Adjunct Professor of the Visual Design Communication course at the Federal University of Rio de Janeiro (EBA-UFRJ). Collaborating professor of the Graduate Program in Design at Eba-UFRJ. PhD in Design from ESDI-UERJ (2017) with Faperj scholarship and Master in Design from ESDI-UERJ (2009) with Capes scholarship. Graduated in Social Communication (Cinema) from the Fluminense Federal University (UFF) and in Graphic Design from Estácio de Sá University, with an MBA in Marketing from the Pontifical Catholic University (Puc-Rio). She coordinates the research project "Semiotics of Design" and the extension project "Instagram Comunicação Visual Design". Her research focuses on Peircean Semiotics, Audiovisual and Visual Identity. He worked in several areas of Visual Communication, with experience in creation, finalization and graphic follow-up, having already worked in offset graphics. Supervisors: Lucy Niemeyer
Reflections on Paths, Scenarios and Semiotic Methodology Routes, 2021
Peirce proposed a triadic sign that has a representative character (relationship of the sign to i... more Peirce proposed a triadic sign that has a representative character (relationship of the sign to its object) and an interpretive one (relationship of the sign to its interpretant - the effect on a mind). Based on the phenomenological categories of Firstness, Secondness and Thirdness, he distinguished three types of interpretants: immediate, dynamic and final. The immediate are the possibilities of interpretation that a sign carries. The dynamic is created when a singular mind interprets the sign in the here and now. Furthermore, the final is an esse in futuro: the interpretive result to which every interpreter is destined to arrive. In addition to this distinction, Peirce also proposed another classification for interpretants: emotional, energetic and logical. This chapter aims to analyze these types of interpretants in visual communication to understand how a design product can be effective in its communication, how it can be more or less polysemic, and what kind of effects it can generate on the interpreter.
Anais do 13o Congresso Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 2019
Lawson e Dorst afirmaram, em seu livro Design expertise (2009), ser o design uma mistura de racio... more Lawson e Dorst afirmaram, em seu livro Design expertise (2009), ser o design uma mistura de racionalidade e criatividade – uma esquizofrenia, em suas palavras, que caracterizaria este campo.Essa afirmação, ainda que em tom de brincadeira, torna evidente haver nesta área uma visãodicotômica entre as capacidades analíticas e sintéticas. Este artigo visa mostrar, apresentando oconceito de projeto, como a criatividade é parte integrante das metodologias usadas no design,ainda que a racionalidade é que tenha se afirmado, ao longo da histórica, como legitimadora daeficiência no design. É a capacidade criativa sintética que faz com que o design seja uma ciência da invenção e não da descoberta (Buchanan, 1995a). Portanto, este artigo buscar mostrar como ametodologia possui um aspecto criador, assim como o resultado do processo de criação necessitado pensamento sintético que seleciona a alternativa mais adequada ao problema enfrentado.
Este artigo visa apresentar as matrizes de linguagem e pensamento de Lucia Santaella como ferrame... more Este artigo visa apresentar as matrizes de linguagem e pensamento de Lucia Santaella como ferramenta para análise da identidade televisivade um canal de televisão, meio este que possuiuma linguagem híbrida por excelência.
A identidade televisiva é a identidade corporativa de um canal de televisão. Composta pelas vinhe... more A identidade televisiva é a identidade corporativa de um canal de televisão. Composta pelas vinhetas interprogramas, isto é pelas vinhetas transmitidas nos horários comerciais, essa peça do design audiovisual identifica o canal, organiza a programação e, em especial, transmite os valores e as promessas de marca da emissora. Ela visa criar uma imagem organizacional sólida, gerando uma identificação com o telespectador a fim de garantir o incremento e a fidelização da audiência. Baseado na Semiótica do filósofo americano Charles Sanders Peirce, este artigo busca mostrar a identidade televisiva como um signo complexo, composto de signos sonoros, visuais e verbais. A importância desse estudo é enfatizar que a identidade televisiva comunica valores e significações, utilizando diferentes tipos de signos a fim de aumentar a eficácia da comunicação. Pensamos ser fundamental desenvolver uma pesquisa sistemática a respeito do design audiovisual por seu crescimento como um promissor campo de trabalho e por sua influência na vida cotidiana.
A partir dos conceitos de primeiridade, segundidade e terceiridade da fenomenologia peirciana, es... more A partir dos conceitos de primeiridade, segundidade e terceiridade da fenomenologia peirciana, este artigo visa fazer uma nova leitura dos elementos studium e punctum, co-presentes nas fotografias, descritos por Roland Barthes em A câmara clara. Para Peirce, essas três categorias estariam presentes em todos os fenômenos observados e se manifestariam de diferentes formas: a primeiridade estaria associada à potencialidade, variedade, sentimento e Acaso; a segundidade, à ação e reação, singularidade e Existência; e a terceiridade, à generalidade, convencionalidade, hábito e Lei. Sugerimos ser possível identificar no studium e no punctum a manifestação da terceiridade e da primeiridade, respectivamente, sendo que identificação do punctum por Barthes em seu derradeiro livro parece apontar para uma mudança do pensamento do autor. No final, questionamos a possibilidade de ampliarmos os conceitos barthesianos para outras manifestações humanas para além da fotografia.
