INTRODUÇÃO À HIGIENE E SEGURANÇA
OCUPACIONAL
PROF. JOELDES DAMASCENO MATIAS
Técnico de Segurança do Trabalho
Engenheiro Mecânico
Engenheiro de Segurança do Trabalho
Email: joeldesmatias@gmail.com
Celular: 9914-6353
8735-4465
NATAL
2014
O
QUE É?
É A CIÊNCIA QUE OBJETIVA, ATRAVÉS DE
POLÍTICAS PREVENTIVAS, ELIMINAR OU
DIMINUIR A OCORRÊNCIA DE ACIDENTES DO
TRABALHO.
CONCEITO – é a aplicação de técnicas e
procedimentos, junto ao desenvolvimento e
execução das atividades de trabalho.
OBJETIVO – visa preservar à saúde e a
integridade física dos trabalhadores através
de
uma
antecipação,
avaliação,
reconhecimento e controle dos riscos
ambientais, que existam ou que possam vir
a existir em cada setor de trabalho.
ATUAÇÃO – a segurança é necessária em
todo tipo de atividade e tem sua aplicação
na preservação do meio ambiente.
IMPORTÂNCIA – preservação da saúde e
integridade física dos funcionários, conforto
no ambiente de trabalho, melhoria da
qualidade de vida, interfere no processo
produtivo, na qualidade do produto e na
produtividade e tem a sua responsabilidade
social.
O PROFISSIONAL DE SEGURANÇA DO
TRABALHO DEVE SEGUIR TRÊS PASSOS
BÁSICOS:
1)
2)
3)
RECONHECER
AVALIAR
PROPOR MEDIDAS DE CONTROLE
O QUÊ???
OS ACIDENTES DE TRABALHO, DESDE O
INÍCIO DAS PRIMEIRAS ATIVIDADES, SEMPRE
FIZERAM PARTE DO CONTEXTO HUMANO.
SEMPRE
REPRESENTARAM
PREJUÍZOS FÍSICOS E MATERIAIS PARA
AS
ATIVIDADES HUMANAS.
1556 – Georg Bauer – “De re Metallica”.
1700 – Bernardino Ramazzini – “De Morbis
Artificium Diatriba”.
1833, 1844 e 1888 – Grã Bretanha – “Factory Act”.
Alemanha – 1865 lei / 1873 Associação de
Prevenção.
França – 1862
USA – 1903
CRIAÇÃO DA MÁQUINA A VAPOR.
ORGANIZAÇÃO DAS PRIMEIRAS
FÁBRICAS .
BUSCA DESENFREADA PELO LUCRO
ACIDENTES E MUTILAÇÕES
MÁQUINA A VAPOR
1914 - NIOSH – INSTITUTO NACIONAL
DE SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL.
CRIADO COM O OBJETIVO DE
DESENVOLVER PESQUISAS
ATUALMENTE, AVALIAÇÕES DE EXPOSIÇÃO
OCUPACIONAL UTILIZAM SUAS
METODOLOGIAS
1938 - ACGIH – AMERICAN CONFERENCE
OF GOVERNAMENTAL INDUSTRIAL HYGIENIST.
CRIADO COM O OBJETIVO DE DESENVOLVER
PESQUISAS SOBRE LIMITES DE EXPOSIÇÃO.
APÓS 8 ANOS DE PESQUISA JÁ POSSUÍA UMA
LISTA DE 148 SUBSTÂNCIAS COM LIMITE DE
EXPOSIÇÃO ESTABELECIDO.
E NO BRASIL?
1919 – Através do Tratado de Versalhes –
OIT – Organização Internacional do Trabalho.
1943 – Através do Decreto 5.452 – CLT –
Consolidação das Leis do Trabalho.
1944 – Através do Decreto 7.036 – CIPA
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
1966 – Através da Lei 5.161 –
FUNDACENTRO – Fundação Jorge Duprat
Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho.
1978 – Portaria 3.214 – 28 NRs – Normas
Regulamentadoras.
1988 – Constituição Federal.
MINISTÉRIO
EMPREGO:
DO
TRABALHO
E
DEFINIR E EXECUTAR UMA DIRETRIZ
POLÍTICA PARA A ÁREA TRABALHISTA,
ESPECIALMENTE A RELACIONADA COM A
SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR.
SUPERINTENDÊNCIA
TRABALHO:
REGIONAL
DO
PROMOVER A FISCALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
E MEDICINA DO TRABALHO.
ADOTAR MEDIDAS
EXIGÍVEIS.
QUE
SE
IMPOR AS PENALIDADES CABÍVEIS.
TORNEM
FUNDACENTRO:
A Fundacentro tem como principal missão a
produção e difusão de conhecimentos que
contribuam para a promoção da Segurança e
Saúde do trabalhador, como a edição de livros e
vídeos, edição de Normas de Higiene
Ocupacional, organização e divulgação de
eventos, etc .
QUAL O PAPEL DA SEGURANÇA DO
TRABALHO?
QUAL O PAPEL DA SEGURANÇA DO
TRABALHO?
RECONHECER OS RISCOS PROFISSIONAIS
CAPAZES DE OCASIONAR ACIDENTES,
AVALIAR A MAGNITUDE DESSES RISCOS
ATRAVÉS DA EXPERIÊNCIA E TREINAMENTO
E COM O AUXÍLIO DE TÉCNICAS DE
AVALIAÇÃO QUANTITATIVAS, PRESCREVER
MEDIDAS PARA ELIMINÁ-LOS OU REDUZÍLOS A NÍVEIS ACEITÁVEIS.
QUAL O PAPEL DA SEGURANÇA
DO TRABALHO?
APLICAR OS CONHECIMENTOS DE SEGURANÇA
AO AMBIENTE DE TRABALHO E A TODOS OS
SEUS COMPONENTES.
COLABORAR NOS NOVOS PROJETOS.
RESPONSABILIZAR-SE TECNICAMENTE PELA
ORIENTAÇÃO QUANTO AO CUMPRIMENTO DA
LEGISLAÇÃO.
QUAL O PAPEL DA SEGURANÇA
DO TRABALHO?
ESCLARECER
E
CONSCIENTIZAR
OS
EMPREGADOS
SOBRE
OS
RISCOS,
ESTIMULANDO-OS
EM
FAVOR
DA
PREVENÇÃO.
ANALISAR E REGISTRAR TODOS OS
ACIDENTES E DOENÇAS OCORRIDAS NA
EMPRESA.
HIGIENE DO TRABALHO: DESENVOLVE
AÇÕES TÉCNICAS VOLTADAS PARA A
PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS.
