Manual de Antibiograma 2019 – Segundo BrCAST/EUCAST
Laborclin Produtos para Laboratórios Ltda
Rev 00– 06/2019
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Manual de Antibiograma 2019 – Segundo BrCAST/EUCAST
Laborclin Produtos para Laboratórios Ltda
A Laborclin entende que muito além de nossos objetivos comerciais, possuímos a
missão e a responsabilidade de compartilhar conhecimento técnico e científico, ajudando a
melhor promover a saúde pública no país.
Em 14 de dezembro de 2018, o Ministério da Saúde publicou a Portaria nº 64 de
11/12/2018 que “Determina aos laboratórios de rede pública e privada, de todas as
Unidades Federadas, a utilização das normas de interpretação para os testes de
sensibilidade aos antimicrobianos (TSA), tendo como base os documentos da versão
brasileira do European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing.”
Os documentos do BrCAST incluem Tabelas de Pontos de Corte, Tabelas de
Controle de Qualidade, Manual de Disco Difusão, Guia de Leitura, Lista para implantação
entre outros. Estes documentos estão disponíveis gratuitamente pelo comitê do BrCAST,
podem ser baixados no site: http://brcast.org.br/documentos/. Disponibilizamos estes
doumentos a seguir, baixados em 12/06/2019.
Rev 00– 06/2019
2
Brazilian Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing - BrCAST
Tabelas de pontos de corte para interpretação de CIMs e diâmetros de halos
Este documento, exceto onde indicado, é baseado nos pontos de corte da versão 9.0, 2019 do EUCAST(www.eucast.org)
Versão válida a partir de 01-02-2019
Comitê Brasileiro de Testes de Sensibilidade aos Antimicrobianos - http://www.brcast.org.br
Conteúdo
Notas
Orientações para leitura das tabelas de pontos de corte do BrCAST-EUCAST
Informações sobre incerteza técnica (AIT)
Alterações
Enterobacterales
Pseudomonas spp.
Stenotrophomonas maltophilia
Burkholderia cepacia
Acinetobacter spp.
Staphylococcus spp.
Enterococcus spp.
Streptococcus grupos A, B, C e G
Streptococcus pneumoniae
Streptococcus do Grupo Viridans
Haemophilus influenzae
Moraxella catarrhalis
Neisseria gonorrhoeae
Neisseria meningitidis
Anaeróbios gram-positivos
Clostridioides difficile
Anaeróbios gram-negativos
Helicobacter pylori
Listeria monocytogenes
Pasteurella multocida
Campylobacter jejuni e C. coli
Corynebacterium spp.
Aerococcus sanguinicola e A. urinae
Kingella kingae
Aeromonas spp.
Mycobacterium tuberculosis
Agentes Tópicos
Pontos de corte baseados em PK/PD (sem relação com espécie)
Dosagens
Regras de Especialistas
Detecção de Mecanismos de Resistência
Testes de sensibilidade antimicrobiana em grupos de organismos ou de antimicrobianos
para os quais não há pontos de corte do EUCAST
Página
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60
62
63
64
67
-
Informação adicional
Link para Documento de Orientação sobre Stenotrophomonas maltophilia
Link para Documento de Orientação sobre o grupo Burkholderia cepacia
Hiperlink p/ documento de Orientação do EUCAST sobre Agentes Tópicos
Hiperlink para Regras de Especialistas do EUCAST
Hiperlink p/ Documento de Orientação sobre como testar e interpretar resultados quando não há pontos
de corte
Brazilian Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing - BrCAST
Tabelas de pontos de corte para interpretação de CIMs e diâmetros de halos
Comitê Brasileiro de Testes de Sensibilidade aos Antimicrobianos - http://www.brcast.org.br
Versão válida a partir de 01-02-2019
Este documento, exceto onde indicado, é baseado nos pontos de corte da versão 9.0, 2019 do EUCAST (www.eucast.org)
Notas
1. As tabelas de pontos de corte clínicos do BrCAST - EUCAST contêm pontos de corte clínicos para CIM (determinados ou revisados durante 2002-2018) e para os diâmetros de halo de inibição correspondentes. Esta
versão inclui a correção de erros tipográficos, esclarecimentos, pontos de cortes para novos organismos e/ou antimicrobianos, pontos de corte para CIM revisados bem como pontos de cortes para diâmetros de halos
de inibição revisados e novos. As mudanças são melhor visualizadas num monitor ou impressão colorida pois as células que apresentam mudanças estão em amarelo. Os comentários novos ou revisados estão
sublinhados. Comentários removidos estão sinalizados em fonte tachada.
Comentários ou pontos de corte propostos pelo BrCAST estão assinalados em verde. Visando facilitar o uso das tabelas na bancada, a categoria Intermediário e seus respectivos valores foram incluídos em cada uma
das tabelas específicas.
2. Pontos de corte conforme dados de farmacocinética/farmacodinâmica (PK/PD), não relacionados às espécies bacterianas, estão listados separadamente na parte final do documento.
3. Notas numeradas (1., 2., 3., ...) são relacionadas a comentários gerais ou pontos de corte para CIM. Notas com letras (A., B., C., ...) são relacionadas aos pontos de corte para o teste de disco-difusão.
4. Nomes de antimicrobianos em destaque (cor azul) contêm hiperlink para o racional das decisões do EUCAST. Pontos de corte para CIM e para diâmetro de halo de inibição em destaque (cor azul) são links para
documentos de distribuição de CIMs e de diâmetros de halo de inibição, respectivamente.
5. Uma versão do documento é disponibilizada no formato de arquivo Excel® para visualização em tela e outra em formato pdf para impressão. Para utilizar todas as funções do arquivo Excel®, use apenas software
original da MicrosoftTM. O arquivo Excel® permite aos usuários alterar a lista dos agentes testados localmente. O conteúdo de células individuais não pode ser alterado. Ocultar linhas utilizando o botão direito do mouse
no número da linha e escolher "ocultar". Ocultar colunas utilizando o botão direito do mouse na letra da coluna e escolher "ocultar".
6. Um ponto de corte para diâmetro de halo de inibição de "S ≥ 50 mm" é um valor arbitrário "fora da escala" que corresponde a situações de ponto de corte para CIM nos quais cepas selvagens são categorizadas na
categoria Intermediário (ou seja, não existem isolados totalmente sensíveis).
6. Os pontos de corte do EUCAST são utilizados para categorizar os resultados em três categorias de sensibilidade:
S - Sensível, dose padrão: Um microrganismo é categorizado como Sensível, dosagem padrão quando há uma alta probabilidade de sucesso terapêutico utilizando o regime de dosagem padrão do agente.
I - Sensível, aumentando exposição: Um microrganismo é categorizado como Sensível, aumentando exposição * quando há uma alta probabilidade de sucesso terapêutico devido ao aumento da exposição ajustandose o regime de dosagem ou sua concentração no local de infecção.
R - Resistente: um microrganismo é categorizado como Resistente quando há alta probabilidade de falha terapêutica mesmo quando há aumento da exposição.
* Exposição é uma função de como o modo de administração, dose, intervalo entre as doses, tempo de infusão assim como a distribuição, metabolismo e excreção do antimicrobiano influenciam o microrganismo no
local de infecção.
7. Para algumas combinações microrganismo-antimicrobiano, os resultados podem estar em uma área na qual a interpretação é incerta. O EUCAST designou este intervalo de Área de Incerteza Técnica (AIT). Esta
área corresponde a um valor de CIM e/ou intervalo de halo de inibição onde a categorização é incerta. Ver página 4 para mais informações sobre AIT e como lidar com resultados na AIT.
8. A categoria Intermediário I - Sensível, aumentando exposição foi incluída para facilitar o uso das tabelas durante a leitura de antibiogramas.
9. Para E. coli ao testar fosfomicina, Stenotrophomonas maltophilia ao testar sulfametoxazol-trimetoprima, Staphylococcus aureus ao testar benzilpenicilina, Enterococcus spp. ao testar vancomicina e Aeromonas spp.
ao testar sulfametoxazol-trimetoprima, é crucial seguir as instruções de leitura específicas para a interpretação correta do teste de disco-difusão. Para ilustrar isso, figuras com exemplos de leitura estão incluídas no final
de cada tabela de ponto de corte correspondente. Para instruções gerais e outras instruções específicas de leitura, ver o documento "Guia de Leitura do EUCAST-BrCAST" disponível em www.brcast.org.br.
2
Notas
9. Para cefuroxima e fosfomicina existem pontos de corte para formas de administração oral e intravenosa.
10. Com algumas exceções, o EUCAST recomenda o uso do método de referência de microdiluição em caldo conforme descrito pela ISO para determinação da CIM de mircrorganismos não exigentes.
Para microrganismos fastidiosos, o EUCAST recomenda o uso da mesma metodologia, mas com o uso do caldo MH-F (caldo MH com sangue de cavalo lisado e beta-NAD). Consultar o documento de preparação de
meios do EUCAST - BrCAST em www.brcast.org.br. Há vários métodos alternativos comercialmente disponíveis, cuja responsabilidade em garantir a precisão do sistema é do fabricante e a responsabilidade do
usuário o controle de qualidade dos resultados.
11. Por convenção internacional, as diluições seriadas de CIM são baseadas em diluições 1/2 acima e abaixo de 1 mg/L. Em diluições abaixo de 0,25 mg/L, ocorre que as concentrações ficariam com múltiplas casas
decimais. Para evitar o uso de múltiplos decimais nas tabelas e documentos, o EUCAST decidiu usar as seguintes abreviações (em negrito): 0,125→0,125; 0,0625→0,06; 0,03125→0,03; 0,015625→0,016;
0,0078125→0,008; 0,00390625→0,004 e 0,001953125→0,002 mg/L.
"-" indica que o teste de sensibilidade não é recomendado pois a espécie é um alvo inadequado para terapia com o antimicrobiano.
"IE" indica que não há evidência suficiente de que a espécie em questão seja um bom alvo para a terapia com a droga testada. Uma CIM com algum comentário, mas sem a interpretação de S, I ou R pode ser
NA = Não Aplicável
IP = Em preparação
AE = Alta exposição ao agente (ver a tabela de dosagens, última aba da tabela de pontos de corte)
3
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, válida a partir de 01-02-2019
Orientações para leitura das tabelas de pontos de corte do BrCAST
Texto em
vermelho
indica alerta
quanto à
composição
do meio
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1)
Meio de cultura:
Inóculo:
Metodologia e controle de qualidade do
Incubação:
EUCAST-BrCAST para determinação de CIM
Leitura:
Controle de qualidade:
Alta exposição ao
agente (AE)
Ver tabela de
dosagens, última
aba na tabela de
pontos de corte.
Pontos de corte para
uma determinada
espécie devem ser
utilizados apenas para
aquela espécie (neste
exemplo, S. aureus)
Agente antimicrobiano
Pontos de corte p/ CIM (mg/L)
Sч
Agente antimicrobiano A
A categoria I - Sensível, aumentando
exposição foi tornada evidente nas tabelas para
facilitar o seu uso durante a leitura de
antibiogramas
I
R>
4
>1
>4
EI
-
1
Agente antimicrobiano BAE
Agente antimicrobiano C
1
22
EI
Agente antimicrobiano D, S. aureus
-
Conteúdo do
disco (µg)
AIT
1
X
Área de Incerteza Técnica (AIT)
Ver informações específicas sobre como lidar
com incertezas técnicas em testes de
sensibilidade aos antimicrobianos
Pontos de corte p/ halo de inibição (mm)
Sш
I
R<
A
23-25
<20
<23
EI
EI
EI
-
-
-
20
26
EI
-
Y
Disco-difusão: (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura:
Inóculo:
Metodologia e controle de qualidade do
Incubação:
EUCAST-BrCAST para disco-difusão
Leitura:
Controle de qualidade:
EP
EP
EP
EP
EP
EP
Agente antimicrobiano F (triagem)
NA
NA
NA
Y
25
-
<25
Agente antimicrobiano G
0,5
1-2
>2
Z
30
24-29
<24
Notas
Números para comentários sobre pontos de corte para CIM
Letras para comentários sobre pontos de corte para disco-difusão
AIT
A
Agente antimicrobiano E
Células ou frases em verde indicam
comentários ou pontos de corte adicionados
pelo BrCAST
1. Notas que são comentários gerais e/ou relacionados aos pontos de corte para CIM.
2. Novo comentário
Comentário removido
A. Comentário sobre disco-difusão
Modificações em relação à última
versão destacadas em amarelo
Pontos de corte de triagem
para diferenciação entre
isolados com ou sem
mecanismos de resistência
Não aplicável
Células preenchidas em
vermelho indicam alerta
quanto à potência do disco
Pontos de corte p/ CIM em cor
azul contêm hiperlink para
distribuições de CIMs
Antimicrobianos em cor azul
contêm hiperlink para o racional
das decisões do EUCAST
Evidência insuficiente para que a
espécie em questão seja considerada
um bom alvo para terapia com o
antimicrobiano C
Em preparação
Sem pontos de corte. O teste de
sensibilidade com este antimicrobiano
não é recomendado
Pontos de corte para halos de
inibição em cor azul contêm
hiperlink para distribuição de
diâmetros de halos de inibição
4
Brazilian Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing - BrCAST
Tabelas de pontos de corte para interpretação de CIMs e diâmetros de halos
Comitê Brasileiro de Testes de Sensibilidade aos Antimicrobianos - http://www.brcast.org.br
Versão válida a partir de 01-02-2019
Como lidar com incertezas técnicas em testes de sensibilidade aos antimicrobianos
Todas as medidas são afetadas por variação aleatória e algumas por variação sistemática. A variação sistemática deve ser evitada e a variação aleatória reduzida tanto quanto possível. O teste de sensibilidade aos
antimicrobianos (TSA), independentemente do método, não é uma exceção.
O EUCAST se esforça para minimizar as variações, fornecendo métodos padronizados para a determinação da CIM e do disco difusão e evitando a criação de pontos de corte que afetam seriamente a
reprodutibilidade do teste. A variação no TSA pode ser ainda mais reduzida, estabelecendo-se padrões mais rigorosos para os fabricantes de material para TSA (caldo, ágar, discos de antimicrobianos) e critérios
para o controle de processos de fabricação e práticas de laboratório.
É tentador pensar que gerar um valor de MIC resolverá todos os problemas. No entanto, as medições de MIC também têm variação e um único valor não é automaticamente correto. Mesmo quando usado o
método de referência, os CIMs variam entre os dias de teste e os técnicos. Sob as melhores circunstâncias, uma MIC de 1,0 deve ser considerada como um valor entre 0,5 e 2,0 mg/L. Não raramente, há
problemas com sistemas de testes comerciais, incluindo testes de microdiluição em caldo, testes de gradiente e dispositivos TSA semi-automáticos.
Embora o TSA seja simples para a maioria dos agentes e espécies, existem áreas problemáticas. É importante alertar os laboratórios sobre isso e a incerteza na categorização da sensibilidade. As análises dos
dados do EUCAST, gerados ao longo dos anos, identificaram tais situações, chamadas de Áreas de Incerteza Técnica (AIT). As AITs são alertas para o microbiologista de que existe uma incerteza que precisa
ser resolvido antes de relatar os resultados do TSA aos clínicos. A AIT não deve ser reportada aos clínicos, exceto em circunstâncias especiais e apenas como parte de uma discussão sobre alternativas
terapêuticas em casos difíceis.
Abaixo estão alternativas de como as AITs podem ser tratadas pelo laboratório. A escolha das ações dependerá da situação. O tipo de amostra (hemocultura versus cultura de urina), o número de agentes
alternativos disponíveis, a gravidade da doença e se uma discussão com clínicos é viável ou não, influenciarão a ação tomada.
• Repetir o teste
Isso só é relevante se houver razão para suspeitar de um erro técnico no TSA primário.
• Utilizar um teste alternativo (determine a CIM ou realize um teste genotípico)
Isso pode ser relevante se o laudo do teste de sensibilidade evidenciar apenas poucas alternativas terapêuticas ou se o resultado for considerado importante. Se o organismo for multirresistente, é aconselhável
determinar a CIM (ver acima em relação à acurácia e precisão da determinação da CIM) para vários antibióticos, possivelmente estendendo o TSA a novas combinações de inibidores de betalactamases e
colistina para bactérias Gram-negativas. Às vezes pode ser necessário realizar a caracterização genotípica ou fenotípica do mecanismo de resistência para obter mais informações.
• Modificar a categoria de sensibilidade
Se houver outras alternativas terapêuticas no laudo de TSA, é permitido modificar o resultado (de S para I, ou de I para R, ou de S para R). No entanto, um comentário deve ser incluído e o isolado deve ser
armazenado para testes adicionais.
• Incluir a incerteza como parte do laudo
É prática comum em muitas outras áreas de laboratório incluir informações sobre a incerteza do resultado relatado. Isso pode ser tratado de várias maneiras:
* Em situações graves, aproveite a oportunidade para entrar em contato com os clínicos para explicar e discutir os resultados.
* Categorize o resultado de acordo com os pontos de corte, mas inclua informações sobre as dificuldades técnicas e/ou as incertezas da interpretação. Em muitos casos, um “R” é menos ambíguo do que
outras
alternativas, especialmente quando existem agentes alternativos.
A Área de Incerteza Técnica será tipicamente listada como um valor de MIC definido ou, em disco difusão, como um intervalo de 2-4 mm. AITs só serão listadas quando obviamente necessárias. A ausência de um
AIT (MIC e/ou diâmetro de halo) significa que não há necessidade imediata de um aviso. As AITs introduzidas em 2019 (v. 9.0) serão avaliadas e AITs podem ser adicionadas com o desenvolvimento de mais
informações.
Link para o material de orientação (Redefinição das categorias dos testes de sensibilidade) disponível no site do BrCAST.
Brazilian Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing - BrCAST - EUCAST
Tabelas de pontos de corte para interpretação de CIMs e diâmetros de halos de inibição
Versão válida a partir de 01-02-2019
Versão 9, EUCAST
Versão BrCAST 01-02-2019
Alterações (células contendo alguma alteração, deleção ou adição) em relação à versão de 30-07-2018 estão marcadas em amarelo.
Comentários modificados estão sublinhados. Comentários removidos estão escritos com fonte tachada.
Geral
• Link para Regras de Especialistas do EUCAST e Tabelas de Resistência Intrínseca adicionado a cada tabela.
• Colunas para Área de Incerteza Técnica (AIT) adicionadas (CIM e diâmetros de halos).
• Os comentários relacionados à terapia com altas doses foram trocados por AE (Alta Exposição) ao lado do nome antimicrobiano.
• Pontos de corte de meropenem-vaborbactam adicionados.
• Pontos de corte de eravaciclina adicionados.
• Pontos de corte de doripenem removidos.
• Links para documentos sobre o racional para nitroxolina e sulfametoxazol-trimetoprima adicionados.
Notas
• Definições de categorias de sensibilidade adicionadas (Nota 6).
• Informações sobre Área de Incerteza Técnica (ATU) adicionadas (Nota 7).
• Nota 9 atualizada para incluir todos os exemplos específicos de leitura.
• Informações sobre teste de referência para CIM adicionadas (Nota 10).
• Explicação de AE (Alta Exposição) adicionada à lista de abreviaturas.
Taxonomia
• Enterobacteriaceae alterado para Enterobacterales .
• Enterobacter aerogenes alterado para Klebsiella aerogenes .
• Clostridium difficile alterado para Clostridioides difficile .
• Propionibacterium acnes alterado para Cutibacterium acnes .
• Novo texto descrevendo as recomendações do EUCAST sobre como lidar com a incerteza técnica nos testes de sensibilidade aos antimicrobianos.
Geral
• Espécies listadas anteriormente como "E. coli , Klebsiella spp. e P. mirabilis " são agora listadas como "E. coli , Klebsiella spp. (Exceto K. aerogenes ), Raoultella spp. e P.
A ordem Enterobacterales foi proposta em mirabilis " devido a mudanças na taxonomia.
2016 e inclui as famílias
• Morganella spp. mudou para Morganella morganii .
Enterobacteriaceae , Erwiniaceae fam. nov., • Limitação de espécies adicionada à cefuroxima oral.
Pectobacteriaceae fam. nov., Yersiniaceae Novos pontos de corte
fam. nov., Hafniaceae fam. nov.,
• Meropenem-vaborbactam (CIM)
Morganellaceae fam. nov., e Budviciaceae • Eravaciclina (CIM)
fam. nov. [Adeolu M et al. Int J Syst Evol
Pontos de corte revisados
Microbiol. 2016;66(12):5575-5599].
• Ertapenem (CIM e diâmetro de halo)
Incerteza técnica
Enterobacterales
• Imipenem (CIM e diâmetro de halo). Pontos de corte específicos para Morganella morganii , Proteus spp. e Providencia spp.
• Ciprofloxacino (diâmetro de halo)
• Tigeciclina (CIM e diâmetro de halo). Limitação de espécies adicionada (pontos de corte válidos para E. coli e C. koseri ).
AITs adicionadas
• Amoxicilina-ácido clavulânico, piperacilina-tazobactam, ceftarolina e ciprofloxacino.
Novos comentários
• Carbapenêmicos - comentário 3
• Tetraciclinas - comentário 1
Comentários revisados
• Carbapenêmicos - comentário 2
• Aminoglicosídeos - comentário 1
• Tetraciclinas - comentário 3/A
• Tetraciclinas - comentário B
6
Versão 9, EUCAST
Versão BrCAST 01-02-2019
Alterações (células contendo alguma alteração, deleção ou adição) em relação à versão de 30-07-2018 estão marcadas em amarelo.
Comentários modificados estão sublinhados. Comentários removidos estão escritos com fonte tachada.
Pseudomonas spp.
Geral
• Informação adicionada sobre espécies incluídas na tabela
Novos pontos de corte
• Meropenem-vaborbactam (CIM)
Pontos de corte revisados
• Imipenem (CIM e diâmetro de halo)
• Aztreonam (CIM e diâmetro de halo)
Novos comentários
• Carbapenêmicos - comentário 1
Comentários revisados
• Aminoglicosídeos - comentário 1
AITs adicionadas
• Piperacilina-tazobactam, ceftazidima-avibactam e colistina.
Acinetobacter spp.
Geral
• Informação adicionada sobre espécies incluídas na tabela
Pontos de corte revisados
• Imipenem (CIM e diâmetro de halo)
• Ciprofloxacina (CIM e diâmetro de halo)
Comentários revisados
• Aminoglicosídeos - comentário 1
Staphylococcus spp.
Geral
• Informação adicionada sobre espécies incluídas na tabela
• "Alta Exposição" (AE) adicionada à cefotaxima e à ceftriaxona
Novos pontos de corte
• Eravaciclina (CIM)
AITs adicionadas
• "Triagem de cefoxitina para S. epidermidis ", ceftarolina, ceftobiprole e "amicacina para S. aureus "
Comentários removidos
• Aminoglicosídeos - comentário 1
Enterococcus spp.
Geral
• Informação adicionada sobre espécies incluídas na tabela
Novos pontos de corte
• Eravaciclina (CIM).
Pontos de corte revisados
• Tigeciclina (CIM e diâmetro de halo)
• Trimetoprima (CIM e diâmetro de halo). Pontos de corte substituídos por nota.
• Sulfametoxazol-trimetoprima (CIM e diâmetro de halo). Pontos de corte substituídos por nota.
Comentários revisados
• Agentes diversos - comentário 2/A
Streptococcus grupos A, B, C e G
Geral
• "Alta Exposição" (AE) adicionada ao levofloxacino
Pontos de corte revisados
• Tigeciclina (CIM e diâmetro de halo)
Novos comentários
• Carbapenêmicos - comentário 2
• Glicopeptídeos e lipoglicopeptídeos - comentário B
7
Versão 9, EUCAST
Versão BrCAST 01-02-2019
Alterações (células contendo alguma alteração, deleção ou adição) em relação à versão de 30-07-2018 estão marcadas em amarelo.
Comentários modificados estão sublinhados. Comentários removidos estão escritos com fonte tachada.
Streptococcus pneumoniae
• Fluxograma atualizado
Novos pontos de corte
• Ampicilina (diâmetro de halo)
• Amoxicilina oral (CIM)
• Amoxicilina-ácido clavulânico oral (CIM)
Pontos de corte revisados
• Meropenem para meningite (CIM)
• Triagem - norfloxacina (diâmetro de halo)
• Sulfametoxazol-trimetoprima (diâmetro de halo)
Novos comentários
• Penicilinas - comentário 5
• Penicilinas - comentário C
Comentários revisados
• Penicilinas - comentário 1/A
• Penicilinas - comentário 4/B
• Penicilinas - comentário D
• Cefalosporinas - comentário 1/A
• Carbapenêmicos - comentário 1/A
• Glicopeptídeos e lipoglicopeptídeos - comentário A
Estreptococos do grupo Viridans
Novos comentários
• Glicopeptídeos e lipoglicopeptídeos - comentário B
Novos pontos de corte
• Eravaciclina (CIM)
Haemophilus influenzae
• Fluxograma atualizado
Novos pontos de corte
• Amoxicilina oral (CIM)
• Amoxicilina-ácido clavulânico oral (CIM e diâmetro de halo)
• Piperacilina (alterada de Nota para IE)
• Piperacilina-tazobactam (CIM e diâmetro de halo)
Pontos de corte revisados
• Cefpodoxima (CIM e diâmetro de halo)
• Ceftriaxona (diâmetro de halo)
• Cefuroxima iv (diâmetro de halo)
• Cefuroxima oral (diâmetro de halo)
• Ertapenem (diâmetro de halo)
• Meropenem para meningite (CIM)
AITs adicionados
• Ampicilina, amoxicilina-ácido clavulânico (iv e oral), piperacilina-tazobactam, cefepima, cefotaxima, cefpodoxima, ceftriaxona, cefuroxima (iv e oral) e
imipenem.
Novos comentários
• Penicilinas - comentário 6
• Penicilinas - comentário B
• Cefalosporinas - comentário B
• Cefalosporinas - comentário C
• Carbapenêmicos - comentário B
Comentários revisados
• Penicilinas - comentário 1/A
• Cefalosporinas - comentário 1/A
• Carbapenêmicos - comentário 1/A
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Versão 9, EUCAST
Versão BrCAST 01-02-2019
Alterações (células contendo alguma alteração, deleção ou adição) em relação à versão de 30-07-2018 estão marcadas em amarelo.
Comentários modificados estão sublinhados. Comentários removidos estão escritos com fonte tachada.
Neisseria gonorrhoeae
Pontos de corte revisados
• Azitromicina (substituída por Nota)
Neisseria meningitidis
Pontos de corte revisados
• Cloranfenicol
Anaeróbios Gram-positivos
Geral
• Staphylococcus saccharolyticus adicionado à lista de espécies
Pontos de corte revisados
• Ertapenem
• Imipenem
Clostridioides difficile
Comentários revisados
• Glicopeptídeos - comentário 1
• Agentes diversos - comentário 5
Anaeróbios Gram-negativos
Geral
• Parabacteroides adicionado à lista de espécies
Pontos de corte revisados
• Ertapenem
• Imipenem
Corynebacterium spp.
Geral
• Informações sobre C. diphtheriae adicionadas
Novos pontos de corte
• Eritromicina (em preparação)
Novos comentários
• Glicopeptídeos - comentário A
Aerococcus sanguinicola e urinae
Novos comentários
• Glicopeptídeos - comentário A.
Mycobacterium tuberculosis
Geral
• Informação adicionada sobre espécies incluídas na tabela
• Informação adicionada sobre desenvolvimento de metodologia de referência
Agentes tópicos
Pontos de corte revisados
• Acinetobacter spp. e ciprofloxacino
• Moraxella spp. e ciprofloxacino, levofloxacino e ofloxacino (das alterações de ponto de corte nas tabelas do EUCAST v. 8.1)
Pontos de corte conforme dados de
farmacocinética/farmacodinâmica
(PK/PD)
Novos pontos de corte
• Meropenem-vaborbactam
Pontos de corte revisados
• Ertapenem
• Imipenem
• Tigeciclina
Novos comentários
• Carbapenêmicos - comentário 1
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Versão 9, EUCAST
Versão BrCAST 01-02-2019
Alterações (células contendo alguma alteração, deleção ou adição) em relação à versão de 30-07-2018 estão marcadas em amarelo.
Comentários modificados estão sublinhados. Comentários removidos estão escritos com fonte tachada.
Dosagens
• Informação geral atualizada
Novos agentes
• Amoxicilina oral
• Amoxicilina-ácido clavulânico oral
• Meropenem-vaborbactam
• Eravaciclina
Dosagens revisadas
• Ampicilina
• Ampicilina-sulbactam
• Amoxicilina iv
• Amoxicilina-ácido clavulânico iv
• Ticarcilina-ácido clavulânico
• Oxacilina
• Flucloxacilina
• Cefazolina
• Cefepima
• Ceftazidima
• Ceftriaxona
• Meropenem
• Teicoplanina
• Clindamicina
• Colistina
• Daptomicina
• Nitrofurantoína
Novos comentários (situações especiais)
• Amoxicilina oral
• Amoxicilina-ácido clavulânico oral
Comentários revisados (situações especiais)
• Benzilpenicilina
• Cefotaxima
• Ceftriaxona
• Imipenem
• Meropenem
• Ciprofloxacino
• Levofloxacino
• Ofloxacino
• Vancomicina
• Cloranfenicol
• Nitrofurantoína
• Espectinomicina
10
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, válida a partir de 01-02-2019
Enterobacterales*
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1, exceto para fosfomicina, para qual
diluição em ágar é usada).
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton
Inóculo: 5 x105 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por completo o
crescimento bacteriano.
Controle de qualidade: Escherichia coli ATCC 25922. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle do componente inibidor
da combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST-EUCAST.
Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton
Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte posterior da placa,
contra um fundo escuro e sob luz refletida.
Controle de qualidade: Escherichia coli ATCC 25922. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle de componente inibidor dos
discos de combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST-EUCAST.
* Estudos taxonômicos recentes estreitaram a definição da família Enterobacteriaceae . Alguns membros anteriormente pertencentes a esta família estão agora incluídos em outras famílias da ordem Enterobacterales [Adeolu M et al. Int J Syst Evol Microbiol.
2016;66(12):5575-5599]. Os pontos de corte desta tabela são aplicáveis a todos os membros da ordem Enterobacterales.
1
Penicilinas
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do halo Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
(mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
Ampicilina
81
-
>8
10
14A,B
-
<14B
1/A. Cepas selvagens de Enterobacteriaceae são categorizadas como sensíveis às aminopenicilinas.
Alguns países preferem categorizar isolados selvagens de E. coli e P. mirabilis como Intermediário. Se for esse o caso, utilizar ponto de corte S ≤
0,5 mg/L para CIM e o ponto de corte S ≥ 50 mm para a halo de inibição.
2. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de sulbactam é fixada em 4 mg/L.
Ampicilina-sulbactam
81,2
-
14A,B
-
<14B
81
-
>82
>8
10-10
Amoxicilina
-
NotaC
-
NotaC
Amoxicilina-ácido clavulânico
81,3
-
>83
20-10
19A,B
-
<19B
Amoxicilina-ácido clavulânico, apenas para Infecção do
trato urinário (ITU) não complicada
Piperacilina-tazobactam
321,3
-
>323
20-10
16A,B
-
<16B
84
16
>164
30-6
20
17-19
<17
Cefalosporinas1
16
-
-
-
30
12
14
27
24-26
<12
<14
<24
>2
NA
5
30
20
19
17-19
-
<17
<19
2-4
>1
>0,5
>4
10
5
10
21
23
22
19-21
<21
<23
<19
83
14
1
8
2
-
>83
>14
>2
>8
10-4
30-10
30
30
13
23
25
19
22-24
-
<13
<23
<22
<19
8
-
>8
30
19
-
<19
-
-
-
16
16
1
2-4
>16
>16
>4
30
30
Cefotaxima
1
NA
2
NA
1
0,5
1
Cefoxitina (triagem)2
Cefpodoxima (apenas ITU não complicada)
Ceftarolina
Ceftazidima
Ceftazidima-avibactam
Ceftolozana-tazobactam
Ceftriaxona
Cefuroxima IVAE, E. coli , Klebsiella spp. (exceto K.
aerogenes ), Raoultella spp. e P. mirabilis
Cefuroxima oral (apenas ITU não complicada), E. coli ,
Klebsiella spp. (exceto K. aerogenes ), Raoultella spp. e P.
mirabilis
4. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg/L.
B. Ignore crescimento que pode aparecer como um halo interno tênue em alguns lotes de ágar Mueller-Hinton.
17-19
C. Sensibilidade inferida a partir da ampicilina.
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do halo Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
(mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
Cefadroxila (apenas ITU não complicada)
Cefalexina (apenas ITU não complicada)
Cefazolina
Cefepima
Cefaclor
3. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg/L.
19-20
1. Os pontos de corte de cefalosporinas para enterobactérias permitem detectar todos os mecanismos de resistência clinicamente relevantes
(incluindo ESBL e AmpC mediada por plasmídios). Alguns isolados produtores de β-lactamases são sensíveis ou intermediários a cefalosporinas de
3ª ou 4ª gerações, considerando-se estes pontos de corte, e devem ser relatados de acordo com o resultado do teste, ou seja, a presença ou
ausência de ESBL não influencia na categorização da sensibilidade. A detecção e caracterização de ESBL são recomendadas para fins de saúde
pública e controle de infecções.
22-23
2. Um ECOFF (8 mg/L) de cefoxitina apresenta alta sensibilidade, porém baixa especificidade para a identificação de enterobactérias produtoras de
AmpC, uma vez que esse fármaco é afetado também por alterações de permeabilidade e algumas carbapenemases. Isolados classicamente não
produtores de AmpC tem perfil selvagem, enquanto os produtores de AmpCs plasmidiais ou hiperprodutores de AmpC cromossômica tem perfil não
selvagem.
3. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de avibactam é fixada em 4 mg/L.
4. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg/L.
5. Os pontos de corte são baseados em terapia com doses elevadas. Ver tabela de dosagens.
11
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, válida a partir de 01-02-2019
Enterobacterales
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca
1
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do halo Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
(mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
Carbapenêmicos
<25
<17
1. Alguns isolados produtores de carbapenemases são categorizados como sensíveis utilizando esses pontos de corte e devem ser relatados de
acordo com o resultado do teste, ou seja, a presença ou ausência de carbapenemases não influencia na categorização da sensibilidade. A detecção
e a caracterização de carbapenemases são recomendadas para fins de saúde pública e controle de infecções. Para a triagem de carbapenemase, é
recomendado um ponto de corte para meropenem de >0,125 mg/L (diâmetro de halo <28 mm).
Doripenem
Ertapenem
Imipenem
0,5
2
4
>0,5
>4
10
10
25
22
17-21
0,125
0,25-4
>4
10
50
17-49
<17
2. A atividade intrinsecamente baixa do imipenem contra Morganella morganii , Proteus spp. e Providencia spp. requer alta exposição ao imipenem.
spp.2
Meropenem
2
4-8
>8
10
22
16-21
<16
3. Para fins de teste de sensibilidade, a concentração de vaborbactam é fixada em 8 mg/L.
Meropenem-vaborbactam
83
-
>83
EP
EP
EP
EP
Imipenem, Morganella morganii, Proteus spp. Providencia
Monobactâmicos
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do halo Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
(mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
Aztreonam1
1
Fluoroquinolonas
2-4
>4
30
26
21-25
<21
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do halo Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
(mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
0,25
0,06
Ciprofloxacino
Ciprofloxacino, Salmonella spp.1
1
Pefloxacino (triagem), Salmonella spp.
Levofloxacino
Moxifloxacino
0,5
-
>0,5
>0,06
NA
0,5
0,25
NA
1
-
NA
>1
>0,25
0,5
5
5
5
5
25
22-24
<22
NotaA
NotaA
19-22
-
NotaA
B
24
23
22
B
<24
<19
<22
Ácido nalidíxico (triagem)
NA
NA
NA
NA
NA
NA
Norfloxacino (apenas ITU não complicada)
0,5
1
>1
10
22
19-21
<19
Ofloxacino
0,25
0,5
>0,5
5
24
22-23
<22
Aminoglicosídeos1,2
1. Os pontos de corte de aztreonam para Enterobacteriaceae permitem detectar todos os mecanismos de resistência clinicamente relevantes
(incluindo ESBL). Alguns isolados produtores de β-lactamases são sensíveis ou intermediários ao aztreonam utilizando esses pontos de corte e
devem ser relatados de acordo com o resultado do teste, ou seja, a presença ou ausência de ESBL não influencia na categorização da
sensibilidade. A detecção e a caracterização de ESBL são recomendadas para fins de saúde pública e controle de infecções.
22-24
1. Existem evidências clínicas que indicam uma resposta inadequada ao tratamento com ciprofloxacino em infecções sistêmicas causadas por
Salmonella spp. com baixos níveis de resistência ao ciprofloxacino (CIM>0,06 mg/L). Os dados disponíveis relacionam-se principalmente a
Salmonella Typhi, mas também há relatos de casos com resposta inadequada em relação a outras espécies de Salmonella.
A. Os testes com disco de ciprofloxacino de 5 µg não são confiáveis para detectar baixos níveis de resistência em Salmonella spp. Para triagem de
resistência ao ciprofloxacino em Salmonella spp., utilizar discos de pefloxacino 5 µg. Ver Nota B.
B. A sensibilidade de Salmonella spp. ao ciprofloxacino pode ser inferida a partir do resultado do teste de disco-difusão de pefloxacino.
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do halo Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
(mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
AmicacinaAE
8
16
>16
30
18
15-17
<15
GentamicinaAE
2
4
>4
10
17
14-16
<14
NetilmicinaAE
2
4
>4
10
15
12-14
<12
TobramicinaAE
2
4
>4
10
17
14-16
<14
1. Os pontos de corte para aminoglicosídeos são baseados em altas doses de aminoglicosídeos administradas em dose única diária. Usualmente,
aminoglicosídeos são administrados em combinação com agentes β-lactâmicos.
2. Os pontos de corte não se aplicam a Plesiomonas shigeloides visto que aminoglicosídeos têm baixa atividade contra esta espécie.
12
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, válida a partir de 01-02-2019
Enterobacterales
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Macrolídeos, lincosamidas e estreptograminas Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do halo Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
(mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
Azitromicina1
-
Tetraciclinas
-
-
-
-
-
1. Azitromicina tem sido utilizada no tratamento de infecções por Salmonella Typhi (CIM ≤16 mg/L para isolados selvagens) e Shigella spp.
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do halo Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
(mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
Doxiciclina
Eravaciclina, E. coli
-
-
-
-
-
-
1. A tetraciclina tem sido utilizada para prever a sensibilidade à doxiciclina no tratamento de infecções por Yersinia enterocolitica (CIM de tetraciclina
≤ 4 mg/L para isolados selvagens). O diâmetro de halo correspondente para o disco de 30 µg de tetraciclina é ≥19 mm.
1. Tigeciclina possui atividade reduzida contra Morganella spp., Proteus spp. e Providencia spp.
0,5
-
>0,5
IP
IP
IP
Minociclina
-
-
-
-
-
-
2. Para determinação da CIM de tigeciclina por microdiluição, o meio deve ser fresco, preparado no dia do uso.
Tetraciclina1
-
-
-
-
-
-
0,52,3
-
>0,52,3
18A
-
<18A
3/A. Para outras Enterobacterales, a atividade de tigeciclina varia de insuficiente em Proteus spp., Morganella morganii e Providencia spp. para
variável em outras espécies. Para mais informações, consultar http://www.eucast.org/guidance_documents/.
B. Pontos de corte de diâmetro do halo de inibição validados apenas para E. coli . Para C.koseri , usar um método de determinação da CIM.
Tigeciclina, E. coli e C. koseri
Agentes diversos
IP
15
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do halo Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
(mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
Cloranfenicol
8
-
>8
30
17
-
<17
Colistina1
2
-
>2
-
NotaA
NotaA
NotaA
Polimixina B3
2
-
>2
-
NotaA
NotaA
NotaA
Fosfomicina IV
322
-
>322
200B
24C,D
-
<24C,D
Fosfomicina oral (apenas ITU não complicada)
322
64
-
>322
>64
200B
100
24C,D
11
-
<24C,D
<11
2
4
>4
23,75-1,25
14
11-13
<11
Nitrofurantoína (apenas ITU não complicada), E. coli
Sulfametoxazol-trimetoprima4
1. A determinação da CIM de colistina deve ser realizada com o método de microdiluição em caldo. O controle de qualidade da colistina deve ser
realizado com cepa controle sensível (E. coli ATCC 25922 ou P. aeruginosa ATCC 27853) e cepa controle resistente à colistina de E. coli NCTC
13846 (mcr-1 positivo).
2. A diluição em ágar é o método de referência para testar fosfomicina. A CIM para fosfomicina deve ser determinada na presença de glicose-6fosfato (25 mg/L no meio para os métodos de diluição em caldo e diluição em ágar). Seguir as instruções do fabricante caso seja utilizado um
sistema comercial.
3. Pontos de corte propostos pelo BrCAST
4. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte de CIM estão expressos como concentração de trimetoprima.
A. Utilizar um método de determinação da CIM (somente microdiluição em caldo).
B. Os discos de fosfomicina de 200 µg devem conter 50 µg de glicose-6-fosfato.
C. Pontos de corte para diâmetro de halo aplicáveis apenas a E. coli . Para outras Enterobacterales determine a CIM.
D. Ignorar colônias isoladas dentro do halo de inibição. Ver figuras abaixo.
a)
b)
c)
d)
Sem halo
Exemplos de halos de inibição de Escherichia coli com fosfomicina.
a-c) Ignorar todas as colônias e ler a borda mais externa do halo.
d) Registrar como ausência de halo de inibição.
13
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, válida a partir de 01-02-2019
Pseudomonas spp.
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1, exceto para fosfomicina, para
qual diluição em ágar é usada)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton
Inóculo: 5 x105 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por completo o
crescimento bacteriano.
Controle de qualidade: Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle do
componente inibidor da combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST-EUCAST.
Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton
Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da
parte posterior da placa, contra um fundo escuro e sob luz refletida.
Controle de qualidade: Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle do
componente inibidor dos discos de combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCASTEUCAST.
Pseudomonas aeruginosa é a espécie mais frequente deste gênero. Outras espécies menos frequentes de Pseudomonas recuperadas em amostras clínicas são: grupo P. fluorescens , grupo P. putida e grupo P. stutzeri .
Penicilinas
Piperacilina-tazobactamAE
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
162
-
>162
30-6
Ponto de corte p/ diâmetro do
halo (mm)
Sш
I
R<
AIT
18
-
<18
18-19
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
1. Os pontos de corte são baseados em terapia com doses elevadas, ver tabela de dosagens.
2. Para fins de teste de sensibilidade, a concentração de tazobactam é fixada a 4 mg/L.
Cefalosporinas
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Ponto de corte p/ diâmetro do
halo (mm)
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
CefepimaAE
8
-
>8
30
21
-
<21
1. Os pontos de corte são baseados em terapia com doses elevadas, ver tabela de dosagens.
CeftazidimaAE
Ceftazidima-avibactam, P. aeruginosa
8
-
>8
10
-
81
-
>81
10-4
42
-
>42
30-10
<17
<17
<24
1. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de avibactam é fixada em 4 mg/L.
Ceftolozana-tazobactam, P. aeruginosa
17
17
24
Carbapenêmicos
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
-
AIT
16-17
Ponto de corte p/ diâmetro do
halo (mm)
Sш
I
R<
-
-
-
1. Os pontos de corte são baseados em terapia com doses elevadas, ver tabela de dosagens.
Ertapenem
-
-
-
ImipenemAE
Meropenem
4
-
>4
10
20
-
<20
2
4-8
>8
10
24
18-23
<18
Meropenem-vaborbactam, P. aeruginosa
81
-
>81
AztreonamAE
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
AIT
Doripenem1
Monobactâmicos
2. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg/L.
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
16
-
>16
30
1. Para fins de teste de sensibilidade, a concentração de vaborbactam é fixada em 8 mg/L.
Ponto de corte p/ diâmetro do
halo (mm)
Sш
I
R<
18
-
<18
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
AIT
A. O ponto de corte de resistência é confiável para categorizar os isolados, mas a sensibilidade (S ou I) deve ser avaliada pela
determinação da concentração inibitória mínima (CIM).
14
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, válida a partir de 01-02-2019
Pseudomonas spp.
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Fluoroquinolonas
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Ponto de corte p/ diâmetro do
halo (mm)
Sш
I
R<
CiprofloxacinoAE
0,5
-
>0,5
5
26
-
<26
LevofloxacinoAE
Moxifloxacino
1
-
>1
5
22
-
<22
-
-
-
-
-
-
Norfloxacino (apenas ITU não complicada)
-
-
-
-
-
-
Ofloxacino
-
-
-
-
-
-
Aminoglicosídeos1
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Sш
I
R<
8
16
>16
30
18
15-17
<15
GentamicinaAE
4
-
>4
10
15
-
<15
NetilmicinaAE
4
-
>4
10
12
-
<12
TobramicinaAE
4
-
>4
10
16
-
<16
Agentes diversos
Colistina1
2
Polimixina B
Fosfomicina iv3
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
2
-
>2
2
-
>2
4
AIT
1. Os pontos de corte são baseados em terapia com doses elevadas, ver tabela de dosagens.
Ponto de corte p/ diâmetro do
halo (mm)
AmicacinaAE
Sш
I
R<
NotaA
NotaA
NotaA
NotaA
NotaA
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Fosfomicina oral3
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
AIT
1. Os pontos de corte para aminoglicosídeos são baseados em altas doses de aminoglicosídeos administradas em dose única
diária. Usualmente, aminoglicosídeos são administrados em combinação com agentes β-lactâmicos.
Ponto de corte p/ diâmetro do
halo (mm)
NotaA
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
AIT
1. A determinação da CIM de colistina deve ser realizada pelo método de microdiluição em caldo. O controle de qualidade da
colistina deve ser realizado com cepa controle sensível (E. coli ATCC 25922 ou P. aeruginosa ATCC 27853) e cepa controle
resistente à colistina E. coli NCTC 13846 (mcr-1 positivo).
2. Pontos de corte preconizados pelo BrCAST.
3. A diluição em ágar é o método de referência para testar fosfomicina. A CIM para fosfomicina deve ser determinada na
presença de glicose-6-fosfato (25 mg por litro de ágar MH). Seguir as instruções do fabricante caso seja utilizado um sistema
comercial. Infecções causadas por cepas selvagens (ECOFF: CIM 128mg/L; correspondendo ao diâmetro de halo de 12 mm
usando a potência do disco e instruções de leitura de E. coli ) têm sido tratadas usando combinações de fosfomicina e outros
agentes antimicrobianos.
A. Utilizar um método para a determinação da CIM (somente microdiluição em caldo).
15
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, válida a partir de 01-02-2019
Stenotrophomonas maltophilia
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Sulfametoxazol-trimetoprima é o único agente atualmente para qual existem pontos de
corte do EUCAST.
Para informações adicionais, ver documento de orientação em www.eucast.org.
