Papers by Caio César de Azevedo Barros
International Journal of Cultural Policy, 2020
Esta dissertação baseia-se numa etnografia realizada durante um período de aproximadamente sete m... more Esta dissertação baseia-se numa etnografia realizada durante um período de aproximadamente sete meses (entre abril de 2019 e novembro de 2019), na ‘Sagrada Terça Feira Rap’, que acontece no Espaço Cultural Viaduto de Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ao acompanhar um grupo de jovens batalhadores de rap - majoritariamente homens negros -, pude presenciar suas dinâmicas de disputa nas batalhas de freestyle do tipo ‘sangue’– em relação às rimas e à performance pública –, a relação ressignificada e de transformação espacial e os significados que o rap e o hip hop assumem nesse movimento de ocupação de uma fresta urbana através de uma roda cultural.
O presente trabalho tem por objetivo introduzir a(o) leitor(a) à proposta cosmopolítica do rapper... more O presente trabalho tem por objetivo introduzir a(o) leitor(a) à proposta cosmopolítica do rapper Kendrick Lamar contida em seu último álbum de estúdio, intitulado DAMN. (2017). No centro do debate está uma disputa ontológica feita pela emissora FOX News (EUA) e o próprio artista; o locus do embate está centrado na canção DNA, presente no álbum referido (mas não somente nela, como demonstrarei igualmente no artigo). Partindo da ideia de saber localizado de Haraway, pretendo fazer conexões ente o seu celebrado artigo e o artista em questão.
Abstract: The present work aims to introduce the reader to the cosmopolitical proposal of the rapper Kendrick Lamar contained in his last studio album, titled DAMN. (2017). At the center of the debate is an ontological dispute made by FOX News (USA) and the artist himself; the locus of the clash is centered on the song DNA, present on the album referred to (but not only in it, as I will also show in the article). Starting from the idea of localized Haraway, I intend to make connections between his celebrated article and the artist in question.
Journals/Magazines by Caio César de Azevedo Barros
International Journal of Cultural Policy, 2020
The article focuses on temporary and improvised cultural spaces in marginalized
neighbourhoods of... more The article focuses on temporary and improvised cultural spaces in marginalized
neighbourhoods of Rio de Janeiro, Brazil. They are presented
here as alternatives to current urban and cultural policies, often based on
international ‘best practices’ models with exclusionary and segregating
consequences. It begins with a brief overview into North American and
Western European cultural planning policies. It then analyses the instability
of cultural policies in Brazil, highlighting that, after a period of State
recognition of bottom-up actions, administrators have turned to
a contradictory planning scheme that mixes outdated and recent international
trends, leading lower-income inhabitants to self-build their own
cultural spaces. Unlike many products of today’s global strand of ‘tactic
urbanism’, Rio’s temporary spaces are politically charged territories of
resistance. An example is ‘Cine Taquara’ – an improvised cinema and
debate forum that illustrates how, in an unequal city, such initiatives can
do more towards social inclusion than ready-made models.
