VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
VI MOSTRA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM DISTÚRBIOS DO DESENVOLVIMENTO - UPM
2018
P.01
INCLUSÃO ESCOLAR DE
ALUNO COM TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA: REVISÃO
DE LITERATURA EM BASES
NACIONAIS
Paula Nascimento Frade, Paula Racca
Segamarchi, Liana Garcia Nunes
Orientador: Luiz Renato Rodrigues
Carreiro
E-mails: nascimento.paula83@gmail.com
paula@nucleoalia.com.br
eu_tovar@yahoo.com.br
luizrenato.carreiro@mackenzie.br
Introdução: O transtorno do espectro
autista (TEA), de acordo com o DSM-5,
está classificado nos trantornos do
neurodesenvolvimento,
podendo
acarretar prejuízos na habilidade pessoal,
social e acadêmica, caracterizado por
déficits persistentes na comunicação social
e na interação social em múltiplos
contextos,
incluindo
déficits
na
reciprocidade social, em comportamentos
não verbais de comunicação usados para
interação social e em habilidades para
desenvolver, manter e compreender
relacionamentos. Objetivo: Verificar
quais estudos nacionais abordavam a
inclusão escolar dos TEA. Método: A
busca pelos estudos utilizou como base de
dados a Scientific Eletronic Library Online
(Scielo) e Portal de Periódicos da CAPES
com os seguintes descritores: inclusão and
escolar and autismo; inclusão and escolar
and autista. Foi usada a mesma
combinação,
porém
substituindo
“autismo” por “espectro autista”. Para a
seleção das publicações, optou-se por
analisar as pesquisas de 2010 a 2018 de
artigos com dados empíricos. Foram
excluídos trabalhos que não abordassem a
inclusão escolar do aluno com TEA no
Ensino Fundamental I, monografias,
dissertações, teses e artigos de revisão.
Resultados: Nessa busca, foram
encontrados seis trabalhos que estavam
dentro dos critérios estabelecidos para a
busca. Os trabalhos de Gomes e Mendes
(2010) e Lima e Laplane (2016) tiveram
como objetivo caracterizar os alunos com
autismo incluídos em escolas públicas
municipais e a descrição da escolarização
dessas crianças, apresentando ao leitor
como isso ocorre, verificando o acesso e
permanência deles no local. Já as pesquisas
de Misquiatti et al. (2014), Caneda e
Chaves (2015) e Lemos et al. (2016)
tiveram como foco o conhecimento do
professor de classe regular em relação à
inclusão escolar dos TEA. Benitez et al.
(2017) apresentou em sua pesquisa um
mapeamento de estratégias de inclusão
escolar utilizadas com dez estudantes
(cinco com DI e cinco com TEA), a partir
da caracterização desses participantes, dos
relatos de seus pais e das descrições
sistemáticas das atividades realizadas por
cada estudante durante a sua presença no
espaço escolar. Conclusão: Tendo em
vista o mapeamento e as análises
realizadas, nota-se, entre outros aspectos,
que ainda são poucos os trabalhos
empíricos que investigam o processo de
escolarização no Ensino Fundamental I da
inclusão escolar dos alunos com TEA e,
principalmente, a organização e aplicação
de estratégias ou recursos em sala de aula
com esse aluno.
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Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
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Palavras-chave: TEA; Inclusão Escolar;
Ensino Fundamental.
P.02 DESEMPENHO ESCOLAR DE
CRIANÇAS COM QUEIXAS DE
DESATENÇÃO
E/OU
HIPERATIVIDADEIMPULSIVIDADE
Paula
Racca
Segamarchi,
Paula
Nascimento Frade, Liana Garcia Nunes
Orientadora: Marina Monzani da Rocha
E-mails: paula@nucleoalia.com.br
nascimento.paula83@gmail.com
eu_tovar@yahoo.com.br
marinamonzani@gmail.com
Introdução: Do ponto de vista
neuropsicológico, a literatura associa o
TDAH a déficits nas funções executivas
(FE),
como
controle
inibitório,
flexibilidade cognitiva e memória
operacional. Essas habilidades, assim
como a atenção, desempenham um papel
importante na aprendizagem. O controle
inibitório pode auxiliar na inibição de
respostas a estímulos distratores enquanto
a criança discrimina letras e sons, tendo
poder
preditivo
em
relação
à
aprendizagem da leitura, além de forte
envolvimento com o desenvolvimento da
escrita. A flexibilidade cognitiva é
necessária para realizar cálculos mais
complexos, que exigem alternância de
procedimentos e regras matemáticas e/ou
de estratégias de solução dos desafios
matemáticos. Quanto à memória de
trabalho, esta é descrita como uma
habilidade preditora de habilidades básicas
de leitura, escrita e matemática, sendo
importante até mesmo para a escrita de
palavras isoladas. Objetivo: O presente
estudo teve como objetivo verificar o
desempenho escolar de crianças com
idades entre 8 e 11 anos encaminhadas
para avaliação neuropsicológica por
profissionais da saúde sob suspeita de
TDAH. Método: Foram avaliadas 24
crianças com o TDE – Teste de
Desempenho Escolar. Resultados:
Considerando-se o resultado total, das 24
crianças avaliadas, 16 (66,7%) obtiveram
resultados abaixo da média, 5 (20,8%) na
média e 3 (12,5%) acima. Desta forma,
constatou-se que o desempenho escolar da
maioria está abaixo da média no que se
refere ao conjunto leitura, escrita e
matemática. Tanto na parte da leitura
quanto na escrita, 18 (75%) crianças
obtiveram desempenho inferior à média, 3
(12,5%) alcançaram resultados dentro do
esperado e 3 (12,5%) acima. Conclusão:
A maioria das crianças avaliadas com
suspeita de TDAH apresentou déficit na
aprendizagem, com piores resultados para
leitura e escrita em comparação à
matemática, apesar das características do
TDAH estarem associadas à redução no
sucesso acadêmico especialmente nesta
área. Desta forma, pode-se supor que os
déficits nas FE que são comuns a crianças
com sintomas de TDAH geram um
impacto negativo sobre o desempenho
escolar. Todavia, é importante averiguar a
possibilidade da presença de outros
transtornos, por vezes comórbido, como
o transtorno específico de aprendizagem.
Palavras-chave: Desempenho escolar;
Funções Executivas; Transtorno de déficit
de atenção e/ou hiperatividade
P.03
INVESTIGAÇÃO
DA
PARTICIPAÇÃO DO SISTEMA
ENDOCANABINOIDE
NO
PREJUÍZO
DO
COMPORTAMENTO SOCIAL DE
RATOS EXPOSTOS AO STATUS
EPILEPTICUS NEONATAL
Fernanda Teixeira Ribeiro
Orientadora: Roberta Monterazzo
Cysneiros
E-mails: fernandatribeiro@gmail.com
rcysneiros@yahoo.com
Introdução: Animais expostos a status
epilepticus (SE) neonatal são um modelo
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promissor para o estudo de sistemas
cerebrais específicos envolvidos no
prejuízo do comportamento social que
caracteriza o transtorno do espectro
autista (TEA). Tais animais mostram, na
vida
adulta,
comportamentos
característicos do TEA, como redução do
interesse por interação com novidade
social. Objetivo: Este trabalho utiliza o
modelo animal submetido a SE neonatal
para investigar a participação do sistema
endocanabinoide na neurobiologia do
TEA. Método: Ratos Wistar machos
foram submetidos ao SE no nono dia de
vida
(P9)
por
administração
intraperitoneal de pilocarpina (380 mg/kg,
i.p.) – enquanto controles receberam
salina 0,9% (0,1 ml/ 10g). Em P60 os
animais adultos de ambos os grupos foram
subdivididos em: administrados com
salina 0,9% ou com o fármaco JZL195
(0,01 mg/kg, i.p.), inibidor de enzimas
catalisadoras
da
hidrólise
de
endocanabinoides, agonistas endógenos
dos receptores canabinoides (CB1). Após
2 horas, os animais foram avaliados em
testes comportamentais de memória
social, sociabilidade e memória de curto
prazo. Ao fim dos testes, foram extraídos
tecidos
de
estruturas
da
via
mesocorticolímbica: hipocampo, córtex
pré-frontal, estriado e amígdala. O
material extraído foi utilizado para análise
da expressão gênica do gene CNR1 (por
RT-PCR) e quantificação de receptores
CB1 (por ELISA). Resultados: No teste
de memória social, animais controle
tratados com JZL, quando apresentados à
novidade social, mostraram menos
interesse em investigar a novidade social
(F(1,18)=5,481; p=0,03), sem prejuízo da
capacidade
de
discriminação
(F(1,18)=9,807;
p=0,0058);
animais
experimentais tratados com JZL não
apresentaram diferença significativa no
tempo de investigação da novidade social
(F(1,17)=2,509; n.s.). O tratamento com
JZL interferiu especificamente no tempo
de investigação do grupo controle em
todas as sessões (F(1,175)=0,6686;
p<0,0001). No teste de sociabilidade, o
tratamento com JZL reduziu o tempo de
investigação dos animais controle (F
(1,19)=4,863; p=0,04) e afetou a
preferência
por
novidade
social
(t(20)=3,356; p<0,01); o JZL não afetou o
tempo de investigação dos animais
experimentais (F (1,19)=0,001; n.s.). A
quantificação proteica, por Elisa, apontou
menor
concentração
de
CB1
especificamente no hipocampo de
experimentais
(U=2000;
p=0,03).
Conclusão: Nossos resultados sugerem
que o sistema endocanabinoide participa
da modulação de comportamento social e
que existe alteração neurobiológica dessa
circuitaria no TEA.
Palavras-chave:
Canabinoides;
Motivação Social; Autismo.
P.04
HABILIDADES
SOCIAIS
EDUCATIVAS
PARENTAIS
E
PROBLEMAS
EMOCIONAIS/COMPORTAMENT
AIS DE PRÉ-ESCOLARES
Marjorie Silva
Orientadora: Marina Monzani da Rocha
E-mails: marjoriesilva.ma@gmail.com
marina.rocha@mackenzie.br
Introdução: A relação entre pais e filhos
estabelece modelos de interação que serão
base para novas interações sociais com
familiares, amigos e outras pessoas. Por
este motivo, é relevante compreender as
diferentes formas de educação praticada
pelos
pais
e
os
impactos
comportamentais/emocionais
nas
crianças. Habilidades Sociais Educativas
Parentais (HSEP) é o nome dado às ações
e formas que os pais utilizam para
educarem seus filhos, contribuindo para o
desenvolvimento infantil. Estudos já
indicaram que os filhos de pais que
apresentam mais habilidades educativas
apresentam menos problemas de
comportamentos. Além disso, sabe-se que
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Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
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os pais que apresentam algum problema
de saúde mental podem ter mais
dificuldades para educar seus filhos,
podem ter déficits no repertório
educativo, ou mesmo uma percepção
distorcida sobre os comportamentos das
crianças. Objetivo: Verificar a relação
entre as habilidades sociais educativas
parentais, os problemas de saúde mental
apresentados pelo cuidador principal e os
problemas emocionais/comportamentais
da criança indicados por seus cuidadores.
Método: Trata-se de um estudo
transversal, quantitativo e descritivo.
Participarão desta pesquisa 50 pais ou
mães de crianças com idade entre 3 e 5
anos, matriculados em escolas municipais
e/ou particulares de ensino infantil do
Estado de São Paulo. Será agendado com
escola uma reunião visando o
preenchimento do “Inventário dos
Comportamentos de Crianças entre 1½5” (CBCL/1½-5) para identificar os
problemas emocionais/comportamentais
das crianças na perspectiva do cuidador
principal e o Questionário de Auto Relato
(SRQ-20) em que serão respondidas
questões sobre a saúde mental do
informante. Nesta reunião, será agendado
com os pais um encontro individual em
que será utilizado o Roteiro de Entrevista
de Habilidade Sociais Educativas Parentais
(RE-HSE-P). Será realizada uma análise
comparativa do repertório de habilidades
sociais
educativa
dos
cuidadores
principais, apresentado no RE-HSE-P, em
relação
aos
problemas
emocionais/comportamentais apontados
no CBCL/1½-5 e aos problemas de saúde
mental apresentados pelo próprio
cuidador no SQR utilizando testes
estatísticos inferenciais. As variáveis
sociodemográficas serão consideradas nas
diferentes análises realizadas. Todas as
análises estatísticas serão realizadas
utilizando o software SPSS 23.0. Será
adotado o critério de significância p<0,05.
Palavras-chave: Habilidades Sociais
Educativas
Parentais;
Problemas
Emocionais/Comportamentais Infantis;
Saúde Mental Materna.
P.05
PREVALÊNCIA
DA
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL NA
POPULAÇÃO COM SÍNDROME
DE DOWN
Aline Abreu Lando
Orientadoras: Silvana Maria Blascovi de
Assis e Marina Monzani Rocha
E-mails: alinelando@gmail.com
silvanablascovi@gmail.com
marinamonzani@gmail.com
Introdução: A função intestinal é um
parâmetro amplamente avaliado em
diferentes estudos estando associado com
a boa manutenção da saúde e bem-estar
dos indivíduos. Pessoas com deficiência
intelectual possuem um aumento dos
fatores de risco para desenvolver
constipação intestinal, devido a questões
como dificuldade de comunicação para
expressar a necessidade de defecar e
menor atividade física. Dentre os fatores
genéticos, a Síndrome de Down (SD) está
entre as causas mais comuns de deficiência
intelectual, caracterizadas por distúrbios
cromossômicos. Objetivo: avaliar os
hábitos intestinais de crianças, jovens e
adultos com SD para identificação da
prevalência de constipação intestinal.
Método: Participaram do estudo 124
pessoas com Síndrome de Down, de ambos
os sexos, com idade entre sete meses e 50
anos de uma Instituição de apoio a pessoas
com necessidades especiais. Foi aplicado
um questionário sobre os hábitos
intestinais, criado a partir dos Critérios de
Roma IV, juntamente com as
recomendações
fornecidas
pela
Organização
Mundial
de
Gastroenterologia
(WGO),
pelas
Associações
de
Gastroenterologia,
Hepatologia e Nutrição Pediátrica Norte-
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Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
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americana e Europeia (ESPGHAN e
NASPGHAN), assim como a Escala de
Bristol. Resultados: A partir da análise
das respostas buscando-se caracterizar o
padrão intestinal, foi constatado que os
quadros de constipação intestinal estão
concentrados no período da primeira
infância. Dos 124 avaliados foram
encontrados 41 participantes constipados
(33%), sendo 30 deles com idade até 6
anos (73,17%). Apesar da criação de
diretrizes a respeito dos cuidados aos
nascidos com SD, observa-se a falta de
direcionamento e ênfase quanto à
avaliação dos hábitos intestinais na rotina
médica. O tratamento precoce adequado
da constipação intestinal é essencial para
evitar que um episódio agudo se torne
crônico, além de poder prevenir
complicações como incontinência fecal
descrita em alguns casos, dor abdominal
recorrente, enurese e infecção urinária.
Estes
fatores
agravantes
podem
progressivamente
influenciar
negativamente a qualidade de vida dessas
crianças.
Palavras-chave: Constipação; Síndrome
de Down; Fisioterapia.
P.06
TRADUÇÃO
DO
INSTRUMENTO SOCIAL TOUCH
QUESTIONNARE - STQ PARA O
PORTUGUÊS BRASILEIRO
Tatiana de Lima Gemignani
Orientadoras: Vera Lúcia Esteves Mateus
Ana Alexandra Caldas Osório
E-mails: tati_gemignani@hotmail.com
ana.osorio@mackenzie.br
Introdução: O toque gera estimulação de
natureza tátil que difere em termos de
movimento, pressão e temperatura, bem
como tem potencial de transmitir
informação sócio emocional. Estudos
revelam que fibras nervosas periféricas
especializadas
discriminam
esses
estímulos. O toque tem fundamental
importância na vida do ser humano, desde
seu nascimento até a idade adulta.
