227 Assim que asses rcsultados possibilitaram o conhecimento das atividadcs em que os ex-alunos e... more 227 Assim que asses rcsultados possibilitaram o conhecimento das atividadcs em que os ex-alunos estavarn insericlos, reaiizamos cntrevistas cujo teor objetivava levantar elementos que permitisscrn uma anfilisc sobre: os motivos que levararn o egresso a exercer a profissfio atual, as contribuigoes e falhas obscrvadas durante 0 curso, tanto em sua parte gerai quanto na espccffica (habilitagoes), as sugestoes em torno dc uma possivcl complcmcntagéio que viesse a ser oferecida (excetuando-se a pos-graduagéo), os problemas quc, sob o seu ponto dc ...
Resumen El objetivo de esa comunicación es poner en discusión la experiencia pedagógica desarroll... more Resumen El objetivo de esa comunicación es poner en discusión la experiencia pedagógica desarrollada por un equipo de docentes que actúan en el Curso de Licenciatura da Facultad de Educação da Universidad de São Paulo (FEUSP). Su foco centrase en el modo como venimos organizando el desarrollo de las asignaturas que enseñamos, dirigidas a la formación de futuros profesores de la escuela básica, na perspectiva del desarrollo de la participación de los alumnos y de actitudes autónomas, ...
Resumo Como se escolhem os saberes que circulam nas escolas indígenas? Essa pergunta serve a ilum... more Resumo Como se escolhem os saberes que circulam nas escolas indígenas? Essa pergunta serve a iluminar as formas de poder local e extralocal que definem os sentidos coletivos da educação em comunidades locais. A pesquisa apresentada neste artigo enfrenta esse problema. Fizemos observação direta de duas escolas em aldeias guarani de São Paulo e realizamos entrevistas e conversas informais com seus profissionais e lideranças. Os resultados são descrições da influência de condutas governamentais, concepções docentes e preferências comunitárias sobre a conformação do trabalho escolar, em que se destaca a atuação dos professores indígenas: estes pontualmente configuram práticas de autonomia que, na perspectiva de pequena escala da lógica de inovação educacional, superam um molde colonialista.
Quem escolhe os saberes que as escolas indígenas ensinam? Responder a esta pergunta ajuda a compr... more Quem escolhe os saberes que as escolas indígenas ensinam? Responder a esta pergunta ajuda a compreender formas de exercício de poder que atravessam os processos sociais em que se negociam os sentidos compartilhados que a educação escolar pode adquirir. No caso indígena, esses sentidos podem ser afeitos à autodeterminação dos povos originários ou à manutenção da sua subordinação: assim, as conotações conferidas à escola podem visar ao enfrentamento e à superação da condição de dominação sob a qual indígenas têm participado na sociedade nacional, ou inversamente dar continuidade a relações colonialistas. Nessas premissas, o artigo descreve e analisa atores e condições que incidem sobre a seleção de saberes a ensinar em duas escolas de predomínio das etnias Guarani e Kaiowá, em que se detectaram práticas sociais regidas por uma lógica de inovação educacional. As informações coletadas levaram a concluir que os processos esboçam um multifacetado exercício de autonomia das comunidades, no...
Este artigo aborda de modo geral a expressão projetos de futuro, que se vincula à compreensão tan... more Este artigo aborda de modo geral a expressão projetos de futuro, que se vincula à compreensão tanto do mundo contemporâneo, quanto especificamente da educação escolar indígena. Esta tarefa é necessária para focalizar as relações entre a escola indígena e as aspirações comunitárias a respeito de seu próprio futuro. A região do alto rio Negro forneceu a base etnográfica numa pesquisa centrada na hipótese de que experiências recentes de escolarização indígena vêm buscando compatibilizar objetivos escolares com objetivos comunitários. São práticas que se enfrentam com os sentidos da mudança cultural e o caráter externo ou interno da mudança. Como conclusão, afirma-se que o desafio maior da escolarização indígena é favorecer que o próprio povo decida sobre o que muda ou permanece em sua cultura.
Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, 2016
Este artigo aborda a origem da inovação educacional na atuação de uma ONG com escolas públicas de... more Este artigo aborda a origem da inovação educacional na atuação de uma ONG com escolas públicas de educação básica, em municípios de Pernambuco, Brasil. O objetivo da pesquisa foi detectar a presença ou não de alguns fatores na gênese da experiência investigada. Trata-se de um estudo de caso para o qual foi feito o exame de publicações e realizadas entrevistas semiestruturadas com dirigentes e agentes da ONG, assim como com docentes de escolas rurais e gestores de secretarias municipais de educação. Conclui que fatores salientes na geração da inovação são o tempo de experiência profissional de educadores(as), a estabilidade de sua equipe, o nível de qualificação e a atuação mobilizadora de líderes da ONG.
Resumo Este artigo reporta uma pesquisa sobre a escola de uma comunidade indígena e as aspirações... more Resumo Este artigo reporta uma pesquisa sobre a escola de uma comunidade indígena e as aspirações de futuro das pessoas que fazem parte dela. O principal problema que se buscou enfrentar esteve voltado a aspectos distintivos entre a educação escolar indígena e a educação escolar convencional no Brasil. A preocupação de fundo foi trazer elementos que pudessem elucidar em que nível as comunidades indígenas têm autonomia para definir processos escolares que superem o caráter colonialista da educação escolar convencional. Para tanto, buscou-se um tipo de escola que intervém diretamente sobre as condições de vida das pessoas a quem presta serviços educacionais. A principal base etnográfica do trabalho foi a Escola Municipal Indígena Khumuno Wʉ'ʉ Kotiria, situada no território dos indígenas Kotiria, no município de São Gabriel da Cachoeira, estado do Amazonas, Amazônia brasileira. As informações foram coletadas especialmente por meio de observação direta e registros de conversas infor...
RESUMO Abordamos a reivindicação indígena por educação superior no Brasil, um direito ambicionado... more RESUMO Abordamos a reivindicação indígena por educação superior no Brasil, um direito ambicionado mas de reconhecimento ausente na lei e na opinião pública. Interpretando essa demanda à luz do direito humano à educação ao longo da vida e na perspectiva da descolonização orientada pelo protagonismo intelectual indígena contemporâneo, traçamos um panorama exploratório das oportunidades de educação superior em São Gabriel da Cachoeira (noroeste amazônico), detendo-nos sobre duas licenciaturas que ensaiam modelos alternativos. Apontamos como o acesso de indígenas gradualmente tensiona a universidade hegemônica, ainda que a oferta, confirmando nossa hipótese, não esteja à altura da significância demográfica e política da demanda dos povos originários.
Resumo Como se escolhem os saberes que circulam nas escolas indígenas? Essa pergunta serve a ilum... more Resumo Como se escolhem os saberes que circulam nas escolas indígenas? Essa pergunta serve a iluminar as formas de poder local e extralocal que definem os sentidos coletivos da educação em comunidades locais. A pesquisa apresentada neste artigo enfrenta esse problema. Fizemos observação direta de duas escolas em aldeias guarani de São Paulo e realizamos entrevistas e conversas informais com seus profissionais e lideranças. Os resultados são descrições da influência de condutas governamentais, concepções docentes e preferências comunitárias sobre a conformação do trabalho escolar, em que se destaca a atuação dos professores indígenas: estes pontualmente configuram práticas de autonomia que, na perspectiva de pequena escala da lógica de inovação educacional, superam um molde colonialista.
