Papers by Nina Vincent
Resenha de "Incertezas Vivas. 32a Bienal de São Paulo" com curadoria de Jochen Volz; Cocuradores:... more Resenha de "Incertezas Vivas. 32a Bienal de São Paulo" com curadoria de Jochen Volz; Cocuradores: Gabi Ngcobo, Júlia Rebouças, Lars Bang Larsen e Sofía Olascoaga
Textos Escolhidos de Cultura e Arte Populares, 2014
Books by Nina Vincent
Paris, Maori. o museu e seus outros. curadoria nativa no Museu do Quai Branly.PREVIEW, 2015
Thesis Chapters by Nina Vincent
DISSERTAÇÃO. “Curadoria Nativa” no Museu “do Outro”: Um estudo sobre a exposição “Maori. Seus tesouros têm alma” e outros diálogos curatoriais no Museu do quai Branly. , 2013
Vincent, Nina. “Curadoria Nativa” no Museu “do Outro”: Um estudo sobre a exposição “Maori. Seus t... more Vincent, Nina. “Curadoria Nativa” no Museu “do Outro”: Um estudo sobre a exposição “Maori. Seus tesouros têm alma” e outros diálogos curatoriais no Museu do quai Branly. Dissertação (Mestrado em Sociologia e Antropologia). Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
Esta dissertação analisa a exposição “Maori. Seus tesouros têm alma” apresentada no Museu do quai Branly, em Paris - França, de setembro de 2011 a janeiro de 2012, que apresentou a cultura e a arte dos Maori, povo indígena da Nova Zelândia. A exposição foi caracterizada como a primeira experiência de “curadoria nativa” realizada na instituição e culminou com o repatriamento para a Nova Zelândia de vinte crânios mumificados maori que pertenciam a coleções de museus franceses. Ela marca o encontro do Museu Te Papa Tongarewa da Nova Zelândia, que preconiza controle nativo sobre os objetos levados para Europa por colonizadores, e o Museu do quai Branly, um museu de “arte etnográfica”, herdeiro de coleções coloniais e de uma visão universalista de culturas e de suas produções artísticas. Partindo de descrição etnográfica e análise estética, pretende-se explorar o processo de atribuição de agência a uma exposição, através da atividade curatorial. Para tanto, são relacionados elementos visuais e discursivos presentes na exposição e mobilizados para sua realização, explicitando o papel desempenhado por ela no discurso de “diálogo entre culturas” proposto pela instituição francesa. São trazidos contrapontos encontrados nas propostas curatoriais de outras exposições temporárias da mesma instituição e de sua exposição permanente, revelando o protagonismo do curador – que assume formas variadas, mais ou menos explicitadas – como principal mediador entre público e construções culturais traduzidas esteticamente.
Palavras chave: Arte, Objetos, Museu, Exposições, Curadoria, Estética, Agência, Museu do quai Branly, Maori
v.60 n.2 (2017) by Nina Vincent
Revista de Antropologia USP, v.60 n.2, 653-661, 2017
Toda bienal é um universo. Um universo recortado, mas sempre impossível de ser apreendido em sua ... more Toda bienal é um universo. Um universo recortado, mas sempre impossível de ser apreendido em sua totalidade. A 32ª Bienal de São Paulo não é exceção. Não é somente o tamanho deste modelo de expo-sição que torna complexa a tarefa de escrever uma resenha. Minhas impressões e perguntas não estão no campo da crítica de arte, escrevo como antropóloga pensando nas incertezas desse fazer nos dias de hoje. Afinal, o terreno das incertezas parece ser apropriado neste caso. Incertezas Vivas, apresentada no Parque do Ibirapuera entre setembro e dezembro de 2016, é, segundo o curador geral Jochen Volz, uma exposição montada como uma floresta, que teve como motor inicial a necessidade de se falar sobre natureza e ecologia, tema que vinha sendo abordado por muitos artistas (Volz, 2016b). O projeto expográfico, diz o curador, buscou um espaço fluido e permeável. A proposta rejeita padrões urbanos, como quadras, blocos e avenidas, preferindo pensar o local "por escala" e não "por espaço", como num jardim, com o mínimo possível de paredes. A selva de pedra paulistana cede lugar às árvores do Ibirapuera, que dialogam com os troncos calcinados