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Para Sulfametoxazol-trimetoprim, deve-se ler a CIM da menor concentração antimicrobiana que inibiu
aproximadamente 80% do crescimento bacteriano comparado ao poço controle.
Controle de qualidade: Escherichia coli ATCC 25922
Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton
Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Ler as bordas dos halos de inibição com a parte posterior da placa voltada para o observador, contra um fundo escuro e sob
luz refletida (ver abaixo para instruções específicas de leitura).
Controle de qualidade: Escherichia coli ATCC 25922
Agentes diversos
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sulfametoxazol-trimetoprima1,AE
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
4
-
>4
Conteúdo
do disco
(µg)
AIT
23,75-1,25
Ponto de corte p/ diâmetro do
halo (mm)
Sш
I
R<
16A
-
<16A
AIT
1. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte estão expressos como concentração de trimetoprim.
2. Os pontos de corte se referem a terapia com doses elevadas, ver tabela de dosagens.
A. Isolados apresentando qualquer sinal de halo de inibição 16 mm podem ser reportados como sensíveis e o crescimento dentro do
halo de inibição pode ser ignorado. A densidade do crescimento dentro do halo pode variar de uma névoa a um crescimento substancial
(ver figuras abaixo).
b)
c)
Exemplos de halos de inibição de Stenotrophomonas maltophilia com sulfametoxazol-trimetoprima.
a-c) Um halo externo pode ser visualizado. Reportar como sensível se o diâmetro do halo for ≥ 16 mm.
d) Crescimento até a borda do disco e sem sinal de halo de inibição. Reportar como resistente.
16
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Acinetobacter spp.
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM da menor concentração antimicrobiana que visualmente inibe por completo o
crescimento bacteriano.
Controle de qualidade: Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ do
BrCAST-EUCAST.
Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton
Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte
posterior da placa, contra um fundo escuro e sob luz refletida.
Controle de qualidade: Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ do BrCASTEUCAST.
Este gênero inclui várias espécies. As espécies de Acinetobacter mais frequentemente encontradas em amostras clínicas são aquelas incluídas no grupo A. baumannii , que inclui A. baumannii , A. nosocomialis , A. pittii , A. dijkshoorniae e
A. seifertii . Outras espécies são A. haemolyticus , A. junii , A. lwoffii , A. ursingii e A. variabilis .
1
Penicilinas
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
Ampicilina-sulbactam
EI
EI
EI
EI
EI
EI
Piperacilina-tazobactam
EI
EI
EI
EI
EI
EI
Cefalosporinas
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
Cefepima
-
-
-
-
-
-
Ceftazidima
-
-
-
-
-
-
Carbapenêmicos
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
Doripenem1
Ertapenem
Imipenem
2
4
>4
Meropenem
2
4-8
>8
Meropenem-vaborbactam
EI
EI
EI
Monobactâmicos
Aztreonam
Fluoroquinolonas
1. O teste de sensibilidade de Acinetobacter spp. às penicilinas não é confiável. Na maioria dos casos, Acinetobacter spp. são
resistentes às penicilinas.
1. Os pontos de corte são baseados em terapia com altas doses, ver tabela de dosagens.
10
24
21-23
<21
10
21
15-20
<15
EI
EI
EI
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
-
-
-
-
-
-
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
Ciprofloxacino
0,06
0,12-1
>1
5
50
21-49
<21
Levofloxacino
0,5
1
>1
5
23
20-22
<20
Moxifloxacino
-
-
-
-
-
-
Norfloxacino (apenas ITU não complicada)
-
-
-
-
-
-
Ofloxacino
-
-
-
-
-
-
1. Os pontos de corte são baseados em terapia com altas doses, ver tabela de dosagens.
17
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Acinetobacter spp.
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
1
Aminoglicosídeos
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
AmicacinaAE
8
16
>16
30
19
17-18
<17
GentamicinaAE
4
-
>4
10
17
-
<17
NetilmicinaAE
4
-
>4
10
16
-
<16
TobramicinaAE
4
-
>4
10
17
-
<17
Tetraciclinas
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
Doxiciclina
-
-
-
-
-
-
Minociclina
EI
EI
EI
EI
EI
EI
Tetraciclina
-
-
-
-
-
-
Tigeciclina
EI
EI
EI
EI
EI
EI
Agentes diversos
1. Os pontos de corte para aminoglicosídeos são baseados em altas doses de aminoglicosídeos administradas em dose única diária.
Usualmente, aminoglicosídeos são administrados em combinação com agentes β-lactâmicos.
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
Colistina1
2
-
>2
Polimixina B2
Sulfametoxazol-trimetoprima3
2
2
4
>2
>4
23,75-1,25
NotaA
NotaA
NotaA
1. A determinação da CIM de colistina deve ser realizada com o método de microdiluição em caldo. O controle de qualidade da colistina
deve ser realizado com cepa controle sensível (E. coli ATCC 25922 ou P. aeruginosa ATCC 27853) e cepa controle resistente à colistina
de E. coli NCTC 13846 (mcr-1 positivo).
NotaA
14
NotaA
11-13
NotaA
<11
2. Pontos de corte preconizados pelo BrCAST.
3. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte estão expressos como concentração de trimetoprima.
A. Utilizar um método de determinação da CIM (somente microdiluição em caldo).
18
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Staphylococcus spp.
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1, exceto para fosfomicina, para
qual diluição em ágar é usada)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por completo o
crescimento bacteriano.
Controle de qualidade: Staphylococcus aureus ATCC 29213. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ do
BrCAST-EUCAST.
Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: ágar Mueller-Hinton
Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte
posterior da placa, contra um fundo escuro e sob luz refletida (exceto para penicilina e linezolida, veja abaixo).
Controle de qualidade: Staphylococcus aureus ATCC 29213. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ do BrCASTEUCAST.
Este gênero tem sido tradicionalmente dividido em S. aureus , agora considerado como um complexo [S. aureus, S. argenteus (encontrado em infecções humanas) e S. schweitzeri (encontrado até agora em
animais)], outras espécies coagulase positivo não pertencentes ao complexo S. aureus : S. intermedius , S. pseudintermedius , S. schleiferi subespécie coagulans e, por último, estafilococos coagulase negativo.
As espécies coagulase negativo mais frequentemente detectadas em amostras clínicas são S. capitis, S. cohnii, S. epidermidis, S. haemolyticus, S. hominis, S. hyicus, S. lugdunensis, S. saprophyticus,
S. schleiferi subespécie schleiferi, S. sciuri, S. simulans, S. warneri e S. xylosus . Salvo indicação contrária, os pontos de corte aplicam-se a todos os membros do gênero Staphylococcus , exceto quanto ao fato de
que pontos de corte para outras espécies além de S. aureus no complexo S. aureus não foram validados, e que S. saccharolyticus deve ser testado como um anaeróbio gram-positivo.
Penicilinas1
Benzilpenicilina, S. aureus
Benzilpenicilina, S. lugdunensis
Benzilpenicilina, estafilococos coagulase negativo
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
0,1251
0,1251
- 1,2
-
>0,1251
>0,1251
- 1,2
AIT
1U
1U
Ponto de corte p/ diâmetro
do halo (mm)
Sш
I
R<
26A,B
26A
NotaA,C
-
<26A,B
<26A
NotaA,C
Nota
Ampicilina, S. saprophyticus
Nota
-
<18A,D
Ampicilina-sulbactam
Amoxicilina
Amoxicilina-ácido clavulânico
Piperacilina-tazobactam
Fenoximetilpenicilina, S. aureus
Nota1,3
Nota1,3
Nota1,3
Nota1,3
Nota1
Nota1,3
Nota1,3
Nota1,3
Nota1,3
Nota1
Nota1,3
Nota1,3
Nota1,3
Nota1,3
Nota1
NotaA,D
NotaA,D
NotaA,D
NotaA,D
NotaA
NotaA,D
NotaA,D
NotaA,D
NotaA,D
NotaA
NotaA,D
NotaA,D
NotaA,D
NotaA,D
NotaA
-1,2
-1,2
-1,2
NotaA
NotaA
NotaA
Nota1,4
Nota1,4
Nota1,4
NotaA,C
NotaA,C
NotaA,C
Fenoximetilpenicilina, estafilococos coagulase negativo
Oxacilina4
1,3
Nota
1,3
Nota
1,3
2
18
A,D
A,C
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
AIT
1/A. Estafilococos são, em sua maioria, produtores de penicilinase, sendo resistentes à benzilpenicilina, fenoximetilpenicilina,
ampicilina, amoxicilina, piperacilina e ticarcilina. Staphylococcus sensíveis à penicilina e cefoxitina podem ser reportados como
sensíveis aos antimicrobianos supracitados. No entanto, a eficácia de formulações orais, particularmente fenoximetilpenicilina, é
incerta. Isolados resistentes à penicilina, mas sensíveis à cefoxitina, são sensíveis às combinações com inibidor de β-lactamase e
isoxazolilpenicilinas (oxacilina, cloxacilina, dicloxacilina e flucloxacilina), nafcilina e várias cefalosporinas. Com exceção de ceftarolina e
ceftobiprole, isolados resistentes à cefoxitina são resistentes a todos os β-lactâmicos.
2/C. Nenhum método existente atualmente pode detectar produção de penicilinase de modo confiável em estafilococos coagulase
negativo.
3/D. S. saprophyticus sensíveis à ampicilina são gene mec A-negativo e sensíveis à ampicilina, amoxicilina e piperacilina (com ou sem
inibidor de β-lactamase).
4. S. aureus, S. lugdunensis e S. saprophyticus com CIM de oxacilina >2 mg/L são, em sua maioria, resistentes à meticilina pela
presença do gene mecA ou gene mecC . Ocasionalmente, valores de CIM de oxacilina são altos em S. aureus na ausência de
resistência mediada por gene mec. Essas cepas são conhecidas como BORSA (Borderline Oxacillin-Resistant S. aureus ). O EUCAST
não recomenda uma triagem sistemática para BORSA. Para estafilococos coagulase negativo, exceto S. saprophyticus e S.
lugdunensis , a CIM de oxacilina em cepas resistentes à meticilina é >0,25 mg/L.
B. Para detecção de isolados de S. aureus produtores de penicilinase, o método de disco-difusão é mais confiável do que a
determinação da CIM, desde que o diâmetro do halo seja medido E as bordas do halo sejam cuidadosamente avaliadas (ver figuras
abaixo). Examine as bordas do halo de inibição com luz transmitida (placa contra a luz). Se o diâmetro do halo de inibição for <26mm,
relatar resistente. Se o diâmetro for >26mm E as bordas do halo bem definidas, relatar resistente. Se as bordas do halo forem mal
definidas (difusas) reportar sensível, mas se duvidoso relatar resistente. Testes de β-lactamase com cefalosporina cromogênica não
são confiáveis para detectar penicilinase estafilocócica.
C. Para a triagem de S. pseudintermedius resistente à meticilina, ver Nota C em cefalosporinas.
19
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Staphylococcus spp.
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Cefalosporinas1
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Ponto de corte p/ diâmetro
do halo (mm)
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч
I
R>
Sш
I
R<
CefaclorAE
Cefadroxila
Cefalexina
Nota1
Nota1
Nota1
Nota1
Nota1
Nota1
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
NotaA
NotaA
NotaA
NotaA
NotaA
NotaA
Cefazolina
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
2. Para dosagens, ver tabela de dosagens.
Cefepima
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
Cefoxitina (triagem) S. aureus e estafilococos
coagulase negativo exceto S. epidermidis
Cefoxitina (triagem), S. epidermidis
Nota3,4
Nota3,4
Nota3,4
30
22A,B
NotaA
-
<22A,B
2. S. aureus e S. lugdunensis com valores de CIM para cefoxitina >4 mg/L e S. saprophyticus com valores de CIM para cefoxitina >8
mg/L são resistentes à meticilina (oxacilina) principalmente devido à presença do gene mecA ou mecC . Testes de disco-difusão são
confiáveis para predizer resistência à meticilina (oxacilina).
Nota4
Nota4
Nota4
30
25A,B
-
<25A,B
Cefoxitina (triagem), S. pseudintermedius
NA
NA
NA
30
NotaC
Ceftarolina, S. aureus (Outras indicações que não
pneumonia)
14
2
>24,5
1
5
20D
NotaC
17-19
Ceftarolina, S. aureus (Pneumonia)
14
-
>14
1
5
20D
-
AIT
AIT
1/A. A sensibilidade às cefalosporinas em estafilococos é inferida pela sensibilidade à cefoxitina, exceto para ceftazidima, ceftazidimaavibactam e ceftolozana-tazobactam, que não têm pontos de corte definidos e não devem ser utilizadas para tratamento de infecções
estafilocócicas. Alguns S. aureus resistentes à meticilina (oxacilina) são sensíveis à ceftarolina, Ver Notas 4/D e 6/F.
25-27
3. Para estafilococos que não sejam S. aureus , S. lugdunensis ou S. saprohyticus , a CIM de cefoxitina é um pior preditor de
resistência à meticilina (oxacilina) do que o teste de disco-difusão.
4/D. Isolados sensíveis à meticilina (oxacilina) podem ser reportados como sensíveis à ceftarolina sem testes adicionais.
<17D,E
19-20
5/E. Isolados resistentes são raros.
<20D
19-20
B. Caso um estafilococo coagulase negativo não seja identificado em nível de espécie, utilizar pontos de corte para diâmetro de halo
S≥ 25, R<25mm.
NotaC
C. Triagem com cefoxitina para S. pseudintermedius resistente à meticilina (oxacilina) tem menor valor preditivo para a presença do
gene mecA do que em outros estafilococos. Usar o disco de oxacilina 1µg com pontos de corte para diâmetro do halo S 20, R<20 mm
para triagem de resistência à meticilina.
Carbapenêmicos1
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Ponto de corte p/ diâmetro
do halo (mm)
Sш
I
R<
NotaA
NotaA
NotaA
AIT
1/A. A sensibilidade dos estafilococos aos carbapenêmicos é inferida a partir da sensibilidade à cefoxitina.
Doripenem
Ertapenem
Nota1
Nota1
Nota1
Imipenem
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
Meropenem
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
Meropenem-vaborbactam
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
Fluoroquinolonas
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Ponto de corte p/ diâmetro
do halo (mm)
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч
I
R>
Sш
I
R<
CiprofloxacinoAE, S. aureus
1
-
>1
5
21A
-
<21A
1. Os pontos de corte se referem a terapia com doses elevadas, ver tabela de dosagens.
CiprofloxacinoAE, estafilococo coagulase negativo
1
-
>1
5
24A
-
<24A
A. O teste de disco-difusão com norfloxacino pode ser usado para triagem de resistência às fluoroquinolonas. Ver nota B.
Levofloxacino, S. aureus
1
-
>1
5
22A
-
<22A
Levofloxacino, estafilococo coagulase negativo
1
-
>1
5
24A
-
<24A
Moxifloxacino, S. aureus
Moxifloxacino, estafilococo coagulase negativo
Norfloxacino (triagem)
0,25
0,25
NA
NA
>0,25
>0,25
NA
5
5
10
25A
28A
17B
-
<25A
<28A
NotaB
B. Isolados classificados como sensíveis ao norfloxacino podem ser reportados como sensíveis ao ciprofloxacino, levofloxacino,
moxifloxacino e ofloxacino. Isolados classificados como não sensíveis ao norfloxacino devem ser testados individualmente para cada
agente.
OfloxacinoAE, S. aureus
1
-
>1
5
20A
-
<20A
OfloxacinoAE, estafilococo coagulase negativo
1
-
>1
5
24A
-
<24A
AIT
AIT
20
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Staphylococcus spp.
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Aminogicosídeos
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Sш
I
R<
AIT
30
18
16-17
<16
15-19
>16
>1
30
10
22
18
19-21
-
<19
<18
>1
>1
>1
>1
>1
10
10
10
10
10
22
18
22
18
22
-
<22
<18
<22
<18
<22
Amicacina1, S. aureus
8
16
>16
Amicacina1, estafilococos coagulase negativo
Gentamicina, S. aureus
8
1
16
-
Gentamicina, estafilococos coagulase negativo
Netilmicina, S. aureus
Netilmicina, estafilococos coagulase negativo
Tobramicina, S. aureus
Tobramicina, estafilococos coagulase negativo
1
1
1
1
1
-
Glicopeptídeos1
Ponto de corte p/ diâmetro
do halo (mm)
16
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Sш
I
R<
2
-
>2
NotaA
NotaA
NotaA
4
-
>4
NotaA
NotaA
NotaA
Vancomicina2, S. aureus
2
-
>2
NotaA
NotaA
NotaA
Vancomicina2, estafilococos coagulase
negativo
4
-
>4
NotaA
NotaA
NotaA
1. Os pontos de corte para aminoglicosídeos são baseados em altas doses de aminoglicosídeos administradas em dose única diária.
1. A resistência à amicacina é melhor determinada testando-se a kanamicina (CIM > 8 mg/L). O diâmetro do halo de inibição
correspondente, para disco de kanamicina de 30 μg, é R < 18 mm para S. aureus e R < 22 mm para estafilococos coagulase negativo.
Ponto de corte p/ diâmetro
do halo (mm)
Teicoplanina2, S. aureus
Teicoplanina, estafilococos coagulase negativo
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
AIT
1. A CIM de glicopeptídeos é dependente do método e deve ser determinada por microdiluição em caldo (referência ISO 20776). S.
aureus com CIM de 2 mg/L para vancomicina estão no limite da distribuição da CIM do tipo selvagem e pode haver diminuição da
resposta clínica. O ponto de corte (resistente) foi diminuído para 2 mg/L para evitar que isolados intermediários “GISA” sejam
reportados, já que infecções graves por “GISA” não são tratáveis com doses altas de vancomicina ou teicoplanina.
2. Isolados não sensíveis são raros. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis devem ser confirmados em
centro de referência.
A. O método de disco-difusão não é confiável e não distingue isolados selvagens daqueles com resistência não mediada pelo gene
vanA .
Macrolídeos e lincosamidas
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Ponto de corte p/ diâmetro
do halo (mm)
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
Azitromicina
11
2
>21
NotaA
NotaA
NotaA
1/A. A eritromicina pode ser utilizada para determinar a sensibilidade à azitromicina, claritromicina e roxitromicina.
Claritromicina
11
2
>21
NotaA
NotaA
Eritromicina
11
2
>21
15
21A
NotaA
18-20
2. A resistência induzível à clindamicina pode ser detectada pelo antagonismo da atividade da clindamicina por agente macrolídeo. Se
antagonismo não for detectado, reportar como testado de acordo com os pontos de corte clínicos. Se detectado, reportar como
resistente e considerar a inclusão do comentário: “A clindamicina ainda pode ser utilizada para tratamento de curta duração ou
tratamento de infecções menos graves de pele e tecidos moles porque é improvável haver desenvolvimento de resistência plena
durante tais tratamentos”.
0,25
0,5
>0,5
2
22B
19-21
<19B
Clindamicina2
<18A
AIT
B. Posicione os discos de eritromicina e clindamicina a uma distância de 12-20 mm (borda-borda) e observe a ocorrência de
antagonismo (halo de inibição em forma de "D").
21
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Staphylococcus spp.
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Tetraciclinas
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
11
2
>21
Eravaciclina, S. aureus
Minociclina
Tetraciclina
0,25
>0,25
0.51
11
1
2
>11
>21
EP
30
30
Tigeciclina 2
0,53
-
>0,53
15
Doxiciclina
Oxazolidinonas
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Linezolida
4
-
>4
Tedizolida
0,51
-
>0,5
Agentes Diversos
10
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Ponto de corte p/ diâmetro
do halo (mm)
Sш
I
R<
NotaA
NotaA
NotaA
EP
EP
20-22
19-21
EP
23A
22A
18
-
I
R<
21A
-
<21A
NotaB
NotaB
NotaB
Sш
I
R<
-
>1
10
24
-
<24
Cloranfenicol
8
-
>8
30
18
-
<18
Nitrofurantoína (apenas infecção do trato urinário
não complicada), S. saprophyticus
Rifampicina
Sulfametoxazol-trimetoprima4
12
-
>12
NotaA
NotaA
NotaA
323
-
-
>323
-
NotaA
-
NotaA
-
NotaA
-
64
-
>64
100
13
-
<13
0,06
0,12-0,5
>0,5
5
26
23-25
<23
2
4
>4
23,75-1,25
17
14-16
<14
Exemplos de halos de inibição para Staphylococcus aureus com benzilpenicilina.
a) Bordas do halo mal definidas (irregulares) e diâmetro do halo de inibição ≥ 26 mm. Reportar como sensível.
b) Bordas do halo bem definidas e diâmetro do halo de inibição ≥ 26 mm. Reportar como resistente.
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
AIT
1. Isolados sensíveis à linezolida podem ser considerados sensíveis à tedizolida.
A. Examine as margens do halo de inibição com luz transmitida (placa contra a luz).
B. Isolados sensíveis à linezolida podem ser considerados sensíveis à tedizolida. Para isolados resistentes à linezolida, realizar um
método de determinação da CIM.
Ponto de corte p/ diâmetro
do halo (mm)
1
Fosfomicina oral
1/A. Isolados sensíveis à tetraciclina também são sensíveis à doxiciclina e à minociclina, mas alguns isolados resistentes à tetraciclina
podem ser sensíveis à minociclina e/ou à doxiciclina. Se necessário, deve ser utilizado um método de CIM para testar a sensibilidade à
doxiciclina em isolados resistentes à tetraciclina.
2. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis
devem ser confirmados em centro de referência.
3. Para determinação da CIM de tigeciclina por microdiluição, o meio deve ser preparado fresco no dia do uso.
Ponto de corte p/ diâmetro
do halo (mm)
Ácido fusídico
Daptomicina1
Fosfomicina IV
AIT
<20A
<19A
<18
Sш
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
AIT
1. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis
devem ser confirmados em centro de referência.
++
2.Para determinação da CIM de daptomicina o meio deve ser suplementado com Ca para uma concentração final de 50 mg/L para o
método da microdiluição em caldo. A diluição em ágar não está validada. Seguir as instruções do fabricante caso utilize um sistema
comercial.
3. A diluição em ágar é o método de referência para testar fosfomicina. A CIM para fosfomicina deve ser determinada na presença de
glicose-6-fosfato (25 mg por litro de ágar MH). Seguir as instruções do fabricante caso utilize um sistema comercial.
4. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte de CIM estão expressos como concentração de trimetoprima.
A. Utilizar método de determinação da CIM.
22
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Enterococcus spp.
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Em endocardites, consultar diretrizes nacionais e internacionais sobre os pontos de corte para Enterococcus spp.
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por completo
o crescimento bacteriano.
Controle de qualidade: Enterococcus faecalis ATCC 29212. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle do
componente inibidor da combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST-EUCAST.
Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: ágar Mueller-Hinton
Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h (para glicopeptídeos ler em 24h)
Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte posterior
da placa, contra um fundo escuro e sob luz refletida (exceto para glicopeptídeos - ver abaixo).
Controle de qualidade: Enterococcus faecalis ATCC 29212. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle do componente
inibidor dos discos de combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST-EUCAST.
Este gênero inclui várias espécies. Os enterococos mais frequentes recuperados em amostras clínicas são E. faecalis , E. faecium , E. avium , E. casseliflavus , E. durans , E. gallinarum , E. hirae , E. mundtii e E. raffinosus .
Salvo indicação contrária, os pontos de corte são aplicáveis a todos os membros do gênero Enterococcus .
Penicilinas1
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Benzilpenicilina
-
-
-
Ampicilina
4
8
>8
4
8
8
>8
>8
Ampicilina-sulbactam
3
Amoxicilina
3
Amoxicilina-ácido clavulânico3
Piperacilina-tazobactam
3
Carbapenêmicos
4
4
5
4
Nota
Nota
2
4
>8
8
3
2
3
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
-
-
-
10
8-9
<8
A
Nota
A
Nota
5
Nota
Nota3
A
NotaA
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
A
Nota
A
Nota
Nota
A
NotaA
2
A
Nota
A
Nota
Nota
A
1. E. faecium resistente às penicilinas podem ser considerados resistentes a todos os agentes β-lactâmicos incluindo os carbapenêmicos.
2. Resistência à ampicilina em E. faecalis é rara e deve ser confirmada com um método de determinação da CIM.
3/A. A sensibilidade à ampicilina, amoxicilina e piperacilina com e sem inibidores de β-lactamase pode ser inferida a partir da ampicilina.
4. Para fins de teste de sensibilidade a concentração de sulbactam é fixada em 4 mg/L.
5. Para fins de teste de sensibilidade a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg/L.
NotaA
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
Doripenem
Ertapenem
-
-
-
Imipenem
4
8
>8
Meropenem
Meropenem-vaborbactam
-
-
-
-
Fluoroquinolonas
-
-
-
21
18-20
<18
-
-
-
-
-
-
-
-
10
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
Ciprofloxacino, apenas em infecção do trato
urinário (ITU) não complicada
4
-
>4
5
15
A
-
<15
A
A. O teste de disco-difusão com norfloxacino pode ser utilizado como triagem para resistência às fluoroquinolonas. Ver Nota B.
Levofloxacino (apenas ITU não complicada)
Moxifloxacino
Norfloxacino (triagem)
4
-
-
>4
-
5
15
-
A
-
<15
-
A
B. A sensibilidade ao ciprofloxacino e ao levofloxacino pode ser inferida a partir da sensibilidade ao norfloxacino.
NA
NA
NA
10
-
-
<12
-
B
-
12
-
B
-
Ofloxacino
-
23
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Enterococcus spp.
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Aminoglicosídeos1
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Amicacina
Nota
2
Nota
2
Gentamicina (para triagem de alto nível de
resistência aos aminoglicosídeos)
Nota
2
Nota2
Netilmicina
Estreptomicina (para triagem de alto nível de
resistência aos aminoglicosídeos)
Nota
2
Nota
Nota
3
Nota3
Tobramicina
Nota
2
Nota
2
2
Nota
2
Nota2
Nota
Nota
Nota
30
2
Nota3
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
NotaA
Nota
300
2
A
A
NotaB
Nota
A
Nota
A
NotaA
Nota
A
NotaB
Nota
A
Nota
A
NotaA
Nota
A
NotaB
Nota
A
1. Enterococos são intrinsecamente resistentes aos aminoglicosídeos e a monoterapia com aminoglicosídeos não é efetiva. É provável que
ocorra sinergismo entre aminoglicosídeos e penicilinas ou glicopeptídeos contra enterococos sem resistência adquirida de alto nível. Os
testes de sensibilidade com aminoglicosídeos visam distinguir entre resistência intrínseca e resistência adquirida de alto nível.
2/A. A gentamicina pode ser utilizada para triagem de resistência de alto nível aos aminoglicosídeos.
Teste negativo: Isolados com CIM de gentamicina ≤128 mg/L ou com halo de inibição ≥8 mm. O isolado tem perfil selvagem para
gentamicina e apresenta apenas resistência intrínseca de baixo nível. Para outros aminoglicosídeos isso pode não ser o caso. É provável o
sinergismo com penicilinas ou glicopeptídeos se o isolado for sensível à penicilina ou a glicopeptídeo.
Teste Positivo: Isolados com CIM de gentamicina >128 mg/L ou com halo de inibição <8 mm. O isolado apresenta resistência de alto nível à
gentamicina e aos outros aminoglicosídeos, exceto à estreptomicina, a qual deve ser testada separadamente caso indicado (ver nota 3/B).
Não ocorrerá sinergismo com penicilinas ou glicopeptídeos.
3/B. Isolados com alto nível de resistência à gentamicina podem não apresentar alto nível de resistência à estreptomicina.
Teste Negativo: Isolados com CIM para estreptomicina ≤512 mg/L ou com halo de inibição ≥14 mm. O isolado tem perfil selvagem para
estreptomicina e apresenta apenas resistência intrínseca de baixo nível. É provável o sinergismo com penicilinas ou glicopeptídeos se o
isolado for sensível à penicilina ou glicopeptídeo.
Teste Positivo: Isolados com CIM para estreptomicina >512 mg/L ou com halo de inibição <14 mm. O isolado apresenta resistência de alto
nível de estreptomicina. Não ocorrerá sinergismo com penicilinas ou glicopeptídeos.
Glicopeptídeos
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Teicoplanina
2
-
>2
30
Vancomicina
4
-
>4
5
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
16
12
A,B
-
<16
<12
A,B
A. Enterococos sensíveis à vancomicina apresentam halos de inibição com bordas bem definidas e não apresentam colônias dentro do halo
de inibição. Examinar as bordas dos halos de inibição com luz transmitida (placa erguida contra a luz). Suspeitar de resistência quando as
bordas forem mal definidas (irregulares ou difusas) ou quando houver crescimento de colônias dentro do halo de inibição, mesmo que o
diâmetro do halo seja ≥ 12 mm (ver figuras abaixo). Os isolados não podem ser reportados como sensíveis antes de 24h de incubação.
(Ver nota B).
B. Resultados duvidosos devem ser confirmados por determinação da CIM e/ou detecção dos genes van por PCR.
Tetraciclinas
Doxiciclina
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Eravaciclina
0,125
-
>0,125
Minociclina
-
-
-
Tetraciclina
-
-
-
Tigeciclina
1
Oxazolidinonas
Linezolida
0,25
2
>0,25
2
EP
15
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
4
-
>4
10
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
EP
EP
EP
-
-
-
-
-
-
18
-
<18
1. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis
devem ser confirmados em centro de referência.
2.Para determinação da CIM de tigeciclina por microdiluição, o meio deve ser preparado fresco, no dia do uso.
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
19
-
<19
24
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Enterococcus spp.
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Agentes diversos
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
Daptomicina1
EI
EI
EI
EI
EI
EI
1. Para mais informações veja http://www.eucast.org/guidance_documents/.
Fosfomicina IV
-
-
-
-
-
-
64
-
>64
-
-
-
100
15
-
<15
2/A. A atividade do sulfametoxazol-trimetoprim contra enterococos é incerta, não sendo possível prever o desfecho clínico. O ECOFF para
categorizar os isolados como selvagem ou não-selvagem para E. faecalis e E. faecium é de 1 mg/L, com um ECOFF de diâmetro de halo de
23 mm para sulfametoxazol-trimetoprima.
3. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte de CIM são expressos como concentração de trimetoprima.
Nota2
Nota2
Nota2
23,75-1,25
NotaA
NotaA
NotaA
Fosfomicina oral
Nitrofurantoína (apenas ITU não complicada), E.
faecalis
Sulfametoxazol-Trimetoprima3
a)
b)
c)
B. O ponto de corte de resistência é confiável para categorizar os isolados, mas a sensibilidade (S ou I) deve ser avaliada pela determinação
da concentração inibitória mínima (CIM).
d)
Exemplos de halos de inibição de vancomicina para Enterococcus spp.
a) Bordas do halo regulares (bem definidas) e diâmetro do halo ≥ 12 mm. Reportar como sensível.
b-d) Bordas irregulares (difusas ou mal definidas) ou presença de colônias dentro do halo de inibição. Realizar teste confirmatório por PCR para genes van ou reporte como resistente mesmo se o diâmetro da halo for ≥ 12 mm.
25
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Streptococcus dos grupos A, B, C e G
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F)
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por
completo o crescimento bacteriano.
Controle de qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela
de CQ do BrCAST-EUCAST.
Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + 5% sangue desfibrinado de cavalo e 20 mg/L de β-NAD (MH-F)
Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: CO2 a 5%, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte anterior da
placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle da Qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ do BrCASTEUCAST.
Penicilinas1
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
Benzilpenicilina
0,25
2
I
R>
-
>0,252
Nota
Nota
1
I
R<
18
-
<18
Ampicilina-sulbactam
Nota
Amoxicilina
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
Amoxicilina-ácido clavulânico3
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
Piperacilina-tazobactam3
Fenoximetilpenicilina
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
Nota1
NA
Nota1
NA
Nota1
NA
NotaA
NA
NotaA
NA
NotaA
NA
Cefalosporinas1
Nota
1
Sш
1
Oxacilina
Nota
1U
Nota
3
1
AIT
Ponto de corte p/
diâmetro do halo (mm)
1
Ampicilina
1
Conteúdo
do disco
(µg)
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Conteúdo
do disco
(µg)
Nota
A
Nota
A
Nota
A
Nota
Nota
A
NotaA
NotaA
Sч
I
R>
Sш
I
R<
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
Cefadroxila
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
Cefalexina
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
Cefazolina
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
Cefepima
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
Cefotaxima
Nota1
NA
Nota1
NA
Nota1
NA
NotaA
NA
NotaA
NA
NotaA
NA
Ceftazidima
Nota1
-
Nota1
-
Nota1
-
NotaA
-
NotaA
-
NotaA
-
Ceftriaxona
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
Cefuroxima iv
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
Cefuroxima oral
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
Ceftarolina
3. Estreptococos dos grupos A, B, C e G não produzem β-lactamase. A adição de um inibidor de β-lactamase não agrega valor clínico.
Ponto de corte p/
diâmetro do halo (mm)
Nota1
Cefoxitina
1/A. A sensibilidade dos estreptococos dos grupos A, B, C e G às penicilinas é inferida a partir da sensibilidade à benzilpenicilina, com
exceção da fenoximetilpenicilina e isoxazolilpenicilinas para estreptococos do grupo B.
2. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis
devem ser confirmados em centro de referência.
A
Cefaclor
AIT
AIT
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
AIT
1/A. A sensibilidade dos estreptococos dos grupos A, B, C e G às cefalosporinas é inferida a partir da sensibilidade à benzilpenicilina.
26
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Streptococcus dos grupos A, B, C e G
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Carbapenêmicos1
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
Ertapenem
Nota1
Nota1
Imipenem
Nota1
Meropenem
Nota1
Meropenem-vaborbactam2
Nota1
Conteúdo
do disco
(µg)
Ponto de corte p/
diâmetro do halo (mm)
Sш
I
R<
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
AIT
AIT
1/A. A sensibilidade dos estreptococos dos grupos A, B, C e G aos carbapenêmicos é inferida a partir da sensibilidade à benzilpenicilina.
2. Estreptococos dos grupos A, B, C e G não produzem β-lactamase. A adição de um inibidor de β-lactamase não agrega valor clínico.
Doripenem
Fluoroquinolonas
Ciprofloxacino
Levofloxacino
Moxifloxacino
AE
Norfloxacino (triagem)
Ofloxacino
Glicopeptídeos
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
-
-
-
2
-
>2
0,5
-
Conteúdo
do disco
(µg)
AIT
Ponto de corte p/
diâmetro do halo (mm)
Sш
I
R<
-
-
-
5
17
A
-
<17
AIT
A. O teste de disco-difusão com norfloxacino pode ser utilizado para triagem de resistência às fluoroquinolonas. Ver Nota B.
>0,5
5
19A
-
<19A
NA
10
-
-
-
12B
-
NotaB
-
Conteúdo
do disco
(µg)
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
A
NA
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
B. Isolados classificados como sensíveis ao norfloxacino podem ser reportados como sensíveis ao levofloxacino e moxifloxacino. Isolados
classificados como não sensíveis devem ser testados individualmente frente a estes agentes.
Ponto de corte p/
diâmetro do halo (mm)
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч
I
R>
Sш
I
R<
Teicoplanina1
2
-
>2
30
15B
-
<15B
1. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis
devem ser confirmados em centro de referência.
Vancomicina1
2
-
>2
5
13B
-
<13B
B. Isolados não-selvagens não estavam disponíveis quando do desenvolvimento do método de disco-difusão.
Macrolídeos e lincosamidas
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Conteúdo
do disco
(µg)
AIT
Ponto de corte p/
diâmetro do halo (mm)
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч
I
R>
Sш
I
R<
Azitromicina
0,251
0,5
>0,51
NotaA
NotaA
NotaA
1/A. Eritromicina pode ser utilizada para determinar a sensibilidade à azitromicina, à claritromicina e à roxitromicina.
Claritromicina
0,251
0,5
>0,51
NotaA
NotaA
Eritromicina
0,251
0,5
0,5
>0,51
>0,5
<17B
2. A resistência induzível à clindamicina pode ser detectada pelo antagonismo da atividade da clindamicina por agente macrolídeo. Se
antagonismo não for detectado, reportar como testado de acordo com os pontos de corte clínicos. Se detectado, reportar como resistente e
considerar a inclusão do comentário: “A clindamicina ainda pode ser utilizada para tratamento de curta duração ou tratamento de infecções
menos graves de pele e tecidos moles porque é improvável haver desenvolvimento de resistência plena durante tais tratamentos”. A
importância clínica da resistência induzível à clindamicina em tratamento combinado nas infecções graves por Streptococcus pyogenes é
desconhecida.
B. Posicione os discos de eritromicina e clindamicina separados por 12-16 mm (borda a borda) e observe a ocorrência de antagonismo (halo
de inibição em forma de D).
Clindamicina2
-
AIT
15
21A
NotaA
18-20
2
17B
-
<18A
AIT
27
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Streptococcus dos grupos A, B, C e G
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Tetraciclinas
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
Sш
I
R<
NotaA
NotaA
30
23A
20-22
<20A
>21
30
15
23A
19
20-22
>0,1253
<20A
<19
R>
>21
0,51
1
>11
Tetraciclina
11
2
Tigeciclina 2
0,1253
-
1
Minociclina
Oxazolidinonas
1
Ponto de corte p/
diâmetro do halo (mm)
NotaA
I
2
Doxiciclina
Conteúdo
do disco
(µg)
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
Linezolida1
2
4
>4
Tedizolida1
0,52
-
>0,5
Conteúdo
do disco
(µg)
AIT
10
-
AIT
1/A. Isolados sensíveis à tetraciclina também são sensíveis à doxiciclina e à minociclina, mas algumas cepas resistentes à tetraciclina podem
ser sensíveis à minociclina e/ou à doxiciclina. Um método de determinação da CIM deve ser utilizado para testar a sensibilidade à doxiciclina
em isolados resistentes à tetraciclina, caso necessário.
2. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis
devem ser confirmados em centro de referência.
3. Para determinação da CIM de tigeciclina por microdiluição, o meio deve ser preparado fresco no dia do uso.
Ponto de corte p/
diâmetro do halo (mm)
Sш
I
R<
19
16-18
<16
NotaA
NotaA
NotaA
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
AIT
1. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis
devem ser confirmados em centro de referência.
2. Isolados sensíveis à linezolida podem ser considerados sensíveis à tedizolida.
A. Isolados sensíveis à linezolida podem ser considerados sensíveis à tedizolida. Para isolados resistentes à linezolida, realizar um método de
determinação da CIM.
Agentes Diversos
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
Cloranfenicol
8
-
>8
1
2
-
>1
2
IE
64
IE
-
IE
>64
0,06
0,12-0,5
1
2
Daptomicina
Ácido fusídico
Nitrofurantoína (apenas em infecção do trato
urinário não complicada), Streptococcus agalactiae
(Estreptococo do grupo B)
Rifampicina
Sulfametoxazol-trimetoprima3
1
Conteúdo
do disco
(µg)
AIT
30
Ponto de corte p/
diâmetro do halo (mm)
Sш
I
R<
19
-
<19
Nota
A
Nota
A
Nota
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
AIT
1. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis
devem ser confirmados em centro de referência.
A
100
IE
15
IE
-
IE
<15
>0,5
5
21
15-20
<15
>2
23,75-1,25
18
15-17
<15
2.Para determinação da CIM de daptomicina o meio deve ser suplementado com Ca++ para uma concentração final de 50 mg/L para o método
da microdiluição em caldo. A diluição em ágar não está validada. Siga as instruções do fabricante caso utilize um sistema comercial.
3. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte de CIM estão expressos como concentração de trimetoprim.
A. Utilizar um método para determinar a CIM.
28
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Streptococcus pneumoniae
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F)
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por
completo o crescimento bacteriano.
Controle de qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ
do BrCAST-EUCAST.
Penicilinas1,2
Benzilpenicilina (infecções não meníngeas)3
Benzilpenicilina (meningite)
Ampicilina
Ampicilina-sulbactam
Amoxicilina iv
Amoxicilina oral
Amoxicilina-ácido clavulânico iv
Amoxicilina-ácido clavulânico oral
Piperacilina-tazobactam
Fenoximetilpenicilina
Oxacilina (triagem)
Cefalosporinas1
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
0,061
0,061
0,12-2
-
>21
>0,061
0,51
Nota1,4
1-2
Nota1,4
>21
Nota1,4
Nota1,4
Nota1,4
Nota1,4
0,51
Nota1,4
1
Nota1,4
0,51
Nota1,4
AIT
Disco-difusão (Métodos padronizados de disco-difusão EUCAST)
Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + sangue de cavalo desfibrinado 5% e 20 mg/L β-NAD (MH-F).
Inóculo: McFarland 0,5 a partir do ágar sangue ou McFarland 1,0 a partir do ágar chocolate.
Incubação: 5% CO2, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte anterior da
placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de Qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ do BrCASTEUCAST.
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
Sш
I
R<
AIT
NotaA
NotaA
NotaA
NotaA
NotaA
NotaA
22A
16-21
<16A
NotaA,B
NotaA,B
NotaA,B
NotaA,B
NotaA,B
NotaA,B
>11
Nota1,4
NotaA,C
NotaA,C
NotaA,C
3. Para pontos de corte e dosagens em pneumonia, ver a tabela de dosagens.
NotaA,B
NotaA,B
NotaA,B
1
Nota1,4
>11
Nota1,4
NotaA,C
NotaA,C
NotaA,C
3. Para isolados categorizados como intermediários à ampicilina deve ser evitado o tratamento oral com ampicilina, amoxicilina ou amoxicilinaácido clavulânico.
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA,B
NotaA
NotaA,B
NotaA
NotaA,B
NotaA
4/B. Sensibilidade inferida a partir da ampicilina (CIM ou diâmetro de halo).
5. Para fins de teste de sensibilidade, a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg/l.
NA
NA
NA
20D
-
NotaD
C. Determinar a CIM ou inferir sensibilidade a partir do teste de disco-difusão com ampicilina 2 µg usando pontos de corte de S≥22, R <19 mm.
D. Para interpretação do teste de triagem com disco de oxacilina, ver fluxograma abaixo. Para isolados não sensíveis à oxacilina, sempre
determinar a CIM para benzilpenicilina.
2
1
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
0,06-0,5
>0,5
NotaB
NotaB
<28
Cefadroxila
-
-
-
-
-
-
Cefalexina
-
-
-
-
-
-
AIT
2. Os pontos de corte para penicilinas que não sejam "benzilpenicilina (meningite)" se referem exclusivamente a isolados de infecções nãomeníngeas.
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
Sш
I
R<
AIT
0,03
Cefaclor
1/A. O teste de triagem com disco de oxacilina 1 µg deve ser utilizado para excluir mecanismos de resistência aos betalactâmicos. Quando o
teste de triagem for negativo (halo de inibição ≥ 20 mm), todos os agentes betalactâmicos para os quais estão disponíveis pontos de corte
clínicos, incluindo aqueles com “Nota”, poderão ser relatados como sensíveis sem testes adicionais. Quando a triagem for positiva (halo de
inibição <20 mm), consultar o fluxograma abaixo para interpretação.
30
Cefazolina
-
-
-
-
-
-
Cefepima
Cefotaxima
Ceftarolina
1
0,5
0,25
2
1-2
-
>2
>2
>0,25
NotaA
NotaA
NotaA
NotaA
NotaA
NotaA
NotaA
NotaA
NotaA
Ceftriaxona
0,5
1-2
>2
NotaA
NotaA
NotaA
Cefuroxima iv
0,5
1
>1
Nota
A
A
NotaA
Cefuroxima oral
0,25
0,5
>0,5
NotaA
NotaA
NotaA
Nota
1/A. O teste de triagem com disco de oxacilina 1 µg deve ser utilizado para excluir mecanismos de resistência aos betalactâmicos. Quando a
triagem for negativa (halo de inibição ≥ 20 mm), todos os agentes betalactâmicos para os quais estão disponíveis pontos de corte clínicos,
incluindo aqueles com “Nota”, poderão ser relatados como sensíveis sem testes adicionais. Quando a triagem for positiva (halo de inibição <20
mm), consultar o fluxograma abaixo para interpretação.
B. O ponto de corte de resistência é confiável para categorizar os isolados, mas a sensibilidade (S ou I) deve ser avaliada pela determinação
da concentração inibitória mínima (CIM).
29
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Streptococcus pneumoniae
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Carbapenêmicos1
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
AIT
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
Sш
I
R<
AIT
Doripenem1
1/A. O teste de triagem com disco de oxacilina 1 µg deve ser utilizado para excluir mecanismos de resistência aos betalactâmicos. Quando a
triagem for negativa (halo de inibição ≥ 20 mm), todos os agentes betalactâmicos para os quais estão disponíveis pontos de corte clínicos,
incluindo aqueles com “Nota”, poderão ser relatados como sensíveis sem testes adicionais. Quando a triagem for positiva (halo de inibição <20
mm), consultar o fluxograma abaixo para interpretação.
Ertapenem2
0,5
-
>0,5
NotaA
NotaA
NotaA
Imipenem2
2
-
>2
NotaA
NotaA
NotaA
2. Não testar para meningites (meropenem é o único carbapenêmico usado para meningite).
Meropenem2 (infecções não meníngeas)
2
-
>2
NotaA
NotaA
NotaA
3. Meropenem é o único carbapenêmico utilizado para tratamento de meningite.
0,25
-
>0,25
NotaA,B
NotaA,B
NotaA,B
B. Para uso em meningite determinar a CIM para meropenem.
EI
EI
EI
EI
EI
EI
Meropenem3 (meningite)
Meropenem-vaborbactam
Fluoroquinolonas
Ciprofloxacino
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
-
-
-
AIT
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
Sш
I
R<
AIT
-
-
-
1. Os pontos de corte para levofloxacino são baseados em doses elevadas. Ver tabela de dosagens.
LevofloxacinoAE
Moxifloxacino
2
-
>2
5
16A
-
<16A
A. O teste de disco-difusão para norfloxacino pode ser utilizado como triagem para resistência às fluoroquinolonas. Ver Nota B.
0,5
-
>0,5
5
22A
-
<22A
B. Isolados classificados como sensíveis ao norfloxacino podem ser reportados como sensíveis ao levofloxacino e ao moxifloxacino. Isolados
classificados como não sensíveis devem ser testados individualmente frente a estes agentes.
Norfloxacino (triagem)
10
10B
-
-
NotaB
-
NA
NA
NA
Ofloxacino
-
-
-
Glicopeptídeos
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
-
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
Sч
I
R>
Sш
I
R<
Teicoplanina1
2
-
>2
30
17A
-
<17A
1. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis devem
ser confirmados em centro de referência.
Vancomicina1
2
-
>2
5
16A
-
<16A
A. Isolados não-selvagens não estavam disponíveis quando do desenvolvimento do método de disco-difusão.
AIT
AIT
30
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Streptococcus pneumoniae
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Macrolídeos e lincosamidas
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
Sш
I
R<
AIT
Sч
I
R>
Azitromicina
0,251
0,5
>0,51
NotaA
NotaA
NotaA
1/A. Eritromicina pode ser utilizada para determinar a sensibilidade à azitromicina, à claritromicina e à roxitromicina.