A identidade televisiva, expressa nas vinhetas on-air ou vinhetas de identidade veiculadas nos in... more A identidade televisiva, expressa nas vinhetas on-air ou vinhetas de identidade veiculadas nos intervalos comerciais, é um campo de trabalho em crescimento no Design, devido ao aumento da complexidade e consequente competitividade do setor televisivo. Este artigo visa apresentar a importância da delimitação deste objeto de estudo, que carece de maior bibliografia principalmente em língua portuguesa. Tal relevância se justifica considerando que a identidade televisiva, além de identificar ediferenciar o canal e organizar o fluxo da programação, transmite os conceitos e os valores da emissora. Encontrando-se sob uma lógica de mercado e buscando a fidelização dos telespectadores a fim de reverter em incremento de anunciantes, a identidade televisiva é um tipo de manifestação da marca, quepossui especificidades próprias do meio em que é veiculado: os sons e as imagens em movimentotransmitem um dinamismo único que capta a atenção do consumidor, configurando-se assim como uma área multidisciplinar de atuação para o designer
Pierre Bourdieu, inspirado pelos estudos de Panofsky, delineou o conceito de habitus para tratar... more Pierre Bourdieu, inspirado pelos estudos de Panofsky, delineou o conceito de habitus para tratar da relação entre indivíduo e sociedade. Para ele, habitus tem um papel mediador: e criado a partir da internalizacao das estruturas sociais em que um sujeito se encontra e prepara a ação futura desse indivíduo na sociedade. O objetivo deste artigo é apresentar habitus como um signo, sob a ótica da filosofia de Charles Sanders Peirce, e a relação entre indivíduo e sociedade como um processo semiótico e pragmático de fixação de crenças. Para isso, sera apresentada a base escolástica comum aos conceitos de habitus em Bourdieu e de hábito em Peirce, para então serem apresentados os conceitos peircianos. Assim, se tornará mais evidente como o habitus participa de um processo de evolução contínuo que pode manter os modelos de uma sociedade ou transformá-los por meio das ações inventivas dos agentes.
Proceedings of the 10th World Congress of the International Association For Semiotic Studies, 2012
This article aims to present, based on American Charles Sanders Peirce’s philosophy (1839-1914), ... more This article aims to present, based on American Charles Sanders Peirce’s philosophy (1839-1914), how creation in Design integrates elements of possibility, quality and variety present in Firstness with the generality of Thirdness, with the intent of shaping objects of human material culture in the Secondness of existence. Such products that result of Design projects can be understood as the exterior side of ideas and thoughts. We understand the development of a Design project, as well as the use of the designed object by the user, as processes of unlimited semiosis, in which signs generate increasingly complex signs in a process of continuous development. Thus, thoughts stimulate existences — material objects that permeatedaily life and, as a result, human culture — which, in turn, generate new thoughts and actions
ad infinitum.
O déficit da saúde mental, principalmente em meio aos jovens, é um problema crescente que resulta... more O déficit da saúde mental, principalmente em meio aos jovens, é um problema crescente que resulta em diversos casos de desistências e quedas no desempenho na faculdade. Tendo em vista essa questão, foi desenvolvido um aplicativo gerenciador de tarefas que, através da melhor gerência do tempo, terá um impacto positivo na saúde mental dos universitários. Para o desenvolvimento do projeto, foi utilizada a metodologia de Jesse James Garrett em seu livro The Elements of User Experience (2011). Nele, o autor divide a elaboração de interfaces digitais em 5 planos: Estratégia, Escopo, Estrutura, Esqueleto e Superfície. No Plano Estratégia definimos o objetivo do aplicativo, o público-alvo e realizamos pesquisas quantitativas para entender as necessidades do usuário. No Plano Escopo temos a listagem das funções do aplicativo que atenderão a essas, os requisitos técnicos para suas aplicações e uma análise de similares que não apontou nenhum aplicativo com esse perfil no mercado. Em Estrutura, desenvolvemos o fluxo de navegação que definirá o funcionamento da interface. No Plano Esqueleto esboçamos um protótipo da ferramenta onde definimos a distribuição espacial dos elementos na interface. Por fim, no Plano Superfície, aplicamos os elementos visuais à interface de forma a atender os objetivos do aplicativo e manter o usuário relaxado durante a navegação, através do uso de cores frias e um visual minimalista. Ao final, espera-se que a interface crie um senso de organização nos universitários a fim de que consigam se manter a par de seus compromissos, diminuir o estresse e cuidar da saúde mental.
Anais do 13º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 2018
Lawson e Dorst afirmaram, em seu livro Design expertise (2009), ser o design uma mistura de racio... more Lawson e Dorst afirmaram, em seu livro Design expertise (2009), ser o design uma mistura de racionalidade e criatividade – uma esquizofrenia, em suas palavras, que caracterizaria este campo. Essa afirmação, ainda que em tom de brincadeira, torna evidente haver nesta área uma visão dicotômica entre as capacidades analíticas e sintéticas. Este artigo visa mostrar, apresentando o conceito de projeto, como a criatividade é parte integrante das metodologias usadas no design, ainda que a racionalidade é que tenha se afirmado, ao longo da histórica, como legitimadora da eficiência no design. É a capacidade criativa sintética que faz com que o design seja uma ciência da invenção e não da descoberta (Buchanan, 1995a). Portanto, este artigo buscar mostrar como a metodologia possui um aspecto criador, assim como o resultado do processo de criação necessita do pensamento sintético que seleciona a alternativa mais adequada ao problema enfrentado.