Pesquisas demonstram os benefícios do
toque para a saúde do indivíduo, no
desenvolvimento das relações, dos
vínculos afetivos, na comunicação, no
desenvolvimento neural e comportamento
sócio emocional. O toque prazeroso e
afetivo
é
proposto
para
agir
principalmente no domínio das interações
e relações sociais. Nessa direção, o efeito
do toque social pode ter consequências
emocionais poderosas. Sendo assim, um
toque apropriado pode ser calmante,
enquanto um toque inadequado pode
desencadear ou causar ansiedade. Outros
estudos recentes, também apontam, a
dimensão social e afetiva do toque como
um regulador fisiológico, de respostas
estressoras. De acordo com vários
estudos, na relação mãe-bebê, o toque
materno também tem valor na regulação
emocional. O Social Touch Questionnaire
foi criado com o intuito de desenvolver
um instrumento de medição capaz de
aferir afetos e atitudes sociais despertadas
pelo toque. Sendo este um questionário
auto administrado, desenvolvido para
aplicação em indivíduos adolescentes e
adultos. A tradução do referido
instrumento possibilita utilização em
pesquisas e estudos que visam
compreender o significado que os
indivíduos atribuem ao toque e seus
efeitos potentes na promoção de saúde.
Objetivo: Traduzir o instrumento STQ
para utilização em pesquisas com a
população brasileira Método: Em
primeiro lugar, foi obtida a autorização
para tradução e uso junto dos autores do
instrumento. A tradução do STQ foi
realizada em etapas de tradução, retro
tradução e obtenção de versões de
consenso até a versão final. O STQ é
composto por 20 itens que avaliam as
percepções individuais sobre toque social
nas suas diferentes dimensões: dar versus
receber,
conhecidos
versus
5
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Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
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desconhecidos, em público versus em
privado, sexual versus não sexual. Cada
um dos itens deve ser avaliado em uma
escala Likert de 5 pontos, sendo que uma
pontuação mais elevada indica mais
atitudes de evitamento e desconforto
associado ao toque. Conclusão: Foi
obtida a versão final traduzida para o
Português brasileiro do Questionário
sobre o toque social.
Palavras-Chave:
Social
Touch
Questionnaire (STQ); Questionário sobre
o Toque Social; Toque Social
P.07 AVALIAÇÃO DA COGNIÇÃO
NÚMERICA EM PRÉ-ESCOLARES:
REVISÃO DA LITERATURA
Cristiane Hemi Yokota Chechetto
Orientadores: Elizeu Coutinho de
Macedo e Ana Alexandra Caldas Osório
E-mails: cristianeyokota@hotmail.com
elizeumacedo@uol.com.br
ana.osorio@mackenzie.br
Introdução: Cognição Numérica se refere
ao desenvolvimento do raciocínio
numérico, desde o senso numérico até a
aprendizagem da matemática formal, que
inclui o cálculo e o processamento
numérico. Diferenças de Cognição
Numérica podem ser observadas em
crianças pré-escolares, possibilitando a
identificação precoce de dificuldades na
aprendizagem formal da matemática nos
anos posteriores. No entanto, e apesar da
relevância da temática, os instrumentos
que avaliam a Cognição Numérica no
Brasil são escassos, principalmente em
pré-escolares. Objetivo: Verificar, na
literatura nacional e internacional,
instrumentos utilizados para avaliar a
Cognição Numérica em crianças préescolares. Método: Foram consultadas as
bases de dados SciELO, PubMed e
Periódicos da CAPES, utilizando as
palavras-chave “Cognição Numérica,
Habilidades
Matemáticas,
Senso
numérico”, acrescidas por: “teste,
avaliação” e “Numeracy, Number Sense,
Arithmetic, Mathematics Skills, Mathematics
Tests”. Analisaram-se artigos que
apresentavam estudos empíricos e o uso
de instrumento de avaliação, incluindo
crianças pré-escolares na amostra.
Resultados: Foram encontrados 10
artigos que contemplavam os critérios de
inclusão, a maioria na literatura
internacional. Dentre os principais
instrumentos, encontramos o Zareki – K,
alemão, traduzido e adaptado ao
Português Brasileiro, para crianças de 5 a
6 anos; The Number Sense Test, americano,
para crianças de 3 a 5 anos; Preschool Early
Numeracy Skills Test (PENS), americano, às
crianças de 3 a 5 anos; Test of Early
Mathematics
Ability-3
(TEMA
3),
americano, para crianças de 3 a 8 anos; Test
of Early Number and Arithmetic (TENA),
equatoriano, para crianças de 4 a 5 anos;
MARKO-D0 Test, alemão, avalia crianças
de 4 a 6 anos; The Early Numeracy Test,
finlandês, traduzido do Early Numeracy
Test, para crianças de 4 a 7 anos; Test para
el Diagnóstico de las Competencias Básicas en
Matemática (TEDI-MATH), espanhol, para
crianças de 4 a 8 anos; The number sense
battery, americano, para crianças de 5 a 6
anos. No geral, os instrumentos avaliam
habilidades de contagem, identificação
numérica, correspondência númeroobjeto, ordinalidade, comparação, adição e
subtração. Conclusão: O emprego de
instrumentos que avaliam a Cognição
Numérica em crianças pré-escolares
demonstra-se importante, visto que são
escassos no Brasil. Destes, somente o
Zareki-K foi aplicado em uma amostra
brasileira, em crianças de 5 a 6 anos.
Estudos indicam que o desenvolvimento
do senso numérico na pré-escola é
precursor para o das habilidades
aritméticas no 1º ano do Ensino
Fundamental I e que estas habilidades não
se encontram desenvolvidas em todas as
crianças ao final da Educação Infantil.
Desta forma, a elaboração e/ou tradução
6
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Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
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de testes que avaliam estas habilidades,
adaptados à realidade brasileira, precisam
ser pensados como forma de identificar
precocemente os possíveis sinais de
dificuldades na matemática, para auxiliar
na elaboração de práticas educacionais
adequadas.
Palavras-chave: avaliação do senso
numérico; cognição numérica; habilidades
matemáticas.
P.08
CORRELAÇÃO
DE
DIFERENTES INSTRUMENTOS
DE RELATO: A PERCEPÇÃO DE
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO
FÍSICA, DE SALA E PAIS SOBRE OS
COMPORTAMENTOS
DE
CRIANÇAS DO 1º E 2º ANOS DO
ENSINO FUNDAMENTAL
Fernanda Garcia, Ronê Paiano
Orientador: Luiz Renato Rodrigues
Carreiro
E-mails: fernanda.garcia@mackenzie.br
rone.pefe@gmail.com
renato.carreiro@gmail.com
Introdução: Para a emissão de um
diagnóstico correto é importante que o
processo de avaliação utilize-se de
múltiplos informantes que convivem com
a criança em diferentes ambientes. Este
trabalho utilizou, além de pais e
professores,
a
observação
de
comportamentos das crianças feito pelo
professor de educação física, algo pouco
explorado em função da carência de
instrumentos. Objetivo: Verificar a
correlação
entre
instrumentos
preenchidos por pais e professores quanto
aos comportamentos observados das
crianças. Método: Participaram 79
crianças de 6 a 8 anos, de duas escolas
(particular e pública) da cidade de São
Paulo; seus pais, professores de educação
física e de sala de aula. O instrumento
preenchido pelo professor de educação
física foi o Motor Behavior Checklist para
crianças (MBC) que é um inventário que
leva em consideração a observação da
criança em uma situação de brincar
livremente ou na aula de educação física.
O MBC para crianças consiste em 59
comportamentos motores separados em
sete subescalas, das quais utilizamos
quatro: Quebrar Regras, Hiperatividade e
Impulsividade, Falta de Atenção e Falta de
Autorregulação. O outro instrumento foi
o Inventário de Funções Executivas e
Regulação Infantil preenchido pelos
professores e pais aqui denominados
respectivamente IFERI-T e IFERI-P, que
tem como finalidade avaliar o
funcionamento executivo por meio de
uma medida funcional. O IFERI é
constituído por 28 itens divididos em
cinco subescalas: Memória de Trabalho,
Controle Inibitório, Flexibilidade, Aversão
à demora e Regulação. Para a análise de
correlação foi utilizado o teste Spearman.
Resultados:
Foram
encontradas
correlações moderadas entre o prof. de
educação física, pais e prof. de sala nos
seguintes itens: a) pontuação total do
MBC com a pontuação total do IFERI-P
(r=0,408) e IFERI-T (r=0,583) e com a
pontuação do item atenção do IFERI-P
(r=0,460) e IFERI-T (r=0,535); b)
pontuação do item hiperatividade do
MBC com a pontuação total do IFERI-P
(r=0,409) e IFERI-T (r=0,462), com a
pontuação do item atenção do IFERI-P
(r=0,418) e IFERI-T (r=0,442), com a
pontuação do item comportamento
externalizante do IFERI-P (r=0,416) e
IFERI-T (r=0,413); c) pontuação do item
interação social do MBC com a pontuação
do item atenção do IFERI-P (r=0,455) e
correlação alta com o IFERI-T (r=0,615)
além de uma correlação alta com a
pontuação total do IFERI-T (r=0,661).
Outras 11 correlações moderadas foram
encontradas entre itens do MBC e do
IFERI T. Conclusão: Estes dados
valorizam a observação do professor de
educação física e reforçam a importância
do MBC como um instrumento de
7
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Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
avaliação comportamental. A maior
quantidade
de
correlações
entre
professores de educação física e
professores de sala pode estar relacionada
às exigências do ambiente escolar, mas
também a comportamentos apenas
manifestados na escola. Todos estes dados
reforçam a importância da observação
criteriosa e de diferentes instrumentos
para a avaliação de comportamentos das
crianças.
Palavras chave: alunos, comportamento,
avaliação
P.09 PREJUÍZOS FUNCIONAIS,
NÍVEL
DE
IMPULSIVIDADE,
CONTROLE
INIBITÓRIO
E
FLEXIBILIDADE COGNITIVA EM
ADULTOS COM QUEIXAS DE
DESATENÇÃO
E
HIPERATIVIDADE
Izabella Trinta Paes, Mayara Miyahara
Moraes Silva, Rafael Angulo Condoretti
Barros Novaes, Isabela Horak Pasqualeto
João Pedro Pereira Werner da Silva
Orientador: Luiz Renato Rodrigues
Carreiro
E-maisl: Contato:
bell30p@hotmail.com,
m.mm.silva@hotmail.com
rafaelcondoretti@gmail.com
isabelahorak@gmail.com
jppwerners@gmail.com
luizrenato.carreiro@mackenzie.br
Introdução: O Transtorno de Déficit de
Atenção/Hiperatividade-TDAH
está
entre quadros iniciados na infância que
podem se estender até a fase adulta. A
sintomatologia em adultos pode se
aproximar do conjunto de sinais
encontrados em crianças ou mostrar
variações. Ampliar conhecimentos sobre
sintomas,
perfil
cognitivo
e
comprometimentos associados ao TDAH
em adultos é importante para caracterizar
o curso do transtorno, e contribui para
práticas diagnósticas e interventivas.
Objetivo:
Verificar
sintomas,
desempenhos em flexibilidade cognitiva e
controle
inibitório,
níveis
de
impulsividade e prejuízos funcionais em
adultos com queixas de desatenção e
hiperatividade. Método: Participantes: 49
adultos (38 mulheres e 11 homens), 20 e
68 anos de idade, 9 e 26 anos de
escolaridade.
Critérios
de
inclusão/exclusão: Adult Self-Report
Scale-ASRS-18 (pontuação>24), Escala de
Inteligência Abreviada-WASI (QI≥80),
escolaridade≥4 anos, sem problemas
neurológicos e psiquiátricos, sem déficits
visuais ou auditivos. Instrumentos de
avaliação: Five Digit Test-FDT, Escala de
Impulsividade de Barratt-BIS11 e Escala
de Prejuízos Funcionais-EPF-TDAH.
Estatísticas descritivas das porcentagens
de participantes: SPSS versão 20.0.
Resultados: A quantificação de sintomas
frequentes indicou presença dos subtipos
desatento (22.4%), hiperativo/impulsivo
(8.1%) e combinado (22.4%). Houve
relatos de sintomas não frequentes em
46.93%. Em habilidades intelectuais
foram 65% com QI 90 a 108, 18.3% com
QI 110 a 115, 14.2% com QI 80 a 89, e
2% com QI 121. As tarefas que avaliaram
flexibilidade cognitiva e controle inibitório
mostraram respectivamente 38.8% e
36.8% com dificuldades ou déficits
proeminentes. Em impulsividade geral,
57.1% apresentaram percentis 80 a 99,
28.5% percentis 35 a 75, e 14.2% percentis
10 a 30. Para impulsividade atencional
foram 97.9% com percentis 90 a 99, para
impulsividade motora 100% com percentil
99, para impulsividade por não
planejamento 100% com percentis 90 a
99. Em prejuízos funcionais foram 61.2%
com impacto em 2 ou mais áreas da vida e
36.7% com impacto em pelo menos uma
das áreas referidas no DSM-5 (acadêmica,
profissional e social). Os graus de
comprometimentos observados foram, na
área acadêmica 32.7% leves a moderados,
na área afetiva 16.4% leves a moderados,
8
Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
na área doméstica 40.8% leves a severos,
na área financeira 22.4% leves a severos,
na área profissional 28.5% leves a severos,
na área risco legal 20.4% leves a severos,
na área saúde 49% leves a severos, na área
social 30.6% leves a moderados, e na área
trânsito 12.2% leves a moderados.
Conclusão: Os resultados reforçam a
importância
da
observação
do
funcionamento executivo e impulsividade
para investigar processos neurobiológicos
subjacentes ao TDAH e que influenciam a
apresentação do quadro e prejuízos
funcionais. Em paralelo atentar para
frequência dos sintomas e gravidade dos
prejuízos associados é relevante para
avaliar com acurácia a presença do
transtorno.
Palavras chaves: Transtorno de Déficit
de Atenção e Hiperatividade (TDAH);
Avaliação Neuropsicológica.
P.10
RELAÇÃO
ENTRE
O
POLIMORFISMO THR92ALA DA
ENZIMA DESIODASE TIPO 2 E O
COMPORTAMENTO
E
PROGNÓSTICO DE INDIVÍDUOS
COM
TRANSTORNO
DO
ESPECTRO AUTISTA
Alyna Araújo e Marcondes, Alice
Batistuzzo
Orientadora: Miriam O. Ribeiro
E-mails: alynaam@gmail.com
alice.batistuzzo@gmail.com
miriam.ribeiro@mackenzie.br
Introdução: A desiodase tipo 2 (D2) é
uma das enzimas do metabolismo do
hormônio tireoidiano (HT) e sua principal
função é converter tiroxina (T4) em sua
forma
biologicamente
ativa,
triiodotironina (T3). Um polimorfismo do
gene da D2, presente em cerca de 12 a
36% da população, causado pela
substituição de uma treonina por uma
alanina no códon 92 tem sido relacionado
a transtornos como Esquizofrenia,
Depressão e Alzheimer. Além disso, foi
demonstrado que indivíduos com a
expressão do alelo polimórfico existe uma
diferença no transcriptoma cerebral, com
alteração no padrão de expressão genes
ligados aos processos neurodegenerativos
e estresse oxidativo. Pacientes com TEA
(Transtorno do Espectro Autista)
apresentam maior estresse oxidativo
celular. O TEA é um Transtorno do
Neurodesenvolvimento
com
início
precoce, antes dos 3 anos de idade, e os
critérios diagnósticos são: déficits na
comunicação e interação social e a
presença de padrões restritos e repetitivos
de comportamento. Objetivo: avaliar se
indivíduos com TEA atendidos em um
serviço de referência, devido às limitações
neurológicas presente e o estresse
oxidativo comprovado, estariam mais
sujeitos aos efeitos prejudiciais do
polimorfismo Thr92Ala da D2 no Sistema
Nervoso Central (SNC). Resultados:
Foram avaliados 132 pacientes com TEA,
sendo que 29,5% apresentavam genótipo
selvagem (TT), 42,8% eram heterozigotos
(AT) e 24,3% eram homozigotos para o
polimorfismo (AA). Foi possível observar
que os pacientes que expressavam o alelo
polimórfico em homozigose tiveram
melhor desempenho que os pacientes com
genótipo selvagem quando comparadas as
habilidades
de
Comunicação,
Comunicação Receptiva, Atividades de
vida diária e Autocuidado. Além disso,
pacientes com genótipo selvagem e com
piores resultados no ABC obtiveram
melhora significativa nas habilidades de
socialização avaliadas pela ATEC após a
intervenção, resultado que não foi
observado para os pacientes heterozigotos
ou
homozigotos
polimórficos.
