Para criar Unidades de Conservação (UCs) em áreas privadas, o Estado deve previamente adquirir a ... more Para criar Unidades de Conservação (UCs) em áreas privadas, o Estado deve previamente adquirir a propriedade, pagando o preço justo sem gerar lucros ou perdas para o proprietário e para o erário público. A literatura sugere que atribuir o real valor econômico para a biodiversidade contribui para sua preservação. O objetivo desta Tese é avaliar um Modelo de Valoração Econômica dos Recursos Naturais na criação de Unidades de Conservação no Brasil, aqui proposto como Modelo de Valoração Econômica na Criação de Unidades de Conservação (MVUC) . A pesquisa é de natureza quali-quantitativa e aplicada. Sob o aspecto epistemológico, pode ser considerada como um estudo complexo, por envolver temas multidisciplinares de natureza econômica, social, ambiental e legal, demandando interpretações sistêmicas. Como contribuição teórica, foi proposto um Modelo de Valoração amplo, validado por especialistas e usado como referencial para a Pesquisa. Para sua construção foram utilizados referenciais da literatura (TURNER; PEARCE,1990; SEROA DA MOTA,2007; dentre outros) e a legislação sobre valoração econômica de recursos naturais, como o Decreto 4.339/2002, os modelos oficiais da ABNT, ICMBio e Ministério Público do Estado de Santa Catarina (locus da pesquisa). Apresenta-se ainda um relato histórico da criação e uma estimativa de valores globais das UCs estudadas, Parque Nacional das Araucárias e Estação Ecológica Mata Preta Os dados foram coletados no início de 2013 por meio de entrevistas semi-estruturadas com proprietários e representantes do governo, pesquisa documental, processos judiciais e dados secundários de outras pesquisas . Como resultados são apresentadas as perspectivas do Governo, dos Proprietários e do Pesquisador sobre componentes e dimensões de valor econômico das áreas. O Modelo proposto (MVUC) é abrangente, pois além de contemplar componentes sugeridos na literatura e legislação, incorpora outros que os modelos oficiais desconsideram ou tratam de forma isolada. Pode ser utilizado para múltiplas finalidades, como cálculo de dano, de indenização em desapropriação, estimativas de valores para análise custo-benefício na criação e manutenção de UCs, cálculo de contingências de regularização fundiária ou para incorporação na contabilidade pública. Desta forma, o Modelo proposto é robusto e flexível o suficiente para comportar a consideração de valores, sob as diversas óticas. Para os casos específicos em estudo (UCs de Santa Catarina), concluiu-se também que o Governo sub-avalia as áreas ao não atribuir valor econômico à biodiversidade que justifica a criação e manutenção da UCs, contrariando a literatura e interpretação legal favorável, gerando insegurança jurídica, social e econômica e que isto pode comprometer a proteção ambiental. No entanto, o pagamento do real valor econômico pode onerar demasiadamente as finanças públicas, escassas, e há necessidade de equacionar a proteção ambiental com a proteção do direito de propriedade, buscando-se soluções convergentes. Entre as limitações, a complexidade de mensuração econômica de alguns componentes do Modelo, o fato de que ele não foi validado pelo Governo, e a falta de informações precisas dos valores de indenização que o Governo pretende pagar pela desapropriação, por vezes ainda desconhecidos. Ao final do trabalho sugere-se a realização de estudos, entre outros, para avaliar outras Unidades de Conservação e também quantificar o passivo de regularização fundiária, utilizando o Modelo proposto.
Palavras-chave: Valoração econômica de recursos naturais; Unidades de conservação; Modelo de valoração; Indenização de recursos naturais. Desapropriação.
Para criar Unidades de Conservação (UCs) em áreas privadas, o Estado deve previamente adquirir a ... more Para criar Unidades de Conservação (UCs) em áreas privadas, o Estado deve previamente adquirir a propriedade, pagando o preço justo sem gerar lucros ou perdas para o proprietário e para o erário público. A literatura sugere que atribuir o real valor econômico para a biodiversidade contribui para sua preservação. O objetivo desta Tese é avaliar um Modelo de Valoração Econômica dos Recursos Naturais na criação de Unidades de Conservação no Brasil, aqui proposto como Modelo de Valoração Econômica na Criação de Unidades de Conservação (MVUC) . A pesquisa é de natureza quali-quantitativa e aplicada. Sob o aspecto epistemológico, pode ser considerada como um estudo complexo, por envolver temas multidisciplinares de natureza econômica, social, ambiental e legal, demandando interpretações sistêmicas. Como contribuição teórica, foi proposto um Modelo de Valoração amplo, validado por especialistas e usado como referencial para a Pesquisa. Para sua construção foram utilizados referenciais da literatura (TURNER; PEARCE,1990; SEROA DA MOTA,2007; dentre outros) e a legislação sobre valoração econômica de recursos naturais, como o Decreto 4.339/2002, os modelos oficiais da ABNT, ICMBio e Ministério Público do Estado de Santa Catarina (locus da pesquisa). Apresenta-se ainda um relato histórico da criação e uma estimativa de valores globais das UCs estudadas, Parque Nacional das Araucárias e Estação Ecológica Mata Preta Os dados foram coletados no início de 2013 por meio de entrevistas semi-estruturadas com proprietários e representantes do governo, pesquisa documental, processos judiciais e dados secundários de outras pesquisas . Como resultados são apresentadas as perspectivas do Governo, dos Proprietários e do Pesquisador sobre componentes e dimensões de valor econômico das áreas. O Modelo proposto (MVUC) é abrangente, pois além de contemplar componentes sugeridos na literatura e legislação, incorpora outros que os modelos oficiais desconsideram ou tratam de forma isolada. Pode ser utilizado para múltiplas finalidades, como cálculo de dano, de indenização em desapropriação, estimativas de valores para análise custo-benefício na criação e manutenção de UCs, cálculo de contingências de regularização fundiária ou para incorporação na contabilidade pública. Desta forma, o Modelo proposto é robusto e flexível o suficiente para comportar a consideração de valores, sob as diversas óticas. Para os casos específicos em estudo (UCs de Santa Catarina), concluiu-se também que o Governo sub-avalia as áreas ao não atribuir valor econômico à biodiversidade que justifica a criação e manutenção da UCs, contrariando a literatura e interpretação legal favorável, gerando insegurança jurídica, social e econômica e que isto pode comprometer a proteção ambiental. No entanto, o pagamento do real valor econômico pode onerar demasiadamente as finanças públicas, escassas, e há necessidade de equacionar a proteção ambiental com a proteção do direito de propriedade, buscando-se soluções convergentes. Entre as limitações, a complexidade de mensuração econômica de alguns componentes do Modelo, o fato de que ele não foi validado pelo Governo, e a falta de informações precisas dos valores de indenização que o Governo pretende pagar pela desapropriação, por vezes ainda desconhecidos. Ao final do trabalho sugere-se a realização de estudos, entre outros, para avaliar outras Unidades de Conservação e também quantificar o passivo de regularização fundiária, utilizando o Modelo proposto.
