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CIDADES SUSTENTAVEIS CIDADES INTELIGENTES

CIDADES INTELIGENTES “Acredito que o desenvolvimento urbano sustentável impõe o desafio de refazer a cidade existente, reinventando-a. de modo inteligente e inclusivo.” (p.6) O plano é criar cidades inclusivas, sustentáveis. Porém isso acaba saindo do controle dos urbanistas, dos governantes, pois as cidades não tem um número estimado de pessoas, as famílias vão crescendo, mais pessoas vão pras cidades e estas têm que se desenvolver impulsivamente, maiorias das vezes sem planejamento nenhum. “Os antigos espaços urbanos centrais estão perdendo boa parte de suas funções produtivas, tornando-se obsoletos e transformando-se em territórios disponíveis, oportunos.” (p.9) Essas áreas que são consideradas potencial de desenvolvimento foram inicialmente abandonadas pelas indústrias, depois pela população de mais alta renda. Iniciando a urbanização ilegal e incontrolável das periferias. “Como ambientes únicos de uma desejável, democrática e estimulante concentração de diversidade – a vida econômica se desenvolve por meio da inovação.” (p.11) Para a concentração dessa diversidade, as cidades vêm investindo na implementação de clusters, nessas áreas centrais abandonadas, como forma de recuperar e reestruturar a cidade. “Cidades sustentáveis são, necessariamente, compactas, densas.” (p.13) Uma cidade compacta e densa, acaba reduzindo consumo de energia, os lugares mais densos otimizam a infraestrutura, propiciam ambiente de maior qualidade de vida, promovida pela sobreposição de usos. ”As imagens aéreas, o olhar de sobreolhar, são reveladoras: por enquanto, as cidades desenvolvidas são as cidades sustentáveis.” (p.16) Sustentáveis ecologicamente e socialmente. São as cidades mais antigas, que pertencem a países desenvolvidos, onde os maiores dramas foram resolvidos, e agora tem a oportunidade para implementar melhorias. “[...] há mais gente nas cidades do que no campo.” (p.20) Na cidade é onde é feita trocas, comércio, negócios grandes e pequenos, interações culturais e sociais, mas é onde também cresce as favelas e o trabalho informal, é onde sofre-se transformações drásticas. E mesmo com esses “contras”, a população das cidades só tendem a crescer. “[...] o crescimento das cidades será modelo econômico de desenvolvimento no futuro.” (p.23) Pois é nas megacidades que acontecem as maiores transformações, gerando demando de serviços públicos, matéria prima, produtos, moradia, transportes, etc. “As megacidades são cada vez mais um fenômeno dos países em desenvolvimento, que afetará o futuro de prosperidade e estabilidade de todo o mundo.” (p.26)) Afetará pois o que acontece nas megacidades do mundo em desenvolvimento, afeta o resto do mundo; As megacidades são essenciais para o desenvolvimento social e econômico, além de oferecerem novas oportunidade de mercado para países desenvolvidos e em desenvolvimento. “’ O conceito de desenvolvimento sustentável mais difundido pode ser definido com aquele que satifaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades’.” (p.29) O conceito de sustentabilidade é muito abstrato, o que gera a necessidade de aprofundar o conhecimento sobre os impactos da atuação humana nos ambientes que estão inseridos. “Por outra perspectiva, as cidades também sofrem os efeitos das alterações ambientais provocadas por sua ação como, por exemplo, o aumento da poluição do ar, do solo e das águas.” (p.31) O aumento dos níveis do oceano também podem prejudicar cidades, principalmente as litorâneas. Sem contar com as enchentes, as secas, as tempestades, que tendem a gerar maior pressão por espaço para moradias e infraestrutura. “A boa notícia é que as cidades podem enfrentar melhor os desafios do que o campo.” (p.34) Já que a cidade é centro produtor de cultura, política, liderança e economia, possui a capacidade de gerar inovação contínua e podem agir sobre as alterações climáticas, porém tendo coragem de implementações ousadas. “As cidades nunca abrigaram tantas pessoas, e essa intensa urbanização acarreta o aumento do consumo de seus recursos naturais, como água e energia, e o aumento da poluição gerada.” (p.40) Portanto, torna-se necessário o equilíbrio entre o crescimento da população e o meio ambiente, para que elas sejam capazes de atender as necessidades atuais, sem comprometer as futuras, e é