Claritromicina
0,251
0,5
>0,51
NotaA
NotaA
Eritromicina
0,251
0,5
0,5
>0,51
>0,5
<19B
2. A resistência induzível à clindamicina pode ser detectada pelo antagonismo da atividade da clindamicina por um macrolídeo. Se
antagonismo não for detectado, reportar como testado de acordo com os pontos de corte clínicos. Se detectado, reporte como resistente.
B. Posicione os discos de eritromicina e clindamicina separados por 12-16 mm (borda a borda) e observe a ocorrência de antagonismo (halo
de inibição em forma de D).
Clindamicina2
Tetraciclinas
-
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
Doxiciclina
Minociclina
11
0,51
2
1
>21
>11
Tetraciclina
Tigeciclina
11
EI
2
EI
>21
EI
Oxazolidinonas
Linezolida
Tedizolida
Agentes Diversos
Cloranfenicol
AIT
AIT
I
R>
2
EI
4
EI
>4
EI
I
R>
8
-
>8
2
19B
-
AIT
NotaA
24A
NotaA
21-23
NotaA
<21A
25A
EI
22-24
EI
<22A
EI
22
EI
19-21
EI
<19
EI
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
Sш
I
R<
AIT
30
21
-
<21
Daptomicina
IE
IE
IE
IE
IE
IE
Rifampicina
0,06
0,12-0,5
>0,5
5
22
17-21
<17
1
2
>2
23,75-1,25
13
10-12
<10
Sulfametoxazol-trimetoprima1
1/A. Isolados sensíveis à tetraciclina também são sensíveis à doxiciclina e à minociclina, mas algumas cepas resistentes à tetraciclina podem
ser sensíveis à minociclina e/ou à doxiciclina. Um método de determinação da CIM deve ser utilizado para testar a sensibilidade à doxiciclina
em isolados resistentes à tetraciclina, caso necessário.
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
Sш
I
R<
AIT
10
-
AIT
<19A
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
Sш
I
R<
AIT
30
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
22A
30
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
15
NotaA
19-21
1. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte de CIM estão expressos como concentração de trimetoprima.
31
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Streptococcus pneumoniae
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Triagem de resistência aos betalactâmicos em S. pneumoniae
Disco-difusão com disco de oxacilina 1 µg
Diâmetro do halo ≥ 20 mm
Diâmetro do halo < 20 mm
Exclui todos os mecanismos de resistência aos betalactâmicos
Mecanismo de resistência a betalactâmicos detectado
Reportar como sensível (S) a todos os betalactâmicos para os quais os
pontos de corte clínicos estão disponíveis, incluindo aqueles com "Nota",
exceto para cefaclor, o qual, se reportado, deve ser reportado como
"sensível, aumentando exposição" (I).
Benzilpenicilina
Benzilpenicilina
(meningite)
e
(infecções não meníngeas)
fenoximetilpenicilina
(todas as indicações)
Ampicilina, amoxicilina e piperacilina
(com e sem inibidor de
betalactamase), cefepima, cefotaxima,
ceftarolina, ceftobiprole e ceftriaxona
Outros agentes
betalactâmicos
Determinar a CIM e
interpretar de acordo com
os pontos de corte clínicos
Reportar resistente (R)
Determinar a CIM e
interpretar de acordo com os
pontos de corte clínicos
Diâmetro do halo
de oxacilina
≥ 8 mm
Diâmetro do halo
de oxacilina
< 8 mm
Reportar sensível (S)*
Para ampicilina, amoxicilina e piperacilina
(sem e com inibidor) intravenosas inferir a
sensibilidade por meio da ampicilina
Para amoxicilina oral (sem e com
inibidor) ver recomendações de
ponto de corte
Para cefepima, cefotaxima, ceftarolina,
ceftobiprole e ceftriaxona determinar a CIM e
interpretar de acordo com os pontos de corte
clínicos.
* Em meningite, confirmar o resultado determinando a CIM para os agentes considerados para uso clínico.
32
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Streptococcus do Grupo Viridans
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Em endocardites, consultar diretrizes nacionais ou internacionais sobre os pontos de corte para Streptococcus do Grupo Viridans.
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F)
Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + sangue desfibrinado de cavalo 5% e 20 mg/L β-NAD (MH-F)
Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: 5% CO2, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte anterior da
placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de Qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ do BrCASTEUCAST.
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe
por completo o crescimento bacteriano.
Controle de qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver
tabela de CQ do BrCAST-EUCAST.
Este grupo de bactérias inclui várias espécies, que podem ser agrupadas conforme segue:
Grupo S. anginosus : S. anginosus, S. constellatus, S. intermedius
Grupo S. mitis : S. australis, S. cristatus, S. infantis, S. mitis, S. oligofermentans, S. oralis, S. peroris, S. pseudopneumoniae, S. sinensis
Grupo S. sanguinis : S. sanguinis, S. parasanguinis, S. gordonii
Grupo S. bovis : S. equinus, S. gallolyticus (S. bovis ), S. infantarius
Grupo S. salivarius : S. salivarius, S. vestibularis, S. thermophilus
Grupo S. mutans : S. mutans, S. sobrinus
Penicilinas
Benzilpenicilina
Benzilpenicilina (triagem)
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
0,25
NA
0,5-2
NA
>2
NA
1U
1U
2
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
18
12-17
-
<12
0,5
1-2
>2
15-20
NotaA
<15
Nota1
1-2
Nota1
>2
NotaA,B
NotaA,B
NotaA,B
Amoxicilina
Nota1
0,5
A,B
A,B
A,B
Amoxicilina-ácido clavulânico
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA,B
NotaA,B
NotaA,B
Piperacilina-tazobactam
Nota1
EI
Nota1
EI
Nota1
EI
NotaA,B
EI
NotaA,B
EI
NotaA,B
EI
-
-
-
-
-
-
Ampicilina
Ampicilina-sulbactam
Fenoximetilpenicilina
Oxacilina
Cefalosporinas
18A
21
Nota
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Nota
Nota
Sч
I
R>
Sш
I
R<
-
-
-
-
-
-
Cefadroxila
-
-
-
-
-
-
Cefalexina
-
-
-
Cefazolina
Cefepima
0,5
0,5
-
>0,5
>0,5
30
30
Cefotaxima
0,5
-
>0,5
5
Ceftolozana-tazobactam, Grupo S.
anginosus
EI
EI
EI
Ceftriaxona
0,5
-
>0,5
Cefuroxima iv
0,5
-
>0,5
-
-
-
Cefuroxima oral
A. O disco de benzilpenicilina de 1U pode ser utilizado para triagem de resistência aos β-lactâmicos em estreptococos do grupo viridans.
Isolados categorizados como sensíveis podem ser relatados como sensíveis para antimicrobianos β-lactâmicos para os quais os pontos de corte
clínicos estão listados (incluindo aqueles com "Nota"). Isolados classificados como não sensíveis devem ser testados frente a esses agentes
individualmente.
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Cefaclor
AIT
1/B. Para isolados sensíveis à benzilpenicilina, a sensibilidade pode ser inferida a partir da benzilpenicilina ou da ampicilina. Para isolados
resistentes à benzilpenicilina a sensibilidade deve ser inferida a partir da ampicilina.
-
-
-
IP
IP
-
IP
25A
EI
<23A
EI
30
27A
-
<27A
30
26A
-
-
<26A
-
-
A. O disco de benzilpenicilina de 1U pode ser utilizado para triagem de resistência aos β-lactâmicos em estreptococos do grupo viridans. Ver
Nota A em penicilinas.
<25A
23A
EI
-
AIT
33
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Streptococcus do Grupo Viridans
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Carbapenêmicos
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
A. O disco de benzilpenicilina de 1U pode ser utilizado para triagem de resistência aos β-lactâmicos em estreptococos do grupo viridans. Ver
Nota A em penicilinas.
Doripenem
Ertapenem
0,5
-
>0,5
NotaA
NotaA
NotaA
Imipenem
2
-
>2
NotaA
NotaA
NotaA
Meropenem
2
-
>2
EI
EI
NotaA
EI
NotaA
Meropenem-vaborbactam
NotaA
EI
Fluoroquinolonas
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
Ciprofloxacino
-
-
-
-
-
-
Levofloxacino
EI
EI
EI
EI
EI
EI
Moxifloxacino
EI
EI
EI
EI
EI
EI
Norfloxacino
-
-
-
-
-
-
Ofloxacino
-
-
-
-
-
-
Aminoglicosídeos1
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
Amicacina
Nota2
Nota2
Nota2
-
-
-
Gentamicina (para triagem de alto
nível de resistência aos
aminoglicosídeos)
Netilmicina
Nota2
Nota2
Nota2
-
-
-
Nota2
Nota2
Nota2
-
-
-
2. A gentamicina pode ser utilizada para triagem de resistência de alto nível aos aminoglicosídeos.
Tobramicina
Nota2
Nota2
Nota2
-
-
-
Teste negativo: Isolados com CIM de gentamicina ≤128 mg/L. O isolado tem perfil selvagem para gentamicina e resistência intrínseca de baixo
nível. Para outros aminoglicosídeos, pode não ser este o caso. Sinergismo com penicilinas ou glicopeptídeos pode ser esperado se o isolado
for sensível a esses antimicrobianos.
Teste positivo: Isolados com CIM de gentamicina >128 mg/L. O isolado tem resistência de alto nível à gentamicina e outros aminoglicosídeos,
exceto estreptomicina. Não ocorrerá sinergismo com penicilinas ou glicopeptídeos.
Glicopeptídeos
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
1. Os estreptococos do grupo viridans são intrinsecamente resistentes aos aminoglicosídeos e a monoterapia com aminoglicosídeos é
ineficiente. Há probabilidade de haver sinergia entre aminoglicosídeos e penicilinas ou glicopeptídeos contra estreptococos sem resistência
adquirida de alto nível. Todos os testes são utilizados para distinguir entre resistência intrínseca e resistência adquirida de alto nível.
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч
I
R>
Sш
I
R<
Teicoplanina1
2
-
>2
30
16A
-
<16A
Vancomicina1
2
-
>2
5
15
A
-
<15
AIT
A
AIT
1. Isolados não-sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis devem
ser confirmados em centro de referência.
A. Isolados não-selvagens não estavam disponíveis quando do desenvolvimento do método de disco-difusão.
34
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Streptococcus do Grupo Viridans
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Macrolídeos e lincosamidas
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
Azitromicina
EI
EI
EI
EI
EI
EI
Claritromicina
EI
EI
EI
EI
EI
EI
Eritromicina
EI
EI
EI
EI
EI
-
<19A
Clindamicina
1
Tetraciclinas
0,5
-
>0,5
15
2
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
EI
19
A
-
-
-
-
-
-
Minociclina
Tetraciclina
Tigeciclina
EI
EI
EI
EI
EI
EI
Linezolida
Tedizolida, Grupo S . anginosus
Agentes Diversos
1. A resistência induzível à clindamicina pode ser detectada pelo antagonismo da atividade da clindamicina por um macrolídeo. Se antagonismo
não for detectado, reportar como testado de acordo com os pontos de corte clínicos. Se detectado, reportar como resistente.
A. Posicionar os discos de eritromicina e clindamicina separados por 12-16 mm (borda a borda) e observar a ocorrência de antagonismo (halo
de inibição em forma de D).
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
Doxiciclina
Oxazolidinonas
AIT
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
ATU
0,25
>0,25
-
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
ATU
-
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
NotaA
NotaA
NotaA
Sш
I
R<
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Cloranfenicol
-
-
-
Daptomicina
-
-
Nitrofurantoína (apenas ITU não
complicada)
-
-
Sulfametoxazol-trimetoprim
-
-
A. Utilizar um método de determinação da CIM.
AIT
35
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Haemophilus influenzae
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Os pontos de corte do EUCAST foram determinados apenas para H. influenzae . Informações clínicas sobre outras espécies de Haemophilus são escassas. As distribuições de CIM para H. parainfluenzae são similares
àquelas de H. influenzae . Na ausência de pontos de corte específicos, os pontos de corte de CIM para H. influenzae podem ser aplicados a H. parainfluenzae .
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F)
Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + 5% de sangue desfibrinado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (MH-F)
Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: 5% CO2, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte anterior da
placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de qualidade: Haemophilus influenzae ATCC 49766. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle do componente
inibidor dos discos de combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST-EUCAST.
5
Inóculo: 5 x 10 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por
completo o crescimento bacteriano.
Controle de qualidade: Haemophilus influenzae ATCC 49766. Para agentes não avaliados por tal cepa e o para controle do
componente inibidor da combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST-EUCAST.
Penicilinas1
Benzilpenicilina (triagem)1
Ampicilina2
Ampicilina-sulbactam
Amoxicilina iv2
Amoxicilina oral2,AE
Amoxicilina-ácido clavulânico iv
Amoxicilina-ácido clavulânico oralAE
Piperacilina-tazobactam
Cefalosporinas1
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
NA
NA
NA
1U
12A
-
NoteA
1
>1
2
10-10
16A
NotaA,C
NotaA,D
NotaA,D
15A
15A
-
25
25
-
NotaA,C
NotaA,D
NotaA,D
-
<16A
NotaA,C
NotaA,D
NotaA,D
<15A
<15A
0,256
-
27A
-
<27A
13,4
2
2
>13,4
>2
>2
>25
>25
2-1
2-1
0,256
1/A. O teste de triagem com disco de oxacilina 1µg deve ser utilizado para excluir os mecanismos de resistência aos β-lactâmicos. Quando a
16-19B triagem for negativa (halo de inibição ≥ 12 mm), todos os agentes β-lactâmicos para os quais estão disponíveis pontos de corte clínicos,
incluindo aqueles com “Nota”, poderão ser relatados como sensíveis sem testes adicionais. Quando a triagem for positiva (halo de inibição
<12 mm), consultar o fluxograma abaixo para interpretação.
1. Os pontos de corte são baseados em administração intravenosa.
B 2. Isolados betalactamase positivos podem ser reportados como resistentes à ampicilina, amoxicilina e piperacilina sem inibidores. Testes
14-16
contendo cefalosporina cromogênica podem ser usados para detectar β-lactamase.
14-16B
3. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de sulbactam é fixada em 4 mg/L.
24-27B 4/C. A sensibilidade pode ser inferida a partir da amoxicilina-ácido clavulânico.
5. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg/L.
6. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg/L.
6/D. Sensibilidade inferida a partir ampicilina ou amoxicilina.
B. AIT relevante apenas se a triagem com disco de benzilpenicilina 1 unidade for positiva (halo de inibição <12 mm).
D. Sensibilidade inferida a partir da ampicilina.
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
halo (mm)
do disco
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч
Cefaclor
-
-
-
-
-
-
Cefadroxila
-
-
-
-
-
-
1/A. O teste de triagem com disco de oxacilina 1µg deve ser utilizado para excluir os mecanismos de resistência aos β-lactâmicos. Quando a
triagem for negativa (halo de inibição ≥ 12 mm), todos os agentes β-lactâmicos para os quais estão disponíveis pontos de corte clínicos,
incluindo aqueles com “Nota”, poderão ser relatados como sensíveis sem testes adicionais. Quando a triagem for positiva (halo de inibição
<12 mm), consultar o fluxograma abaixo para interpretação.
Cefalexina
-
-
-
-
-
-
Cefazolina
-
-
-
-
-
-
Cefepima
Cefixima
0,25
0,125
-
>0,25
>0,125
28A,B
26A
-
<28A,B
<26A
Cefotaxima
0,125
-
>0,125
5
27A
-
<27A
25-27B
Cefpodoxima
0,25
-
>0,25
10
26A
-
<26A,B
26-29B
Ceftarolina
0,03
-
>0,03
Ceftazidima
-
-
-
NotaA
-
NotaA
-
NotaA
-
Ceftazidima-avibactam
-
-
-
-
-
-
-
0,125
-
>0,125
30
32A
-
<32A
31-33B
1
2
>2
30
27A
25-26A
0,125
0,25-1
>1
30
NotaB
NotaB
<25A
<27
25-27B B. O ponto de corte de resistência é confiável para categorizar os isolados, mas a sensibilidade (S ou I) deve ser avaliada pela determinação
25-27B da concentração inibitória mínima (CIM).
Ceftriaxona
Cefuroxima iv
Cefuroxima oral
30
5
22
28-33B B. AIT relevante apenas se a triagem com disco de benzilpenicilina 1 unidade for positiva (halo de inibição <12 mm).
36
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Haemophilus influenzae
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Carbapenêmicos1
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
Doripenem1
Ertapenem2
0,5
-
>0,5
10
23A
-
<23A
Imipenem2
2
-
>2
10
20A,B
-
<20A,B
Meropenem2 (infecções não meníngeas)
2
-
>2
10
20A
-
<20A
Meropenem3 (meningite)
0,25
-
>0,25
NotaB
NotaB
NotaB
Meropenem-vaborbactam
EI
EI
EI
EI
EI
EI
Fluoroquinolonas
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
Ciprofloxacino
0,06
-
>0,06
5
30A
-
<30A
Levofloxacino
0,06
-
>0,06
5
30A
-
<30A
Moxifloxacino
0,125
-
>0,125
5
28A
-
<28A
NA
-
NA
-
NA
-
30
23B
-
-
NotaB
-
0,06
-
>0,06
5
30A
-
<30A
Ácido nalidíxico (triagem)
Norfloxacino (apenas em infecção do trato
urinário não complicada)
Ofloxacino
1
Macrolídeos
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
Claritromicina
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
11
11
2
2
>21
>21
Tetraciclina
11
EI
2
EI
>21
EI
Agentes Diversos
30
30
NotaA
24A
NotaA
21-23
NotaA
<21A
25A
EI
22-24
<22A
EI
EI
1/A. Isolados sensíveis à tetraciclina também são sensíveis à doxiciclina e à minociclina, mas alguns isolados resistentes à tetraciclina podem
ser sensíveis à minociclina e/ou à doxiciclina. Se necessário, deve ser usado um método de CIM para testar a sensibilidade à doxiciclina em
isolados resistentes à tetraciclina.
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
Cloranfenicol
2
-
>2
30
28
-
<28
Rifampicina (apenas profilaxia)
1
-
>1
5
18
-
<18
0,5
1
>1
23,75-1,25
23
20-22
<20
Sulfametoxazol-trimetoprim1
1/A. As evidências clínicas sobre a eficácia de macrolídeos em infecções respiratórias por H. influenzae são conflitantes devido à alta taxa de
cura espontânea. Havendo a necessidade de testar algum macrolídeo contra essa espécie, os pontos de corte epidemiológicos (ECOFFs)
devem ser usados para detectar cepas com resistência adquirida. Os ECOFFs para cada agente são: azitromicina 4 mg/L e claritromicina 32
mg/L.
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
Doxiciclina
Minociclina
Tigeciclina
A. O teste de disco-difusão com ácido nalidíxico pode ser usado como triagem para resistência às fluorquinolonas. Ver Nota B.
B. Isolados categorizados como sensíveis ao ácido nalidíxico podem ser relatados como sensíveis ao levofloxacino, ao ciprofloxacino, ao
moxifloxacino e ao ofloxacino. Isolados categorizados como não sensíveis podem apresentar resistência às fluoroquinolonas e devem ser
testados contra os agentes específicos.
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
I
I
R>
AIT
Sш
R<
AIT
Sч
Azitromicina
Tetraciclinas
6-19B
1/A. O teste de triagem com disco de oxacilina 1µg deve ser utilizado para excluir os mecanismos de resistência aos β-lactâmicos. Quando a
triagem for negativa (halo de inibição ≥ 12 mm), todos os agentes β-lactâmicos para os quais estão disponíveis pontos de corte clínicos,
incluindo aqueles com “Nota”, poderão ser relatados como sensíveis sem testes adicionais. Quando a triagem for positiva (halo de inibição
<12 mm), consultar o fluxograma abaixo para interpretação.
2. Não aplicável a meningites (meropenem é o único carbapenêmico usado para meningites).
3. Meropenem é o único carbapenêmico utilizado para meningites.
B. AIT relevante apenas se a triagem com disco de benzilpenicilina 1 unidade for positiva (halo de inibição <12 mm).
C. Para uso em meningites, determinar a CIM de meropenem.
1. Sulfametoxazol -trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte estão expressos como concentração de trimetoprim.
37
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Haemophilus influenzae
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Triagem de resistência aos betalactâmicos em H. influenzae
Disco-difusão com disco de benzilpenicilina 1 U
Sempre testar em paralelo com outros agentes betalactâmicos
Diâmetro do halo ≥ 12 mm
Diâmetro do halo < 12 mm
Exclui todos os mecanismos de resistência aos
betalactâmicos
Betalactamase e/ou mutações na PBP3
Reportar como sensível (S) a todos os
betalactâmicos para os quais os pontos de
corte clínicos estão disponíveis, incluindo
aqueles com "Nota".
Ampicilina, amoxicilina e
piperacilina (sem inibidor de
betalactamase)
Betalactamase
positiva
Reportar resistente (R)
Outros agentes betalactâmicos,
exceto cefepima, cefpodoxima e
imipenem *
Betalactamase
negativa
Relatar a sensibilidade de acordo com os pontos de
corte clínicos para o agente em questão.
* Para cefepima, cefpodoxima e imipenem, se resistente tanto na triagem quanto em agentes da disco-difusão, relatar resistência. Se resistente no teste de triagem e sensível em agentes de disco-difusão,
determinar a CIM do agente e interpretar de acordo com os pontos de corte.
38
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Moraxella catarrhalis
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F)
Disco-difusão (Métodos padronizados de disco-difusão EUCAST)
Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + sangue desfibrinado de cavalo 5% e 20 mg/L β-NAD (MH-F)
Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: 5% CO2, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte anterior da
placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de Qualidade: Haemophilus influenzae ATCC 49766. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle do componente
inibidor dos discos de combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST- EUCAST.
5
Inóculo: 5 x 10 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por
completo o crescimento bacteriano.
Controle de qualidade: Haemophilus influenzae ATCC 49766. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle do
componente inibidor da combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST-EUCAST.
Penicilinas
Ampicilina
Ampicilina-sulbactam
Amoxicilina
Amoxicilina-ácido clavulânico
Piperacilina-tazobactam
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
-1
-
-1
-
-
-
12,3
-1
14
-
>12,3
-1
>14
NotaA
19
NotaA
-
NotaA
<19
Nota3
Nota3
Nota3
NotaA
NotaA
NotaA
2-1
1. A maioria dos isolados de M. catarrhalis produzem β-lactamase, embora a produção de β-lactamase seja lenta e possa gerar resultados
fracamente positivos nos testes in vitro . Produtores de β-lactamase devem ser reportados como resistentes à penicilinas e às
aminopenicilinas sem inibidores.
2. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de sulbactam é fixada em 4 mg/L.
3/A. A sensibilidade pode ser inferida a partir da amoxicilina-ácido clavulânico.
4. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg/L.
Cefalosporinas
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
Cefaclor
-
-
-
-
-
-
Cefadroxila
-
-
-
-
-
-
Cefalexina
-
-
-
-
-
-
Cefazolina
-
-
-
-
-
-
Cefepima
4
-
>4
30
20
-
<20
Cefixima
0,5
1
>1
5
21
18-20
<18
Cefotaxima
1
2
>2
5
20
17-19
<17
Ceftarolina
EI
EI
EI
EI
EI
EI
Ceftazidima
-
-
-
-
-
-
Ceftriaxona
1
2
>2
30
24
21-23
<21
Cefuroxima iv
Cefuroxima oral
Carbapenêmicos
Doripenem1
Ertapenem1
4
8
>8
30
21
18-20
<18
0,125
0,25-4
>4
30
NotaA
NotaA
<21
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
0,5
-
>0,5
10
29
-
<29
Imipenem
2
-
>2
10
29
-
<29
Meropenem1
Meropenem-vaborbactam
2
-
>2
10
33
-
<33
EI
EI
EI
EI
EI
EI
1
A. O ponto de corte de resistência é confiável para categorizar os isolados como resistentes, mas a sensibilidade (S ou I) deve ser avaliada
pela determinação da concentração inibitória mínima (CIM).
1. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis
devem ser confirmados em centro de referência.
39
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Moraxella catarrhalis
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Fluoroquinolonas
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
Ciprofloxacino
0,125
-
>0,125
5
31A
-
<31A
Levofloxacino
0,125
-
>0,125
5
29A
-
<29A
Moxifloxacino
0,25
-
>0,25
5
26A
-
<26A
Ácido Nalidíxico (triagem)
Norfloxacino (apenas em infecção do trato
urinário não complicada)
NA
-
NA
-
NA
-
30
23B
-
-
NotaB
-
Ofloxacino
0,25
-
>0,25
5
28A
-
<28A
Macrolídeos
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
Azitromicina
0,251
0,5
>0,51
NotaA
NotaA
NotaA
Claritromicina
0,251
0,25
0,5
>0,51
>0,5
NotaA
NotaA
20-22
NotaA
Eritromicina
Tetraciclinas
0,5
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
2
2
>21
>21
Tetraciclina
11
11
1
2
Tigeciclina
EI
EI
>21
EI
Doxiciclina
Minociclina
Agentes Diversos
Cloranfenicol
Sulfametoxazol-trimetoprim2
15
30
30
Ponto de corte p/ CIM (mg/L) Conteúdo
do disco
(µg)
Sч
I
R>
AIT
21
0,5
1
>21
>1
30
23,75-1,25
A. O teste de disco-difusão com ácido nalidíxico pode ser utilizado para triagem de resistência às fluoroquinolonas. Ver Nota B.
B. Isolados categorizados como sensíveis ao ácido nalidíxico podem ser relatados como sensíveis ao levofloxacino, ciprofloxacino,
moxifloxacino e ofloxacino. Isolados categorizados como não sensíveis podem apresentar resistência às fluoroquinolonas e devem ser
testados contra os agentes específicos.
23A
1/A. Eritromicina pode ser utilizada para determinar a sensibilidade à azitromicina, à claritromicina e à roxitromicina.
<20A
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
NotaA
25A
NotaA
22-24
NotaA
<22A
28A
EI
25-27
<25A
EI
EI
1/A. Isolados sensíveis à tetraciclina também são sensíveis à doxiciclina e à minociclina, mas alguns isolados resistentes à tetraciclina podem
ser sensíveis à minociclina e/ou à doxiciclina. Se necessário, deve ser usado um método de CIM para testar a sensibilidade à doxiciclina em
isolados resistentes à tetraciclina.
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
30A
18
15-17
<30A
<15
1/A. Pontos de corte referentes ao uso tópico de cloranfenicol.
2. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte estão expressos de acordo com a concentração de trimetoprima.
40
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Neisseria gonorrhoeae
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Para comentários sobre dosagens relacionadas aos pontos de corte, ver tabela de dosagens.
Os critérios de disco-difusão para o teste de sensibilidade de Neisseria gonorrhoeae ainda não foram definidos e um método de determinação da CIM deve ser utilizado.
Caso um sistema comercial seja utilizado, seguir as instruções do fabricante. Laboratórios com poucos isolados devem preferencialmente enviá-los a um laboratório de
referência para teste.
Penicilinas1
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
Benzilpenicilina
0,06 1
0,12-1
>1
Ampicilina1
Ampicilina-sulbactam
Nota1
EI
Nota1
EI
Nota1
EI
Amoxicilina1
Amoxicilina-ácido clavulânico
Nota1
Nota1
Nota1
Nota1
Nota1
Nota1
Cefalosporinas
Sч
I
R>
0,125
-
>0,125
Ceftriaxona
0,125
-
>0,125
Carbapenêmicos
AIT
1. Sempre testar para β-lactamase. Se positivo, relatar como resistente à benzilpenicilina, à ampicilina e à amoxicilina. Um teste com cefalosporina cromogênica pode ser utilizado
para detecção de betalactamases. A sensibilidade à ampicilina e à amoxicilina dos isolados β-lactamase negativos pode ser deduzida a partir da benzilpenicilina.
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Cefotaxima
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
Ertapenem
EI
EI
EI
Imipenem
EI
EI
EI
Meropenem
EI
EI
EI
Meropenem-vaborbactam
EI
EI
EI
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
Doripenem
41
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Neisseria gonorrhoeae
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Fluorquinolonas
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
Ciprofloxacino
0,03
0,06
>0,06
Levofloxacino
EI
EI
EI
Moxifloxacino
EI
EI
EI
Ácido nalidíxico (triagem)
NA
NA
NA
-
-
-
0,125
0,25
>0,25
Norfloxacino (apenas em infecção do trato urinário não
complicada)
Ofloxacino
Macrolídeos
Azitromicina
Tetraciclinas
Sч
I
R>
Nota1
Nota1
Sч
I
R>
EI
EI
EI
Everaciclina
EI
EI
EI
Minociclina
EI
EI
EI
Tetraciclina
0,5
1
>1
Tigeciclina
EI
EI
EI
Espectinomicina
1. A azitromicina é sempre usada em conjunto com outro agente efetivo. Para fins de teste, com o objetivo de detectar mecanismos de resistência adquiridos, o ECOFF é de 1 mg/L.
I
R>
64
-
>64
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Doxiciclina
Agentes Diversos
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Nota1
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
42
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Neisseria meningitidis
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Os critérios de disco-difusão para teste de sensibilidade aos antimicrobianos para Neisseria meningitidis ainda não foram definidos e um método para
determinar a CIM deve ser utilizado. Se um método comercial para determinar a CIM for utilizado, seguir as recomendações do fabricante.
Penicilinas
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
Benzilpenicilina
0,06
0,12-0,25
>0,25
Ampicilina
0,125
0,25-1
>1
EI
EI
EI
0,125
0,25-1
>1
-
-
-
Ampicilina-sulbactam
Amoxicilina
Amoxicilina-ácido clavulânico
Cefalosporinas
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
Cefotaxima1
0,125
-
>0,125
Ceftriaxona1
0,125
-
>0,125
Carbapenêmicos
I
R>
1. Isolados não-sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis devem ser confirmados em
centro de referência.
-
-
-
Imipenem
Meropenem1 (meningite)
Meropenem-vaborbactam
-
-
-
0,25
-
>0,25
EI
EI
EI
Fluoroquinolonas
1. Isolados não sensíveis são raros ou ainda não foram reportados. A identificação e o teste de sensibilidade em isolados não sensíveis devem ser confirmados em
centro de referência.
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
-
Levofloxacino
0,031
EI
EI
>0,031
EI
Moxifloxacino
EI
EI
EI
Ciprofloxacino
Notas
Números para comentários gerais e/ou sobre pontos de corte para CIM.
AIT
Doripenem
Ertapenem
Notas
Números para comentários gerais e/ou sobre pontos de corte para CIM.
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
Notas
Números para comentários gerais e/ou sobre pontos de corte para CIM.
Notas
Números para comentários gerais e/ou sobre pontos de corte para CIM.
AIT
1.Os pontos de corte se aplicam exclusivamente ao uso na profilaxia de doença meningocócica.
43
Neisseria meningitidis
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Macrolídeos
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
Azitromicina
-
-
-
Claritromicina
-
-
-
Eritromicina
-
-
-
Tetraciclinas
Sч
I
R>
EI
EI
EI
Minociclina
11
21
>21
Tetraciclina
Tigeciclina
11
EI
21
EI
>21
EI
Agentes Diversos
CloranfenicolAE
Rifampicina1
Sulfametoxazol - trimetoprima
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Eravaciclina
I
R>
2
-
>2
0,25
-
>0,25
-
-
-
Notas
Números para comentários gerais e/ou sobre pontos de corte para CIM.
AIT
1. A tetraciclina pode ser utilizada para predizer a sensibilidade à minociclina, para uso profilático contra infecções por N. meningitidis .
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
Notas
Números para comentários gerais e/ou sobre pontos de corte para CIM.
Notas
Números para comentários gerais e/ou sobre pontos de corte para CIM.
AIT
1. Apenas para profilaxia de meningites (consultar diretrizes nacionais).
44
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Anaeróbios gram-positivos
Exceto Clostridioides difficile
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Os critérios de disco-difusão para teste de sensibilidade aos antimicrobianos para anaeróbios ainda não foram definidos e um
método para determinar a CIM deve ser utilizado. Caso seja utilizado um método comercial para determinar a CIM, seguir as
recomendações do fabricante.
Este grupo de bactérias inclui muitos gêneros. Os anaeróbios gram-positivos mais frequentemente isolados são: Actinomyces, Bifidobacterium, Clostridioides, Clostridium,
Cutibacterium , Eggerthella, Eubacterium, Lactobacillus e Propionibacterium . Este grupo também inclui vários cocos gram-positivos, incluindo Staphylococcus saccharolyticus .
Anaeróbios são mais frequentemente definidos por ausência de crescimento em placas de cultura incubadas em atmosfera enriquecida com CO2, mas muitos bacilos gram-positivos,
não-formadores de esporos, tais como Actinomyces spp., muitos C. acnes e alguns Bifidobacterium spp. podem crescer em incubação com CO2 e ser suficientemente tolerantes para
crescer pobremente em ar ambiente, porém continuam a ser considerados bactérias anaeróbicas. Várias espécies de Clostridium , incluindo C. carnis , C. histolyticum e C. tertium ,
podem crescer, mas não esporulam quando expostas ao ar ambiente. Para todas essas espécies, o teste de sensibilidade deve ser realizado em anaerobiose.
Penicilinas
Benzilpenicilina1
Ampicilina1
Ampicilina-sulbactam
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
0,25
0,5
>0,5
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
1. Sensibilidade à ampicilina, à amoxicilina e à piperacilina sem inibidor de β-lactamase pode ser inferida a partir da benzilpenicilina.
4
8
>8
2. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de sulbactam é fixada em 4 mg/L.
8
8
>82
>8
3. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg/L.
Amoxicilina1
Amoxicilina-ácido clavulânico
42
4
43
8
>83
Piperacilina-tazobactam
84
16
>164
Cefalosporinas
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
Cefotaxima
-
-
-
Cefoxitina
EI
EI
EI
-
-
-
Ceftriaxona
4. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg/L.
Carbapenêmicos
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
Doripenem
Ertapenem
0,5
-
>0,5
Imipenem
2
4
>4
Meropenem
2
4-8
>8
Meropenem-vaborbactam
EI
EI
EI
45
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Anaeróbios gram-positivos
Exceto Clostridioides difficile
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Fluorquinolonas
Moxifloxacino
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
EI
EI
EI
Glicopeptídeos
Sч
I
R>
EI
EI
EI
Vancomicina
2
-
>2
Lincosamidas
Clindamicina
Sч
I
R>
4
-
>4
Sч
I
R>
EI
EI
EI
Tetraciclina
Tigeciclina
Nota1
Nota1
Nota1
Nota1
Nota1
Nota1
Agentes Diversos
I
R>
8
-
>8
Linezolida
-
-
-
Metronidazol
4
-
>4
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
1. Para bactérias anaeróbias há evidência clínica da atividade em infecções intra-abdominais mistas, mas não há nenhuma correlação
entre os valores de CIM, dados de PK/PD e resposta clínica. Portanto, não é fornecido nenhum ponto de corte para sensibilidade.
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Eravaciclina
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Tetraciclinas1
Cloranfenicol
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Teicoplanina
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
46
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Clostridioides difficile
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Os critérios de disco-difusão para teste de sensibilidade a antimicrobianos para Clostridioides difficile ainda não foram definidos e um método para
determinar a CIM deve ser utilizado. Caso seja utilizado um método comercial para determinar a CIM, seguir as recomendações do fabricante.
Fluoroquinolonas
Moxifloxacino
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
-1
-
-1
Glicopeptídeos
Vancomicina
AIT
1. Não utilizado clinicamente. Pode ser testado para fins exclusivamente epidemiológicos (ECOFF 4 mg/L).
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
21
-
>21
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
1. Os pontos de corte são baseados em valores de corte epidemiológicos (ECOFFs) e são aplicáveis ao tratamento oral de infecções por C. difficile, com
vancomicina. Não há dados clínicos conclusivos sobre a relação entre CIMs e desfecho clínico.
2. Os pontos de corte são aplicáveis ao método de difusão do gradiente em ágar.
Tetraciclinas
Tigeciclina
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
-1,2
-
-1,2
Agentes diversos
Daptomicina
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
1. Para determinação da CIM de tigeciclina por microdiluição, o meio deve ser preparado fresco no dia do uso.
2. Não utilizado clinicamente. Pode ser testado para fins exclusivamente epidemiológicos (ECOFF 0,25 mg/L).
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Sч
I
R>
-1,2
-
-1,2
1. Para determinação da CIM de daptomicina o meio deve ser suplementado com Ca++ para uma concentração final de 50 mg/L para o método da microdiluição em
caldo. A diluição em ágar não está validada. Siga as instruções do fabricante caso utilize um sistema comercial.
AIT
Ácido fusídico
-3
-
-3
2. Não utilizado clinicamente. Pode ser testado para fins exclusivamente epidemiológicos (ECOFF 4 mg/L).
Fidaxomicina
EI4
EI4
3. Não utilizado clinicamente. Pode ser testado para fins exclusivamente epidemiológicos (ECOFF 2 mg/L).
Metronidazol
25
EI4
-
>25
Rifampicina
-6
-
-6
4. Os pontos de corte e ECOFF para fidaxomicina não foram estabelecidos porque os dados disponíveis evidenciam uma grande variação na distribuição de CIMs
entre os estudos.
5. Os pontos de corte são baseados em valores de corte epidemiológicos (ECOFFs) e são aplicáveis ao tratamento oral de infecções por C. difficile, com
metronidazol. Não há dados clínicos conclusivos sobre a relação entre CIMs e desfecho clínico.
6. Não utilizado clinicamente. Pode ser testado para fins exclusivamente epidemiológicos (ECOFF 0,004 mg/L).
47
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Anaeróbios gram-negativos
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Os critérios de disco-difusão para teste de sensibilidade aos antimicrobianos para anaeróbios ainda não foram definidos e um método para
determinar a CIM deve ser utilizado. Caso seja utilizado um método comercial para determinar a CIM, seguir as recomendações do fabricante.
Este grupo de bactérias inclui muitos gêneros. Os anaeróbios gram-negativos mais frequentemente isolados são Bacteroides, Bilophila, Fusobacterium, Mobiluncus, Parabacteroides ,
Porphyromonas e Prevotella . Anaeróbios são mais frequentemente definidos por ausência de crescimento em placas de cultura incubadas numa atmosfera enriquecida com CO2. Para todas
essas espécies, o teste de sensibilidade deve ser realizado em anaerobiose.
Penicilinas
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
Benzilpenicilina1
0,25
0,5
>0,5
Ampicilina1
Ampicilina-sulbactam
0,5
1-2
>2
42
0,5
8
1-2
>82
>2
43
8
>83
84
16
>164
Amoxicilina1
Amoxicilina-ácido clavulânico
Piperacilina-tazobactam
Cefalosporinas
AIT
1. A sensibilidade à ampicilina, à amoxicilina e à piperacilina sem inibidor de β-lactamase pode ser inferida a partir da benzilpenicilina.
2. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de sulbactam é fixada em 4 mg/L.
3. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg/L.
4. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg/L.
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
Cefotaxima
-
-
-
Cefoxitina
EI
EI
EI
Ceftriaxona
-
-
-
Carbapenêmicos
I
R>
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
Doripenem
Ertapenem
0,5
-
>0,5
Imipenem
2
4
>4
Meropenem
2
4-8
>8
Meropenem-vaborbactam
EI
EI
EI
48
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Anaeróbios gram-negativos
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Fluoroquinolonas
Moxifloxacino
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
EI
EI
EI
Lincosamidas
Clindamicina
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
4
-
>4
Tetraciclinas1
Sч
I
R>
EI
EI
EI
Tetraciclina
Nota1
Nota1
Nota1
Tigeciclina
Nota1
Nota1
Nota1
Agentes diversos
Sч
I
R>
8
-
>8
Metronidazol
4
-
>4
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
1. Para bactérias anaeróbias há evidência clínica da atividade em infecções intra-abdominais mistas, mas não há nenhuma correlação entre os valores
de CIM, dados de PK/PD e resposta clínica. Portanto, não é fornecido nenhum ponto de corte para sensibilidade.
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Cloranfenicol
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Everaciclina
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
49
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Helicobacter pylori
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Os critérios de disco-difusão para teste de sensibilidade aos antimicrobianos para Helicobacter pylori ainda não foram definidos e
um método para determinar a CIM deve ser utilizado. Caso seja utilizado um método comercial para determinar a CIM, seguir as
recomendações do fabricante.
Penicilinas
Amoxicilina
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
0,1251
-
>0,1251
Fluoroquinolonas
Levofloxacino
I
R>
11
-
>11
Macrolídeos
Claritromicina
1. Os pontos de corte são baseados em valores de corte epidemiológicos (ECOFFs), que diferenciam entre isolados com perfil selvagem e
aqueles com sensibilidade reduzida.
Sч
I
R>
0,251
0,51
>0,51
1. Os pontos de corte são baseados em valores de corte epidemiológicos (ECOFFs), que diferenciam entre isolados com perfil selvagem e
aqueles com sensibilidade reduzida.
I
R>
11
-
>11
Agentes diversos
1. Os pontos de corte são baseados em valores de corte epidemiológicos (ECOFFs), que diferenciam entre isolados com perfil selvagem e
aqueles com sensibilidade reduzida.
Sч
I
R>
81
-
>81
Rifampicina
11
-
>11
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
1. Os pontos de corte são baseados em valores de corte epidemiológicos (ECOFFs), que diferenciam entre isolados com perfil selvagem e
aqueles com sensibilidade reduzida.
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Metronidazol
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Tetraciclinas
Tetraciclina
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
1. Os pontos de corte são baseados em valores de corte epidemiológicos (ECOFFs), que diferenciam entre isolados com perfil selvagem e
aqueles com sensibilidade reduzida.
50
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Listeria monocytogenes
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Determinação da CIM: (Microdiluição de acordo com a padronização ISO 20776-1)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F)
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h.
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por
completo o crescimento bacteriano.
Controle de qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ
do BrCAST-EUCAST.
Penicilinas
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Conteúdo
do disco
(µg)
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
Sч
I
R>
Benzilpenicilina
1
-
>1
1U
13
-
<13
Ampicilina
1
-
>1
2
16
-
<16
Carbapenêmicos
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Meropenem
Macrolídeos
Sч
I
R>
0,25
-
>0,25
AIT
AIT
10
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
Eritromicina
1
-
>1
Agentes diversos
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sulfametoxazol-trimetoprim1
Sч
I
R>
0,06
-
>0,06
Conteúdo
do disco
(µg)
Conteúdo
do disco
(µg)
AIT
15
Conteúdo
do disco
(µg)
AIT
23,75-1,25
Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + 5% sangue desfibrinado de cavalo e 20 mg/L de β-NAD (MH-F)
Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: CO2 a 5%, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte anterior da
placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle da Qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ do BrCASTEUCAST.
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
26
-
<26
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
25
-
<25
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
29
-
<29
1. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte de CIM estão expressos como concentração de trimetoprima.
51
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Pasteurella multocida
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F)
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por
completo o crescimento bacteriano.
Controle de qualidade: Haemophilus influenzae ATCC 49766. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o
controle do componente inibidor da combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCASTEUCAST.
Penicilinas
Benzilpenicilina
Ampicilina
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
0,5
-
>0,5
1
-
>1
AIT
1
-
>1
11
-
>1 1
Cefalosporinas
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Cefotaxima
Fluoroquinolonas
Sч
I
R>
0,03
-
>0,03
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
Sш
I
R<
AIT
1U
Amoxicilina-ácido clavulânico
Amoxicilina
2-1
AIT
17
-
<17
NotaA
NotaA
NotaA
NotaA
15
NotaA
-
NotaA
<15
26
-
A. Sensibilidade inferida a partir da sensibilidade à benzilpenicilina.
<26
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
Sш
I
R<
AIT
A. O teste de disco-difusão com ácido nalidíxico pode ser utilizado para triagem de resistência às fluorquinolonas. Isolados categorizados
27A
<27A
5
Sч
I
R>
Ciprofloxacino
0,06
-
>0,06
Levofloxacino
0,06
-
>0,06
5
27A
-
<27A
Ácido nalidíxico (triagem)
NA
NA
NA
30
23A
-
NotaA
AIT
1. Para fins de testes de sensibilidade, a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg/L.
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
Sш
I
R<
AIT
5
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: ágar Mueller-Hinton + 5% de sangue desfibrinado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (MH-F)
Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: CO2 a 5% , 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, Ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte
anterior da placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de qualidade: Haemophilus influenzae ATCC 49766. Para agentes não avaliados por tal cepa e para o controle do
componente inibidor dos discos de combinação betalactâmico-inibidor de betalactamase, ver tabela de CQ do BrCAST- EUCAST.
como sensíveis ao ácido nalidíxico podem ser reportados como sensíveis ao ciprofloxacino e ao levofloxacino. Isolados categorizados
como não sensíveis podem apresentar resistência às fluorquinolonas e devem ser testados contra os antimicrobianos específicos.
52
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Pasteurella multocida
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Tetraciclinas
Doxiciclina
Tetraciclina (triagem)
Agentes diversos
Sulfametoxazol-trimetoprim1
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
1
-
>1
NA
NA
NA
AIT
NotaA
30
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
0,25
-
>0,25
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
Sш
I
R<
AIT
AIT
24A
NotaA
-
NotaA
A. Sensibilidade inferida a partir do teste de triagem com tetraciclina.
>24A
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
Sш
I
R<
AIT
23,75-1,25
23
-
<23
1.Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte de CIM estão expressos como concentração de trimetoprima.
53
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Campylobacter jejuni e C. coli
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F)
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL
Incubação: Atmosfera de microaerofilia, 41±1ºC, 24h. Isolados com crescimento insuficiente após 24 h de
incubação devem ser imediatamente reincubados e os CIMs devem ser lidos após um total de 40-48 h de
incubação.
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente
inibe por completo o crescimento bacteriano.
Controle de qualidade: Staphylococcus aureus ATCC 29213 (condições padronizadas para estafilococos)
Fluoroquinolonas
Ciprofloxacino
Macrolídeos
Azitromicina
Claritromicina
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
0,5
-
>0,5
AIT
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
Sш
I
R<
AIT
5
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + 5% de sangue desfibrinado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (MH-F). As pacas de MH-F devem ser secadas
antes da inoculação para reduzir o swarming (a 20-25°C over night ou a 35°C, com a tampa removida por 15 min).
Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Atmosfera de microaerofilia, 41±1ºC, 24h. Isolados com crescimento insuficiente após 24 h de incubação devem ser imediatamente
reincubados e os halos de inibição devem ser lidos após um total de 40-48 h de incubação.
Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte anterior da
placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de qualidade: Campylobacter jejuni ATCC 33560
26
-
<26
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
Sш
I
R<
AIT
Sч
I
R>
Nota1
Nota1
Nota1
NotaA
NotaA
NotaA
1
1
1
A
A
NotaA
Nota
Nota
AIT
Eritromicina, C. jejuni
41
Nota
-
>41
15
20A
Nota
-
Eritromicina, C. coli
81
-
>81
15
24A
-
Tetraciclinas
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
Doxiciclina
Nota1
Nota1
Tetraciclina
21
Nota1
-
>21
Nota
AIT
1/A. A eritromicina pode ser utilizada para determinar a sensibilidade à azitromicina e à claritromicina.