Conclusão: A presença do polimorfismo
melhora o desempenho adaptativo dos
indivíduos ao mesmo tempo em que a
presença do alelo polimórfico parece
prejudicar a resposta do paciente à terapia
proposta. Os resultados parecem
9
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Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
contraditórios e mais estudos são
necessários para aumentar a compreensão
acerca do papel dessa enzima e os
mecanismos pelos quais o polimorfismo
altera o funcionamento do SNC, tanto
para indivíduos de desenvolvimento típico
quanto para aqueles com algum distúrbio
do desenvolvimento.
Palavras-chave: TEA; Polimorfismo
Thr92Ala
D2;
Comportamento
Adaptativo.
P.11 EFEITOS DA INDUÇÃO DE
HUMOR NA PERFORMANCE EM
TESTE DE INTELIGÊNCIA
FLUIDA: ESTRATÉGIAS
COGNITIVAS E PADRÃO DE
MOVIMENTOS OCULARES
Paulo Guirro Laurence, Helena Scoz da
Cunha Lima, Mayara de Sousa Crippa
Vaz de Oliveira Barro, Natalia Penteado
Bertolino,
Orientador: Elizeu Coutinho de Macedo
Contatos:
p.laurence@hotmail.com
helenascozclima@gmail.com
mayaravob@gmail.com
nataliapb.bertolino@gmail.com
elizeu.macedo@mackenzie.br
Introdução: A inteligência fluida é uma
capacidade de alto valor cognitivo porque
está ligada às várias habilidades necessárias
e está relacionada a vários domínios
cognitivos. Objetivo: O objetivo do
estudo foi investigar os efeitos de uma
tarefa de indução de humor positiva,
negativa ou neutra sobre o desempenho
em um teste de inteligência fluida.
Método: O presente estudo contou com
161 participantes, porém, foram excluídos
17 participantes por problemas nos dados
coletados ou por estarem com índices de
depressão e/ou ansiedade muitos altos.
Os 144 participantes apresentaram idade
entre 18 e 32 anos (M=21,60 anos;
DP=2,82). Os participantes foram
divididos em 3 grupos, que assistiram a um
vídeo com ou sem conteúdo de humor,
sendo eles: indução de humor negativo
(N=49), positiva (N=48) e neutra (N=47).
Idade, inteligência fluida, depressão,
ansiedade e competência emocional foram
controladas entre os grupos antes do
procedimento. A Escala Analógica de
Humor (EAH) foi utilizada para
acompanhar a variação de humor dos
participantes antes e depois dos vídeos.
Essa escala avalia o humor dos
participantes em função de quatro fatores:
ansiedade; sedação mental; sedação física;
outros sentimentos e atitudes (relacionado
a sociabilidade e motivação). Os
participantes realizaram o Teste de
Matrizes de Viena-2 (WMT-2), um teste de
inteligência fluida de matrizes, em um
computador equipado com o eye tracking.
ANOVAs foram realizadas entre os
grupos (indução de humor positiva;
negativa; neutra) para as medidas de EAH,
pontuação no WMT-2, o tempo médio
gasto por item do WMT-2, o tempo
olhando para a matriz, o tempo olhando
para as alternativas, o número de
alternadas, caracterizado como o número
vezes que o participante olhou da matriz
para as alternativas ou das alternativas para
a matriz e, por fim, o Índice de
distribuição de tempo na matriz (Matrix
Time Distribution Index – MTDI; o
tempo gasto olhando na última coluna e
linha menos o tempo gasto no resto da
matriz). Resultados: Não foram
encontradas diferenças significativas entre
os grupos na EAH antes do vídeo, porém,
diferenças
significativas
foram
encontradas no fator ansiedade da EAH
(p<0,001; η²=0,40) com o grupo estresse
induzido sendo o grupo com maior
ansiedade. Não foram encontradas
diferenças significativas para a pontuação
e tempo no WMT-2, bem como o tempo
gasto na matriz e nas alternativas e o
número de alternadas. O MTDI aponta
para uma exploração parcial do grupo de
10
Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
indução Neutra comparado aos outros
dois
grupos
(p=0,034;
η²=0,05).
Conclusão: A pontuação da EAH
demonstra uma eficácia na indução
emocional. O MTDI fornece evidências
que os grupos exploram a matriz de
maneira diferente, apontando que grupos
com valências positivas ou negativas
tendem a explorar a matriz de forma mais
ampla. A falta de diferença significativa
nos escores suporta a inteligência fluida
avaliada por WMT-2 como uma medida
estável, mesmo se sujeita a cargas
emocionais.
Palavras-chave: Emoções; Estresse
Psicológico; Movimentos Oculares.
P.12 AVALIAÇÃO INICIAL DE
INDICADORES DE DESATENÇÃO
E HIPERATIVIDADE POR MEIO
DE
RELATO
DE
PAIS
E
PROFESSORES
EM
UMA
AMOSTRA DE ALUNOS DO 2º ANO
DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE
SÃO PAULO
Ana Paula Roim Micieli
Orientador: Luiz Renato Rodrigues
Carreiro
E-mails: aprm.psico@yahoo.com
renato.carreiro.mack@gmail.com
Introdução: A avaliação neuropsicológica
e comportamental é de fundamental
importância na detecção de sinais e
sintomas de transtornos diversos e, em
especial,
dos
transtornos
do
neurodesenvolvimento, descritos no
DSM-5. Dentre eles está o Transtorno do
Déficit de Atenção e Hiperatividade –
(TDAH), que atinge cerca de 5% das
crianças, na maioria das culturas, e é um
dos responsáveis pelo baixo desempenho
escolar em crianças e adolescentes. O
TDAH é caracterizado como padrão
persistente de desatenção, hiperatividade e
impulsividade, com graus de intensidade
que variam entre leve e grave. Para o
diagnóstico, é necessário que os sinais e
sintomas
ocorram
em
diferentes
contextos, incluindo a escola, onde o
transtorno é mais facilmente notado. É
durante o processo de alfabetização, com
aumento da demanda acadêmica, que
dificuldades atencionais podem ser mais
facilmente notadas e o professor
representa um importante agente na
detecção dessas dificuldades. Objetivo:
avaliar indicadores de desatenção e
hiperatividade/impulsividade em crianças,
por meio do relato de pais e professores.
Método: participaram da pesquisa
pais/responsáveis de 121 crianças, de 5
classes do 2º ano, de uma escola pública de
São Paulo e seus respectivos professores.
Para a avaliação foram utilizados o Brief
Problem Monitor - BPM – para Pais e
Professores, que verificou problemas
internalizantes,
externalizantes
e
atencionais; e um questionário baseado no
DSM- 5, para detectar sinais de
desatenção, hiperatividade/impulsividade,
também respondido por ambos. Como
critério de verificação dos indicadores,
foram calculadas as médias dos resultados
do questionário baseado no DSM-5,
sendo considerados indicadores de
TDAH, aqueles que obtiveram resultado
acima de 2 pontos na maioria das
respostas. O BPM foi utilizado na
confirmação dos resultados, tendo sido
consideradas em risco para o transtorno,
as crianças que obtiveram índice clínico de
desatenção, nas respostas de pelo menos
um informante. Resultados: das 121
crianças avaliadas, 69 apresentaram sinais
e sintomas de TDAH, sendo que dessas,
48 obtiveram índices em ambos os
instrumentos. Conclusão: o resultado
mostra a importância da avaliação e a
necessidade
de
informar
e
instrumentalizar professores para a
detecção precoce do transtorno, a fim de
evitar que o problema interfira na
aprendizagem e no bom desempenho
escolar.
11
Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
Palavras-chave: TDAH; Avaliação
Neuropsicológica; Escola.
P.13 APLICAÇÃO DO MODELO DE
ÁRVORE
DE
DECISÃO NA
IDENTIFICAÇÃO DE QUEIXAS
DE
DESATENÇÃO
E
HIPERATIVIDADE
Mayara Miyahara Moraes Silva
Orientador: Luiz Renato Rodrigues
Carreiro
E-mails: m.mm.silva@hotmail.com
renato.carreiro@gmail.com
Introdução: A neuropsicologia pode ser
definida como a área de conhecimento
responsável por correlacionar o cérebro
e o comportamento, com isso, o objetivo
da avaliação neuropsicológica é o de
apontar tanto as potencialidades do
indivíduo como possíveis áreas de
comprometimento ou prejuízos e déficits
em habilidades cognitivas importantes
para o desenvolvimento. O transtorno
do déficit de atenção e hiperatividade
(TDAH) é um transtorno do
desenvolvimento, sendo assim,
caracterizado por um padrão persistente
de desatenção com ou sem
hiperatividade/impulsividade, que é mais
frequente e grave do que é tipicamente
observado em outros indivíduos da
mesma faixa etária. Objetivo: identificar
e correlacionar os parâmetros de
previsão em instrumentos utilizados com
mais frequência em avaliações
neuropsicológicas para crianças e
adolescentes com queixas de desatenção
e hiperatividade. A análise desses
parâmetros poderá apontar com mais
precisão as dificuldades e prejuízos da
atenção que venham a ser parte dos
critérios estabelecidos no DSM-5 para o
quadro clínico de TDAH. Método:
consiste na investigação e análise de
dados dos resultados dos participantes
do protocolo de pesquisa interdisciplinar
de avaliação neuropsicológica,
comportamental e clínica para crianças e
adolescentes com queixas de desatenção
e hiperatividade através da aplicação de
baterias de testes tradicionais e
computadorizados utilizados e ou
desenvolvidos pelo Laboratório de
distúrbios do desenvolvimento na
Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Resultados: será utilizado um algoritmo
que chamado “árvore de decisão” que irá
organizar as variáveis de uma base de
dados, sendo essas as questões dos testes
neuropsicológicos selecionados para este
estudo, de forma que se organizem em
uma hierarquia de importância, o que
por sua vez irá definir a estrutura da
árvore. Com essa análise pretende-se
analisar quais parâmetros dos
instrumentos de avaliação cognitiva
utilizados, teriam melhores índices
associados à acurácia do diagnóstico de
TDAH nessa amostra. Conclusão:
Verificar se a árvore de decisão pode ser
eficaz no direcionamento do rastreio,
seleção dos instrumentos e
reconhecimento de queixas típicas do
TDAH.
Palavras-chave:
Neuropsicologia;
Avaliações Neuropsicológicas; TDAH.
P.14 EXERGAME CONTROLADO
POR LEAP MOTION PARA USO
EM TREINOS DE FUNÇÃO
MANUAL
12
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Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
Alecssander Gabriel Senhorini Simões,
Natália Regina Kintschner
Orientadoras: Zodja Graciani, Susi Mary
de Souza Fernandes, Silvana Maria
Blascovi-Assis Ana Grasielle Dionísio
Corrêa
E-mails: nat.kin@globo.com
anagrasi@gmail.com
silvanablascovi@gmail.com
Introdução: Exergames é o termo dado
aos jogos eletrônicos que captam e
virtualizam os movimentos reais dos
usuários. Por exemplo jogos para
plataformas Kinect possuem sensores que
capturam os movimentos do usuário e os
transformam em ações no jogo,
estimulando os movimentos mais globais
como inclinação de cabeça, tronco, pernas
e braços. Para estimular os movimentos
mais finos como flexão e extensão de
punhos e dedos, é necessário utilizar outro
tipo de tecnologia capaz de detectar os
movimentos das mãos e dedos. O Leap
Motion Controller é um sensor
infravermelho
de
detecção
de
movimentos que realiza o rastreamento
dos movimentos das mãos com alta
precisão. O dispositivo pode ser utilizado
junto com um computador pessoal,
posicionado sobre a superfície da mesa (ao
lado do teclado) e plugado no computador
via porta USB. Quando ativado dentro do
jogo, o sensor captura os gestos das mãos
e dedos realizados pelo usuário
permitindo assim a interação em tempo
real com os objetos virtuais que compõem
o jogo. Objetivo: criar e avaliar a
viabilidade de um jogo denominado “Bola
na Caixa”, controlado pelo sensor de
detecção de movimento das mãos (Leap
Motion) para treino de função manual.
Método: foi criado um protótipo 3D do
jogo composto de uma bola e uma caixa
apoiadas sobre uma mesa. O objetivo do
jogador é colocar dentro da caixa o maior
número de bolas possíveis, dentro de um
determinado intervalo de tempo,
realizando movimento de pinça. O jogo
armazena a quantidade de bolas
acomodadas na caixa (acertos), o tempo
para coletar e armazenar cada bola dentro
da caixa e o tempo total de jogo.
Resultados: o jogo foi testado com 8
participantes sem comprometimentos
motores e/ou cognitivos para avaliar a
usabilidade da interface e a viabilidade de
uso no treino de função manual. Cada
participante usou o jogo três vezes,
durante 5 minutos, com intervalo de três
minutos de descanso entre uma jogada e
outra. Conclusão: foi possível notar que
os participantes melhoraram seus
desempenhos após o primeiro intervalo de
uso do jogo, considerada faze de
Aprendizagem. Não foram observados
efeitos adversos e os resultados
mostraram-se promissores para uso em
sessões de treino de função manual.
Palavras-chave: Exergames; Leap
Motion; Função Manual.
P.15
SISTEMA
DE
MONITORAMENTO REMOTO DE
PACIENTE
COM
PARALISIA
CEREBRAL EM TRATAMENTO
DE REABILITAÇÃO MOTORA
COM USO DE JOGOS DE
REALIDADE VIRTUAL
Natália Regina Kintschner, Gabriel
Kenzo Hirata Camargo, Maria Amélia
Eliseo
Orientadoras: Ana Grasielle Dionísio
Corrêa e Silvana Maria Blascovi-Assis
E-mails: nat.kin@globo.com
anagrasi@gmail.com
silvanablascovi@gmail.com
Introdução: Sistemas de Monitoramento
Remoto de paciente permitem que
médicos e especialistas em saúde possam
acompanhar, à distância e em tempo real,
a saúde de indivíduos com doenças
crônicas. Em reabilitação, estes sistemas
têm permitido que fisioterapeutas
supervisionem
os
exercícios
de
13
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Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
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reabilitação física através de sistemas
computacionais capazes de coletar dados
acerca dos movimentos realizados.
Objetivo: especificar, desenvolver e testar
um aplicativo móvel (app) para
monitoramento remoto de pacientes com
Paralisia Cerebral em atividades de
reabilitação motora de membros
superiores realizados em domicílio.
