com a ‘missão’ de garantir a legitimidade das instituições e a formação cívica e política dos futuros cidadãos.
Palavras-chave: Primeira República; Reformas Educacionais; Formação de Professores.
Dissertação de Mestrado - Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Pará (20... more Dissertação de Mestrado - Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Pará (2011).
Monografia de Conclusão de Curso - Licenciatura e Bacharelado em História, Universidade Federal d... more Monografia de Conclusão de Curso - Licenciatura e Bacharelado em História, Universidade Federal do Pará (2009)
Este trabalho tem por temática a educação na Primeira República no Pará (1890-1930) e por objeto o reflexo das discussões intelectuais no conteúdo dos manuais ou livros escolares acerca da adequação da realidade étnico-racial brasileira, notadamente miscigenada, ao projeto civilizatório europeu, o qual, em sua origem, não considerava como positiva esta realidade – o chamado dilema brasileiro. Assim, analisamos as representações de raça, nação e civilização correntes nestes materiais para compreender de que forma estas discussões alcançaram o âmbito educacional e, por meio dele, a sociedade. Trabalhamos, então, com as formulações teóricas Roger Chartier, sobre Representação, e de Pierre Bourdieu a partir da noção conceitual de Dominação Simbólica. Observou-se, de um modo geral, que estes manuais pretendiam a formação de cidadãos voltados para a ordem e para o progresso – o que se materializou no amor incondicional à pátria e nos ensinamentos cristãos, por meio dos quais seria possível a construção de uma nação rumo à civilização, na qual o problema racial foi silenciado.
Palavras-chave: Primeira República no Pará; manuais ou livros escolares; dilema brasileiro.
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Hist. Educ. [Online] Porto Alegre v. 19 n. 46 Maio/ago., 2015 p. 261-266.
O artigo analisa as políticas educacionais destinadas à ‘formação de professores’ no Pará, durante a Primeira República, por meio da concepção político-educacional que
orientou a reforma da Escola Normal no Primeiro Governo de
Lauro Sodré (1891-1897); e a partir do modelo de ‘bom
professor’ presente na revista pedagógica A Escola (19001904).
Nesse contexto, a ‘formação de professores’ fora uma
instância estratégica com vistas a legitimar o novo regime a
partir da organização de um arranjo institucional: a reforma da
Escola Normal e as prescrições pedagógicas da revista A
Escola. Assim, o mestre-escola era o ‘sacerdote’ da causa
republicana com a ‘missão’ de garantir a legitimidade das
instituições e a formação cívica e política dos futuros cidadãos.
Palavras-chave: Primeira República; Reformas Educacionais; Formação de Professores.
Este trabalho tem por temática a educação na Primeira República no Pará (1890-1930) e por
objeto o reflexo das discussões intelectuais no conteúdo dos manuais ou livros escolares
acerca da adequação da realidade étnico-racial brasileira, notadamente miscigenada, ao
projeto civilizatório europeu, o qual, em sua origem, não considerava como positiva esta
realidade – o chamado dilema brasileiro. Assim, analisamos as representações de raça, nação
e civilização correntes nestes materiais para compreender de que forma estas discussões
alcançaram o âmbito educacional e, por meio dele, a sociedade. Trabalhamos, então, com as
formulações teóricas Roger Chartier, sobre Representação, e de Pierre Bourdieu a partir da
noção conceitual de Dominação Simbólica. Observou-se, de um modo geral, que estes
manuais pretendiam a formação de cidadãos voltados para a ordem e para o progresso – o que
se materializou no amor incondicional à pátria e nos ensinamentos cristãos, por meio dos
quais seria possível a construção de uma nação rumo à civilização, na qual o problema racial
foi silenciado.
Palavras-chave: Primeira República no Pará; manuais ou livros escolares; dilema brasileiro.
Hist. Educ. [Online] Porto Alegre v. 19 n. 46 Maio/ago., 2015 p. 261-266.
O artigo analisa as políticas educacionais destinadas à ‘formação de professores’ no Pará, durante a Primeira República, por meio da concepção político-educacional que
orientou a reforma da Escola Normal no Primeiro Governo de
Lauro Sodré (1891-1897); e a partir do modelo de ‘bom
professor’ presente na revista pedagógica A Escola (19001904).
Nesse contexto, a ‘formação de professores’ fora uma
instância estratégica com vistas a legitimar o novo regime a
partir da organização de um arranjo institucional: a reforma da
Escola Normal e as prescrições pedagógicas da revista A
Escola. Assim, o mestre-escola era o ‘sacerdote’ da causa
republicana com a ‘missão’ de garantir a legitimidade das
instituições e a formação cívica e política dos futuros cidadãos.
Palavras-chave: Primeira República; Reformas Educacionais; Formação de Professores.
Este trabalho tem por temática a educação na Primeira República no Pará (1890-1930) e por
objeto o reflexo das discussões intelectuais no conteúdo dos manuais ou livros escolares
acerca da adequação da realidade étnico-racial brasileira, notadamente miscigenada, ao
projeto civilizatório europeu, o qual, em sua origem, não considerava como positiva esta
realidade – o chamado dilema brasileiro. Assim, analisamos as representações de raça, nação
e civilização correntes nestes materiais para compreender de que forma estas discussões
alcançaram o âmbito educacional e, por meio dele, a sociedade. Trabalhamos, então, com as
formulações teóricas Roger Chartier, sobre Representação, e de Pierre Bourdieu a partir da
noção conceitual de Dominação Simbólica. Observou-se, de um modo geral, que estes
manuais pretendiam a formação de cidadãos voltados para a ordem e para o progresso – o que
se materializou no amor incondicional à pátria e nos ensinamentos cristãos, por meio dos
quais seria possível a construção de uma nação rumo à civilização, na qual o problema racial
foi silenciado.
Palavras-chave: Primeira República no Pará; manuais ou livros escolares; dilema brasileiro.