Palavras-chave: Valoração econômica de recursos naturais; Unidades de conservação; Modelo de valoração; Indenização de recursos naturais. Desapropriação.
Trata da relaçao entre riscos ambientais e gestao de custos.
A questão ambiental vem ganhando imp... more Trata da relaçao entre riscos ambientais e gestao de custos. A questão ambiental vem ganhando importância nos últimos anos e isso afeta de alguma forma as estratégias das empresas, conforme o grau de importância do risco ambiental para a atividade. Assim, é de se esperar que as empresas adotem processos de gestão de custos ambientais compatíveis com o risco ambiental, no contexto de estratégias funcionais alinhadas às estratégias gerais que visam manter uma vantagem competitiva sustentável. Esta pesquisa, de natureza aplicada visou identificar a relação entre Riscos Ambientais e a Gestão dos Custos Ambientais em empresas atuantes no Brasil no que se refere à sua adesão ao recomendado pela literatura. A partir da sondagem sobre gestão ambiental realizada em quatro empresas, e da revisão teórica sobre risco ambiental, gestão ambiental e gestão de custos ambientais, desenvolveu-se um questionário usando escala tipo Likert e sobre estes três temas. Para identificar o Risco Ambiental foi proposto um bloco de indicadores que visam identificar a percepção dos gestores quanto ao risco ambiental e um bloco que visa identificar o processo de gestão do risco ambiental. De forma análoga foi proposto um bloco para identificar a Gestão dos Custos Ambientais. Na sequência o questionário foi submetido à dupla avaliação: (1) Análise de validade de conteúdo e (2) Pré-teste onde se analisou a consistência pelo Alfa de Cronbach. Ambos resultaram satisfatórios.. As análises às respostas ao questionário permitiram encontrar evidências de que existe relação entre o Risco Ambiental e a Gestão dos Custos Ambientais. Esta relação pode ser sintetizada por uma forte correlação, positiva e linear, entre os níveis de Risco Ambiental e de Gestão dos Custos Ambientais, de tal forma que, no Modelo adotado, o nível de Risco Ambiental explica aproximadamente 67% do nível da Gestão de Custos Ambientais. Constatou-se que os executivos percebem uma elevação de custos ambientais nos últimos anos e manifestam crença de que continuarão em ascendência. Também se observou que muitas empresas não adotam instrumentos de Gestão dos Custos ambientais recomendados pela literatura. no entanto, elas manifestam intenção de aperfeiçoar os controles de custos ambientais no futuro. Foi constatado também que algumas empresas adotam posturas ambientais estratégicas, indo alem do simples cumprimento da lei.
Public Conservation Units (CUs) only exist if both ownership and control are public. Therefore,
... more Public Conservation Units (CUs) only exist if both ownership and control are public. Therefore,
the state must acquire ownership and should pay a fair price, up front. The objective of this article
to propose and apply a Model for Economic Valuation of Natural Resources for the Creation of
Conservation Units in Brazil that is in convergence with current theory on economic valuation of
natural resources (Turner; Pearce, 1990; Seroa da Motta, 2007) and the applicable Brazilian
legislation (Decreto 4.339/2002, among others) but which the official models either ignore or
deal in an isolated manner. The study employed a combination of qualitative and quantitative
methods to conduct an applied research project, which takes in economics, sociology,
environmental studies and law. The model’s applicability was assessed by conducting analyses of
the Mata Preta ecological station and the Araucárias national park, both in Santa Catarina, Brazil.
Data were collected during semi-structured interviews with landowners and government
representatives, through documentary research and from court records, in addition to secondary
data from other studies. The paper presents the perspectives of the Government, of individual
Landowner subject to compulsory purchase and of the results of this research on the components
and dimensions of economic value in one area and then presents an overall estimate for the
values of the two CUs studied. In all cases studied, the Government undervalued the properties
subject to expropriation by not attributing economic value to the very biodiversity that it uses to
justify the creation and maintenance of CUs.
Este ensaio teórico sugere alterações nas estratégias das corporações compatíveis com a Teoria Cr... more Este ensaio teórico sugere alterações nas estratégias das corporações compatíveis com a Teoria Crítica. Relatório da The Royal Society (2012) recomenda a tomada de medidas drásticas e mudanças nos hábitos, pois o consumo excessivo em países ricos e
o rápido crescimento populacional nos países mais pobres precisam ser controlados para que a humanidade possa viver de forma sustentável. Como resultado, propõe-se estratégias de sustentabilidade que incorporem principalmente a redução de produção e consumo e a contenção do crescimento populacional, com justa distribuição de custos e benefícios entre a sociedade.