Método: foi criado um app que permite
cadastro de terapeutas e pacientes;
personalização dos exercícios a serem
realizados pelo paciente; análise do
desempenho de cada paciente; análise de
desempenho por jogo. Para coleta de
dados foram desenvolvidos três jogos de
Realidade Virtual imersivos integrados em
um sensor de detecção de movimento das
mãos (Leap Motion). Os jogos são
utilizados com uso de um par de óculos de
Realidade Virtual para promover a
sensação de imersão dentro do mundo
virtual. No jogo “Mercearia”, o jogador é
estimulado a fazer movimentos de flexoextensão dos dedos para pegar e soltar
maças verdes e vermelhas dentro de cestos
de frutas. No Jogo 2: “Invasão Espacial”,
o jogador deve realizar movimentos abrir
e fechar a mão para controlar uma nave
espacial e desviar dos meteoros no espaço
e coletar energia. No Jogo 3 “Bola na
Caixa”, o jogador deve, com movimento
de pinça, pegar uma bolinha e colocá-la
dentro de uma pequena caixa. Os dados da
terapia (data e horário de início e fim) bem
como os dados das interações com os
jogos (acertos, erros, tentativas, tempo de
jogo em cada nível) realizados por cada
paciente são enviados para uma base de
dados em nuvem e podem ser acessados e
visualizados pelo terapeuta através do app.
Além disso, o app permite que o terapeuta
possa configurar o programa de
reabilitação domiciliar mais adequado com
o perfil de cada paciente. Por exemplo, o
terapeuta pode selecionar os jogos de
interesse e a ordem em que o paciente
deve utilizar esses jogos, como o nível de
caga jogo (ex: jogo 1 “Mercearia”, etapa 1
“Mão esquerda”; etapa 2 “Mão direita”;
etapa 3 “Mãos alternadas”). O app está
sendo testado, em testes piloto, na
Associação Nosso Sonho de Reabilitação
- Integração de Pessoas com Deficiência,
em São Paulo, com um grupo de jovens
com Paralisia Cerebral. Resultados
esperados: espera-se obter resultados
significativos acerca do método de
monitoramento de reabilitação motora
domiciliar, uma vez que fornece
informações valiosas sobre a realização
dos exercícios de reabilitação domiciliar
realizados pelos pacientes e o
desconhecimento do paciente sobre se
está ou não realizando adequadamente os
exercícios.
Palavras-chave: Paralisia Cerebral;
Realidade Virtual; Sistema de
Monitoramento Remoto.
P.16 ESTIGMA E DISCRIMINAÇÃO
ASSOCIADOS
AOS
TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS:
REVISÃO DE ESTUDOS COM
POPULACAO BRASILEIRA
Leonidas Valverde da Silva, Thaisa Reis
Leme
Orientadora: Cristiane Silvestre de Paula
E-mails: leonidas_valverde@hotmail.com
csilvestrep@uol.com.br
thaisarleme@gmail.com
Introdução: O estigma associado aos
transtornos psiquiátricos é um obstáculo
para os cuidados adequados em saúde
mental. Ele contribui para a limitação do
acesso aos serviços, emprego, habitação e
aos demais direitos sociais. A concepção
sobre indivíduos com transtorno
psiquiátrico como perigosos e violentos é
14
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Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
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compartilhada por populações de várias
partes do mundo. Objetivo: identificar e
descrever a produção científica brasileira
sobre estigma em relação a pessoas com
problemas de saúde mental. Método:
Revisão integrativa de literatura utilizando
as bases de dados Scielo e PubMed, com as
palavra-chave/mesh-terms
“estigma,
saúde mental, Brasil”. Os critérios de
inclusão dos artigos consistiram em: 1)
estudos com dados empíricos sobre o
estigma relacionado à saúde mental; 2)
com amostras/participantes brasileiros; 3)
publicados nos idiomas Português, Inglês
ou Espanhol. Não se colocou limite para
período. O item método foi detalhado em:
a) tipo de estudo; b) local do estudo; c)
amostra e d) instrumento(s) utilizado(s).
Para análise dos artigos utilizou-se dos
dados: (1) tipo de estudo, (2)
instrumentos; (3) principais resultados; (4)
conclusões. Resultados: Utilizando-se
apenas a palavra-chave “estigma”, foram
encontrados 946 artigos na base de dados
Scielo. Após a análise dos títulos e dos
resumos, restaram apenas 10 estudos que
atenderam a todos os critérios de inclusão.
Através da combinação dos descritores
“estigma, saúde mental, Brasil” foram
encontrados 348 artigos na base de dados
PubMed. A leitura dos títulos e dos
resumos resultou num total de 10 artigos
elegíveis
para
a
revisão.
As
amostras/participantes eram oriundas da
população geral, de estudantes e/ou
profissionais da área da saúde. Identificouse que os estudos qualitativos (total de 10
artigos) utilizaram predominantemente as
entrevistas semiestruturadas, grupos
focais e observação participante.
Enquanto os estudos quantitativos (total
de 10 artigos) utilizaram questionários
estruturados e vinhetas baseadas nos
critérios diagnósticos do DSM-IV para
transtornos psiquiátricos. Os temas
contemplados nos 20 artigos foram (1)
descrição de diferentes tipos de estigma
vivenciados
pelas
pessoas
com
transtornos psiquiátricos (estigma público,
introjetado e estrutural, incluindo na
mídia); (2) perfil de estigma segundo
diagnóstico psiquiátricos, com destaque
para a esquizofrenia; (3) caracterização do
estigma
por
diferentes
públicos,
principalmente população geral e
profissionais da saúde; e eficácia de
diferentes
modelos
de
intervenções/campanhas
antiestigma.
Conclusão: Conclui-se que a falta de
conhecimento reforça os estereótipos em
torno de pessoas com transtornos
psiquiátricos. Concepções estigmatizantes
trazem sofrimento e interferem na
inserção social e recuperação dessas
pessoas. Sugerimos que novos estudos
abordem as diversas variáveis relacionadas
ao estigma na doença mental e se
estendam para a investigação de
campanhas antiestigma que viabilizem
políticas públicas nesse campo.
Palavra-chave: Estigma e Transtornos
Psiquiátricos;
Revisão
Integrativa;
População Brasileira.
P.17
O
ATENDIMENTO
EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE
EDUCAÇÃO INFANTIL EM SÃO
PAULO
Maria Rachel C. Fernandes de Sá
Orientador: Décio Brunoni
E-mails: maqueldesa@gmail.com
decio.brunoni@mackenzie.br
Introdução: O município de São Paulo
instituiu, em outubro de 2016, a Política
Paulistana de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva, com o
objetivo de assegurar o acesso,
permanência, participação plena e
aprendizagem dos alunos em atendimento
educacional especializado nas unidades
educacionais. Objetivo: Analisar o
atendimento educacional especializado
proposto na Política de Educação Especial
15
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Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
implantada no município em 2016, nas
Escolas Municipais de Educação Infantil
(EMEI), com alunos de 4 e 5 anos.
Método: Transversal de pesquisa com
abordagem qualitativa de caráter
descritivo-analítico. A coleta de dados do
estudo foi dividida em: (a) entrevista
semiestruturada realizada em uma
Diretoria Regional de Educação com dois
coordenadores de um Centro de
Formação e Acompanhamento à Inclusão,
bem como com professora de
atendimento educacional especializado
responsável pela sala de recursos
multifuncionais instalada em uma das
escolas municipais de educação infantil;
(b) questionários online, feitos com
sessenta professores que atuam com
crianças em atendimento educacional
especializado nas escolas municipais de
educação infantil; e (c) identificação da
demanda de alunos público-alvo de
educação especial atendidos nas escolas
municipais de educação infantil de uma
Diretoria Regional de Educação.
Resultados: Na Diretoria Regional de
Educação onde foi feita a análise da
demanda, apesar da nova política de
educação especial disponibilizar três
diferentes modalidades de atendimento
educacional especializado (contraturno,
colaborativo e itinerante), em 97% das
escolas municipais de educação infantil a
modalidade mais praticada é a itinerante,
em que o professor regente da classe
comum realiza o atendimento educacional
especializado. Os questionários online
indicaram que dos professores regentes da
classe comum, 61,02% não tem formação
específica ou continuada em educação
especial e que em 81,36% das escolas não
tem um plano de atendimento educacional
especializado para o aluno em
atendimento.
Nas
entrevistas
semiestruturadas constatou-se, ainda,
grande dificuldade do profissional
responsável pelo atendimento itinerante
nas escolas em atuar de maneira
colaborativa com o professor de sala
regular, auxiliando-o a desenvolver
estratégias e recursos pedagógicos.
Conclusão: Foi possível identificar que
2017 foi um ano de transição, contudo, tal
período de adaptação não influencia em
todos os aspectos da Política de Educação
Especial, a qual demanda uma efetiva
reestruturação no sistema atual para que
possa representar, de fato, um avanço na
Educação Inclusiva nas escolas municipais
de educação infantil de São Paulo.
Palavras-chaves: Educação Infantil;
Atendimento Educacional Especializado;
Educação Especial.
P.18 NÍVEIS DE CORTISOL EM
MÃES DE INDIVÍDUOS COM
TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA
Aline Helen Corrêa Garcia
Orientador: Décio Brunoni
E-mails: alinebiol@gmail.com
debruno46@gmail.com
Introdução: O Transtorno do Espectro
Autista (TEA), é um transtorno do
desenvolvimento para o qual os fatores
causais podem ser múltiplos, e exibem
uma combinação de sintomas que estão
delineados no DSM-5, onde o TEA é um
único
transtorno,
tendo
como
característica diagnóstica as deficiências
sociais e de comunicação e os interesses
restritos associados aos comportamentos
repetitivos. Diversos estudos têm
encontrado uma associação entre o TEA e
fatores ambientais perinatais. Em todos há
uma concordância de que o estresse é um
fator ligado ao autismo tendo efeitos
significativos sobre o eixo HipófiseHipotálamo-Adrenal (HHA) e a síntese de
cortisol, cujo o mecanismo mediaria as
alterações
cerebrais
possivelmente
implicadas na patogênese do TEA,
levando a hipótese de hipersecreção de
cortisol nas mães de indivíduos com TEA.
16
Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
Objetivo: Comparar as dosagens de
cortisol em mães de indivíduos com TEA
e mães controles. Método: Estudo casocontrole com amostra de conveniência,
composto de mães de crianças com TEA
(casos) e mães de crianças sem diagnóstico
de TEA (controles). Todas com filhos
matriculados na rede municipal de ensino
de Embu das Artes – SP. Participaram 22
mães de indivíduos com diagnóstico
confirmado de TEA com idades
cronológicas entre 28 e 48 anos e idade
média 37,4 anos (DP = 6,0), e 20 mães de
indivíduos sem diagnóstico de TEA com
idades cronológicas entre 21 e 47 anos e
idade média 35,05 anos (DP=7,6). O
estrato socioeconômico de casos e
controles, segundo a ABEP foi o C1.
Foram coletadas amostras de salivas de
mães casos e controles, para análise das
variações dos níveis de cortisol, antes,
durante e após essas serem submetidas a
uma tarefa de estresse psicológico.
Resultados: Não houve diferença
estatística entre as idades das mães casos e
controles (t =1,394; p=0,26), nem em
relação ao estrato sócio econômico. As
médias dos níveis de Cortisol salivar basal
em nanogramas/ml nas mães casos foi
18,72 e 25,10 nas mães controles (p˂0,05);
durante a tarefa de estresse as médias de
cortisol salivar foi de13,18 nos casos e
19,95 nos controles (p˂0,05) e após tarefa
de estresse o cortisol médio foi de 19,00
nos casos e de 26,75 nos controles
(p˂0,05), sendo a relação estatisticamente
significativa
nas
três
dosagens.
Conclusão: As médias das 3 dosagens de
cortisol foram significantemente maiores
nos controles, levando a hipótese de que,
além das condições socioeconômicas
desfavoráveis, as mães casos tem que lidar,
com as dificuldades de cuidar de uma
criança
com
transtorno
do
desenvolvimento,
prejudicando
o
funcionamento do eixo HHA, levando a
diminuição e não ao aumento dos níveis
de cortisol. Contudo há a necessidade do
controle de outras variáveis, e um número
amostral maior para validação dos dados.
Palavras-chave: Autismo; Cortisol;
Estresse.
P.19 VALIDAÇÃO DO PROGRAMA
DE
ALFABETIZAÇÃO
E
RACIOCÍNIO
(PAR)
COMO
INTERVENÇÃO
EM
HABILIDADES
PARA
ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS
COM TEA E TDAH
Leilany Barcellos da Rocha;
Orientador: Luiz Renato Rodrigues
Carreiro
E-mail: leilany.rocha@gmail.com
renato.carreiro@gmail.com
Introdução:
O
Programa
de
Alfabetização e Raciocínio (PAR) é um
programa de intervenção em habilidades
cognitivas para o desenvolvimento de
crianças com queixas de dificuldades de
aprendizagem. Sendo assim, visto que
crianças com diagnósticos de Transtorno
Específico de Aprendizagem (TEAp) e
Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH) geralmente
apresentam defasagem escolar e atraso na
aquisição de leitura, escrita e matemática,
demonstrando baixo desempenho em
atividades que requerem consciência
fonológica,
registro
ortográfico,
processamento numérico e cálculo, uma
intervenção como estímulo dessas funções
se
mostra
fundamental
no
desenvolvimento
da
aprendizagem,
principalmente na fase de alfabetização,
visando a funcionalidade do indivíduo e
seu progresso acadêmico. Objetivo
Geral: Este estudo visa validar o PAR
como instrumento de intervenção em
habilidades para aquisição de leitura,
escrita e matemática em crianças com
diagnósticos de TEAp e TDAH do ensino
fundamental. Método: A pesquisa será
dividida em duas fases. Primeiramente
17
Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
será feita uma seleção de jogos
objetivando o estímulo das habilidades
mencionadas e submetida a avaliação de
dez juízes. Os jogos serão agrupados por
tipos de funções em que atuam,
considerando as adaptações propostas
pelo Programa. Ao final desta fase serão
incorporados os jogos que obtiverem 70%
de concordância ao programa de
intervenção do PAR, considerando que
cada sessão terá o tempo previsto de 50
minutos, sendo 45 dedicados aos jogos
(tendo por referência o tempo médio de
cada partida) e os 5 finais destinados à
reflexão dos participantes a respeito da
atividade realizada. Na fase 2 do estudo
será realizada uma pré testagem, seguida
da
intervenção
utilizando
como
instrumento o PAR e ao final, a mesma
avaliação utilizada no início. Participarão
do estudo 60 crianças com idade entre 8 e
11 anos do ensino fundamental que
apresentam diagnósticos dos referidos
transtornos. Os participantes serão
agrupados por diagnóstico e cada grupo,
pareado por idade e sexo. Os instrumentos
a serem utilizados para avaliação dos
participantes serão: o Inventário de
Comportamentos para Crianças e
Adolescentes entre 6 e 18 anos (CBCL/618) aplicado aos responsáveis pelas
crianças,
o
Inventário
de
Comportamentos para Crianças e
Adolescentes entre 06 e 18 anos (TRF/618) aplicado aos educadores e o Inventário
de Funções Executivas e Regulação
Infantil (IFERI) aplicado a todos os
respondentes. Com as crianças serão
aplicados os testes: Prova Aritmética (PA),
Prova de Consciência Sintática (PCS) e
Prova de Escrita sob Ditado (PED versão reduzida)
Análise dos
Resultados: Os resultados encontrados
serão descritos de modo a verificarmos os
efeitos da intervenção do PAR nas
habilidades de leitura, escrita e matemática
das crianças, comparando resultados pré e
pós teste, por meio de análise quantitativa
e qualitativa das informações trazidas
pelos que atuam com as mesmas e dos
boletins escolares.
Palavras
chave:
Alfabetização; Jogos.