Proceedings of the 9th International Conference Senses and Sensibility, 2017
A fundamental issue for the design area is the definition of its own contours. American art criti... more A fundamental issue for the design area is the definition of its own contours. American art critic Clement Greenberg (1960) stated that defining the limits of action of the various existing areas and the products they generate is a concern of our time and our culture. In this sense, in 2009, Mexican designer Gabriel Simón Sol published the book More than 100 definitions of design, in which he compiled several concepts, some related, some contradictory, about this area. This profusion of definitions reveals the plurality of conceptions about design-this complex, comprehensive and multidisciplinary activity-and each one sheds light on a particular aspect of this field of action, valuing some characteristics to the detriment of others. This article aims to present an overview of these definitions, showing the different points of view about design field which varied over time in order to question the importance or necessity of establishing or not, nowadays, well defined contours for this area of knowledge.
Este artigo defende a aplicação do design social e do design emocional como ferramentas facilitad... more Este artigo defende a aplicação do design social e do design emocional como ferramentas facilitadoras na interação com mulheres egressas do sistema prisional, exemplificado por meio de uma proposta de estratégia de comunicação visual para o Coletivo em Silêncio.
Este artigo visa mostrar que a identidade corporativa, além de identificar e diferenciar a empresa... more Este artigo visa mostrar que a identidade corporativa, além de identificar e diferenciar a empresa e comunicar seus valores, objetiva fixar crenças no público-alvo pelo uso redundante de seus elementos constituintes e pelaconstante referência ao objeto representado. Com base nos conceitos do Pragmatismo de Charles Sanders Peirce, pode-se perceber a importância dafixação das crenças para o estabelecimento de um hábito no consumidor, gerando a fidelização do cliente à empresa.
A compreensão do projeto e do uso de produtos como uma dicotomia pode ser vista como uma consequê... more A compreensão do projeto e do uso de produtos como uma dicotomia pode ser vista como uma consequência da forma de produção que foi estabelecida após a revolução industrial. O design consistiria na parte projetual dos produtos,a fim de materializá-los, e era considerado como a fase em que a criatividade rei-nava. O uso era visto como uma etapa adiante em que um consumidor passivo utilizava os produtos conforme os fins estabelecidos no projeto. Essa mentalidade vem mudando nas últimas décadas, uma vez que se tem percebido que osusuários interagem criativamente com objetos de design. Baseado na filosofia deCharles Sanders Peirce, este artigo questiona se a criatividade continua ao longo do processo de design, não apenas no projeto mas também no uso dos produtos. Para tal, a concepção e a materialização dos produtos de design serão vistas sobum ponto de vista pragmático, em que esses objetos podem ser entendidos como signos que evoluem em uma semiose infinita.
Colóquio Internacional de Design - Edição 2013 - Design para os Povos, 2013
O design social, desenvolvido a partir de 1970 com foco na inclusão social e na preservação do me... more O design social, desenvolvido a partir de 1970 com foco na inclusão social e na preservação do meio ambiente, apresenta uma preocupação ética sobre suas práticas. Este artigo visa fazer uma retrospectiva do design social e, tendo como referencial teórico o pragmatismo e a semiótica de Charles Sanders Peirce, busca compreender como os produtos de design – signos que constituem a materialização dos conceitos fornecidos no briefing – implicam necessariamente "consequências práticas" quando eles se tornam existências no mundo. Para Peirce, a semiótica funda-se na ética. Com base nisso, depreende-se a necessidade de os designers tomarem consciência das consequências de sua conduta.
Reflections on Paths, Scenarios and Semiotic Methodology Routes, 2021
Peirce proposed a triadic sign that has a representative character (relationship of the sign to i... more Peirce proposed a triadic sign that has a representative character (relationship of the sign to its object) and an interpretive one (relationship of the sign to its interpretant - the effect on a mind). Based on the phenomenological categories of Firstness, Secondness and Thirdness, he distinguished three types of interpretants: immediate, dynamic and final. The immediate are the possibilities of interpretation that a sign carries. The dynamic is created when a singular mind interprets the sign in the here and now. Furthermore, the final is an esse in futuro: the interpretive result to which every interpreter is destined to arrive. In addition to this distinction, Peirce also proposed another classification for interpretants: emotional, energetic and logical. This chapter aims to analyze these types of interpretants in visual communication to understand how a design product can be effective in its communication, how it can be more or less polysemic, and what kind of effects it can generate on the interpreter.