Resumo Como se escolhem os saberes que circulam nas escolas indígenas? Essa pergunta serve a ilum... more Resumo Como se escolhem os saberes que circulam nas escolas indígenas? Essa pergunta serve a iluminar as formas de poder local e extralocal que definem os sentidos coletivos da educação em comunidades locais. A pesquisa apresentada neste artigo enfrenta esse problema. Fizemos observação direta de duas escolas em aldeias guarani de São Paulo e realizamos entrevistas e conversas informais com seus profissionais e lideranças. Os resultados são descrições da influência de condutas governamentais, concepções docentes e preferências comunitárias sobre a conformação do trabalho escolar, em que se destaca a atuação dos professores indígenas: estes pontualmente configuram práticas de autonomia que, na perspectiva de pequena escala da lógica de inovação educacional, superam um molde colonialista.
Quem escolhe os saberes que as escolas indígenas ensinam? Responder a esta pergunta ajuda a compr... more Quem escolhe os saberes que as escolas indígenas ensinam? Responder a esta pergunta ajuda a compreender formas de exercício de poder que atravessam os processos sociais em que se negociam os sentidos compartilhados que a educação escolar pode adquirir. No caso indígena, esses sentidos podem ser afeitos à autodeterminação dos povos originários ou à manutenção da sua subordinação: assim, as conotações conferidas à escola podem visar ao enfrentamento e à superação da condição de dominação sob a qual indígenas têm participado na sociedade nacional, ou inversamente dar continuidade a relações colonialistas. Nessas premissas, o artigo descreve e analisa atores e condições que incidem sobre a seleção de saberes a ensinar em duas escolas de predomínio das etnias Guarani e Kaiowá, em que se detectaram práticas sociais regidas por uma lógica de inovação educacional. As informações coletadas levaram a concluir que os processos esboçam um multifacetado exercício de autonomia das comunidades, no...
Quem escolhe os saberes que as escolas indígenas ensinam? Responder a esta pergunta ajuda a compr... more Quem escolhe os saberes que as escolas indígenas ensinam? Responder a esta pergunta ajuda a compreender formas de exercício de poder que atravessam os processos sociais em que se negociam os sentidos compartilhados que a educação escolar pode adquirir. No caso indígena, esses sentidos podem ser afeitos à autodeterminação dos povos originários ou à manutenção da sua subordinação: assim, as conotações conferidas à escola podem visar ao enfrentamento e à superação da condição de dominação sob a qual indígenas têm participado na sociedade nacional, ou inversamente dar continuidade a relações colonialistas. Nessas premissas, o artigo descreve e analisa atores e condições que incidem sobre a seleção de saberes a ensinar em duas escolas de predomínio das etnias Guarani e Kaiowá, em que se detectaram práticas sociais regidas por uma lógica de inovação educacional. As informações coletadas levaram a concluir que os processos esboçam um multifacetado exercício de autonomia das comunidades, no...
Abordamos a reivindicação indígena por educação superior no Brasil, um direito ambicionado mas de... more Abordamos a reivindicação indígena por educação superior no Brasil, um direito ambicionado mas de reconhecimento ausente na lei e na opinião pública. Interpretando essa demanda à luz do direito humano à educação ao longo da vida e na perspectiva da descolonização orientada pelo protagonismo intelectual indígena contemporâneo, traçamos um panorama exploratório das oportunidades de educação superior em São Gabriel da Cachoeira (noroeste amazônico), detendo-nos sobre duas licenciaturas que ensaiam modelos alternativos. Apontamos como o acesso de indígenas gradualmente tensiona a universidade hegemônica, ainda que a oferta, confirmando nossa hipótese, não esteja à altura da significância demográfica e política da demanda dos povos originários. Palavras-chave: Educação Superior. Direito à Educação. Educação Escolar Indígena. Decolonialidade. Interculturalidade.