necessário também que as cidades se desenvolvam em prol da maioria, que são os de classe mais baixa. “As tecnologias verdes já estão impulsionando fortemente a economia de países com a Alemanha, onde projeta-se que as ocupações relacionadas ao ambiente e energia se tornem o principal setor de empregabilidade no país [...]” (p.42) Ou seja, para que as cidades se desenvolvam sustentavelmente, precisa-se incorporar uma agenda estratégica que contemple o mercado social e ambientalmente sustentável, que o modelo individualista seja deixado pra trás, e que novos índices sejam criados a partir do progresso humano. ” Na verdade, deixamos pra trás a cidade moderna do século 20 e nos deparamos sem aviso prévio, com as metrópoles mutantes da contemporaneidade.” (p.50) Pois as cidades contemporâneas têm suas características totalmente diferentes, com imensas áreas desarticuladas e dispersas, dotadas de fluxo variado, com fraturas que esgarçam o tecido urbano. “[...] descreve os aeroportos de hoje como os paradigmas desse novo território global: cidades começam a se parecer com aeroportos[...]”(p.52) Pois as cidades se tornaram lugar de receber e desfrutar qualquer coisa que pertence a qualquer lugar do mundo. “A metrópole atual, permeada por terrenos vagos, determina uma rede desconexa de espaços residuais, vazios urbanos. Um território permeado por fraturas urbanas.” (p.57) A partir dai os cidadãos acabam perdendo o sentido de totalidade dentro das cidades, dentro o seu território. E não conhecem o lugar onde moram, pois conhece aqui, mas não conhece ali, depois daquele terreno baldio. “Tais postulados teóricos ajudaram a formar, posteriormente, os conceitos de percepção ambiental e de mapeamento cognitivo, sejam eles objeto de estudo de arquitetos, urbanistas e geógrafos ou de psicólogos ambientais.” (p.59) Estudos esses que buscam avaliar os espaços urbanos vistos pela perspectiva dos habitantes. “Hoje, a beira da represa, que constituía área de risco, é o ponto de encontro de moradores. [...]” (p.62) Isso é uma urbanização eficaz, transformar um espaço inutilizável, em espaço essencial para a cidade. “Cada vez mais são pesquisadas as correlações cidade-economia e as externalidades espaciais.” (p.67) Nas cidades grandes há sempre uma concentração econômica e de mão de obra especializada, mas por outro lado, nas cidades menores há sempre a mão de obra que se reinventa e cria práticas criativas e inovadoras para sobreviver. “[...] os novos drivers de desenvolvimento e riqueza econômicos tendem a se concentrar em algumas áreas e localidades.” (p.70) É uma distribuição desigual. Por exemplo, os clusters especializados, eles tendem a concentrar inovações tecnológicas em um só espaço. “Quase todas as crises que afligem a economia mundial são, em última instância, ambientais na origem.” (p.73) As crises envolvem sempre algo relacionado as mudanças climáticas como, escassez de água, poluição, esgotamento de petróleo, miséria, ameaça de epidemias. “As cidades são pensadas como centro de inovação há muito tempo.” (p.74) É onde há forte concentração de pessoas, o que as obrigam a serem criativas, e é dai que surgem os conflitos de ideias, que são essenciais para a emergência do novo. “ A partir da década de 1970, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, houve profundas modificações estruturais no sistema de produção, com grande aumento do desemprego, aliado à alta da inflação e ao baixo crescimento econômico, principalmente após a crise do petróleo de 1973.” (p.82) Essas modificações mudaram o paradigma da produção industrial capitalista, alterando o desenvolvimento das regiões metropolitanas. “ A análise do desenvolvimento urbano com base no processo de reestruturação produtiva deve contemplar as mudanças no mercado de trabalho e a redefinição do papel das cidades, que aparecem agora como um empreendimento.” (p.85) Então passa a ser necessária a adoção de novas formas de planejamento e gestão urbanos. “A mente humana deixou de ser apenas um elemento de decisão dentro do sistema produtivo e passou a ser força direta da produção.” (p.88) Os conhecimentos científicos que o homem tinha passou a ser o principal artificio na sustentação e na direção do desenvolvimento tecnológico. “De modo geral, a década de 1970 foi o marco histórico das transformações do capitalismo pela difusão de novas tecnologias da informação