Os resultados das pesquisas que visam verificar a relação entre os custos ambientais e o desempen... more Os resultados das pesquisas que visam verificar a relação entre os custos ambientais e o desempenho econômico financeiro das empresas são contraditórios: algumas concluem pela existência de relação, outras, pela inexistência. O objetivo deste ensaio é apresentar uma análise crítica dos fundamentos teóricos que tratam desse relacionamento. O contexto em que se examina é o da sustentabilidade sistêmica, econômica, social e ambiental. Parte-se da explicitação de resultados de algumas pesquisas onde se demonstra a falta de uniformidade das conclusões. Buscou-se fundamentos teóricos para explicitar a expectativa econômica de
retorno econômico dos gastos ambientais sob uma ótica objetivista, funcionalista e fundamentos teóricos ontológicos e epistemológicos sob uma ótica subjetivista, que defende a
impossibilidade de mensuração objetiva desta relação, o que é feito utilizando-se o método dialético. Demonstra-se a deficiência da contabilidade em captar os custos ambientais tangíveis e intangíveis no âmbito da sustentabilidade. A economia busca maximização de resultados, mas as demandas ambientais visam o bem-estar e não há um denominador único de valor. Redução de custos ambientais imediatos (objetivos) gera danos ambientais
(subjetivos), alem de custos intangíveis no longo prazo. Um gasto ambiental tangível, econômico, reduz riscos e danos ambientais, gera ativos intangíveis e economia de custos no longo prazo. Em síntese, custo e benefício econômico e ambiental são inversos. No conceito de sustentabilidade, investimentos deveriam proporcionar também retorno social e ambiental, não mensuráveis senão de forma intangível e subjetiva segundo valores não monetários. A análise do retorno deveria contemplar o diálogo entre paradigmas, o que demanda uma abordagem multiparadigmática.
Este ensaio teórico sugere alterações nas estratégias das corporações compatíveis com a Teoria Cr... more Este ensaio teórico sugere alterações nas estratégias das corporações compatíveis com a Teoria Crítica. Relatório da The Royal Society (2012) recomenda a tomada de medidas drásticas e mudanças nos hábitos, pois o consumo excessivo em países ricos e o rápido crescimento populacional nos países mais pobres precisam ser controlados para que a humanidade possa viver de forma sustentável. Como resultado, propõe-se estratégias de sustentabilidade que incorporem principalmente a redução de produção e
consumo e a contenção do crescimento populacional, com justa distribuição de custos e benefícios entre a sociedade.
Este artigo tem como objetivo o desenvolvimento e avaliação de questionário para identificar o ri... more Este artigo tem como objetivo o desenvolvimento e avaliação de questionário para identificar o risco ambiental e sua relação com a gestão de custos ambientais em empresas brasileiras.
"O objetivo deste ensaio é apresentar referenciais e proceder a uma análise crítica dos fundament... more "O objetivo deste ensaio é apresentar referenciais e proceder a uma análise crítica dos fundamentos teóricos que envolvem o conceito de sustentabilidade. O contexto em que se examina é o da sustentabilidade sistêmica – econômica, social e ambiental. O crescimento econômico de um país, relacionado com o aumento da produção de bens de consumo, visa gerar lucros para as organizações que os fabricam. Essa produção gera resíduos, que por sua vez podem ser os responsáveis por danos e impactos ambientais negativos.O conflito é inevitável. A mediação desse conflito passa pela cultura, pelos sistemas de crenças e valores da sociedade e das organizações, de
forma transdisciplinar, incorporando conhecimentos de várias áreas. Ao final, sugeriu-se a incorporação, no pensamento administrativo e na formulação de estratégias das organizações,
de conceitos multidisciplinares relacionados com a ecologia e de indicadores não monetários de medição da sustentabilidade, bem como que as organizações assumissem o papel de
responsáveis pela construção social do bem estar das populações."