<20A
<24A
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
Sш
I
R<
AIT
NotaA
30
30A
NotaA
-
NotaA
1/A. A tetraciclina pode ser utilizada para determinar a sensibilidade à doxiciclina
<30A
54
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Corynebacterium spp.
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Os pontos de corte para as corinebactérias foram desenvolvidos para espécies diferentes de C. diphtheriae . Em um estudo em andamento, os resultados preliminares indicam que os atuais pontos de
corte para benzilpenicilina e rifampicina não são úteis para C. diphtheriae .
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F)
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h. Isolados com crescimento insuficiente após 16 - 20h de
incubação devem ser imediatamente reincubados e as CIMs devem ser lidos após um total de 40-44 h de incubação.
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por
completo o crescimento bacteriano.
Controle de qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de
CQ do BrCAST-EUCAST.
Penicilinas
Benzilpenicilina
Fluoroquinolonas
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
0,125
-
>0,125
Conteúdo
do disco
(µg)
AIT
1U
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Conteúdo
do disco
(µg)
Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + sangue desfibrinado de cavalo 5% e 20 mg/L β-NAD (MH-F)
Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: 5% CO2, 35±1ºC, 18±2h. Isolados com crescimento insuficiente após 16-20 h de incubação devem ser reincubados
imediatamente e os halos de inibição deverão ser lidos após um total de 40-44 h de incubação.
Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte
anterior da placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de Qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não avaliados por tal cepa, ver tabela de CQ do
BrCAST-EUCAST.
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
29
-
<29
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
Sч
I
R>
Ciprofloxacino
1
-
>1
5
25
-
<25
Moxifloxacino
0,5
-
>0,5
5
25
-
<25
Aminoglicosídeos
Gentamicina
Glicopeptídeos
Vancomicina
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
1
-
>1
AIT
10
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
2
-
>2
Conteúdo
do disco
(µg)
Conteúdo
do disco
(µg)
AIT
5
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
23
-
<23
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
17A
-
<17A
A. Isolados do tipo não-selvagem não estavam disponíveis durante o desenvolvimento do método de disco-difusão.
55
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Corynebacterium spp.
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Macrolídeos e lincosamidas
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
Eritromicina
EP
EP
EP
Clindamicina
0,5
-
>0,5
Tetraciclinas
Tetraciclina
Oxazolidinonas
Linezolida
Agentes diversos
Rifampicina
AIT
2
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
2
-
>2
I
R>
2
-
>2
30
Sч
I
R>
0,12-0,5
>0,5
Conteúdo
do disco
(µg)
AIT
10
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
0,06
Conteúdo
do disco
(µg)
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
Conteúdo
do disco
(µg)
Conteúdo
do disco
(µg)
AIT
5
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
EP
EP
EP
20
-
<20
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
24
-
<24
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
25
-
<25
Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sш
I
R<
AIT
30
25-29
<25
56
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Aerococcus sanguinicola e A. urinae
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1)1
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F)
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h. Isolados com crescimento insuficiente após 16 - 20h de incubação devem
ser imediatamente reincubados e as CIMs devem ser lidas após um total de 40-44 h de incubação.
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por completo o
crescimento bacteriano.
Controle de qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não testados com tal cepa, ver tabela de CQ do
BrCAST-EUCAST.
1
Para fluoroquinolonas, a diluição em ágar pode produzir pontos finais mais bem definidos.
Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + sangue desfibrinado de cavalo 5% e 20 mg/L β-NAD (MH-F)
Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: 5% CO2, 35±1ºC, 18±2h. Isolados com crescimento insuficiente após 16-20 h de incubação devem ser
reincubados imediatamente e os halos de inibição deverão ser lidos após um total de 40-44 h de incubação.
Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da
parte anterior da placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de Qualidade: Streptococcus pneumoniae ATCC 49619. Para agentes não testados com tal cepa, ver tabela de
CQ do BrCAST-EUCAST.
Penicilinas
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Conteúdo
do disco
(µg)
Ponto de corte p/ diâmetro
do halo (mm)
Sч
I
R>
Sш
I
R<
Benzilpenicilina
0,125
-
>0,125
1U
21
-
<21
Ampicilina
Amoxicilina
0,25
-
>0,25
2
26
-
<26
Nota1
-
Nota1
NotaA
-
NotaA
Carbapenêmicos
Meropenem
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
0,25
-
>0,25
Fluoroquinolonas
Conteúdo
do disco
(µg)
AIT
10
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Conteúdo
do disco
(µg)
Sш
I
R<
31
-
<31
I
R>
Sш
I
R<
2
-
>2
5
21A
-
<21A
Levofloxacino (apenas ITU não complicada)
Norfloxacino (triagem)
21
NA
-
>21
NA
5
10
NotaB
-
NotaB
Vancomicina
Agentes diversos
Nitrofurantoína (apenas ITU não complicada)
Rifampicina
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
1
-
>1
AIT
5
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
16
0,125
-
>16
>0,125
Conteúdo
do disco
(µg)
Conteúdo
do disco
(µg)
17C
I
R<
-
<16A
A. A sensibilidade pode ser inferida a partir da sensibilidade ao norfloxacino. Ver Nota C.
B. A sensibilidade pode ser inferida a partir da sensibilidade ao ciprofloxacino ou norfloxacino. Ver Nota C.
C. O teste de disco-difusão com norfloxacino pode ser utilizado para triagem de resistência às fluoroquinolonas.
Sш
I
R<
16
-
<16
5
25
-
<25
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
AIT
A. Isolados do tipo não-selvagem não estavam disponíveis ao desenvolver o método de difusão de disco.
Ponto de corte p/ diâmetro
do halo (mm)
100
AIT
1. A sensibilidade pode ser inferida a partir da sensibilidade ao ciprofloxacino.
Ponto de corte p/ diâmetro
do halo (mm)
16A
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
AIT
<17C
Sш
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
AIT
Ponto de corte p/ diâmetro
do halo (mm)
Sч
Glicopeptídeos
1/A. Sensibilidade inferida a partir da sensibilidade à ampicilina.
Ponto de corte p/ diâmetro
do halo (mm)
Ciprofloxacino (apenas ITU não complicada)
AIT
AIT
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
Letras para comentários sobre disco-difusão.
AIT
57
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Kingella kingae
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton + 5% de sangue lisado de cavalo e 20 mg/L β-NAD (Meio MH-F)
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h. Isolados com crescimento insuficiente após 16 - 20h de
incubação devem ser imediatamente reincubados e as CIMs devem ser lidas após um total de 40-44 h de incubação.
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por
completo o crescimento bacteriano.
Controle de qualidade: Haemophilus influenzae ATCC 49766. Para agentes não testados com tal cepa, ver tabela de CQ
do BrCAST-EUCAST.
Penicilinas1
Benzilpenicilina
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
0,03
-
>0,03
-
>0,06
2
-
>0,1252
2
Ampicilina
Amoxicilina
0,1252
Amoxicilina-ácido clavulânico
Nota3
0,06
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
AIT
1U
Nota3
Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton + sangue desfibrinado de cavalo 5% e 20 mg/L β-NAD (MH-F)
Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: 5% CO2, 35±1ºC, 18±2h. Isolados com crescimento insuficiente após 16-20 h de incubação devem ser reincubados
imediatamente e os halos de inibição deverão ser lidos após um total de 40-44 h de incubação.
Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte
anterior da placa, com a tampa removida e luz refletida.
Controle de Qualidade: Haemophilus influenzae ATCC 49766. Para agentes não testados com tal cepa, ver tabela de CQ do BrCASTEUCAST.
Sш
I
R<
25
-
<25
-
Nota
A
-
Nota
-
NotaA
-
NotaA
NotaB
A
NotaB
AIT
1. Isolados produtores de β-lactamase podem ser reportados como resistentes à benzilpenicilina e amoxicilina e à amoxicilina sem
inibidores. Testes baseados em cefalosporina cromogênica podem ser usados na detecção de β-lactamase. Outros mecanismos de
resistência aos β-lactâmicos que não sejam a produção de β-lactamase não foram, até o momento, descritos para K. kingae.
2. A sensibilidade pode ser inferida a partir da sensibilidade à benzilpenicilina.
3/B. O ácido clavulânico apresenta atividade intrínseca e pode inibir o crescimento deste microrganismo em concentrações de até 2
mg/L. Portanto, nenhum ponto de corte para amoxicilina-ácido clavulânico pode ser definido.
A. Inferir sensibilidade a partir da sensibilidade à benzilpenicilina.
Cefalosporinas
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
(µg)
Sш
I
R<
AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч
I
R>
Cefotaxima
0,125
-
>0,125
5
27
-
<27
Ceftriaxona
0,06
-
>0,06
30
30
-
<30
Cefuroxima IV
0,5
-
>0,5
30
29
-
<29
Carbapenêmicos
Meropenem
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
0,03
-
>0,03
AIT
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
(µg)
Sш
I
R<
AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.
10
30
-
<30
58
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Kingella kingae
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Fluoroquinolonas
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
AIT
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
(µg)
Sш
I
R<
AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.
Ciprofloxacino
0,06
-
>0,06
5
28
-
<28
Levofloxacino
0,125
-
>0,125
5
28
-
<28
Macrolídeos e lincosamidas
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
AIT
Azitromicina
0,251
Claritromicina
Eritromicina
0,51
0,5
Clindamicina
-
Tetraciclinas
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Doxiciclina
Tetraciclina
Agentes diversos
Rifampicina
Sulfametoxazol-trimetoprim1
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
(µg)
Sш
I
R<
AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.
>0,251
NotaA
-
NotaA
1. A sensibilidade pode ser inferida a partir da sensibilidade à eritromicina.
-
>0,51
>0,5
NotaA
20
-
NotaA
<20
A. Inferir a sensibilidade a partir da sensibilidade à eritromicina.
-
-
-
-
-
-
Sч
I
R>
0,51
0,5
-
>0,51
>0,5
15
AIT
30
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
0,5
0,25
-
>0,5
>0,25
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
(µg)
Sш
I
R<
AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.
AIT
NotaA
28
-
NotaA
<28
1/A. Isolados sensíveis às tetraciclinas são também sensíveis à doxiciclina, mas alguns isolados resistentes à tetraciclina podem ser
sensíveis à doxiciclina. Caso necessário, um método de determinação da CIM deve ser utilizado para avaliar a sensibilidade à
doxiciclina em isolados resistentes à tetraciclina.
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
do halo (mm)
(µg)
Sш
I
R<
AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.
5
23,75-1,25
20
28
-
<20
<28
1. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte de CIM estão expressos como concentração de trimetoprima.
59
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Aeromonas spp.
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Determinação da CIM: (Microdiluição em caldo de acordo com a padronização ISO 20776-1)
Meio de cultura: Caldo Mueller-Hinton
Inóculo: 5 x 105 UFC/mL
Incubação: Painéis selados, ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler a CIM como a menor concentração do antimicrobiano que visualmente inibe por
completo o crescimento bacteriano.
Controle de qualidade: Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. Para agentes não testados com tal cepa, ver tabela de
CQ do BrCAST-EUCAST.
Cefalosporinas
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Disco-difusão (método de disco-difusão padronizado pelo EUCAST)
Meio de cultura: Ágar Mueller-Hinton
Inóculo: McFarland 0,5
Incubação: Ar ambiente, 35±1ºC, 18±2h
Leitura: Salvo orientação contrária, ler as bordas dos halos de inibição do ponto em que não há mais crescimento, visto da parte posterior da
placa, contra um fundo escuro e sob luz refletida.
Controle de qualidade: Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. Para agentes não testados com tal cepa, ver tabela de CQ do BrCASTEUCAST.
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
halo (mm)
Letras para comentários sobre disco-difusão.
(µg)
Sш
I
R<
AIT
Sч
I
R>
Cefepima
1
2-4
>4
30
27
24-26
<24
Ceftazidima
1
2-4
>4
10
24
21-23
<21
Monobactâmicos
Aztreonam
Fluoroquinolonas
AIT
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
AIT
1
2-4
>4
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
halo (mm)
(µg)
Sш
I
R<
AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.
30
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
29
26-28
<26
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
halo (mm)
(µg)
Sш
I
R<
AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.
Sч
I
R>
Ciprofloxacino
0,25
0,5
>0,5
5
27
24-26
<24
Levofloxacino
0,5
1
>1
5
27
24-26
<24
AIT
60
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Aeromonas spp.
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Agentes diversos
Sulfametoxazol-trimetoprim1
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
AIT
2
4
>4
Conteúdo Ponto de corte p/ diâmetro do Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
do disco
halo (mm)
(µg)
Sш
I
R<
AIT Letras para comentários sobre disco-difusão.
23,75-1,25
19A
16-18A
<16A
1. Sulfametoxazol-trimetoprima na proporção 19:1. Os pontos de corte de CIM estão expressos como concentração de trimetoprima.
A. Ao aferir o diâmetro do halo, considerar a borda bem definida e ignorar névoa ou crescimento dentro do halo. (Ver figuras abaixo).
Exemplos de zonas de inibição de Aeromonas spp. com sulfametoxazol-trimetoprima
a-c) Ao aferir o diâmetro do halo, considerar a borda bem definida e ignorar névoa ou crescimento dentro do halo de inibição.
61
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Mycobacterium tuberculosis
Regras de Especialistas e Tabelas de Resistência Intrínseca.
Os pontos de corte listados foram determinados em
paralelo com a autorização de comercialização pela EMA.
Os pontos de corte para outros agentes ainda não foram
estabelecidos.
A metodologia de referência está em desenvolvimento. Os pontos de corte listados podem mudar quando
os testes estiverem concluídos.
O complexo Mycobacterium tuberculosis inclui diferentes espécies e variantes, tais como M. tuberculosis var. canetti, M. tuberculosis var. tuberculosis, M. tuberculosis var. africanum e M. tuberculosis
var. bovis. Os pontos de corte só foram estabelecidos para M. tuberculosis var. tuberculosis.
Ponto de corte p/ CIM
(mg/L)
Sч
I
R>
Delamanide
0,06
-
>0,06
Bedaquilina
0,251
-
0,251
Notas
Números para comentários gerais e/ou pontos de corte para CIM.
AIT
1. Os pontos de corte aplicam-se apenas aos testes realizados em meio Middlebrook 7H11/7H10. A comparabilidade com outros meios não foi
estabelecida.
62
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
ECOFFs e pontos de corte clínicos sistêmicos para antimicrobianos
de uso tópico
Na ausência de dados clínicos sobre resposta relacionada à CIM do organismo infectante, o EUCAST não acha possível chegar a um consenso que resolva opiniões conflitantes sobre as duas alternativas propostas (para
detalhes ver o documento de orientações):
1. Utilizar ECOFFs para todos os agentes quando o uso for tópico.
2. Utilizar pontos de corte clínicos quando disponíveis e ECOFFs quando não houver pontos de corte clínicos.
0,5
1/1
32
32
IE
ND
ND
-
Neomicina
2
2/2
4
2/2
2
2/2
-
3
16
8/8
16
8/8
8
8/8
8
8/8
1
2/2
2
2/2
8
ND
ND
1
ND
ND
ND
ND
-
Retapamulina
Moraxella spp.
0,5
0,25/0,5
2
1
1
1/1
4
4
0,125
0,06/0,06
0,25
0,25/0,25
Mupirocina
H. influenzae
0,25
0,5/1
2
1/1
0,5
0,5/1
1
1/1
2
2/2
2
2/2
0,06
0,06/0,06
0,125
0,125/0,125
Bacitracina
Streptococcus A, B, C e G
0,125
0,25/0,5
0,5
0,5/0,5
1
0,06/1
1
1/1
2
2
0,06
0,06/0,06
0,125
0,125/0,125
Ácido Fusídico3
S. pneumoniae
2
2/4
8
4/4
4
4/4
2
1/1
4
EI
0,25
EI
Colistina
(p/ Polimixina B)
S. aureus
Cloranfenicol3
Acinetobacter spp.
Ofloxacino3
P. aeruginosa
ECOFF1,2
Ponto de corte clínico sistêmico1
ECOFF1
Ponto de corte clínico sistêmico1
ECOFF1,2
Ponto de corte clínico sistêmico1
ECOFF1
Ponto de corte clínico sistêmico1
ECOFF1
Ponto de corte clínico sistêmico1
ECOFF1,2
Ponto de corte clínico sistêmico1
ECOFF1
Ponto de corte clínico sistêmico1
ECOFF1,2
Ponto de corte clínico sistêmico1
Levofloxacino3
Enterobacterales
Ciprofloxacino3
Organismos
Gentamicina3
Para informação, a tabela apresenta pontos de corte clínicos sistêmicos e ECOFFs para agentes que são de uso sistêmico e tópico e de ECOFFs para agentes exclusivamente de uso tópico (notar que os pontos de corte de
mupirocina são a exceção).
ND
ND
ND
-
14
0,5
-
0,5
0,125
-
Notas
1
ECOFFs e pontos de corte clínicos sistêmicos em mg/L.
Este ECOFF é o representativo para as espécies mais relevantes.
3
Agentes também disponíveis para uso sistêmico.
4
Pontos de corte para descontaminação nasal S≤1, R>256 mg/L (S≥30, R<18 mm para discos de 200 µg de mupirocina). Isolados intermediários apresentam supressão temporária (útil em pré-operatório) mas, ao contrário dos
isolados sensíveis, as taxas de erradicação a longo prazo são baixas.
ND = ECOFF não definido nas distribuições de CIMs no site do EUCAST.
2
63
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Pontos de corte PK/PD (Não relacionados à espécie)
Estes pontos de corte devem ser utilizados apenas quando não houver pontos de corte específicos para a espécie ou outras recomendações (valor, "-" ou nota) nas tabelas específicas. A CIM deve ser
sempre reportada no resultado.
Se a CIM for maior que o ponto de corte PK/PD de resistência, desaconselhar o uso do agente.
Se a CIM for menor ou igual ao ponto de corte PK/PD de sensibilidade, sugerir que o agente pode ser usado com precaução.
Incluir uma nota de que a orientação é baseada apenas em Pontos de corte PK/PD e incluir a dosagem na qual o ponto de corte está baseado.
Mais informações estão disponíveis no documento " Antimicrobial susceptibility tests on groups of organisms or agents for which there are no EUCAST breakpoints"
Penicilinas
Ponto de corte p/ CIM (mg/L)
Notas
Sч
I
R>
0,25
2
0,5-2
4-8
>2
>8
1. Para fins de teste de sensibilidade, a concentração de sulbactam é fixada em 4 mg/L
2. Para fins de teste de sensibilidade, a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg/L.
21
2
4-81
4-8
>81
>8
3. Para fins de teste de sensibilidade, a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg/L.
22
4
4-82
8-16
>82
>16
43
8
8-163
16
>163
>16
Fenoximetilpenicilina
82
EI
16 2
EI
>16 2
EI
Oxacilina
EI
EI
EI
Cefalosporinas
Ponto de corte p/ CIM (mg/L)
Benzilpenicilina
Ampicilina
Ampicilina-sulbactam
Amoxicilina
Amoxicilina-ácido clavulânico
Piperacilina
Piperacilina-tazobactam
Ticarcilina
Ticarcilina-ácido clavulânico
S≤
I
R>
Cefaclor
EI
EI
EI
Cefadroxila
EI
EI
EI
Cefalexina
EI
EI
EI
Cefazolina
1
2
>2
>8
Cefepima
4
8
Cefixima
EI
EI
EI
Cefotaxima
1
2
>2
Cefoxitina
EI
EI
EI
Cefpodoxima
EI
EI
EI
0,5 1
4
8
>0,5 1
>8
82
EI
EI
>82
EI
4
-
>4
43,4
1
-
Ceftarolina
Ceftazidima
Ceftazidima-avibactam
Ceftibuten
Ceftobiprole
2
>43,4
>2
Cefuroxima iv
4
8
>8
Cefuroxima oral
EI
EI
EI
Ceftolozana-tazobactam
Ceftriaxona
Notas
1. Baseado em alvo PK/PD de organismos gram-negativos.
2. Para fins de teste de sensibilidade a concentração de avibactam é fixada em 4 mg/L.
3. Pontos de corte baseados em dados de ceftolozana.
4. Para fins de teste de sensibilidade a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg/L.
64
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Pontos de corte PK/PD (Não relacionados à espécie)
Carbapenêmicos
Ponto de corte p/ CIM (mg/L)
S≤
I
R>
1. Para fins de teste de susceptibilidade, a concentração de vaborbactam é fixada em 8 mg/l.
Doripenem
Ertapenem
Imipenem
Meropenem
0,5
2
2
4
4-8
>0,5
>4
>8
Meropenem
81
-
>81
Monobactâmicos
Aztreonam
Ponto de corte p/ CIM (mg/L)
Sч
I
R>
4
8
Ponto de corte p/ CIM (mg/L)
Sч
I
R>
Ciprofloxacino
0,25
0,5
Levofloxacino
0,5
1
>1
Moxifloxacino
0,25
-
>0,25
Ácido nalidíxico (triagem)
Norfloxacino
Ofloxacino
EI
EI
0,25
EI
EI
0,5
EI
EI
>0,5
Aminoglicosídeos
Ponto de corte p/ CIM (mg/L)
S≤
I
R>
Glicopeptídeos e Lipopeptídeos
EI
EI
EI
EI
EI
EI
EI
EI
Notas
>8
Fluoroquinolonas
Amicacina
Gentamicina
Netilmicina
Tobramicina
Notas
Notas
>0,5
Notas
EI
EI
EI
EI
Ponto de corte p/ CIM (mg/L)
S≤
I
R>
Notas
Dalbavancina
0,251
-
>0,251
Oritavancina
EI
>0,1251,2
EI
1. Para a determinação de CIM por microdiluição, o meio deve ser suplementado com polissorbato 80 a uma concentração final de 0,002%.
2. Os pontos de corte de PK/PD são para S. aureus . Para S. pyogenes, há incerteza em relação ao alvo PK/PD.
Teicoplanina
0,1251,2
EI
Telavancina
Vancomicina
EI
EI
EI
EI
EI
EI
65
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST, v
álida a partir de 01-02-2019
Pontos de corte PK/PD (Não relacionados à espécie)
Macrolídeos, lincosamidas e estreptograminas
Ponto de corte p/ CIM (mg/L)
S≤
I
R>
Azitromicina
EI
EI
EI
Claritromicina
EI
EI
EI
Eritromicina
EI
EI
EI
Roxitromicina
EI
EI
EI
Telitromicina
EI
EI
EI
Clindamicina
EI
EI
EI
Quinupristina-dalfopristina
EI
EI
EI
Tetraciclinas
Ponto de corte CIM (mg/L)
S≤
I
R>
Doxiciclina
Minociclina
EI
EI
EI
EI
EI
EI
Tetraciclina
EI
EI
EI
Tigeciclina
0,51
-
>0,51
Agentes diversos
Ponto de corte CIM (mg/L)
S≤
I
R>
Cloranfenicol
EI
EI
EI
Colistina
EI
EI
EI
Daptomicina
EI
EI
EI
Fosfomicina iv
EI
EI
EI
Fosfomicina oral
EI
EI
EI
Ácido fusídico
EI
EI
EI
Linezolida
2
4
>4
Metronidazol
EI
EI
EI
Nitrofurantoína
EI
EI
EI
Rifampicina
EI
EI
EI
Espectinomicina
Trimetoprima
Sulfametoxazol-trimetoprima
EI
EI
EI
EI
EI
EI
EI
EI
EI
Notas
Notas
1. Para a determinação da CIM de tigeciclina por microdiluição em caldo, o meio deve ser preparado fresco no dia do uso.
Notas
66
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Dosagens
Os pontos de corte do EUCAST são baseados nas seguintes dosagens (consultar a seção 8 em Documentos do Racional). Regimes de dosagem alternativos que resultam em exposição equivalente
são aceitáveis. A tabela não deve ser considerada uma orientação exaustiva para a dosagem na prática clínica, e não substitui as diretrizes específicas locais, nacionais ou regionais.
Penicilinas
Benzilpenicilina1
Ampicilina
Ampicilina-sulbactam
Amoxicilina iv
Dose Padrão
Dose Alta
0,6 g1 (1 MU) x 4 iv
1,2 g1 (2 UM) x 4-6 iv
2 g x 3 iv
2 g x 4 iv
(2 g ampicilina + 1 g sulbactam) x 3 iv
(2 g ampicilina + 1 g sulbactam) x 4 iv
1 g x 3-4 iv
2 g x 6 iv
Situações específicas
Meningite:
Para uma dose de 2,4 g (4 MU) x 6 iv, isolados com CIM 0,06 mg/L são sensíveis.
Na pneumonia causada por S. pneumoniae os pontos de corte são relacionados
com a dosagem:
Para a dose de 1,2 g (2 MU) x 4 iv, isolados com CIM ≤0,5 mg/L são sensíveis.
Para a dose de 2,4 g (4 MU) x 4 iv ou 1,2 g (2 MU) x 6 iv, isolados com CIM ≤1 mg/L
são sensíveis.
Para a dose de 2,4 x 6 iv, isolados com CIM ≤2 mg/L são sensíveis.
Meningite: 2g x 6 iv
Meningite: 2g x 6 iv
em revisão
Amoxicilina oral
Amoxicilina-ácido clavulânico iv
0,5 g x 3
0,75 g - 1g x 3
(1 g de amoxicilina + 0,2 g de ác. clavulânico) x 3-4 iv
(2 g de amoxicilina + 0,2 g de ác. clavulânico) x 3 iv
H. influenzae: somente doses altas
em revisão
Amoxicilina-ácido clavulânico oral
Piperacilina
Piperacilina-tazobactam
Ticarcilina
Ticarcilina-ácido clavulânico
Fenoximetilpenicilina
Oxacilina
Cloxacilina
(0,5 g amoxicilina + 0,125 g ác. clavulânico) x 3
(0,875 g amoxicilina + 0,125 g ác. clavulânico) x 3
4 g x 3 iv
4 g x 4 iv
(4 g piperacilina + 0,5 g tazobactam) x 3 iv
(4 g piperacilina + 0,5 g tazobactam) x 4 iv
Pseudomonas spp.: Somente doses altas
3 g x 4 iv
3 g x 6 iv
Pseudomonas spp.: Somente doses altas
(3 g ticarcilina + 0,1/0,2 g ác. clavulânico) x 4 iv
(3 g ticarcilina + 0,1 g ácido clavulânico) x 6 iv
Pseudomonas spp.: Somente doses altas
0,5-2 g x 3-4 oral
dependendo da espécie e ou tipo de infecção
Não há
1 g x 4 iv
1 g x 6 iv
0,5 g x 4 oral ou 1 g x 4 iv
1 g x 4 oral ou 2 g x 6 iv
Dicloxacilina
0,5-1 g x 4 oral ou 1 g x 4 iv
2 g x 4 oral ou 2 g x 6 iv
Flucloxacilina
1 g x 3 oral ou 2 g x 4 iv (ou 1 g x 6 iv)
1 g x 4 oral ou 2 g x 6 iv
0,2 g x 3 oral
0,4 g x 3 oral
Mecilinam
H. influenzae: somente doses altas
Pseudomonas spp.: Somente doses altas
67
Dosagens
Cefalosporinas
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Dose Padrão
Dose Alta
Cefaclor
0,25-1 g x 3 oral
dependendo da espécie e ou tipo de infecção
Não há
Cefadroxila
0,5-1 g x 2 oral
dependendo da espécie e ou tipo de infecção
Não há
Cefalexina
Não há
Cefepima
0,25-1 g x 2-3 oral
dependendo da espécie e ou tipo de infecção
1 g x 3-4 (ou 2 g x 3) iv
dependendo da espécie e ou tipo de infecção
1 g x 3 ou 2 g x 2 iv
2 g x 3 iv
Cefixima
0,2-0,4 g x 2
Não há
1 g x 3 iv
2 g x 3 iv
0,1-0,2 g x 2 oral
dependendo da espécie e ou tipo de infecção
0,6 g x 2 iv infusão em 1 hora
Não há
0,6 g x 3 iv infusão em 2 horas
1 g x 3 iv
2 g x 3 iv ou 1 g x 6 iv
(2 g ceftazidima + 0,5 g avibactam) x 3 infusão em 2 horas
Não há
Cefazolina
Cefotaxima
Cefpodoxima
Ceftarolina
Ceftazidima
Ceftazidima-avibactam
Ceftibuten
Ceftobiprole
Ceftolozana-tazobactam
Ceftriaxona
Cefuroxima iv
Cefuroxima oral
Carbapenêmicos
Situações específicas
Staphylococcus spp.: Dose mínima 0,5 g x 3
Não há
0,4 g x 1 oral
Não há
0,5 g x 3 iv infusão em 2 horas
Não há
(1 g ceftolozana + 0,5 g tazobactam) x 3 iv infusão em 1 hora
Em avaliação
1 g x 1 iv
2 g x 2 iv
0,75 g x 3 iv
1,5 g x 3 iv
0,25-0,5 g x 2 oral
dependendo da espécie e ou tipo de infecção
Não há
Dose Padrão
Dose Alta
Pseudomonas spp.: somente doses altas
Gonorreia: 0,4 g oral em dose única
Meningite: 2 g x 4 iv
S. aureus: somente doses altas
Gonorreia: 0,5 g im em dose única
S. aureus em infecções de pele complicadas: Existem algumas evidências de PK/PD
que sugerem que isolados com CIM de 4 mg/L podem ser tratados com doses altas.
Pseudomonas spp.: Somente doses altas
Meningite: 4g x 1 iv
S. aureus: somente doses altas
Gonorreia: 0,5 g im em dose única
E. coli, Klebsiella spp. (exceto K. aerogenes ), Raoultella spp. e
P. mirabilis: Somente doses altas
Situações específicas
Doripenem
Ertapenem
1 g x 1 iv durante 30 minutos
Não há
Imipenem
0,5 g x 4 iv durante 30 minutos
1 g x 4 iv durante 30 minutos
Meropenem
Meropenem-vaborbactam
Monobactâmicos
Aztreonam
1 g x 3 iv durante 30 minutos
2 g x 3 iv durante 3 horas
(2 g meropenem + 2 g vaborbactam) x 3 iv durante 3 horas
Não há
Dose Padrão
Dose Alta
1 g x 3 iv
2 g x 4 iv
Pseudomonas spp.: Somente doses altas
Acinetobacter spp.: Somente doses altas
Meningite: 2 g x 3 iv em 30 minutos (ou 3 horas)
Situações específicas
Pseudomonas spp.: Somente doses altas
68
Dosagens
Fluoroquinolonas
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Dose Padrão
Dose Alta
Ciprofloxacino
0,5 g x 2 oral ou 0,4 g x 2 iv
0,75 g x 2 oral ou 0,4 g x 3 iv
Levofloxacino
0,5 g x 1 oral ou 0,5 g x 1 iv
0,5 g x 2 oral ou 0,5 g x 2 iv
Moxifloxacino
0,4 g x 1 oral ou 0,4 g x 1 iv
Não há
Norfloxacino
0,4 g x 2 oral
Não há
0,2 g x 2 oral ou 0,2 g x 2 iv
0,4 g x 2 oral ou 0,4 g x 2 iv
Ofloxacino
Aminoglicosídeos
Situações específicas
Pseudomonas spp.: Somente doses altas
Acinetobacter spp.: Somente doses altas
Staphylococcus spp.: Somente doses altas
Gonorreia: 0,5 g oral em dose única.
Pseudomonas spp.: Somente doses altas
Acinetobacter spp.: Somente doses altas
Streptococcus grupo A, B, C e G: Somente doses altas
S. pneumoniae : Somente doses altas
Staphylococcus spp.: Somente doses altas + combinação
Dose Padrão
Dose Alta
Amicacina
20 mg/kg x 1 iv
30 mg/kg x 1 iv
Enterobacteriaceae : Somente doses altas
Pseudomonas spp.: Somente doses altas
Acinetobacter spp.: Somente doses altas
Gentamicina
5 mg/kg x 1 iv
7 mg/kg x 1 iv
Enterobacteriaceae : Somente doses altas
Pseudomonas spp.: Somente doses altas
Acinetobacter spp.: Somente doses altas
Netilmicina
5 mg/kg x 1 iv
7 mg/kg x 1 iv
Enterobacteriaceae : Somente doses altas
Pseudomonas spp.: Somente doses altas
Acinetobacter spp.: Somente doses altas
Tobramicina
5 mg/kg x 1 iv
7 mg/kg x 1 iv
Enterobacteriaceae : Somente doses altas
Pseudomonas spp.: Somente doses altas
Acinetobacter spp.: Somente doses altas
Dose Padrão
Dose Alta
Situações específicas
1 g x 1 iv durante 30 minutos no dia 1
Não há
Glicopeptídeos e lipopeptídeos
Dalbavancina
Situações específicas
Se necessário, 0,5 g x 1 iv durante 30 minutos no dia 8
Oritavancina
1,2 g x 1 (dose única) iv durante 3 h
Não há
Teicoplanina
0,4 g x 1 iv
0,8 g x 1 iv
Telavancina
10 mg/kg x 1 iv durante 1 h
Não há
Vancomicina
0,5 g x 4 iv ou 1 g x 2 iv
Não há
Baseado no peso corporal. O monitoramento terapêutico deve orientar a dosagem.
ou 2 g x 1 por infusão contínua
Macrolídeos, lincosamidas e
estreptograminas
Azitromicina
Claritromicina
Eritromicina
Dose Padrão
Dose Alta
0,5 g x 1 oral ou 0,5 g x 1 iv
Não há
0,25 g x 2 oral
0,5 g x 2 oral
0,5 g x 2-4 oral ou 0,5 g x 2-4 iv
1 g x 4 oral ou 1 g x 4 iv
Roxitromicina
0,15 g x 2 oral
Não há
Telitromicina
0,8 g x 1 oral
Não há
Clindamicina
0,3 g x 2 oral ou 0,6 g x 3 iv
0,3 g x 4 oral ou 0,9 g x 3 iv
7,5 mg/kg x 2
7,5 mg/kg x 3
Quinupristina-dalfopristina
Situações específicas
Gonorreia: 2 g oral em dose única
69
Dosagens
Tetraciclinas
Tabela de Pontos de Corte Clínicos do BrCAST - EUCAST,
válida a partir de 01-02-2019
Dose Padrão
Dose Alta
Doxiciclina
0,1 g x 1 oral
0,2 g x 1 oral
Eravaciclina
1 mg/kg x 2 iv
Não há
Minociclina
0,1 g x 2 oral
Não há
Tetraciclina
0,25 g x 4 oral
0,5 g x 4 oral
Tigeciclina
0,1 g dose de ataque seguida por 50 mg x 2 iv
Não há
Dose Padrão
Dose Alta
Linezolida
Oxazolidinonas
0,6 g x 2 oral ou 0,6 g x 2 iv
Não há
Tedizolida
0,2 g x 1 oral
Não há
Dose Padrão
Dose Alta
Cloranfenicol
Agentes Diversos
1 g x 4 oral ou 1 g x 4 iv
2 g x 4 oral ou 2 g x 4 iv
Polimixina B
15.000 - 25.000 U/Kg/dia IV, divididas 12/12h
30.000 U/Kg/dia IV, divididas 12/12h
4,5 MU x 2 iv com dose de ataque de 9 MU
4 mg/kg x 1 iv
Não há
6 mg/kg x 1 iv
4 g x 3 iv
8 g x 3 iv
Colistina
Daptomicina
Fosfomicina iv
Fosfomicina oral
3 g x 1 oral em dose única
Não há
Ácido fusídico
0,5 g x 2 oral ou 0,5 g x 2 iv
0,5 g x 3 oral ou 0,5 g x 3 iv
Metronidazol
0,4 g x 3 oral ou 0,4 g x 3 iv
0,5 g x 3 oral ou 0,5 g x 3 iv
50-100 mg x 3-4 oral
Não há
Nitroxolina
0,25 g x 3
Não há
Rifampicina
0,6 g x 1 oral ou 0,6 g x 1 iv
0,6 g x 2 oral ou 0,6 g x 2 iv
2 g x 1 im
Não há
0,16 g x 2 oral
Não há
(0,8 g sulfa + 0,16 g trimetoprima) x 2 oral
(1,2 g sulfa + 0,24 g trimetoprima + ) x 2 oral
ou (0,8 g sulfa + 0,16 g trimetoprima) x 2 iv
ou (1,2 g sulfa + 0,24 g trimetoprima) x 2 iv
Nitrofurantoína
Espectinomicina
Trimetoprima
Sulfametoxazol-Trimetoprima
Situações específicas
Situações específicas
Situações específicas
Neisseria meningitidis: Somente doses altas
A dosagem dependente da formulação do fármaco.
Gonorreia: 2 g oral em dose única
Stenotrophomonas maltophilia : Somente doses altas
1- Para benzilpenicilina (penicilina G cristalina) a correspondência entre unidades internacionais (U) e miligramas (mg) é padronizada e depende do sal: 1.667 U/mg, para o sal sódico e 1.595 U/mg, para o sal potássico.
70
Redefinição das categorias dos
testes de sensibilidade S, I e R.
Gunnar Kahlmeter e Comitê Gestor do EUCAST
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Esta apresentação pode ser usada tal como está, traduzida ou
adaptada. Deve incluir a citação Esta apresentação pode ser
consultada na sua versão original em www.eucast.org .
A apresentação descreve alterações nas definições das categorias
dos testes de sensibilidade S, I e R e as suas consequências. As
alterações entram em vigor com a tabela de pontos de corte
EUCAST v 9.0 (2019).
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
O Comitê Gestor do EUCAST (CG) decidiu alterar as definições
das categorias dos testes de sensibilidade mas manter as
abreviaturas S, I e R.
Esta decisão foi tomada em Junho, 2018, após três consultas
gerais (2015, 2017 e 2018). Os resultados destas consultas estão
disponíveis em www.eucast.org (ver Consultations).
As novas difinições são válidas a partir de 01-01-2019 (Tabela de
Pontos de Corte EUCAST v. 9.0).
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
As definições S, I e R desde 2002 – 2018
As defi ições a tigas
Desde 2002, o EUCAST tem usado as seguintes definições para categorizar os
microrganismos como possibilidade de utilização de determinado antimicrobiano
no seu tratamento.
Os pontos de corte na Tabela de Pontos de Corte são clínicos, i.e. são utilizados
para predizer a resposta clínica no paciente infetado.
S = Sensível
I = Intermediário
R = Resistente
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Definições 2002 – 2018
( aàdefi içãoàa tiga
Definições do EUCAST relativamente aos pontos de corte clínicos e valores de cut-off epidemiológicos
Resistência clínica e pontos de corte clínicos
Clinicamente Sensível (S)
• Um microrganismo é definido como sensível a determinado antimicrobiano quando é elevada a probabilidade
de sucesso terapêutico.
• Um microrganismo é considerado (S) aplicando o ponto de corte apropriado num determinado teste fenotípico.
• Este ponto de corte pode ser alterado quando legitimado por alteração das circunstâncias.
Clinicamente Intermediário (I)
• Um microrganismo é definido como intermediário a determinado antimicrobiano quando existe um certo grau
de incerteza na sua eficácia terapêutica. Implica que a infecção causada por este isolado pode ser tratada se
ocorrer em locais onde o fármaco esteja fisicamente concentrado ou quando altas doses do fármaco possam
ser usadas; também indica uma zona de transição que pode prevenir pequenos erros técnicos não
controláveis, evitando causar discrepâncias maiores na interpretação.
• Um microrganismo é categorizado como intermediário (I) por aplicação do ponto de corte apropriado a um
determinado teste fenotípico.
• Este ponto de corte pode ser alterado quando legitimado por alteração das circunstâncias.
Clinicamente resistente (R)
• Um microrganismo é definido como resistente a determinado antimicrobiano quando associado a elevada
probabilidade de falha terapêutica.
• Um microrganismo é categorizado como resistente (R) por aplicação do ponto de corte apropriado a um
determinado teste fenotípico.
• Este ponto de corte pode ser alterado quando legitimado por alteração das circunstâncias.
Pontos de corte clínicos são apresentados como S<=x mg/L; I>x, <=y mg/L; R>y mg/L
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Na antiga definição a categoria intermediário no
resultado do TSA não era clara
U à i rorga is oàéàdefi idoà o oài ter ediárioàporàu à ívelà
de atividade do antimicrobiano associado a um efeito terapêutico
incerto. Isto implica que uma infecção causada por este agente
pode ser apropriadamente tratada em sítios anatômicos onde o
antimicrobiano esteja fisiologicamente concentrado ou quando
uma dose alta do antimicrobiano pode ser utilizada; também
indica uma zona tampão para impedir que fatores técnicos
menores, não controlados, causem discrepâncias maiores nas
interpretações.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
A antiga definição de intermediário engloba quatro
definições numa só
1. Efeito terapêutico incerto (farmacologia/microbiologia)
2. Onde os antimicrobianos são fisiologicamente
concentrados (farmacocinética)
3. Quando uma dose alta possa ser utilizada
(farmacologia/toxicologia)
4. Uma zona tampão para impedir erros técnicos
(metodologia)
Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org
Resultados intermediários incluem…
• Incerteza
– Efeito terapêutico incerto
– Resultado laboratorial incerto
• Exposição
– Antimicrobiano fisiologicamente concentrado
– Estratégia terapêutica (dose, frequência, modo de
administração)
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Incerteza e Exposição
• Incerteza
– responsibilidade dos comitês de pontos de corte
Pontos de corte devem evitar dividir as distribuições de CIM da
população selvagem de espécies importantes; caso contrário a
reprodutibilidade nos TSA não poderá ser atingida.
– responsibilidade dos laboratórios
Os laboratórios são responsáveis por utilizar métodos e critérios
interpretativos apropriados e pelo controle de qualidade (CQ) dos
seus resultados.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Incerteza e Exposição
• Exposição
– Responsabilidade dos comitês de pontos de corte
Os comitês de pontos de corte devem informar aos usuários sobre
estratégias terapêuticas relevantes para os pontos de corte e sob
quais outras condições os pontos de corte são válidos.
– Responsabilidade dos clínicos
É possível ajustar o nível de exposição alterando a estratégia de
dosagem; dose individual, frequência da dose, de oral para
intravenosa, de intermitente para infusão contínua.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Todos os pontos de corte clínicos estão relacionados a um nível
atingível de exposição* do microrganismo
O nível atingível de exposição* depende de muitos fatores.
Diferenças individuais na farmacocinética são permitidas nos cálculos dos índices
farmacodinâmicos por simulação populacional. Outros fatores que se seguem são
determinados pelo local da infeção e podem variar ao longo da terapia:
1. Local da infeção
– concentração em certos tecidos e fluidos corporais pode ser alta (urina, bile, tecidos linfáticos)
2. Dose e frequência da administração
3. Modo de administração (oral, intravenosa, infusão intravenosa, etc)
*Exposição é a função de como o modo de administração, dose, intervalo entre as doses, tempo de
infusão, assim como a distribuição, o metabolismo e excreção do antimicrobiano irão influenciar o
organismo infectante no local da infecção.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Dosagens e modos de administração estão na tabela
de pontos de corte do EUCAST
Os pontos de corte do EUCAST estão relacionados com as doses e modos de
ad i istraçãoàlistadosàpeloàEUCá“Tà osàdo u e tosàdoà Rationale àeà aà
tabela de pontos de corte, na aba Dosagens.
Com esquemas terapêuticos diferentes dos listados nas tabelas EUCAST, os
pontos de corte podem ser inválidos.
Por este motivo o EUCAST fez um grande esforço para consultar todos os
países a fim de verificar se as doses e o modos de administração listados nos
documentos do EUCAST são representativos das práticas internacionais.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Novas definições de S, I e R
• As alterações nas definições das categorias S e R são menores.
Elas enfatizam a relação entre a categoria de sensibilidade e o
nível de exposição.
• As alterações na categoria I terão impacto maior em nível
clínico e técnico e afetarão a vigilância epidemiológica da
resistência antimicrobiana. Estas alterações implicaram na
mudança de alguns pontos de corte.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
As novas definições S, I e R
As novas definições refletem a necessidade de exposição correta e a
responsabilidade dos laboratórios pela resolução das dificuldades
técnicas antes da finalização do TSA.
Os esquemas terapêuticos relevantes para os pontos de corte do EUCAST
estão disponíveis na tabela de pontos de corte, na aba Dosagens.
Estas são as novas definições:
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Sensível, dosagem padrão ( S )
S - Sensível, dose padrão: Um microrganismo é categorizado
como Sensível, dosagem padrão*, quando há uma alta
probabilidade de sucesso terapêutico utilizando o regime de
dosagem padrão do agente.
*Exposição depende do modo como, a via de administração, a dose, o intervalo entre as doses, o
tempo de infusão assim com a distribuição, o metabolismo e a excreção do antimicrobiano,
influenciam o microrganismo no local da infecção.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Sensível, aumentando exposição ( I )
I – Sensível, aumentando exposição: Um microrganismo é
categorizado como Sensível, aumentando exposição* quando há
uma alta probabilidade de sucesso terapêutico porque a exposição
foi aumentada ajustando-se o regime de dosagem ou sua
concentração no local de infecção.
*Exposição depende do modo como, a via de administração, a dose, o intervalo entre as doses, o
tempo de infusão assim com a distribuição, o metabolismo e a excreção do antimicrobiano,
influenciam o microrganismo no local da infecção.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Resistente ( R )
R - Resistente: um microrganismo é categorizado como
Resistente quando há alta probabilidade de falha terapêutica
mesmo quando há aumento da exposição*.
*Exposição depende do modo como, a via de administração, a dose, o intervalo entre as doses, o
tempo de infusão assim com a distribuição, o metabolismo e a excreção do antimicrobiano,
influenciam o microrganismo no local da infecção.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
SIR – as definições antigas
Sensível
Intermediário
Efeito incerto.
Zona tampão para variações técnicas.
Para dose alta.
Por razões farmacocinéticas está concentrado.
Redefining S, I and R 2019 www.eucast.org
Resistente
SIR - novas definições 2019
Sensível
Exposição
normal
Exposição
aumentada
Redefining S, I and R 2019 www.eucast.org
Resistente
Decisão EUCAST 2018
• Alterar a definição de S, I e R.
• Manter as abreviaturas S, I e R.
• Enfatizar a relação entre exposição do microrganismo nos
locais de infeção e o ponto de corte, e encarregar os Comitês
Nacionais de TSA (National AST Committees-NAC) de informar
os colegas sobre a relação entre o esquema terapêutico e os
pontos de corte.
• Encarregar os laboratórios a assumir a responsabilidade de
lidarà o à variaçãoàté i aàeàerros .à
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Co àaàdefi içãoà odifi adaàdaà ategoriaà ategoria-I ….
….aàú i aàdifere çaàe tre “ àeà I àéàaà ua tidadeàdeàfár a o,à oà
local da infecção, necessária para obter uma resposta clínica
adequada.