Anais do 13o Congresso Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 2019
Lawson e Dorst afirmaram, em seu livro Design expertise (2009), ser o design uma mistura de racio... more Lawson e Dorst afirmaram, em seu livro Design expertise (2009), ser o design uma mistura de racionalidade e criatividade – uma esquizofrenia, em suas palavras, que caracterizaria este campo.Essa afirmação, ainda que em tom de brincadeira, torna evidente haver nesta área uma visãodicotômica entre as capacidades analíticas e sintéticas. Este artigo visa mostrar, apresentando oconceito de projeto, como a criatividade é parte integrante das metodologias usadas no design,ainda que a racionalidade é que tenha se afirmado, ao longo da histórica, como legitimadora daeficiência no design. É a capacidade criativa sintética que faz com que o design seja uma ciência da invenção e não da descoberta (Buchanan, 1995a). Portanto, este artigo buscar mostrar como ametodologia possui um aspecto criador, assim como o resultado do processo de criação necessitado pensamento sintético que seleciona a alternativa mais adequada ao problema enfrentado.
Este artigo visa apresentar as matrizes de linguagem e pensamento de Lucia Santaella como ferrame... more Este artigo visa apresentar as matrizes de linguagem e pensamento de Lucia Santaella como ferramenta para análise da identidade televisivade um canal de televisão, meio este que possuiuma linguagem híbrida por excelência.
A identidade televisiva é a identidade corporativa de um canal de televisão. Composta pelas vinhe... more A identidade televisiva é a identidade corporativa de um canal de televisão. Composta pelas vinhetas interprogramas, isto é pelas vinhetas transmitidas nos horários comerciais, essa peça do design audiovisual identifica o canal, organiza a programação e, em especial, transmite os valores e as promessas de marca da emissora. Ela visa criar uma imagem organizacional sólida, gerando uma identificação com o telespectador a fim de garantir o incremento e a fidelização da audiência. Baseado na Semiótica do filósofo americano Charles Sanders Peirce, este artigo busca mostrar a identidade televisiva como um signo complexo, composto de signos sonoros, visuais e verbais. A importância desse estudo é enfatizar que a identidade televisiva comunica valores e significações, utilizando diferentes tipos de signos a fim de aumentar a eficácia da comunicação. Pensamos ser fundamental desenvolver uma pesquisa sistemática a respeito do design audiovisual por seu crescimento como um promissor campo de trabalho e por sua influência na vida cotidiana.
A partir dos conceitos de primeiridade, segundidade e terceiridade da fenomenologia peirciana, es... more A partir dos conceitos de primeiridade, segundidade e terceiridade da fenomenologia peirciana, este artigo visa fazer uma nova leitura dos elementos studium e punctum, co-presentes nas fotografias, descritos por Roland Barthes em A câmara clara. Para Peirce, essas três categorias estariam presentes em todos os fenômenos observados e se manifestariam de diferentes formas: a primeiridade estaria associada à potencialidade, variedade, sentimento e Acaso; a segundidade, à ação e reação, singularidade e Existência; e a terceiridade, à generalidade, convencionalidade, hábito e Lei. Sugerimos ser possível identificar no studium e no punctum a manifestação da terceiridade e da primeiridade, respectivamente, sendo que identificação do punctum por Barthes em seu derradeiro livro parece apontar para uma mudança do pensamento do autor. No final, questionamos a possibilidade de ampliarmos os conceitos barthesianos para outras manifestações humanas para além da fotografia.
A identidade televisiva, expressa nas vinhetas on-air ou vinhetas de identidade veiculadas nos in... more A identidade televisiva, expressa nas vinhetas on-air ou vinhetas de identidade veiculadas nos intervalos comerciais, é um campo de trabalho em crescimento no Design, devido ao aumento da complexidade e consequente competitividade do setor televisivo. Este artigo visa apresentar a importância da delimitação deste objeto de estudo, que carece de maior bibliografia principalmente em língua portuguesa. Tal relevância se justifica considerando que a identidade televisiva, além de identificar ediferenciar o canal e organizar o fluxo da programação, transmite os conceitos e os valores da emissora. Encontrando-se sob uma lógica de mercado e buscando a fidelização dos telespectadores a fim de reverter em incremento de anunciantes, a identidade televisiva é um tipo de manifestação da marca, quepossui especificidades próprias do meio em que é veiculado: os sons e as imagens em movimentotransmitem um dinamismo único que capta a atenção do consumidor, configurando-se assim como uma área multidisciplinar de atuação para o designer
Pierre Bourdieu, inspirado pelos estudos de Panofsky, delineou o conceito de habitus para tratar... more Pierre Bourdieu, inspirado pelos estudos de Panofsky, delineou o conceito de habitus para tratar da relação entre indivíduo e sociedade. Para ele, habitus tem um papel mediador: e criado a partir da internalizacao das estruturas sociais em que um sujeito se encontra e prepara a ação futura desse indivíduo na sociedade. O objetivo deste artigo é apresentar habitus como um signo, sob a ótica da filosofia de Charles Sanders Peirce, e a relação entre indivíduo e sociedade como um processo semiótico e pragmático de fixação de crenças. Para isso, sera apresentada a base escolástica comum aos conceitos de habitus em Bourdieu e de hábito em Peirce, para então serem apresentados os conceitos peircianos. Assim, se tornará mais evidente como o habitus participa de um processo de evolução contínuo que pode manter os modelos de uma sociedade ou transformá-los por meio das ações inventivas dos agentes.