Resumo: Esse artigo procurou identificar relações estatísticas entre a existência de declarações ... more Resumo: Esse artigo procurou identificar relações estatísticas entre a existência de declarações ambientais nos sistemas de crenças e o reflexo no disclosure verde voluntário das companhias. A hipótese é de que maior ênfase em preocupações ambientais nas declarações do sistema de crenças resulta em maior divulgação de dados ambientais, financeiros e não financeiros. O teste foi realizado por regressão linear com MQO, sobre dados do ano de 2012 de 85 empresas listadas na BM&FBOVESPA, tendo como ponto de partida aquelas que apresentam potencial risco ambiental em suas atividades, ou seja, estão mais expostas a custos e passivos ambientais. Os testes rejeitaram a hipótese nula de ausência de relação entre as declarações ambientais e o diclosure verde. Encontraram-se relações positivas para o disclosure em relatórios de administração e nos website das empresas e negativas com a divulgação nos demonstrativos financeiros da contabilidade societária. Tal constatação reforça a percepção de que as empresas não reconhecem financeiramente os impactos ambientais, utilizando outros meios para comunicar, não sujeitos a normas ou revisões de auditorias. Essa pesquisa contribui para as discussões sobre o uso dos sistemas de crenças como direcionadores do comportamento organizacional, em particular, para temas relacionados à responsabilidade social corporativa. Adicionalmente, avaliou-se a ênfase em diferentes canais de comunicação e novas variáveis de disclosure verde foram apresentadas, contribuindo para a discussão sobre a carência na atuação da contabilidade nesse tema. Palavras-chave: Sistema de crenças. Custos ambientais. Disclosure verde. Área temática: Abordagens contemporâneas de custos Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
Para criar Unidades de Conservação (UCs) em áreas privadas, o Estado deve previamente adquirir a ... more Para criar Unidades de Conservação (UCs) em áreas privadas, o Estado deve previamente adquirir a propriedade, pagando o preço justo sem gerar lucros ou perdas para o proprietário e para o erário público. A literatura sugere que atribuir o real valor econômico para a biodiversidade contribui para sua preservação. O objetivo desta Tese é avaliar um Modelo de Valoração Econômica dos Recursos Naturais na criação de Unidades de Conservação no Brasil, aqui proposto como Modelo de Valoração Econômica na Criação de Unidades de Conservação (MVUC) . A pesquisa é de natureza quali-quantitativa e aplicada. Sob o aspecto epistemológico, pode ser considerada como um estudo complexo, por envolver temas multidisciplinares de natureza econômica, social, ambiental e legal, demandando interpretações sistêmicas. Como contribuição teórica, foi proposto um Modelo de Valoração amplo, validado por especialistas e usado como referencial para a Pesquisa. Para sua construção foram utilizados referenciais da literatura (TURNER; PEARCE,1990; SEROA DA MOTA,2007; dentre outros) e a legislação sobre valoração econômica de recursos naturais, como o Decreto 4.339/2002, os modelos oficiais da ABNT, ICMBio e Ministério Público do Estado de Santa Catarina (locus da pesquisa). Apresenta-se ainda um relato histórico da criação e uma estimativa de valores globais das UCs estudadas, Parque Nacional das Araucárias e Estação Ecológica Mata Preta Os dados foram coletados no início de 2013 por meio de entrevistas semi-estruturadas com proprietários e representantes do governo, pesquisa documental, processos judiciais e dados secundários de outras pesquisas . Como resultados são apresentadas as perspectivas do Governo, dos Proprietários e do Pesquisador sobre componentes e dimensões de valor econômico das áreas. O Modelo proposto (MVUC) é abrangente, pois além de contemplar componentes sugeridos na literatura e legislação, incorpora outros que os modelos oficiais desconsideram ou tratam de forma isolada. Pode ser utilizado para múltiplas finalidades, como cálculo de dano, de indenização em desapropriação, estimativas de valores para análise custo-benefício na criação e manutenção de UCs, cálculo de contingências de regularização fundiária ou para incorporação na contabilidade pública. Desta forma, o Modelo proposto é robusto e flexível o suficiente para comportar a consideração de valores, sob as diversas óticas. Para os casos específicos em estudo (UCs de Santa Catarina), concluiu-se também que o Governo sub-avalia as áreas ao não atribuir valor econômico à biodiversidade que justifica a criação e manutenção da UCs, contrariando a literatura e interpretação legal favorável, gerando insegurança jurídica, social e econômica e que isto pode comprometer a proteção ambiental. No entanto, o pagamento do real valor econômico pode onerar demasiadamente as finanças públicas, escassas, e há necessidade de equacionar a proteção ambiental com a proteção do direito de propriedade, buscando-se soluções convergentes. Entre as limitações, a complexidade de mensuração econômica de alguns componentes do Modelo, o fato de que ele não foi validado pelo Governo, e a falta de informações precisas dos valores de indenização que o Governo pretende pagar pela desapropriação, por vezes ainda desconhecidos. Ao final do trabalho sugere-se a realização de estudos, entre outros, para avaliar outras Unidades de Conservação e também quantificar o passivo de regularização fundiária, utilizando o Modelo proposto.
Palavras-chave: Valoração econômica de recursos naturais; Unidades de conservação; Modelo de valoração; Indenização de recursos naturais. Desapropriação.
Para criar Unidades de Conservação (UCs) em áreas privadas, o Estado deve previamente adquirir a ... more Para criar Unidades de Conservação (UCs) em áreas privadas, o Estado deve previamente adquirir a propriedade, pagando o preço justo sem gerar lucros ou perdas para o proprietário e para o erário público. A literatura sugere que atribuir o real valor econômico para a biodiversidade contribui para sua preservação. O objetivo desta Tese é avaliar um Modelo de Valoração Econômica dos Recursos Naturais na criação de Unidades de Conservação no Brasil, aqui proposto como Modelo de Valoração Econômica na Criação de Unidades de Conservação (MVUC) . A pesquisa é de natureza quali-quantitativa e aplicada. Sob o aspecto epistemológico, pode ser considerada como um estudo complexo, por envolver temas multidisciplinares de natureza econômica, social, ambiental e legal, demandando interpretações sistêmicas. Como contribuição teórica, foi proposto um Modelo de Valoração amplo, validado por especialistas e usado como referencial para a Pesquisa. Para sua construção foram utilizados referenciais da literatura (TURNER; PEARCE,1990; SEROA DA MOTA,2007; dentre outros) e a legislação sobre valoração econômica de recursos naturais, como o Decreto 4.339/2002, os modelos oficiais da ABNT, ICMBio e Ministério Público do Estado de Santa Catarina (locus da pesquisa). Apresenta-se ainda um relato histórico da criação e uma estimativa de valores globais das UCs estudadas, Parque Nacional das Araucárias e Estação Ecológica Mata Preta Os dados foram coletados no início de 2013 por meio de entrevistas semi-estruturadas com proprietários e representantes do governo, pesquisa documental, processos judiciais e dados secundários de outras pesquisas . Como resultados são apresentadas as perspectivas do Governo, dos Proprietários e do Pesquisador sobre componentes e dimensões de valor econômico das áreas. O Modelo proposto (MVUC) é abrangente, pois além de contemplar componentes sugeridos na literatura e legislação, incorpora outros que os modelos oficiais desconsideram ou tratam de forma isolada. Pode ser utilizado para múltiplas finalidades, como cálculo de dano, de indenização em desapropriação, estimativas de valores para análise custo-benefício na criação e manutenção de UCs, cálculo de contingências de regularização fundiária ou para incorporação na contabilidade pública. Desta forma, o Modelo proposto é robusto e flexível o suficiente para comportar a consideração de valores, sob as diversas óticas. Para os casos específicos em estudo (UCs de Santa Catarina), concluiu-se também que o Governo sub-avalia as áreas ao não atribuir valor econômico à biodiversidade que justifica a criação e manutenção da UCs, contrariando a literatura e interpretação legal favorável, gerando insegurança jurídica, social e econômica e que isto pode comprometer a proteção ambiental. No entanto, o pagamento do real valor econômico pode onerar demasiadamente as finanças públicas, escassas, e há necessidade de equacionar a proteção ambiental com a proteção do direito de propriedade, buscando-se soluções convergentes. Entre as limitações, a complexidade de mensuração econômica de alguns componentes do Modelo, o fato de que ele não foi validado pelo Governo, e a falta de informações precisas dos valores de indenização que o Governo pretende pagar pela desapropriação, por vezes ainda desconhecidos. Ao final do trabalho sugere-se a realização de estudos, entre outros, para avaliar outras Unidades de Conservação e também quantificar o passivo de regularização fundiária, utilizando o Modelo proposto.