// UMBEUSAWA MIRIM – Brasil Urespetari Upitasuka sá Maku Tayara Tayunbueramã Turusu? Tapurandusa, mayewasa tawa supe. Yambeusara kua maku tapurandu sa takuasa rese turusuwa Brasil upé, tarikuwa direito mã tiwa yamã lei upé. Kua yaputaisa yande direito mira ita yakuasawa maye aiku maye yamanduari yande makuita kuiri wara ita, yamukamem maita uiku akuasa turusuwa ike tawa upé (noroeste amazônico), mukui licenciatura resewara aikue ike. Yamukamem maita maku ita tawike merupi universidade takiti amu rupi waitate tiwa tamunhã maye yande maku ita yaputaiwa yawe. Yupinimã sá: Turusuwa Ukuasa. Yapuderisá Yayunbué. Educação Escolar Indígena. Amúrupisa. Interculturalidade.
Este artículo se refiere al trabajo que ha realizado la ONG Acción Educativa en proyectos de ases... more Este artículo se refiere al trabajo que ha realizado la ONG Acción Educativa en proyectos de asesoría junto a organizaciones comunitarias y escuelas públicas que trabajan en educación básica y media; las organizaciones comunitarias atienden tanto a niños como a jóvenes y adultos. Esos centros educativos están situados en los distritos periféricos de la zona este del municipio de São Paulo. Una gran parte de sus moradores pertenece a familias de bajos recursos, afectadas por el desempleo y que no cuentan con alternativas suficientes y adecuadas de generación de recursos. El artículo describe las actividades de formación de educadores en estos ambitos y al final enuncia cinco recomendaciones para la acción.
227 Assim que asses rcsultados possibilitaram o conhecimento das atividadcs em que os ex-alunos e... more 227 Assim que asses rcsultados possibilitaram o conhecimento das atividadcs em que os ex-alunos estavarn insericlos, reaiizamos cntrevistas cujo teor objetivava levantar elementos que permitisscrn uma anfilisc sobre: os motivos que levararn o egresso a exercer a profissfio atual, as contribuigoes e falhas obscrvadas durante 0 curso, tanto em sua parte gerai quanto na espccffica (habilitagoes), as sugestoes em torno dc uma possivcl complcmcntagéio que viesse a ser oferecida (excetuando-se a pos-graduagéo), os problemas quc, sob o seu ponto dc ...
Resumen El objetivo de esa comunicación es poner en discusión la experiencia pedagógica desarroll... more Resumen El objetivo de esa comunicación es poner en discusión la experiencia pedagógica desarrollada por un equipo de docentes que actúan en el Curso de Licenciatura da Facultad de Educação da Universidad de São Paulo (FEUSP). Su foco centrase en el modo como venimos organizando el desarrollo de las asignaturas que enseñamos, dirigidas a la formación de futuros profesores de la escuela básica, na perspectiva del desarrollo de la participación de los alumnos y de actitudes autónomas, ...
Resumo Como se escolhem os saberes que circulam nas escolas indígenas? Essa pergunta serve a ilum... more Resumo Como se escolhem os saberes que circulam nas escolas indígenas? Essa pergunta serve a iluminar as formas de poder local e extralocal que definem os sentidos coletivos da educação em comunidades locais. A pesquisa apresentada neste artigo enfrenta esse problema. Fizemos observação direta de duas escolas em aldeias guarani de São Paulo e realizamos entrevistas e conversas informais com seus profissionais e lideranças. Os resultados são descrições da influência de condutas governamentais, concepções docentes e preferências comunitárias sobre a conformação do trabalho escolar, em que se destaca a atuação dos professores indígenas: estes pontualmente configuram práticas de autonomia que, na perspectiva de pequena escala da lógica de inovação educacional, superam um molde colonialista.