O ter oà i ter ediário àéàsu stituídoàpelaàexpressão
“e sível,àexposição aumentada ,à asàaàa reviaturaàreportadaà
o ti uaàaàserà I .
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Mantendo as abreviaturas S, I e R
• EUCAST decidiu manter as abreviaturas.
• Há bons argumentos, tanto a favor como contra, relativamente à
alteração das abreviaturas. Contudo, durante o processo de consulta
uma clara maioria recomendou a sua não alteração neste momento.
Contudo, o EUCAST não exclui a possibilidade de vir a mudar no
futuro. Os fabricantes dos LIS e de equipamentos de TSA devem,
urgentemente, verificar como as alterações das abreviaturas
utilizadas para designar a categoria I afetarão os seus sistemas e
informar o EUCAST.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Alguns pontos de corte serão revistos para se
adequarem às novas definições S, I e R
Microrganismo
Antimicrobiano
Pseudomonas
Aztreonam
Enterococcus
Ponto de corte 2018
mg/L
Ponto de corte 2019
mg/L
1 / 16
16 / 16
Trimetoprima
WT categoria - I
Nota+ECOFF
Enterococcus
Trimetoprimasulfametoxazol
WT categoria - I
Nota+ECOFF
N. meningitidis
Cloranfenicol
2/4
2/2
H. influenzae
Cefpodoxima
0,25 / 0,5
0,25 / 0,25
Proteus
Morganella
Providencia
Imipenem
2/4
0.12 / 4
Acinetobacter
Ciprofloxacino
1/1
0,06 / 1
Inconsistências nos pontos de corte 2019
Há algumas inconsistências no novo sistema- isto necessita de ser corrigido, mais
provavelmente já em 2020.
•
•
•
O tratamento de infeções por Pseudomonas spp. requer aumento de exposição para a
maioria dos antimicrobianos ativos (incluindo imipenem, mas possivelmente excluindo o
meropenem – assim, Pseudomonas selvagens deveriam ter sido categorizadas como
“e sível,àau e ta doàexposição àrelativa e teàaàtodosàosàa ti i ro ia osài porta tes.àOà
comitê decidiu que era necessário mais tempo para explicar que meropenem não deve ser
preferido a outros antimicrobianos.
O tratamento de Enterobacterales com aminopenicilinas e cefuroxima, de S. aureus com
ciprofloxacino e S. pneumoniae com levofloxacino requerem aumento da exposição e
deveria àteràsidoà ategorizadosà o oà “e sível,àau e ta doàexposição .à
Uma consulta geral sobre estes assuntos será necessária antes que uma decisão final possa
seràto adaàdura teà
9.àátéàlá,àdeveàseràreportadoà o oà “e sível à o àu aà otaàparaà
e fatizaràaà e essidadeàdeà au e toàdaàexposição .
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Inconsistências nos pontos de corte 2019, continuação
Nestes casos os laboratórios devem considerar adicionar uma nota
acerca da necessidade de uma alta exposição, particularmente
com...
• Pseudomonas e piperacilina-tazobactam, ceftazidima, cefepima,
imipenem, aztreonam, fluoroquinolonas, aminoglicosídeos.
• Enterobacterales e aminopenicilinas (com ou sem inibidor) e
cefuroxima.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Nova terminologia
•
U àorga is oàai daàpodeàseràreportadoà o oà Sensível (S àeà Resistente (R ,à asà ãoà
podeà aisàseràreportadoàutiliza doàaàpalavraà i ter ediário àaàu àa ti i ro ia o.àE àvezà
disso,àdeveàseràreportadoà o oà Sensível, aumentando exposição à asàai daà o àaà
a reviaturaà I .
O EUCAST sugere que durante 2019 uma das seguintes observações (uma mais longa e outra
mais curta) deva ser incluída nos resultados de TSA:
•
Um microrganismo é categorizado como Sensível, aumentando exposição (abreviatura I à
quando há uma alta probabilidade de sucesso terapêutico porque a exposição ao agente
pode ser aumentada no local da infecção, ajustando-se o regime terapêutico, modo de
administração ou porque a concentração é naturalmente elevada no local da infecção (ver
http://www.eucast.org/clinical_breakpoints/).
•
Um isolado pode ser categorizado como Sensível, aumentando exposição (abreviatura I à
ao antimicrobiano, desde que seja possível uma maior exposição do microrganismo (dose,
frequência, modo de administração).
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Nova terminologia
– A seguinte linguagem é apropriada após a mudança nas definições:
•
•
•
•
•
•
O isolado pertence à categoria S, I ou R.
O isolado pertence à categoria de sensibilidade S, I ou R.
O isolado é sensível (que inclui S e I).
O isolado é sensível na dose padrão (que inclui S).
O isolado é sensível só se for possível aumentar a exposição (que inclui I).
O isolado é resistente (que inclui R).
• Resultados dos testes de sensibilidade- reportar os isolados como S, I ou R
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Vigilância da resistência antimicrobiana
Tem sido uma prática comum combinar as categorias de
sensibilidade Resistente àeà Intermediário àcomo não-sensíveis,
ao reportar as taxas de resistência. A partir de 2019, isto não será
mais considerado correto.
Para fins de vigilância, evite a combinação de categorias –
apresente S, I e R separadamente.
• Se houver a necessidade de combiná-las, então combine S e I e
apresente R separadamente.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Problemas técnicos laboratoriais e resultados duvidosos
• A definição antiga de I abrange um grau de incerteza e/ou de
problemas técnicos que não podem ser controlados.
• Esta parte da definição foi removida e o EUCAST tem
identificado situações óbvias, onde os laboratórios devem
tomar uma atitude para evitar que resultados altamente
duvidosos sejam reportados.
• Existem situações em que a baixa reprodutibilidade dos
resultados é previsível.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Comitês de pontos de corte e laboratórios têm a
tarefa de minimizar problemas técnicos no TSA.
Problemas técnicos tipicamente aparecem quando
1. um ponto de corte divide a população selvagem.
2. um ponto de corte divide a população resistente.
3. Há uma variação não controlada do teste.
–
–
–
Baixa qualidade do material do TSA (caldo, ágar, discos, dispositivos,
etc).
Calibração incorreta/falha na validação dos procedimentos do TSA.
Más práticas de CQ no laboratório.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Alguns exemplos nos quais um alerta é necessário sobre
resultados duvidosos e com baixa reprodutibilidade
• Amoxicilina-ácido clavulânico vs. Enterobacterales.
– A distribuição da população selvagem da maioria das Enterobacterales termina em 8 mg/L.
A relação PK/PD da amoxicilina indica um ponto de corte máximo de 8 mg/L e somente se
uma exposição aumentada for obtida. Para ITU, uma dose padrão permitirá um ponto de
corte de 32 mg/L. Infelizmente, ao obter resultados de testes de CIMs ou disco-difusão, há
uma baixa reprodutibilidade ao redor de 16 mg/L.
• Piperacilina-tazobactam vs. Enterobacterales.
– A distribuição da população selvagem da maioria das Enterobacterales termina em 8 mg/L.
A relação PK/PD da piperacilina indica um ponto de corte de 8/16 mg/L com a maior
exposição possível pra organismos na categoria – I. Infelizmente, ao obter resultados de
testes de CIMs ou disco-difusão, há uma baixa reprodutibilidade ao redor de 16 mg/L.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
O EUCAST aconselhará os laboratórios de como lidar
com os resultados duvidosos de TSA
Os diapositivos a seguir são dirigidos principalmente para os
laboratórios de microbiologia
Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org
Redefinindo as categorias de testes de sensibilidade
S, I e R Consequências para os laboratórios.
Gunnar Kahlmeter e Comitê Gestor do EUCAST
Redefining S, I and R 2019 www.eucast.org
Área de Incerteza Técnica (AIT)
• A capacidade do EUCAST para detectar áreas, onde a incerteza técnica
é tal que afeta seriamente o valor preditivo do teste de sensibilidade
antimicrobiana (TSA) tem melhorado.
• Em 2019, será introduzido o termo áIT à oàtesteàdeàsensibilidade,
onde um alerta é necessário para advertir o laboratório sobre a
incerteza do resultado do TSA.
• O alerta afeta o laboratório, não o clínico, e o laboratório precisa de
uma estratégia para (1) verificar a exatidão ou (2) para relatar a
incerteza do resultado.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Para verificar a exatidão ou incerteza dos resultados
do TSA
Os alertas são tipicamente na forma de um intervalo definido de
CIM ou halo de inibição (sobreposição entre organismos sensíveis
e resistentes), onde a interpretação é duvidosa. O alerta é entre o
sistema de TSA e o laboratório, e o laboratório precisa decidir
como reagirá ao alerta.
Nos gráficos seguintes são apresentados alguns exemplos típicos
onde um alerta para o laboratório é mandatório.
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Alguns exemplos nos quais um alerta sobre resultados
duvidosos e com baixa reprodutibilidade é necessário
• Amoxicilina-ácido clavulânico vs. Enterobacterales.
– A distribuição da população selvagem da maioria das Enterobacterales termina em 8
mg/L. PK/PD da amoxicilina indica um ponto de corte máximo de 8 mg/L somente se
uma exposição aumentada for obtida. Para ITU, a dose padrão permitirá um ponto de
corte de 32 mg/L. Infelizmente, ao determinar os resultados dos testes por CIMs ou
disco-difusão, há uma área crítica de baixa reprodutibilidade ao redor de 16 mg/L.
• Piperacilina-tazobactam vs. Enterobacterales.
– A distribuição da população selvagem da maioria das Enterobacterales termina em 8
mg/L. PK/PD da piperacilina indica um ponto de corte de 8/16 mg/L com a máxima
exposição possível para os organismos na categoria I. Infelizmente, ao determinar os
resultados dos testes por CIMs ou disco-difusão, há uma área crítica de baixa
reprodutibilidade ao redor de 16 mg/L.
Redeinfição S, I e R 2019 - www.eucast.org
Amoxicilina-ácido clavulânico vs. Enterobacterales com pontos
de corte para ITU não complicadas
Amoxicilina-ácido clavulânico 20-10 µg vs CIM
Enterobacterales, 325 isolados
70
CIM com concentração fixa de ácido clavulânico de 2 mg/L
CIM
(mg/L)
Pontos de corte (ITU não complicadas)
CIM
S≤32, R>32 mg/L
Halo de inibição
S≥16, R<16 mm
50
≥128
64
32
AIT desnecessária
40
16
30
8
4
20
2
1
10
0.5
Diâmetro do halo de inibição (mm)
Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org
40
38
36
34
32
30
28
26
24
22
20
18
16
14
12
10
8
0
6
Nº de observações
60
Amoxicilina-ácido clavulânico vs. Enterobacterales com
pontos de corte para infecções sistêmicas
Amoxicilina-ácido clavulânico 20-10 µg vs CIM
Enterobacterales, 325 isolados
CIM com concentração fixa de ácido clavulânico de 2 mg/L
70
CIM
(mg/L)
Pontos de corte (infecções sistêmicas)
CIM
S≤8, R>8 mg/L
Halo de inibição
S≥19, R<19 mm
50
≥128
64
40
32
AIT 19-20 mm
16
30
8
4
20
2
1
10
0.5
Diâmetro do halo de inibição (mm)
Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org
40
38
36
34
32
30
28
26
24
22
20
18
16
14
12
10
8
0
6
Nº de observações
60
Piperacilina-tazobactam vs. Enterobacterales
Piperacilina-tazobactam 30-6 μg vs. CIM
Enterobacterales, 531 isolados (840 correlações)
100
Pontos de corte
CIM
Halo de inibição
90
CIM
(mg/L)
≥128
70
AIT 16 mg/L
17 – 19 mm
60
50
64
32
16
40
8
30
4
2
20
≤1
10
Diâmetro do halo de inibição (mm)
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
40
38
36
34
32
30
28
26
24
22
20
18
16
14
12
10
8
0
6
No de obervações
80
S≤8, R>16 mg/L
S≥20, R<17 mm
AIT 17 – 19 mm
Resultados de Piperacilinatazobactam para isolados
clínicos consecutivos e o
efeito da AIT of 17 – 19 mm
(3 – 4 % na AIT).
Redefining S, I and R 2019 www.eucast.org
Ceftarolina vs. S. aureus
Ceftarolina 5 µg vs. CIM
S. aureus, 216 isolados (593 correlações)
90
Pontos de corte (pneumonia)
CIM
S≤1, R>1mg/L
Halo de Inibição
S≥20, R<20 mm
80
CIM
(mg/L)
AIT 1 mg/L, 19-20 mm
60
8
4
50
2
40
1
0.5
30
0.25
0.125
20
0.06
10
Diâmetro do halo de inibição (mm)
Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org
40
38
36
34
32
30
28
26
24
22
20
18
16
14
12
10
8
0
6
Nº de observações
70
Ceftobiprole vs. S. aureus
Ceftobiprole 5 µg vs. CIM
S. aureus, 114 isolados (228 correlações)
30
Pontos de corte
CIM
Halo de inibição
S≤2, R>2 mg/L
S≥17, R<17 mm
CIM
(mg/L)
AIT 2 mg/L, 16-17 mm
20
4
2
15
1
0.5
10
0.25
0.125
5
Diâmetro do halo de inibição (mm)
Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org
40
38
36
34
32
30
28
26
24
22
20
18
16
14
12
10
8
0
6
Nº de observações
25
Meropenem e Enterobacterales – Um dos muitos exemplos em que uma AIT não é necessária
Meropenem 10 μg vs. CIM
Enterobacterales, 378 isolados (435 correlações)
100
Pontos de corte
CIM
Halo de inibição
90
S≤2, R>8 mg/L
S≥22, R<16 mm
≥32
16
70
8
60
4
2
50
1
40
0.5
30
0.25
0.125
20
0.06
10
0.03
Diâmetro do halo de inibição (mm)
Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org
40
38
36
34
32
30
28
26
24
22
20
18
16
14
12
10
8
0
6
Nº de observações
80
CIM
(mg/L)
≤0.016
Tabelas de Ponto de Corte v.9.0 EUCAST (2019) com colunas
para alertas de AIT para testes de CIM e/ou disco-difusão
Penicillins1
MIC breakpoint
(mg/L)
S≤
R>
ATU
Disk
content
(µg)
Zone diameter
breakpoint (mm)
S
R<
ATU
Benzylpenicillin
-
-
Am picillin
81
8
10
Am picillin-sulbactam
81,2
82
10-10
14A,B
14B
Am oxicillin
81
8
-
NoteC
NoteC
-
-
14A,B
14B
Am oxicillin-clavulanic acid
81,3
83
20-10
19A,B
19B
Am oxicillin-clavulanic acid
(uncom plicated UTI only)
321,3
323
20-10
16A,B
16B
Piperacillin
8
16
Piperacillin-tazobactam
84
164
30
20
17
30-6
20
Ticarcillin
8
17
16
75
23
20
Ticarcillin-clavulanic acid
83
163
75-10
23
20
Note5
Note5
Note5
Note5
Phenoxym ethylpenicillin
-
-
-
-
Oxacillin
-
-
-
-
Cloxacillin
-
-
-
-
Dicloxacillin
-
-
-
-
Flucloxacillin
-
-
-
-
Mecillinam (uncom plicated UTI only)
E. coli, Klebsiella spp. (except K.
aerogenes ), Raoultella spp. and
P. mirabilis
86
86
15D
15D
Tem ocillin
16
10
19-20
Notes
Numbered notes relate to general comments and/or MIC breakpoints.
Lettered notes relate to the disk diffusion method.
1/A. Wild type Enterobacterales are categorised as susceptible to aminopenicillins.
Some countries prefer to categorise w ild type isolates of E. coli and P. mirabilis as "Susceptible, increased
exposure". When this is the case, use the MIC breakpoint S ≤ 0.5 mg/L and the corresponding zone diameter
breakpoint S ≥ 50 mm.
2. For susceptibility testing purposes, the concentration of sulbactam is fixed at 4 mg/L.
3. For susceptibility testing purposes, the concentration of clavulanic acid is fixed at 2 mg/L.
4. For susceptibility testing purposes, the concentration of tazobactam is fixed at 4 mg/L.
5. Breakpoints still under consideration.
6. Agar dilution is the reference method for mecillinam MIC determination.
17-19
B. Ignore grow th that may appear as a thin inner zone on some batches of Mueller-Hinton agars.
C. Susceptibility inferred from ampicillin.
D. Ignore isolated colonies w ithin the inhibition zone for E. coli.
Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org
Existem algumas propostas de AITs
Todas serão listadas nas tabelas de ponto de corte EUCAST 2019.
•
•
•
•
•
Enterobacterales
Pseudomonas spp.
Staphylococcus spp.
H. influenzae
Outras espécies
4 antimicrobianos
3 antimicrobianos
3 antimicrobianos
8 antimicrobianos
0 antimicrobianos
Redefinição S, I e R 2019 - www.eucast.org
AITs preliminares para Enterobacterales, Pseudomonas e Staphylococcus
Microrganismo Antimicrobiano
Enterobacterales
CIM
Halo de Inibicão
(mg/L, AIT)
(mm, AIT)
-
19-20
16
17-19
-
22-23
0.5
22-24
Piperacilina-tazobactam
-
18-19
Ceftazidima-avibactam
-
16-17
Colistina
4
-
Ceftarolina
1
19-20
Ceftobiprole
2
16-17
Amicacina
16
15-19
Cefoxitina
-
25-27
Amoxicilina-ácido clavulânico
Piperacilina-tazobactam
Ceftarolina
Ciprofloxacino
P. aeruginosa
S. aureus
S. Epidermidis
AITs preliminares
AITs Preliminares para H. influenzae
Microrganismo
H. influenzae
Antimicrobiano
CIM
Halo de Inibição
(mg/L, AIT)
(mm, AIT)
Ampicilina
16-19
Amoxicilina-ácido
clavulânico
14-16
Piperacilina-tazobactam
0.5
24-27
Cefotaxima
25-27
Ceftriaxona
31-33
Cefuroxima (iv e oral)
Cefepima, Cefpodoxima
e Imipenem
2
25-27
Consultar o fluxograma
AITs preliminares
Como a AIT pode ser implementada na rotina laboratorial?
•
•
Laboratórios sem suporte de TI (categorização manual dos resultados de disco-difusão
ou CIM em S ,I e R)
– Listar manualmente espécies/agentes com AITs e propostas de como lidar com cada uma.
Laboratórios com suporte de TI (onde a categorização em S ,I e R é realizada
automaticamente na entrada dos resultados de CIM ou disco-difusão)
– Desenvolver um software para incluir algoritmos SE/ENTÃO como:
SE S. aureus e ceftarolina e CIM 1 mg/L (ou halo 19-20 mm), ENTÃO realize uma áÇÃO*…
SE E. coli e piperacillin-tazobactam CIM 16 mg/L (ou halo 18 – 19 mm), ENTÃO realize uma
áÇÃO*...
O princípio básico é o mesmo independentemente do método utilizado. Porém, a
AIT pode ocorrer em somente um dos sistemas (métodos).
• Disco-difusão
• Determinação da CIM
• Equipamentos de TSA semi-automatizados
*A ação pode variar – veja os próximos diapositivos para as ações propostas!
Disco-difusão (AIT)
• Se há interface com o sistema de informação, onde os
diâmetros dos halos de inibição são (manualmente ou
automaticamente) registrados para interpretação da
categoria:
– Introduza AIT (microrganismo, antimicrobiano, intervalo) para gerar
• “i alàdeàálerta àà so ,àluz,àasteris oà oàresultado preli i ar,à….
• Bloquear a interpretação automática e forçar decisões manuais
• Se a interface é manual, imprima a lista de AITs ou utilize a
versão impressa da tabela de pontos de corte do EUCAST.
Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org
Determinação da CIM
• Leitura automática com interpretação informatizada da
determinação da CIM em todas as diluições testadas
– Introduza AIT (espécie, agente, intervalo) para gerar:
• “i alàdeàálerta àà so ,àluz,àasteris oà oàresultadoàpreli i ar,à….
• Bloquear a interpretação automática e forçar decisões manuais.
• Leitura manual de todas as diluições testadas para
determinação da CIM
– imprima a lista de AITs ou utilize a versão impressa da tabela de
pontos de corte do EUCAST.
Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org
Equipamentos de TSA semi-automatizados
• Comece por verificar quais AITs podem ser detectadas em
relação ao usualmente pequeno número de diluições testadas
(2 – 4 diluições)
• Se AITs se situam fora da faixa de diluições testadas, o controle
será impossível
• Se AITs se situam dentro da faixa de diluições testadas, utilize
AIT tal como se fosse para a determinação da CIM (diapositivo
anterior)
Redefinição S, I e R 2019 – www.eucast.org
AIT – ações laboratoriais possíveis
•
repita o teste – isto somente se houver uma razão para suspeitar de erro técnico.
•
faça um teste alternativo (determine CIM, faça PCR, um teste para determinar o
mecanismo de resistência) – isto é importante quando o teste alternativo é conclusivo
(PCR para detectar os genes vanA ou vanB gene em enterococos, um teste de
betalactamase em H. influenzae).
•
reporte os resultados nas AIT como duvidosos – isto pode ser conseguido deixando a
interpretação em branco + um comentário. Ou desenvolvendo o sistema de informática
laboratorial para colocar um asterisco (ao invés de S, I ou R), que irá se referir a um
comentário explicando a incerteza.
•
reporte os resultados nas AIT como R . Se houver várias boas alternativas no resultado
do TSA, esta pode ser a opção mais fácil e segura.
•
aproveite a oportunidade para discutir os resultados com o clínico.
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AIT – a ação apropriada pode variar com as
circunstâncias
• Se houver poucos antibióticos disponíveis para o clínico, ENTÃO tente
obter uma categorização precisa.
• Se em hemocultura, ENTÃO tente obter uma categorização precisa.
• Se pode ser resolvido com um método alternativo sem demora, então
tente obter uma categorização.
• Se houver muitas alternativas de antibióticos disponíveis, ENTÃO
reporte R (com ou sem comentário).
• Se o resultado deve ser reportado, ENTÃO inclua um comentário
discutindo a incerteza.
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O fim
….do começo….
Questões e comentários podem ser enviados para
gunnar.kahlmeter@eucast.org ou brcast@brcast.org.br
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Orientações do EUCAST para a detecção de
mecanismos de resistência e resistências
específicas de importância clínica
e/ou epidemiológica
Versão 2.01
Julho de 2017
1 Baseada
na versão 1.0 de dezembro de 2013 dos subcomitês do EUCAST para
detecção de mecanismos de resistência e resistências específicas de
importância clínica e/ou epidemiológica:
Christian G. Giske (Sweden, EUCAST Steering Committee and EARS-Net Coordination
Group; chairman), Luis Martinez-Martinez (Spain, EUCAST Steering Committee),
Rafael Cantón (Spain, chairman of EUCAST), Stefania Stefani (Italy), Robert Skov
(Denmark, EUCAST Steering Committee), Youri Glupczynski (Belgium), Patrice
Nordmann (France), Mandy Wootton (UK), Vivi Miriagou (Greece), Gunnar Skov
Simonsen (Norway, EARS-Net Coordination Group), Helena Zemlickova (Czech
republic, EARS-Net Coordination Group), James Cohen-Stuart (The Netherlands) and
Marek Gniadkowski (Poland).
Versão para o Português
Setembro de 2018
Comitê Brasileiro de Testes de Sensibilidade aos Antimicrobianos
Conteúdo
Seção
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
Introdução
Enterobacteriaceae produtoras de carbapenemases
Enterobacteriaceae produtoras de β-lactamases de espectro estendido
Enterobacteriaceae produtoras de β-lactamases AmpC adquiridas
Bacilos Gram negativos resistentes a polimixina
P. aeruginosa e Acinetobacter resistentes aos carbapenêmicos
Staphylococcus aureus resistente à Meticilina (Oxacilina)
Staphylococcus aureus não sensível aos glicopeptídeos
Enterococcus faecium e Enterococcus faecalis resistentes à Vancomicina
S. pneumoniae não sensíveis à Penicilina
Página
3
4
11
20
27
29
31
34
39
44
2
1. Introdução
O atual documento é uma atualização das diretrizes desenvolvidas pelo
subcomitê de mecanismos de resistência do EUCAST. O comitê diretor do EUCAST
desenvolveu essa atualização. O documento foi desenvolvido principalmente
para uso rotineiro em laboratórios de análises clínicas e não abrange os
procedimentos técnicos para identificação de mecanismos de resistência a nível
molecular por laboratórios de referência ou especializados. No entanto, grande
parte do conteúdo também é aplicável a laboratórios nacionais de referência.
Além disso, é importante notar que este documento não inclui a triagem de
portadores assintomáticos (colonização) de microrganismos multirresistentes ou
a detecção direta em amostras clínicas.
Todos os capítulos deste documento contêm uma definição do mecanismo ou
resistência específica, uma explicação da necessidade clínica e / ou de saúde
pública para a detecção do mecanismo ou resistência específica, uma descrição
sucinta dos métodos recomendados de detecção, e as referências das descrições
detalhadas dos métodos. A necessidade de identificação do mecanismo de
resistência e o nível de identificação necessários para fins de controle de infecção
ou saúde pública podem variar geograficamente e temporalmente, dependendo
da prevalência e da heterogeneidade dos diferentes mecanismos de resistência.
As diretrizes foram desenvolvidas através da realização de pesquisas na literatura
científica, e as recomendações são baseadas em estudos multicêntricos ou
múltiplos estudos individuais. Vários métodos atualmente em desenvolvimento
não foram incluídos nas diretrizes, uma vez que avaliações multicêntricas ou
múltiplas avaliações individuais ainda não foram concluídas. Versões preliminares
destas diretrizes foram objeto de ampla revisão através de listas de consultores
do EUCAST, do site do EUCAST e consultores do ECDC.
Tanto quanto possível foram utilizados termos genéricos para os produtos
apresentados no documento, mas excluir todos os nomes de produtos específicos
teria tornado algumas das recomendações pouco claras. Deve-se notar que
alguns mecanismos de resistência nem sempre conferem resistência clínica. Isso
possivelmente se deve ao fato que alguns mecanismos não estão sendo expressos
ou são expressos somente em baixos níveis o que não resulta em resistência
fenotípica. Assim, enquanto a detecção desses mecanismos pode ser relevante
para o controle de infecção e de saúde pública, pode não ser necessária para fins
clínicos. Em consequência, para alguns mecanismos, especialmente β-lactamase
de espectro estendido e carbapenemases em bacilos Gram-negativos, a detecção
do mecanismo em si não leva à classificação como clinicamente resistente.
Christian G. Giske
Chairman of EUCAST- Past Chairman of the subcommittee on detection of resistance
mechanisms
3
2. Enterobacteriaceae produtoras de carbapenemases
Importância da detecção do mecanismo de resistência
Necessário para categorização clínica de sensibilidade
antimicrobiana
Para propósitos de controle de infecção
Para propósitos de saúde pública
Não
Sim
Sim
2.1 Definição
Carbapenemases são β-lactamases que hidrolisam penicilinas, cefalosporinas na
maioria dos casos, e em vários graus carbapenêmicos e monobactâmicos (estes
últimos não são hidrolisados por metalo-β-lactamases).
2.2 Importância clínica e/ou epidemiológica
O problema da disseminação de carbapenemases na Europa data da segunda metade
da década de 1990 em vários países mediterrâneos, e foi observada principalmente em
P. aeruginosa (1). No início dos anos 2000, a Grécia viveu uma epidemia de Verona
metalo-β-lactamase (VIM), codificada por integrons, em K. pneumoniae (2), seguido por
uma epidemia relacionada a K. pneumoniae produtora de carbapenemase (KPC), que é
atualmente a carbapenemase mais comum na Europa entre as Enterobacteriaceae (1).
Atualmente, as carbapenemases OXA-48 compreendem o grupo de carbapenemases
que mais rapidamente aumentam na Europa (3). Na Grécia e na Itália em torno de 60 e
15%, respectivamente, das K. pneumoniae invasivas são atualmente não sensíveis aos
carbapenêmicos (4). Em 2015, 13/38 países relataram disseminação inter-regional de
situação endêmica de Enterobacteriaceae produtoras de carbapenemase (CPE), em
comparação com 6/38 em 2013 (3). Outras carbapenemases particularmente
problemáticas são as New Delhi metalo-β-lactamases (NDMs), que são altamente
prevalentes no subcontinente indiano e no Oriente Médio e em várias ocasiões tem sido
importadas para a Europa (3), existe também exemplos de disseminação regional em
alguns países (5). As carbapenemases do tipo IMP são também comuns em algumas
partes do mundo (6).
As carbapenemases são uma fonte de preocupação, pois podem conferir resistência a
praticamente todos os β-lactâmicos, cepas produtoras de carbapenemases
frequentemente possuem mecanismos de resistência a uma ampla gama de agentes
antimicrobianos e infecções por Enterobacteriaceae produtoras de carbapenemase
estão associados a altas taxas de mortalidade (7-9).
2.3 Mecanismos de resistência
A grande maioria das carbapenemases são enzimas adquiridas, codificadas por genes
localizados em elementos transponíveis localizados em plasmídeos. As carbapenemases
são expressas em vários níveis e diferem significativamente tanto em relação às
características bioquímicas quanto em relação à sua atividade contra β-lactâmicos
específicos. O nível de expressão, as propriedades das β-lactamases e a associação
frequente com outros mecanismos de resistência (outras β-lactamases, efluxo e / ou
permeabilidade alterada) resultam numa ampla gama de fenótipos de resistência
observados entre isolados produtores de carbapenemase (10-11). A redução da
4
sensibilidade aos carbapenêmicos em Enterobacteriaceae pode, no entanto, também
ser causada por β-lactamases de espectro estendido (ESBL) ou enzimas AmpC quando
coexiste diminuição da permeabilidade devido à alteração ou redução da expressão de
porinas (12), e possivelmente também por proteínas ligantes de penicilina (13).
CPE normalmente apresentam diminuição de sensibilidade aos carbapenêmicos e na
maioria dos casos são resistentes as cefalosporinas (oximino) de espectro estendido
(ceftaxima, ceftriaxona, ceftazidima e/ou cefepime) (14). No entanto, com algumas
dessas enzimas (enzimas OXA-48-like) os organismos podem se apresentar totalmente
sensíveis às cefalosporinas. Atualmente, a maioria dos CPE podem expressar também
enzimas que hidrolisam cefalosporinas, tipo as ESBLS como CTX-Ms, e serem resistentes
às cefalosporinas. Carbapenemases são consideradas de grande importância
epidemiológica, particularmente quando conferem redução da sensibilidade a qualquer
um dos carbapenêmicos (imipenem, meropenem, ertapenem e doripenem), ou seja,
quando as CIMs estão acima dos valores dos pontos de corte epidemiológicos (ECOFF)
definidos pelo EUCAST (15).
2.4 Métodos recomendados para a detecção de carbapenemases
em Enterobacteriaceae
2.4.1 Triagem para produção de carbapenemases
As CIMs de carbapenêmicos em Enterobacteriaceae produtoras de carbapenemase
podem estar abaixo dos pontos de corte clínicos (14-16). No entanto, os valores de
ECOFF definidos pelo EUCAST podem ser utilizados para detectar produtores de
carbapenemase. Meropenem oferece a melhor combinação entre sensibilidade e
especificidade em termos de detecção de produtores de carbapenemase (14-17).
Ertapenem tem excelente sensibilidade, mas pouca especificidade, particularmente em
espécies como Enterobacter spp., devido à sua relativa instabilidade frente às βlactamases de espectro estendido (ESBLs) e β-lactamases AmpC em associação com
perda de porina (14). Os valores de corte apropriados para a detecção de possíveis
produtores de carbapenemase são mostrados na Tabela 1. Deve-se notar que, a fim de
aumentar a especificidade, os pontos de corte para imipenem e ertapenem
correspondem a uma diluição acima dos ECOFFs atualmente definidos.
Tabela 1. Pontos de corte clínicos e para triagem de Enterobacteriaceae produtoras
de carbapenemases (de acordo com a metodologia do EUCAST).
Carbapenêmico
Meropenem1
Ertapenem3
Diâmetro do halo de inibição
(mm) com discos de 10 µg
Valor de corte Valor de corte Valor de corte Valor de corte
S/I
para triagem
S/I
para triagem
>0,12
<282
,5
>0,12
<25
CIM (mg/L)
1 Melhor equilíbrio entre sensibilidade e especificidade
2 Isolados com 25-27 mm só necessitam ser investigados para produção de carbapenemases se forem resistentes a piperacilinatazobactam e/ou temocilina (temocilina contribui mais para especificidade). Investigação de carbapenemases é sempre necessária
5
se o diâmetro da zona para meropenem for < 25 mm.
3 Elevada sensibilidade, mas baixa especificidade. Pode ser usado como um agente de triagem alternativo, mas isolados com ESBL e
AmpC podem apresentar resistência mesmo sem ter carbapenemase.
Uma vez detectada sensibilidade reduzida aos carbapenêmicos nos testes de
sensibilidade de rotina, os métodos fenotípicos para detecção de carbapenemases
devem ser aplicados. Os principais tipos de métodos incluem o teste de disco
combinado, teste colorimétricos baseados na hidrólise do carbapenêmico, outros
métodos de detecção de hidrólise de carbapenems e, finalmente, um método
imunocromatográfico (ensaio de fluxo lateral). Estes diversos testes são descritos
abaixo
6
2.4.2 Teste do disco combinado
O teste do disco combinado tem a vantagem de ser bem validado em estudos e
também estar disponível comercialmente (MAST, Reino Unido; Rosco, Dinamarca) (1822). Os discos ou tablets contém meropenem +/- vários inibidores. Resumidamente, o
ácido borônico inibe carbapenemases da classe A (embora dados além de KPC sejam
raros) e o ácido dipicolínico e o EDTA inibem carbapenemases classe B. Além disso, a
OXA-48 é inibida pelo avibactam, mas esse último ainda não foi incluído nos painéis
fenotípicos (21,22). Cloxacilina, que inibe β-lactamases AmpC, foi adicionada aos testes
para diferenciar entre hiperprodução de AmpC com perda simultânea de porinas e
produção de carbapenemase. O algoritmo para a interpretação desses testes com
inibidores está descrito na Figura 1 e tabela 2. A principal desvantagem é que eles
podem demorar 18 horas (na prática a incubação é feita durante a noite), por essa
razão novos métodos rápidos estão sendo atualmente pesquisados.
Figura 1. Algoritmo para detecção de carbapenemases.
Diâmetro do halo do meropenem < 28
mm no disco-difusão (ou CIM > 0,12
mg/L) em todas as Enterobacteriaceae
Sinergismo apenas
com ác. borônico
Sinergismo com
ác. borônico e
cloxacilina
Sinergismo apenas
com ác.
dipicolínico
KPC (ou outra
carbapenemase da
classe A)
AmpC
(cromossômica ou
plasmidial) mais
perda de porina
Metalo-βlactamase (MBL)
Exceção:
Meropenem 25-27 mm E
piperacilina/tazobactam = I/S:
Nenhum teste é necessário
Sem sinergismo1
R2 a temocilina:
OXA-48
S a temocilina:
ESBL mais perda
de porina
Combinação de várias carbapenemases pode não mostrar o sinergismo – ou seja, MBL e KPC em combinação.
Testes moleculares são necessários nestes casos.
2 Alto nível de resistência à temocilina (CIM> 128 mg / L, diâmetro do halo <11 mm) é indicador fenotípico de
produção de OXA-48.
1
O algoritmo na Tabela 2 permite a diferenciação entre metalo-β-lactamases,
carbapenemases da classe A, carbapenemases da classe D e não carbapenemases (ESBL
e / ou AmpC mais perda porina). Os testes podem ser feitos com o método de discodifusão, do EUCAST, para organismos não fastidiosos. Testes comerciais devem ser
realizados de acordo com as instruções do respectivo fabricante.
Até o momento não existem inibidores disponíveis para as enzimas OXA-48-like. Alto
nível de resistência à temocilina (CIM > 128 mg/L) tem sido proposto como um
marcador fenotípico para os produtores de carbapenemase OXA-48-like (23,24). No
entanto, este marcador não é específico para carbapenemases do tipo OXA-48, uma
vez que outros mecanismos de resistência podem conferir este fenótipo. A presença
de enzimas OXA-48-like, portanto, deve ser confirmada com um método genotípico.
A utilização do teste Hodge modificado não é recomendada, uma vez que os resultados
são difíceis de interpretar, a especificidade é baixa e, em alguns casos, a sensibilidade
não é ideal (12). Algumas novas modificações da técnica têm sido descritas, mas elas
são trabalhosas para uso em laboratórios clínicos de rotina e não resolvem todos os
problemas de sensibilidade e especificidade.
Tabela 2. Interpretação dos testes fenotípicos (carbapenemases em negrito) por
métodos de disco(tablets)-difusão. As definições exatas de sinergismo são fornecidas
em bulas para os vários produtos comerciais.
β-lactamase
Sinergismo observado como aumento do halo de
inibição (mm) com disco de meropenem (10 µg)
ADP/EDTA
AAFB/AFB
ADP+AAFB
CLX
CIM de
temocilina
>128 mg/L ou
diâmetro do
halo de inibição
<11 mm
MBL
+
-
-
-
Variável1
KPC
-
+
-
-
Variável1
Variável
+
-
Variável1
MBL + KPC2
Variável
OXA-48-like
-
-
-
-
Sim
AmpC + perda de
porina
-
+
-
+
Variável1
ESBL + perda de
porina
-
-
-
-
Não
Abreviaturas: MBL = metalo-β-lactamase, KPC = Carbapenemase de Klebsiella pneumoniae, ADP = ácido
dipicolínico, EDTA = ácido etilenodiamino tetra-acético, AAFB = ácido aminofenilborônico, AFB = ácido
fenilborônico, CLX = cloxacilina.
1 O teste de sensibilidade com temocilina é recomendado apenas em casos em que não é detectado nenhum
sinergismo, a fim de diferenciar entre ESBL + perda de porinas e enzimas OXA-48-like (23, 24). Quando outras
enzimas estão presentes a sensibilidade é variável e não fornece qualquer indicação adicional da β-lactamase
presente.
2 Há um relato que suporta o uso de comprimidos comerciais contendo dois inibidores (ADP ou EDTA mais AAFB
ou AFB) (25), mas ainda faltam estudos multicêntricos ou múltiplos estudos de um único centro. Esta combinação
confere alto nível de resistência a carbapenêmicos e é rara fora da Grécia.
7
2.4.3 Testes bioquímicos (colorimétricos)
O teste Carba NP é um teste rápido (<2h) de detecção de hidrólise de carbapenêmico,
o qual resulta em alteração de pH e mudança de cor de amarelo para vermelho em uma
solução de vermelho de fenol (26, 27). O teste Carba NP foi validado com colônias de
bactérias cultivadas em ágar Mueller-Hinton, ágar sangue, ágar TSA e a maioria dos
meios seletivos utilizados no rastreamento de produtores carbapenemase. O teste
Carba NP não pode ser realizado com as colônias bacterianas cultivadas em ágar
Drigalski ou ágar MacConkey. Os diferentes passos do método devem ser seguidos
cuidadosamente, a fim de se obter resultados reprodutíveis. Várias publicações indicam
que o método apresenta alta sensibilidade e especificidade (28), embora uma
publicação tenha indicado problemas de sensibilidade para isolados com fenótipo
mucoide e para alguma Enterobacteriaceae produtoras de OXA-48 (29). Um produto
comercial baseado nesse método demonstrou apresentar boa performance para
detecção de carbapenemases em Enterobacteriaceae (30, 31). Alguns testes
comerciais, incluindo a versão comercial do Carba NP, apresentam alguns problemas
de interpretação visto que a leitura visual da mudança de coloração pode ser duvidosa;
além disso, uma certa proporção (3-5%) de resultados são não interpretáveis.
Um derivado do teste Carba NP, o teste Blue-Carba (BCT) é um teste bioquímico rápido
(<2 h) de detecção de produção de carbapenemase (32, 33). Baseia-se na hidrólise in
vitro do imipenem por colônias bacterianas (inoculação direta sem lise prévia), que é
detectada por variação no pH que resulta em alteração do indicador azul de
bromotimol (azul para verde/amarelo ou verde para amarelo). Em uma grande
avaliação realizada por Pasteran et al. (34), mas realizado em apenas um único
laboratório, o teste apresentou excelente sensibilidade para as enzimas classe A e B,
mas a sensibilidade subótima para detecção de enzimas OXA-48.
Um terceiro teste bioquímico é o βàCáRBáàtest®, que também pode ser realizado em
<2h. O teste é feito pela adição de 1 a 3 colônias nos reagentes. As leituras devem ser
feitas após um máximo de 30 min de incubação. Mudança de cor de amarelo para
laranja, vermelho ou roxo indica reação positiva. Um estudo indicou que o tempo de
incubação de 0,5 horas, recomendado pelo fabricante, é muito curto para cepas
produtoras de OXA-48. A coleção de cepas avaliada foi bastante limitada, e seria
necessário um estudo maior para investigar como o teste se compara a outros testes
bioquímicos (35). Numa outra avaliação, o βà CARBA test® mostrou excelente
desempenho para detectar CPE, especialmente OXA-48. No entanto, a capacidade de
detectar outras carbapenemases de classe A deve ser verificada sendo que alguns
resultados falso-positivosà o orrera à o à outrasà β-lactamases tais como a
superprodução de β-lactamase K1 em Klebsiella oxytoca (33).
2.4.4 Método de inativação de carbapenêmico (CIM)
O princípio deste método é detectar a hidrólise enzimática pela incubação de um
carbapenem com uma suspensão bacteriana. O teste CIM utiliza discos de teste de
sensibilidade a antibióticos como substrato. Após duas horas de incubação de uma alça
carregada de colônias bacterianas com um disco de meropenem, o disco é colocado em
um ágar previamente inoculado com Escherichia coli ATCC 25922. A inativação
enzimática é indicada por ausência de zona de inibição, enquanto que ausência de
atividade de carbapenemase implicará na formação de zona de inibição visto que o
meropenem no disco não foi hidrolisado. O teste CIM apresentou desempenho variável
8
em diferentes estudos (36-38), mas é uma técnica alternativa, embora o valor preditivo
negativo da mesma não esteja bem estabelecido. Uma das principais desvantagens dessa
técnica é que ela requer geralmente pelo menos 18 horas para obter os resultados.
2.4.5 Detecção de hidrólise de carbapenêmico por MALDI-TOF
O princípio é detectar em um equipamento de espectrometria de massa (MALDI TOF) a
diminuição ou desaparecimento de certos picos específicos de carbapenêmicos em um
espectro de massa quando a suspensão é previamente incubada com o carbapenêmico
(39, 40). Os espectros são medidos entre m/z 160 e 600, utilizando um espectrômetro
de massa Microflex LT (39). O método foi descrito em vários estudos como tendo boa
sensibilidade e especificidade, com exceção de enzimas do grupo OXA-48. Para corrigir
este problema, NH4HCO3 pode ser adicionado à reação, e esta modificação, conforme
mostrado indicado em um estudo, melhora a detecção de OXA-48 (41). No entanto,
essa metodologia ainda não foi avaliada em um estudo multicêntrico ou em vários
estudos de centro único. Outra característica pouco prática é que as configurações para
o MALDI-TOF precisam ser alteradas em comparação para o que é usado para
identificação de espécies (41).
Técnica de fluxo lateral
Uma nova técnica imunocromatográfica de fluxo lateral foi recentemente descrita. O
teste é baseado na captura imunológica de epítopos de OXA-48, utilizando
nanopartículas de ouro coloidais ligadas a uma membrana de nitrocelulose dentro de um
dispositivo de fluxo lateral. O teste se baseia no princípio que anticorpos monoclonais
anti-OXA-48 são selecionados como reagentes de captura específicos, para identificação
direta de enzimas OXA-48-like (42). O ensaio demora cerca de quatro minutos e foi
avaliado tanto em colônias e de frascos de hemocultura contaminados (43-46).
Recentemente, um teste semelhante para KPC também foi desenvolvido, mas a sua
robustez não foi avaliada em estudos multicêntricos ou em vários estudos de centro
único (46).
2.4.6 Cepas controle
Abaixo estão listadas algumas cepas controle para experimentos fenotípicos e
genotípicos. Intervalos de controle de qualidade para essas cepas não estão disponíveis.
Usuários de métodos comerciais devem consultar os manuais específicos para selecionar
a cepa controle mais adequada.
9
Tabela 3 – Exemplos de cepas controle para testes de carbapenemases.
Cepa
Mecanismo
Enterobacter cloacae CCUG 59627
AmpC combinada com redução da expressão de
porinas
K. pneumoniae CCUG 58547 or K.
pneumoniae NCTC 13440
Metalo-β-lactamase (VIM)
K. pneumoniae NCTC 13443
Metalo-β-lactamase (NDM-1)
10
E. coli NCTC 13476
Metalo-β-lactamase (IMP)
K. pneumoniae CCUG 56233 or K.
pneumoniae NCTC 13438
Carbapenemase de Klebsiella pneumoniae (KPC)
K. pneumoniae NCTC 13442
Carbapenemase OXA-48
K. pneumoniae ATCC 25955
Controle negative
2.5 Referências
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3. Albiger B, Glasner C, Struelens MJ, Grundmann H, Monnet DL. Carbapenemase-producing
Enterobacteriaceae in Europe: assessment by national experts from 38 countries, May 2015. Euro Surveill.
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4. European Centres for Disease Prevention and Control (ECDC). Antimicrobial resistance surveillance in
Europe 2014. Annual report of the European Antimicrobial Resistance Surveillance Network (EARS-Net)
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Klebsiella pneumoniae in New York City: a new threat to our antibiotic armamentarium. Arch Intern Med.
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12
3. Enterobacteriaceae produtoras de β-lactamases de
espectro estendido (ESBL)
Importância da detecção do mecanismo de resistência
Necessário para categorização clínica de sensibilidade
antimicrobiana
Para
propósitos de controle de infecção
Para propósitos de saúde pública
Não
Sim
Sim
3.1 Definição
ESBLs são enzimas capazes de hidrolisar a maioria das penicilinas e cefalosporinas,
incluindo compostos oxiimino-β-lactâmicos (cefuroxima, cefalosporinas de terceira e
quarta gerações e aztreonam), mas não cefamicinas ou carbapenêmicos. A maioria das
ESBLs pertence à classe A de Ambler e é inibida por inibidores de β-lactamase (ácido
clavulânico, sulbactam e tazobactam) e por diazabiciclooctanonas (avibactam) (1).
3.2 Importância clínica e/ou epidemiológica
As primeiras cepas produtoras de ESBL foram identificadas em 1983, e desde então têm
sido detectadas em todo o mundo. Essa distribuição é um resultado da expansão clonal
de organismos produtores de ESBL, da transferência horizontal de genes de ESBL em
plasmídeos e, menos comumente, surgimento de novas enzimas. Certamente os grupos
clinicamente mais importantes de ESBLs são as enzimas CTX-M, seguido de SHV e ESBLs
derivados de TEM (2-5).