Palavras-chave: Valoração econômica de recursos naturais; Unidades de conservação; Modelo de valoração; Indenização de recursos naturais. Desapropriação.
Trata da relaçao entre riscos ambientais e gestao de custos.
A questão ambiental vem ganhando imp... more Trata da relaçao entre riscos ambientais e gestao de custos. A questão ambiental vem ganhando importância nos últimos anos e isso afeta de alguma forma as estratégias das empresas, conforme o grau de importância do risco ambiental para a atividade. Assim, é de se esperar que as empresas adotem processos de gestão de custos ambientais compatíveis com o risco ambiental, no contexto de estratégias funcionais alinhadas às estratégias gerais que visam manter uma vantagem competitiva sustentável. Esta pesquisa, de natureza aplicada visou identificar a relação entre Riscos Ambientais e a Gestão dos Custos Ambientais em empresas atuantes no Brasil no que se refere à sua adesão ao recomendado pela literatura. A partir da sondagem sobre gestão ambiental realizada em quatro empresas, e da revisão teórica sobre risco ambiental, gestão ambiental e gestão de custos ambientais, desenvolveu-se um questionário usando escala tipo Likert e sobre estes três temas. Para identificar o Risco Ambiental foi proposto um bloco de indicadores que visam identificar a percepção dos gestores quanto ao risco ambiental e um bloco que visa identificar o processo de gestão do risco ambiental. De forma análoga foi proposto um bloco para identificar a Gestão dos Custos Ambientais. Na sequência o questionário foi submetido à dupla avaliação: (1) Análise de validade de conteúdo e (2) Pré-teste onde se analisou a consistência pelo Alfa de Cronbach. Ambos resultaram satisfatórios.. As análises às respostas ao questionário permitiram encontrar evidências de que existe relação entre o Risco Ambiental e a Gestão dos Custos Ambientais. Esta relação pode ser sintetizada por uma forte correlação, positiva e linear, entre os níveis de Risco Ambiental e de Gestão dos Custos Ambientais, de tal forma que, no Modelo adotado, o nível de Risco Ambiental explica aproximadamente 67% do nível da Gestão de Custos Ambientais. Constatou-se que os executivos percebem uma elevação de custos ambientais nos últimos anos e manifestam crença de que continuarão em ascendência. Também se observou que muitas empresas não adotam instrumentos de Gestão dos Custos ambientais recomendados pela literatura. no entanto, elas manifestam intenção de aperfeiçoar os controles de custos ambientais no futuro. Foi constatado também que algumas empresas adotam posturas ambientais estratégicas, indo alem do simples cumprimento da lei.
Public Conservation Units (CUs) only exist if both ownership and control are public. Therefore,
... more Public Conservation Units (CUs) only exist if both ownership and control are public. Therefore,
the state must acquire ownership and should pay a fair price, up front. The objective of this article
to propose and apply a Model for Economic Valuation of Natural Resources for the Creation of
Conservation Units in Brazil that is in convergence with current theory on economic valuation of
natural resources (Turner; Pearce, 1990; Seroa da Motta, 2007) and the applicable Brazilian
legislation (Decreto 4.339/2002, among others) but which the official models either ignore or
deal in an isolated manner. The study employed a combination of qualitative and quantitative
methods to conduct an applied research project, which takes in economics, sociology,
environmental studies and law. The model’s applicability was assessed by conducting analyses of
the Mata Preta ecological station and the Araucárias national park, both in Santa Catarina, Brazil.
Data were collected during semi-structured interviews with landowners and government
representatives, through documentary research and from court records, in addition to secondary
data from other studies. The paper presents the perspectives of the Government, of individual
Landowner subject to compulsory purchase and of the results of this research on the components
and dimensions of economic value in one area and then presents an overall estimate for the
values of the two CUs studied. In all cases studied, the Government undervalued the properties
subject to expropriation by not attributing economic value to the very biodiversity that it uses to
justify the creation and maintenance of CUs.
Este ensaio teórico sugere alterações nas estratégias das corporações compatíveis com a Teoria Cr... more Este ensaio teórico sugere alterações nas estratégias das corporações compatíveis com a Teoria Crítica. Relatório da The Royal Society (2012) recomenda a tomada de medidas drásticas e mudanças nos hábitos, pois o consumo excessivo em países ricos e
o rápido crescimento populacional nos países mais pobres precisam ser controlados para que a humanidade possa viver de forma sustentável. Como resultado, propõe-se estratégias de sustentabilidade que incorporem principalmente a redução de produção e consumo e a contenção do crescimento populacional, com justa distribuição de custos e benefícios entre a sociedade.
