Papers by Guilherme Ramos Cardoso
Revista Linguíʃtica, 2019
A narrativa foi registrada em 2016 na aldeia Awa, Terra Indígena Caru (Maranhão), e é contada por... more A narrativa foi registrada em 2016 na aldeia Awa, Terra Indígena Caru (Maranhão), e é contada por Hajkaramykỹa Awa Guajá. Trata-se de um dos episódios do mito que tem como personagem principal Kamixatuhujaxa’amỹna, o dono do jabuti, e se passa em um tempo em que os animais eram “gente” e os jabutis podiam correr. Nesse mito, o jabuti e o jaguar se encontram, e o jaguar acaba enganado e morto. No episódio transcrito, o jaguar morre após ter uma relação sexual com o jabuti. Esta é uma narrativa cômica e é um exemplo de arte verbal dos Awa Guajá.
Cadernos de Campo (São Paulo - 1991)
Revista Linguística, 2019
A narrativa foi registrada em 2016 na aldeia Awa, Terra Indígena Caru (Maranhão), e é contada por... more A narrativa foi registrada em 2016 na aldeia Awa, Terra Indígena Caru (Maranhão), e é contada por Hajkaramykỹa Awa Guajá. Trata-se de um dos episódios do mito que tem como personagem principal Kamixatuhujaxa’amỹna, o dono do jabuti, e se passa em um tempo em que os animais eram “gente” e os jabutis podiam correr. Nesse mito, o jabuti e o jaguar se encontram, e o jaguar acaba enganado e morto. No episódio transcrito, o jaguar morre após ter uma relação sexual com o jabuti. Esta é uma narrativa cômica e é um exemplo de arte verbal dos Awa Guajá.
Proa: revista de antropologia e arte, 2010
Esse trabalho apresenta uma discussão sobre a identidade e a etnicidade entre os AwáGuajá. Os g... more Esse trabalho apresenta uma discussão sobre a identidade e a etnicidade entre os AwáGuajá. Os grupos awá-guajá vivem na Amazônia Oriental, no oeste do estado do Maranhão, e a partir da década de 1970 passaram a se estabelecer em áreas indígenas e sob os cuidados da Fundação Nacional do Índio. Desde então vêm lutando pela sua sobrevivência diante das invasões e destruição do seu território tradicional por conta da expansão da
exploração econômica da região onde vivem. Esse trabalho discute como a literatura antropológica sobre os Awá-Guajá trata sua constituição como um coletivo étnico. São discutidas noções como a de “grupo”, “etnicidade” e territorialização”, de uma perspectiva teórica e etnográfica.
VI Jornada de Antropologia dos Alunos do PPGA - UFF
Uma área de colaboração entre linguistas e antropólogos que ainda merece ser explorada é a da in... more Uma área de colaboração entre linguistas e antropólogos que ainda merece ser explorada é a da intersecção entre estudos do conhecimento sobre o entorno biológico e a etnologia. Pesquisas linguísticas a respeito da maneira como populações indígenas classificam espécies animais e vegetais têm sido fundamentais para pesquisas antropológicas como forma de compreender a relação entre essas populações e seu ambiente, principalmente em períodos sem outro registro histórico disponível que não o linguístico (Berlin, 1969, 1973; Rosch, 1978; Jensen, 1987; Balée, 1994; Cormier, 2002, 2005). Do mesmo modo, pesquisas antropológicas têm permitido aos linguistas avanços na descrição e compreensão de sistemas classificatórios e linguísticos ao
permitir-lhes trabalhar com as relações entre a linguagem e a vida social e cultural dos grupos. Assim, esse trabalho pretende discutir, a partir de uma experiência de pesquisa em Linguística com os Yudjá do Parque Indígena do Xingu, e em Antropologia com os Awá-Guajá da Amazônia Oriental, os problemas e as questões que a colaboração entre Linguística e Antropologia colocam contemporaneamente na pesquisa com populações indígenas.
VI Jornada de Antropologia dos Alunos do PPGA - UFF
Os Awá-Guajá da Amazônia Oriental têm enfrentado nos últimos 30 anos mudanças de grande magnitude... more Os Awá-Guajá da Amazônia Oriental têm enfrentado nos últimos 30 anos mudanças de grande magnitude. Com o crescente avanço de uma frente de expansão econômica na região que habitam, seguida da invasão também cada vez maior dos seus territórios, seus modos de relacionar tanto com outros grupos étnicos quanto os diversos que consideram a si mesmo Awá-Guajá têm passado por transformações e exigido muitas vezes reformulações e renegociações políticas, simbólicas e cognitivas. Esse artigo pretende discutir esses processos de transformação a partir das noções de etnicidade e história.
Thesis Chapters by Guilherme Ramos Cardoso
Os Awa são um povo indígena amazônico, falante de uma língua da família tupi-guarani, que vive no... more Os Awa são um povo indígena amazônico, falante de uma língua da família tupi-guarani, que vive no noroeste do estado do Maranhão, nas Terras Indígenas Alto Turiaçu, Awa, Caru e Arariboia. Sua população, que hoje é de quase 500 pessoas, foi nas últimas décadas reduzida a menos da metade, como consequência da ocupação dos seus territórios pelos karai, não-indígenas, e das operações de "contato" promovidas pela Funai desde a década de 1970. Nesta tese discuto como esse processo, que meus interlocutores em campo chamam de passar a "viver no meio dos karai", é compreendido e expressado por alguns dos Awa da região do rio Pindaré, na Terra Indígena Caru, MA. Desse modo, a partir de uma etnografia da relação dos Awa do Pindaré com os não-indígenas, pretende-se refletir sobre a noção de "contato" e seus desdobramentos em contraste com as ideias dos Awa sobre o corpo, o conhecimento e o território.
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Papers by Guilherme Ramos Cardoso
exploração econômica da região onde vivem. Esse trabalho discute como a literatura antropológica sobre os Awá-Guajá trata sua constituição como um coletivo étnico. São discutidas noções como a de “grupo”, “etnicidade” e territorialização”, de uma perspectiva teórica e etnográfica.
permitir-lhes trabalhar com as relações entre a linguagem e a vida social e cultural dos grupos. Assim, esse trabalho pretende discutir, a partir de uma experiência de pesquisa em Linguística com os Yudjá do Parque Indígena do Xingu, e em Antropologia com os Awá-Guajá da Amazônia Oriental, os problemas e as questões que a colaboração entre Linguística e Antropologia colocam contemporaneamente na pesquisa com populações indígenas.
Thesis Chapters by Guilherme Ramos Cardoso
exploração econômica da região onde vivem. Esse trabalho discute como a literatura antropológica sobre os Awá-Guajá trata sua constituição como um coletivo étnico. São discutidas noções como a de “grupo”, “etnicidade” e territorialização”, de uma perspectiva teórica e etnográfica.
permitir-lhes trabalhar com as relações entre a linguagem e a vida social e cultural dos grupos. Assim, esse trabalho pretende discutir, a partir de uma experiência de pesquisa em Linguística com os Yudjá do Parque Indígena do Xingu, e em Antropologia com os Awá-Guajá da Amazônia Oriental, os problemas e as questões que a colaboração entre Linguística e Antropologia colocam contemporaneamente na pesquisa com populações indígenas.