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Abordagem Radical Das Representações Sociais

2010, Corpus Et Scientia

Artigos ARTIGOS Revista Corpus et Scientia | Rio de Janeiro | Vol. 6 | N. 2 | Agosto de 2010 | Semestral Abordagem radical das representações sociais Dr. Sebastião Josué Votre Pós-doutorado em Linguística – Universidade da Califórnia – Califórnia, USA Doutor em Letras – PUC – Rio de Janeiro, RJ, Brasil Professor da Universidade Gama Filho – Rio de Janeiro, RJ, Brasil Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2 Ms. Ana Paula Alves Mestre em Educação Física – UGF – Rio de Janeiro, RJ, Brasil Ms. Carlos Eduardo Melillo Mestre em Educação Física – UGF – Rio de Janeiro, RJ, Brasil RESUMO: O uso continuado dos sistemas simbólicos pelos membros de comunidades de fala faz surgirem e se consolidarem expressões e construções, que apontam para significados e representações sociais, em diferentes contextos. O objetivo desta proposta de coleta e análise de dados é apresentar e ilustrar uma modalidade radical de estudo das representações sociais, tendo por base a fala individual e grupal de segmentos específicos, que compartilhem o mesmo espaço profissional, esportivo ou de outra natureza. O modelo de análise delineado valoriza tanto as pessoas individuais, em suas falas singulares, quanto a reunião dessas pessoas, que falam como grupo, sobre tópicos que lhes são relevantes. O protocolo aqui especificado permite identificar e interpretar as representações sociais produzidas em grupo, em situação real de comunicação. Ilustra-se a proposta com três estudos: sobre mulheres envolvidas na dança do movimento hip hop, sobre discriminação no programa esporte e lazer na cidade e sobre mulheres de classe alta jogando futebol. O modelo se concebe como nova ferramenta de coleta e análise, que incorpora os postulados das representações sociais de Serge Moscovici (1978), de Análise do Discurso do Sujeito Coletivo, de Lefevre, Lefevre e Marques (2007) e de Análise Crítica do Conteúdo, segundo Votre (2008). Palavras-chave: Representações sociais. Fala. Grupo focal. ABSTRACT: The emergence and consolidation of expressions and constructions happens in the continued use of symbolic systems by members of speech communities, which link to social representations and meanings in different contexts. The objective of this proposed data collection and analysis is to present and illustrate a radical mode of study of social representations, based on the individual and group talks on specific sectors, which share the same professional space, sports or otherwise. The analysis model outlined values both individual persons in their natural speech, such as meeting people, talking as a group, on topics relevant to them. The protocol specified here to identify and interpret the representations produced in the group, in a real communication. Illustrates the proposed three studies: women involved in dance on the hip hop movement, discrimination in sport and recreation program in town and on upper-class women playing football. The model is conceived as a new tool for collection and analysis that incorporates the tenets of social representations of Serge Moscovici (1978), Analysis of Collective Subject Discourse of Lefevre, Lefevre and Marques (2007) and Critical Analysis of the Content according Votre (2008).. Keywords: Social representations. Speech. Focus group. 11 UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta ARTIGOS Revista Corpus et Scientia | Rio de Janeiro | Vol. 6 | N. 2 | Agosto de 2010 | Semestral Redes sociais e entreajuda: uma análise sobre a economia informal luandense INTRODUÇÃO Têm sido expressivos nesta primeira década do século XXI os avanços nos estudos socioculturais de natureza linguageira, com pretensões de análise interdisciplinar. A teoria da literatura, a história, a antropologia, a filosofia, a lista não pára, oferecem fórmulas, alternativas, espaços, propostas, perspectivas de novas incursões no mundo das crenças, valores, ideologias, saberes, percepções, representações, imaginários, mundividências. Os resultados são animadores, mais na identificação de pistas do que, propriamente, na oferta de evidências, em relação