Os resultados das pesquisas que visam verificar a relação entre os custos ambientais e o desempen... more Os resultados das pesquisas que visam verificar a relação entre os custos ambientais e o desempenho econômico financeiro das empresas são contraditórios: algumas concluem pela existência de relação, outras, pela inexistência. O objetivo deste ensaio é apresentar uma análise crítica dos fundamentos teóricos que tratam desse relacionamento. O contexto em que se examina é o da sustentabilidade sistêmica, econômica, social e ambiental. Parte-se da explicitação de resultados de algumas pesquisas onde se demonstra a falta de uniformidade das conclusões. Buscou-se fundamentos teóricos para explicitar a expectativa econômica de
retorno econômico dos gastos ambientais sob uma ótica objetivista, funcionalista e fundamentos teóricos ontológicos e epistemológicos sob uma ótica subjetivista, que defende a
impossibilidade de mensuração objetiva desta relação, o que é feito utilizando-se o método dialético. Demonstra-se a deficiência da contabilidade em captar os custos ambientais tangíveis e intangíveis no âmbito da sustentabilidade. A economia busca maximização de resultados, mas as demandas ambientais visam o bem-estar e não há um denominador único de valor. Redução de custos ambientais imediatos (objetivos) gera danos ambientais
(subjetivos), alem de custos intangíveis no longo prazo. Um gasto ambiental tangível, econômico, reduz riscos e danos ambientais, gera ativos intangíveis e economia de custos no longo prazo. Em síntese, custo e benefício econômico e ambiental são inversos. No conceito de sustentabilidade, investimentos deveriam proporcionar também retorno social e ambiental, não mensuráveis senão de forma intangível e subjetiva segundo valores não monetários. A análise do retorno deveria contemplar o diálogo entre paradigmas, o que demanda uma abordagem multiparadigmática.
Este ensaio teórico sugere alterações nas estratégias das corporações compatíveis com a Teoria Cr... more Este ensaio teórico sugere alterações nas estratégias das corporações compatíveis com a Teoria Crítica. Relatório da The Royal Society (2012) recomenda a tomada de medidas drásticas e mudanças nos hábitos, pois o consumo excessivo em países ricos e o rápido crescimento populacional nos países mais pobres precisam ser controlados para que a humanidade possa viver de forma sustentável. Como resultado, propõe-se estratégias de sustentabilidade que incorporem principalmente a redução de produção e
consumo e a contenção do crescimento populacional, com justa distribuição de custos e benefícios entre a sociedade.
Este artigo tem como objetivo o desenvolvimento e avaliação de questionário para identificar o ri... more Este artigo tem como objetivo o desenvolvimento e avaliação de questionário para identificar o risco ambiental e sua relação com a gestão de custos ambientais em empresas brasileiras.
"O objetivo deste ensaio é apresentar referenciais e proceder a uma análise crítica dos fundament... more "O objetivo deste ensaio é apresentar referenciais e proceder a uma análise crítica dos fundamentos teóricos que envolvem o conceito de sustentabilidade. O contexto em que se examina é o da sustentabilidade sistêmica – econômica, social e ambiental. O crescimento econômico de um país, relacionado com o aumento da produção de bens de consumo, visa gerar lucros para as organizações que os fabricam. Essa produção gera resíduos, que por sua vez podem ser os responsáveis por danos e impactos ambientais negativos.O conflito é inevitável. A mediação desse conflito passa pela cultura, pelos sistemas de crenças e valores da sociedade e das organizações, de
forma transdisciplinar, incorporando conhecimentos de várias áreas. Ao final, sugeriu-se a incorporação, no pensamento administrativo e na formulação de estratégias das organizações,
de conceitos multidisciplinares relacionados com a ecologia e de indicadores não monetários de medição da sustentabilidade, bem como que as organizações assumissem o papel de
responsáveis pela construção social do bem estar das populações."
Resumo: Esse artigo procurou identificar relações estatísticas entre a existência de declarações ... more Resumo: Esse artigo procurou identificar relações estatísticas entre a existência de declarações ambientais nos sistemas de crenças e o reflexo no disclosure verde voluntário das companhias. A hipótese é de que maior ênfase em preocupações ambientais nas declarações do sistema de crenças resulta em maior divulgação de dados ambientais, financeiros e não financeiros. O teste foi realizado por regressão linear com MQO, sobre dados do ano de 2012 de 85 empresas listadas na BM&FBOVESPA, tendo como ponto de partida aquelas que apresentam potencial risco ambiental em suas atividades, ou seja, estão mais expostas a custos e passivos ambientais. Os testes rejeitaram a hipótese nula de ausência de relação entre as declarações ambientais e o diclosure verde. Encontraram-se relações positivas para o disclosure em relatórios de administração e nos website das empresas e negativas com a divulgação nos demonstrativos financeiros da contabilidade societária. Tal constatação reforça a percepção de que as empresas não reconhecem financeiramente os impactos ambientais, utilizando outros meios para comunicar, não sujeitos a normas ou revisões de auditorias. Essa pesquisa contribui para as discussões sobre o uso dos sistemas de crenças como direcionadores do comportamento organizacional, em particular, para temas relacionados à responsabilidade social corporativa. Adicionalmente, avaliou-se a ênfase em diferentes canais de comunicação e novas variáveis de disclosure verde foram apresentadas, contribuindo para a discussão sobre a carência na atuação da contabilidade nesse tema. Palavras-chave: Sistema de crenças. Custos ambientais. Disclosure verde. Área temática: Abordagens contemporâneas de custos Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
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Palavras-chave: Valoração econômica de recursos naturais; Unidades de conservação; Modelo de valoração; Indenização de recursos naturais. Desapropriação.
