Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
…
16 pages
1 file
Pós-modernidade e contracultura são duas palavras com conotações muito amplas. E relativamente muito polêmicas. Por isto, desponta logo a necessidade de elucidar-se o sentido que aqui a elas se dá. Inevitavelmente, ao fazê-lo, mesmo em separado, já se estará refletindo sobre o que ambas têm em comum. Sobre seus pontos de convergência, enfim. Com isto, esclarece-se também o porquê do propósito de um ensaio que busca analisar o que as faz interpretações da contemporaneidade. Para muitos autores os fatos que as caracterizam tornaram-se mais evidentes em fins dos anos 60. Reconhece-se ali um momento de ruptura ou "descentramento" do sujeito moderno. Mais que um momento histórico de amplas repercussões econômicas e sociais o que em geral as têm singularizado é a desconstrução de paradigmas. Chama a atenção o destaque que a dimensão cultural tem em ambas. Especialmente suas conseqüências sobre as atitudes e os comportamentos do homem contemporâneo. Sobre suas mentalidades.
Este trabalho pretende analisar o contexto da educação na sociedade pós-moderna e as relações que o novo aprendiz desenvolve na era da cibercultura. Partindo do pressuposto que o aprendiz contemporâneo esta inserido em uma sociedade globalizada e tecnológica, entende-se que é preciso pensar como acontece a interação no campo social e como se oferece acesso à informação e a transformação. Fenômenos sociais contemporâneos que surgem no Brasil e em países da América Latina, como Chile e Argentina, levam jovens estudantes às ruas a fim de participarem de manifestações contra situações adversas. Dessa forma, um dos objetivos desta pesquisa também é concentrar na análise do cenário dos novos movimentos sociais que se articulam por meio das redes sociais e consequentemente vão parar nas ruas exigindo mudanças. Sendo assim, pretende-se com este trabalho refletir sobre: Qual é o papel da educação quando em contato com as novas mídias digitais? Um dos problemas encontrados na pesquisa é entender como a cibercultura interfere nas relações sociais e nas estruturas do poder. Diante dessa complexa rede de relações digitais em que estamos inseridos, é preciso levantar algumas questões sobre os tempos pósmodernos que afeta e transforma a vida social. A sociedade contemporânea traz novos desafios e perspectivas, assim, observou-se por meio de metodologia qualitativa, análise bibliográfica e dados empíricos, que todas as sociedades evoluem, porém de formas diferente sendo dependente de diversos fatores econômicos, políticos e sociais que estão ligados diretamente à educação. Portanto compreende-se que com o advento da globalização as sociedades sofrem com um desregramento, uma ausência de regras que é típico de períodos de rígidas transformações econômicas e sociais.
Nota do tradutor-Este texto foi originalmente apresentado como uma conferência no Whtiney Museum, em 1982. Fredric Jameson ampliou e desenvolveu seus principais tópicos no longo ensaio "Postmodernism or the Cultural Logic of Late Capitalism",recentemente publicado na New Left Review (nº 146, julho agosto de 1981). "Pós-modernidade" é até hoje um conceito pouco aceito ou compreendido. Algumas das resistências a ele podem ser atribuídas à falta de familiaridade com as obras que abrange e que são encontráveis em todas as artes: a poesia de John Ashbery, por exemplo, mas também a poesia conversacional, muito mais simples, lançada nos anos 60 como reação à ironia e complexidade do modernismo acadêmico; a reação à arquitetura moderna e, em particular, aos monumentais edifícios do International Style, bem como as construções pop e os tetos de vidro decorado elogiados por Robert Venturi em seu manifesto Aprendendo com Las Vegas, Andy Warhol e a pop art mas também os mais recente Hiper-realismo; em música, o apogeu de John Cage, assim como a posterior síntese dos estilos clássico e "popular" de compositores como Philp Glass e Terry Riley ou, ainda, o rock new wave e punk de grupos tais como Clash, Talking, Heads e Gang ou Four; no cinema, tudo o que deriva de Godard-filme e vídeo contemporâneos de vanguarda-além de um novo estilo de filmes comerciais ou ficcionais, cujo equivalente no romance contemporâneo são as obras de William Burroughs, Thomas Pynchon e Ishmael Reed, de um lado, e o nouveau roman francês, de outro, que merecem ser citados como variedades do que se pode chamar pós-modernismo. Uma lista como esta esclarece duas coisas ao mesmo tempo: primeiro, os casos de pós-modernismo citados acima aparecem, na sua maioria, como reações específicas a formas canônicas da modernidade, opondo-se a seu predomínio na Universidade, nos museus, no circuito das galerias de arte e nas fundações. Estes estilos, que no