Proceedings of the 10th World Congress of the International Association For Semiotic Studies, 2012
This article aims to present, based on American Charles Sanders Peirce’s philosophy (1839-1914), ... more This article aims to present, based on American Charles Sanders Peirce’s philosophy (1839-1914), how creation in Design integrates elements of possibility, quality and variety present in Firstness with the generality of Thirdness, with the intent of shaping objects of human material culture in the Secondness of existence. Such products that result of Design projects can be understood as the exterior side of ideas and thoughts. We understand the development of a Design project, as well as the use of the designed object by the user, as processes of unlimited semiosis, in which signs generate increasingly complex signs in a process of continuous development. Thus, thoughts stimulate existences — material objects that permeatedaily life and, as a result, human culture — which, in turn, generate new thoughts and actions
ad infinitum.
O déficit da saúde mental, principalmente em meio aos jovens, é um problema crescente que resulta... more O déficit da saúde mental, principalmente em meio aos jovens, é um problema crescente que resulta em diversos casos de desistências e quedas no desempenho na faculdade. Tendo em vista essa questão, foi desenvolvido um aplicativo gerenciador de tarefas que, através da melhor gerência do tempo, terá um impacto positivo na saúde mental dos universitários. Para o desenvolvimento do projeto, foi utilizada a metodologia de Jesse James Garrett em seu livro The Elements of User Experience (2011). Nele, o autor divide a elaboração de interfaces digitais em 5 planos: Estratégia, Escopo, Estrutura, Esqueleto e Superfície. No Plano Estratégia definimos o objetivo do aplicativo, o público-alvo e realizamos pesquisas quantitativas para entender as necessidades do usuário. No Plano Escopo temos a listagem das funções do aplicativo que atenderão a essas, os requisitos técnicos para suas aplicações e uma análise de similares que não apontou nenhum aplicativo com esse perfil no mercado. Em Estrutura, desenvolvemos o fluxo de navegação que definirá o funcionamento da interface. No Plano Esqueleto esboçamos um protótipo da ferramenta onde definimos a distribuição espacial dos elementos na interface. Por fim, no Plano Superfície, aplicamos os elementos visuais à interface de forma a atender os objetivos do aplicativo e manter o usuário relaxado durante a navegação, através do uso de cores frias e um visual minimalista. Ao final, espera-se que a interface crie um senso de organização nos universitários a fim de que consigam se manter a par de seus compromissos, diminuir o estresse e cuidar da saúde mental.
Anais do 13º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 2018
Lawson e Dorst afirmaram, em seu livro Design expertise (2009), ser o design uma mistura de racio... more Lawson e Dorst afirmaram, em seu livro Design expertise (2009), ser o design uma mistura de racionalidade e criatividade – uma esquizofrenia, em suas palavras, que caracterizaria este campo. Essa afirmação, ainda que em tom de brincadeira, torna evidente haver nesta área uma visão dicotômica entre as capacidades analíticas e sintéticas. Este artigo visa mostrar, apresentando o conceito de projeto, como a criatividade é parte integrante das metodologias usadas no design, ainda que a racionalidade é que tenha se afirmado, ao longo da histórica, como legitimadora da eficiência no design. É a capacidade criativa sintética que faz com que o design seja uma ciência da invenção e não da descoberta (Buchanan, 1995a). Portanto, este artigo buscar mostrar como a metodologia possui um aspecto criador, assim como o resultado do processo de criação necessita do pensamento sintético que seleciona a alternativa mais adequada ao problema enfrentado.
Proceedings of the 9th International Conference Senses and Sensibility, 2017
A fundamental issue for the design area is the definition of its own contours. American art criti... more A fundamental issue for the design area is the definition of its own contours. American art critic Clement Greenberg (1960) stated that defining the limits of action of the various existing areas and the products they generate is a concern of our time and our culture. In this sense, in 2009, Mexican designer Gabriel Simón Sol published the book More than 100 definitions of design, in which he compiled several concepts, some related, some contradictory, about this area. This profusion of definitions reveals the plurality of conceptions about design-this complex, comprehensive and multidisciplinary activity-and each one sheds light on a particular aspect of this field of action, valuing some characteristics to the detriment of others. This article aims to present an overview of these definitions, showing the different points of view about design field which varied over time in order to question the importance or necessity of establishing or not, nowadays, well defined contours for this area of knowledge.
Este artigo defende a aplicação do design social e do design emocional como ferramentas facilitad... more Este artigo defende a aplicação do design social e do design emocional como ferramentas facilitadoras na interação com mulheres egressas do sistema prisional, exemplificado por meio de uma proposta de estratégia de comunicação visual para o Coletivo em Silêncio.
Este artigo visa mostrar que a identidade corporativa, além de identificar e diferenciar a empresa... more Este artigo visa mostrar que a identidade corporativa, além de identificar e diferenciar a empresa e comunicar seus valores, objetiva fixar crenças no público-alvo pelo uso redundante de seus elementos constituintes e pelaconstante referência ao objeto representado. Com base nos conceitos do Pragmatismo de Charles Sanders Peirce, pode-se perceber a importância dafixação das crenças para o estabelecimento de um hábito no consumidor, gerando a fidelização do cliente à empresa.