e comunicação.” (p.91) Por influência de diversos fatores, não só econômico, mas cultural e institucional, graças a primeira revolução da tecnologia de informação que ocorreu na Califórnia. “Há hoje grande pressão para o desenvolvimento das regiões próximas aos centros urbanos que se encontram abandonadas[...]” (p.94) Com o objetivo de evitar o crescimento periférico e espraiamento urbano. Esses vazios podem ser reaproveitados com a volta da densidade e com o investimento nos centros das metrópoles. “Os benefícios inovadores da clusterização têm sido outro fator alavancador do renascimento destes territórios nos Estados Unidos.” (p.96) Pois as empresas buscam se instalar onde outras do mesmo setor já estão, pois a rede de distribuição e os serviços de apoio já existem. “Como modelo de desenvolvimento, os distritos industriais italianos possibilitam vantagens competitivas não usuais para empresas de pequeno e médio porte e, por isso, foram rapidamente divulgados em teorias econômicas.” (p.104) Pois esse modelo aproxima a produção local e o ambiente institucional e resgata o papel do poder público como indutor do desenvolvimento urbano. “Entender as características e o comportamento dos distritos industriais é fundamental para entender as estruturas dos chamados clusters.” (p.106) A principal relação que se apresente entre os dois é a simultaneidade existente entre competitividade e cooperação dentro de uma geografia concentrada. “Um cluster é a concentração geográfica de empresas e instituições interconectadas em torno de um determinado setor.”(p.108) Eles concebem um novo tipo de organização espacial, que se formam por meio de um processo de globalização, que dá destaque à formação de mercados as longa distância e hierarquias empresariais. “Apesar dos clusters possibilitarem a superação do desemprego alavancando o desenvolvimento econômico, este não é um processo que traga resultados em curto prazo.” (p.111) Pois eles precisam de um desenvolvimento, de uma consolidação das relações de cooperação entra as empresas. “O que caracteriza de forma marcante esses chamados clusters de alta tecnologia[...] são as inovações que ali são continuamente produzidas.”(p.113) Pois onde estão esses clusters de alta tecnologia, é onde a universidade, instituições e centros de pesquisa, se instalam. Interessando até mesmo o governo, que oferece incentivos fiscais para, ali, pequenas empresas se instalarem. “Quem assume papel decisivo no desenho e desenvolvimento dos parques tecnológicos é o governo.”(p.115) Pois o este começa a atrair investimentos empresarial, então começa a oferecer incentivos fiscais , instalações e infraestrutura, como melhoria na rede de transporte e telecomunicações. “As experiências empíricas realizadas até hoje parecem ter sido abordadas criticamente como resultado de preferências por regiões bem desenvolvidas, com alto índice de crescimento e inovação e rede estrutural.”(p.119) Por isso o governo acaba dando incentivos fiscais e de infraestrutura, pois gera visibilidade para o lugar, onde mais e mais empresas vão se instalando. “Apesar da presença de áreas com potencial competitivo e bom nível de criatividade, concomitantemente existem pontos fracos de grande relevância para o sucesso dessas organizações.”(p.123) São essas fraquezas que são significativas barreiras comerciais, que geram baixa produtividade, ineficiência dos recursos humanos, ausência de universidades, fraca estrutura física e mercados de trabalho insuficiente. “Apesar das dificuldades, a proliferação de parques tecnológicos e incubadoras de empresas no país nos últimos anos é consideravelmente alta.”(p.125) Pois existe a crença na possibilidade de alcançar o desenvolvimento econômico local e promover as regiões onde se localizam, através da implantação destes novos sistemas produtivos. “[...] a necessidade de interação entre a gestão pública e a iniciativa privada, delimitando para cada uma um papel específico dentro de um processo estratégico de planejamento integrado.”(p.127) O governo entra com a infraestrutura, mobilidade e acessibilidade a esses lugares. E a iniciativa privada entra cm os investimentos, compra de terrenos, reformas, restauração de edifícios, contratando mão de obra e empresas terceirizadas. “Algumas das cidades que mais se aproximam da realidade brasileira têm conseguido, com ações determinantes a partir de setores público e privado, moldar novos padrões de desenvolvimento sustentável.”