passado foram agressivos e subversivos-o Expressionismo Abstrato, a grande poesia de Pound, Eliot e Wallace Stevens, o International Style (Lê Corbusier, Frank Lloyd Wright, Mies), Stravinsky, Joyce, Proust e Thomas Mann-, que escandalarizaram e chocaram nossos avós, são agora, para a geração que entrou em cena com os anos 60, precisamente o sistema e o inimigo: mortos, constrangedores, consagrados, são monumentos reificados que precisam ser destruídos para que algo novo venha a surgir. Isto quer dizer que serão tantas as formas de pós-modernismo quantas foram as formas modernas, uma vez que as primeiras não passam, pelo menos de início, de reações específicas e locais contra os seus modelos. Obviamente isto não facilita em nada a discussão da pós-modernidade como algo coerente, porque a unidade deste novo impulso-se é que tem alguma-não se funda em si mesma mas em relação ao próprio modernismo contra o qual ela investe. O segundo traço desta linha do pós-modernismo é a dissolução de algumas fronteiras e divisões fundamentais, notadamente o desgaste da velha distinção entre cultural erudita e cultura popular (a dita cultura de massa). Possivelmente esta é, entre todas, a mais desalentadora manifestação da pós-modernidade, sob o ponto de vista universitário-o qual tem tradicionalmente interesses declarados tanto na preservação de um domínio de cultura qualificada e de elite contra o cerco de filistinismos, do kitsch, da porcaria, da cultura de Seleções ou dos seriados de TV, quanto na transmissão de técnicas de leitura, audição e modos de ver difíceis e complexos a seus iniciados. Porém, muitos dos mais recentes pós-modernismos têm se deslumbrado precisamente com todo esse universo da propaganda e dos motéis, dos luminosos de Las Vegas, do espetáculo noturno e do filme classe B de Hollywwod, da chamada paraliteratura, como seus vários gêneros padronizados de livros de bolso (terror, romance sentimental, biografia popular, mistério policial, ficção científica ou visionária). Os autores pós-modernos não "citam" mais tais "textos" como um Joyce ou um Mahler fariam, mas os incorporam a ponto de ficar cada vez mais difícil discernir a linha entre arte erudita e formas comerciais. Outro indício completamente diverso da dissolução dessas velhas categorias de gênero e linguagem pode se encontrar naquilo que, às vezes, se denomina teoria contemporânea. Na geração passada ainda existia o rigor de linguagem da filosofia profissional-os grandes sistemas de Sartre, ou dos fenomenólogos, a obra de Wittgenstein, a filosofia analítica ou a filosofia da linguagem-, ao lado da qual se podia distinguir o discurso inteiramente diferente das demais disciplinas universitárias-da ciência política, por exemplo, da sociologia ou da crítica literária. Hoje, se pratica mais e mais uma espécie de escrita simplesmente denominada "teoria" que, ao mesmo tempo, é todas e nenhum dessas matérias. Esta nova espécie de linguagem, associada em geral à teoria francesa, tem se difundido amplamente, marcando o fim da filosofia como tal. Como, por exemplo, deve ser chamada a obra de Michel Foucault-filosofia, história, teoria social ou ciência política? É "indecidível", como se diz nos nossos dias; o que estou insinuando é que esse tal "discurso teórico" pode perfeitamente ser incluído entre as manifestações da pós-modernidade. Cabem aqui algumas palavras sobre o emprego apropriado deste conceito: ele não é apenas mais um termo para a descrição de determinado estilo. É também, pelo menos no emprego que faço dele, um conceito de periodização cuja principal função é correlacionar a emergência de novos traços formais na vida cultural com a emergência de um novo tipo de vida social e de uma nova ordem econômica-chamada, freqüente e eufemisticamente, modernização, sociedade pós-industrial ou sociedade de consumo, sociedade dos mídia ou do espetáculo, ou capitalismo multinacional. Podemos datar esta nova fase do capitalismo a partir do crescimento econômico do pós-guerra nos Estados Unidos, no final dos anos 40 e começo dos 50, ou então, na França, a partir da instituição da Quinta República, em 1958. A década de 50, sob muitos aspectos, é o período chave de transição, um
A questão da identidade está sendo extensamente discutida na teoria social. Em essência, o argumento é o seguinte: as velhas identidades, que por tanto tempo estabilizaram o mundo social, estão em declino, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo moderno, até aqui visto como um sujeito unificado. A assim chamada "crise de identidade" é vista como parte de um processo mais amplo de mudança, que está deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e abalando os quadros de referência que davam aos indivíduos uma ancoragem estável no mundo social.