MEDICINA DO TRABALHO: DESENVOLVE
AÇÕES VOLTADAS PARA O INDIVÍDUO, COMO
FORMA DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS.
O QUE EU TENHO A VER COM ISSO????
SE NÃO FOR COMIGO….
É AQUELE ACIDENTE DECORRENTE DA
CARACTERÍSTICA
DA
ATIVIDADE
PROFISSIONAL DESEMPENHADA PELO
ACIDENTADO.
É O QUE OCORRE PELO EXERCÍCIO DO
TRABALHO A SERVIÇO DA EMPRESA OU
PELO EXERCÍCIO DO TRABALHO DOS
SEGURADOS REFERIDOS NO INCISO VII DO
ART.11 DESTA LEI, PROVOCANDO LESÃO
CORPORAL OU PERTURBAÇÃO FUNCIONAL
QUE CAUSE A MORTE OU A PERDA OU
REDUÇÃO, PERMANENTE OU TEMPORÁRIA,
DA CAPACIDADE PARA O TRABALHO.
ART. 11 DA LEI 8.213/91:
Inciso VII - como segurado especial: o
produtor, o parceiro, o meeiro e o
arrendatário rurais, o garimpeiro, o pescador
artesanal e o assemelhado, que exerçam
suas atividades, individualmente ou em
regime de economia familiar, ainda que com
o auxílio eventual de terceiros, bem como
seus respectivos cônjuges ou companheiros
e filhos maiores de 14 (quatorze) anos ou a
eles equiparados, desde que trabalhem,
comprovadamente, com o grupo familiar
respectivo.
ASSIM
DOENÇA
PROFISSIONAL,
ENTENDIDA
A
PRODUZIDA
OU
DESENCADEADA PELO EXERCÍCIO DO
TRABALHO PECULIAR A DETERMINADA
ATIVIDADE
E
CONSTANTE
DA
RESPECTIVA RELAÇÃO ELABORADA PELO
MINISTÉRIO
DO
TRABALHO
E
DA
PREVIDÊNCIA SOCIAL;
DOENÇA
DO
TRABALHO,
ASSIM
ENTENDIDA
A
ADQUIRIDA
OU
DESENCADEADA
EM
FUNÇÃO
DE
CONDIÇÕES ESPECIAIS EM QUE O
TRABALHO É REALIZADO E COM ELE
SE RELACIONE DIRETAMENTE.
NÃO SÃO CONSIDERADAS DOENÇAS
DO TRABALHO:
1)
2)
3)
4)
INERENTES AO GRUPO ETÁRIO;
DOENÇA DEGENERATIVA;
NÃO PRODUZA INCAPACIDADE;
DOENÇA ENDÊMICA.
a) Ato de sabotagem ou terrorismo,
provocado por terceiro, inclusive
no local e no horário de trabalho
b)
Ofensa
física
intencional,
inclusive de terceiro, por motivo
de disputa, relacionada com o
trabalho;
c)
Ato
de
imprudência,
de
negligência ou de imperícia de
terceiro, inclusive companheiro;
d) Ato da pessoa privada do uso da
razão;
e) Desabamento, inundação ou incêndio;
d) Outros casos fortuitos ou decorrentes
de força maior.
a) Nos períodos destinados à
refeição ou descanso, por ocasião
da
satisfação
de
outras
necessidades fisiológicas, no local
de trabalho ou durante este, o
empregado será considerado a
serviço da empresa.
a) Na execução de ordem ou realização de
serviço sob autoridade da empresa;
b) Na prestação espontânea de qualquer
serviço à empresa, para lhe evitar
prejuízo ou proporcionar proveito;
c) Em viagem à serviço da empresa, seja
qual for o meio de locomoção utilizado,
inclusive veículo de propriedade do
empregado.
d) No percurso da residência para o trabalho, ou
deste para aquele.
É AQUELE SOFRIDO PELO EMPREGADO NO
PERCURSO DA RESIDÊNCIA PARA O LOCAL
DE TRABALHO OU DESTE PARA AQUELA,
QUALQUER QUE SEJA O MEIO DE
LOCOMOÇÃO, INCLUSVE VEÍCULO DE
PROPRIEDADE DO EMPREGADO.
QUALQUER MEIO DE TRANSPORTE!!!!
É TODA OCORRÊNCIA INDESEJÁVEL,
INESPERADA OU NÃO PROGRAMADA,
QUE
INTERFERE
NO
DESENVOLVIMENTO NORMAL DE UMA
TAREFA PODENDO CAUSAR:
1 – PERDA DE TEMPO;
2– DANOS MATERIAIS OU AMBIENTAIS;
3 – LESÕES OU DOENÇAS;
4 – MORTE DO TRABALHADOR.
SÃO FENÔMENOS SOCIALMENTE
DETERMINADOS, PREVISÍVEIS E
PREVENÍVEIS.
OS
FATORES
PROVOCADORES
DOS ACIDENTES DO TRABALHO
SÃO MULTICAUSAIS.
E COMO CLASSIFICAMOS?
1) ACIDENTE SEM AFASTAMENTO:
RETORNA AO TRABALHO NO MESMO
DIA OU NO DIA SEGUINTE NO INÍCIO
DO EXPEDIENTE.
E ISSO NÃO OCORRER?
2) ACIDENTE COM AFASTAMENTO:
OCASIONA
TEMPORÁRIA
MORTE.
OU
INCAPACIDADE
PERMANTE OU
2.1) INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
2.2) INCAPACIDADE
PARCIAL.
PERMANENTE
2.3) INCAPACIDADE
TOTAL.
PERMANENTE
1 – ASPECTO HUMANO
1 – ASPECTO SOCIAL
1 – ASPECTO ECONÔMICO
LEI DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS
PREVIDENCIÁRIOS E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.
É NECESSÁRIO?
É NECESSÁRIO VER OS DOIS LADOS
DA MOEDA:
O EMPREGADO
O AMBIENTE
1 – TEORIA DO DOMINÓ:
OS ACIDENTES TÊM COMO CAUSA OS
ATOS INSEGUROS E AS CONDIÇÕES
INSEGURAS.
2 – TEORIA MODERNA:
OS ACIDENTES TÊM ORIGEM SOCIAL E
MULTI-CAUSAL
1) ATO INSEGURO
2) CONDIÇÃO INSEGURA
3) FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA
1) ATO INSEGURO:
Ato inseguro é a maneira pela qual o
trabalhador se expõe, consciente ou
inconscientemente a riscos de acidentes. Em
outras palavras é um certo tipo de
comportamento que leva ao acidente.