aos tópicos abordados. É como se Ginzburg sustentasse as propostas, animasse os pesquisadores a buscar raízes de um paradigma indiciário, interessante em si, mas com poucos resultados confiáveis. Essa mesma fraqueza se anuncia como força, a identificar que se trata de terreno movediço, marcado pela complexidade e pela variabilidade intraindividual e interindividual. E que não se produzem senão aproximações, sempre provisórias, do objeto de estudo. De fato, trata-se de uma lacuna, a desafiar os pesquisadores, que são instados a aceitar as limitações do método sem se contentar com o mesmo e a contribuir efetivamente para a superação dos impasses do campo. Dentre esses impasses, urge escapar à dicotomia verdade/ inverdade, quando se trata de identificar e analisar crenças, valores, representações. Segundo nossa avaliação, a principal lacuna se refere à fragilidade das propostas que estabelecem relação entre as falas do indivíduo e as do grupo a que este pertence. Em particular, são graves os riscos na inferência de padrões 12 UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta regulares de imaginários e representações sociais a partir da fala individual. Neste contexto lacunoso, oferecemos nova estratégia para a análise das inter-relações entre as falas dos sujeitos individuais e de sua reunião em grupo focal contingente, com suporte nos achados da etnografia crítica. Designamos contingente ao grupo que se forma em cada ocasião de reunião dos indivíduos que o constituem. Trata-se do grupo que vem ao trabalho, ao jogo, à igreja, no dia em que se faz a entrevista. Portanto, o grupo não é definido previamente. O objetivo é captar, descrever e analisar percepções e representações desses grupos ocasionais de informantes em entrevista oral, em que se incorporam novos recursos para lidar com as interpretações que resultam dessas falas, representações essas supostamente mais densas do que as resultantes de grupos focais convencionais. A proposta incorpora e combina traços de diferentes modos de analisar a forma e o conteúdo dos dados de fala, com âncora nas propostas de legitimação e autorização de atitudes dos falantes, veiculadas na análise crítica do discurso. A parte teórica da proposta retoma a concepção de representações sociais, de Moscovici, que redimensiona o conceito de representações coletivas, de Durkheim, favorecendo a microanálise de poucos informantes, que representam seus segmentos sociais e ocupacionais em termos qualitativos. A parte empírica, centrada nos modos de elicitar e organizar ideias em bacias semânticas, amplia o leque de métodos de coleta e análise, com uma tecnologia específica para ARTIGOS Revista Corpus et Scientia | Rio de Janeiro | Vol. 6 | N. 2 | Agosto de 2010 | Semestral Florival Raimundo de Sousa organizar e interpretar dados de entrevista com grupo focal. Portanto, nas dimensões teórica e empírica, a proposta contém uma parte clássica, de base sociolinguística, consolidada nas análises de fala individual e uma original, referente ao trato com os dados do grupo focal contingente. A proposta clássica Na parte clássica, agindo conforme a tradição da pesquisa de orientação antropológica e lingüística, escolhe-se o tema, identifica-se nesse uma lacuna que justifique a pesquisa, formula-se um problema a ser investigado, que se desdobra nas questões do estudo. Define-se o grupo amostral e se inicia a etnografia do grupo. Essa etnografia do grupo faculta uma análise preliminar do espectro do problema e permite selecionar os informantes iniciais, como representativos desse grupo. Esses informantes são entrevistados individualmente, com base em roteiro de entrevista semiestruturada, com perguntas que focalizam o problema escolhido. Essas entrevistas individuais são gravadas e transcritas, e as respostas são categorizadas e analisadas. Dessa análise das categorias propostas resulta uma síntese interpretativa das respostas oferecidas pelos informantes, com exemplos ilustrativos das falas mais relevantes, que sintetizam as representações do grupo em relação ao tópico investigado. Nesse primeiro modelo original se consolidou a pesquisa no Laboratório das Representações Sociais, no qual se inclui o grupo de estudo