Aprendizagem;
P.20
IMPORTÂNCIA
DA
INTENCIONALIDADE
NO
TRABALHO DOCENTE PARA O
DESENVOLVIMENTO
DE
FUNÇÕES
EXECUTIVAS
EM
ALUNOS
DO
ENSINO
FUNDAMENTAL I
Ana Paula Soares de Campos
Orientador: Luiz Renato Rodrigues
Carreiro
E-mails: anapaulasdec@gmail.com
renato.carreiro@gmail.com
Introdução: Nos dias de hoje o professor
se depara com inúmeras perguntas
referentes a forma de agir e conduzir o seu
trabalho perante aos alunos com
desenvolvimento típicos e atípicos. Muitas
das suas dúvidas podem ser respondidas
através do conhecimento e do
desenvolvimento das Funções Executivas.
As FE também conhecidas como controle
cognitivo ou controle executivo, são
conjuntos de habilidades que, associadas,
permitem à pessoa encaminhar ações
adequadas frente às situações que vivencia.
Estas funções oportunizam ao indivíduo
alternativas frente ao meio em que vive,
conseguindo
direcionar,
organizar,
regular, gerenciar, e assim fazer ações
simples, mas indispensáveis no seu dia a
dia. Objetivo: Pensando a partir desta
condição, tendo em vista que como parte
do neurodesenvolvimento dos indivíduos,
como inúmeras pesquisas que apresentam
evidências científicas de que a fase escolar
é
um
período
crucial
para
desenvolvimento destas habilidades, a
presente pesquisa planejada com o
18
Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
objetivo de realizar uma formação com
um grupo de professores do Ensino
Fundamental I ( 6 profissionais) de uma
escola particular de Barueri (SP) com o
foco em funções executivas para que
conseguissem, no seu trabalho diário,
perceber
a
necessidade
da
intencionalidade nas ações frente aos
conteúdos e atividades ensinadas para os
seus alunos, e assim promover habilidades
de FE. Método: Foi feita uma sondagem
incialmente para verificar o que os
professores sabiam sobre o constructo de
FE e as suas relações com a aprendizagem.
No segundo momento foi feita uma
formação para que os professores
aprendessem conceitos e as ações
possíveis
para
que
houvesse
intencionalidade para o desenvolvimento
das FE na sua prática docente. Numa
terceira etapa foram avaliados novamente
para verificar se realmente tinham
compreendido sobre os conceitos e
poderiam,
com
isso
desenvolver
atividades
para
intencionalmente
desenvolver habilidades de FE nas suas
ações diárias. Após estas fases, os
professores foram acompanhados pela
pesquisadora para que relatassem se nas
suas práticas, com os seus alunos, havia
intencionalidade nas suas ações para o
estímulo das FE. Resultado: Foi possível
perceber através dos relatos dos
professores que a partir do momento que
faziam suas propostas de atividades,
planejamento das suas disciplinas
passaram a pensar em criar estratégias que
estimulassem as FE de modo mais
explícito, e nas suas práticas também
passaram a ter intencionalidade para
desenvolver
estas
habilidades.
Conclusão: O feedback dos professores
sobre as mudanças em suas ações foi
positivo, porque conseguiram resultados
satisfatórios tanto com os alunos com
dificuldades quanto com transtornos do
desenvolvimento tendo melhora no
âmbito do desempenho acadêmico e
social.
Palavras-chave:
Formação
de
Professores;
Ensino
Fundamental;
Funções Executivas.
P.21 AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA
INTERVENÇÃO CLÍNICA COM
LEGO®
EDUCATION
NAS
HABILIDADES
DE
COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO
EM CRIANÇAS COM TEA
Luciana Oliveira De Angelis
Orientadora: Cibelle Albuquerque de La
Higuera Amato
E-mails: luangelis@gmail.com
cibelle@amato.com.br
Introdução: Uma das características mais
predominantes do TEA está nas
dificuldades em interações sociais, que
envolvem, iniciar ou responder durante
uma conversa, compartilhar atenção e
sustentar interações com outros (LE
GOOF, 2004). Um tipo de atividade que
tem sido estudado e pode servir como um
meio para promover melhorias nestes
quadros é o LEGO®. Sua utilização como
recurso terapêutico foi originalmente
projetada por LeGoff e avaliada em um
estudo que verificou as habilidades sociais
de
crianças
com
autismo
(LEGOFF,2004). Estudos subsequentes
apontam esta terapia como uma
possibilidade de intervenção para o
desenvolvimento das habilidades sociais e
linguagem em crianças com TEA,
melhorando suas condições adaptativas.
Le Goof afirma que pela natureza
altamente estruturada, sistemática e
previsível, o LEGO® se torna atraente
para estas crianças que são muito
propensas à tarefas sistematizadas e
repetitivas. Nesse sentido o uso do jogo
estruturado pode ser um recurso para o
desenvolvimento da linguagem e
competências sociais em TEA. Objetivo:
Avaliar os efeitos da intervenção clínica
com LEGO® na linguagem e interação
19
Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
social de crianças com TEA. Método: O
estudo de caráter exploratório e descritivo,
envolve a avaliação e intervenção junto à
população alvo utilizando os kits LEGO®
Education, para melhorar a comunicação
funcional e a interação social durante as
sessões de atividades lúdicas realizadas em
contexto clínico. As crianças com
diagnóstico de TEA passarão por
avaliação da linguagem funcional aplicada
por meio do teste ABFW, serão aplicadas
medida de severidade e de inteligência As
terapeutas que participarão da intervenção
são Fonoaudiólogas do Prog. de PósGraduação em Ciências da Reabilitação da
FMUSP. A intervenção será avaliada por
meio do modelo de reversão AB, com
análise pré e pós-intervenção. Participarão
do estudo 30 crianças, entre 4 e 12 anos,
com prejuízos na habilidade de
comunicação, integrantes do programa de
intervenção
do
Laboratório
de
Investigação
Fonoaudiológica
nos
Distúrbios do Espectro do Autismo da
FMUSP. Principais resultados: É
esperado que os dados obtidos com o uso
do LEGO® Education em contexto
terapêutico confirmem a efetividade do
instrumento como meio para ampliar as
possibilidades de comunicação e
socialização de crianças com diagnostico
de TEA, sendo possível verificar quais
foram os contextos mais favoráveis além
da possibilidade de relacionar o uso do
instrumento com a severidade do quadro
apresentado. Os interlocutores também
serão considerados na análise dos
resultados por serem profissionais
qualificados. Conclusão: A terapeutas
utilizando o LEGO®, pode ser uma
alternativa de intervenção para TEA.
Palavra-chave : Intervenção; TEA;
LEGO® Education
________________________________
P.22
CORRELAÇÃO
DE
DIFERENTES INSTRUMENTOS
DE RELATO: A PERCEPÇÃO DE
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO
FÍSICA, DE SALA E PAIS SOBRE OS
COMPORTAMENTOS
DE
CRIANÇAS DO 1º E 2º ANOS DO
ENSINO FUNDAMENTAL
Fernanda Garcia, RonêPaiano
Orientador: Luiz Renato Rodrigues
Carreiro
E-mails: fernanda.garcia@mackenzie.br
rone.pefe@gmail.com
renato.carreiro@gmail.com
Introdução: Para a emissão de um
diagnóstico correto é importante que o
processo de avaliação se utilize de
múltiplos informantes que convivem com
a criança em diferentes ambientes. Este
trabalho utilizou, além de pais e
professores,
a
observação
de
comportamentos das crianças feito pelo
professor de educação física, algo pouco
explorado em função da carência de
instrumentos. Objetivo: Verificar a
correlação
entre
instrumentos
preenchidos por pais e professores quanto
aos comportamentos observados das
crianças. Método: Participaram 79
crianças de 6 a 8 anos, de duas escolas
(particular e pública) da cidade de São
Paulo; seus pais, professores de educação
física e de sala de aula. O instrumento
preenchido pelo professor de educação
física foi o Motor Behavior Checklist para
crianças (MBC) que é um inventário que
leva em consideração a observação da
criança em uma situação de brincar
livremente ou na aula de educação física.
O MBC para crianças consiste em 59
comportamentos motores separados em
sete subescalas, das quais utilizamos
quatro: Quebrar Regras, Hiperatividade e
Impulsividade, Falta de Atenção e Falta de
Autorregulação. O outro instrumento foi
o Brief Problem Monitor – BPM
preenchido pelos professores e pais aqui
denominados respectivamente BPM-T 19
itens e BPM-P 18 itens , que tem como
finalidade
avaliar
indicadores
de
20
Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
problemas
de
comportamento
internalizantes, indicadores de problemas
comportamento
externalizantes,
e
indicadores de problemas de atenção. Para
a análise de correlação foi utilizado o teste
Spearman.
Resultados:
Foram
encontradas correlações moderadas entre
o prof. de educação física, pais e prof. de
sala nos seguintes itens: a) pontuação total
do MBC com a pontuação total do BPMP (r=0,408) e BPM-T (r=0,583) e com a
pontuação do item atenção do BPM-P
(r=0,460) e BPM-T (r=0,535); b)
pontuação do item hiperatividade do
MBC com a pontuação total do BPM-P
(r=0,409) e BPM-T (r=0,462), com a
pontuação do item atenção do BPM-P
(r=0,418) e BPM-T (r=0,442), com a
pontuação do item comportamento
externalizante do BPM-P (r=0,416) e
BPM-T (r=0,413); c) pontuação do item
interação social do MBC com a pontuação
do item atenção do BPM-P (r=0,455) e
correlação alta com o BPM-T (r=0,615)
além de uma correlação alta com a
pontuação total do BPM-T (r=0,661).
Outras 11 correlações moderadas foram
encontradas entre itens do MBC e do
BPM-T. Conclusão: Estes dados
valorizam a observação do professor de
educação física e reforçam a importância
do MBC como um instrumento de
avaliação comportamental. A maior
quantidade
de
correlações
entre
professores de educação física e
professores de sala pode estar relacionada
às exigências do ambiente escolar, mas
também a comportamentos apenas
manifestados na escola. Todos estes dados
reforçam a importância da observação
criteriosa e de diferentes instrumentos
para a avaliação de comportamentos das
crianças.
Palavras
chave:
Comportamento; Avaliação
Alunos;
P.23
COMPORTAMENTO
ADAPTATIVO EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES
TÍPICOS:
EFEITO
DO
NÍVEL
SOCIOECONÔMICO
Rayra Santos de Souza, Alice Batistuzzo,
Orientadoras: Miriam Ribeiro e Marina
Monzani da Rocha
E-mails: rayrassouza07@gmail.com
alice.batistuzzo@gmail.com
miriam.ribeiro@mackenzie.br
marinamonzani@gmail.com
Introdução: Nos últimos anos, a
compreensão
do
desenvolvimento
humano como resultado da interação
entre o indivíduo e o meio circundante
tornou necessária a investigação do
comportamento adaptativo apresentado
em diferentes circunstâncias físicas e
socioculturais. Isso se dá uma vez que
estes comportamentos, ao possibilitarem
adaptação ao meio, podem contribuir para
uma maior autonomia e participação
efetiva das pessoas na sociedade. Todavia,
a
despeito
da
relevância
do
comportamento adaptativo no processo
de crescimento, ainda há uma carência de
pesquisas que investiguem o que é
esperado quando trabalhamos com
crianças e adolescentes que apresentam
desenvolvimento típico e quais são as
variáveis
que
afetam
esse
desenvolvimento,
considerando
os
cenários distintos dentro dos quais as
crianças e famílias estão inseridas.
Objetivo: À vista disso, pretende-se
analisar o comportamento adaptativo de
crianças
e
adolescentes
com
desenvolvimento típico de diferentes
classes sociais visando investigar se o nível
socioeconômico é uma variável influente
na aquisição dessas habilidades. Método:
Cerca de 100 responsáveis por alunos do
Ensino Fundamental e Médio irão
responder à Escala Vineland de
21
Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
Comportamento Adaptativo (VABS) e um
questionário de dados socioeconômicos.
Os participantes serão distribuídos em
dois grupos: 1) responsáveis por
estudantes de escola pública e 2)
responsáveis por estudantes de escola
privada. A partir dos dados obtidos serão
realizados testes estatísticos inferenciais
para comparar os resultados em termos de
comportamentos
adaptativos
apresentadas pelas crianças e adolescentes
de ambos os grupos, considerando o tipo
de escola e o nível socioeconômico como
variável independente. Resultados: Com
base na literatura, é esperado encontrar
diferenças nos dois grupos, visto que,
apesar de ambos demonstrarem um
comportamento adaptativo condizente
com a idade, apresentarão prejuízos e
aptidões em habilidades distintas, uma vez
que o comportamento do indivíduo se dá
na relação com o ambiente que o cerca.
Palavras-chave:
comportamento
adaptativo, desenvolvimento, contexto
socioeconômico.
P.24 ASSOCIAÇÃO ENTRE MEDOS
E
PROBLEMAS
EMOCIONAIS/COMPORTAMENT
AIS NA PRIMEIRA INFÂNCIA
Lívia Branco Campos
Orientadora: Marina Monzani da Rocha
E-mails: liviabranco5@gmail.com
marinamonzani@gmail.com
Introdução: Apesar dos medos serem
esperados ao longo do desenvolvimento,
eles podem se tornar um problema caso
sejam recorrentes e/ou excessivos, sendo
uma das causas mais comuns de procura
por atendimento médico na infância. De
fato, os medos podem causar
perturbações significativas para uma
minoria significativa de crianças. A
literatura sobre o tema aponta para
correlações significativas entre medos e
problemas somáticos, e associação com a
ansiedade infantil, sendo que 23% das
crianças de uma amostra escolar
apresentavam medos com intensidade
equivalente a diagnósticos de ansiedade.
Os estudos também encontraram
correlações positivas entre medos e a
pontuação
da
subescala
de
ansiedade/depressão do Child Behavior
Checklist (CBCL), bem como das
subescalas reatividade emocional e
problemas internalizantes. Objetivo: O
presente estudo tem como principal
objetivo avaliar a correlação entre os
medos
infantis
e
problemas
emocionais/comportamentais presentes
no repertório da criança pré-escolar
relatados pelo cuidador principal e pelo
professor. Método: A amostra será
composta por 150 mães e 150 professores
de crianças com idade entre 18 e 60 meses,
matriculados em creches e escolas de
ensino infantil do estado de São Paulo.
Serão
utilizados
os
seguintes
instrumentos: Investigação de Medos para
Crianças Pequenas e Pré-escolares
(FSSIP); Inventário dos Comportamentos
de Crianças entre 1,5 e 5 anos (CBCL-1,55); Inventário dos Comportamentos de
Crianças entre 1,5 e 5 anos – Relatório
para Professores(C-TRF) e uma ficha de
identificação com o objetivo de traçar o
perfil sociodemográfico dos participantes.
Os questionários CBCL e C-TRF serão
analisados com uso do software ADM,
elaborado especificamente para essa
tarefa. As analises estatísticas inferenciais
serão realizadas utilizando o programa
Statistical Package for Social Sciences
(SPSS 19.0), com p <0,05 como nível de
significância. Resultados: Espera-se
encontrar uma associação entre os
problemas
de
comportamento/emocionais e os medos
apresentados na primeira infância,
especialmente problemas relacionados à
ansiedade infantil.
22
Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
Palavras Chave: Medos; Problemas
Comportamentais; Primeira Infância.