–
OPERAÇÃO
OU
USO
DE
EQUIPAMENTO SEM AUTORIZAÇÃO
2
–
REMOVER
OU
DESATIVAR
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
3 – FALHA EM USAR O EQUIPAMENTO
DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
4 - BRINCADEIRAS
1
2) CONDIÇÃO INSEGURA:
Consiste em irregularidades ou deficiências
existentes no ambiente de trabalho que
constituem riscos para a integridade física do
trabalhador e para sua saúde, bem como para
os bens materiais da empresa.
1 – RISCO DE FOGO E EXPLOSÃO
2 – ILUMINAÇÃO INADEQUADA
3 – CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS
PERIGOSAS
4 – RISCO EM PASSAGEM ESTREITA,
BAIXA E CONGESTIONADA
2) FATOR PESSOAL:
ESSA CAUSA É DEVIDA A QUALQUER
CARACTERÍSTICA PESSOAL DO EMPREGADO
QUE PODE INFLUENCIÁ-LO A AGIR DE
MODO INSEGURO.
1 – DEFICIÊNCIA EM CONHECIMENTO E
HABILIDADE
2
–
MOTIVAÇÃO
OU
ATITUDE
CONFLITANTE
3 – INCAPACIDADE FÍSICA OU MENTAL
FIGURA 04: Destaque para a
imprudência do trabalhador.
FIGURA 04: Destaque para a
imprudência do trabalhador.
– ATOS INSEGUROS
Os atos inseguros são geralmente, definidos como causas de
acidentes do trabalho que residem, exclusivamente, no fator
humano, isto é, aqueles que decorrem da execução das
tarefas de forma contrária às normas de segurança.
É falsa a idéia de que não se pode predizer nem controlar o
comportamento humano. Na verdade, é possível analisar os
fatores relacionados com a ocorrência de atos inseguros e
controla-los. Seguem-se, para orientação, alguns fatores que
podem levar os trabalhadores a praticar atos inseguros:
- INADAPTAÇÃO ENTRE HOMEM E FUNÇÃO POR FATORES
CONSTITUCIONAIS.
Sexo;
Idade;
Tempo de reação aos estímulos;
Coordenação motora;
Estabilidade x instabilidade emocional;
Extroversão/introversão;
Agressividade;
Impulsividade;
Problemas neurológicos;
Nível de inteligência;
Grau de atenção;
Percepção;
Coordenação visual-motora.
FATORES CIRCUNSTANCIAIS:
- São os fatores que estão influenciando o desempenho do
individuo no momento.
Problemas familiares;
Abalos emocionais;
Discussão com colegas;
Alcoolismo;
Grandes preocupações;
Doença;
Estado de fadiga.
DESCONHECIMENTO DOS RISCOS DA FUNÇÃO E/OU DA FORMA
DE EVITÁ-LOS.
Causado por:
◦
◦
◦
Seleção ineficaz;
Falhas de treinamento;
Falta de treinamento;
DESAJUSTAMENTO RELACIONADO COM CERTAS CONDIÇÕES
ESPECÍFICAS DO TRABALHO.
Problemas com a chefia;
Problemas com o colega;
Política salarial imprópria;
Política promocional imprópria;
Clima de insegurança.
PERSONALIDADE - FATORES QUE FAZEM PARTE DAS
CARACTERÍSTICAS DE PERSONALIDADE DO
TRABALHADOR E QUE SE MANIFESTAM POR
COMPORTAMENTOS IMPRÓPRIOS.
O desleixado;
O ”machão”;
O exibicionista calado;
O exibicionista falador;
O desatento;
O brincalhão
◦
CONDIÇÕES INSEGURAS
São aquelas que, presentes no ambiente de trabalho,
colocam em risco a integridade física e/ou mental do
trabalhador devido à possibilidade do mesmo
acidentar-se. Tais condições apresentam-se como
deficiências técnicas:
NA CONSTRUÇÃO E INSTALAÇÕES EM QUE SE
LOCALIZA A EMPRESA:
Áreas insuficientes, pisos fracos e irregulares, excesso de
ruído e trepidações, falta de ordem e de limpeza, instalações
elétricas impróprias ou com defeitos, falta de sinalização:
NA MAQUINARIA
Localização imprópria das máquinas, falta de proteção em
partes móveis e pontos de agarramento, máquinas
apresentando defeitos;
NA PROTEÇÃO DO TRABALHADOR
Proteção insuficiente ou totalmente ausente, roupas não
apropriadas, calçados impróprios, equipamento de proteção
com defeito.
IMPORTANTE
Estas causas são apontadas como responsáveis pela maioria
dos acidentes. No entanto, deve-se levar em conta que, às
vezes, os acidentes são provocados por haver condições e atos
inseguros ao mesmo tempo.
FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA
As pessoas, pelo seu modo de agir, como indivíduos ou
profissionais, cometem atos inseguros e/ou criam
condições inseguras ou colaboram para que elas
continuem existindo. Devem ser apurados e anotados no
relatório de acidente, os fatores pessoais que estiveram
presentes no momento em que ele ocorreu. Os fatores
pessoais de insegurança ficam evidentes quando o
individuo apresenta desconhecimento dos riscos de
acidentes, treinamento inadequado, falta de aptidão ou
interesse pelo trabalho, excesso de confiança,
incapacidade física para o trabalho etc...
MANEIRA DE SE VESTIR NO TRABALHO
- É sabido que as partes móveis das máquinas formam pontos de
agarramento que representam constante fonte de perigo para
o operador.
- Eis alguns exemplos de pontos de agarramneto:
Cilindros;
Polias;
Correias;
Correntes;
Partes sobressalentes;
Engrenagens;
- Eis alguns exemplos de partes que poderão ser agarradas:
Cabelos compridos e soltos;
Roupas soltas;
Camisa desabotoada;
Camisa de mangas compridas;
Calças de boca larga;
Enfeites;
Colares;
Cordões;
Brincos;
Relógios;
Pulseiras;
Anéis;
IMPORTANTE
O calçado é também um grande problema no ambiente de
trabalho porque, geralmente, os tipos mais usados pelo
trabalhador são desaconselháveis e ninguém está livre de que
algo pesado caia sobre os pés ou algo perfurante ultrapasse a
sola.
TODOS OS ASPECTOS CITADOS PRECISAM SER OBSERVADOS,
ESTUDADOS E TRATADOS PARA SE CONSEGUIR RESULTADOS
DURADOUROS OU DEFINIDOS, MAS ALGUMAS PROVIDÊNCIAS
PODEM SER TOMADAS DE IMEDIATO PARA MINIMIZAR OS
RISCOS.