Semiótica das atividades humanas, do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Gama Filho. Nesse laboratório, conjuntamente com Nilda Teves e Vera Lucia Costa, consolidamos a linha de pesquisa sobre imaginário e representações sociais em educação física, com ramificações em gênero, esporte de aventura, lutas e dança. A proposta radical O segundo modelo consiste na entrevista em grupo focal e na edição, síntese e interpretação das falas desse grupo, como conjunto de pessoas que pensa e fala em voz alta sobre o que pensa. A proposta radical, ancorada na etnografia crítica, prevê identificar informantes de elite, entrevistar esses informantes e produzir uma síntese interpretativa de suas falas, em frases simples, indicativas e afirmativas. O pesquisador se reúne com as pessoas que aceitam participar da conversa e lê, para esse grupo focal contingente, a primeira frase da síntese e pede que comentem, avaliem, critiquem, digam o que quiserem sobre a idéia contida nessa frase. Após o grupo esgotar a discussão sobre essa frase, o entrevistador introduz a próxima frase para discussão, e assim prossegue, até toda a síntese ser discutida. A entrevista em grupo focal é gravada, transcrita, editada, sintetizada e interpretada. Quebra-se a relação horizontal entre entrevista individual, entrevista com grupo focal e etnografia, clássico na pesquisa. Vê-se crescer a importância do grupo focal, mais do que a contribuição de cada indivíduo. A etnografia, por sua vez, serve para selecionar os infor- 13 UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta ARTIGOS mantes, para confirmar as falas individuais e a coletiva e para trazer à luz novos dados, não observados nas falas dos informantes. Ilustrações da proposta radical com grupo focal O caráter radical da inovação e interpretação da entrevista com o grupo focal está concentrado na edição e síntese das falas do grupo. Na edição selecionam-se apenas os trechos em que os membros do grupo focal produzem informação que é considerada relevante para o alcance dos objetivos. Na síntese apresentamse os dados em que há consenso, como se fossem de apenas um informante. Adotamos este modo de organizar os saberes do grupo sobre o tópico de estudo por entendermos que a síntese resume as representações sociais do grupo de informantes. Nos casos de dissenso, é mais nítido o conjunto de ideias que destoa do grupo consensual. É mais explícita, também, a oposição entre o grupo consensual e o subrupo do dissenso. Nos estudos específicos de utilização do método, apresentados a seguir, se pode ter acesso a uma versão mais detalhada sobre como operamos nesse modelo. Apresentamos uma versão sucinta de três aplicações da proposta: Mulheres no hip hop (ALVES, 2009), Discriminação no programa esporte e lazer na cidade (VOTRE, 2009) e Mulheres de classe alta no futebol (MELILLO, 210). Mulheres no hip hop No caso do estudo mulheres no hip hop, Alves procura identificar os motivos da presença feminina no movimento hip hop, a partir das categorias: inserção, permanência, dificul- 14 UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta Revista Corpus et Scientia | Rio de Janeiro | Vol. 6 | N. 2 | Agosto de 2010 | Semestral dades para a permanência, representação da mulher e relações de gênero. Examinou-se a construção da autoidentidade das jovens dançarinas com atenção para o eu, o trinômio confiança/segurança/risco, as relações de amizade e o estilo hip hop de vida. Também foi investigado o processo de exclusão/inclusão social das jovens, privilegiando o corpo, a identidade, o território e a cidadania. O fluxo do trabalho, neste estudo, é o seguinte: 1) escolha e amadurecimento do tema, 2) definição dos objetivos, 3) elaboração do corpus, 4) definição das questões centrais, 6) seleção dos informantes de elite, 7) gravação das entrevistas individuais, 8) transcrição e síntese das falas desses informantes de elite, 9) definição do grupo focal, 10) gravação da entrevista em grupo focal, que é convidado a comentar as frases da síntese, 11) transcrição, edição e síntese da fala do grupo focal. ARTIGOS Revista Corpus et Scientia | Rio de Janeiro | Vol. 6 | N. 2 | Agosto de 2010 | Semestral Roteiro das entrevistas individuais Tema Pergunta 1) Você sabe quantas mulheres tem nas oficinas de hip hop de Pedra de Guaratiba? A participação feminina no breakdance 2) O que você acha da participação das mulheres nas oficinas? 