P.25 CONCEPÇÕES ACERCA DO
PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM
EM
ALFABETIZAÇÃO DE ALUNOS
EGRESSANTES DOS CURSOS DE
PEDAGOGIA DA CIDADE DE SÃO
PAULO
Arlete Mesquita Marques Castilho
Orientadora: Cibelle A. de La Higuera
Amato
E-mails:
amesquitamarques@gmail.com
cibelleamato@gmail.com
Introdução: Tendo em vista a atual
situação da educação brasileira e o
grande índice de taxa de analfabetismo
dos últimos anos, surgiu a necessidade
de um olhar diferenciado para os cursos
de formação inicial dos professores
alfabetizadores, através do enfoque nos
cursos de Pedagogia, que são a base
para o direcionamento do professor
como prática docente. Embora
sabemos que a Pedagogia não é o único
meio e fonte de formação docente é
necessário que os docentes recémformados tenham em sua base docente
os conhecimentos necessários para
ministrarem
qualquer
tipo
de
intervenção
pedagógica
e
principalmente nas séries iniciais da
Educação Básica no momento de
alfabetização. Objetivo Geral: Analisar
os cursos de formação inicial dos
docentes para identificar o nível do
conhecimento sobre os métodos de
alfabetização em alunos que recebem a
formação de Pedagogia. Objetivos
Específicos:
Compreender
nas
matrizes curriculares dos cursos de
Pedagogia, quais são as disciplinas que
os estudos estão voltados para a área de
alfabetização; analisar os planos de
ensino da disciplina voltada para
alfabetização, considerando a ementa e
bibliografia recomendada; caracterizar
o histórico estudantil e perfil dos alunos
que fazem parte dos cursos de
Pedagogia; avaliar o que os alunos do
último semestre do curso de Pedagogia
aprenderam em função das disciplinas
de alfabetização. Método: Será
realizado um estudo descritivo afim de
caracterizar os cursos de formação
inicial de professores, através de uma
busca na base de dados do portal do
Ministério da Educação de todos os
cursos presenciais de Pedagogia que
foram autorizados pelos MEC
(Ministério da Educação) por meio do
Inep. Em seguida será feita uma busca
nos sites de cada Instituição que
ministra Pedagogia afim de analisar
quais as disciplinas voltadas para a área
de alfabetização e seus respectivos
planos de aula e ementas. Em seguida
será realizado um questionário para
caracterizar os alunos que estarão no
último ano de Pedagogia com os itens
gênero, idade, o grau de escolaridade
por meio do questionário sóciodemográfico.
Através
de
um
questionário os alunos egressantes dos
cursos de pedagogia serão avaliados de
acordo com o que aprenderam em
função das disciplinas ministradas em
relação à alfabetização. Resultados: A
pesquisa iniciará no primeiro semestre
de 2019 e os resultados desta serão
avaliados e correlacionados a partir do
sistema SPSS e com as novas pesquisas
da neuropsicolinguística. Conclusão:
Como o estudo será descritivo
analisaremos as diferentes respostas e
visões acerca da alfabetização dos
alunos que estão saindo dos cursos de
Pedagogia,
principal
fonte
de
conhecimento para formação de
professores alfabetizadores.
23
Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
Palavras chave: Formação docente;
Alfabetização; Avaliação.
P.26
EFEITOS
DO
ENRIQUECIMENTO
AMBIENTAL
NA
NEUROPLASTICIDADE
E
FUNÇÕES
COGNITIVAS
NA
PROLE DE RATOS NASCIDOS DE
MÃES COM HIPOTIREOIDISMO
GESTACIONAL
CLÍNICO
E
SUBCLÍNICO
Alice Batistuzzo
Orientadora: Miriam Oliveira Ribeiro
E-mails: alice.batistuzzo@gmail.com
miriam.ribeiro@mackenzie.br
Introdução: Durante os primeiros
estágios do desenvolvimento embrionário
o feto depende exclusivamente do T4
materno, expressando receptores para o
hormônio tireoidiano antes mesmo da
formação da sua tireoide. Alterações na
disponibilidade do T4 materno podem
levar a alterações no desenvolvimento do
SNC do feto, com consequências para seu
desenvolvimento
cognitivo.
O
Enriquecimento Ambiental (EA) consiste
em uma série de manipulações no
ambiente que visam estimular e desafiar
positivamente o animal. Diversos estudos
demonstram que o EA induz alterações no
SNC que contribuem para melhora em
tarefas que envolvem memória, atenção e
aprendizagem. Assim, nós hipotetizamos
que o EA poderia melhorar a capacidade
cognitiva da prole de ratos nascidos de
mães com hipotireoidismo clínico e
subclínico. Objetivo: Avaliar os efeitos
sobre a função cognitiva do EAl
administrado tanto na infância quanto na
fase adulta em ratos nascidos de mães com
hipotireoidismo.
Método:
Serão
utilizados ratos Wistar machos e fêmeas de
8 semanas de idade, mantidos em gabinete
ventilado alocados no biotério central da
UPM. Os procedimentos já foram
aprovados pelo Comitê de Ética
(CEUA/UPM Nº 164/11/2017). Para
indução do hipotireoidismo gestacional,
ratas
adultas
serão profundamente anestesiadas
e
submetidas à tireoidectomia cirúrgica.
Passadas 4 semanas da cirurgia, metade
das fêmeas serão separadas aleatoriamente
a fim de comporem o grupo subclínico e
receberão T4 via pellet subcutâneo
(1ug/100g de peso corpóreo). Ratas de
mesma
idade
submetidas
à
cirurgia sham e que não
receberão
tratamento algum serão usadas como
controle. Depois de 15 dias, todas as
fêmeas serão colocadas junto a machos
adultos para acasalamento. Para o estudo
com o grupo jovem, os filhotes serão
desmamados com 21 dias e distribuídos
aleatoriamente em 2 grupos: normal
(acondicionados em gaiola convencional)
e experimental. O grupo adulto
permanecerá em gaiola convencional até
os 90 dias, quando serão distribuídos nos
2 grupos. O grupo experimental (jovem e
adulto) será acondicionado em ambiente
enriquecido, sofrendo intervenções de EA
2 vezes por semana ao longo de 8
semanas. Após esse período, sangue será
coletado para análise de TSH e T4 e
daremos
inícios
aos
testes
comportamentais a fim de avaliar
comportamento exploratório, memória de
curto e longo prazo, memória social,
ansiedade e memória visuo-espacial. Após
os testes os animais serão sacrificados e
iremos
avaliar
parâmetros histomorfológicos e de expressão gênica do
hipocampo, amígdala e córtex frontal dos
animais. A significância estatística da
diferença entre os valores médios entre
dois grupos será testada pelo teste de t
de Student.
Nos
experimentos
comparando mais de dois grupos será
utilizada ANOVA de uma via seguida do
pós-teste de Newman-Keuls.
24
Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
Palavras-chave:
Hipotireoidismo Gestacional;
Enriquecimento Ambiental; Cognição.
_______________________________
P.27
ESTUDO
SOBRE
CONCORDÂNCIA
ENTRE
OBSERVADORES NO USO DA
ESCALA ADOS
Victor Santos Namur
Orientadora: Maria Cristina Triguero
Veloz Teixeira
E-mails: vinamur@gmail.com
mctvteixeira@gmail.com
Introdução: o Transtorno do Espectro
Autista (TEA) é um transtorno do
neurodesenvolvimento caracterizado por
alterações persistentes nas habilidades
sócio-emocionais,
de
comunicação,
linguagem e interação social bem como
alterações sensoriais, interesses restritos e
padrões repetitivos de comportamento.
Atualmente sabe-se que a obtenção de
diagnóstico
precoce
impacta
positivamente o prognóstico destes
indivíduos, mas no Brasil ainda existe uma
carência de instrumentos padrão-ouro e de
profissionais capacitados na área.
Objetivo: o estudo teve como objetivo
verificar índices de concordância entre
profissionais da saúde mental e um
examinador-sênior na pontuação dos
módulos 1 e 3 da Autism Diagnostic
Observation Schedule (ADOS), um
instrumento padrão ouro. Para isso, foram
verificados os índices de concordância
entre observadores no uso da ADOS para
diagnóstico de TEA. Método: trata-se de
um estudo transversal, com amostra de
conveniência
formada
por
cinco
profissionais da saúde (02 psicólogos, 01
enfermeiro e 02 fonoaudiólogos, e uma
profissional (Examinador-Sênior), com
capacitação e certificado oficial de
capacitação para uso da ADOS . O
principal instrumento de coleta de dados
foi a ADOS. Em uma primeira fase os
participantes focaram em aspectos
teóricos, de aplicação e pontuação,
predominantemente dos módulos 1 e 3.
Posteriormente assistiram dois vídeos,
uma do módulo 1 e outro do módulo 3.
Após a visualização dos vídeos,
procederam com a pontuação destes para,
finalmente verificar junto à pontuação do
Examinador Sênior, verificar os índices de
confiabilidade entre este e os profissionais.
Resultados: no módulo 1 os resultados
mostraram índices que oscilaram entre
uma concordância excelente (índices =1)
até 0,40 e 0,20 (ambas consideradas
regulares a pobres), em três itens do
domínio que avaliava indicadores de
atenção compartilhada e integração social.
Já nos domínios totais do módulo 1 os
índices foram considerados excelentes a
bons (oscilaram em todos os domínios
entre 0,62 a 0,75. No módulo 3 os
resultados mostraram índices melhores
que no módulo 1, oscilando entre uma
concordância excelente (índices =1) até
0,80 e 0,60, ambas consideradas adequadas
a boas. Nos domínios totais do módulo 3
os índices foram considerados excelentes
a bons (oscilaram em todos os domínios
entre 0,57 a 0,90. Conclusão: O estudo
constitui um piloto para avaliar a
efetividade da capacitação em ADOS.
Embora seja uma amostra restrita, os
resultados revelam que a equipe de
profissionais apresentou indicadores de
capacitação na pontuação do instrumento.
O trabalho consiste numa primeira etapa
de qualificação para a implementação da
ADOS em futuras avaliações para
definição diagnóstica de casos suspeitos de
TEA.
Palavras-chave: Transtorno do Espectro
Autista; Capacitação; ADOS.
P.28 A MORAL DA LEALDADE E
CUIDADO
–
UM
ESTUDO
TRANSCULTURAL
25
Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
Lucas Murrins Marques, Graziela Bonato
Vieira, Patrícia Moraes Cabral e Rafaela
Barreto dos Santos
Orientador: Paulo Sérgio Boggio
E-mails: lucasmurrins@gmail.com
grazielabonato7@gmail.com
patriciamcabral@hotmail.com
rafaeelaba@gmail.com
psboggio@gmail.com
Introdução: Muitos estudos apontam que
processos emocionais como a vinculação
afetiva podem influenciar processos de
tomada de decisão e julgamentos. Além
disso, ultimamente diversos estudos têm
demonstrado que julgamentos morais
podem se caracterizar por diferentes
formas de julgamento, respeitando
diferentes fundamentos da moral, como
cuidado, liberdade, lealdade, santidade,
autoridade e justiça. Contudo, nenhum
destes estudos investigou o processo de
julgamento moral, quando este se dá em
relação a indivíduos de conhecida
proximidade afetiva. Objetivo: Este
estudo transcultural tem como objetivo
investigar a relação entre os fundamentos
morais do Cuidado e da Lealdade e os
níveis de vinculação afetiva, e se existem
possíveis variações culturais entre 16
países. Método: Diversas variações de
agentes e vítimas são tratadas
considerando que a identificação do grupo
interferirá
no
julgamento
moral,
considerando que a lealdade às vítimas e
agentes do grupo afetará o julgamento
moral dos participantes. Desta forma, um
total de 12 formulários on-line foi
elaborado, considerando o mínimo de 80
participantes para cada formulário e cada
país (960 participantes em um projeto
entre
assuntos).
Resultados:
Considerando a recente realização da
coleta, o processo de análise dos dados
ainda não ocorreu, se caracterizando
apenas por análises exploratórias que
apontam uma influência significativa dos
níveis de vinculação afetiva no
abafamento dos julgamentos morais, onde
maiores níveis de vinculação afetiva estão
relacionados a julgamentos morais menos
severos. Conclusão: Caso os resultados
caminhem na mesma direção que as
análises exploratórias, este trabalho
poderá contribuir para uma melhor
compreensão do papel dos níveis de
vinculação afetiva nos padrões de
julgamentos morais dos fundamentos de
Cuidado e Lealdade.
Palavras chaves: Julgamento Moral;
Transcultural; Neurociência Afetiva.
P.29 O EFEITO DA GRATIDÃO NA
REAVALIAÇÃO COGNITIVA
Ana Carolina Alem Giglio, Caroline
Kimie Nakao, Lucas Murrins Marques
Tanja Wingenbach
Orientador: Paulo Sérgio Boggio
E-mails: ana.alem.1@gmail.com
carolnakao@gmail.com
lucasmurrins@gmail.com
tanja.wingenbach@bath.edu
psboggio@gmail.com
Introdução: Uma das emoções que tem
chamado atenção nas pesquisas e
demonstrado consequências cognitivas é a
gratidão, que pode estar associada ao
estabelecimento de vínculos sociais,
aumento do bem-estar e satisfação no
relacionamento.
Apesar
das
consequências cognitivas dessa emoção,
ainda não está claro se a gratidão pode
facilitar o uso eficiente de estratégias de
controle cognitivo das emoções e o
presente trabalho buscou responder esta
pergunta. Objetivo: Investigar se i)
compartilhar
com
outra
pessoa
experiências que trouxeram gratidão e, ii)
apenas escrever sobre tais experiências,
poderiam impactar de maneira distinta as
habilidades de aumentar ou diminuir uma
emoção
utilizando
estratégia
de
reavaliação cognitiva. Método: Setenta e
três participantes foram divididos em três
26
Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
grupos: grupo1 - escreveu e compartilhou
experiências de gratidão; grupo2 - apenas
escreveu sobre experiências de gratidão e;
grupo3 - compartilhou experiências sem
conteúdo emocional. Os três tipos de
intervenção duraram quatro semanas. Para
avaliar a habilidade de reavaliação
cognitiva foi realizado um teste de
julgamento de imagens emocionais, no
qual os participantes precisaram usar as
estratégias de aumento de emoção
positiva, diminuição de emoção negativa
ou manutenção da emoção. Foram
realizadas medidas comportamentais
(valência
e
intensidade,
afetos
positivos/negativos
e
gratidão).
Resultados: Os resultados principais
mostraram que os dois grupos
experimentais obtiveram: i) aumento do
escore no questionário de gratidão após a
intervenção, ii) uso mais eficiente das
estratégias de reavaliação cognitiva na
escala de valência. Tais resultados podem
indicar que tanto o compartilhamento
quanto o simples direcionamento de
atenção para situações específicas que
tenham gerado gratidão são capazes de
favorecer o aumento da percepção geral
de gratidão do indivíduo sobre sua própria
vida e melhorar a eficiência de estratégias
de controle cognitivo de emoções
positivas e negativas. Além disso, o grupo
que compartilhou experiências de gratidão
aumentou o nível de afetos positivos,
enquanto o grupo que apenas relatou,
manteve-o; e o grupo controle diminuiu o
nível de afetos positivos. Conclusão: Tais
dados podem mostrar que gratidão foi um
pano de fundo para a percepção de outros
estímulos
positivos,
mas
o
compartilhamento potencializou este
efeito. Por fim, a análise do conteúdo dos
relatos demonstrou que as palavras que
apareceram mais no mapa semântico dos
grupos experimentais foram palavras com
conteúdo relacional, diferentemente do
grupo controle, indicando que a relação
social pode estar atrelada à gratidão como
uma condição inerente.
Palavras chaves: Gratidão; Regulação
Emocional; Neurociência Afetiva.