retrabalhados por Frans Krajcberg, logo na entrada. A "floresta" também aparece na frequente utilização de matéria orgânica-terra, argila, madeira, plantas, alimentos, cogu-melos, cristais. Conhecimentos, tempo, corpo, extinção, transformação, cosmos são outros temas recorrentes entre os trabalhos expostos. Dois pesos, duas medidas, de Lais Myrra, condensa de maneira bem direta a ideia. Duas enormes colunas empilhadas, com as mesmas dimensões, atravessam o vão entre os andares do pavilhão, uma composta por materiais Mundos incertos sob um céu em queda: o pensamento indígena, a antropologia e a 32 a Bienal de São Paulo
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Thesis Chapters by Nina Vincent
Esta dissertação analisa a exposição “Maori. Seus tesouros têm alma” apresentada no Museu do quai Branly, em Paris - França, de setembro de 2011 a janeiro de 2012, que apresentou a cultura e a arte dos Maori, povo indígena da Nova Zelândia. A exposição foi caracterizada como a primeira experiência de “curadoria nativa” realizada na instituição e culminou com o repatriamento para a Nova Zelândia de vinte crânios mumificados maori que pertenciam a coleções de museus franceses. Ela marca o encontro do Museu Te Papa Tongarewa da Nova Zelândia, que preconiza controle nativo sobre os objetos levados para Europa por colonizadores, e o Museu do quai Branly, um museu de “arte etnográfica”, herdeiro de coleções coloniais e de uma visão universalista de culturas e de suas produções artísticas. Partindo de descrição etnográfica e análise estética, pretende-se explorar o processo de atribuição de agência a uma exposição, através da atividade curatorial. Para tanto, são relacionados elementos visuais e discursivos presentes na exposição e mobilizados para sua realização, explicitando o papel desempenhado por ela no discurso de “diálogo entre culturas” proposto pela instituição francesa. São trazidos contrapontos encontrados nas propostas curatoriais de outras exposições temporárias da mesma instituição e de sua exposição permanente, revelando o protagonismo do curador – que assume formas variadas, mais ou menos explicitadas – como principal mediador entre público e construções culturais traduzidas esteticamente.
Palavras chave: Arte, Objetos, Museu, Exposições, Curadoria, Estética, Agência, Museu do quai Branly, Maori
v.60 n.2 (2017) by Nina Vincent
Esta dissertação analisa a exposição “Maori. Seus tesouros têm alma” apresentada no Museu do quai Branly, em Paris - França, de setembro de 2011 a janeiro de 2012, que apresentou a cultura e a arte dos Maori, povo indígena da Nova Zelândia. A exposição foi caracterizada como a primeira experiência de “curadoria nativa” realizada na instituição e culminou com o repatriamento para a Nova Zelândia de vinte crânios mumificados maori que pertenciam a coleções de museus franceses. Ela marca o encontro do Museu Te Papa Tongarewa da Nova Zelândia, que preconiza controle nativo sobre os objetos levados para Europa por colonizadores, e o Museu do quai Branly, um museu de “arte etnográfica”, herdeiro de coleções coloniais e de uma visão universalista de culturas e de suas produções artísticas. Partindo de descrição etnográfica e análise estética, pretende-se explorar o processo de atribuição de agência a uma exposição, através da atividade curatorial. Para tanto, são relacionados elementos visuais e discursivos presentes na exposição e mobilizados para sua realização, explicitando o papel desempenhado por ela no discurso de “diálogo entre culturas” proposto pela instituição francesa. São trazidos contrapontos encontrados nas propostas curatoriais de outras exposições temporárias da mesma instituição e de sua exposição permanente, revelando o protagonismo do curador – que assume formas variadas, mais ou menos explicitadas – como principal mediador entre público e construções culturais traduzidas esteticamente.
Palavras chave: Arte, Objetos, Museu, Exposições, Curadoria, Estética, Agência, Museu do quai Branly, Maori