3) Por que você acha que tem tanta mulher nas oficinas? 4) Você acha que elas têm condições de dançar aqueles movimentos acrobáticos igual aos homens? As relações de gênero 5) Como é a aceitação dos homens que participam de oficina e que são líderes do grupo com relação à presença dessas mulheres? Os motivos de entrada 6) Por que as mulheres entram no movimento? Os motivos de permanência 7) O que garante a permanência das mulheres no hip hop? As dificuldades de permanecer 8) Por que você acha que as mulheres saem do hip hop? Após a realização das entrevistas individuais, chegou-se à seguinte síntese, formulada em frases curtas: “A participação das mulheres no break é maravilhosa para os homens. É maravilhosa, porque elas demonstram interesse por uma dança considerada masculina. Para as meninas é muito bom por mostrar que as mulheres têm capacidade de dançar hip hop. Elas chegam a ser melhores que os homens. Alguns homens têm certo preconceito em relação a elas. Para os homens a execução dos movimentos do break depende de força e para as mulheres a técnica é mais importante. Os homens líderes que ensinam a dança se promovem através das mulheres”. Essa síntese foi lida ao grupo focal com seis informantes, os quatro de elite, mais um homem e uma mulher com dois anos de prática do break e que são ajudantes das oficinas. O critério para a escolha dos dois novos informantes foi o tempo de prática do break e a posição de “liderança” que ocupam.. 15 UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta ARTIGOS Discriminação no PELC Neste estudo, salvo pequenas diferenças no formato de coleta, seguiu-se o passo-a-passo mostrado acima. A maior inovação deve-se a características próprias da comunidade com que trabalhamos, que nos levou a uma pequena variação na organização do grupo focal. Os informantes individuais foram escolhidos a partir da etnografia que fizemos em 12 núcleos do Programa, no Rio de Janeiro. Conforme já dissemos, fizemos as atividades do projeto, vestidos com camisetas iguais às dos participantes. Enquanto íamos aprendendo a fazer as atividades e os movimentos propostos, observávamos quem comandava, quem orientava, quem dava sugestões. Depois, conferíamos com os supervisores e estagiários quais eram as pessoas líderes em cada atividade. Procurávamos essas pessoas e as entrevistávamos, informalmente, com as três perguntas seguintes: Do que você mais gosta no projeto?, Do que menos gosta?, O que afasta ou tira seus colegas do projeto?. Procedemos à síntese das respostas colhidas e das anotações no diário de campo. A partir de então, em cada comunidade, antes de a atividade em que participávamos terminar, nos sentávamos no chão, com a turma, e pedíamos que comentassem cada frase da síntese. A título de ilustração, transcrevemos a síntese do grupo de mulheres numa sessão de alongamento. A pergunta motivadora foi: por que tem tão pouca gente, com uma manhã tão bonita? Parte de consenso: os homens não vêm, porque dizem que têm vergonha, no meio só de mulher, o que vão dizer os colegas deles? As moças têm preguiça, querem dormir, não 16 UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta Revista Corpus et Scientia | Rio de Janeiro | Vol. 6 | N. 2 | Agosto de 2010 | Semestral querem acordar, nós estamos aqui porque o médico recomendou exercício. Parte de dissenso: se o senhor vier sempre, vou falar pro meu marido que tem um homem fazendo alongamento. Não adianta, boba, vão dizer que homem que é homem não se sujeita a isso. Mostramos também a síntese de entrevista em grupo focal com homens que estão a jogar bilhar e baralho, ao lado da quadra em que há alongamento, respondendo à pergunta: por que vocês não fazem ginástica e alongamento, que fazem tanto bem à saúde? Parte do consenso: eu prefiro um trabalho mais pesado, pra homem mesmo, quando quero perder peso ou melhorar a forma, vou correr na orla da lagoa, isso é coisa pra mulher mesmo, que fica mais parada em casa, aí engorda e precisa disso. Parte do dissenso: não dá, não