Arquitextos, Jun 2020
O Rio de Janeiro é uma cidade marcada pelas desigualdades. Em áreas mais desprivilegiadas, como a... more O Rio de Janeiro é uma cidade marcada pelas desigualdades. Em áreas mais desprivilegiadas, como as favelas e periferias, os investimentos em urbanização são menores, as políticas públicas são ineficientes e as carências são múltiplas. O desequilíbrio nos investimentos entre as regiões traduz-se em um desequilíbrio na distribuição de equipamentos culturais tradicionais pela cidade, fortemente concentrados nos bairros mais nobres. Esse quadro vem fazendo com que grande parte da população carioca de renda mais baixa se veja obrigada a criar espaços alternativos de arte, cultura e lazer em locais muitas vezes inesperados. Neles, os usos são frequentemente temporários ou intermitentes, indicando uma nova forma de apropriação espacial, calcada na não-permanência, e que começa a se multiplicar como maneira legítima de ocupar a cidade e lutar pelo direito à mesma. Neste artigo, abordaremos três exemplos desses espaços que chamamos de "insólitos". Todos se situam na Zona Oeste carioca, a que concentra maior porcentagem de população de baixa renda, e estão ligados às obras realizadas no âmbito dos megaeventos esportivos ocorridos durante a década de 2010. Esses casos ainda se localizam em recortes que podem ser compreendidos como "sobras" ou "brechas urbanas"-espaços vazios, residuais, desapercebidos na paisagem, escondidos ou relegados pelo poder público. As atividades neles atualmente desenvolvidas permitem sua transformação através da modificação de sua função original, o que aponta para a necessidade de lugares múltiplos, que abriguem diversas modalidades e linguagens culturais. Os espaços que classificamos como insólitos consistem em áreas não planejadas ou não projetadas, modificadas por muita força de vontade de uma camada da população que busca opções culturais e de lazer mais acessíveis e próximas de suas residências. Eles transcendem a noção do "ordinário", constituindo verdadeiros laboratórios de experiência urbana e encontro social. Sua multiplicação na cidade contemporânea aponta para a consolidação de coletivos que assumem para si a responsabilidade de transformar o cotidiano onde vivem em face a políticas públicas.
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Papers by Caio César de Azevedo Barros
Abstract: The present work aims to introduce the reader to the cosmopolitical proposal of the rapper Kendrick Lamar contained in his last studio album, titled DAMN. (2017). At the center of the debate is an ontological dispute made by FOX News (USA) and the artist himself; the locus of the clash is centered on the song DNA, present on the album referred to (but not only in it, as I will also show in the article). Starting from the idea of localized Haraway, I intend to make connections between his celebrated article and the artist in question.
Journals/Magazines by Caio César de Azevedo Barros
neighbourhoods of Rio de Janeiro, Brazil. They are presented
here as alternatives to current urban and cultural policies, often based on
international ‘best practices’ models with exclusionary and segregating
consequences. It begins with a brief overview into North American and
Western European cultural planning policies. It then analyses the instability
of cultural policies in Brazil, highlighting that, after a period of State
recognition of bottom-up actions, administrators have turned to
a contradictory planning scheme that mixes outdated and recent international
trends, leading lower-income inhabitants to self-build their own
cultural spaces. Unlike many products of today’s global strand of ‘tactic
urbanism’, Rio’s temporary spaces are politically charged territories of
resistance. An example is ‘Cine Taquara’ – an improvised cinema and
debate forum that illustrates how, in an unequal city, such initiatives can
do more towards social inclusion than ready-made models.
Abstract: The present work aims to introduce the reader to the cosmopolitical proposal of the rapper Kendrick Lamar contained in his last studio album, titled DAMN. (2017). At the center of the debate is an ontological dispute made by FOX News (USA) and the artist himself; the locus of the clash is centered on the song DNA, present on the album referred to (but not only in it, as I will also show in the article). Starting from the idea of localized Haraway, I intend to make connections between his celebrated article and the artist in question.
neighbourhoods of Rio de Janeiro, Brazil. They are presented
here as alternatives to current urban and cultural policies, often based on
international ‘best practices’ models with exclusionary and segregating
consequences. It begins with a brief overview into North American and
Western European cultural planning policies. It then analyses the instability
of cultural policies in Brazil, highlighting that, after a period of State
recognition of bottom-up actions, administrators have turned to
a contradictory planning scheme that mixes outdated and recent international
trends, leading lower-income inhabitants to self-build their own
cultural spaces. Unlike many products of today’s global strand of ‘tactic
urbanism’, Rio’s temporary spaces are politically charged territories of
resistance. An example is ‘Cine Taquara’ – an improvised cinema and
debate forum that illustrates how, in an unequal city, such initiatives can
do more towards social inclusion than ready-made models.