Quem escolhe os saberes que as escolas indígenas ensinam? Responder a esta pergunta ajuda a compr... more Quem escolhe os saberes que as escolas indígenas ensinam? Responder a esta pergunta ajuda a compreender formas de exercício de poder que atravessam os processos sociais em que se negociam os sentidos compartilhados que a educação escolar pode adquirir. No caso indígena, esses sentidos podem ser afeitos à autodeterminação dos povos originários ou à manutenção da sua subordinação: assim, as conotações conferidas à escola podem visar ao enfrentamento e à superação da condição de dominação sob a qual indígenas têm participado na sociedade nacional, ou inversamente dar continuidade a relações colonialistas. Nessas premissas, o artigo descreve e analisa atores e condições que incidem sobre a seleção de saberes a ensinar em duas escolas de predomínio das etnias Guarani e Kaiowá, em que se detectaram práticas sociais regidas por uma lógica de inovação educacional. As informações coletadas levaram a concluir que os processos esboçam um multifacetado exercício de autonomia das comunidades, no...
Este artigo aborda de modo geral a expressão projetos de futuro, que se vincula à compreensão tan... more Este artigo aborda de modo geral a expressão projetos de futuro, que se vincula à compreensão tanto do mundo contemporâneo, quanto especificamente da educação escolar indígena. Esta tarefa é necessária para focalizar as relações entre a escola indígena e as aspirações comunitárias a respeito de seu próprio futuro. A região do alto rio Negro forneceu a base etnográfica numa pesquisa centrada na hipótese de que experiências recentes de escolarização indígena vêm buscando compatibilizar objetivos escolares com objetivos comunitários. São práticas que se enfrentam com os sentidos da mudança cultural e o caráter externo ou interno da mudança. Como conclusão, afirma-se que o desafio maior da escolarização indígena é favorecer que o próprio povo decida sobre o que muda ou permanece em sua cultura.
Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, 2016
Este artigo aborda a origem da inovação educacional na atuação de uma ONG com escolas públicas de... more Este artigo aborda a origem da inovação educacional na atuação de uma ONG com escolas públicas de educação básica, em municípios de Pernambuco, Brasil. O objetivo da pesquisa foi detectar a presença ou não de alguns fatores na gênese da experiência investigada. Trata-se de um estudo de caso para o qual foi feito o exame de publicações e realizadas entrevistas semiestruturadas com dirigentes e agentes da ONG, assim como com docentes de escolas rurais e gestores de secretarias municipais de educação. Conclui que fatores salientes na geração da inovação são o tempo de experiência profissional de educadores(as), a estabilidade de sua equipe, o nível de qualificação e a atuação mobilizadora de líderes da ONG.
Resumo Este artigo reporta uma pesquisa sobre a escola de uma comunidade indígena e as aspirações... more Resumo Este artigo reporta uma pesquisa sobre a escola de uma comunidade indígena e as aspirações de futuro das pessoas que fazem parte dela. O principal problema que se buscou enfrentar esteve voltado a aspectos distintivos entre a educação escolar indígena e a educação escolar convencional no Brasil. A preocupação de fundo foi trazer elementos que pudessem elucidar em que nível as comunidades indígenas têm autonomia para definir processos escolares que superem o caráter colonialista da educação escolar convencional. Para tanto, buscou-se um tipo de escola que intervém diretamente sobre as condições de vida das pessoas a quem presta serviços educacionais. A principal base etnográfica do trabalho foi a Escola Municipal Indígena Khumuno Wʉ'ʉ Kotiria, situada no território dos indígenas Kotiria, no município de São Gabriel da Cachoeira, estado do Amazonas, Amazônia brasileira. As informações foram coletadas especialmente por meio de observação direta e registros de conversas infor...
RESUMO Abordamos a reivindicação indígena por educação superior no Brasil, um direito ambicionado... more RESUMO Abordamos a reivindicação indígena por educação superior no Brasil, um direito ambicionado mas de reconhecimento ausente na lei e na opinião pública. Interpretando essa demanda à luz do direito humano à educação ao longo da vida e na perspectiva da descolonização orientada pelo protagonismo intelectual indígena contemporâneo, traçamos um panorama exploratório das oportunidades de educação superior em São Gabriel da Cachoeira (noroeste amazônico), detendo-nos sobre duas licenciaturas que ensaiam modelos alternativos. Apontamos como o acesso de indígenas gradualmente tensiona a universidade hegemônica, ainda que a oferta, confirmando nossa hipótese, não esteja à altura da significância demográfica e política da demanda dos povos originários.