- Eis alguns exemplos:
Usar touca ou gorro para prender os cabelos compridos;
Usar a camisa abotoada e dentro da calça;
Usar as mangas compridas com os punhos abotoados ou, então, mangas
curtas;
Usar calças de boca estreita com as barras firmemente costuradas e sem vira;
Usar calçados de sola de couro, fechados e baixos;
Usar sapatos de segurança com biqueira e palmilha de aço, onde se fizerem
necessários;
Não usar quaisquer enfeites no pescoço, nos braços, nas mãos ou dedos;
Usar roupas ajustadas no corpo, não agarrada ou larga demais.
ORDEM E LIMPEZA
- É sabido que no ambiente de trabalho muitos fatores de
ordem física exercem influências de ordem psicológica
sobre pessoas, interferindo de maneira positiva ou negativa
no comportamento humano conforme as condições em que
se apresentam. Neste contexto, a ordem e a limpeza
constituem um fator de influência positiva no
comportamento do trabalhador.
- Exemplos de fatores de ordem física:
Cor;
Luminosidade;
Temperatura;
Ruído; etc.
- As pessoas que trabalham num ambiente desorganizado sentem
uma sensação de mal-estar que poderá tornar-se um agravante de
um estado emocional já perturbado por outros problemas. Esse
estado psicológico poderá afetar o relacionamento dos
trabalhadores e expô-los ao risco de acidentes, além de prejudicar a
produção da empresa.
- Exemplificando, ambiente desorganizado, temos;
Passagem obstruída com tábuas, caixotes, produtos acabados etc;
Obstáculo que impedem o trânsito normal das pessoas por entre
máquinas ou corredores;
Obstáculos onde se pode facilmente tropeçar ou escorregar;
Chão sujo de graxa, combustíveis ou substâncias químicas.
- A limpeza, conversação e manutenção são muito importantes nas máquinas,
equipamentos, bancadas e ferramentas de uso particular. Assim como as
dependências de uso coletivo merecem uma atenção especial.
- Exemplificando
As bancadas e as máquinas devem permanecer sempre limpas e em ordem;
Não deve existir acúmulo de resíduos, cavacos, serragens etc;
Para cada coisa deve existir um lugar adequado;
Armazenar os matérias de uma forma segura;
Manter desimpedido o acesso ao material de combate a incêndio;
Manter a sinalização desobstruída;
Preservar a ordem e limpeza nos refeitórios;
Manter as instalações sanitárias limpas e desinfetadas;
Conservar o vestiário limpo e organizado.
Muitos outros exemplos podem ser citados pois, em todos os ramos de
atividade em que se deseja realizar determinadas tarefas, num ambiente de
tranqüilidade e segurança, necessita-se de dois fatores imprescindíveis:
ORDEM E LIMPEZA.
A PROCURA DAS CAUSAS DO ACIDENTE
Quando um acidente ocorre, quer seja grave ou não, devemos,
como componentes da CIPA, analisa-lo profundamente com o
objetivo de agir eficazmente no sentido de evitar a sua
repetição.
Faz-se necessário lembrar que a finalidade da investigação não
é a de procurar um culpado ou um responsável, mas encontrar
as causas que contribuíram direta ou indiretamente para a
ocorrência do acidente.
O local da ocorrência deve permanecer sem alteração, para
que as condições do momento sejam perfeitamente
identificadas pelo Serviço de Segurança da Empresa,
acompanhado da chefia do local e de cipeiros.
Até a chegada da segurança, o encarregado deve iniciar a
coleta de dados que servirão como ponto de partida para um
exame pormenorizado.
- COMO ROTEIRO BÁSICO NA INVESTIGAÇÃO
PODEMOS NOS VALER DAS PERGUNTAS SEGUINTES:
O que fazia o trabalhador no momento imediatamente anterior à
ocorrência?
Como aconteceu?
Quais foram as conseqüências?
Quais as causas que contribuíram direta ou indiretamente para a
ocorrência do acidente?
Quando ocorreu? (data e hora)
Onde ocorre? (especificando o setor ou seção)
Quanto tempo de experiência na função tinha o acidentado?
Importante: Na medida do possível o acidentado deve ser envolvido
na investigação do acidente.
FONTE DE LESÃO
Em uma investigação, após saber qual a parte do corpo
que foi lesionada, procura-se identificar aquilo que, em
contato com a pessoa, determinou a lesão, isto é, buscase determinar o agente ou fonte de lesão.
Podem ser ácidos e outros produtos químicos, uma
ferramenta, parte de uma máquina, materiais
incandescentes e os excessivamente quentes, arestas
cortantes, corrente elétricas, superfície abrasiva etc.
A determinação da fonte da lesão é um dado
fundamental na investigação de acidentes.
NATUREZA DA LESÃO
- No relatório de acidente deve constar o tipo da lesão que ocorreu.
- As lesões que mais ocorrem são:
a) Contusão: é a decorrente de um traumatismo sobre qualquer região do
organismo, sem que ocorra rompimento da pele.
b) Entorse:
é a corrida na articulação dos ossos e provocada por um
movimento anormal ou exagerado.
c) Luxação: é a que ocorre quando os ligamentos de uma articulação
óssea são forçados além do normal e os ossos articulados ficam fora de
posição.
d) Fratura:
é a em que ocorre quebra de um osso do esqueleto humano.
Ela pode ser simples, sem ferimentos da pele, ou exposta, com ferimento
da pele através do qual o osso fica exposto.
e) Ferimento: é a em que ocorre rompimento da superfície da pele dando
origem a uma hemorragia.
f) Queimadura:é a lesão produzida nos tecidos pela a ação do calor.
LOCALIZAÇÃO DA LESÃO
A localização da lesão merece análise cuidadosa
Ás vezes, a identificação do agente da lesão só se dá
por meio da localização desta.O estudo estatístico, pela
sua localização e o estudo de ocorrências nos mesmos
pontos pode indicar a existência de determinado fator
de insegurança, seja ato inseguro ou condição insegura.
A localização da lesão tem, ainda, importância para os
efeitos legais decorrentes das normas previdenciárias.
É fundamental diante de um acidente ocorrido, a busca das
suas causas e a proposição de medidas para que acidentes
semelhantes possam ser evitados. Quando se tem este
propósito, qualquer acidente, grave ou leve, é rico em
informações.
Ao estudo dos acidentes está ligada a necessidade da emissão
de documentos que descrevem o acidente e suas causas, a
elaboração de gráficos que evidenciam “Segurança” no
ambiente de trabalho.
As medidas prevencionistas decorrentes da análise devem ser
comunicadas pela CIPA sob a forma de relatórios e sugestões.