A compreensão do projeto e do uso de produtos como uma dicotomia pode ser vista como uma consequê... more A compreensão do projeto e do uso de produtos como uma dicotomia pode ser vista como uma consequência da forma de produção que foi estabelecida após a revolução industrial. O design consistiria na parte projetual dos produtos,a fim de materializá-los, e era considerado como a fase em que a criatividade rei-nava. O uso era visto como uma etapa adiante em que um consumidor passivo utilizava os produtos conforme os fins estabelecidos no projeto. Essa mentalidade vem mudando nas últimas décadas, uma vez que se tem percebido que osusuários interagem criativamente com objetos de design. Baseado na filosofia deCharles Sanders Peirce, este artigo questiona se a criatividade continua ao longo do processo de design, não apenas no projeto mas também no uso dos produtos. Para tal, a concepção e a materialização dos produtos de design serão vistas sobum ponto de vista pragmático, em que esses objetos podem ser entendidos como signos que evoluem em uma semiose infinita.
Colóquio Internacional de Design - Edição 2013 - Design para os Povos, 2013
O design social, desenvolvido a partir de 1970 com foco na inclusão social e na preservação do me... more O design social, desenvolvido a partir de 1970 com foco na inclusão social e na preservação do meio ambiente, apresenta uma preocupação ética sobre suas práticas. Este artigo visa fazer uma retrospectiva do design social e, tendo como referencial teórico o pragmatismo e a semiótica de Charles Sanders Peirce, busca compreender como os produtos de design – signos que constituem a materialização dos conceitos fornecidos no briefing – implicam necessariamente "consequências práticas" quando eles se tornam existências no mundo. Para Peirce, a semiótica funda-se na ética. Com base nisso, depreende-se a necessidade de os designers tomarem consciência das consequências de sua conduta.
Translation of thesis version - "Design sob uma perspectiva peirciana: o projeto de criação de ex... more Translation of thesis version - "Design sob uma perspectiva peirciana: o projeto de criação de existências e suas conseqüências práticas"
I authorize, for academic and scientific purposes only, the total or partial reproduction of this dissertation, provided the source is cited. _______________________________________ _____________________ Assinatura Data P813 Ponte, Raquel Ferreira da. Design sob uma perspectiva peirciana: o projeto de criação de existências e suas conseqüências práticas / Raquel Ferreira da Ponte.-2017. 202f. : il.
A identidade televisiva é parte da identidade corporativa de uma emissora de televisão, um veícul... more A identidade televisiva é parte da identidade corporativa de uma emissora de televisão, um veículo de comunicação altamente influente e com elevada taxa de penetração em especial no Brasil. Composta pelas vinhetas interprogramas de identidade, também chamadas de vinhetas on-air, transmitidas nos intervalos comerciais, essa peça do design audiovisual objetiva identificar o canal, organizar a programação e, principalmente, transmitir os conceitos de marca da emissora. Sob a lógica de mercado, a identidade televisiva visa criar uma sólida imagem organizacional, gerando uma identificação com o telespectador, a fim de garantir a audiência da programação em um setor cada vez mais competitivo como o televisivo. Entendida como um signo complexo composto por signos sonoros, visuais e verbais, ela veicula significações que serão compartilhadas com os consumidores. Ao assistir a determinado canal de televisão, o telespectador torna manifesta sua identidade perante a sociedade. O objetivo desta dissertação é analisar como a identidade televisiva, uma das materializações da marca, cria essa identificação com o telespectador. Entendendo o Design como linguagem e a identidade televisiva como parte de um processo de semiose, a hipótese levantada é a de que as vinhetas on-air geram crenças nos telespectadores, fixando hábitos de conduta, isto é, hábitos de consumo. A teoria norteadora deste estudo foi a filosofia de Charles Sanders Peirce, a qual inclui sua Semiótica, um ferramental teórico adequado à análise de um meio híbrido por excelência – a televisão – em um contexto pós-moderno de fluidez, evanescência e provisoriedade. Também foram utilizados os conceitos das matrizes de linguagem e pensamento de Lucia Santaella, bem como uma bibliografia relativa às demais áreas de conhecimento que compõem a multidisciplinaridade do tema proposto. A análise desse objeto semiótico englobou os diferentes tipos de signos que o constituem, uma vez que a riqueza comunicativa da identidade televisiva se dá pelas inter-relações entre o sonoro, o visual e o verbal, que geram múltiplas possibilidades de interpretação. A pesquisa buscou ressaltar a importância do Design no processo semiótico da criação e da transmissão das mensagens e sua relação com outras linguagens que participam do meio televisivo.