A produção de ESBL tem sido observada principalmente em Enterobacteriaceae,
inicialmente em ambientes hospitalares, mais tarde, em casas de repouso, e desde o
ano 2000, na comunidade (pacientes ambulatoriais, portadores saudáveis, animais
doentes e saudáveis, produtos alimentícios). As espécies produtoras de ESBL mais
frequentemente encontradas são Escherichia coli e K. pneumoniae. No entanto, todas
as outras espécies de Enterobacteriaceae clinicamente relevantes são também
comumente produtoras de ESBL. A prevalência de isolados ESBL positivo depende de
uma série de fatores, incluindo a espécie, a localidade geográfica, hospital/ala, grupo de
pacientes e tipo de infecção; grandes variações têm sido relatadas em diferentes
estudos (2,3,6,7). Os dados do EARS-Net de 2015 mostraram que a taxa de isolados de
K. pneumoniae invasivos não sensíveis às cefalosporinas de terceira geração ultrapassou
os 20% ou mesmo 50% em muitos países europeus. Com exceção da Grécia e da Itália
que apresentam uma alta proporção de isolados produtores de carbapenemases tipo
KPC, a maioria desses isolados foi assumida como produtores de ESBL com base nos
resultados de testes de ESBL locais (8).
3.3 Mecanismos de resistência
A grande maioria das ESBLs é constituída de enzimas adquiridas, codificadas por genes
localizados em plasmídeos. As ESBLs adquiridas são expressas em vários níveis, e
diferem significativamente quanto às suas características bioquímicas, tais como
atividade contra β-lactâmicos específicos (por exemplo, cefotaxima, ceftazidima,
aztreonam). O nível de expressão e as propriedades de uma determinada enzima, e a
presença simultânea de outros mecanismos de resistência (outras β-lactamases, efluxo,
13
permeabilidade alterada) resultam em uma grande diversidade de fenótipos de
resistência observados entre os isolados ESBL-positivos (1-4, 9-11).
3.4 Métodos recomendados para a detecção de ESBLs em Enterobacteriaceae
Em muitas áreas, a detecção e caracterização de ESBLs é recomendada ou obrigatória
para fins de controle de infecção. A estratégia recomendada para a detecção de ESBLs
em Enterobacteriaceae baseia-se na não sensibilidade a oxiimino-cefalosporinas, ditas
indicadoras, seguido por testes fenotípicos de confirmação (e em alguns casos
genotípicos) (Tabela 1, Figura 1).
O valor de corte para triagem > 1 mg/L é recomendado para cefotaxima, ceftriaxona,
ceftazidima e cefpodoxima, de acordo com as diretrizes do EUCAST e do CLSI (Tabela 1)
(12, 13). O ponto de corte clínico do EUCAST para Enterobacteriaceae é também S à1
mg/L (12). A cefpodoxima é a cefalosporina indicadora individualmente mais sensível
para a detecção da produção de ESBL e pode ser utilizada para triagem. No entanto, é
menos específica do que a combinação de cefotaxima (ou ceftriaxona) e ceftazidima
(14, 15) e apenas os últimos compostos são utilizados no teste de confirmação. Os
diâmetros dos halos correspondentes às cefalosporinas indicadoras estão apresentados
na Tabela 1.
Tabela 1. Métodos de triagem para detecção de ESBL em Enterobacteriaceae (13-19).
Método
Antibiótico
Cefotaxima/ceftriaxona
Diluição em caldo ou E ceftazidima
ágar1
Cefpodoxima
Cefotaxima (5 μg) ou
Disco-difusão1
Ceftriaxona (30 μg)
E ceftazidima
àμg
Cefpodoxima (10 µg)
1
Realizar teste para ESBL se
CIM >1 mg/L para qualquer um
dos antimicrobianos
CIM >1 mg/L
Halo de inibição < 21 mm
Halo de inibição < 23 mm
Halo de inibição < 22 mm
Halo de inibição < 21 mm
Em todos os métodos testar cefotaxima ou ceftriaxona E ceftazidima OU testar
cefpodoxima isoladamente.
14
Figura 1. Algoritmo para detecção fenotípica de ESBLs
Triagem para ESBL:
I/R a uma ou ambas cefotaxima e ceftazidima (ou
cefpodoxima R)
Sim
Não
Sem
ESBL
Confirmação de ESBL dependente da espécie
Grupo 1: E. coli, Klebsiella spp., P.
mirabilis, Salmonella spp., Shigella spp.
CONFIRMAÇÃO DE ESBL1
com ceftazidima e cefotaxima +/- ácido
clavulânico
Negativo:
sem ESBL
Indeterminado
Positivo:
ESBL
Grupo 2: Enterobacteriaceae com AmpC
cromossômica indutiva: Enterobacter spp.,
Citrobacter freundii, Morganella morganii,
Providencia stuartii, Serratia spp., Hafnia alvei
CONFIRMAÇÃO DE ESBL
com cefepima +/- ácido clavulânico
Negativo:
sem ESBL
Indeterminado2
2
Positivo: ESBL
1Caso
a cefoxitina tenha sido testada e a CIM seja >8 mg/L, realizar teste confirmatório com cefepima +/- ácido
clavulânico.
2Não pode ser determinado como positivo ou negativo (i.e., a fita não pode ser lida devido ao crescimento além
da faixa de CIM da fita ou nenhum sinergismo evidente com o disco combinado e com o teste de sinergismo do
duplo disco). Caso a confirmação com cefepima +/- ácido clavulânico seja indeterminada há necessidade de teste
genotípico.
3.4.1 Triagem de ESBL em Enterobacteriaceae
A. Triagem no grupo 1 de Enterobacteriaceae (E. coli, Klebsiella spp., Raoutella
spp., P. mirabilis, Salmonella spp., Shigella spp.)
Os métodos recomendados para triagem de ESBL no grupo 1 de Enterobacteriaceae são
diluição em caldo, diluição em ágar, disco-difusão ou sistema automatizado (12, 19, 20).
É necessário que tanto a cefotaxima (ou ceftriaxona) e ceftazidima sejam utilizadas como
cefalosporinas indicadoras, uma vez que pode haver grandes diferenças de CIMs de
cefotaxima (ou ceftriaxona) e ceftazidima para diferentes isolados produtores de ESBL
(14, 22, 23).
O algoritmo de triagem e os métodos fenotípicos para confirmação de ESBL, para o grupo
1 de Enterobacteriaceae que são positivas em testes de triagem, estão descritos na
Figura 1 e Tabela 2.
B. Triagem no grupo 2 de Enterobacteriaceae (Enterobacter spp., Serratia spp.,
Citrobacter freundii, Morganella morganii, Providencia spp., Hafnia alvei)
Para o grupo 2 de Enterobacteriaceae, recomenda-se que a triagem de ESBL seja
realizada de acordo com os métodos acima descritos para o grupo 1 de
Enterobacteriaceae (Figura 1 e Tabela 3) (18). No entanto, um mecanismo muito comum
15
deà resist iaà sà efalospori asà éà aà desrepressãoà daà expressãoà deà β-lactamase AmpC
cromossômica nessas espécies. Uma vez que a cefepima é estável a hidrólise por AmpC,
pode ser utilizada em testes fenotípicos com ácido clavulânico.
3.4.2 Métodos fenotípicos de confirmação
Quatro dos vários métodos fenotípicos, com base na inibição in vitro da atividade de
ESBL por ácido clavulânico, são recomendados para confirmação ESBL: o teste do disco
combinado (TDC), o teste de sinergismo de duplo disco (TSDD), o teste de gradiente
ESBL, e teste de microdiluição em caldo (Tabelas 2 e 3) (20, 21, 24). Em um estudo
multicêntrico o TDC apresentou especificidade superior ao teste gradiente ESBL e
sensibilidade comparável (25). Os fabricantes de sistemas automatizados de testes de
sensibilidade implementaram os testes de detecção baseados na inibição de enzimas
ESBL pelo ácido clavulânico. Os desempenhos dos métodos de confirmação diferem em
diferentes estudos, dependendo da coleção de cepas testadas e do equipamento
utilizado (17-19).
A. Teste do disco combinado (TDC)
Para cada ensaio, os discos contendo a cefalosporina isoladamente (cefotaxima,
ceftazidima, cefepima) e em combinação com o ácido clavulânico, são aplicados. O halo
de inibição em torno do disco de cefalosporina combinado com o ácido clavulânico é
comparado com o halo em torno do disco com a cefalosporina isoladamente. O teste é
positivo se o diâmetro do halo de inibição com o disco combinado for pelo menos 5
mm maior do que aquele com o disco sem o ácido clavulânico (Tabela 3) (26, 27).
B. Teste de sinergismo de disco duplo (TSDD)
Os discos contendo as cefalosporinas (cefotaxima, ceftazidima, cefepima) são aplicados
à placa, próximos a um disco com o ácido clavulânico (amoxicilina-ácido clavulânico).
Um resultado positivo é indicado quando as zonas de inibição em torno de qualquer
um discos de cefalosporinas são aumentadas na direção do disco que contém o ácido
clavulânico. A distância entre os discos é crítica e 20 mm de centro a centro parece ser
a distância ótima para discos de cefalosporinas de 30 µg; no entanto, pode ser reduzida
(15 mm) ou aumentada (30 mm) para testar as cepas com níveis muito elevados ou
baixos de resistência, respectivamente (20). As recomendações precisam ser
reavaliadas para discos com menor conteúdo de cefalosporinas, como utilizado no
método de disco-difusão do EUCAST.
C. Método do gradiente
Testes de gradiente são realizados, lidos e interpretados de acordo com as instruções
do fabricante. O teste é positivo se uma redução de oito vezes é observada na CIM de
cefalosporina combinada com ácido clavulânico em comparação com a CIM da
cefalosporina isoladamente ou se uma zona fantasma ou elipse deformada está
presente (ver instruções do fabricante para as ilustrações) (Tabela 3). O resultado do
teste é indeterminado se a tira não puder ser lida, devido ao crescimento para além da
faixa de CIM da tira. Em todos os outros casos, o resultado do teste é negativo. O teste
do gradiente para ESBL deve ser utilizado para a confirmação da produção de ESBL e
não é confiável para determinação da CIM.
16
D. Microdiluição em caldo
A microdiluição em caldo é realizada com caldo Mueller-Hinton contendo diluições
seriadas de razão 2 de cefotaxima, ceftazidima e cefepima em concentrações
compreendidas entre 0,25 e 512 mg/L, com e sem ácido clavulânico, a uma
concentração fixa de 4 mg/L. O teste é positivo se uma redução igual ou maior que 8
vezes for observada na CIM da cefalosporina combinada com ácido clavulânico em
comparação com a CIM da cefalosporina isoladamente. Em todos os outros casos, o
resultado do teste é negativo (24).
E. Testes bioquímicos (colorimétricos)
O teste ESBL NDP foi descrito primeiramente em 2012, e usa cefotaxima como
indicador antimicrobiano, com tazobactam como inibidor (28). É realizado em placas
de 96 poços ou em tubos separados. Mudança de cor de vermelho para amarelo é
considerado um teste positivo. O teste também foi usado diretamente em amostras do
paciente (29). Excelentes sensibilidades e especificidades foram descritas, mas o teste
não foi avaliado em estudo multicêntrico.
Oà testeà β-LACTA é um teste colorimétrico utilizando um substrato de cefalosporina
cromogênica (HMRZ-86) em isolados bacterianos e também diretamente em amostras
clínicas (30). Em um estudo prospectivo multicêntrico na Bélgica e na França, verificouse que apresentava uma excelente sensibilidade e especificidade para E. coli e K.
pneumoniae (96% e 100%, respectivamente), enquanto mostrou menor sensibilidade
(67%) para espécies que produzem β-lactamases AmpC induzíveis. O alto valor
preditivo negativo para E. coli e K. pneumoniae (99% em áreas com prevalência de
resistência as C3G variando entre 10-30%) faz com que este teste simples seja muito
eficiente para a previsão de resistência a cefalosporinas de terceira geração,
parti ular e teàe à epasàprodutorasàdeàβ-lactamase de espectro estendido.
F. Considerações especiais na interpretação
Testes de confirmação de ESBL que usam cefotaxima como a cefalosporina indicadora
podem ser falsamente positivos para cepas de Klebsiella oxytoca com hiperprodução
de β-lactamase cromossômica K1 (OXY-like) (27). Um fenótipo semelhante também
pode ser encontrado em Proteus vulgaris, Proteus penneri, Citrobacter koseri e
Kluyvera spp. e em algumas espécies relacionadas a C. koseri, como C. sedlakii, C.
farmeri e C. amalonaticus, que têm β-lactamases cromossômicas que são inibidas pelo
ácido clavulânico (28, 29). Outra possível causa de resultados falso-positivos é
hiperprodução de SHV-1, TEM-1 ou β-lactamase OXA-1-like de amplo espectro
combinado com permeabilidade alterada (17). Problemas semelhantes com resultados
falso-positivos para K. oxytoca produtores de K1 podem surgir quando se utiliza os
testes de confirmação com base apenas em cefepima (34).
17
Tabela 2. Testes confirmatórios para ESBL em Enterobacteriaceae que são positivos
nos testes de triagem para ESBL (ver Tabela 1). Grupo 1 de Enterobacteriaceae (ver
Figura 1).
Método
Agente
antimicrobiano
(conteúdo do disco)
A confirmação de ESBL é
positiva se
Teste de gradiente Cefotaxima +/para ESBL
ácido clavulânico
áà razãoà deà CIMsà forà à à ou se
houver deformação da elipse
Ceftazidima +/ácido clavulânico
áà razãoà deà CIMsà forà à à ouà se
houver deformação da elipse
Teste de discoCefotaxima (30 µg) +/difusão combinado ácido clavulânico (10 µg)
(TDC)
Ceftazidima (30 µg) +/ácido clavulânico (10 µg)
Microdiluição em Cefotaxima +/- ácido
caldo
clavulânico (4 mg/L)
Aumento no halo de inibição à à
mm
áu e toà oà haloà deà i i içãoà à à
mm
Razão entre CIMs à8
Ceftazidima +/- ácido
clavulânico (4 mg/L)
Razãoàe treàCIMsà à
Cefepima +/- ácido
clavulânico (4 mg/L)
Razãoàe treàCIMsà à
Teste de
Cefotaxima, ceftazidima e Expansão do halo de inibição da
sinergismo do
cefepima
cefalosporina
indicadora
em
direção ao disco de amoxicilinaduplo disco (TSDD)
ácido clavulânico
Tabela 3. Testes confirmatórios para ESBL em Enterobacteriaceae que são positivas
nos testes de triagem para ESBL (ver Tabela 1). Grupo 2 de Enterobacteriaceae (ver
Figura 1).
Método
Antimicrobiano
Teste de gradiente para
ESBL - Etest ESBL
Cefepima +/- ácido clavulânico
Teste de disco-difusão
combinado (TDC)
Cefepima (30 µg)
+/- ácido clavulânico
(10 µg)
Microdiluição em
caldo
Teste de
sinergismo do
duplo disco (TSDD)
Cefepima +/- ácido
clavulânico (concentração
fixa de 4 mg/L)
Cefotaxima, ceftazidima,
cefepima
A confirmação é positiva se
áàrazãoàdeàCIMsàforà à àouàseà
houver deformação da elipse
Aumento à à
àno halo de inibição
Razão entre CIMs à
Expansão do halo de inibição da
cefalosporina indicadora em direção
ao disco de amoxicilina-ácido
clavulânico
18
3.4.3 Detecção fenotípica de ESBL na presença de outras β-lactamases que
mascaram o sinergismo
Testes com resultados indeterminados (Etest) e resultados falso-negativos (TDC, TSDD,
Etest e microdiluição) podem resultar da expressão de alto nível de β-lactamases AmpC,
que mascaram a presença de ESBLs (20, 34, 35). Isolados com expressão de alto nível
de β-lactamases AmpC geralmente mostram clara resistência às cefalosporinas de
terceira geração. Além disso, a resistência à cefamicinas, ou seja, CIM de cefoxitina >8
mg/L, podem ser indicativos de expressão de alto nível de β-lactamases AmpC, (34),
com a rara exceção das β-lactamases ACC, que não conferem resistência à cefoxitina
(36).
Para confirmar a presença de ESBL em isolados com expressão de alto nível de βlactamases AmpC, recomenda-se que um teste confirmatório adicional para ESBL seja
realizado com cefepima como cefalosporina indicadora, uma vez que a cefepima
geralmente não é hidrolisada por β-lactamases AmpC. A cefepima pode ser utilizada
em todos os formatos de ensaios TDC, TSDD, gradiente ou diluição em caldo (27, 3739). Abordagens alternativas incluem o uso de cloxacilina, que é um bom inibidor de
enzimas AmpC. Este formato de TDC utiliza discos que contêm as duas cefalosporinas
indicadoras (cefotaxima e ceftazidima) com ácido clavulânico e cloxacilina juntos; e TDC
ou TSDD padrão em placas de ágar suplementado com 200-250 mg de cloxacilina por
litro (19). Há também discos contendo tanto ácido clavulânico e cloxacilina no mercado,
mas as avaliações multicêntricas destes produtos são insuficientes.
A presença de ESBLs pode também ser mascarada por carbapenemases tais como MBL
ou KPCs (mas não enzimas OXA-48-like) e / ou por defeitos graves de permeabilidade
(40, 41). Se a detecção ainda é considerada relevante, recomenda-se que os métodos
moleculares para detecção de ESBL sejam utilizados.
3.4.4 Confirmação genotípica
Para a confirmação genotípica da presença de genes de ESBL, existem diversos
métodos disponíveis desde de PCR com sequenciamento até o sequenciamento de
genoma completo bacteriano seguido de mapeamento in silico dos genes de
resistência. Existem também técnicas à base de microarray de DNA. Existem métodos
comerciais e in-house disponíveis, mas estes métodos não foram sistematicamente
avaliados e, portanto, não serão abordados nesse documento. Informações sobre
sequenciamento de genoma completo estão descritas em outro documento do
EUCAST (42).
3.4.5 Controle de qualidade
Abaixo estão listadas algumas cepas controle para experimentos fenotípicos e
genotípicos. Intervalos de controle de qualidade para essas cepas não estão
disponíveis. Usuários de métodos comerciais devem consultar os manuais específicos
para selecionar a cepa controle mais adequada.
19
Table 4. Exemplos de cepas para controle de qualidade dos testes de detecção de
ESBLs.
Cepas
Mecanismo
K. pneumoniae ATCC 700603
ESBL SHV-18
E. coli CCUG62975
ESBL grupo CTX-M-1 e AmpC CMY adquirida
E. coli ATCC 25922
ESBL negativo
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22
4. Enterobacteriaceae produtoras de β-lactamases AmpC
adquiridas
Importância da detecção de mecanismos de resistência
Necessário para categorização clínica de sensibilidade
antimicrobiana
Para
propósitos de controle de infecção
Para propósitos de saúde pública
Não
Sim
Sim
4.1 Definição
Cefalosporinases do tipo AmpC são β-lactamases da classe C de Ambler. Elas hidrolisam
penicilinas, cefalosporinas (incluindo a terceira geração, mas geralmente não os
compostos de quarta geração) e monobactâmicos. Em geral, as enzimas do tipo AmpC
são fracamente inibidas pelos inibidores de ESBL clássicos, especialmente o ácido
clavulânico (1).
4.2 Importância clínica e/ou epidemiológica
Os primeiros isolados produtores de AmpCs adquiridas foram identificados no final da
década de 1980, e desde então têm sido detectadas globalmente, como resultado da
disseminação clonal e a transferência horizontal de genes AmpC (muitas vezes referida
como AmpC mediada por plasmídeo). Há diversas linhagens de genes AmpC móveis,
provenientes de produtores naturais, a saber, o grupo Enterobacter (MIR, ACT), o grupo
C. freundii (CMY-2 like LAT, FCE), o grupo M. morganii (DHA), o grupo Hafnia alvei (ACC),
o grupo Aeromonas (CMY-1-like, FOX, MOX) e o grupo Acinetobacter baumannii (ABA).
As mais comuns e mais amplamente disseminadas são as enzimas de CMY-2-like,
embora β-lactamases DHA-like induzíveis e algumas outras também tenham se
disseminado amplamente (1).
As principais espécies produtoras de AmpCs adquiridas são E. coli, K. pneumoniae, K.
oxytoca, Salmonella enterica e P. mirabilis. Isolados com essas enzimas foram
recuperados tanto a partir de pacientes hospitalizados quanto da comunidade, e foram
recuperadas em animais de produção e nos produtos alimentares (em E. coli e S.
enterica) anteriormente às enzimas ESBL clássicas. Embora as AmpCs adquiridas tenham
se disseminado amplamente e terem sido reportadas em estudos multicêntricos de
resistência de enterobactérias às cefalosporinas de terceira geração, a sua frequência
global tem se mantido muito abaixo daquela das ESBLs, pelo menos na Europa. No
entanto, em alguns locais e situações epidemiológicas específicas, o significado de
organismos produtores dessas enzimas pode aumentar substancialmente (1-5).
4.3 Mecanismos de resistência
Numerosas Enterobacteriaceae e alguns outros bacilos Gram-negativos produzem
AmpCs naturais, seja constitutivamente a um nível mínimo (por exemplo, E. coli,
23
Acinetobacter baumannii) ou por indução (por exemplo, Enterobacter spp., C. freundii,
M. morganii, P. aeruginosa). A desrepressão ou hiperprodução de AmpCs naturais são
devidas a várias alterações genéticas e conferem alto nível de resistência às
cefalosporinas e combinações de penicilina com inibidores de β-lactamase. As
cefalosporinases da classe C também podem ocorrer como enzimas adquiridas,
principalmente em Enterobacteriaceae. Exceto para alguns tipos induzíveis (por
exemplo, DHA), as AmpCs adquiridas são expressas constitutivamente, o que confere
resistência semelhante àquela observada em mutantes desreprimidos ou
hiperprodutores de AmpCs naturais. Os níveis de resistência dependem das
quantidades de enzimas expressas, bem como da presença de outros mecanismos de
resistência. De modo semelhante às ESBLs, as AmpCs adquiridas são normalmente
codificadas por genes mediados por plasmídeos (1-3).
4.4 Métodos recomendados para a detecção de AmpCs adquiridas em
Enterobacteriaceae
Uma CIM de cefoxitina >8 mg/L (zona de inibição < 19 mm) combinada com resistência
fenotípica de ceftazidima e/ou cefotaxima (conforme definida pelos pontos de corte)
podem ser utilizadas como critérios fenotípicos para investigação de produção de AmpC
no grupo 1 de Enterobacteriaceae, embora esta estratégia não detecte ACC-1, uma
AmpC mediada por plasmídeos que não hidrolisa cefoxitina (6). Deve-se notar que a
resistência à cefoxitina também pode ser devida à deficiência de porinas (1).
Figura 1. Algoritmo para detecção de AmpC.
Cefotaxima R ou ceftazidima R E cefoxitina R1 em E.
coli, K. pneumoniae, P. mirabilis, Salmonella spp.,
Shigella spp.
Sinergismo com cloxacilina
detectado
E. coli e Shigella spp.:
PCR é necessária para
discriminar entre AmpC
cromossômica e
plasmidial
K. pneumoniae, P.
mirabilis, Salmonella
(não tem AmpC
cromossômica) AmpC
plasmidial detectada
Sinergismo com
cloxacilina NÃO detectado
Outros mecanismos (ex.
perda de porina)
1-Cefoxitina R é aqui definido como do tipo não selvagem (CIM > 8 mg/L ou diâmetro do halo
<19 mm). Para definição de resistência a cefotaxima e ceftazidima utilizar os pontos de corte
do EUCAST atuais. Investigação dos isolados com não sensibilidade à cefotaxima e
ceftazidima é uma abordagem com maior sensibilidade, mas baixa especificidade em
comparação com o foco em isolados resistentes à cefoxitina (7). AmpC também pode estar
presente em isolados com um teste positivo para ESBL (sinergismo com ácido clavulânico).
Para os laboratórios que não testam cefoxitina, sensibilidade à cefepima juntamente com
resistência à cefotaxima e/ou ceftazidima é outro indicador fenotípico de AmpC, embora
menos específico.
24
Abaixo estão listadas algumas cepas controle para experimentos fenotípicos e
genotípicos. Intervalos de controle de qualidade para essas cepas não estão disponíveis.
Usuários de métodos comerciais devem consultar os manuais específicos para
selecionar a cepa controle mais adequada.
Tabela 1. Exemplos de cepas controle testes de detecção de AmpC
Cepa
Mecanismo
E. coli CCUG 58543
AmpC CMY-2 adquirida
E. coli CCUG62975
AmpC CMY AmpC e ESBL grupo CTX-M-1
K. pneumoniae CCUG 58545
Acquired DHA
E. coli ATCC 25922
AmpC negativa
4.5 Referências
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
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26
5. Bacilos Gram negativos resistentes a polimixina
Importância da detecção de mecanismos de resistência
Necessário para categorização clínica de sensibilidade
ePara
antimicrobiana
propósito de controle de infecção
Para propósito de saúde pública
Sim
Sim
Sim
A resistência adquirida às polimixinas em Enterobacteriaceae surgiu nos últimos anos no mundo
inteiro. A resistência, em especial, a mediada por plasmídeos, tanto em animais, produtos
alimentares e seres humanos é preocupante, uma vez que há uma grande propensão para a
disseminação horizontal.
Anteriormente, a resistência às polimixinas foi relatada como sendo sempre mediada
cromossomicamente e geralmente relacionada a mutações em vários genes do sistema
regulador de dois componentes para a biossíntese do lípido A e, portanto, regulação da carga no
lipopolissacarídeo (LPS) (1,2). Em 2015, foram feitos os primeiros relatos sobre resistência à
colistina mediada por plasmídeo os quais foram relacionados a uma fosfoetanolamina
transferase de origem plasmidial, que adiciona um grupo fosfoetanolamina ao lípido A. O efeito
resultante é a diminuição da carga negativa no LPS e, assim, menor interação com as polimixinas
carregadas positivamente. O novo determinante de resistência foi denominado MCR-1 (3). Desde
então, este mecanismo de resistência foi documentado em todos os continentes. Um isolado
remonta à década de 1980, mas parece que o surgimento mundial ocorreu há cerca de 5 anos
(4). Durante 2016, duas novas variantes do MCR-1 foram descritas - MCR-1.2 e MCR-2 (5, 6).
Em cepas invasivas europeias de K. pneumoniae, as taxas gerais de resistência à colistina são de
8,6% e podem chegar a 29% em isolados resistentes aos carbapenêmicos (7). Deve-se notar que
a variação nas taxas entre diferentes países é muito alta e que questões metodológicas podem
contribuir para números inflacionados. Acredita-se que a maioria da resistência seja devido a
mecanismos cromossômicos, embora existam vários relatos sobre Enterobacteriaceae
produtora de carbapenemase com MCR-1 (4).
Atualmente, não existem métodos que tenham sido avaliados extensivamente para a
caracterização fenotípica dos diferentes mecanismos de resistência às polimixinas, exceto a
determinação da CIM pela microdiluição em caldo (as técnicas de gradiente de difusão e de discodifusão não são confiáveis para esta classe de antibióticos). Recentemente, descobriu-se que as
enzimas MCR são dependentes de zinco para sua hidrólise e que a quelação de zinco pode,
portanto, inibir sua atividade (8). Por conseguinte, são esperados o desenvolvimento de testes
de inibição baseados em EDTA ou ácido dipicolínico. No entanto, o foco atual está na detecção
da resistência às polimixinas, independentemente do mecanismo. Os laboratórios são
aconselhados a usar sempre a microdiluição em caldo para os testes de suscetibilidade à colistina
e a usar sempre o sulfato de colistina (9). Especificamente, os testes de disco-difusão e de
gradiente não devem ser usados, pois estão associados ao alto risco de erros maiores (major
erros) e erros muito maiores (very major erros) no teste de suscetibilidade (10). Recentemente,
um método colorimétrico também foi descrito, mas ainda não foi testado quanto à robustez em
mais de um centro (11). Quando necessário realizar estudos mais aprofundados sobre os
mecanismos de resistência, deve-se utilizar métodos moleculares. A recomendação atual é
realizar tais testes adicionais somente em isolados resistentes à colistina.
O controle de qualidade para teste da colistina deve ser realizado tanto com uma cepa sensível
27
de QC (E. coli ATCC 25922 ou P. aeruginosa ATCC 27853) como com cepa resistente à colistina E.
coli NCTC 13846 (positiva para mcr-1). Para E. coli NCTC 13846, o valor alvo de MIC para colistina
é 4 mg/L e apenas ocasionalmente, 2 ou 8 mg/L.
5.1 Referências
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28
6. P. aeruginosa e Acinetobacter produtores de carbapenemase
Importância da detecção de mecanismos de resistência
Necessário para categorização clínica de sensibilidade
ePara
antimicrobiana
propósito de controle de infecção
Para propósito de saúde pública
Não
Sim
Sim
P. aeruginosa e o complexo Acinetobacter baumannii produtores de carbapenemases são
comuns em muitas partes da Europa (1). Em Pseudomonas aeruginosa, VIM, principalmente VIM2, é a enzima predominante na Europa, mas os produtores de KPC também têm sido notados em
países da América Latina (2). Em Acinetobacter, as carbapenemases OXA, principalmente as
enzimas OXA-23-, OXA 24/40-, OXA-58-, OXA-143-, OXA-235-like, são encontradas mais
frequentemente (3).
Atualmente, não há inibidores específicos das carbapenemases tipo OXA de classe D e nenhum
dos métodos fenotípicos existentes fornece resultados satisfatórios para a
detecção/identificação dessas carbapenemases em Acinetobacter. Testes colorimétricos foram
testados, mas em geral não se mostraram precisos neste gênero (4). Acinetobacter pode também
ter carbapenemases do tipo MBL e é possível que os ensaios possam funcionar melhor com estas
enzimas.
Para P. aeruginosa, os ensaios de Etest® para MBL, assim como os ensaios baseados em disco,
têm sido usados há várias décadas, mas são prejudicados pela sua baixa especificidade (5-7).
Recentemente, vários autores também sugeriram várias modificações dos testes de combinação
de disco (de imipenem ou meropenem combinado com vários compostos inibidores da classe B
(EDTA ou DPA), mas estes foram validados em estudos de centro único, podendo ser diferentes
em cenário diferentes (8, 9). Os testes colorimétricos apresentam melhor desempenho para P.
aeruginosa do que para Acinetobacter (10) e provavelmente são os testes com maior
especificidade comprovada no momento. Ainda assim, nenhum teste parece suficientemente
específico para ser usado como teste autônomo sem confirmação molecular.
Em geral, devem ser utilizadas métodos genotípicos para a caracterização de P. aeruginosa e
Acinetobacter possivelmente produtoras de carbapenemases, mas particularmente para
P. aeruginosa, algumas das abordagens fenotípicas acima mencionadas poderiam,
provavelmente, ter valor para testes iniciais.
Deve-se notar que o teste de carbapenemase seria clinicamente mais relevante em
P. aeruginosa, uma vez que esta espécie pode ser resistente a carbapenêmicos através de
múltiplos mecanismos cromossômicos (efluxo ativo, alteração ou deficiência de porina).
Inversamente, a resistência a carbapenêmicos em Acinetobacter é quase sempre devido à
produção de carbapenemases tipo OXA.
Algumas cepas controle sugeridas são P. aeruginosa NCTC 13437 (produtora de VIM-10) e
A. baumannii NCTC 13301 (produtora de OXA-23). Não existem intervalos de CQ para estas
cepas.
29
6.1 Referências
1. Walsh TR. Emerging carbapenemases: a global perspective. Int J Antimicrob Agents. 2010;36 Suppl 3:S814.
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spp. J Antimicrob Chemother. 2016;71(5):1213-6.
30
7. Staphylococcus aureus resistente à Meticilina (MRSA)
Importância do mecanismo de resistência
Necessário para categorização clínica da sensibilidade
antimicrobiana
Para propósito de controle de infecção
Para propósito de saúde pública
Sim
Sim
Sim
7.1 Definição
Isolados de S. aureus com uma proteína auxiliar de ligação à penicilina (PBP2a ou a PBP2c
codificada pelos genes mecA ou mecC) para a qual os agentes β-lactâmicos têm uma baixa
afinidade, exceto para a nova classe de cefalosporinas que têm atividade anti-MRSA
(ceftarolina e ceftobiprole).
7.2 Importância clínica e/ou epidemiológica
S. aureus resistente à meticilina é uma das principais causas de morbidade e mortalidade
em todo o mundo (1,2). A mortalidade das infecções da corrente sanguínea por MRSA é
o dobro daquela das infecções semelhantes causadas por cepas sensíveis à meticilina
devido ao retardo no tratamento adequado e regimes de tratamento alternativos
inferiores (3). Infecções por MRSA são endêmicas tanto em hospitais quanto na
comunidade em todas as partes do mundo.
7.3 Mecanismos de resistência
O principal mecanismo de resistência é a produção de proteína auxiliar de ligação à
penicilina PBP2a/PBP2c que tornam o isolado resistente a todos os β-lactâmicos, exceto
a nova classe de cefalosporinas a ti-MR“á .à Essesà age tesà têm afinidade
suficientemente elevada à PBP2a, e provavelmente também à PBP2 codificada por mecC
(anteriormente designado mecALGA251), para serem ativos contra MRSA (4). As PBPs
auxiliares são codificadas pelo gene mecA ou mecC recentemente descrito (5). O
elemento mec é exógeno ao S. aureus e não está presente em S. aureus sensível à
meticilina. Cepas com expressão heterogênea do gene mecA e CIMs frequentemente
baixas prejudicam a acurácia dos testes de sensibilidade (5). Além disso, alguns isolados
expressam a resistência de baixo nível à oxacilina, mas são mecA e mecC negativo e não
produzem PBPs auxiliares [S. aureus com sensibilidade borderline (BORSA)]. Essas cepas
são relativamente raras e o mecanismo de resistência é mal caracterizado, mas pode
incluir hiperprodução de β-lactamases ou alteração das PBPs pré-existentes (6).
Isolados de S. aureus positivos para mecA que são sensíveis tanto a cefoxitina como a
oxacilina (OS-MRSA) devido à inativação do mecA foram descritos em diferentes partes
do mundo. Essas cepas são diferentes dos MRSA com resistência heterogênea, que
também são sensíveis à oxacilina, mas resistentes à cefoxitina (7, 8). Estima-se que a
frequência de tais isolados seja aproximadamente 3% de acordo com resultados
fenotípicos convencionais combinados com resultados de PCR positivos para mecA.
31
Reversão da suscetibilidade à resistência a meticilina durante o uso prolongado de
antibioticoterapia foi bem documentada em um caso (9), mas estima-se que tenha
ocorrido em outros casos; a taxa dessa resistência reversível é, no entanto, desconhecida
no momento atual. Tais isolados podem, por definição, ser detectados apenas por análise
molecular. Deve-se notar que isso não se aplica para o fato que a análise molecular deva
ser feita com todas as cepas, mas o fenômeno pode ter importância em caso de falha
terapêutica. Se o gene mecA for detectado aleatoriamente ou devido a triagem por falha
terapêutica, o isolado deve ser sempre relatado como resistente.
7.4 Métodos recomendados para a detecção da resistência à meticilina em
S. aureus
A resistência à oxacilina/meticilina pode ser detectada fenotipicamente pela
determinação da CIM bem como por teste de disco-difusão. Aglutinação com látex pode
ser usado para detectar PBP2a, mas não é confiável para detectar PBP2c. Detecção
genotípica utilizando a PCR é confiável.
7.4.1 Detecção por determinação da CIM ou disco-difusão
A expressão heterogênea de resistência afeta particularmente a CIM de oxacilina, a qual
pode se mostrar sensível. A cefoxitina é um marcador muito sensível e específico da
resistência mediada por mecA/mecC e é o fármaco de eleição para o disco-difusão. O uso
do teste de disco-difusão com oxacilina deve ser desencorajado e os critérios
interpretativos para os halos de inibição não estão mais incluídos na tabela de pontos de
corte do EUCAST devido à fraca correlação com a presença de mecA.
A. Microdiluição em caldo:
A metodologia padrão (ISSO 20776-1) deve ser utilizada e cepas com CIM > 4 mg/L deve
ser reportadas como resistentes a meticilina.
B. Disco-difusão:
Utilizar a metodologia de disco-difusão do EUCAST. Cepas com um halo de inibição < 22
mm para a cefoxitina devem ser reportadas como resistentes a meticilina.
7.4.2 Detecção por métodos genotípicos e aglutinação com látex
A detecção genotípica dos genes mecA e mecC por PCR (10, 11) e a detecção da proteína
PBP2a por kit de aglutinação com látex é possível pela utilização de testes comerciais ou
i àhouse .àáàproteína PBP2c não é detectada pela maioria dos testes comerciais.
7.4.3 Cepas controle
Abaixo estão listadas algumas cepas controle para experimentos fenotípicos e
genotípicos. Intervalos de controle de qualidade para essas cepas não estão disponíveis.
Usuários de métodos comerciais devem consultar os manuais específicos para selecionar
a cepa controle mais adequada.
32
Tabela 1. Exemplos de cepas controle para detecção de MRSA.
Cepa
Mecanismo
S. aureus ATCC 29213
S. aureus NCTC 12493
S. aureus NCTC 13552
Sensível à meticilina
Resistente à meticilina (mecA)
Resistente à meticilina (mecC)
7.5 Referências
1.
Cosgrove SE, Sakoulas G, Perencevich EN, Schwaber MJ, Karchmer AW, Carmeli Y. Comparison of
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5. García-Álvarez L, Holden MT, Lindsay H, Webb CR, Brown DF, et al. Methicillin-resistant
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33
8. Staphylococcus aureus resistente à vancomicina
Importância da detecção do mecanismo
Necessário para categorização clínica da sensibilidade
antimicrobiana
Para propósito de controle de infecção
Para propósito de saúde pública
Sim
Sim
Sim
8.1 Definição
O ponto de corte clínico (CIM) do EUCAST para a resistência à vancomicina em S. aureus
é > 2 mg/L. Nos últimos anos, os pontos de corte para vancomicina foram reduzidos,
eliminando assim o grupo intermediário. No entanto, existem diferenças importantes
no mecanismo de resistência de alto nível à vancomicina mediada por VanA (VRSA) e
isolados com resistência de baixo nível não mediada por VanA. Assim, a denominação
de S. aureus intermediário à vancomicina (VISA) e S. aureus com heterorresistência
intermediária aos vancomicina (hVISA) tem sido mantidas para os isolados com
resistência de baixo nível à vancomicina não mediada por VanA. A CIM deve ser sempre
determinada ao utilizar a vancomicina para tratar um paciente com uma infecção grave
por S. aureus. Em casos específicos, por exemplo, quando há suspeita de falha
terapêutica, o teste para hVISA é justificável. Devido à complexidade da confirmação de
um hVISA, a vigilância antimicrobiana está focada na detecção de VISA e VRSA.
VRSA: S. aureus resistente à vancomicina:
Isolados de S. aureus com alto nível de resistência à vancomicina (CIM > 8 mg/L).
VISA: S. aureus intermediário à vancomicina:
Isolados de S. aureus com resistência de baixo nível à vancomicina (CIM 4-8 mg/L).
hVISA: S. aureus com heterorresistência intermediária à vancomicina:
Isolados de S. aureus sensíveis à vancomicina (CIMsà
mg/L), mas com populações
6
minoritárias (1 em cada 10 células) com CIM de vancomicina > 2 mg/L, conforme
investigação do perfil por análise populacional.
Deve ser mencionado que embora os termos acima ainda sejam utilizados, todas as
categorias acima devem ser consideradas como clinicamente resistentes.
8.2 Importância clínica e/ou epidemiológica
Não há pesquisas recentes sobre a prevalência de isolados com sensibilidade reduzida
aos glicopeptídeos na Europa. Com base em relatórios de instituições individuais,
estima-se que a prevalência de hVISA éà 2% dos MRSA na Europa, e VISA abaixo de
0,1% (1). VRSA ainda não foi relatado na Europa (1) e atualmente é extremamente raro
em todo o mundo (2). A prevalência de hVISA pode ser consideravelmente maior em
uma região específica (1), o que é mais frequentemente associado a disseminação de
linhagens clonais específicas (2). A grande maioria dos isolados com CIM elevada (VISA)
ou contendo subpopulações resistentes (hVISA) são MRSA.
34
Tem sido difícil determinar o significado clínico do hVISA uma vez que nenhum estudo
prospectivo bem controlado foi realizado. No entanto, acredita-se que a presença do
fenótipo hVISA possa estar associada com pior resposta clínica, pelo menos em
infecções graves (2, 3). Por isso, é prudente investigar hVISA em infecções da corrente
sanguínea que não respondem à terapia. Recentemente, tem surgido cada vez mais
evidências de que os isolados com CIMs correspondentes a valores no limite superior
do intervalo de sensibilidade (CIM > 1 mg/L) estão associados com resposta clínica
reduzida bem como a um aumento da mortalidade em, pelo menos, infecções da
corrente sanguínea (3-8). A possível causa dessas observações não é clara, mas pode
estar associada a exposição a baixos níveis de vancomicina (9,10). Além disso, a
interpretação dos achados de diferentes estudos se torna confusa devido as diferenças
de CIM as quais são geradas por diferentes métodos (8, 9).
O mecanismo de hVISA é complexo e a detecção depende de análise populacional (11),
o que é complicado porque requer equipamentos especiais bem como um alto nível de
conhecimento técnico. A metodologia para a detecção de hVISA será descrita, mas para
fins de vigilância a informação é restrita a VISA e VRSA, que são definidos em conjunto
como isolados com uma CIM > 2 mg/L.
8.3 Mecanismo de resistência
Para VRSA a resistência é mediada pelo gene vanA exogenamente adquirido de
Enterococcus. Tanto para os isolados VISA como hVISA a resistência é endógena (ou seja,
mutações cromossômicas) e o mecanismo é de alta complexidade, sem que apenas um
único gene seja responsável. O fenótipo VISA/hVISA está ligado a um espessamento da
parede celular bacteriana, com hiperprodução dos alvos de ligação de glicopeptídeos. O
fenótipo hVISA é frequentemente instável no laboratório, mas hVISA têm a capacidade
de se tornar um GISA in vivo (2).
8.4 Métodos recomendados para a detecção de S. aureus não sensíveis à
vancomicina
O método de disco-difusão não pode ser utilizado para detectar hVISA ou VISA, mas
possivelmente pode ser usado para detectar VRSA, embora exista apenas um número
limitado de estudos que suportem essa evidência (12).
8.4.1 Determinação da CIM
A metodologia de microdiluição em caldo como recomendado pelo EUCAST (ISO 207761) é o padrão ouro. Deve ser mencionado que a CIM determinada por métodos de tira
gradiente apresentam resultados que podem ser 0,5 a 1 diluições de razão 2, mais altos
que a CIM determinada por microdiluição em caldo (8, 9). O ponto de corte do EUCAST
para resistência à vancomicina em S. aureus é CIM > 2 mg/L. Isolados com CIMs
confirmados como > 2 mg/L (de acordo com a microdiluição) devem ser encaminhados
para um laboratório de referência. hVISA não são detectados por determinação da CIM.
8.4.2 Teste para detecção de VRSA, VISA e hVISA
A detecção de hVISA tem-se revelado difícil e, portanto, a detecção é dividida em
35
triagem e confirmação. Para a triagem, uma série de métodos específicos foram
desenvolvidos. A confirmação deve ser feita por análise populacional em ágar contendo
uma gama de concentrações de vancomicina (PAP-AUC) (11). Este método é
tecnicamente desafiador, para aqueles sem uma vasta experiência laboratorial e,
consequentemente, é realizado principalmente por laboratórios de referência. Um
método baseado em triagem em ágar com vancomicina e caseína (13) mostrou alta
sensibilidade e especificidade, mas até agora só foi avaliado em um estudo, e por isso
não pode ser recomendado. Os métodos a seguir irão detectar VRSA e VISA, e foram
avaliados em estudos multicêntricos (14, 15).
A. Teste de macro gradiente:
Este teste fornece uma indicação da sensibilidade reduzida à vancomicina, mas deve
ficar claro que as leituras não são CIMs. Além disso, o teste não diferencia hVISA, VISA
e VRSA. O teste deve ser feito de acordo com as instruções do fabricante. É importante
ficar claro que o inóculo é bem maior (McFarland 2,0) do que aquele utilizado nos testes
convencionais com tiras de gradiente. Este teste deve ser feito com placas de Infuso
Cérebro-Coração (Brain Heart Infusion) e não em Mueller-Hinton. Além disso, o teste
deve ser lido em 48h. U àresultadoàpositivoàéài di adoàporàleiturasà 8 mg/L tanto de
vancomicina quanto de tei opla i aàOUà à à g/Làparaàaàtei opla i aàisoladamente.
Como ambos os critérios incluem a teicoplanina, o teste de vancomicina pode ser
dependente do resultado do teste de teicoplanina. O algoritmo seria:
Leitura da teicoplanina 12mg/L: VRSA, VISA ou hVISA
Leitura da teicoplanina 8 mg/L: Testar a vancomicina, se a leitura da vancomicina
for 8 mg/L, então se trata de VRSA, VISA ou hVISA
Leitura da teicoplanina < 8 mg/L: Não é VRSA, VISA ou hVISA
B. Detecção da resistência aos glicopeptídeos pelo teste de gradiente
(GRD):
Testar de acordo com as instruções do fabricante. O teste é considerado positivo se o
resultado com fita GRD for 8mg/L de vancomicina ou teicoplanina.
C. Triagem em ágar com teicoplanina:
Uma placa de Mueller Hinton contendo 5 mg/L de teicoplanina é utilizada (14). Várias
colônias são suspensas em solução salina a 0,9% para se obter um inóculo com turbidez
equivalente ao padrão 2,0 da escala de McFarland. Dez microlitros de inóculo são
colocados sobre a superfície do ágar, e a placa deve ser incubada a 35 °C em ar ambiente
durante 24 a 48 h. Crescimento de mais de duas colônias em até 48h indica suspeita de
sensibilidade reduzida aos glicopeptídeos.
D. Teste confirmatório para hVISA/VISA:
Qualquer isolado com triagem positiva para sensibilidade reduzida e não identificado
como VRSA ou VISA por determinação da CIM pode ser hVISA e deve ser investigado por
análise de perfil populacional-área sob a curva (PAP-AUC) (9), normalmente via
encaminhamento para um laboratório de referência.
36
8.4.3 Cepas controle
Abaixo estão listadas algumas cepas controle para experimentos fenotípicos e
genotípicos. Intervalos de controle de qualidade para essas cepas não estão disponíveis.
Usuários de métodos comerciais devem consultar os manuais específicos para
selecionar a cepa controle mais adequada.