Na nossa defesa do cristianismo, nós nos defrontamos constantemente, não com a falta de religião dos nossos ouvintes, mas com a sua verdadeira religião. Quando se fala apenas da beleza, da verdade e da bondade, ou de um deus que seja simplesmente o princípio inerente delas; ou quando se fala de uma grande força espiritual que permeia todas as coisas [...] encontra-se um interesse cordial. Mas a temperatura cai tão logo se fale de um Deus que tem propósitos e realiza determinadas ações, que faz isto e não aquilo, um Deus concreto que escolhe, dá ordens e proíbe e que possui um caráter definido. As pessoas se irritam. Tal conceito lhes parece primitivo [...] Essa "religião" popular pode ser chamada genericamente de panteísmo. 1 (C. S. LEWIS) Deus está despejando informação aos montes. A Bíblia está aí, o mundo inteiro tem acesso a ela. A Nova Era tem trazido um mostruário de manifestações divinas, das linguagens de Deus. A Bíblia é a Palavra de Deus, mas não é a única. Na Bíblia, você encontra muitas citações, de outras linguagens, oráculos [...]. Essa parafernália de conhecimento que está se popularizando [...] Eu sei de uma rádio que possui um cardápio bem variado: Há programa para todos os gostos: programa de numerologia, evangélico, esotérico, de pai-de-santo. Eu vejo tudo isso como coisa de Deus. A questão é você escolher um caminho. Algo que me incomoda e me deixa cabreiro sobre os evangélicos é o fato de serem "impermeáveis". Eles têm medo de se aprofundar no conhecimento [...] tudo que é diferente do que eles pensam é coisa do Diabo. Eles não sabem questionar, inquirir.
Revista Judiciária do Paraná, 2011
Resumo: O artigo aborda o movimento filosófico-sócio-cultural, conhecido como pós-modernidade e seus reflexos no Direito. Esclarece que o pensamento pós-moderno nasceu em reação ao modelo da modernidade, que, por sua vez, correspondia aos ideais Iluministas, sobretudo no que se refere à razão e à ciência, o que refletiu no Direito, originando a Ciência do Direito, moldada em estrutura objetiva e racional. Na sequência, examina uma série de eventos ocorridos nos Sécs. XIX e XX, sob a ótica social e jurídica, constatando que nem todas as promessas da modernidade se concretizaram, o que autoriza a postura crítica e reflexiva dos pós-modernistas, bem como uma Teoria Crítica do Direito, primeiro passo para a mudança de paradigmas em prol de um ordenamento jurídico efetivo e de uma sociedade livre, justa e solidária. Palavras-chave: pós-modernidade-Direito-razão e ciência-Ciência do Direito-Teoria Crítica-paradigmas-sociedade livre, justa e solidária. Abstract: This article approaches the philosophical movement, socio-cultural, known as postmodernity and its consequences in law. It states that the post-modern thinking was born in reaction to the model of modernity, which, in turn, corresponded to the ideals of the Enlightenment, especially with regard to reason and science, which is reflected in law, resulting in the science of law, with rational structure and objective. Further, it examines a series of events in nineteenth and twentieth centuries, from the perspective of social and legal, noting that not all the promises of modernity have been met, which authorizes the critical and reflective of post-modernist and a Critical Theory of Law, first step towards paradigm shift in towards an effective legal system and a free society, justice and solidarity.