Resumo Como se escolhem os saberes que circulam nas escolas indígenas? Essa pergunta serve a ilum... more Resumo Como se escolhem os saberes que circulam nas escolas indígenas? Essa pergunta serve a iluminar as formas de poder local e extralocal que definem os sentidos coletivos da educação em comunidades locais. A pesquisa apresentada neste artigo enfrenta esse problema. Fizemos observação direta de duas escolas em aldeias guarani de São Paulo e realizamos entrevistas e conversas informais com seus profissionais e lideranças. Os resultados são descrições da influência de condutas governamentais, concepções docentes e preferências comunitárias sobre a conformação do trabalho escolar, em que se destaca a atuação dos professores indígenas: estes pontualmente configuram práticas de autonomia que, na perspectiva de pequena escala da lógica de inovação educacional, superam um molde colonialista.
Resumo Como se escolhem os saberes que circulam nas escolas indígenas? Essa pergunta serve a ilum... more Resumo Como se escolhem os saberes que circulam nas escolas indígenas? Essa pergunta serve a iluminar as formas de poder local e extralocal que definem os sentidos coletivos da educação em comunidades locais. A pesquisa apresentada neste artigo enfrenta esse problema. Fizemos observação direta de duas escolas em aldeias guarani de São Paulo e realizamos entrevistas e conversas informais com seus profissionais e lideranças. Os resultados são descrições da influência de condutas governamentais, concepções docentes e preferências comunitárias sobre a conformação do trabalho escolar, em que se destaca a atuação dos professores indígenas: estes pontualmente configuram práticas de autonomia que, na perspectiva de pequena escala da lógica de inovação educacional, superam um molde colonialista.
Quem escolhe os saberes que as escolas indígenas ensinam? Responder a esta pergunta ajuda a compr... more Quem escolhe os saberes que as escolas indígenas ensinam? Responder a esta pergunta ajuda a compreender formas de exercício de poder que atravessam os processos sociais em que se negociam os sentidos compartilhados que a educação escolar pode adquirir. No caso indígena, esses sentidos podem ser afeitos à autodeterminação dos povos originários ou à manutenção da sua subordinação: assim, as conotações conferidas à escola podem visar ao enfrentamento e à superação da condição de dominação sob a qual indígenas têm participado na sociedade nacional, ou inversamente dar continuidade a relações colonialistas. Nessas premissas, o artigo descreve e analisa atores e condições que incidem sobre a seleção de saberes a ensinar em duas escolas de predomínio das etnias Guarani e Kaiowá, em que se detectaram práticas sociais regidas por uma lógica de inovação educacional. As informações coletadas levaram a concluir que os processos esboçam um multifacetado exercício de autonomia das comunidades, no...
Quem escolhe os saberes que as escolas indígenas ensinam? Responder a esta pergunta ajuda a compr... more Quem escolhe os saberes que as escolas indígenas ensinam? Responder a esta pergunta ajuda a compreender formas de exercício de poder que atravessam os processos sociais em que se negociam os sentidos compartilhados que a educação escolar pode adquirir. No caso indígena, esses sentidos podem ser afeitos à autodeterminação dos povos originários ou à manutenção da sua subordinação: assim, as conotações conferidas à escola podem visar ao enfrentamento e à superação da condição de dominação sob a qual indígenas têm participado na sociedade nacional, ou inversamente dar continuidade a relações colonialistas. Nessas premissas, o artigo descreve e analisa atores e condições que incidem sobre a seleção de saberes a ensinar em duas escolas de predomínio das etnias Guarani e Kaiowá, em que se detectaram práticas sociais regidas por uma lógica de inovação educacional. As informações coletadas levaram a concluir que os processos esboçam um multifacetado exercício de autonomia das comunidades, no...