Tabela 1 – Exemplos de cepas controle para testes de resistência à vancomicina em
S. aureus.
Cepa
Mecanismo
S. aureus ATCC 29213
S. aureus ATCC 700698
S. aureus ATCC 700699
Sensível aos glicopeptídeos
hVISA (Mu3)
VISA (Mu50)
8.5 Referências
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–
38
9. Enterococcus faecium e Enterococcus faecalis
resistentes à Vancomicina
Importância da detecção da resistência
Necessário para categorização clínica da sensibilidade
Para propósito de controle de infecção/saúde pública
Para propósito de saúde pública
Sim
Sim
Sim
39
9.1 Definição
Enterococcus faecium ou Enterococcus faecalis com resistência à vancomicina (VRE)
(CIM de vancomicina > 4 mg/L).
9.2 Importância clínica e/ou epidemiológica
Enterococos, especialmente E. faecium, são geralmente resistentes aos agentes
antimicrobianos mais utilizadas na clínica. O tratamento de infecções causadas por
enterococos resistentes à vancomicina (VRE) é, portanto difícil, com poucas opções de
tratamento. VRE são conhecidos por se disseminarem de forma eficiente, persistirem
no ambiente hospitalar, e poder colonizar muitos indivíduos, dos quais apenas alguns
desenvolvem infecções (1, 2). Isolados expressando VanB são geralmente
fenotipicamente sensíveis à teicoplanina. Há dois relatos de casos de seleção de
resistência à teicoplanina durante o tratamento infecção por enterococos expressando
VanB (3, 4), e recentemente foram descritos quatro casos de falha terapêutica (5)
indicando que teicoplanina deve ser utilizada com cuidado para o tratamento de
infecção com Enterococo com VanB. Os valores de CIM típicos para as enzimas Van mais
importantes clinicamente são mostrados na Tabela 1.
Table 1. CIMs típicas de glicopeptídeos para enterococos expressando VanA ou VanB.
Glicopeptídeo
CIM (mg/L)
VanA
VanB
Vancomicina
64-1024
4-1024
Teicoplanina
8-512
0,06-1
9. 3 Mecanismo de resistência
A resistência clinicamente relevante é mais frequentemente mediada por ligases VanA
e VanB, codificadas por plasmídeos, que substituem no peptidoglicano o terminal D-Ala
por D-Lac. Esta substituição reduz a ligação de glicopeptídeos ao alvo. As cepas VanA
exibem resistência tanto à vancomicina quanto à teicoplanina, enquanto as cepas VanB
geralmente permanecem sensíveis à teicoplanina, devido à ausência de indução do
operon de resistência. Outras enzimas Van de menor prevalência são VanD, VanE, VanG,
VanL, VanM e VanN (6-9), embora a VanM tenha aumentado significativamente em
E. faecium na China (10).
Outras espécies de enterococos (isto é, E. raffinosus, E. gallinarum e E. casseliflavus),
podem conter vanA, vanB ou outros genes que codificam as enzimas Van listadas acima,
mas estas cepas são relativamente raras. Enzimas VanC cromossomicamente
codificadas são encontradas em todos os isolados de E. gallinarum e E. casseliflavus.
VanC medeia baixo nível de resistência à vancomicina (CIM 4-16 mg/L), mas geralmente
não deve ser considerado importante do ponto de vista de controle de infecção (11).
Enterococo variável a vancomicina (VVE) é um termo utilizado para VRE quando a
expressão dos genes van é silenciosa devido a rearranjos genéticos os quais podem ser
revertidos sob pressão seletiva pelo uso de glicopeptídeos (12,13). Além disso, VRE com
baixa CIM é um termo utilizado para isolados VanB positivos que devido à pouca
capacidade de serem induzidos por vancomicina apresentam baixa expressão dos genes
vanB o que acarreta em valores de CIM abaixo do ponto de corte. Esses isolados com
baixas CIM podem aumentar a CIM acima do ponto de corte devido a longas exposições
à vancomicina (14). Ambos VVE e VRE com baixas CIM podem ser detectados apenas
por testes moleculares. Sua prevalência atual em diferentes regiões geográficas é
desconhecida.
9.4 Métodos recomendados para a detecção de resistência aos
glicopeptídeos em E. faecium e E. faecalis
A resistência à vancomicina pode ser detectada pelos métodos de determinação da CIM,
disco-difusão e triagem em ágar. Para todos os três métodos, é essencial que as placas
sejam incubadas durante um total de 24 h, a fim de detectar isolados com resistência
induzível.
Todos os três métodos detectam prontamente a resistência mediada por vanA. A
detecção de resistência mediada por vanB é mais desafiadora. A determinação da CIM
por diluição em ágar ou microdiluição em caldo nem sempre é confiável para detecção
de isolados VAnB positivos (15-17). Relatos mais antigos mostram que a detecção de
resistência mediada por vanB é problemática por métodos automatizados (18). Desde
então, atualizações tem sido feitas nos métodos automatizados, mas ainda faltam
estudos mais recentes sobre o desempenho desses métodos para detecção de
resistência mediada por vanB. O disco-difusão com um disco de vancomicina de 5 µg
pode ser difícil, mas o teste funciona bem desde que as diretrizes para a leitura,
conforme especificado pelo EUCAST, sejam seguidas meticulosamente (19).
Quando se interpreta resultados de teste de CIM ou disco-difusão é importante
assegurar que o isolado não é E. gallinarum ou E. casseliflavus, que podem ser
erradamente identificados como E. faecium, devido ao teste positivo de arabinose. A
espectrometria de massa MALDI-TOF nesse contexto é muito útil para a identificação
de espécies de enterococos (20). Em locais onde MALDI-TOF não está disponível, o MGP
(Metil-Alfa-D-Piranoside) ou o teste da motilidade pode ser utilizado para distinguir E.
gallinarum/E. casseliflavus de E. faecium (MGP negativo e imóvel).
9.4.1 Determinação da CIM
A determinação da CIM pode ser realizada por diluição em ágar, microdiluição em caldo
ou pelo método do gradiente em ágar.
A microdiluição em caldo deve ser realizada de acordo com a norma ISO 20776-1, como
recomendado pelo EUCAST.
40
9.4.2 Teste de disco-difusão
Para o disco-difusão o método especificado pelo EUCAST deve ser seguido
meticulosamente. Inspecione os halos de inibição quanto a bordas irregulares e / ou
microcolônias, utilizando luz transmitida. Bordas do halo bem delimitadas indicam que
o isolado é sensível e diâmetro de halos de inibição acima do ponto de corte podem ser
reportados sensíveis à vancomicina.
Isolados com bordas de halo de inibição difusas ou colônias dentro do halo (Figura 1)
podem ser resistentes, independentemente do tamanho do halo de inibição e não
devem ser relatados como sensíveis sem confirmação por determinação da CIM. Em um
estudo multicêntrico recente, o método de disco-difusão apresentou melhores
resultados que o VITEK2 para detecção de Enterococos produtores de VanB, em
particular em laboratórios com experiência na leitura de halos de inibição difusos (19).
O disco-difusão deve ser realizado de acordo com a metodologia de disco-difusão do
EUCAST para organismos não fastidiosos. A incubação durante 24 horas é necessária
para a detecção de resistência em alguns isolados com resistência induzível.
Figura 1. Leitura dos testes de disco-difusão para vancomicina em Enterococcus spp.
a)Halos de inibição com bordas bem delimitadas e diâmetro
à
.àReportar como
sensível.
b-d) Halos de inibição difusos com bordas irregulares e/ou colônias no interior do halo de
inibição. Reportar como resistente independentemente do tamanho da zona de inibição.
9.4.3 Triagem em ágar
Ensaios de triagem em Brain Heart Infusion Agar e 6 mg de vancomicina por litro são
confiáveis para a detecção de isolados vanA e vanB positivos (19). Placas de triagem
podem ser obtidas comercialmente ou preparadas no laboratório. O teste de triagem
em ágar é realizado por aplicação de 1 x 105 - 1 x 106 UFC (10 µl de uma suspensão
McFarland 0,5) em Brain Heart Infusion Agar com 6 mg/L de vancomicina. A incubação
durante 24 horas a 35 ± 1 ° C em ar ambiente é necessária a fim de detectar a resistência
em alguns isolados com resistência induzível. O crescimento de mais do que uma colônia
deve ser interpretado como positivo.
41
9.4.4 Testes genotípicos
A detecção de resistência à vancomicina pela utilização de PCR para vanA e vanB pode
também ser realizada utilizando-se metodologias in house ou comerciais (20-22).
9.4.5 Controle de qualidade
Abaixo estão listadas algumas cepas controle para experimentos fenotípicos e
genotípicos. Intervalos de controle de qualidade para essas cepas não estão disponíveis.
Usuários de métodos comerciais devem consultar os manuais específicos para
selecionar a cepa controle mais adequada.
Tabela 2. Exemplos de cepas controle para Enterococos.
Cepa
Mecanismo
E. faecalis ATCC 29212
E. faecalis ATCC 51299
E. faecium NCTC 12202
Vancomicina sensível
Vancomicina resistente (vanB)
Vancomicina resistente (vanA)
9.5 Referências
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43
10. Streptococcus pneumoniae (tipo não-selvagem) não
sensível à Penicilina
Importância da detecção da resistência
Necessário para categorização clínica da sensibilidade
antimicrobiana
Para
propósito de controle de infecção
Para propósito de saúde pública
Sim
Não
Sim
10.1 Definição
Isolados de S. pneumoniae com sensibilidade reduzida à penicilina (CIMs superiores aos
do tipo selvagem, ou seja, > 0,06 mg/L), devido à presença de proteínas ligantes de
penicilina (PBPs) modificadas com menor afinidade aos β-lactâmicos.
10.2 Importância clínica e/ou epidemiológica
S. pneumoniae é a causa mais comum de pneumonia em todo o mundo. A morbidade e
a mortalidade são altas e estima-se que cerca de três milhões de pessoas morram
anualmente de infecções pneumocócicas. A não sensibilidade de baixo grau à penicilina
está associada com o aumento da mortalidade quando a meningite é tratada com
penicilina (1). Em outros tipos de infecção não é observado aumento da mortalidade
devido à resistência de baixa intensidade se doses mais elevadas são utilizadas. Muitos
países realizam programas de vacinação contra vários sorotipos de pneumococo, e isso
também pode afetar os níveis de resistência observados em isolados invasivos (2). No
entanto, S. pneumoniae não sensíveis à penicilina continuam sendo um problema clínico
importante, do ponto de vista da saúde pública, embora esses microrganismos não
estejam associados com a disseminação em instituições de saúde, ao contrário de
muitos outros agentes patogênicos descritos neste documento.
10.3 Mecanismo de resistência
S. pneumoniae contém seis PBPs, dos quais PBP2x é o alvo principal da penicilina (3). A
presença de genes "mosaico" que codificam PBPs de baixa afinidade é resultado de
transferência horizontal de genes de estreptococos viridans comensais (3). O nível de
resistência aos β-lactâmicos não depende apenas das PBPs em mosaico de baixa
afinidade presentes no isolado, mas também de alterações em PBPs específicas que são
essenciais para S. pneumoniae (4). As cepas com CIMs de benzilpenicilina no intervalo
0,12-2 mg/L são consideradas sensíveis em infecções não meníngeas quando uma dose
mais elevada de penicilina é utilizada, enquanto que para a meningite tais cepas devem
sempre ser reportadas como resistentes (5).
44
10.4 Métodos recomendados para a detecção de S. pneumoniae não
sensíveis à penicilina
A não sensibilidade à penicilina pode ser detectada fenotipicamente por métodos de
CIM ou disco-difusão.
10.4.1 Método de disco-difusão
O método de disco-difusão com discos de oxacilina 1 µg é um método de triagem eficaz
para a detecção de pneumococos não-tipos selvagens (sensíveis a penicilina) (6-8). O
método é muito sensível, mas não é altamente específico, uma vez que cepas com
diâmetro do halo de inibição 9à
àpode àteràsensibilidade variada à benzilpenicilina,
e a CIM de benzilpenicilina deve ser determinada para todas as amostras que não sejam
sensíveis pelo método de triagem (8). O diâmetro do halo de inibição de oxacilina pode
ser utilizado para prever a sensibilidade a outros β-lactâmicos além da penicilina,
conforme Figura 1.
Figura 1:àTriage àparaàresist
iaàaosàβ-lactâmicos em S. pneumoniae
*Oxacilina 1 μg <20 mm: sempre determinar a CIM de benzilpenicilina, mas não retardar o relato de
outros β-lactâmicos, como recomendado acima. Não retardar o relato de benzilpenicilina em
meningites.
10.4.2 Pontos de corte clínicos
Os pontos de corte de penicilina foram primariamente determinados principalmente
para garantir o sucesso da terapia para meningite pneumocócica. Entretanto, os
estudos clínicos demonstraram que a resposta clínica nos casos de pneumonia
pneumocócica causada por cepas com sensibilidade intermediária à penicilina e
tratados com penicilina parenteral não foi diferente daquele dos doentes tratados com
outros agentes. Considerando dados microbiológicos, farmacocinéticos e
farmacodinâmicos, os pontos de corte clínicos para benzilpenicilina para isolados de
45
infecções não meníngeas foram revisados (4) e os pontos de corte atuais do EUCAST
estão listados na Tabela 1 bem como na última versão da tabela de pontos de corte do
EUCAST.
Tabela 1. Reportando a sensibilidade à benzilpenicilina em meningites e não meningites.
Indicações
Ponto de corte Notas
CIM
(mg/L)
“à
R>
Benzilpenicilina
(não meningite)
0,06
2
Benzilpenicilina
(meningite)
0,06
0,06
Na pneumonia, quando a dose de 1,2 g 6/6 h é
46
utilizada, os isolados com CIM ≤ ,5 mg/L devem ser
considerados sensíveis à benzilpenicilina.
Na pneumonia, quando a dose de 2,4 g 6/6 h ou 1,2
g 4/4 h é utilizada, os isolados com CIM ≤
g/L
devem ser considerados sensíveis à benzilpenicilina.
Na pneumonia, quando a dose de 2,4 g 4/4 h é
g/L devem ser
utilizada, os isolados com CIM ≤
considerados sensíveis.
Nota: 1,2 g de benzilpenicilina é igual a 2 milhões de unidades de benzilpenicilina.
10.4.3 Controle de qualidade
Abaixo está listada a cepa para controle de qualidade.
Tabela 2. Exemplo de cepas controle para teste de sensibilidade à benzilpenicilina.
Cepa
Mecanismo
S. pneumoniae ATCC 49619
PBP mosaico, CIM de benzilpenicilina 0,5 mg/L
10.5 Referências
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3.
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CQ de Rotina
Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018
Comitê Europeu de Teste de Sensibilidade aos
Antimicrobianos
Controle de Qualidade de Rotina e Controle de Qualidade
Interno para Determinação da CIM e Disco-Difusão
Conforme Recomendação do EUCAST
Versão para
português válida a
partir de 10/03/2018
Este documento deve ser citado como:
Comitê Europeu de Teste de Sensibilidade aos Antimicrobianos
Controle de Qualidade de Rotina e Controle de Qualidade Interno para Determinação
da CIM e Disco-Difusão Conforme Recomendação do
Br-CAST-EUCAST:http://www.brcast.org
Geral
Notas
Mudanças
Pag
1
2
Controle de qualidade de rotina
Cepas recomendadas para o controle de qualidade de rotina
Escherichia coli ATCC 25922
Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853
Staphylococcus aureus ATCC 29213
Enterococcus faecalis ATCC 29212
Streptococcus pneumoniae ATCC 49619
Haemophilus influenzae ATCC 49766
Campylobacter jejuni ATCC 33560
Controle do inibidor dos discos combinados de β-lactâmicos com inibidor de β-lactamase
Pag
4
6
8
9
11
12
14
15
16
Controle de qualidade estendido para detecção de mecanismos de resistência por
disco-difusão
Produção de ESBL em Enterobacteriaceae
Resistência à oxacilina (meticilina) em Staphylococcus aureus
Resistência aos glicopeptídeos mediada por vanB em Enterococcus
Alto nível de resistência para aminoglicosídeos em Enterococcus
Sensibilidade reduzida aos β-lactâmicos devido a mutações na PBP em Haemophilus
influenzae
Pag
18
18
18
18
19
CQ de Rotina
Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018
Notas
1. Nas tabelas de controle de qualidade (CQ) do BrCAST- EUCAST, os limites e
os alvos estão listados. Os testes com as cepas de controle de qualidade devem
gerar valores individuais de concentração inibitória mínima (CIM) ou diâmetros
dos halos de inibição randomicamente
distribuídos dentro dos limites
recomendados. Caso o número de testes seja ≥10, a moda dos valores da CIM
deve ser igual ao valor alvo estabelecido na tabela e no caso do disco-difusão a
média dos diâmetros dos halos de inibição deve ser próxima ao valor alvo.
2. Os limites destacados em negrito/itálico são estabelecidos pelo EUCAST. Todos
os alvos foram estabelecidos pelo EUCAST.
3. Para acesso aos documentos padrões da ISO consulte o link:
http://www.eucast.org/external_documents/.
4. As cepas controle do BrCAST-EUCAST para rotina do controle de qualidade
são utilizadas para monitorar o desempenho dos testes de sensibilidade. Os
controles devem ser realizados e analisados de acordo com o Anexo
do
manual de Disco-Difusão do BrCAST-EUCAST.
5. As cepas produtoras de β-lactamase são recomendadas para verificar o
componente inibidor dos discos combinados de β-lactâmico com inibidor de βlactamase. As cepas devem ser parte do CQ de rotina. O componente ativo é
verificado com uma cepa sensível de CQ.
6. As cepas de controle de qualidade do BrCAST-EUCAST para CQ estendido são
complementares às cepas de CQ de rotina. Estas cepas são recomendadas para
controles dos discos utilizados para detecção de mecanismos específicos de
resistência (ESBL, MRSA, VRE, HLAR e mutações de PBP) e são utilizados para
assegurar que o teste de sensibilidade de rotina irá resultar em correta
categorização (S, I ou R). O CQ estendido deve ser realizado quando houver
qualquer mudança no sistema de teste de sensibilidade.
CQ de Rotina
Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018
Alterações no documento da versão anterior
Versão 8.0
01/01/2018
Mudanças
Células contendo modificações ou adições em relação à versão
v. 7.0 estão marcadas em amarelo
Geral
Nova tabela com cepas recomendadas pelo EUCAST para CQ
de rotina de acordo com os microrganismos ou grupos das
tabelas de pontos de corte do EUCAST.
Método de disco-difusão removido (referência às tabelas de
pontos de corte do EUCAST acrescentada)
Notas
• Nota 2 nova.
ATCC 25922
Comentários revisados
Comentário 12 (numerous CCUG e DSM adicionados para
NCTC 13846)
ATCC 27853
Comentários revisados
Comentário 8 (Números CCUG e DSM adicionados para NCTC
13846)
CQ de Rotina
Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018
Controle de Qualidade Interno de Rotina
CQ de Rotina
Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018
Cepas recomendadas para o controle de qualidade de rotina
A Tabela 1 lista as cepas recomendadas para o CQ de acordo com cada microrganismo ou grupo de
microrganismos nas tabelas de pontos de corte do BrCAST-EUCAST. As recomendações são baseadas
utilizando uma cepa da mesma espécie (ou espécie semelhante) que o organismo a ser testado (i.e. CQ
principal); entretanto, algumas vezes outras cepas do CQ devem ser adicionadas para abranger todos os
agentes.
A Tabela 2 lista das cepas de CQ do BrCAST-EUCAST para controle das combinações de inibidores de βlactamases. (aonde esta Campy trocar and por e ajustar roxitromicina, eritromicina;)
Tabela 1
Recomendações para o CQ
principal1
Organismo
Recomendações para agentes não
cobertos no CQ principal1
Cepa de CQ
Antimicrobiano
Cepa de CQ
Enterobacteriaceae
(Enterobacterales2)
E. coli ATCC 25922
Colistina (MIC)
Adicionar E. coli NCTC 13846
Pseudomonas spp.
P. aeruginosa ATCC 27853
Piperacilina (halo de inibição)
Ticarcilina (halo de inibição)
Colistina (CIM)
E. coli ATCC 25922
E. coli ATCC 25922
Adicionar E. coli NCTC 13846
Stenotrophomonas
maltophilia
E. coli ATCC 25922
Acinetobacter spp.
P. aeruginosa ATCC 27853
Colistina (CIM)
Adicionar E. coli NCTC 13846
Staphylococcus spp.
S. aureus ATCC 29213
Roxithromicin (CIM)
H. influenzae ATCC 49766
Enterococcus spp.
E. faecalis ATCC 29212
Ampicilina-sulbactam (CIM )
Amoxicilina (CIM)
Amoxicilina- ac. clavulânico (CIM)
Ver tabela 2
E. coli ATCC 25922
Ver tabela 2
Streptococcus grupos
A, B, C and G
S. pneumoniae ATCC 49619 Teicoplanina (CIM)
Minocyclina (CIM)
Trimethoprim (CIM)
Roxithromicina (CIM)
Sulfametoxazol/Trimetoprim
CIM e halo de inibição
Streptococcus pneumoniae S. pneumoniae ATCC 49619 Teicoplanina (CIM)
Minociclina (CIM)
Roxithromicin (CIM)
Streptococcus
grupo viridans
S. pneumoniae ATCC 49619
Haemophilus influenzae
H. influenzae ATCC 49766
Moraxella catarrhalis
Teicoplanina (CIM)
E. coli ATCC 25922
S. aureus ATCC 29213
S. aureus ATCC 29213
S. aureus ATCC 29213
H. influenzae ATCC 49766
S. aureus ATCC 29213
S. aureus ATCC 29213
H. influenzae ATCC 49766
S. aureus ATCC 29213
H. influenzae ATCC 49766
Listeria monocytogenes
S. pneumoniae ATCC 49619
Pasteurella multocida
H. influenzae ATCC 49766
Benzilpenicillin (CIM)
Campylobacter jejuni
and coli
C. jejuni ATCC 33560
Ciprofloxacina (CIM)
Eritromicina (CIM)
Tetraciclina (CIM)
S. aureus ATCC 29213
S. aureus ATCC 29213
S. aureus ATCC 29213
Corynebacterium spp.
49619
S. pneumoniae ATCC
Ciprofloxacina (CIM)
S. aureus ATCC 29213
Gentamicina (CIM e
halo de inibição)
S. aureus ATCC 29213
S. pneumoniae ATCC 49619
Aerococcus sanguinicola
e A. urinae
S. pneumoniae ATCC 49619
Ciprofloxacina (CIM)
S. aureus ATCC 29213
Kingella kingae
H. influenzae ATCC 49766
Benzilpenicilina (CIM)
S. pneumoniae ATCC 49619
Aeromonas spp.
P. aeruginosa ATCC 27853
Sulfametoxazol-Trimetoprim
(CIM e halo de inibição)
E. coli ATCC 25922
CQ de Rotina
1
2
Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018
Combinações com inibidores de β-lactamases devem ser testadas com ambos isolados do CQ: isolados sensíveis e isoaldos
produtores de inibidores de β-lactamase (ver tabela 2)
Estudos taxonômicos recentes têm reduzido a definição para a família das Enterobacteriaceae. Alguns membros dessa família
agora estão incluídos em outras famílias dentro da Ordem Enterobacteriales.
CQ de Rotina
Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018
Cepas recomendadas para o controle de qualidade de rotina
Tabela 2
Controle das combinações com
inibidores de β-lactamase 1
Organismo
Isolado _ CQ – para
o componente ativo
Enterobacteriaceae
(Enterobacterales2)
E. coli ATCC 25922
Pseudomonas spp.
P. aeruginosa ATCC 27853
Iado do CQ para o ver
página 16
ver nte
inibidor
Isolado do CQ para o
componente inibidor
Ver página 16
Ver página 16
Enterococcus spp.
E. coli ATCC 25922
Ver página 16
Haemophilus influenzae
H. influenzae ATCC 49766
Ver página 16
Moraxella catarrhalis
H. influenzae ATCC 49766
Ver página 16
Pasteurella multocida
H. influenzae ATCC 49766
Ver página 16
1
Combinações com inibidores de β-lactamases devem ser testadas com ambos isolados do CQ: isolados sensíveis e isoaldos
produtores de inibidores de β-lactamase (ver tabela 2)
2
Estudos taxonômicos recentes têm reduzido a definição para a família das Enterobacteriaceae. Alguns membros dessa família
agora estão incluídos em outras famílias dentro da Ordem Enterobacteriales.
CQ de Rotina
Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018
Escherichia coli ATCC 25922
(NCTC 12241, CIP 76.24, DSM 1103, CCUG 17620, CECT 434)
Consulte as tabelas de Pontos de Corte do Br-CAST para explicação resumida dos métodos: CIM e disco difusão
Agente
antimicrobiano
Amicacina
Amoxicilina
Amoxicilina-ác. clavulânico4,5
Ampicilina
Ampicilina-sulbactam5,7
Aztreonam
Cefadroxil
Cefalexina
Cefepima
Cefixima
Cefotaxima
Cefoxitina
Cefpodoxima
Ceftarolia
Ceftazidima
Ceftazidima-avibactam8,9
Ceftibuten
Ceftobiprole
Ceftolozana-tazobactam10,11
Ceftriaxona
Cefuroxima
Cloranfenicol
Ciprofloxacino
Colistina12
Doripenem
Ertapenem
Fosfomicina13
Gentamicina
Imipenem
Levofloxacino
Mecillinam16
Meropenem
Moxifloxacino
Acido Nalidíxico
Netilmicina
Nitrofurantoina
Nitroxolina
Norfloxacino
Ofloxacino
Pefloxacino
Piperacilina
Piperacilina-tazobactam10,11
Ticarcilina
Ticarcilina-ac. clavulânico4,5
Tigecyclina18
Tobramicina
Trimetoprim
Sulfametoxazol-Trimetoprim19
CIM (mg/L)
Alvo1
1-2
4
4
4
2
0.125
8
0.03-0.06
0.5
0.06
4
0.5
0.06
0.125-0.25
0.125-0.25
0.25
0.06
0.25
0.06
4
4
0.008
0.5-1
0.03
0.008
1
0.5
0.125
0.016-0.03
0.06-0.125
0.016-0.03
0.016-0.03
2
8
Note17
0.06
0.03-0.06
2
2
8
8
0.06-0.125
0.5
1
≤0.52
Intervalo2
0.5-4
2-8
2-8
2-8
1-4
0.06-0.25
4-16
0.016-0.125
0.25-1
0.03-0.125
2-8
0.25-1
0.03-0.125
0.06-0.5
0.06-0.5
0.125-0.5
0.03-0.125
0.125-0.5
0.03-0.125
2-8
2-8
0.004-0.016
0.25-2
0.016-0.06
0.004-0.016
0.5-2
0.25-1
0.06-0.25
0.008-0.06
0.03-0.25
0.008-0.06
0.008-0.06
1-4
≤0.5-1
4-16
Note17
0.03-0.125
0.016-0.125
1-4
1-4
4-16
4-16
0.03-0.25
0.25-1
0.5-2
-
Conteúdo do
disco
30
20-10
10
10-10
30
30
30
30
5
5
30
10
5
10
10-4
30
5
30-10
30
30
30
5
10
10
20014
10
10
5
10
10
5
30
10
100
30
10
5
5
30
30-6
75
75-10
15
10
5
23.75-1.25
Diâmetro do halo de inibição
(mm)
Alvo1
22-23
21
18-19
21-22
32
17
18
34
23
28
26
25-26
27
26
27
31
28
28
32
23
24
33
31
32-33
30
22-23
29
33
27
31-32
31-32
25
21
20
21
31-32
31
29
24
24
27
27
23-24
22
24-25
26
Range3
19-26
18-246
6
15-22
6
19-24
28-36
14-20
15-21
31-37
20-26
25-31
23-29
23-28
24-30
23-29
24-30
27-35
25-31
24-32
29-35
20-26
21-27
29-37
27-35
29-36
26-34 15
19-26
26-32
29-37
24-30
28-35
28-35
22-28
18-24
17-23
18-24
28-35
29-33
26-32
21-27
21-27
24-30
24-30
20-27
18-26
21-28
23-29
CQ de Rotina
Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018
Escherichia coli ATCC 25922
(NCTC 12241, CIP 76.24, DSM 1103, CCUG 17620, CECT 434)
1
Calculado pelo EUCAST.
2
Da normativa International Standards Organisation, ISO 20776-1: 2006 (com atualizações incluídas no documento M100 mais
recente do CLSI), exceto os intervalos em negrito/itálico estabelecidos pelo EUCAST. Todos os intervalos foram validados pelo
EUCAST.
3
Do documento
M100-S27, 2017 do Clinical and Laboratory Standards Institute, exceto intervalos em negrito/itálico
estabelecidos pelo EUCAST. Todos os intervalos foram validados pelo EUCAST.
4
Para o teste da CIM, a concentração de ácido clavulânico é fixada em 2 mg / L.
5
E. coli ATCC 35218 é utilizada para verificar o componente inibidor (ver controle de qualidade de rotina para combinações de
β-lactâmicos-inibidores de β-lactamase).
6
Ignorar o crescimento que pode aparecer dentro do halo de inibição em alguns lotes de ágar Mueller-Hinton.
7
Para a determinação da CIM, a concentração de sulbactam é fixada em 4 mg/L.
8
Para o teste de MIC, a concentração de avibactam é fixada em 4 mg/L.
9
K. pneumoniae ATCC 700603 é utilizada para verificar o componente inibidor (ver controle de qualidade de rotina para
combinações de β-lactâmicos-inibidores de β-lactamase).
10
Para a determinação da CIM,, a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg / L.
11
Tanto a cepa de E. coli ATCC 35218 como a cepa de K. pneumoniae ATCC 700603 podem ser utilizadas para verificar o
componente inibidor (ver controle de qualidade de rotina para combinações de β-lactâmicos-inibidores de β-lactamase).
12
O controle de qualidade da colistina deve ser realizado com uma cepa de QC sensível (E. coli ATCC 25922 ou P. aeruginosa
ATCC 27853) e uma cepa de E. coli resistente à colistina NCTC 13846 (mcr-1 positivo). Para E. coli NCTC 13846 (CCUG
70662, DSM 105182), o valor alvo de CIM da colistina é de 4 mg/L e apenas ocasionalmente de 2 ou 8 mg/L.
13
A diluição em ágar é o método de referência para testar a fosfomicina. As CIMs de fosfomicina devem ser determinadas na
presença de glicose-6-fosfato (25 mg/L no meio). Siga as instruções do fabricante para sistemas comerciais.
14
Os discos de fosfomicina de 200 g devem conter 50 µg de glicose-6-fosfato.
15
Ignorar colônias isoladas dentro do halo de inibição e leia a borda da zona externa (para exemplos de leitura, consulte o Guia
de leitura do EUCAST ou Tabelas de ponto de corte).
16
A diluição em ágar é o método de referência para determinação da MIC para mecilinam.
17
Atualmente não há intervalo de CIM para E. coli ATCC 25922 e nitroxolina.
18
Para determinação da CIM por microdiluição em caldo para tigeciclina, o meio deve ser fresco e preparado no dia do uso.
19
Sulfametoxazol;trimetoprim na proporção 19:1. Valores de CIM são expressos como concentração de trimetoprim.
.
CQ de Rotina
Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018
Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853
(NCTC 12903, CIP 76.110, DSM 1117, CCUG 17619, CECT 108)
Consulte as tabelas de pontos de corte do BrCAST-EUCAST para explicação resumida sobre os métodos: CIM e
disco difusão.
Agente
antimicrobiano
Amicacina
Aztreonam
Cefepima
Ceftazidima
Ceftazidima-avibactam4,5
Ceftolozana-tazobactam6,7
Ciprofloxacino
Colistina8
Doripenem
Fosfomicina9
Gentamicina
Imipenem
Levofloxacino
Meropenem
Netilmicina
Piperacilina
Piperacillin-tazobactam6,7
Ticarcillin
Ticarcillin-clavulanic acid10,11
Tobramycin
MIC (mg/L)
CIM (mg/L)
1
Alvo
2
4
1-2
2
1-2
0.5
0.5
1-2
0.25
4
1
2
1-2
0.5
2
2-4
2-4
16
16
0.5
2
Intervalo
1-4
2-8
0.5-4
1-4
0.5-4
0.25-1
0.25-1
0.5-4
0.125-0.5
2-8
0.5-2
1-4
0.5-4
0.25-1
0.5-8
1-8
1-8
8-32
8-32
0.25-1
Conteúdo do
disco
30
30
30
10
10-4
30-10
5
10
10
10
5
10
10
30-6
75-10
10
Diâmetro do Halo de inibição
(mm)
Alvo1
22
26
28
24
24
28
29
31-32
20
24
22-23
30
18
26
24
23
Intervalo3
18-26
23-29
25-31
21-27
21-27
25-31
25-33
28-35
17-23
20-28
19-26
27-33
15-21
23-29
20-28
20-26
1
Calculado pelo EUCAST.
2
Da normativa International Standards Organisation, ISO 20776-1: 2006 (com atualizações incluídas no documento M100 mais
recente do CLSI). Todos os intervalos foram validados pelo EUCAST.
3
Do documento M100-S27, 2017 do Clinical and Laboratory Standards Institute, exceto intervalos em negrito/itálico
estabelecidos pelo EUCAST. Todos os intervalos foram validados pelo EUCAST.
4
Para a determinação da CIM,, a concentração de avibactam é fixa em 4 mg / L.
5
A ATCC 700603 de K. pneumoniae é utilizada para verificar o componente inibidor (ver controle de qualidade de rotina para
combinações de β-lactâmicos-inibidores de -β-lactamases).
6
Para a determinação da CIM, a concentração de tazobactam é fixa em 4 mg/L.
7
Tanto a cepa de E. coli ATCC 35218 como a cepa de K. pneumoniae ATCC 700603 podem ser utilizadas para verificar o
componente inibidor (ver controle de qualidade de rotina para combinações de inibidores de β-lactâmicos-inibidores de -βlactamases).
8
O controle de qualidade da colistina deve ser realizado com uma cepa de QC sensível (E. coli ATCC 25922 ou P. aeruginosa
ATCC 27853) e uma cepa de E. coli resistente à colistina NCTC 13846 (mcr-1 positivo). Para E. coli NCTC 13846 (CCUG
70662, DSM 105182), o valor alvo da CIM da colistina é de 4 mg/L e apenas ocasionalmente de 2 ou 8 mg/L.
9
A diluição em ágar é o método de referência para testar a fosfomicina. As CIMs de fosfomicina devem ser determinadas na
presença de glicose-6-fosfato (25 mg/L no meio). Siga as instruções do fabricante para sistemas comerciais.
10
E. coli ATCC 35218 é usado para verificar o componente inibidor (ver controle de qualidade de rotina para combinações de
inibidores de β-lactâmicos-inibidores de β-lactamases).
11
Para a determinação da CIM, , a concentração de ácido clavulânico é fixa em 2 mg/L.
CQ de Rotina
Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018
Staphylococcus aureus ATCC 29213
(NCTC 12973, CIP 103429, DSM 2569, CCUG 15915, CECT 794)
Cepa produtora de β-lactamase-(fraca)
Consultar tabelas de pontos de corte do BrCAST para explicação resumida dos métodos CIM e disco-difusão.
Antimicrobial agent
CIM (mg/dL)
Agente antimicrobiano
Amicacina
Ampicilina
Azithromicina
Benzilpenicilina
Cefoxitina
Ceftarolina
Ceftobiprole
Cloranfenicol
Ciprofloxacino
Clarithromicina
Clindamcina
Dalbavancina4
Daptomicina5
Doxycyclina
Erithromicina
Fosfomicina6
Ac. Fusidico
Gentamicina
Levofloxacina
Linezolida
Minocyclina
Moxifloxacino
Mupirocina
Netilmicina
Nitrofurantoina
Norfloxacino
Ofloxacino
Oritavancina4
Quinupristin-dalfopristin
Rifampicina
Tedizolida
Teicoplanina
Telavancina4
Telithromycina
Tetracyclina
Tigecyclina7
Tobramycina
Trimethoprim
Sulfametoxazol Trimetoprim-8
Vancomicina
Alvo1
2
1
0.5-1
2
0.25
0.25-0.5
4-8
0.25
0.25
0.125
0.06
0.25-0.5
0.25
0.5
1-2
0.125
0.25-0.5
0.125-0.25
2
0.125-0.25
0.03-0.06
0.125
≤0.252
16
1
0.25-0.5
0.03-0.06
0.5
0.008
0.5
0.5
0.06
0.125
0.25-0.5
0.06-0.125
0.25-0.5
2
≤0.52
1
Intervalo2
1-4
0.5-2
0.25-2
1-4
0.125-0.5
0.125-1
2-16
0.125-0.5
0.125-0.5
0.06-0.25
0.03-0.125
0.125-1
0.125-0.5
0.25-1
0.5-4
0.06-0.25
0.125-1
0.06-0.5
1-4
0.06-0.5
0.016-0.125
0.06-0.25
8-32
0.5-2
0.125-1
0.016-0.125
0.25-1
0.004-0.016
0.25-1
0.25-1
0.03-0.125
0.06-0.25
0.125-1
0.03-0.25
0.125-1
1-4
0.5-2
Conteúdo do
disco
(µg)
30
2
1 unidade
30
5
5
30
5
2
15
10
10
5
10
30
5
200
10
100
10
5
15
5
15
30
15
10
5
23.75-1.25
-
Diâmetro do Halo de
Inibição (mm)
Alvo1
21
18
15
27
27
25
24
24
26
26
29
22
26
24
26
28
34
23
20
21
24
24
33
IP
27
22
23
25
29
-
Intervalo3
18-24
15-21
12-18
24-30
24-30
22-28
20-28
21-27
23-29
23-29
26-32
19-25
23-29
21-27
23-29
25-31
31-37
20-26
17-23
18-24
21-27
21-27
30-36
IP
23-31
19-25
20-26
22-28
26-32
-
CQ de Rotina
Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018
Staphylococcus aureus ATCC 29213
(NCTC 12973, CIP 103429, DSM 2569, CCUG 15915, CECT 794)
Cepa produtora de β-lactamase (fraca)
1
Calculado pelo EUCAST.
2
Da normativa International Standards Organisation, ISO 20776-1: 2006 (com atualizações incluídas no documento M100 mais
recente do CLSI). Todos os intervalos foram validados pelo EUCAST.
3
Estabelecido e validado pelo EUCAST.
4
As CIMs devem ser determinadas na presença de polissorbato-80 (0,002% no meio para o método de microdiluição em caldo;
os métodos de diluição em ágar não foram validados). Siga as instruções do fabricante para sistemas comerciais.
5
As CIMs de daptomicina devem ser determinadas na presença de Ca2+ (50 mg/L no meio para o método de microdiluição em
caldo; os métodos de diluição em ágar não foram validados). Siga as instruções do fabricante para sistemas comerciais.
6
A diluição em ágar é o método de referência para testar a fosfomicina. As CIMs de fosfomicina devem ser determinadas na
presença de glicose-6-fosfato (25 m /L no meio). Siga as instruções do fabricante para sistemas comerciais.
7
Para a determinação da CIM por microdiluição em caldo para tigeciclina, o meio deve ser fresco e preparado no dia do uso.
8
Sulfametoxazol-Trimetroprim na proporção 19:1. Valores de CIM são expressos como concentração de trimetoprim. EP = em
preparação
CQ de Rotina
Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018
Enterococcus faecalis ATCC 29212
(NCTC 12697, CIP 103214, DSM 2570, CCUG 9997, CECT 795)
Consultar tabelas de pontos de corte do BrCAST para explicação resumida dos métodos CIM e disco-difusão.
CIMMIC
(mg/L)
Agente antimicrobiano
(mg/L)
1
Ampicilina
Ciprofloxacino
Gentamicina
Imipenem
Levofloxacino
Linezolida
Nitrofurantoina
Norfloxacino
Quinupristin-dalfopristin
Estreptomicina
Teicoplanina
Tigeciclina8
Trimethoprim
Sulfametoxazol-trimetoprim-9
Vancomicina
1
2
Alvo
1
0.5-1
8
1
0.5-1
2
8
4
4
Nota5
0.5
0.06
0.25
≤0.52
2
2
Intervalo
Conc.
Conteúdo
Disk
content
do
Disco
Disco
(µg)
0.5-2
0.25-2
4-16
0.5-2
0.25-2
1-4
4-16
2-8
2-8
Nota5
0.25-1
0.03-0.125
0.125-0.5
1-4
2
5
304
10
5
10
100
10
15
3006
30
15
5
23.75-1,25
5
Diâmetro do halo de inibição
(mm)
Alvo1
Intervalo3
18
15-21
22
19-25
15
12-18
27
24-30
22
19-25
22
19-25
21
18-24
19
16-22
14
11-17
17
14-207
18
15-21
23
20-26
28
24-32
30
26-34
13
10-16
Calculado pelo EUCAST.
De acordo com a International Standards Organisation, ISO 20776-1: 2006 (com atualizações incluídas no documento M100
mais recente do CLSI). Todos os intervalos foram validados pelo EUCAST.
3
Estabelecido e validado pelo EUCAST.
4
Disco para triagem de resistência de alto nível aos aminoglicosídeos em Enterococcus.
5
Atualmente não há intervalo de CIM para E. faecalis ATCC 29212 e estreptomicina.
6
Disco para triagem de resistência de alto nível à estreptomicina em Enterococcus.
7
De acordo com o Clinical and Laboratory Standards Institute, M100-S27, 2017.
8
Para determinação da CIM por microdiluição em caldo para tigeciclina, o meio deve ser fresco e preparado no dia do uso.
9
Sulfametoxazol-trimetoprim na proporção 19:1. Valores CIM são expressos como
concentração de trimetoprim.
CQ de Rotina
Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018
Streptococcus pneumoniae ATCC 49619*
(NCTC 12977, CIP 104340, DSM 11967, CCUG 33638)
Cepa com sensibilidade reduzida a benzilpenicilina
* Halos de inibição de isolados de S. pneumoniae no MH-F são quase sempre acompanhados de α-hemólise. Ler a
inibição do crescimento e não a inibição da hemólise. Inclinar a placa para facilitar a diferenciação entre hemólise e
crescimento. Usualmente há crescimento em toda área de α-hemólise, mas em alguns lotes de MH-F há α-hemólise sem
crescimento.
.
Consultar tabelas de pontos de corte do BrCAST para explicação resumida dos métodos CIM e disco-difusão
Antimicrobial agent
Agente antimicrobiano
Amoxicilina
Ampicilina
Azitromicina
Benzilpenicilina
Cefaclor
Cefepima
Cefotaxima
Cefpodoxima
Ceftarolina
Ceftobiprole
Ceftriaxona
Cefuroxima
Clorafenicol
Ciprofloxacin0
Claritromicina
Clindamicina
Dalbavancina4
Daptomicina5
Doripenem
Doxiciclina
Ertapenem
Eritromicina
Imipenem
Levofloxacino
Linezolida
Meropenem
Minocyclina
Moxifloxacina
Nitrofurantoina
Norfloxacina
Ofloxacino
Oritavancina4
Oxacilina6
Rifampicina
Tedizolide
Teicoplanina
Telitromicina
Tetraciclina
Tigeciclina7
Sulfametoxazol-trimetoprim8
Vancomicina
MIC
CIM
(mg/L)
(mg/L)
Alvo1
0.06
0.125
0.125
0.5
2
0.06-0.125
0.06
0.06
0.016
0.008-0.016
0.06
0.5
4
0.06
0.06
0.016
0.125-0.25
0.06
0.03-0.06
0.06-0.125
0.06
0.06
1
0.5-1
0.125
0.125
8
4
2
0.002
0.03
0.25
0.008-0.016
0.125-0.25
0.03-0.06
0.25-0.5
0.25
Intervalo2
0.03-0.125
0.06-0.25
0.06-0.25
0.25-1
1-4
0.03-0.25
0.03-0.125
0.03-0.125
0.008-0.03
0.004-0.03
0.03-0.125
0.25-1
2-8
0.03-0.125
0.03-0.125
0.008-0.03
0.06-0.5
0.03-0.125
0.016-0.125
0.03-0.25
0.03-0.125
0.03-0.125
0.5-2
0.25-2
0.06-0.25
0.06-0.25
4-16
2-8
1-4
0.001-0.004
0.016-0.06
0.125-0.5
0.004-0.03
0.06-0.5
0.016-0.125
0.125-1
0.125-0.5
Disk
content
Conteúdo
do (µg)
Disco
2
1 unidade
30
30
5
10
30
30
30
5
2
10
10
15
10
5
10
10
30
5
100
10
5
1
5
30
15
30
15
23.75-1,25
5
Diâmetro do Halo de inibição
(mm)
Alvo1
28
19
28
34
31
32
35
31
27
25
25
34
31
29
38
24
26
34
28
27
28
21
21
11
29
21
30
31
27
22
20
Intervalo3
25-31
16-22
25-31
31-37
28-34
29-35
32-38
28-34
24-30
22-28
22-28
31-37
28-34
26-32
34-42
21-27
23-29
30-38
25-31
24-30
25-31
18-24
18-24
8-14 6
26-32
18-24
27-33
28-34
24-30
18-26
17-23
CQ de Rotina
Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018
Streptococcus pneumoniae ATCC 49619*
(NCTC 12977, CIP 104340, DSM 11967, CCUG 33638)
Cepa com sensibilidade reduzida a benzilpenicilina
1
2
Calculado pelo EUCAST.
Da normativa International Standards Organisation, ISO 20776-1: 2006 (com atualizações incluídas no documento M100 mais
recente do CLSI). Todos os intervalos foram validados pelo EUCAST.
3
Estabelecido e validado pelo EUCAST.
4
As CIMs devem ser determinadas na presença de polissorbato-80 (0,002% no meio para o método de microdiluição em caldo;
os métodos de diluição em ágar não foram validados). Siga as instruções do fabricante para sistemas comerciais.
5
As CIMs de daptomicina devem ser determinadas na presença de Ca2+ (50 mg/L no meio para o método de microdiluição em
caldo; os métodos de diluição em ágar não foram validados). Siga as instruções do fabricante para sistemas comerciais.
6
A diluição em ágar é o método de referência para testar a fosfomicina. As CIMs de fosfomicina devem ser determinadas na
presença de glicose-6-fosfato (25 m /L no meio). Siga as instruções do fabricante para sistemas comerciais.
7
Para a determinação da CIM por microdiluição em caldo para tigeciclina, o meio deve ser fresco e preparado no dia do uso.