- Em seguida, apresentamos considerações sobre documentos e
conceitos que fundamentam a análise dos acidentes. Na
unidade sobre o estudo da NR-5 será apresentado um modelo
de impresso para a Análise de Acidentes. O acidente de
trabalho, quanto à sua conseqüência, classifica-se em:
Acidente sem afastamento;
Acidente com afastamento.
- Do acidente com afastamento pode resultar:
Incapacidade temporária;
Incapacidade permanente (parcial ou total);
Morte
- Acidente sem afastamento:
É o acidente em que o acidentado pode exercer sua
função normal, no mesmo dia do acidente ou no dia
seguinte, no horário regulamentar. Entretanto, não entra
nos cálculos das taxas de freqüência e gravidade.
- Acidente com afastamento:
É o acidente que provoca a incapacidade temporária,
incapacidade permanente ou morte do acidentado
- Incapacidade Temporária:
É a perda total da capacidade de trabalho por um período
limitado de tempo, nunca superior a um ano. É aquele em que
o acidentado, depois de algum tempo afastado do serviço,
devido ao acidente, volta ao mesmo, executando suas funções
normalmente como o fazia antes do acidente.
- Incapacidade Parcial e Permanente
É a diminuição, por toda a vida, da capacidade de trabalho que
sofre redução parcial e permanente.
Exemplo: . Perda de um dos olhos;
Perda de um dos dedos.
- Incapacidade Total e Permanente:
É a invalidez incurável para o trabalho. É quando o acidentado
perde a capacidade total para o trabalho.
CADASTRO DE ACIDENTES
Assim sendo, na empresa, existem os controles de qualidade,
de produção, de estoques, por exemplo, devem existir os de
acidentes colocando em destaque as áreas da empresa, os tipos
de lesão, acidentes por dias da semana, por idade dos acidentes
e outros aspectos de interesse para a análise dos acidentes,
Deve-se, ao mesmo tempo que se atendem aos aspectos legais,
buscar-se com isso direcionar os esforços dos órgãos da
empresa encarregados de resolver problemas de segurança.
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTES
É um documento básico que está à disposição dos cipeiros,
pois a sua elaboração é obrigatória por lei. A empresa
necessita fazer uma comunicação dos acidentes, ao INSS, no
prazo de 24 horas e utilizar-se de impresso específico, o CAT
– Comunicação de Acidentes do Trabalho. Se ocorrer a morte
do funcionário, a comunicação deve ser feita também para a
autoridade policial. Importante também são as medidas que
devem ser postas em execução para se evitar que outros
acidentes semelhantes venham a ocorrer. Para tanto, é
fundamental o envolvimento e a sensibilização do maior
número possível de pessoas dentro da empresa.
João estava furando um cano. Para executar o serviço se equilibrava em
cima de umas caixas em forma de escada. Utilizava uma furadeira
elétrica portátil. Ele já havia feito vários furos e a broca estava com o fio
gasto, por esta razão, João estava forçando a penetração da mesma.
Momentaneamente, a sua atenção foi desviada por algumas faíscas que
saiam do cabo de extensão, exatamente onde havia um rompimento, que
deixava a descoberto os fios condutores da eletricidade. Ao desviar a
atenção, ele torceu o corpo, forçando a broca no furo. Com a pressão ela
quebrou e, neste mesmo instante, ele voltou o rosto para ver o que
acontecia, sendo atingido por um estilhaço da broca em um dos olhos.
Com um grito, largou a furadeira, pôs as mãos no rosto, perdeu o
equilíbrio e caiu.
Um acontecimento semelhante, ocorrido há um ano atrás, nesta mesma
empresa, determinava o uso de óculos de segurança na execução desta
tarefa.
O óculos que João devia ter usado estava sujo e quebrado, pendurado em
um prego.
Segundo o que o supervisor dissera, não ocorrera nenhum acidente nos
últimos meses e o pessoal não gostava de usar os óculos, por esta razão,
ele não se preocupava em recomendar o uso dos mesmos nesta operação,
porque tinha coisas mais importantes a fazer.
Atos Inseguros;
Condições Inseguras;
Causa Imediata do Acidente;
Falhas na Supervisão.
OBJETIVOS E IMPORTÂNCIA
Como já sabemos, o acidente é conseqüência de diversos
fatores que, combinados, precipitam a ocorrência do mesmo.
Portanto, não devemos esperar que aconteçam.
É muito importante localizar situações que possam provocá-lo
e providenciar para que as medidas prevencionistas sejam
tomadas.
Por isso, recomendamos ao membro CIPA que procure
percorrer sua área de ação e identificar fatores que poderão ser
causas de acidentes. Feito isto, empenhar-se no sentido de
serem tomadas as providências devidas.
CONCEITO E TIPOS
A Inspeção de Segurança permite detectar
riscos de acidentes possibilitando a determinação de
medidas preventivas.
- As Inspeções podem ser:
Geral: envolve todos os setores da empresa em
todos os problemas relativos a segurança.
Parcial: quando é feita em:
- Alguns setores da empresa
ou
- Certos tipos de trabalho
ou
- Certos equipamentos
ou
- Certas máquinas
De rotina: traduz-se pela preocupação constante de todos os
trabalhadores, do pessoal de manutenção, dos membros da
CIPA e dos setores de segurança.
Periódica: São inspeções efetuadas em intervalos
regulares programadas previamente e visam apontar
riscos previstos como: desgastes, fadigas, super-esforço
e exposição a certas agressividades do ambiente a que
são submetidas máquinas, ferramentas, instalações
etc...
Eventual: É a inspeção realizada sem dia ou período
estabelecido e com envolvimento do pessoal técnico da
área.
Oficial: É a inspeção efetuada pelos órgãos
governamentais do trabalho ou securitários. Para este
caso, é muito importante que os serviços de segurança
mantenham controle de tudo o que ocorre e do
andamento de tudo o que estiver pendente e que
estejam em condições de atender e informar
devidamente à fiscalização.
Especial: É a que requer conhecimentos e/ou aparelhos
especializados. Inclui-se aqui a inspeção de caldeiras,
elevadores, medição de nível de ruídos, de iluminação.
LEVANTAMENTO DOS RISCOS DE ACIDENTES
- Uma Inspeção de segurança, para que seja corretamente
realizada, deve ser desenvolvida em cinco fases:
Observação: tanto dos atos como das condições
inseguras.
Informação: a irregularidade deve ser discutida na
hora para que a solução do
problema ocorra antes
de qualquer ocorrência desagradável.
Registro: Os itens levantados na inspeção devem ser
registrados em formulário próprio, para que fique claro
o que foi observado, em que local, as recomendações e
as sugestões.