vou me misturar com elas, vão dizer que estou ficando mariquinhas. Deixa de ser bobo, tu não vais porque tens preguiça. Eu não vou porque tenho vergonha de estar todo duro, elas vão rir de mim. Mulheres de classe alta no futebol Neste estudo (MELILLO, 2010) utilizouse o mesmo fluxo de trabalho mencionado nos outros dois estudos. Buscava-se identificar motivos da presença das mulheres daquele clube no futebol, com foco em adesão, facilidades e dificuldades para a permanência no desporto. Examinou-se a construção da autoidentidade das mulheres, com atenção para o eu e o estilo de vida. Revista Corpus et Scientia | Rio de Janeiro | Vol. 6 | N. 2 | Agosto de 2010 | Semestral Grupo focal Consenso “Socialização é altamente importante nesse espaço aqui no clube, participar junto com seu filho, de uma atividade assim, nunca procurei lugar nenhum e uma pessoa orientando é muito importante” Dissenso “Geralmente familiares não apoiam, meu pai odeia que eu faça futebol, normalmente os pais não apoiam. Eles estão aqui no clube, mas não significa que eles apoiam a gente a jogar bola” A transcrição, a edição e a síntese da fala do grupo focal trouxe informações que não ocorreram nas entrevistas individuais nem transpareceram na etnografia, como por exemplo a opção das associadas em só jogar com as colegas do clube, negando-se a participar de jogos fora daquele espaço. CONCLUSÃO O método se mostrou eficaz na obtenção de dados e posterior análise. O grupo focal nos permitiu coletar informações a partir da fala coletiva sobre os assuntos abordados na síntese, que não haviam aparecido nas falas das entrevistas individuais. Também possibilitou ao grupo a discussão de tópicos que apareciam como dissenso nas entrevistas individuais e se tornaram consenso durante a atividade verbal do grupo focal, através de argumentações consistentes dos entrevistados e vice-versa. Um exemplo, no estudo sobre mulheres no hip hop, foi a capacidade de as mulheres executa- ARTIGOS rem os movimentos acrobáticos do breakdance no mesmo nível dos rapazes. Durante as falas individuais os rapazes alegavam que elas não tinham essa capacidade devido a menor força feminina para uma dança vigorosa. Já as entrevistadas diziam que tudo dependia do aprimoramento da técnica da dança, onde elas superavam os meninos e equilibravam a menor força. Durante o grupo focal essa discussão durou dez minutos e as mulheres mostraram evidências do que alegavam, o que acabou sendo aceito pelos rapazes. O uso do modelo na interpretação dos dados permitiu uma análise de profundidade em que a etnografia foi importante fator para confirmar a fala do sujeito coletivo e entender como se davam os processos formadores das idéias, das opiniões e das ações do grupo pesquisado. Essa importância não aparece lá em cima muito menos nos relatos das experiÊncias com o método. No programa esporte e lazer, a estratégia de coleta em grupo favoreceu os informantes mais inibidos e menos hábeis na exposição oral, que se sentiram autoconfiantes e expressaram o que sentiam diante de colegas que os incentivavam a falar. 17 UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta ARTIGOS Revista Corpus et Scientia | Rio de Janeiro | Vol. 6 | N. 2 | Agosto de 2010 | Semestral REFERÊNCIAS ALVES, A. P. (2009). Mulheres na dança do movimento hip hop numa comunidade de periferia do Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado. Universidade Gama Filho. Rio de Janeiro. BARDIN, L. (2008). Análise de conteúdo. 4ª ed. Lisboa: Edições 70. LEFEVRE, F; LEFEVRE, A. M. C. e MARQUES, M. C. C. (2007). MARIA CRISTINA da COSTA. Discurso do sujeito coletivo, complexidade e auto-organização. Revista Ciência e Saúde Coletiva, v. 6, p.166. MELILLO, C. (2010). Mulheres da classe alta no futebol: o caso do Nova Iguaçu Country Club. Dissertação de mestrado. Universidade Gama Filho. Rio de Janeiro. VOTRE, S.; GOELLNER, S.; MOURÃO, L. e FIGUEIRA, M. (2009). Gênero, raça, idade e deficiência. Integração em projetos sociais do Rio de Janeiro. FAPERJ/DUBLEGRAF. Recebido: 20 de junho de 2010 Aprovado: 5 de julho de 2010 Endereço para correspondência Sebastião Josué Votre E-mail: sebastianovotre@yahoo.com 18 UNISUAM | Centro Universitário Augusto Motta