Abordamos a reivindicação indígena por educação superior no Brasil, um direito ambicionado mas de... more Abordamos a reivindicação indígena por educação superior no Brasil, um direito ambicionado mas de reconhecimento ausente na lei e na opinião pública. Interpretando essa demanda à luz do direito humano à educação ao longo da vida e na perspectiva da descolonização orientada pelo protagonismo intelectual indígena contemporâneo, traçamos um panorama exploratório das oportunidades de educação superior em São Gabriel da Cachoeira (noroeste amazônico), detendo-nos sobre duas licenciaturas que ensaiam modelos alternativos. Apontamos como o acesso de indígenas gradualmente tensiona a universidade hegemônica, ainda que a oferta, confirmando nossa hipótese, não esteja à altura da significância demográfica e política da demanda dos povos originários. Palavras-chave: Educação Superior. Direito à Educação. Educação Escolar Indígena. Decolonialidade. Interculturalidade.
// UMBEUSAWA MIRIM – Brasil Urespetari Upitasuka sá Maku Tayara Tayunbueramã Turusu? Tapurandusa, mayewasa tawa supe. Yambeusara kua maku tapurandu sa takuasa rese turusuwa Brasil upé, tarikuwa direito mã tiwa yamã lei upé. Kua yaputaisa yande direito mira ita yakuasawa maye aiku maye yamanduari yande makuita kuiri wara ita, yamukamem maita uiku akuasa turusuwa ike tawa upé (noroeste amazônico), mukui licenciatura resewara aikue ike. Yamukamem maita maku ita tawike merupi universidade takiti amu rupi waitate tiwa tamunhã maye yande maku ita yaputaiwa yawe. Yupinimã sá: Turusuwa Ukuasa. Yapuderisá Yayunbué. Educação Escolar Indígena. Amúrupisa. Interculturalidade.
Este artículo se refiere al trabajo que ha realizado la ONG Acción Educativa en proyectos de ases... more Este artículo se refiere al trabajo que ha realizado la ONG Acción Educativa en proyectos de asesoría junto a organizaciones comunitarias y escuelas públicas que trabajan en educación básica y media; las organizaciones comunitarias atienden tanto a niños como a jóvenes y adultos. Esos centros educativos están situados en los distritos periféricos de la zona este del municipio de São Paulo. Una gran parte de sus moradores pertenece a familias de bajos recursos, afectadas por el desempleo y que no cuentan con alternativas suficientes y adecuadas de generación de recursos. El artículo describe las actividades de formación de educadores en estos ambitos y al final enuncia cinco recomendaciones para la acción.
Os julgamentos oficialmente instituídos sobre as escolas indígenas se mostram inadequados e nenhu... more Os julgamentos oficialmente instituídos sobre as escolas indígenas se mostram inadequados e nenhum empenho do poder público se observa quanto a considerar o que é esperado pelas próprias comunidades indígenas, embora a Constituição e a legislação ordinária estabeleçam o direito dos povos originários brasileiros a uma educação específica e diferenciada. Este capítulo apresenta parte dos resultados de uma pesquisa que se propôs a verificar aspectos inovadores de uma escola indígena no Alto Rio Negro, extremo Noroeste do estado do Amazonas. Explicita a proposta do povo Tuyuka para a escola de uma de suas comunidades e uma síntese de opiniões que integrantes da comunidade têm a respeito para, em seguida, descrever algumas de suas práticas escolares. A investigação está dirigida ao problema da orientação seguida pelas escolas indígenas e busca saber se estas escolas superaram o caráter colonialista da escolarização. No caso da Escola Tuyuka, esta hipótese se confirmou.