Palavras-chave: Valoração econômica de recursos naturais; Unidades de conservação; Modelo de valoração; Indenização de recursos naturais. Desapropriação.
A questão ambiental vem ganhando importância nos últimos anos e isso afeta de alguma forma as estratégias das empresas, conforme o grau de importância do risco ambiental para a atividade. Assim, é de se esperar que as empresas adotem processos de gestão de custos ambientais compatíveis com o risco ambiental, no contexto de estratégias funcionais alinhadas às estratégias gerais que visam manter uma vantagem competitiva sustentável. Esta pesquisa, de natureza aplicada visou identificar a relação entre Riscos Ambientais e a Gestão dos Custos Ambientais em empresas atuantes no Brasil no que se refere à sua adesão ao recomendado pela literatura. A partir da sondagem sobre gestão ambiental realizada em quatro empresas, e da revisão teórica sobre risco ambiental, gestão ambiental e gestão de custos ambientais, desenvolveu-se um questionário usando escala tipo Likert e sobre estes três temas. Para identificar o Risco Ambiental foi proposto um bloco de indicadores que visam identificar a percepção dos gestores quanto ao risco ambiental e um bloco que visa identificar o processo de gestão do risco ambiental. De forma análoga foi proposto um bloco para identificar a Gestão dos Custos Ambientais. Na sequência o questionário foi submetido à dupla avaliação: (1) Análise de validade de conteúdo e (2) Pré-teste onde se analisou a consistência pelo Alfa de Cronbach. Ambos resultaram satisfatórios.. As análises às respostas ao questionário permitiram encontrar evidências de que existe relação entre o Risco Ambiental e a Gestão dos Custos Ambientais. Esta relação pode ser sintetizada por uma forte correlação, positiva e linear, entre os níveis de Risco Ambiental e de Gestão dos Custos Ambientais, de tal forma que, no Modelo adotado, o nível de Risco Ambiental explica aproximadamente 67% do nível da Gestão de Custos Ambientais. Constatou-se que os executivos percebem uma elevação de custos ambientais nos últimos anos e manifestam crença de que continuarão em ascendência. Também se observou que muitas empresas não adotam instrumentos de Gestão dos Custos ambientais recomendados pela literatura. no entanto, elas manifestam intenção de aperfeiçoar os controles de custos ambientais no futuro. Foi constatado também que algumas empresas adotam posturas ambientais estratégicas, indo alem do simples cumprimento da lei.
Papers by Eloy Fenker
the state must acquire ownership and should pay a fair price, up front. The objective of this article
to propose and apply a Model for Economic Valuation of Natural Resources for the Creation of
Conservation Units in Brazil that is in convergence with current theory on economic valuation of
natural resources (Turner; Pearce, 1990; Seroa da Motta, 2007) and the applicable Brazilian
legislation (Decreto 4.339/2002, among others) but which the official models either ignore or
deal in an isolated manner. The study employed a combination of qualitative and quantitative
methods to conduct an applied research project, which takes in economics, sociology,
environmental studies and law. The model’s applicability was assessed by conducting analyses of
the Mata Preta ecological station and the Araucárias national park, both in Santa Catarina, Brazil.
Data were collected during semi-structured interviews with landowners and government
representatives, through documentary research and from court records, in addition to secondary
data from other studies. The paper presents the perspectives of the Government, of individual
Landowner subject to compulsory purchase and of the results of this research on the components
and dimensions of economic value in one area and then presents an overall estimate for the
values of the two CUs studied. In all cases studied, the Government undervalued the properties
subject to expropriation by not attributing economic value to the very biodiversity that it uses to
justify the creation and maintenance of CUs.
o rápido crescimento populacional nos países mais pobres precisam ser controlados para que a humanidade possa viver de forma sustentável. Como resultado, propõe-se estratégias de sustentabilidade que incorporem principalmente a redução de produção e consumo e a contenção do crescimento populacional, com justa distribuição de custos e benefícios entre a sociedade.
retorno econômico dos gastos ambientais sob uma ótica objetivista, funcionalista e fundamentos teóricos ontológicos e epistemológicos sob uma ótica subjetivista, que defende a
impossibilidade de mensuração objetiva desta relação, o que é feito utilizando-se o método dialético. Demonstra-se a deficiência da contabilidade em captar os custos ambientais tangíveis e intangíveis no âmbito da sustentabilidade. A economia busca maximização de resultados, mas as demandas ambientais visam o bem-estar e não há um denominador único de valor. Redução de custos ambientais imediatos (objetivos) gera danos ambientais
(subjetivos), alem de custos intangíveis no longo prazo. Um gasto ambiental tangível, econômico, reduz riscos e danos ambientais, gera ativos intangíveis e economia de custos no longo prazo. Em síntese, custo e benefício econômico e ambiental são inversos. No conceito de sustentabilidade, investimentos deveriam proporcionar também retorno social e ambiental, não mensuráveis senão de forma intangível e subjetiva segundo valores não monetários. A análise do retorno deveria contemplar o diálogo entre paradigmas, o que demanda uma abordagem multiparadigmática.
consumo e a contenção do crescimento populacional, com justa distribuição de custos e benefícios entre a sociedade.
forma transdisciplinar, incorporando conhecimentos de várias áreas. Ao final, sugeriu-se a incorporação, no pensamento administrativo e na formulação de estratégias das organizações,
de conceitos multidisciplinares relacionados com a ecologia e de indicadores não monetários de medição da sustentabilidade, bem como que as organizações assumissem o papel de
responsáveis pela construção social do bem estar das populações."