(p.132) Sustentável não é realizar construções sustentáveis, com teto verde, teto captador de luz solar, essas coisas mais técnicas. É muito mais que isso, é a relação entre o privado e o público, que incorporam parâmetros de sustentabilidade no desenvolvimento urbano. “O conceito de cidade sustentável reconhece que a cidade precisa atender aos objetivos sociais, políticos, ambientais e culturais, bem como aos objetivos econômicos e físicos de seus cidadãos.” (p.135) Ela deve buscar novos modelos de funcionamento, de gestão e de crescimentos, diferentemente do que acontece hoje em dia, o crescimento “apulso”. Busca de modelos que promove maior sustentabilidade, adequado uso misto, mistura de funções urbanas. “A absoluta maioria das grandes cidades do planeta cresceu sem este adequado desenvolvimento sustentável.”(p.137) Por isso que vemos por ai tantos rios poluídos, alto índice de poluição do ar, aumento da emissão de gases, enchentes. Tudo isso ocorrendo pela falta de planejamento, em que as cidades são obrigadas a crescer e a crescer, sem aguentar. “Mas, como mostrado desde o início, as cidades se reinventam.”(p.138) Pois elas têm o poder de reescrever suas histórias, graças à alta demanda da sociedade que busca cada dia mais se desenvolver sustentavelmente. “Portland lidera o ranking das cidades americanas mais verdes baseada num processo continuo de 12 anos de estabelecer uma agenda estratégica verde[...]” (p.142) Portland possui um centro que engloba moradia e trabalho, o que acaba gerando uma cidade mais densa e compacta, sem contar com o sistema de transporte moderno, que facilita a mobilidade urbana. “Um dos maiores desafio para a promoção das cidades sustentáveis está na mobilidade urbana.”(p.145) Hoje em dia, o grande desafio é fazer as pessoas deixarem os carros e utilizarem o transporte público. Para isso o governo deve investir mais na qualidade deles, dando acessibilidade e boas condições para o deslocamento das pessoas. “[...]mais investimentos no transporte público e ciclovias no lugar de grandes avenidas.”(p.146) As cidades foram feitas para o convívio, para as relações, por isso se deve priorizar parques, árvores, ciclovias e o lazer. E não grandes avenidas, com grandes fluxos de automóveis, onde não há interação entre as pessoas. “Dois setores extremamente relevantes para o desenvolvimento urbano sustentável são o da construção civil e do mercado imobiliário.” (p.148) É necessário que esses dois setores se reinventem para caminharem juntos e se modelarem sustentáveis. “[...] os conceitos nacionais de construção sustentável devem sempre levar em consideração aspectos ambientais, econômicos, sociais e culturais.”(p.152) O setor da construção civil deve trabalhar com o uso eficiente da terra, o designe para uma vida longa útil, a longevidade das edificações por meio da flexibilidade e adaptabilidade, gerenciamento sustentável dos prédios, etc. “Foi feita a identificação de referências nacionais e internacionais com sistemas organizamos para avaliação da sustentabilidade de cidades.”(p.154) Foram selecionadas instituições internacionais reconhecidas, movimentos da sociedade civil organizada, compêndios de cidades. “Uma definição atual da cidade compacta pode considera-la como um modelo de desenvolvimento urbano que promova altas densidades de modo qualificado.”(p.158) Ou seja, com adequado e planejado uso misto do solo, misturando moradia, lazer e trabalho. “[...] cidade compacta exige a rejeição do modelo de desenvolvimento monofuncional e a predominância do automóvel.”(p.160) A cidade compacta, busca deixar tudo sobreposto, permitindo maior convivência e reduz as necessidades de deslocamentos em automóveis, o que, por sua vez reduz drasticamente a energia utilizada para transporte. “O crescimento ordenado do território é pré-requisito básico para uma cidade mais sustentável.”(p.162) Serviços e equipamentos urbanos básicos, espaços verdes, comércio local e acesso ao sistema de transporte coletivo. “A tendência para o transporte individual nas grandes cidades do futuro são os carros compartilhados.”(p.169) Esse sistema resolve a grande problemática atual. Ao invés de grandes bolsões de estacionamento, teríamos espaços mais essenciais, para convívio e melhor qualidade de vida, através da atmosfera. “[...] o sistema capitalista se reinventa oportunamente.”