Television identity is part of the corporate identity of a broadcasting station, a very influential medium with a high penetration rate, mainly in Brazil. Consisting of on-air vignettes during commercial breaks, this piece of audiovisual design aims to identify the channel, organize the set of programs and convey the branding message of the station. Under the logic of the market, television identity seeks to create a solid organizational image, causing identification with the viewer, as a way to ensure audience loyalty in an increasingly competitive sector such as television. Regarding television identity as a complex sign composed of sound, visual and verbal signs, it conveys meanings that are shared with consumers. When watching a television channel, viewers manifest their own identity before society. The aim of this dissertation is to examine how television identity, one of the expressions of the brand, creates this identification with the viewer. Understanding design as a language and television identity as part of a semiosis, the hypothesis is that on-air vignettes generate beliefs in viewers, forming habits of conduct, that is, habits of consumption. The theory guiding this study was Charles Sanders Peirce’s philosophy and semiotics because it is a suitable tool for theoretical analysis of a hybrid medium par excellence – television – in a context of post-modernity. We also used Lucia Santaella’s theory of matrixes of language and thought and a bibliography about the other areas of knowledge that comprise this multidisciplinary theme. The analysis of this semiotic object includes the different types of signs which constitute it, because the communicative richness of television identity is achieved through the interrelations between sound, visual and verbal signs, generating multiple possibilities of interpretation. Therefore, the research sought to emphasize the importance of design in the semiotic process of creation and transmission of messages and its relationship with other languages that take part in the television medium.
Uma revisão bibliográfica sobre o design evidencia a frequência com que diferentes autores inicia... more Uma revisão bibliográfica sobre o design evidencia a frequência com que diferentes autores iniciam seus textos pela conceituação dessa área. Com base na análise de diversas visões sobre o campo, identificamos a existência de três dicotomias: design versus produção; teoria versus prática; design versus uso. Há um entendimento naturalizado do design como sendo somente a etapa projetual, momento em que um criador idealiza e planeja um produto. Nessa concepção, subentende-se que a criatividade habita essa fase, sendo a produção mera reprodução de um plano definido previamente. O uso parece ser entendido como uma consequência, sob um aspecto passivo. Esta tese objetiva oferecer uma concepção do design que ultrapasse tais dicotomias, por não encontrarem elas confirmação na experiência. Para isso, utilizamos como fundamentação teórica conceitos da filosofia de Charles Sanders Peirce a fim de compreender os processos de criação, produção, uso e pós-uso no design. Essa escolha justifica-se por mostrar-se tão atual o pensamento desse filósofo, que pode contribuir para romper a herança de uma compreensão polarizada do mundo. Peirce opôs-se a um tipo de pensamento determinista e apenas dualista, ao propor uma filosofia evolutiva, que pressupõe haver continuidades no universo. Tal visão possibilita conceber o mundo em contínua transformação, no qual o acaso não cessa de atuar, o aprendizado é sempre possível e o conhecimento evolui. Nesse sentido, a filosofia peirciana trata o universo de forma conectada, por entender teoria e prática, interno e externo, pensamento e ação como continuidades, em vez de oposições. Além disso, tendo o design, em sua etimologia, a ideia de criar sentido, nada mais adequado que analisá-lo sob a perspectiva de uma filosofia eminentemente semiótica. Nesta tese, tratamos do processo de criação no design, abordando as questões da criatividade, da metodologia e da produção à luz da fenomenologia e da metafísica peircianas, de forma a propor ser a produção parte do design. Também estudamos o design como fenômeno de representação, como signo. Para tanto, baseamo-nos na semiótica peirciana, a fim de podermos abordar a retórica e a polissemia no design, discutindo a criatividade na utilização do produto. Por fim, enfatizamos as consequências do design para a sociedade e para o ambiente, a partir do momento em que conceitos se tornam existências que ganham autonomia no mundo. Com esse propósito, apresentamos o pragmatismo peirciano, que entende ações como o lado exterior de ideias e conceitos como o lado interior de ações, de forma a questionarmos a dicotomia teoria e prática. Também discorremos sobre a forma de fixação de crença e sobre o aprendizado, além de frisarmos a importância do senso de responsabilidade no design, visto que, na divisão das ciências propostas por Peirce, a ética é uma das ciências normativas que fundamentam a semiótica. E, uma vez que a teoria peirciana nos mostra a rede de conexões de pensamentos que contribuem para a evolução do conhecimento em uma sociedade, abordamos, ainda, o processo de cocriação. Nosso desejo, ao fim desta pesquisa, foi contribuir com mais um passo para os estudos sobre o design, estabelecendo relações entre esse campo e a filosofia de Charles Sanders Peirce, de forma a passarmos a compreender criação, produção, uso e pós-uso como continuidades.
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Papers by Raquel Ponte
(relationship of the sign to its interpretant - the effect on a mind). Based on the phenomenological categories of Firstness, Secondness and Thirdness, he distinguished three types of interpretants: immediate, dynamic and final. The immediate are the possibilities of interpretation that a sign carries. The dynamic is created when a singular mind interprets the sign in the here and now. Furthermore, the final is an esse in futuro: the interpretive result to which every interpreter is destined to arrive. In addition to this distinction, Peirce also proposed another classification for interpretants: emotional, energetic and logical. This chapter aims to analyze these types of interpretants in visual communication to
understand how a design product can be effective in its communication, how it can be more or less polysemic, and what kind of effects it can generate on the interpreter.
ad infinitum.