Encaminhamento: os pedidos e recomendações
provenientes da Inspeção de
Segurança devem
ser enviados aos setores e/ou pessoas envolvidas
seguindo os procedimentos próprios da empresa.
Acompanhamento: não se pode perder de vista
qualquer proposta ou sugestão para resolver problemas
de segurança, durante todo o tempo até a solução.
RELATÓRIO DE INSPEÇÃO
Toda Inspeção de Segurança implica na emissão de um
relatório, que muito embora não tenha um modelo
próprio, deve ser minuciosamente elaborado.
Deve-se identificar os riscos por meio de pesquisas e
estudo, principalmente por intermédio de inspeções de
segurança, investigação, análise dos acidentes e análise
de risco realizadas pelo SESMT. Segue-se a
necessidade de se investir no controle dos mesmos,
considerando-se três alternativas básicas de controle:
1 – ELIMINAÇÃO DO RISCO.
2 – NEUTRALIZAÇÃO DO RISCO
3 – SINALIZAÇÃO DO RISCO
Medidas Médicas: que se constituem nos exames
adimenssionais, periódicos, demissionais, etc.. que
indicam o nível de contaminação ou não dos
trabalhadores.
Medidas Administrativas: tais como estabelecimento
e fiscalização das normas de segurança, seleção e
admissão correta de pessoal.
Medidas Educacionais: treinamentos, palestras,
SIPAT.
Para um estudo mais cuidadoso a respeito de
acidentes, é necessário juntar dados e colocá-los em
condições de se prestarem a comparações destinados
a acompanhar a evolução dos problemas relativos a
acidentes. Esses dados são as estatísticas. Antes,
porém, é necessário que se tenha as definições do
que são dias perdidos e dias debitados, para que se
possa fazer os cálculos estatísticos.
Dias Perdidos: Trata-se dos dias em que o acidentado
não tem condições de trabalhar por ter sofrido um
acidente que lhe causou uma incapacidade temporária.
Os dias perdidos são contatos de forma corrida,
incluindo domingos e feriados, a partir do dia seguinte
ao do acidente até o dia da alta médica ou do retorno ao
trabalho no horário normal.
Dias Debitados: Nos casos em que ocorre
incapacidade parcial permanente, incapacidade total
permanente ou a morte, aparecem os dias debitados.
Eles representam uma perda, um prejuízo econômico,
que toma como base uma média de vida ativa do
trabalhador, calculada em vinte anos ou 6.000 (seis mil)
dias. É uma tabela utilizada para cálculos estatísticos.
CÁLCULO DAS ESTATÍSTICAS
- Com o número de acidentes, com o número de dias perdidos e com o
número de dias debitados, podem ser calculados dois valores,
denominados Coeficiente de Freqüência e Coeficiente de Gravidade.
- Coeficiente de Freqüência de Acidentes(CF) representa o número de
acidentes, com afastamento, que podem ocorrer em cada milhão de
homens-horas trabalhadas.
- A formula é a seguinte:
- CF= Número de acidentes com afastamento x 1.000.000
Homens-horas trabalhadas
- CG= Dias perdidos + dias debitados x 1.000.000
Homens-horas trabalhadas
Com os números de acidentes, de dias perdidos, de dias
debitados e de horas-homem trabalhados, no período, podem
ser calculados dois valores que possibilitarão mais alguns
elementos para a analise dos acidentes; são eles: a Taxa de
Freqüência e a Taxa de Gravidade.
A Taxa de Freqüência de Acidentes representa o número
de acidentes, com perda de tempo, que pode ocorrer em cada
milhão de horas-homem trabalhadas.
A fórmula e a seguinte:
Números de acidentes
TFA =
com perda de tempo x 1.000.000______
Horas-homem trabalhadas
Exemplo: Se numa fábrica houve em um mês, 5
acidentes e neste mês foram
trabalhadas 100.000 horas, o calculo será feito da
seguinte maneira:
TFA = 5 X 1.000.000 = 50
100.000
Isto significa que quando a empresa atingir 1.000.000
de horas-homem trabalhadas, e se nenhuma
providência for tomada, terão ocorrido 50 acidentes.
A Taxa de Gravidade dos Acidentes representa a
perda de tempo que ocorre em conseqüência de
acidentes em cada milhão de horas-homem
trabalhadas.
A fórmula é a seguinte:
TGA =(dias perdidos + dias debitados) x1.000.000
horas-homem trabalhadas
Diante de cada acidente devemos verificar se ele se enquadra na
Tabela de Dias Debitados.
Em caso positivo considerar os dias debitados da tabela para cálculo
do TGA.
Em caso negativo considerar, para aquele acidente, os dias perdidos.
Exemplo:Numa fábrica, ocorrem 5 acidentes sendo:
Um com 15 dias perdidos;
Um com 03 dias perdidos;
Um com 02 dias perdidos;
Um com 10 dias perdidos;
Um com 600 dias debitados (uma lesão com perda do polegar)
TGA = (30 +600) x 1.000.000 = 630 x 1.000.000 = 6.300
TGA =
1.000.00
1.000.00
Isto significa que esta empresa, ao atingir 1.000.000 de horas/homem
trabalhadas, se nenhuma providencia for tomada, terá uma perda de
tempo equivalente a 6.300 dias.
0 mapa de riscos é a representação gráfica
dos riscos de acidentes nos diversos locais de
trabalho, inerentes ou não ao processo
produtivo, de fácil visualização e afixada em
locais acessíveis no ambiente de trabalho,
para informação e orientação de todos os que
ali atuam e de outros que eventualmente
transitem pelo local, quanto as principais,
áreas de risco.
MAPA DE RISCOS
Identificar e classificar os riscos existentes
Grupo 1
Verde
Grupo 2
Vermelho
Grupo 3
Marrom
Grupo 4
Amarelo
Grupo 5
Azul
Riscos Físicos
Riscos Químicos
Riscos Biológicos
Riscos Ergonômicos
Riscos de Acidentes
Ruídos
Poeiras
Vírus
Esforço físico intenso
Arranjo físico
inadequado
Vibrações
Fumos
Bactérias
Levantamento e transporte
manual de peso
Máquinas e
equipamentos sem
proteção
Radiações não
ionizantes
Neblinas
Fungos
Controle rígido de
produtividade
Iluminação
Inadequada
Radiações
ionizantes
Gases
Parasitas
Imposição de ritmos
excessivos
Eletricidade
Frio
Vapores
Bacilos
Trabalho em turno
e noturno
Probabilidade de
Incêndio ou explosão
Calor
Substâncias
químicas em geral
-X-
Jornada de trabalho
prolongada
Armazenamento
inadequado
Pressões anormais
-X-
-X-
Monotonia e
Repetitividade
Animais peçonhentos
Umidade
-X-
-X-
Outra situações
Causadoras de “stress”.