P.30 EFEITOS
BÁSICA
DE
JULGAMENTO
REFUGIADOS
DA EMOÇÃO
NOJO
NO
MORAL
A
Lucas Murrins Marques, Graziela Bonato
Vieira
Orientador: Paulo Sérgio Boggio
E-mail: lucasmurrins@gmail.com
grazielabonato7@gmail.com
psboggio@gmail.com
Introdução: O estudo das emoções tem
apresentado um crescimento relevante nos
últimos anos, e, por conseguinte o estudo
das emoções morais. Compreendem-se
emoções por um conjunto de alterações
fisiológicas e/ ou processamento
cognitivo
que
apresentam
como
consequência do estabelecimento e
manutenção da integridade das estruturas
sociais e humanas. Objetivo: Baseado na
literatura já existente na área de processos
emocionais no julgamento moral, o
presente estudo teve por objetivo
investigar a influência da exposição de um
estímulo invocador da emoção de nojo,
através do “Fart Spray”, diante do
julgamento moral em relação ao grupo
social específico de Refugiados. Método:
Foi realizado um experimento com 120
voluntários que foram expostos a estimulo
eliciador de Nojo. Os participantes foram
divididos em três condições diferentes:
odor fortemente negativo (6jatos), odor
levemente negativo (4jatos) e odor neutro
(0jatos). Simultaneamente a exposição
experimental, os participantes realizaram
tarefa de julgamento moral. Resultados:
Os resultados demonstram: i) diferenças
nos
julgamentos
de
refugiados
comparados a pessoas em geral (maiores
julgamentos
para
refugiados
no
fundamento de Santidade); ii) diferenças
27
Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
no tempo (primeira metade das respostas
e segunda metade) para os julgamentos de
autoridade e santidade, que ficaram mais
elevados com o tempo; iii) os julgamentos
das vinhetas de autoridade e santidade de
refugiados
foram
avaliadas
significativamente mais elevadas (mais
errado) na segunda metade da tarefa
comparadas a primeira metade; iv)
independentemente da ausência de efeito
entre o grupos de cheiro, houve diferenças
no julgamento do quão fedida estava a sala
após o término da tarefa, onde grupos
4jatos e 6jatos avaliaram como
significativamente mais fedido; v)
correlações com as ideologias social e
política, compatíveis com a literatura; vi)
correlações negativas com relação a idade,
apontando relação entre idade e
julgamento de violações para liberdade
(somente vinhetas no geral), santidade
(vinhetas de refugiados e gerais), e cuidado
(somente para refugiados);
v) efeito de sexo no julgamento moral de
violações da autoridade e santidade
(mulheres avaliam como mais errado).
Conclusão:
Os
achados
podem
contribuir para uma melhor compreensão
do efeito da emoção de nojo no
julgamento
moral
em
geral
e
especificamente em relação a grupos
sociais específicos.
Palavras chaves: Julgamento Moral;
Nojo; Modelo de Conteúdo de
Estereótipo.
P.31 EFEITOS DA REGULAÇÃO
EMOCIONAL NO JULGAMENTO
MORAL.
Lucas Murrins Marques, Rafaela Barreto
dos Santos
Orientador: Paulo Sérgio Boggio
E-mail: lucasmurrins@gmail.com
rafaeelaba@gmail.com
psboggio@gmail.com
Introdução: O estudo das emoções tem
apresentado crescimento relevante nos
últimos anos. Emoções morais estão
localizadas em uma das categorias de
emoção e compreende-se por um
conjunto de alterações fisiológicas,
comportamentais inseridas em um
processamento cognitivo ligado a questão
da moralidade, essas emoções apresentam
como consequência o estabelecimento e
manutenção da integridade das estruturas
sociais humanas. Em contrapartida, a
regulação
emocional
trata-se
da
capacidade de modificação dos rótulos
cognitivos, como em julgamentos morais.
Objetivo: Dessa forma, baseado na
literatura já existente na área de
processos emocionais no julgamento
moral, o presente estudo teve por objetivo
investigar a influência de diferentes tipos
de estratégias de regulação emocional
diante do julgamento moral. Método:
Sendo assim, a fim de chegar a esse
objetivo foi realizado um experimento que
utilizou 120 voluntários os quais
participaram de um único encontro no
qual envolvia a realização de todas as
estratégias propostas, sendo elas:
Distração, Reavaliação cognitiva de
aumento e de diminuição. Assim, a tarefa
experimental baseou-se na observação,
seguida de avaliação, de imagens de
conhecida valência negativa e intensidade
variada, ao longo desta tarefa a fim de
obter medidas fisiológicas intrínsecas ao
processamento
emocional,
foram
posicionados eletrodos para o registro da
atividade eletrocardiográfica (ECG), bem
como foi coletada a atividade
eletromiografia (EMG) do músculo
levantador, medida que permite obter a
modulação da ativação facial em resposta
a sentimentos como o de “repulsa” e
“nojo”. Além disso, os participantes foram
avaliados de acordo com os níveis entre
conservador e liberal, por meio da
aplicação da Escala de Perfil Moral.
Resultados: Dessa forma os resultados
obtidos demostram estar articulados com
28
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Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
estudos recentes, na medida em que
apontam que a estratégia de diminuição
apresentou significativo impacto na
regulação emocional de imagens imorais
quando comparado as demais estratégias.
Conclusão: O presente trabalho
demonstra o efeito de diferentes
estratégias de regulação emocional no
julgamento de imagens com violação, em
relação a medidas deliberadas e
psicofisiológicas, fazendo com que se
torne contribua para o enriquecimento
teórico a respeito do julgamento moral e
da sua relação com o processamento
emocional.
Palavras chaves: Regulação Emocional;
Julgamento Moral; Psicofisiologia.
P.32
ENTENDENDO
A
REGULAÇÃO EMOCIONAL COM
A PSICOFISIOLOGIA
Lucas Murrins Marques, Camila Paulino
Rodrigues Alves Teixeira Valim, Caroline
Kimie Nakao, Letícia Yumi Nakao
Morello, Patrícia Moraes Cabral
Orientador: Paulo Sérgio Boggio
E-mails: lucasmurrins@gmail.com
prateixeira.camila@gmail.com
carolnakao@gmail.com
yumile.morello@gmail.com
patriciamcabral@hotmail.com
psboggio@gmail.com
Introdução: O estudo das estratégias de
regulação emocional tem ganhado
popularidade ao longo das últimas
décadas. As pesquisas nesse campo
envolvem diversos aspectos, dentre eles: a
diferenciação entre as diversas estratégias,
o contexto em que cada uma é mais
utilizada. Objetivo: Revisar a literatura a
respeito dos efeitos das diferentes
estratégias de regulação emocional
(Distração, Supressão e Reavaliação) sobre
diversos
índices
psicofisiológicos:
intervalo entre batidas, frequência
cardíaca, nível de condutância da pele,
eletromiografia muscular da face e
medidas de rastreio ocular. Método:
Apesar de não se caracterizar como uma
revisão sistemática, a escolha dos
trabalhos aqui incluídos não foi aleatória.
Inicialmente utilizou-se da base de dados
SCOPUS para o acesso aos trabalhos. Em
seguida, foram utilizados os descritores
“Emotion Regulation” para o tópico de
estudo e os descritores “ECG”, “EDA”,
“EMG” e “eye-tracking” para as diferentes
medidas psicofisiológicas. Resultados: A
partir destas buscas optou-se por incluir na
discussão do presente trabalho apenas: i)
artigos publicados após o ano de 1990; ii)
artigos experimentais; iii) artigos que
investigaram uma das três principais
estratégias de regulação emocional
(Distração, Supressão e Reavaliação). Esta
busca
resultou
em
66
artigos
experimentais onde se destacam achados
relativos ao impacto do uso de ao menos
uma das estratégias de regulação
emocional, e em pelo menos uma das
medidas psicofisiológicas. Para além dos
dados específicos de cada trabalho, é
possível observar um efeito de aumento
do
recrutamento
simpático
em
decorrência do aumento da demanda
cognitiva proveniente do uso de
estratégias de regulação emocional.
Conclusão: Desta forma, esta revisão
possibilita uma melhor compreensão do
tópico aqui abordado, tanto por
interessados do campo da psicologia
clínica
quanto
do
campo
da
Psicofisiologia.
Palavras chaves: Regulação Emocional;
Psicofisiologia; Neurociência Afetiva.
P.33 CORES MORIAS: VALIDAÇÃO
DE IMAGENS DE MORADORES
DE RUA E ESTUDANTES
Ruth Izabel Vasconcelos Lyra Romero
Espinosa, Lucas Murrins Marques
29
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Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
Orientador: Paulo Sérgio Boggio
E-mails: ruthlyraespinosa@hotmail.com
lucasmurrins@gmail.com
psboggio@gmail.com
Introdução: Quando nos deparamos com
uma pessoa desconhecida diversos
aspectos são analisados, sendo dois deles,
afinidade e competência, centrais. O
primeiro aspecto, afinidade diz respeito às
intenções daquele indivíduo, se elas são
boas, confiabilidade, sinceridade e
tolerância.
O
segundo
aspecto,
competência, indica qual a capacidade que
o indivíduo tem de executar essas
intenções, sua segurança, competitividade
e inteligência. Dessa maneira, grupos
dominantes são avaliados com alta
afinidade e competência, enquanto grupos
como moradores de rua são avaliados com
baixa afinidade e competência, sendo
também desumanizados. O fenômeno da
desumanização pode ser compreendido
como a negação de qualquer característica
humana ao outro grupo, colocando-o a
parte da sociedade e das regras morais que
regem os comportamentos desta. A
formação destes grupos em que indivíduos
pertencem ou não a eles é baseada em
estereótipos que podem estar associados a
preconceitos
e
promover
a
desumanização. Para estudar estes
fenômenos tipicamente são utilizados
vídeos e fotografias. Sabemos que
diversos fatores são analisados, quando
uma imagem é apresenta, avalia-se o que
está sendo representado, seu foco a
qualidade da imagem se ela e colorida,
preto e branca (P&B) entre outros. Muitos
dos efeitos dessas variáveis já são
conhecidos, por exemplo em relação a
emoções sabemos que ao representarmos
uma situação emocional em uma imagem
colorida ela é avaliada com maior
intensidade do que quando representada
em P&B. Objetivo: Diante disso o
presente estudo buscou avaliar se a
representação estudantes e moradores de
rua em imagens coloridas e P&B seria um
fator que distinguiria os dois grupos em
relação ao julgamento de afinidade e
competência. Método: O estudo foi
conduzido
com
158
estudantes
universitários
ou
graduados
que
respondiam a um questionário online em
que haviam apenas duas perguntas
referentes a afinidade e competência.
Foram selecionas 15 fotos de moradores
de rua e foram tiradas 15 fotos de
estudantes equivalentes às dos moradores
de rua, para cada foto foi produzida uma
versão colorida e uma P&B. Em relação a
tarefa forma elaboradas oito versões do
questionário, cada uma delas era composta
por apenas um dos tipos de imagens
(estudantes ou moradores de rua,
coloridas ou P&B). Resultados:
Considerando a recente realização da
coleta, o processo de análise dos dados
ainda não ocorreu, se caracterizando
apenas por análises exploratórias que
apontam uma influência significativa da
cor no julgamento de afinidade e
competência. De qualquer forma estas
análises se encontrarão concluídas até o
prazo de apresentação deste trabalho no
evento em questão. Conclusão: Caso os
resultados caminhem na mesma direção
que as análises exploratórias, este trabalho
poderá contribuir para uma melhor
compreensão
de
aspectos
de
processamento cognitivo básico como a
percepção
de
cor,
para
uma
compreensão/processamento complexo
como a categorização social.
Palavras chaves: Desumanização;
Modelo de Estereótipo e Conteúdo; Cor.
P.34
IDENTIFICAÇÃO
DE
ESPECIFICIDADES NAS QUEIXAS
COMPORTAMENTAIS COMUNS
AOS TRANSTORNO DE DÉFICIT
DE
ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE,
TRANSTORNO DE LEITURA E
ESCRITA
E
DEFICIÊNCIA
30
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Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
INTELECTUAL QUE AUXILIAM
NO
DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL
Regina Luisa de Freitas Marino
Amanda Oliveira
Orientador: Luiz Renato Rodrigues
Carreiro
E-mails: regina.marino@yahoo.com.br
amanda56oliveira@gmail.com
renato.carreiro@gmail.com
Introdução: As queixas mais frequentes
de
crianças
encaminhadas
para
profissionais da área da saúde como o
psicólogo estão relacionadas a um dos
seguintes
problemas:
dificuldades
acadêmicas, prejuízos atencionais ou a
atraso no desenvolvimento. Objetivo:
auxiliar no desenvolvimento dos itens de
um inventário para rastreamento de perfis
compatíveis com Transtorno de Déficit de
Atenção/Hiperatividade
(TDAH),
Transtorno de Leitura e Escrita (TLE) e
Deficiência Intelectual (DI) ao identificar
se existem diferenças nas causas das
queixas comportamentais comuns a esses
transtornos. Método: Foram realizadas
entrevistas
individuais
com
dez
profissionais com experiência na prática
profissional com pelo menos um dos
transtornos estudados e onze pais de
crianças com os referidos transtornos. Os
dados foram submetidos à análise de
conteúdo. Resultados: A análise dos
dados encontrou que os três transtornos
podem apresentar a mesma expressão
comportamental, mas por prejuízos
cognitivos diferentes. Um exemplo é no
que se refere às dificuldades de
relacionamento com os pares: a criança
com DI tende a ter interesses mais
infantilizados por conta do rebaixamento
cognitivo, o que a faz se relacionar melhor
com crianças mais novas que ela. Já
criança com TLE geralmente apresentam
baixa autoconfiança para se relacionar
devido às suas dificuldades de leitura e
escrita. Por fim, a criança com TDAH,
devido ao baixo controle inibitório e pela
desatenção, pode ter comportamentos
impulsivos e inadequados em suas
relações sociais ou pode ter dificuldade
para perceber pistas sociais dos colegas.
Conclusão: O conhecimento gerado por
este estudo possibilitou compreender
melhor o perfil cognitivo de crianças com
TDAH, Dislexia e Deficiência Intelectual,
bem como contribuiu para o diagnóstico
diferencial entre estes transtornos. Além
disso, configurou-se como uma das fontes
de informação para realização de itens do
inventário.
Palavras-chave: Transtorno de déficit de
atenção e hiperatividade; Dislexia;
Deficiência Intelectual.
P.35 DESENVOLVIMENTO DO
JULGAMENTO DE VINHETAS
DOS FUNDAMENTOS MORAIS
Lucas Murrins Marques, Patrícia Moraes
Cabral
Orientador: Paulo Sérgio Boggio
E-mails: lucasmurrins@gmail.com
patriciamcabral@hotmail.com
psboggio@gmail.com
Introdução: O estudo do julgamento
moral
relevante
crescimento,
principalmente com a Teoria dos
Fundamentos Morais que postula que
julgamentos morais podem se caracterizar
por diferentes formas de julgamento,
respeitando diferentes fundamentos da
moral, como cuidado, liberdade, lealdade,
santidade, autoridade e justiça. Apesar dos
estudos já existentes na área de
desenvolvimento emocional e de
julgamento moral, muitas lacunas ainda se
encontram presentes nesta temática de
estudo. Objetivo: Sendo assim, o presente
estudo teve como objetivo geral analisar o
desenvolvimento moral entre as idades de
8 a 18 anos de idade. Método:
Participaram do estudo 323 jovens, onde
31
Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
era requisitado que julgassem 25 vinhetas
dos fundamentos morais com relação ao
nível de violação. Resultados: Os
resultados referentes ao julgamento moral
mostram diferenças em aspectos
específicos quando comparado aos
grupos, considerando o impacto daquele
aspecto moral na vida social dos
indivíduos e não as emoções. Mas quando
comparado aos gêneros houve diferença
nos aspectos individualizantes, cuidado,
justiça e liberdade. Conclusão: O
presente trabalho demonstra o específico
desenvolvimento moral dos diferentes
fundamentos da moral, o que contribui
significativamente para este campo de
estudo, que até o momento não apresenta
achados desenvolvimentais em relação a
Teoria dos Fundamentos Morais.