A Constituição brasileira consagra os direitos dos povos indígenas. Esses direitos foram reafirma... more A Constituição brasileira consagra os direitos dos povos indígenas. Esses direitos foram reafirmados na ratificação da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. No entanto, essas regras vêm sendo interpretadas conforme vícios que há muito tempo foram se cristalizando nos órgãos executivos governamentais responsáveis por escolas. Assim sendo, as diretrizes constitucionais não são entendidas segundo a orientação dada pelos legisladores que as elaboraram, ou conforme o conhecimento produzido pelos grandes centros de investigação pedagógica e a realidade prática das escolas indígenas, o que obriga a questionar a persistência daqueles vícios. As prescrições generalizadoras dos órgãos gestores tornam impossível a afirmação de processos próprios e a proteção das culturas frente ao enorme número de povos indígenas do Brasil e às suas múltiplas variações em termos de comunidades e escolas. E, ainda que o artigo 15 da LDB imponha aos sistemas de ensino que assegurem às escolas progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, o que se mostra na observação das linhas de conduta dos órgãos gestores é a intensificação da centralização e do controle minucioso.
This project is part of a research group (supported by CNPq as well as FAPESP) oriented by the fo... more This project is part of a research group (supported by CNPq as well as FAPESP) oriented by the following problem: In what aspects has indigenous school education overtaken the colonialist character of schooling? Without the identification of such aspects, the elaboration, implementation, and evaluation of educational policies appropriate to the characteristics and needs of indigenous peoples will be devoid of foundation. Ethnographic-based fieldworks of our team have been carrying out in the last five years, in the region of the upper Rio Negro, AM, where is located Cabari community, populated mostly by Baniwa as well Kuripako ethnic groups.
Mário Sérgio Cortella, secretário de educação do município de São Paulo, a Elie Ghanem, do CEDI, ... more Mário Sérgio Cortella, secretário de educação do município de São Paulo, a Elie Ghanem, do CEDI, em 27/6/91. Sobre a política educacional iniciada com Paulo Freire.
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// UMBEUSAWA MIRIM – Brasil Urespetari Upitasuka sá Maku Tayara Tayunbueramã Turusu? Tapurandusa, mayewasa tawa supe. Yambeusara kua maku tapurandu sa takuasa rese turusuwa Brasil upé, tarikuwa direito mã tiwa yamã lei upé. Kua yaputaisa yande direito mira ita yakuasawa maye aiku maye yamanduari yande makuita kuiri wara ita, yamukamem maita uiku akuasa turusuwa ike tawa upé (noroeste amazônico), mukui licenciatura resewara aikue ike. Yamukamem maita maku ita tawike merupi universidade takiti amu rupi waitate tiwa tamunhã maye yande maku ita yaputaiwa yawe. Yupinimã sá: Turusuwa Ukuasa. Yapuderisá Yayunbué. Educação Escolar Indígena. Amúrupisa. Interculturalidade.
// UMBEUSAWA MIRIM – Brasil Urespetari Upitasuka sá Maku Tayara Tayunbueramã Turusu? Tapurandusa, mayewasa tawa supe. Yambeusara kua maku tapurandu sa takuasa rese turusuwa Brasil upé, tarikuwa direito mã tiwa yamã lei upé. Kua yaputaisa yande direito mira ita yakuasawa maye aiku maye yamanduari yande makuita kuiri wara ita, yamukamem maita uiku akuasa turusuwa ike tawa upé (noroeste amazônico), mukui licenciatura resewara aikue ike. Yamukamem maita maku ita tawike merupi universidade takiti amu rupi waitate tiwa tamunhã maye yande maku ita yaputaiwa yawe. Yupinimã sá: Turusuwa Ukuasa. Yapuderisá Yayunbué. Educação Escolar Indígena. Amúrupisa. Interculturalidade.
indigenous school education overtaken the colonialist character of schooling? Without the identification of such aspects, the elaboration, implementation, and evaluation of educational policies appropriate to the characteristics and needs of indigenous peoples will be devoid of
foundation. Ethnographic-based fieldworks of our team have been carrying out in the last five years, in the region of the upper Rio Negro, AM, where is located Cabari community, populated mostly by Baniwa as well Kuripako ethnic groups.