(relationship of the sign to its interpretant - the effect on a mind). Based on the phenomenological categories of Firstness, Secondness and Thirdness, he distinguished three types of interpretants: immediate, dynamic and final. The immediate are the possibilities of interpretation that a sign carries. The dynamic is created when a singular mind interprets the sign in the here and now. Furthermore, the final is an esse in futuro: the interpretive result to which every interpreter is destined to arrive. In addition to this distinction, Peirce also proposed another classification for interpretants: emotional, energetic and logical. This chapter aims to analyze these types of interpretants in visual communication to
understand how a design product can be effective in its communication, how it can be more or less polysemic, and what kind of effects it can generate on the interpreter.
ad infinitum.
I authorize, for academic and scientific purposes only, the total or partial reproduction of this dissertation, provided the source is cited. _______________________________________ _____________________ Assinatura Data P813 Ponte, Raquel Ferreira da. Design sob uma perspectiva peirciana: o projeto de criação de existências e suas conseqüências práticas / Raquel Ferreira da Ponte.-2017. 202f. : il.
Television identity is part of the corporate identity of a broadcasting station, a very influential medium with a high penetration rate, mainly in Brazil. Consisting of on-air vignettes during commercial breaks, this piece of audiovisual design aims to identify the channel, organize the set of programs and convey the branding message of the station. Under the logic of the market, television identity seeks to create a solid organizational image, causing identification with the viewer, as a way to ensure audience loyalty in an increasingly competitive sector such as television. Regarding television identity as a complex sign composed of sound, visual and verbal signs, it conveys meanings that are shared with consumers. When watching a television channel, viewers manifest their own identity before society. The aim of this dissertation is to examine how television identity, one of the expressions of the brand, creates this identification with the viewer. Understanding design as a language and television identity as part of a semiosis, the hypothesis is that on-air vignettes generate beliefs in viewers, forming habits of conduct, that is, habits of consumption. The theory guiding this study was Charles Sanders Peirce’s philosophy and semiotics because it is a suitable tool for theoretical analysis of a hybrid medium par excellence – television – in a context of post-modernity. We also used Lucia Santaella’s theory of matrixes of language and thought and a bibliography about the other areas of knowledge that comprise this multidisciplinary theme. The analysis of this semiotic object includes the different types of signs which constitute it, because the communicative richness of television identity is achieved through the interrelations between sound, visual and verbal signs, generating multiple possibilities of interpretation. Therefore, the research sought to emphasize the importance of design in the semiotic process of creation and transmission of messages and its relationship with other languages that take part in the television medium.
que ultrapasse tais dicotomias, por não encontrarem elas confirmação na experiência. Para isso, utilizamos como fundamentação teórica conceitos da filosofia de Charles Sanders Peirce a fim de compreender os processos de criação, produção, uso e pós-uso no design. Essa escolha justifica-se por mostrar-se tão atual o pensamento desse filósofo, que pode contribuir para romper a herança de uma compreensão polarizada do mundo. Peirce opôs-se a um tipo de pensamento determinista e apenas dualista, ao propor uma filosofia evolutiva, que pressupõe haver continuidades no universo. Tal visão possibilita conceber o mundo em contínua transformação, no qual o acaso não cessa de atuar, o aprendizado é sempre possível e o conhecimento evolui. Nesse sentido, a filosofia peirciana trata o universo de forma conectada, por entender teoria e prática, interno e externo, pensamento e ação como continuidades, em vez de oposições. Além disso, tendo o design, em sua etimologia, a ideia de criar sentido, nada mais adequado que analisá-lo sob a perspectiva de uma filosofia eminentemente semiótica. Nesta tese, tratamos do processo de criação no design, abordando as questões da criatividade, da metodologia e da produção à luz da fenomenologia e da metafísica peircianas, de forma a propor ser a produção parte do design. Também estudamos o design como fenômeno de representação, como signo. Para tanto, baseamo-nos na semiótica peirciana, a fim de podermos abordar a retórica e a polissemia no design, discutindo a criatividade na utilização do produto. Por fim, enfatizamos as consequências do design para a sociedade e para o ambiente, a partir do momento em que conceitos se tornam existências que ganham autonomia no mundo. Com esse propósito, apresentamos o pragmatismo peirciano, que entende ações como o lado exterior de ideias e conceitos como o lado interior de ações, de forma a questionarmos a dicotomia teoria e prática. Também discorremos sobre a forma de fixação de crença e sobre o aprendizado, além de frisarmos a importância do senso de responsabilidade no design, visto que, na divisão das ciências propostas por Peirce, a ética é uma das ciências normativas que fundamentam a semiótica. E, uma vez que a teoria peirciana nos mostra a rede de conexões de pensamentos que contribuem para a evolução do conhecimento em uma sociedade, abordamos, ainda, o processo de cocriação. Nosso desejo, ao fim desta pesquisa, foi contribuir com mais um passo para os estudos sobre o design, estabelecendo relações entre esse campo e a filosofia de Charles Sanders Peirce, de forma a passarmos a compreender criação, produção, uso e pós-uso como continuidades.