Palavras chaves: Desenvolvimento
Moral; Teoria dos Fundamentos Morais;
Neurociência Social.
P.36
ASSOCIAÇÃO
ENTRE
PSICOPATOLOGIA
MATERNA,
ESTRUTURA
FAMILIAR
E
PROBLEMAS
COMPORTAMENTAIS/
EMOCIONAIS INFANTIS.
Lygia Milani Marchiori
Orientadora: Marina Monzani da Rocha
E-mails: lygia.marchiori@icloud.com
marinamonzani@gmail.com
Introdução: Vários estudos apontam a
saúde mental materna dentre os fatores de
risco para o desenvolvimento de
problemas emocionais e comportamentais
em crianças. Muitos desses problemas iniciados e estabelecidos na infância permanecem na vida adulta quando
nenhum tratamento é realizado. Além
disso, a depressão materna pode estar
diretamente ligada a interação familiar
pobre e negativa, como conflitos
familiares
recorrentes
e
famílias
monoparentais, ou com ausência do pai,
de maneira que verificar a associação entre
essas variáveis é importante para ampliar o
conhecimento
sobre
problemas
emocionais e comportamentais infantis.
Objetivo geral: Verificar a relação entre
os
problemas
emocionais/comportamentais de crianças
pré-escolares e a presença de sintomas de
depressão ou outras psicopatologias nas
mães, considerando a estrutura familiar
como uma variável moderadora dessa
relação. Método: Os participantes desse
estudo serão mães de crianças préescolares com idades entre 1,5 e 5 anos de
escolas públicas e particulares, localizadas
na grade São Paulo/SP. Estimam-se que
participarão da pesquisa 100 (cem) mães
que, necessariamente, sejam alfabetizadas
e que declarem conviver ao menos duas
horas com seus respectivos filhos
diariamente. Os instrumentos utilizados
para coleta serão: Inventário dos
comportamentos de crianças entre 1.5 e
meio e 5 anos (CBCL/1,5-5), Self-Report
Questionnaire (SRQ) e Questionário de
dados sociodemográficos. Resultados:
Espera-se encontrar correlações positivas
entre as psicopatologias maternas
concomitantes com determinados estilos
parentais e/ou a ausência paternas e os
problemas emocionais e comportamentais
nas crianças
Palavras-chave: Psicopatologia materna;
Estrutura famíliar; Comportamento de
pré-escolares.
P.37
DESEMPENHO
DE
CRIANÇAS COM TRANSTORNOS
DO ESPECTRO AUTISTA EM
TAREFAS DE FUNÇÃO MANUAL,
LINGUAGEM ORAL E ESCRITA
32
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Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
Stefanie Pischel
Orientadora: Cibelle Amato
E-mails: tetipischel@hotmail.com
cibelleamato@gmail.com
Introdução: O Transtorno do Espectro
Autista (TEA) é caraterizado por um
transtorno do neurodesenvolvimento,
associado a alguma condição genética,
fator ambiental ou mesmo uma condição
médica, porém os aspectos referentes ao
desenvolvimento motor e suas possíveis
alterações não são utilizadas como
critérios de diagnóstico. Objetivo: Então,
esse projeto tem como objetivo pesquisar
quais são as características do desempenho
das crianças com TEA em tarefas de
destreza manual e se existe relação entre o
desempenho em tarefas motoras, força de
preensão e a linguagem oral e escrita.
Métodos: Participaram do estudo 20
crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos
de ambos os sexos. Usaremos para
avaliação de força de preensão palmar o
dinamômetro Jamar, o Teste Caixa e
Blocos para desempenho de tarefas
motoras, o Teste de Desempenho Escolar
para linguagem escrita e o teste de
linguagem infantil ABFW para verificação
da linguagem oral.
Palavras- chave: Transtorno do Espectro
Autista, função manual, linguagem.
P.38
DESTREZA
MANUAL,
TAREFA DE ESCRITA E PERFIL
FUNCIONAL DE COMUNICAÇÂO
EM
CRIANÇAS
COM
TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA
Larissa Soares Silva
Orientadora: Cibelle Albuquerque de la
Higuera Amato
E-mails: cibelleamato@gmail.com
silva.larissasoares@gmail.com.
Introdução: O Transtorno do Espectro
Autista (TEA) é um distúrbio do
neurodesenvolvimento caracterizado pelo
prejuízo
persistente
na
comunicação/interação social, e padrões
restritos e repetitivos de comportamento,
interesses ou atividades. Pesquisadores
vêm discutindo a inclusão do prejuízo
motor como critério diagnóstico já que
vários estudos verificaram atraso das
crianças com TEA em relação às crianças
com desenvolvimento motor normal. No
que diz respeito à influência das
habilidades motoras grossa e fina no
desenvolvimento social e de comunicação
há evidência que existe uma relação entre
essas habilidades. Objetivo: Descrever o
desempenho de crianças com TEA em
tarefas de destreza manual, e relacionar
com a escrita e a funcionalidade da
comunicação. Método: O grupo a ser
estudado está em acompanhamento
especializado em uma clínica escola e será
composto por uma amostra de 20 crianças
e adolescentes diagnosticados com TEA,
com idade entre 10 e 14 anos. A avaliação
será dividida em quatro etapas: avaliação
de dominância lateral (Teste de Negrine),
avaliação de destreza manual (Teste de
Função Manual de Jebsen Taylor e Teste
de Destreza Manual Minnesota), avaliação
de escrita (Teste do Desempenho
Escolar), e avaliação do perfil funcional de
linguagem (Teste de Linguagem Infantil
ABFW). Resultados esperados: Esperase comprovar que a motricidade fina e a
linguagem apresentam-se correlacionadas
na população com TEA, dessa forma,
crianças com melhor desempenho em
tarefas motoras, apresentarão melhor
desempenho nas tarefas de linguagem oral
e escrita.
Palavras-chave: transtorno autístico,
motricidade, linguagem infantil.
P.39 ADAPTAÇÃO DE UMA
UNIDADE DIDÁTICA ATRAVÉS
33
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Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
DA APLICAÇÃO DAS DIRETRIZES
DO DESENHO UNIVERSAL PARA
A APRENDIZAGEM
Gláucia Roxo de Pádua Souza Ribeiro,
Orientadoras: Cibelle Albuquerque de la
Higuera Amato e Valéria Farinazzo
Martins
E-mails: cibelleamato@gmail.com
caribeiro1@hotmail.com
Introdução: A Educação Especial é a
modalidade de educação escolar oferecida
para educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação e que
deve acontecer preferencialmente no
ensino regular. Todos os alunos devem
aprender juntos num mesmo espaço,
cabendo a escola considerar as diferenças,
as necessidades e demandas individuais,
suprindo-as
através
de
recursos,
metodologias, conteúdos e materiais para
que os alunos tenham acesso ao currículo
escolar, na idade correta. O Desenho
Universal para Aprendizagem (DUA) é
uma proposta que aponta para os desafios
e tira vantagens das oportunidades
inerentes a grande variabilidade dos
estudantes, oferecendo caminhos para
todos os alunos. Ao ampliar a
possibilidade de participação, interação e
aprendizagem, os alunos adquirirão os
conceitos acadêmicos fundamentais para a
vida social e profissional. A ideia não é
adaptar o currículo, mas apresenta-lo de
forma a atender a todos, a partir do
oferecimento de múltiplos e variadas
formas de organizar e disponibilizar os
conhecimentos científicos. Objetivo:
adaptar o primeiro capítulo de um livro
didático para o primeiro ano do ensino
fundamental, utilizando-se as diretrizes do
DUA para atender os alunos,
transformando-o numa mídia digital.
Método: A pesquisa será prospectiva,
descritiva e exploratória. Será realizada
com alunos do 1º ano do ensino
fundamental de uma escola particular do
munícipio de São Paulo. Na 1ª etapa da
pesquisa, o 1º capítulo de um livro didático
será transformado numa mídia digital e as
diretrizes do DUA serão contempladas, ou
seja, múltiplos meios de apresentação, de
engajamento e de execução. As adaptações
realizadas foram acréscimo de: áudio,
áudio descrição, diversas opções de
respostas, ilustração com exemplos,
glossário, informações que facilitam a
compreensão
do
texto,
correção
automática, acréscimos de links, marcação
de palavras enquanto se ouve o áudio,
gravação da voz do aluno, recursos de
acessibilidade entre outros. Na 2ª etapa da
pesquisa a unidade didática com as
adaptações estará disponível para uso em
TABLET e será testada com os alunos.
Os dados serão coletados através da
gravação das telas com as respostas dos
alunos e terão tratamento estatístico.
Resultados: A pesquisa encontra-se em
andamento. A unidade didática adaptada
com as diretrizes do DUA e transformada
numa mídia digital foi concluída, no
entanto, nem todos os recursos foram
incluídos como áudio juntamente com a
marcação das palavras e gravação da voz
como opção de resposta. O recurso será
testado com os alunos em fevereiro de
2019.
Palavras-chave: desenho universal para a
aprendizagem;
educação
especial;
currículo adaptado
P.40 HÁBITOS DE SONO E DO
COMPORTAMENTO
EM
CRIANÇAS ENTRE 4 E 10 ANOS
COM E SEM TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA
Stephanie Soffiatti Angélico, Ricardo
Henrique Rossetti Quintas, Marília
Rezende Callegari, Carolina Lourenço
Reis Quedas
Orientadora: Silvana Maria Blascovi-Assis
E-mails: stephanie.soffiatti12@gmail.com
34
Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
ricardo.quintas@uol.com.br
marilia.callegari@mackenzie.br
carolinaquedas@gmail.com
silvanablascovi@mackenzie.br
Introdução: O sono é um aspecto
fundamental na vida de todo ser humano,
possuindo função restaurativa biológica na
saúde física, cognitiva e emocional. Logo,
alterações nos hábitos de sono
possivelmente implicarão em mudanças
no comportamento e aprendizagem,
principalmente de crianças em idade
escolar. Objetivo: avaliar os hábitos de
sono em crianças de quatro a dez anos
com Transtorno do Espectro Autista
(Grupo
TEA)
e
com
o
neurodesenvolvimento típico (Grupo
Controle) e descrever as características de
cada grupo e as possíveis correlações entre
alterações do comportamento e os hábitos
do sono. Método: Participaram do estudo
61 crianças divididas nos dois grupos, ou
seja: 48 para GC e 13 para GTEA. A coleta
de dados foi realizada com crianças típicas
pelo método da técnica não probabilística
de bola de neve (Snowball) e para o Grupo
TEA em instituições especializadas
localizadas na região metropolitana de
Campinas e São Paulo que aceitaram
participar da pesquisa. Os dados do estudo
foram registrados a partir das respostas
aos questionários: Ficha de Dados
Sociodemográficos
e
de
Saúde,
Questionário de Hábitos de Sono das
Crianças
(Children's
Sleep
Habits
Questionnaire - CSHQ) e Questionário de
Capacidades e Dificuldades (Strengths and
Difficulties
Questonnaire
–SDQ).
Resultados: Foram encontrados escores
superiores na aplicação do SDQ para
todos os integrantes do GTEA nos
domínios avaliados de problemas no
comportamento
pró-social,
hiperatividade, problemas emocionais, de
conduta e de relacionamento, indicando
que este grupo apresenta maiores
dificuldades comportamentais quando
comparado ao GC. Os hábitos do sono,
no entanto, apresentaram-se alterados
para os dois grupos considerando-se a
nota de corte de 41 pontos para o CSHQ.
Todavia, a estatística descritiva aponta
para escores superiores no GTEA em seis
dos oito domínios, a saber: resistência em
ir para a cama, início do sono, ansiedade
do
sono,
despertares
noturnos,
parassonias e distúrbios respiratórios do
sono. A correlação entre os escores do
SDQ e do CSHQ mostrou-se moderada
(r=0,515). Conclusão: Os resultados
mostraram que o GTEA apresentou para
todos os seus integrantes, dificuldades
peculiares do comportamento e alterações
nos hábitos de sono em maior frequência
que o GC. Esse trabalho poderá agregar
conhecimento
no
âmbito
do
desenvolvimento infantil, reforçando a
importância sobre os bons hábitos de
sono e suas implicações nas diversas áreas
da saúde e suas repercussões no estado
comportamental de crianças em idade
escolar.
Palavras chaves: Sono; Transtorno do
Espectro Autista; Comportamento.
P.41
PROGRAMA
DE
CAPACITAÇÃO SOBRE AUTISMO
PARA
PROFISSIONAIS
DA
ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE EM
MUNICÍPIO PAULISTA
Nadia Maria Giaretta Ranalli
Orientadora: Maria Cristina Triguero
Veloz Teixeira
E-mails: nagiaretta@gmail.com
mcris@mackenzie.br
Introdução: O Transtorno do Espectro
do Autismo (TEA) se caracteriza por
déficits persistentes na comunicação e
interação social e também padrões
repetitivos e restritos de comportamentos
e interesses. O diagnóstico precoce indica
que os primeiros sinais devam ser
rastreados entre 18 e 24 meses de idade.
Os profissionais da saúde que atuam
especificamente na atenção primária, são
os principais agentes dessa observação,
35
Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018
VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento
por estarem em contato constate e por
longo tempo com as crianças e família.
Porém necessitam estar capacitados para
que possam atuar com base teórica e
segurança no encaminhamento da criança
que apresenta comportamento e/ou
desenvolvimento atípico indicativo de
suspeita de TEA. O Ministério da Saúde
publicou em 2014 “Diretrizes de Atenção
à Reabilitação da Pessoa com Transtornos
do Espectro do Autismo” no campo da
habilitação/reabilitação, que serviu de
base para essa capacitação. Objetivo:
verificar evidências de mudanças em
conhecimentos, atitudes e práticas de
profissionais da Atenção Básica de Saúde
em função de uma capacitação sobre
marcos de desenvolvimento e sinais
precoces de Autismo, especialmente o
potencial de uso em seu contexto de
trabalho.
Método:
estudo
tipo
experimental exploratório, com medidas
pré, pós e follow-up com amostra de
conveniência. O estudo foi dividido em
quatro fases: (1) Avaliação da précapacitação, (2) Curso de capacitação, (3)
Avaliação pós-capacitação e (4) Avaliação
Follow-up. e (4) Follow-up 6 meses após a
fase pós. Principais Resultados: a
amostra foi composta por uma Equipe
multidisciplinar da Atenção Básica da
secretaria da Saúde de Itatiba (
SP)composta por 55 profissionais
(Pediatras,
Médicos,
Enfermeiros,
Técnicos e Auxiliares de Enfermagem,
Psicólogos,
Fonoaudiólogos,
Fisioterapeutas, Dentistas, Auxiliares de
Dentista e Assistente Social). Os dados
indicaram uma conscientização do grupo
para identificar crianças sob risco de atraso
de linguagem, alterações em habilidades de
cognição social e problemas de
comportamento e a necessidade de
encaminhamento
para
avaliação.
Conclusão:
observou-se
que
a
capacitação dos profissionais mostrou as
maiores mudanças em relação às questões
que abordaram os conhecimentos sobre
TEA. Tratando-se de profissionais que
fazem parte dos equipamentos das UBS
do município, o estudo atingiu bons
resultados em vários indicadores e
especificadores de sinais precoces de TEA
quando comparados os percentuais de
acerto entre as fases do estudo, como
linguagem, comunicação, interação social,
comportamentos de brincar e cognição
social.
Palavras-chave: TEA; capacitação;
saúde; Unidades Básicas de Saúde.
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