Conference Presentations by Samir Gid R . M . Moreira
Intercom -Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, 2023
A partir da interculturalidade e das impurezas enquanto paradigmas do cinema indígena brasileiro,... more A partir da interculturalidade e das impurezas enquanto paradigmas do cinema indígena brasileiro, este texto busca propor uma outra genealogia às produções do Projeto Vídeo nas Aldeias. Teriam a fabulação, a apropriação, a invenção da cultura, a evocação do invisível e a superação de dicotomias, fins tão tradicionais quanto se imagina? Para responder esta pergunta, expõe e tensiona-se a linha que liga a Pintura Metafísica italiana, o Surrealismo francês, o cinema-verdade e o cine-transe de Jean Rouch, a Antropofagia, Cinema de Invenção e os filmes indígenas; compreende-se, por fim, a suprarrealidade do esquema Cosmos-Viventes, que une os extracampos mítico e geopolítico, o primeiro nas manifestações de entidades e deidades e o segundo na forma de um “nada” filmado no cotidiano das comunidades.
Anais do II Encontro Cinemagem: Cinema, Vídeo, Brasil, 2022
A invenção poética concretista que ganhou a arte brasileira através da tropicália, teve vez no ci... more A invenção poética concretista que ganhou a arte brasileira através da tropicália, teve vez no cinema marginal com autores como Ivan Cardoso (1952) e Jairo Ferreira (1945-2003). Seus debates efusivos sobre linguagem lançam mão de uma revisão da antropofagia de Oswald de Andrade e questionam a sobrevivência da mesma em um Brasil com mitos nacionais modernos em falência e a invasão da indústria cultural. É assim que os filmes Nosferato no Brasil (1971), de Ivan, e O vampiro da cinemateca (1977), de Jairo, colocam de forma irreverente um novo antropófago em cena, o vampiro. Seria esta criatura o retrato colonizado de nossas utopias libertárias? Como esse deboche pode ser decolonial?
10º Seminário NAcional Cinema em Perspectiva, 2022
Desde que começou a formar realizadores indígenas, o Projeto Vídeo nas Aldeias (VNA) prezou pela ... more Desde que começou a formar realizadores indígenas, o Projeto Vídeo nas Aldeias (VNA) prezou pela autoimagem dos povos. Seus filmes e vídeos autoetnográficos adotaram mais do que o gênero documental, lançaram mão do estilo de Jean Rouch: o cine-verité, por meio do qual destaca-se a subjetividade dos indivíduos, o convívio complexo das comunidades e,
principalmente, para Mari Corrêa (2004) o “nada”, um vazio narrativo feito de relações sociais espontâneas. Passando por diferentes realizadores e noções estilísticas que estes compartilham com a antropologia
compartilhada, busca-se refletir acerca dos caminhos abertos por lgumas obras do VNA. Esteticamente, o que poderia significar um “nada” que formou dezenas de realizadores indígenas devendo a Jean Rouch e ao surrealismo que o inspirou? Talvez, tudo o que estas culturas e filmes podem oferecer ou revolucionar no cinema, parte do “nada”.
Books by Samir Gid R . M . Moreira
Diálogos Científicos: Literatura Linguística, Educação e Interartes, 2023
O capítulo busca criticar e reavaliar a Antropofagia enquanto conceito no cinema brasileiro ao: 1... more O capítulo busca criticar e reavaliar a Antropofagia enquanto conceito no cinema brasileiro ao: 1. revisar os escritos primordiais de Oswald de Andrade sobre Antropofagia; 2. analisar o uso de suas principais noções por Robert Stam (2008) e Guiomar Ramos (2008); 3. sugerir um novo corpus de filmes brasileiros capazes de compor medula e osso na geleia geral do nosso cinema — unindo forma e conteúdo, natureza e técnica, apolíneo e dionisíaco —, transformando tabu em totem.
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Conference Presentations by Samir Gid R . M . Moreira
principalmente, para Mari Corrêa (2004) o “nada”, um vazio narrativo feito de relações sociais espontâneas. Passando por diferentes realizadores e noções estilísticas que estes compartilham com a antropologia
compartilhada, busca-se refletir acerca dos caminhos abertos por lgumas obras do VNA. Esteticamente, o que poderia significar um “nada” que formou dezenas de realizadores indígenas devendo a Jean Rouch e ao surrealismo que o inspirou? Talvez, tudo o que estas culturas e filmes podem oferecer ou revolucionar no cinema, parte do “nada”.
Books by Samir Gid R . M . Moreira
principalmente, para Mari Corrêa (2004) o “nada”, um vazio narrativo feito de relações sociais espontâneas. Passando por diferentes realizadores e noções estilísticas que estes compartilham com a antropologia
compartilhada, busca-se refletir acerca dos caminhos abertos por lgumas obras do VNA. Esteticamente, o que poderia significar um “nada” que formou dezenas de realizadores indígenas devendo a Jean Rouch e ao surrealismo que o inspirou? Talvez, tudo o que estas culturas e filmes podem oferecer ou revolucionar no cinema, parte do “nada”.