Conference Presentations by Eloy Fenker
Palavras-chave: Valoração econômica de recursos naturais; Unidades de conservação; Modelo de valoração; Indenização de recursos naturais. Desapropriação.
Palavras-chave: Valoração econômica de recursos naturais; Unidades de conservação; Modelo de valoração; Indenização de recursos naturais. Desapropriação.
A questão ambiental vem ganhando importância nos últimos anos e isso afeta de alguma forma as estratégias das empresas, conforme o grau de importância do risco ambiental para a atividade. Assim, é de se esperar que as empresas adotem processos de gestão de custos ambientais compatíveis com o risco ambiental, no contexto de estratégias funcionais alinhadas às estratégias gerais que visam manter uma vantagem competitiva sustentável. Esta pesquisa, de natureza aplicada visou identificar a relação entre Riscos Ambientais e a Gestão dos Custos Ambientais em empresas atuantes no Brasil no que se refere à sua adesão ao recomendado pela literatura. A partir da sondagem sobre gestão ambiental realizada em quatro empresas, e da revisão teórica sobre risco ambiental, gestão ambiental e gestão de custos ambientais, desenvolveu-se um questionário usando escala tipo Likert e sobre estes três temas. Para identificar o Risco Ambiental foi proposto um bloco de indicadores que visam identificar a percepção dos gestores quanto ao risco ambiental e um bloco que visa identificar o processo de gestão do risco ambiental. De forma análoga foi proposto um bloco para identificar a Gestão dos Custos Ambientais. Na sequência o questionário foi submetido à dupla avaliação: (1) Análise de validade de conteúdo e (2) Pré-teste onde se analisou a consistência pelo Alfa de Cronbach. Ambos resultaram satisfatórios.. As análises às respostas ao questionário permitiram encontrar evidências de que existe relação entre o Risco Ambiental e a Gestão dos Custos Ambientais. Esta relação pode ser sintetizada por uma forte correlação, positiva e linear, entre os níveis de Risco Ambiental e de Gestão dos Custos Ambientais, de tal forma que, no Modelo adotado, o nível de Risco Ambiental explica aproximadamente 67% do nível da Gestão de Custos Ambientais. Constatou-se que os executivos percebem uma elevação de custos ambientais nos últimos anos e manifestam crença de que continuarão em ascendência. Também se observou que muitas empresas não adotam instrumentos de Gestão dos Custos ambientais recomendados pela literatura. no entanto, elas manifestam intenção de aperfeiçoar os controles de custos ambientais no futuro. Foi constatado também que algumas empresas adotam posturas ambientais estratégicas, indo alem do simples cumprimento da lei.
the state must acquire ownership and should pay a fair price, up front. The objective of this article
to propose and apply a Model for Economic Valuation of Natural Resources for the Creation of
Conservation Units in Brazil that is in convergence with current theory on economic valuation of
natural resources (Turner; Pearce, 1990; Seroa da Motta, 2007) and the applicable Brazilian
legislation (Decreto 4.339/2002, among others) but which the official models either ignore or
deal in an isolated manner. The study employed a combination of qualitative and quantitative
methods to conduct an applied research project, which takes in economics, sociology,
environmental studies and law. The model’s applicability was assessed by conducting analyses of
the Mata Preta ecological station and the Araucárias national park, both in Santa Catarina, Brazil.
Data were collected during semi-structured interviews with landowners and government
representatives, through documentary research and from court records, in addition to secondary
data from other studies. The paper presents the perspectives of the Government, of individual
Landowner subject to compulsory purchase and of the results of this research on the components
and dimensions of economic value in one area and then presents an overall estimate for the
values of the two CUs studied. In all cases studied, the Government undervalued the properties
subject to expropriation by not attributing economic value to the very biodiversity that it uses to
justify the creation and maintenance of CUs.
o rápido crescimento populacional nos países mais pobres precisam ser controlados para que a humanidade possa viver de forma sustentável. Como resultado, propõe-se estratégias de sustentabilidade que incorporem principalmente a redução de produção e consumo e a contenção do crescimento populacional, com justa distribuição de custos e benefícios entre a sociedade.
retorno econômico dos gastos ambientais sob uma ótica objetivista, funcionalista e fundamentos teóricos ontológicos e epistemológicos sob uma ótica subjetivista, que defende a
impossibilidade de mensuração objetiva desta relação, o que é feito utilizando-se o método dialético. Demonstra-se a deficiência da contabilidade em captar os custos ambientais tangíveis e intangíveis no âmbito da sustentabilidade. A economia busca maximização de resultados, mas as demandas ambientais visam o bem-estar e não há um denominador único de valor. Redução de custos ambientais imediatos (objetivos) gera danos ambientais
(subjetivos), alem de custos intangíveis no longo prazo. Um gasto ambiental tangível, econômico, reduz riscos e danos ambientais, gera ativos intangíveis e economia de custos no longo prazo. Em síntese, custo e benefício econômico e ambiental são inversos. No conceito de sustentabilidade, investimentos deveriam proporcionar também retorno social e ambiental, não mensuráveis senão de forma intangível e subjetiva segundo valores não monetários. A análise do retorno deveria contemplar o diálogo entre paradigmas, o que demanda uma abordagem multiparadigmática.
consumo e a contenção do crescimento populacional, com justa distribuição de custos e benefícios entre a sociedade.
forma transdisciplinar, incorporando conhecimentos de várias áreas. Ao final, sugeriu-se a incorporação, no pensamento administrativo e na formulação de estratégias das organizações,
de conceitos multidisciplinares relacionados com a ecologia e de indicadores não monetários de medição da sustentabilidade, bem como que as organizações assumissem o papel de
responsáveis pela construção social do bem estar das populações."