(p.172) Uma gestão inteligente do território será capaz de propiciar maior agilidade na gestão integrada das diversas mobilidades urbanas. “Os avanços tecnológicos na busca por uma matriz energética sustentável é incessante.”(p.174) Exemplo disso é a Super-Rede: que é a construção de sistemas inteligentes unificados de proporções continentais que irão reduzir significativamente emissão de gases poluente, que causam o aquecimento global. “[...] já não somos predominantemente rural.”(p.178) A tendência global de urbanização só aumenta e aumentará ainda muito nos próximos anos. E vale não esquecer que estamos nessa pegada ecológica para o crescimento das cidades. “O cenário sobre o futuro das cidade apresentado pelo autor traz novo alento para a disciplina urbanística.”(p.181) A cidade é vista a partir do que ela tem de atrativo para aqueles que optam por viver ali. “[...] é sempre importante lembrar que os mercados se ampliam e se globalizam, enquanto grande parte das cadeias produtivas se estrutura em escala mundial.”(p.183) Essas mudanças implicam em novas formas de organização urbana, uma vez que a reestruturação da atividade produtiva faz da metrópole fator importante da competição, por concentrar conhecimento e informação. “Por fim, é importante a menção à questão das desigualdades, pobreza e inclusão social.”(p.185) As alterações lógicas da produção decorrente da abertura dos mercados e da revolução tecnológica e o incentivo ao consumo, de um lado estimula a geração de renda, porém reforça o sentimento de exclusão, gerando uma nova pobreza nas grandes metrópoles. “Há uma desconexão estrutural entre as grandes empreiteiras e suas obras, o mercado e seus interesses.”(p.187) Falta, então, um saber acumulado, questões de ordem diversa, mais amplas e independentes do urbanismo. “[...] precisamos urgentemente inovar na fronteira da governança urbana.”(p.191) Pois as velhas formas de governo não funcionam mais, estamos vivendo numa era nova, com potenciais positivos. Os países podem continuar conversando, mas as lideranças urbanas precisam agir. “A necessidade de regeneração urbana e reestruturação produtiva de áreas metropolitanas deterioradas.”(p.195) Precisam buscar a reinvenção da metrópole, a construção da cidade dentro da cidade, a otimização das estruturas já existentes para que se possa gerar uma cidade compacta. “Com o esvaziamento da ocupação industrial, a ferrovia perdeu muito de sua função.”(p.200) A falta de incentivo à malha ferroviária como sistema de transporte público eficiente. “A estratégia foi resgatar a presença do vazio urbano com um grande parque com programa público e a ocupação das bordas é oferecida à iniciativa privada.”(p.203) No terreno vago, propõe-se o silêncio, o parque com as conexões infraestruturais, enquanto nas bordas emerge a habitação coletiva de alta densidade. “O diagnóstico da situação hoje é de visível desarticulação territorial, em um nó urbano de enormes fluxos e atratores públicos.”(p.206) A proposta é rearticular o território e implementar um processo de refuncionalização urbana. “Estabelece-se uma cidade linear pública e lança-se uma nova possibilidade de convivência desses elementos urbanos, que em São Paulo foram renegados a fundos da cidade, quando na verdade, podem configurar elementos de desfrute e prazer do cidadão da urbe.”(p.209) Garantidos os elementos da sustentabilidade, como mobilidade eficiente, qualidade ambiental, uso misto e diversificado, acessível e compacta. “Ela demostrou que um grande território industrial urbano contaminado[...] poderia ser trazido de volta à vida e proporcionar benefícios para a comunidade, a cidade e ao proprietário do terreno.” (p.216) O objetivo era construir um tecnopolo de uso misto, com grandes áreas verdes, moradia social e industrias limpas. “Como um instrumento municipal para Barcelona, este projeto supera a baixa densidade, comum nas regiões industriais tradicionais, propondo um espaço denso e complexo.”(p.228) Espaço esse que favorece a interação entre os diversos agentes urbanos, e gera a massa crítica necessária para o desenvolvimento das economias de aglomeração. “A conurbação territorial ganha inovação importante a partir da chegada do trem de alta velocidade.”(p.248) Pois promete aliar-se a grandes investimentos público e privados nos próximos anos.