Outras situações
Riscos
RISCOS AMBIENTAIS
SÃO AGENTES EXISTENTES NOS AMBIENTES DE TRABALHO QUE EM FUNÇÃO DE SUA NATUREZA, CONCENTRAÇÃO OU
INTENSIDADE E TEMPO DE EXPOSIÇÃO, SÃO CAPAZES DE CAUSAR DANOS À SAÚDE DO TRABALHADOR
Riscos Físicos: Ruídos, vibrações, radiações, frio, pressões anormais e umidade.
Riscos Químicos: Poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, substâncias, compostos
ou produtos químicos
Riscos Biológicos: Vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas e bacilos.
Riscos Ergonômicos: Esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso,
exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de rítmos
excessivos, trabalho em turno e noturno, jornada de trabalho prolongadas, monotonia e
repetitividade, outras situações causadoras da “stress” físico e ou psíquico.
Riscos de Acidentes: Arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção,
ferramentas inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão,
armazenamento inadequado, animais peçonhentos e outras situações de riscos que
poderão contribuir para a ocorrência de acidentes
RISCOS FÍSICOS
Ruído – Som constituído por grande número de vibrações acústica com relação de
amplitude e fase
distribuídas ao acaso.
Efeitos nocivos do ruído:
Fadiga nervosa, perda auditiva, irritabilidade, dificuldades em coordenar idéias,
modificação do ritmo cardíaco, etc..
Vibração –
As vibrações podem ser:
a)
Localizadas
b)
Generalizadas (corpo inteiro)
Efeitos nocivos das vibrações:
Alterações neurovasculares nas mãos, problemas nas articulações das mãos e braços,
lesões na coluna vertebral, dores lombares.
Radiação - É uma forma de energia que se transmite pelo espaço como ondas
eletromagnéticas. Podem ser classificadas em 2 grupos: IONIZANTES e NÃO
IONIZANTES.
Radiação Ionizante – Os operadores de RX e de Radioterapia estão freqüentemente,
expostos a este tipo de radiação. Seus efeitos podem ser crônicos ou agudos, genéticos
ou somáticos(físicos), podendo afetar órgãos ou partes do organismo ou se
manifestarem nos descendentes das pessoas expostas a este tipo de radiação.
Radiação Não Ionizante – São radiações não Ionizantes a radiação infravermelha,
proveniente de operações em fornos, ou de solda oxiacetilênia e radiação ultravioleta
como a gerada por operações em solda elétrica, ou ainda raios laser, microondas, etc....
Seus efeitos são poucos conhecidos, porém, pode-se salientar perturbações visuais,
como a catarata, queimaduras, lesões na pele, etc
Calor
Altas temperaturas são nocivas à saúde do trabalhador, podendo provocar doenças
como:
Catarata, desidratação, erupção da pele, câimbras, distúrbios psiconeuróticos,
problemas cardiocirculatórios, insolação.
Frio
Baixas temperaturas também são nocivas à saúde, podendo provocar as seguintes
lesões:
Feridas rachaduras e necrose da pele, enregelamento; ficar congelado(podendo causar
gangrena e, conseqüentemente, a amputação do membro lesado).
Pressões Anormais
Altas ou Baixas.
O ar atmosférico exerce uma pressão sobre todos os campos na superfície da terra,
podendo variar com a altitude e a temperatura.
As atividades exercidas em locais de pressões anormais ( alta e baixa) requerem
equipamentos especiais e profissionais treinados.
Os mergulhadores, por exemplo, ao retornar à superfície deve fazer lentamente e
rigorosamente controlada. A subida rápida pode ser fatal.
Umidade
As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcadas, com
umidade excessiva, capazes de produzir danos a saúde dos trabalhadores, devem ter
atenção através de inspeções nos locais de trabalho para se estudar a implantação de
medidas de controle
RISCOS QUÍMICOS
Poeiras – São produzidas mecanicamente por rupturas de partículas maiores. Ex.: Fibras de
amianto e poeiras de sílica que produzem fibrose (endurecimento fibrótico dos tecidos
pulmonares). As poeiras classificam-se em poeiras metálicas, vegetais, e alcalinas.
Fumos – partículas sólidas produzidas por condensação de vapores metálicos. Ex.: fumos
de ferro nas operações de soldagem, chumbo em trabalhos com o metal à temperatura
acima de 500 C e de outros metais produzidos em operações de fusão.
Fumaça – Partículas produzidas pela combustão incompleta de materiais orgânicos . Ex..:
Monóxido de carbono liberado pelos escapamentos dos carros.
Névoas – Partículas líquidas em suspensão, derivadas de: pintura, spray, etc....
Neblina – partículas líquidas produzidas por condensação de vapores
Vapores – São dispersões de moléculas no ar que podem condensar-se para formar líquida
ou sólida em condições normais de temperatura e pressão.
Produtos e Substancias Químicas
Vias de penetração dos agentes químicos:
Cutânea – Digestiva – Respiratória.
Via Cutânea – O contato com determinados produtos químicos pode provocar o
surgimento de caroços ou chagas(acne química). Certas substâncias podem também
provocar irritação e inflamação nos olhos.
Via Digestiva – A contaminação do organismo ocorre pela ingestão acidental ou não de
substâncias nocivas, alimentos contaminados, deteriorados ou pela saliva.
Via Respiratória – As substâncias penetram pelo nariz e boca, afetando a garganta e os
pulmões. Após a penetração pelas vias aéreas vão alojar-se em diferentes órgãos onde
manifestarão seus efeitos
tóxicos.
Órgãos mais atingidos por agentes químicos:
Fígado - Pulmão - Rins - Sistema Nervoso - Circulação Sangüínea
Efeitos - Pneumoconiose, Cirrose, hepatite, icterícia, hepatomegalia – Edema, uremia –
Alucinações, embriaguez, euforia ou depressão – Anemia e câncer.
RISCOS BIOLÓGICOS
São os microrganismos que, em contato com o homem, podem provocar
inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com
tais riscos. É o caso das industrias da alimentação, hospitais, limpeza,
laboratórios, etc..
Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microrganismos
incluem-se tuberculose, brucelose, malária, febre amarela, etc..
Microrganismos: Vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas e bacilos.
As medidas preventivas mais comuns são:
Controle médico permanente, uso de EPI, higiene rigorosa no locais de
trabalho, hábitos de higiene pessoal, uso de roupas adequadas, vacinação e
treinamento.