Resumo:Este trabalho faz uma reflexão filosófica sobre a modernidade e pós-modernidade e os seus impactos sobre o sujeito. Em primeiro instante, será abordado como a idéia de modernidade e sujeito foram forjadas a partir de Descartes. Em seguida, discorre-se acerca do sujeito e a pós-modernidade na concepção de Lipovetsky e como o esvaziamento do sujeito na sociedade do prazer e bem-estar dissolve os valores deixados pela modernidade ocasionando um universo sem referenciais, sem sentido e sem objetivo. Abstract: This work is a philosophical reflection on modernity and postmodernity and their impacts on the subject. In the first moment, we shall discuss how the idea of modernity and subject were forged from Descartes. Then talks about the subject itself and postmodernity in designing and Lipovetsky as emptying into the subject in society of pleasure and well-being dissolves the values left by modernity causing a universe without references, without meaning or purpose. A Modernidade e a Descoberta do Sujeito difícil definir a modernidade, pois se trata de um período histórico que é ao mesmo tempo passado e presente. No geral, ela é um processo de transformações do pensamento ocidental iniciado no século XVI onde há uma ruptura com a tradição medieval. Michel Focault (1984) no seu É
Resumo O movimento contracultural dos anos 60, teve por objetivo rebelar-se contra os valores instituídos pela sociedade norte-americana, engendrando uma cultura marginal que se pautava pela transcendência do mundo capitalista e tecnocrático. Através dos êxtases propiciados pelas drogas e filosofias orientalistas, do rock, da colocação do sexo como proposição social, da formação das comunidades hippies, a exemplo, tentava-se buscar a reintegração da totalidade humana, aspirando por uma volta à natureza e retribalização. Sua forma de expressão e diferenciação foi assinalada por uma linguagem universalista que se deu através de gírias, de danças, das roupas coloridas e adereços artesanais, da barba e dos cabelos compridos e ganhou contornos próprios em cada lugar do planeta revelando o anseio ideológico de ruptura com os padrões estéticos vigentes. O presente trabalho tem como objetivo analisar a face contracultural brasileira com o Movimento Tropicalista e sua fabricação de sentidos e identidades através da Moda. Através de pesquisa qualitativa e fontes de época, como impressos alternativos e peças publicitárias, refletir-se-á sobre a apropriação das roupas por grupos sociais e culturais específicos. A Moda revela as tensões e os debates estabelecidos naqueles anos em torno das aparências e dos comportamentos que tiveram palco no país, fabricando significados para a indumentária, afirmando identidades e resistências dos segmentos jovens da época.
Este artigo versa sobre o desaparecimento das Forças Armadas. Ele tem por objetivo demonstrar que as instituições castrenses dos países regidos pela democracia, paulatinamente, estão caminhando rumo ao seu fim em decorrência do progressivo e irrefreável processo de civilinização surgido na pós-modernidade. A conclusão alcançada indica que na atualidade não é possível identificar nenhum elemento quue seja capaz de impedir a absorção do segmento militar pela esfera civil.
2019
INTRODUÇÃO O texto aqui apresentado é um dos produtos da pesquisa que temos desenvolvido em torno das interfaces cultura urbana e pós-modernidade. Aqui tratamos precisamente de um estilo do hip-hop denominado Voguing, nascido nos Estados Unidos no último quartel do século XX, emoldurado em consonância com o cenário pós-moderno. Performatizado pela comunidade LGBT, após os anos 1990 o estilo Voguing ultrapassou as fronteiras estadunidenses e adentrou o universo underground gay ao redor do mundo. A este respeito parte desta pesquisa se estruturou, objetivando compreender as articulações dialéticas entre o Voguing e o contexto histórico pós-moderno, levando em conta o complexo trânsito de signos na contemporaneidade. Portanto, interessa-nos compreender a forma como a comunidade LGBT subverte seduções hegemônicas e ressignifica os sentidos de identidade através do Voguing. Para tal, tornou-se necessário recorrer aos debates em torno da pós-modernidade, sem perder de vista as ambiguidades epistemológicas que ainda cercam este conceito. Considerado o maior expoente sobre o tema, Lyotard (1990) entende que o desprestígio do racionalismo científico potencializou uma descrença generalizada nas metanarrativas de legitimação, fato que robusteceu formas múltiplas de emancipação. Este cenário é também realçado por Hall (2006, p. 8), ao entender que "as identidades modernas estão sendo 'descentradas', isto é, deslocadas ou fragmentadas", inserindo uma combinação incontável de variáveis que fragilizam referenciais rígidos de identidade. Aliado à fragmentação dos sujeitos, o binômio individualização/sociabilidade também contribui para desestabilizar as identidades pós-modernas. Assim, embora a estrutura político-ideológica neoliberal sugestione o recrudescimento do individualismo,
Mujer y espacio artístico, 2024
Past & Present, 2023
Social Work With Groups, 2008
REVISTA DE HISTORIOGRAFÍA (RevHisto), 2019
CartilhaPrev outubro rosa, 2024
EARLY MARRIAGES AS A VIOLATION OF GIRLS' HUMAN RIGHTS IN MOZAMBIQUE: A HUMAN DEVELOPMENT PROBLEM(Atena Editora), 2024
RadioGraphics, 1997
Journal of Geodynamics, 2011
Critical care (London, England), 2014
IntechOpen eBooks, 2023
Rozwój i jego wspieranie w perspektywie rehabilitacji i resocjalizacji
Catalysis Today, 2018
International journal of current approaches in language, education and social sciences, 2020
Profesorado, Revista de Currículum y Formación del Profesorado, 2018
IP International Journal of Ocular Oncology and Oculoplasty, 2024
Sleep Medicine Reviews, 2010