RISCOS ERGONÔMICOS
Ergonomia - É uma ciência que estuda as relações entre o homem e seu
trabalho. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define a ergonomia
como “ A aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os
recursos e técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal
entre o homem e seu trabalho, e cujos resultados se medem em termos de
eficiência humana e bem-estar no trabalho”.
Os agentes ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e
provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações
no organismo e no estado emocional, comprometendo sua produtividade ,
saúde e segurança.
Para evitar que estes agentes comprometam as atividades do operador, é
necessário um ajustamento entre o homem e as condições de trabalho sob
os aspectos da praticidade, conforto físico e psíquico e de visual agradável. A
perfeita adequação entre ambos reduz a possibilidade da ocorrência de
acidente.
Riscos Ergonômicos – Esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso,
exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos
excessivos, trabalho em turno ou noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia
e repetitividade, outras situações de
stress físico e/ou psíquico.
Distúrbios por movimentos repetitivos:
LER e DORT.
LER = Lesões por Esforços Repetitivos.
DORT= Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho
São distúrbios por “Traumas de Movimentos Cumulativos” ou “Lesões por Esforços
Repetitivos, tais como a Síndrome do Túnel do Carpo, Tenossinovites, Tendinites e
outras.
Prevenção: Posto de trabalho ergonômico.
Iluminação adequada
Temperatura ambiente
Descansos
RIACOS DE ACIDENTES(MECÃNICOS)
Os agentes de acidentes mais comuns dizem respeito a :
Construção, instalação e funcionamento da empresa.
•
•
Prédio com área insuficiente.
Arranjo físico deficiente, má arrumação e limpeza.
•
Sinalização incorreta ou inexistente.
•
Pisos irregulares.
•
Instalações elétricas impróprias
•
Iluminação inadequada.
Máquinas, equipamentos e ferramentas.
•
Falta de proteção.
•
Máquinas ou equipamentos com defeitos inadequados.
•
Ferramentas defeituosas ou usadas de forma incorreta.
Riscos de Acidentes
Arranjo Físico Inadequado
Máquinas e Equipamentos sem Proteção
Ferramentas Inadequadas ou Defeituosas
Iluminação Inadequada
Eletricidade
Probabilidade de Incêndio ou Explosão
Armazenamento Inadequado
Animais Peçonhentos
Outras Situações de Riscos
MAPA DE RISCOS
Para a realização do Mapa de Riscos, deve-se contar com a participação dos cipeiros e trabalhadores além
dos profissionais de segurança e medicina do trabalho(SESMT).
É uma metodologia que busca a participação dos envolvidos no processo produtivo para determinar os
riscos existentes.
A partir da Portaria nº 25, de 29/12/94, da SSST, a realização do Mapeamento de Riscos tornou-se uma
atribuição da CIPA.
NR 5 item 5.16, “o”.
“Elaborar, ouvidos os trabalhadores de todos os setores do estabelecimento e com a colaboração do
SESMT, quando houver, o Mapa de Riscos, com base nas orientações constantes do Anexo IV. Devendo
o mesmos ser refeito a cada gestão da CIPA”
Etapas para elaboração do Mapa de Riscos
Conhecimento do processo de trabalho no local analisado;
Identificação dos riscos existentes, conforme Tabela I;
Identificação das medidas preventivas já existentes e verificação de sua eficácia;
Identificação dos indicadores de saúde;
Conhecimento dos levantamentos ambientais já realizados no local;
Elaboração do Mapa de Riscos, sobre lay-out da empresa.
Identificar o número de trabalhadores expostos aos riscos.
O Mapa de Riscos é uma representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos locais de
trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores.
Para a realização do Mapa de Riscos, deve-se contar
com a participação dos cipeiros e trabalhadores além dos
profissionais de segurança e medicina do trabalho(SESMT).
É uma metodologia que busca a participação dos
envolvidos no processo produtivo para determinar os riscos
existentes.
A partir da Portaria nº 25, de 29/12/94, da SSST, a
realização do Mapeamento de Riscos tornou-se uma
atribuição da CIPA.
NR 5 item 5.16, “o”.
“Elaborar, ouvindo os trabalhadores de todos os
setores do estabelecimento e com a colaboração do SESMT,
quando houver, o Mapa de Riscos, com base nas orientações
constantes do Anexo IV. Devendo o mesmos ser refeito a
cada gestão da CIPA”
Para cada setor de serviço a ser analisado, utilizar um roteiro de abordagem,
Dialogar com os empregados do setor, de modo a obter o máximo possível
relatando os riscos ambientais encontrados.
de informações sobre sua atividade, sem contudo induzí-los ou direcioná-los.
Deve-se utilizar a planta física baixa ou o esboço do(s) setor (es) da empresa
Para representar cada tipo de risco, convencionou-se usar uma cor diferente e
assinalá-los no mapa por meio de círculos.
para indicar os locais de riscos. Essa planta deverá conter detalhamento do
local, isto é, deve ter assinaladas as posições de máquinas e equipamentos,
bancadas de trabalho, área de circulação de pessoas e materiais, etc.
Sobre ela serão desenhados os círculos coloridos, correspondentes aos
diferentes riscos e suas fontes de origem
Quando a representação do (s) risco(s) sobre o local correspondente na planta
não for viável (pois o círculo se sobreporia às áreas, máquinas ou equipamentos
que não oferecem o risco que está sendo representado), para evitar confusão
ou erro de informação, recomenda-se desenhar o (s) círculo (s) externamente
ao mapa, ligando-o (s) ao ponto em que está, a fonte daquele risco com
setas ou linhas.
Quando, num mesmo local de trabalho, mais de um tipo de agente oferecer risco
de igual gravidade (grande, médio ou pequeno), deve-se representá-los no,
mesmo círculo. Basta dividir esse círculo em partes iguais pelo número de tipos
de risco, colorindo os espaços com as cores de cada risco ambiental detectado.
Círculos com diâmetros diferentes, indicará o POTENCIAL DE RISCO
Risco Grande
Risco Médio
Risco Pequeno
O tipo do risco será indicado pela CÔR
VERDE Riscos Físicos
VERMELHO Riscos Químicos
MARROM Riscos Biológicos
AMARELO Riscos Ergonômicos
AZUL Riscos de Acidentes
Exemplo:
Mapa de Risco
Setor Pessoal
MAPA 01
CONVENÇÃO DOS RISCOS
Riscos Físicos
Riscos Químicos
Riscos Biológicos
Riscos Ergonômicos
Riscos de Acidentes
03
Incêndio
PONTENCIAL DE RISCO
03
PEQUENO
Postura inadequada
MÉDIO
GRANDE