8
Sulfametoxazol-Trimetroprim na proporção 19:1. Valores de CIM são expressos como concentração de trimetoprim. EP = em
preparação
CQ de Rotina
Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018
Haemophilus influenzae ATCC 49766
(NCTC 12975, CIP 103570, DSM 11970, CCUG 29539)
Consultar tabelas de pontos de corte do BrCAST para explicação resumida dos métodos CIM e disco-difusão
CIM (mg/L)
Agente antimicrobiano
Antimicrobial
agent
3,4
Amoxicilina ác. clavulânico
Amoxicilina
Ampicilina
Ampicilina-sulbactam5
Azitromicina
Benzilpenicilina
Cefepima
Cefixima
Cefotaxima
Cefpodoxima
Ceftarolina
Ceftibuten
Ceftriaxona
Cefuroxima
Cloranfenicol
Ciprofloxacino
Claritromicina
Doripenem
Doxicilina
Ertapenem
Eritromicin
Imipenem
Levofloxacino
Meropenem
Minocycline
Moxifloxacin
Ácido nalidíxico
Ofloxacino
Rifampicina
Roxitromycina
Telitromicina
Tetracicline
Sulfametoxazol- Trimetoprim7
Alvo1
0.25
0.25
0.125
0.125
1
0.06
0.03
0.008
0.06
0.008
0.03
0.004
0.5
0.5
0.008
8
0.125
0.5
0.03
4
0.5
0.016
0.06
0.25
0.016
0.03
0.5
8
2
0.5
0.03
Intervalo2
0.125-0.5
0.125-0.5
0.06-0.25
0.06-0.25
0.5-2
0.03-0.125
0.016-0.06
0.004-0.016
0.03-0.125
0.004-0.016
0.016-0.06
0.002-0.008
0.25-16
0.25-1
0.004-0.016
4-16
0.06-0.256
0.25-1
0.016-0.066
2-8
0.25-16
0.008-0.03
0.03-0.1256
0.125-0.5
0.008-0.03
0.016-0.06
0.25-1
4-16
1-4
0.25-1
0.016-0.06
Conteúdo
do Disco
2-1
2
1 unidade
30
5
5
10
30
30
30
30
5
10
10
15
10
5
10
30
5
30
5
5
15
30
23.75-1,25
Diâmetro do Halo de
inibição (mm)
Alvo1
20
22
18
33
32
33
33
34
38
30
34
36
29
30
13
27
35
31
29
33
30
34
24
17
31
31
Intervalo2
17-23
19-25
15-21
30-36
29-35
29-37
30-36
31-37
34-42
26-34
31-37
32-40
26-32
27-33
10-16
24-30
31-39
27-35
26-32
30-36
27-33
31-37
21-27
14-20
28-34
27-35
1
Calculado pelo EUCAST.
2
Estabelecido e validado pelo EUCAST.
3
Para determinação da CIM, a concentração de ácido clavulânico é fixa em 2 mg/L.
4
As cepas de E. coli ATCC 35218 (CIM) e S. aureus ATCC 29213 (disco-difusão) são utilizadas para verificar o componente
inibidor (ver controle de qualidade de rotina para combinações β-lactâmicos-inibidores de β-lactamase).
5
Para determinação da CIM, a concentração do sulbactam é fixa em 4 mg/L.
6
De acordo com o Clinical and Laboratory Standards Institute, M100-S27, 2017, e validado pelo EUCAST.
7
Sulfametoxazol-trimetoprim: na proporção 19:1. Valores de CIM são expressos como a concentração de trimetoprim
.
CQ de Rotina
Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018
Campylobacter jejuni ATCC 33560
(NCTC 11351, CIP 702, DSM 4688, CCUG 11284)
Consultar tabelas de pontos de corte do BrCAST para explicação resumida dos métodos CIM e disco-difusão
CIM (mg/L)
Agente antimicrobiano
Antimicrobial
agent
Ciprofloxacino
Erithromycina
Tetraciclina
1
Calculado pelo EUCAST.
Estabelecido e validado pelo EUCAST
EP – Em preparação
2
Alvo
EP
EP
EP
Intervalo
EP
EP
EP
Conteúdo
do Disco
5
15
30
Diâmetro do Halo de
inibição (mm)
Alvo1
38
31
34
Intervalo2
34-42
27-35
30-38
CQ de Rotina
Tabelas de QC BrCAST-EUCAST V. 8.0 - válidas a partir de 10/08/2018
Controle do componente inibidor dos discos combinados de β-lactâmico com
inibidor de β-lactamase
Consultar tabelas de pontos de corte do BrCAST para explicação resumida dos métodos CIM e disco-difusão
Escherichia coli ATCC 35218
(NCTC 11954, CIP 102181, DSM 5923, CCUG 30600, CECT 943)
Cepa produtora de β-lactamase TEM-1 (não-ESBL)
CIM (mg/L)
Antimicrobial
agent
Agente antimicrobiano
3
Amoxicilina-ác. clavulânico
Ampicilina-sulbactam5
Ceftolozana-tazobactam6,7
Piperacilina-tazobactam6,7
Ticarcilina- ác. clavulânico 3
Intervalo2
Alvo1
8-16
32-64
0.125
1
16
Conteúdo
do Disco
20-10
10-10
30-10
30-6
75-10
4-32
16-128
0.06-0.25
0.5-2
8-32
Diâmetro do Halo de
Inibição (mm)
Alvo1
Intervalo2
19-20
16
28
24
23
17-224
13-194
25-31
21-27
21-25
Klebsiella pneumoniae ATCC 700603
(NCTC 13368, CCUG 45421, CECT 7787)
Cepa produtora de ESBL - SHV-18
CIM (mg/L)
Agente antimicrobiano
Antimicrobial
agent
Alvo1
0.5-1
1
16
8
Ceftazidima-avibactam
Ceftolozana-tazobactam6,7
Piperacilina-tazobactam6,7
Intervalo2
Conteúdo
do Disco
0.25-2
0.5-2
8-32
10-4
30-10
30-6
Diâmetro do Halo de Inibição
(mm)
Alvo1
21
21
17
Intervalo2
18-24
17-25
14-20
Staphylococcus aureus ATCC 29213
(NCTC 12973, CIP 103429, DSM 2569, CCUG 15915, CECT 794)
Cepa produtora de β-lactamase (fraca)
CIM (mg/L)
Agente antimicrobiano
Antimicrobial
agent
3
Amoxicilina- ác. clavulânico
Alvo1
Nota9
Conteúdo
do Disco
Intervalo2
9
Nota
2-1
Diâmetro do Halo de
Inibição (mm)
Alvo1
22
Intervalo2
19-25
1
Calculado pelo EUCAST.
2
Do documento Clinical and Laboratory Standards Institute, M100-S27, 2017, exceto os intervalos em negrito/itálico
estabelecidos pelo EUCAST. Todos os intervalos foram validados pelo EUCAST.
3
Para o teste de CIM, a concentração de ácido clavulânico é fixa em 2 mg/L.
4
Ignorar o crescimento que pode aparecer como um fino halo interno em alguns lotes de ágar Mueller-Hinton.
5
Para a determinação da CIM,, a concentração de sulbactam é fixa em 4 mg/L.
6
Para a determinação da CIM,, a concentração de tazobactam é fixada em 4 mg/L.
7
Tanto cepa de E. coli ATCC 35218 como a cepa de K. pneumoniae ATCC 700603 podem ser utilizadas para verificar o
componente inibidor.
8
Para a determinação da CIM,, a concentração de avibactam é fixa em 4 mg/L.
9
Para a determinacão da CIM, a cepa de E. coli ATCC 35218 é utilizada para verificar o componente inibidor
Extended QC
QC BrCAST V. 8.0 - Tabelas, válido a partir de 10/08/2018.
Controle de Qualidade Estendido para
Detecção de Mecanismos de Resistência
por Disco-Difusão
Extended QC
QC BrCAST V. 8.0 - Tabelas, válido a partir de 10/08/2018.
Cepas para controle de qualidade para detecção de mecanismos de
resistência por disco-difusão no ágar Müeller-Hinton
Consultar tabelas de pontos de corte do BrCAST para explicação resumida dos métodos CIM e disco-difusão
Produção de ESBL em Enterobacteriaceae
Klebsiella pneumoniae ATCC 700603
(NCTC 13368, CCUG 45421, CECT 7787)
Cepa produtora de ESBL SHV-18
Antimicrobiano
Aztreonam
Cefotaxima
Cefpodoxima
Ceftazidima
Ceftriaxona
Conteúdo
do Disco
30
5
10
10
30
Alvo
sensibilidade1
R
I ou R
R
I ou R
I ou R
Intervalo2
(mm)
Comentários
9-17
12-18
9-16
6-12
16-22
Staphylococcus aureus resistente à oxacilina (meticilina)
Staphylococcus aureus NCTC 12493
(CCUG 67181)
S. aureus resistente a meticilina (MRSA), mecA positivo
Antimicrobiano
Cefoxitin
Conteúdo
do Disco
30
Alvo
sensibilidade 1
R
Intervalo2
(mm)
Comentários
14-20
Resistência aos glicopeptídeos mediada por VanB em Enterococcus
Enterococcus faecalis ATCC 51299
(NCTC 13379 ,CIP 104676, DSM 12956, CCUG 34289)
Cepa vanB -positiva
Antimicrobiano
Teicoplanina
Vancomicina
Conteúdo
do Disco
30
5
Alvo
sensibilidade1
S
R
Intervalo2
(mm)
16-20
6-12
Comentários
Examinar as bordas do halo de inibição com luz
transmitida (segurar a placa contra a luz). Halos de
inibição com bordas mal definidas devem ser
interpretados como resistentes, mesmo que o diâmetro do
halo de inibição esteja acima do ponto de corte de
sensibilidade (veja os exemplos de leitura no guia de
leitura do BrCAST).
Alto nível de resistência aos aminoglicosídeos em Enterococcus
Enterococcus faecalis ATCC 51299
(NCTC 13379 ,CIP 104676, DSM 12956, CCUG 34289)
Gentamicina de alto-nível e streptomicina resistente
Antimicrobiano
Gentamicina
Streptomicina
1
Conteúdo
do Disco
30
300
Alvo
sensibilidade1
R
R
Intervalo2
(mm)
6
6
Alvos acordo com os pontos de corte clínicos do EUCAST e são estabalecidos para garantir que os mecanismos de
resistência sejam corretamente detectados. Interpretação de acordo com os pontos de corte clínicos do EUCAST: S =
Sensível, I = Intermediário, R = Resistente.
2
Do documento M100-S27, 2017 do Clinical and Laboratory Standards Institute, , exceto intervalos em negrito/itálico
estabelecidos pelo EUCAST. Todos os intervalos foram validados pelo EUCAST.
Extended QC
QC BrCAST V. 8.0 - Tabelas, válido a partir de 10/08/2018.
Cepas de controle de qualidade para detecção de mecanismos de resistência
por disco-difusão em ágar Müeller-Hinton para fastidiosos (MH-F)
Consultar tabelas de pontos de corte do BrCAST para explicação resumida dos métodos CIM e disco-difusão
Sensibilidade reduzida aos agentes β-lactâmicos devido a mutações em PBP
em Haemophilus influenzae
Haemophilus influenzae ATCC 49247
(NCTC 12699, CIP 104604, DSM 9999, CCUG 26214)
Antimicrobiano
Conteúdo
do Disco
Alvo
sensibilidade1
Intervalo2
(mm)
Comentários
Os diâmetros de halos de inibição são particularmente
afetados por variações no meio, inóculo e condições de
incubação. Halos de inibição com presença de
pequenas colônias em seu interior devem ser
interpretados como 6 mm (sem halo”
Ampiciliina
Benzilpenicilin
1
2
1 unit
R
R
6-12
6-9
Alvos de acordo com os pontos de corte clínicos do EUCAST e são estabelecidos para garantir que os mecanismos de
resistência sejam corretamente detectados. Interpretação de acordo com os pontos de corte clínicos do EUCAST: S = Sensível, I
= Intermediário, R = Resistente.
2
Estabelecido e validado por múltiplos testes pelo EUCAST.
Teste sensibilidade aos
antimicrobianos
Método de disco-difusão EUCAST
Versão 6.0
Janeiro 201
Versão para
português válida
a partir de
BrCAST - Método de Disco-Difusão para Teste de Sensibilidade aos Antimicrobianos
Versão 6.0 (Janeiro de 2017)
http://brcast.org.br/
Conteúdo
Página
Alterações no documento
Abreviaturas e Terminologia
1
2
6
Introdução
Preparação e armazenamento dos meios
Preparação do inóculo
6
Inoculação das placas de ágar
11
Aplicação dos discos de antimicrobianos
12
Incubação das placas
1
Observação das placas após incubação
1
Aferição dos halos e interpretação
16
Controle de Qualidade
1
Apêndice A
21
BrCAST - Método de Disco-Difusão para Teste de Sensibilidade aos Antimicrobianos
Versão 6.0 (Janeiro de 2017)
http://brcast.org.br/
Alterações no documento da versão anterior (v.5.0)
Seção
Alterações
Informação adicionada sobre as dimensões das placas de Petri
Informação adicionada sobre a secagem das placas
Modificação na recomendação de armazenamento de placas preparadas “in house”
Esclarecimento sobre a secagem das placas
Tabela 1
Aerococcus sanguinicola, A.urinae e Kingella kingae adicionados
Informações adicionadas sobre o preparo do inóculo
Esclarecimento sobre o uso do padrão 0,5 de McFarland
Resumo da regra 15-15-15 minutos adicionada (ver nota de rodapé 1)
Tabela 2
Informação sobre o padrão de McFarland removido
Informação adicionada sobre deixar as placas alcançarem a temperatura ambiente
antes da inoculação
Informação adicionada sobre inoculação das placas de gram-negativos e grampositivos
Informação adicionada sobre inoculação de mais de uma placa de agar
Informação adicionada sobre técnicas de semeadura
Resumo da regra 15-15-15 minutos adicionada (ver nota de rodapé 1)
Intervalo de tempo para aplicação dos discos adicionado. Resumo da regra de 151 -1 minutos adicionada (ver nota de rodapé 1)
Informação adicionada sobre o empilhamento de placas na estufa
Esclarecimento sobre tempo de incubação
Tabela 3
Corrigido o intervalo de tempo para incubação prolongada de Corynebacterium spp.
Tabela
Adicionado Aerococcus sanguinicola e A.urinae e Kingella kingae
Esclarecimento sobre leitura dos halos e uso de leitores automatizados de halos.
Informação adicionada sobre Guia de Leitura do BrCAST
BrCAST - Método de Disco-Difusão para Teste de Sensibilidade aos Antimicrobianos
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Esclarecimento sobre a leitura dos halos quando existe duplo halo ou colônias
isoladas dentro dos halos
Esclarecimento da leitura dos halos de sulfametoxazol-trimetoprim para
Stenotrophomonas maltophilia,
Instrução de leitura para Enterobacteriaceae com ampicilina-sulbactam e
amoxicilina-ácido clavulânico adicionada
Instrução de leitura para benzilpenicilina atualizada
Esclarecimento sobre como diferenciar hemólise de crescimento na leitura dos
halos de inibição.
Instrução para leitura dos halos de fosfomicina para Escherichia coli adicionada.
Informação adicionada para o controle do componente do inibidor da combinação
dos discos de β-lactâmico com inibidor de β-lactamase,
Informação adicionada sobre repique das cepas controle
Informação adicionada sobre como utilizar os alvos e intervalos do EUCAST CQ
Mudança na recomendação da frequência do controle de qualidade
Tabela 4
Informação adicionada sobre as características da Escherichia coli ATCC 35218
Tabela 4
Klebsiella pneumoniae ATCC 700603 adicionada
Tabela 4
Haemophilus influenzae NCTC 8468 removido
Tabela 5
Características para Haemophilus influenzae ATCC 49766 reformuladas
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Abreviaturas e terminologia
Abreviaturas e terminologia
ATCC
American Type Culture Collection
http://www.atcc.org
CCUG
Culture Collection Universtity of Göteborg
http://www.ccug.se
CECT
Colección Española de Cultivos Tipo
http://www.cect.org
CIP
Collection de Institute Pasteur
http://www.cabri.org/CABRI/srs-doc/cip_bact.info.html
DSM
Culturas bacteriana do “Deutsche Stammsammlung für
Mikroorganismen und Zellkulturen (DSMZ)” agora com número DSM
http://www.dsmz.de/
ESBL
β-lactamase de espectro estendido
EUCAST European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing
http://www.eucast.org
MH
Ágar Müeller-Hinton
MH-F
Ágar Müeller-Hinton - para microrganismos fastidiosos (MH
suplementado)
MRSA
Staphylococcus aureus resistente à oxacilina (meticilina) [com gene
mecA ou mecC]
NCTC
National Collection of Type Cultures
http://www.hpacultures.org.uk
ß-NAD
β-nicotinamida-adenina-dinucleotídio
Salina
Solução de NaCl a 0,85% em água (8,5g/L)
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. Introdução
O método de disco-difusão é uma das abordagens mais antigas para
realização de testes de sensibilidade aos antimicrobianos e permanece como
um dos mais amplamente utilizados na rotina dos laboratórios clínicos. É
adequado para testar a maioria dos patógenos bacterianos, incluindo as
bactérias fastidiosas mais comuns, é versátil em relação a gama de agentes
antimicrobianos que podem ser testados e não requer equipamento especial.
Da mesma forma que várias outras técnicas de disco-difusão, o método
sugerido pelo EUCAST é padronizado e baseado nos princípios definidos no
relatório do “International Collaborative Study of Antimicrobial Susceptibility
Testing” de 1972, e a experiência dos grupos de especialistas em todo o
mundo.
Os pontos de corte dos halos de inibição no método BrCAST-EUCAST são
calibrados para os pontos de corte europeus harmonizados, que estão
publicados pelo BrCAST-EUCAST e são gratuitamente disponíveis no site do
EUCAST (http://www.eucast.org). A versão dessas tabelas em Português
está disponível no site do BrCAST (www.brcast.org.br).
Assim como todos os métodos, as técnicas descritas devem ser seguidas sem
modificações com objetivo de gerar resultados confiáveis.
Textos incluídos pelo BrCAST estão marcados em verde.
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Preparação e armazenamento de meios
2 1 Preparar o ágar Müeller Hinton (MH) de acordo com as instruções do
fabricante, com suplementação para microrganismos fastidiosos como indicado
na Tabela 1.
A preparação e adição de suplementos estão descritas em
detalhes no site http://www.eucast.org. A versão desses documentos em
Português está disponível no site do BrCAST (http://brcast.org.br).
2 2 O meio deve ter uma espessura de 4,0 ± 0,5 mm (aproximadamente 25 mL
em uma placa circular de 90 mm de diâmetro; 31 mL em uma placa circular de
100 mm de diâmetro; 71 mL em uma placa circular de 150 mm de diâmetro; 40
mL em uma placa quadrada de 100 mm).
2
A superfície do ágar deve estar seca antes do uso. Nenhuma gota de água
deve estar visível na superfície do ágar ou no interior da tampa . Se necessário,
seque as placas a 20-25°C overnight, ou a 35 °C, com a tampa removida por 15
minutos. Não secar as placas excessivamente.
2
Armazenar as placas preparadas no laboratório a -8°C.
2
Para placas preparadas no laboratório a secagem, condições de estocagem
e estabilidade devem ser determinadas como parte do programa de garantia da
qualidade do laboratório.
2.6 Placas preparadas comercialmente devem ser estocadas de acordo com o
recomendado pelo fabricante e utilizadas dentro do prazo de validade.
2
Para placas (preparadas no laboratório ou comercialmente), estocadas em
sacos plásticos ou em recipientes selados, pode ser necessária a secagem
antes do uso (ver seção 2. . Isto é necessário para impedir o excesso de
umidade que pode resultar em halos com bordas distorcidas e/ou névoa no
interior dos halos.
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Tabela 1: Meios para realização do teste de sensibilidade aos antimicrobianos
Microrganismo
Meio
Enterobacterales
MH ágar
Pseudomonas spp.
MH ágar
Stenotrophomonas maltophilia
MH ágar
Acinetobacter spp.
MH ágar
Staphylococcus spp.
MH ágar
Enterococcus spp
MH ágar
Streptococcus grupos A, B, C e G
MH-F ágar
1
Streptococcus pneumoniae
MH-F ágar
1
Streptococcus grupo viridans
MH-F ágar
1
Haemophilus influenzae
MH-F ágar
1
Moraxella catarrhalis
MH-F ágar
1
Listeria monocytogenes
MH-F ágar
1
Pasteurella multocida
MH-F ágar
1
Campylobacter jejuni e coli
MH-F ágar
1
Corynebacterium spp.
MH-F ágar
1
Aerococcus sanguinicola e urinae
MH-F ágar
1
Kingella kingae
MH-F ágar
1
Outros fastidiosos
Pendente
1
MH-F = 5% de sangue desfibrinado de cavalo + 20mg/L β-NAD
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Preparação do inóculo
1 Usar o método de suspensão direta das colônias em salina para fazer a
suspensão de microrganismos de modo a obter densidade equivalente ao
padrão de turbidez 0,5 da escala de McFarland (Tabela 2), que corresponde
aproximadamente a 1-2 x10 UFC/mL para Escherichia coli.
O método da suspensão direta das colônias é apropriado para todos os
microrganismos, incluindo os microrganismos fastidiosos da Tabela 1.
2 Preparar a suspensão a partir de um crescimento overnight em um meio
não seletivo. Usar várias colônias morfologicamente similares (quando
possível) para evitar selecionar variantes atípicas e suspenda as colônias em
salina com alça estéril ou swab de algodão.
Ajustar a suspensão do inóculo de modo a obter turbidez equivalente ao
padrão 0,5 da escala de McFarland adicionando salina ou mais bactérias. Um
inóculo mais denso pode resultar em halos menores e inóculo com menor
densidade terá um efeito oposto.
1 É recomendado que um dispositivo fotométrico seja utilizado para
ajustar a densidade da suspensão. O fotômetro deve ser calibrado com
o padrão 0,5 da escala de McFarland, de acordo com as instruções do
fabricante.
2 Alternativamente, a densidade da suspensão pode ser comparada
visualmente com a turbidez do padrão 0,5 da escala de McFarland.
Para auxiliar a comparação, comparar o teste e padrão contra um fundo
branco com linhas pretas.
As suspensões de Streptococcus pneumoniae devem ser
preferencialmente preparadas a partir de cultura obtida em de ágar
sangue de modo a obter densidade equivalente ao padrão 0,5 da
escala de McFarland. Quando a suspensão for preparada a partir de
cultura em ágar chocolate, a turbidez do inóculo deve ser equivalente
ao padrão 1.0 da escala de McFarland.
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A suspensão deve ser utilizada de preferência em até 15 min e
obrigatoriamente até 60 min após a preparação.
Parte da regra dos 15-15-15 minutos: use a suspensão do inóculo dentro de 15 minutos da
preparação, aplique os discos dentro de 15 minutos da semeadura e incube as placas dentro de 15
minutos da aplicação do discos.
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Tabela 2 Preparação do padrão de turbidez 0,5 de McFarland
1
Adicionar 0,5 mL de solução de BaCl2 0,048 mol/L (1,175% w/v BaCl2·2H20)
a 99,5 mL de solução 0,18 mol/L (0,36 N)de H2S0 (1% v/v) e misturar bem.
2
Conferir a densidade óptica da suspensão em um espectrofotômetro com
trajeto de luz de 1 cm e cubetas apropriadas. A absorbância em 625 nm
deve estar na faixa de 0,08 a 0,13.
Distribuir a suspensão em tubos de mesmo tamanho que aqueles utilizados
para testar o ajuste do inóculo. Vedar os tubos.
Armazenar os padrões vedados no escuro, em temperatura ambiente.
Agitar os padrões vigorosamente em um misturador vórtex imediatamente
antes do uso.
6
Renove os padrões ou confera a absorbância após 6 meses de
armazenamento.
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Inoculação das placas de ágar.
1 Garantir que as placas estejam em temperatura ambiente previamente à
inoculação.
2 Preferencialmente utilizar a suspensão ajustada do inóculo em até 15
minutos após a preparação. A suspensão deve ser obrigatoriamente utilizada
em até 60 minutos após a preparação.
Mergulhar um swab de algodão estéril na suspensão
4.3.1 Para evitar a inoculação excessiva das placas de microrganismos
gram-negativos, remova o excesso de líquido pressionando e girando o
swab contra a parte interna do tubo acima do nível da suspensão.
4.3.2 Para bactérias gram-positivas, não pressione o swab contra a parte
interna do tubo.
Quando inocular várias placas com a mesma suspensão do inóculo,
repita o procedimento do item 4.3 para cada placa de ágar.
As placas podem ser inoculadas tanto espalhando o inóculo uniformemente
em três direções como por um inoculador automatizado. Espalhar o inóculo
uniformemente sobre toda a superfície assegurando que não haja falhas.
1 Para bactérias gram-positivas, tenha atenção especial a fim de
garantir que não exista diferença na semeadura.
4.6
Aplicar os discos em até 15 min1 após a inoculação da placa.
Se as placas inoculadas forem deixadas em temperatura ambiente por
períodos prolongados de tempo antes da aplicação dos discos, os
microrganismos podem começar a crescer, resultando em redução errônea do
tamanho dos halos de inibição.
Parte da regra dos 15-15-15 minutos: use a suspensão do inóculo dentro de 15 minutos da
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preparação, aplique os discos dentro de 15 minutos da semeadura e incube as placas
dentro de 15 minutos da aplicação do discos
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Aplicação dos discos de antimicrobianos
1
O conteúdo (potência) dos discos a serem utilizados está descrito nas
tabelas de pontos de corte e controle de qualidade em http://www.eucast.org.
A versão desses documentos em Português está disponível no site do BrCAST
(http://brcast.org.br).
2
Permitir que os discos alcancem a temperatura ambiente antes da
abertura dos cartuchos ou recipientes utilizados para o armazenamento dos
discos. Isto previne a condensação, que leva a rápida deterioração de alguns
agentes.
Aplicar os discos firmemente na superfície da placa de ágar dentro de
15 minutos da inoculação. O contato dos discos com a superfície do ágar
deve ser completo. Os discos não podem ser removidos após a aplicação nas
placas, uma vez que a difusão dos agentes antimicrobianos dos discos é
muito rápida.
O número de discos nas placas deve ser limitado para impedir
sobreposição dos halos e a interferência entre os antimicrobianos. É
importante que os diâmetros dos halos sejam medidos corretamente. O
número máximo de discos varia de acordo com o microrganismo e a seleção
dos discos. Normalmente, 6 e 12 discos são os números máximos possíveis,
respectivamente, em placas circulares de 90 e 150 mm.
1 Para detecção da resistência induzível à clindamicina em
estafilococos
e
estreptococos,
os
discos
de
eritromicina
e
clindamicina devem ser posicionados em uma distância de 12 a 20
mm borda a borda para os estafilococos e 12 a16 mm para
estreptococos.
A perda de potência dos agentes antimicrobianos contidos nos discos
resulta na redução dos diâmetros dos halos e é uma fonte comum de erro.
Os cuidados listados a seguir são essenciais:
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.1 Armazenar os discos, incluindo os que estão em dispensadores,
em embalagens fechadas com dessecador (sílica gel) e protegidos da
luz (alguns agentes como rifampicina, tigeciclina, metronidazol,
cloranfenicol e fluorquinolonas, são inativados por exposição
prolongada à luz). Especial atenção a refrigeradores, freezer com
porta de vidro e iluminação interna!
2 Armazenar os discos em estoque de acordo com as instruções do
fabricante. Alguns agentes são mais sensíveis que outros (como,por
exemplo, amoxicilina-ácido clavulânico, cefaclor e carbapenens) e
existem recomendações específicas dos fabricantes.
Armazenar os discos em uso de acordo com as instruções do
fabricante. Uma vez os recipientes abertos, os discos devem ser
utilizados dentro da data de validade estabelecida pelo fabricante.
Descartar os discos na data de expiração indicada na embalagem.
5.5.5 Realizar frequentemente o controle de qualidade (ver Seção 9) dos
insumos em uso para garantir que os discos antimicrobianos não
perderam a potência durante o armazenamento.
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Incubação das placas
61
Inverter as placas e assegurar que os discos não caiam na superfície do
ágar. Incubar em até 15 minutos após a aplicação dos discos. Se as placas
forem deixadas em temperatura ambiente após a aplicação dos discos, a prédifusão pode resultar em halos de inibição erroneamente aumentados.
6 2 O empilhamento das placas na estufa pode alterar os resultados devido ao
aquecimento desigual entre elas. A eficiência das estufas varia e dessa forma o
controle de incubação, incluindo o número apropriado de placas empilhadas
deve fazer parte do programa de garantia de qualidade do laboratório.
6.3 Incubar as placas de acordo com as condições apresentadas na Tabela 3.
6
1
Incubação além do limite de tempo recomendado não é permitido
uma vez que resulta no crescimento dentro do halo de inibição e reporte
de isolados falso-resistentes.
6
2 Para testes de sensibilidade dos glicopeptídeos com algumas
cepas de Enterococcus spp. colônias resistentes não são visíveis até
que as placas tenham sido incubadas por 24 horas completas. Mesmo
assim, as placas podem ser examinadas depois de 16-20 horas e
qualquer resistência reportada, mas placas de isolados aparentemente
sensíveis devem ser reincubadas e novamente lidas com 24h.
Parte da regra dos 15-15-15 minutos: use a suspensão do inóculo dentro de 15 minutos de
preparação, aplique os discos dentro de 15 minutos da semeadura e incube as placas dentro de 15
minutos da aplicação do discos
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Tabela 3 - Condições de incubação para placas de teste de sensibilidade
Microrganismo
Enterobacteriaceae
Pseudomonas spp.
Stenotrophomonas maltophilia
Acinetobacter spp.
Staphylococcus spp.
Enterococcus spp.
Condições de incubação
35±1°C em ar por 16-20 h
35±1°C em ar por 16-20 h
35±1°C em ar por 16-20 h
35±1°C em ar por 16-20 h
35±1°C em ar por 16-20 h
35±1°C em ar por 16-20 h (24 h para glicopeptídeos)
35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h
Streptococcus spp. grupos A, B, C e G
Streptococcus pneumoniae
Estreptococos do grupo viridans
35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h
35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h
35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h
Haemophilus influenzae
Moraxella catarrhalis
Listeria monocytogenes
Pasteurella multocida
Campylobacter jejuni , C. coli
Corynebacterium spp.
Aerococcus sanguinicola e urinae
Kingella kingae
Outros microrganismos fastidiosos
35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h
35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h
35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h
Ver apêndice A
35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h
Isolados com crescimento insuficiente em 16-20 h devem ser
reincubados imediatamente e os halos de inibição devem ser
lidos após um total de 40-44 h de incubação
35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h
Isolados com crescimento insuficiente em 16-20 h devem ser
reincubados imediatamente e os halos de inibição devem ser
lidos após um total de 40-44 h de incubação
35±1°C em ar com 4-6% de CO2 por 16-20 h
Isolados com crescimento insuficiente em 16-20 h devem ser
reincubados imediatamente e os halos de inibição devem ser
lidos após um total de 40-44 h de incubação
Pendente
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Observação das placas após incubação
1 Um inóculo correto e placas satisfatoriamente semeadas devem resultar em
crescimento confluente.
1 1 Quando forem observadas colônias isoladas, o inóculo é muito
escasso e o teste deve ser repetido.
2 O crescimento deve ser uniformemente distribuído na superfície do ágar
para obter halos de inibição uniformemente circulares (não distorcidos)
Verificar se os diâmetros dos halos de inibição das cepas de controle de
qualidade estão dentro dos limites aceitáveis. (http://www.eucast.org). A
versão desses documentos em Português está disponível no site do
BrCAST (brcast.org.br).
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. Aferição e interpretação dos diâmetros dos halos de inibição
1 Para todos os antimicrobianos (exceto para aqueles citados na seção
, as bordas dos halos devem ser lidas no ponto de completa inibição do
crescimento, visto a olho nu, com a placa posicionada a cerca de 30 cm dos
olhos.
2 Ler as placas de ágar Müeller-Hinton não suplementadas pelo seu fundo,
com luz refletida contra um fundo escuro.
Ler as placas de ágar Müeller-Hinton suplementadas com a tampa
removida, observando a superfície contendo os discos, sob luz refletida.
Não utilizar luz transmitida (placas observadas contra a luz) ou lupa,
exceto quando indicado (veja seção 8.9).
Aferir os diâmetros dos halos de inibição em milímetros com uma régua
calibrada ou paquímetro.
1 Se um leitor automatizado for utilizado, ele deve ser calibrado
com a leitura manual.
8.6 Interpretar os diâmetros dos halos de acordo com valores de corte contidos
nas tabelas em http://www.eucast.org. A versão desses documentos em
Português está disponível no site do BrCAST (http://brcast.org.br).
Se um padrão modelo for utilizado para interpretar os diâmetros dos halos,
a placa deve ser colocada sobre o padrão e os halos interpretados de acordo
com os valores de corte do EUCAST contidos no modelo. Certifique-se de que
os valores de corte utilizados estão de acordo com a última versão da tabela
dos valores de corte do EUCAST. Um programa para preparação dos modelos
padrões está disponível livremente no: http://bsac.org.uk/susceptibility/templateprogram.
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Vários exemplos de figuras mostrando leitura dos diâmetros dos halos de
inibição estão disponíveis no Guia de leitura em http://www.eucast.org. Estes
documentos também incluem instruções de leitura para combinações
específicas de microrganismo-agente antimicrobiano.
Instruções específicas de leitura:
1 Em caso de halo duplo ou colônias isoladas dentro do halo de
inibição verificar a pureza e repetir o teste, se necessário. Se a cultura
estiver pura, as colônias dentro do halo devem ser consideradas.
2 Para sulfametoxazol-trimetoprim ou trimetoprim, pode aparecer um
crescimento reduzido dentro do halo de inibição até o disco devido à
presença de antagonistas no meio. Este crescimento deve ser ignorado
e o diâmetro do halo aferido na borda mais nítida do halo.
Para
Stenotrophomonas
maltophilia,
ao
testar
sulfametoxazol-
trimetoprim, o crescimento no interior do halo de inibição pode ser
substancial. Tal crescimento deve ser ignorado e o halo de inibição
deve ser lido onde a borda do halo possa ser vista. Ler como ausência
de halo somente se houver crescimento até o disco e se não houver
qualquer halo de inibição. Observar as figuras que estão disponíveis na
Tabela de Pontos de Corte Clínicos no site fo BrCAST (brcast.org.br).
Para Enterobacteriaceae, ao testar ampicilina, ampicilinasulbactam e amoxicilina-ácido clavulânico ignorar o crescimento que
possa aparecer como uma fina película produzida no interior do halo
em alguns lotes de ágar Müeller-Hinton.
Para E. coli, ao testar mecilinam, desprezar colônias isoladas dentro
do halo de inibição.
Para Proteus spp., ignore o véu (swarming) e ler a inibição do
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crescimento.
6 Para Staphylococcus aureus, ao testar benzilpenicilina, examinar a
borda do halo com a placa voltada contra a luz (luz transmitida). Isolados
com valores de diâmetro do halo de inibição ≥ aos valores de corte de
sensibilidade, mas com bordas bem definidas, devem ser reportados
como resistentes à benzilpenicilina. Observar as figuras que estão
disponíveis na Tabela de Pontos de Corte Clínicos.
.
Quando a cefoxitina for utilizada para detecção da resistência à
oxacilina (meticilina) em Staphylococcus aureus, aferir o halo evidente
e examinar os halos de inibição cuidadosamente contra a luz para
detectar colônias dentro do halo. Isto pode ser devido a presença de
mais de um microrganismo ou expressão de resistência heterogênea
à oxacilina (meticilina).
Ler os testes de sensibilidade de linezolida a partir do fundo da
placa, com a placa contra a luz (luz transmitida).
Para Enterococcus, ao testar vancomicina, inspecionar as bordas
do halo de inibição cuidadosamente com a placa contra a luz (luz
transmitida). Bordas irregulares e colônias dentro do halo de inibição
indicam resistência à vancomicina e devem ser melhor investigadas
Isolados não podem ser reportados sensíveis antes de 24 horas de
incubação. Ver recomendações na Tabela de Pontos de Corte Clínicos.
.10 Para estreptococos hemolíticos, ler a inibição de crescimento e
não da hemólise. A β-Hemólise é usualmente livre de crescimento,
enquanto α-hemólise e o crescimento geralmente coincidem. Inclinar a
placa para frente e para trás para melhor diferenciar hemólise de
crescimento.
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11
Para Escherichia coli e fosfomicina, não considere colônias isoladas
dentro do halo de inibição e efetuar a leitura na borda externa do
halo.
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. Controle de Qualidade
9.1 Utilizar as cepas controle especificadas (Tabela 4) para monitorar o
desempenho do teste. As principais cepas controle recomendadas são cepas
tipicamente sensíveis, mas cepas resistentes (isolados-desafio) também podem
ser utilizadas para confirmar que um método é capaz de detectar resistência
mediada por mecanismos de resistência conhecidos (Tabela 5). Estas cepas
podem ser adquiridas de coleções de cultura ou através de fontes comerciais
(Atenção: as cepas controle devem ser adquiridas preferencialmente até a 4º
geração).
1 1 Para
o
controle
dos
componentes
inibidores
nos
discos
combinados de ẞ-lactâmico-inibidor de ẞ-lactamase, é recomendado
utilizar cepas produtoras de ẞ-lactamases específicas (Tabela 4). Estas
devem fazer parte da rotina do controle de qualidade. O componente
ativo é avaliado com uma cepa sensível do Controle de Qualidade.
2 A ativação das cepas controles deve seguir as recomendações do
fornecedor, realizar o maior número possível de tubos contendo a cepa controle
(Sugestão: preparar 15 criotubos, suficientes para utilizar 1 tubo por mês e os
demais para serem utilizados nos anos subsequentes durante o período de
validade estabelecido pelo laboratório e conforme a geração e temperatura de
armazenamento). Sugere-se armazenar as cepas controle em condições que
mantenham
a
viabilidade
e
característica
dos
microrganismos.
O
armazenamento em miçangas com caldo glicerol a - 0°C (caldo TSB com
glicerol a 10 a 1
, solução de leite desnatado 10-2
ou equivalente
comercial) é um método conveniente. Microrganismos não fastidiosos podem
ser armazenados a temperatura inferior ou igual a -20°C. Pelo menos dois tubos
de cada cepa controle devem ser armazenados, um para uso e outro como
reserva para reposição do tubo em uso quando necessário.
Mensalmente (ou semanalmente) retirar um criotubo do freezer e
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subcultivar uma miçanga ou alíquota em meio não seletivo apropriado e
verificar a pureza. Desta cultura pura, preparar um subcultivo a cada dia de
teste. Para microrganismos fastidiosos que não sobrevivem na placa por 5 a 6
dias, se necessário, subcultivar com maior frequência e, por não mais do que
uma semana.
Quando subcultivar uma cepa controle, utilize várias colônias para evitar a
seleção de mutantes.
Os intervalos aceitáveis para as cepas controle são listados no
http://www.eucast.org. A versão desses documentos em Português está
disponível no site do BrCAST (http://brcast.org.br).
1
Nas tabelas de controle de qualidade do BrCAST-EUCAST, são
listados tanto o intervalo esperado quanto o valor do alvo. A repetição dos
testes das cepas de controle de qualidade do BrCAST-EUCAST devem
fornecer valores de halos de inibição randomicamente distribuídos dentro
do intervalo recomendado Se o número de testes for ≥ 1 , a média dos
halos de inibição deve ser próxima do valor alvo (±1 mm).
9.5 Utilizar as cepas recomendadas para o controle de qualidade de rotina para
monitorar o desempenho dos testes. Os testes controle devem ser realizados e
verificados semanalmente para os antibióticos que fazem parte dos testes de
rotina. A cada dia que os testes forem realizados, além de verificar o intervalo
daquele resultado, verificar os resultados de pelo menos 20 testes consecutivos
pregressos. Verificar os resultados quanto à ocorrência de tendência ou
diâmetros de halos consistentemente acima ou abaixo do alvo. As cepas de
controle de qualidade devem mostrar desempenho satisfatório (não mais que 1
em 20 testes fora dos limites estabelecidos). Caso 2 ou mais testes estejam fora
do intervalo aceitável, é necessária uma investigação.
Para facilitar a análise dos resultados de CQ recomendamos o uso do gráfico de
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Levey-Jennings disponível no site www.brcast.org.br.
6 Em adição com o CQ de rotina, testar cada novo lote ou remessa de ágar
Müeller-Hinton ou de discos de sensibilidade, para garantir que os halos
estejam dentro dos limites aceitáveis.
Aminoglicosídeos
podem
evidenciar
variação
inaceitável
de
cátions
divalentes no meio; tigeciclina pode evidenciar variação no magnésio;
sulfametoxazol-trimetoprim apresentará problemas com o conteúdo de timina
e eritromicina pode evidenciar pH fora do aceitável.
Ao analisar problemas de controle de qualidade deve-se considerar que
problemas com o ágar Müeller-Hinton usualmente afetam toda uma classe de
antimicrobianos, enquanto problemas com a potência do disco restringem-se ao
disco em questão. Abaixo se encontram alguns pontos a serem observados
caso o controle de qualidade não apresente resultados esperados.
Ao iniciar um programa de CQ, ou sempre que houver mudança na potência
do disco, formulação ou fabricante de insumos (meios de cultura e/ou discos),
mudança no preparo do inóculo ou mesmo adição de um novo antimicrobiano,
deve-se realizar a verificação/validação deste procedimento.
.1 A verificação/validação requer a realização de 20 testes com as
mesmas combinações de cada uma das cepas controle e discos de
antimicrobianos. Os testes podem ser realizados em cinco replicatas, ou
seja, devem ser preparadas cinco suspensões distintas de cada cepa
controle, sendo que todo o procedimento deve ser realizado de forma
independente, durante quatro dias consecutivos. A análise dos resultados
deve ser realizada conforme os critérios a seguir (ver Figura 1):
a. Desempenho satisfatório: não mais que 1 em 20 testes fora dos
limites aceitáveis para que se passe para o CQ semanal.
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b. Caso 2 testes estejam fora do intervalo aceitável, recomenda-se a
realização de 10 testes adicionais (5 replicatas em 2 dias
consecutivos), nos quais todos os resultados devem estar dentro
do intervalo aceitável para que se passe ao CQ semanal.
c. Caso 1 ou mais resultados dentre os 10 testes adicionais ou 3 ou
mais resultados dentre os 20 testes iniciais apresentarem-se fora
do intervalo aceitável, uma investigação deve ser iniciada.
2 Passos básicos para investigação de erros no método de discodifusão:
Nota: Sugestões de investigação podem ser encontradas no documento
Anexo 1.
a. Verificar se foi utilizada a cepa controle correta e sua pureza.
Verificar se a cepa controle foi armazenada nas condições e
tempos recomendados.
b. Verificar
a
densidade
do
inóculo,
principalmente
quando
preparado manualmente. Recomenda-se utilizar sempre uma
escala padrão ou utilizar um turbidímetro para preparar os testes.
Inóculos com turbidez acima do ideal resultam em diâmetros de
halos de inibição abaixo dos limites estabelecidos, assim como
inóculos com turbidez abaixo do ideal resultam em diâmetros de
halos de inibição acima dos limites estabelecidos. Deve-se
suspeitar
deste
problema
caso
vários
antimicrobianos
apresentem o mesmo problema.
c. Com relação ao ágar Müeller-Hinton, verificar:
Nota: Em caso de meios de cultura adquiridos comercialmente,
comunicar o fabricante.
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Espessura da placa de ágar Müeller-Hinton, utilizando
bisturi ou estilete. Realizar a secção transversal no centro da
placa. Aferir a espessura do ágar, que deve ser de 4,0 ± 0,5
mm. Espessuras menores do que 3,5 mm resultam em
diâmetros de halos de inibição acima dos limites estabelecidos,
assim como espessuras acima de 4,5 mm resultam em
diâmetros
de
halos
de
inibição
abaixo
dos
limites
estabelecidos. Deve-se suspeitar deste problema caso vários
antimicrobianos apresentem o mesmo erro.
pH do ágar Müeller-Hinton. Utilizar eletrodo de superfície e
aferir o pH que deve ser de 7,3 ± 0,2. Valores abaixo do limite
estabelecido resultam em diâmetros de halos de inibição
diminuídos para aminoglicosídeos (amicacina, gentamicina,
tobramicina), clindamicina e macrolídeos (eritromicina e
claritromicina), mas diâmetros de halo aumentados para
tetraciclina. Valores de pH acima do limite estabelecido tem
efeito inverso àquele observado para a redução do pH. Devese suspeitar deste problema caso dois ou mais antimicrobianos
da mesma classe apresentem o mesmo problema.
Halos reduzidos para combinações de
β-lactâmicos-
inibidores com β-lactamases frente à cepa E. coli ATCC 35218
ou K. pneumoniae ATCC 700603 indicam degradação do
componente inibidor e usualmente resultam de acúmulo de
umidade resultante de acondicionamento sem sílica ou
abertura do recipiente sem que tenham atingido a temperatura
ambiente. Halos aumentados podem indicar acondicionamento
das cepas em temperatura de armazenamento acima da
recomendada.
Quando houver mudança nos critérios para interpretação das
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categorias, não há necessidade de realizar nova verificação/validação.
0 ou 1
teste fora
do
intervalo
aceitável
20 testes
(5 replicatas
/ 4 dias)
2 testes
fora do
intervalo
aceitável
3 ou mais
testes fora
do
intervalo
aceitável
Prosseguir
para o CQ
semanal
10 testes
adicionais
Nenhum
teste fora do
intervalo
aceitável
Prosseguir
para o CQ
semanal
1 ou mais
teste fora do
intervalo
aceitável
Iniciar
investigação
(5 replicatas
/ 2 dias)
Iniciar
investigação
Figura 1. Fluxograma para validação do teste de sensibilidade.
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Tabela 4: Cepas para controle de qualidade de rotina
Microrganismo
Cepa
Características
Escherichia coli
ATCC 25922
NCTC 12241
CIP 7624
DSM 1103
CCUG 17620
CECT 434
Sensível, selvagem
Escherichia coli
ATCC 35218
ß-lactamase TEM-1 , resistente à ampicilina
(para controle do componente inibidor de discos combinados de βlactâmico-inibidor de β-lactamase)
NCTC 11954
CIP 102181
DSM 5564
CCUG 30600
CECT 943
Klebsiella pneumoniae
ATCC 700603
NCTC 13368
Produtor de ß-lactamase (SHV(para controle do componente inibidor de discos combinados de βlactâmico-inibidor de β-lactamase)
CCUG 45421
CECT 7787
Pseudomonas aeruginosa
ATCC 27853
NCTC 12934
CIP 76110
DSM 1117
CCUG 17619
CECT 108
Sensível, selvagem
Staphylococcus aureus
ATCC 29213
NCTC 12973
CIP 103429
DSM 2569
CCUG 15915
CECT 794
Fraco produtor de ß-lactamase
Enterococcus faecalis
ATCC 29212
NCTC 12697
CIP 103214
DSM 2570
CCUG 9997
CECT 795
Sensível, selvagem
Streptococcus pneumoniae
ATCC 49619
NCTC 12977
CIP 104340
DSM 11967
CCUG 33638
Sensibilidade reduzida à benzilpeniclina
Haemophilus influenzae
ATCC 49766
NCTC 12975
CIP 103570
DSM 11970
CCUG 29539
Sensível, selvagem
Campylobacter jejuni
ATCC 33560
NCTC 11351
CIP 702
DSM 4688,
CCUG 11284
Sensível, selvagem
Ver Apêndice A para condições de teste
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Tabela 5:Cepas controle para detecção de mecanismos específicos de resistência (CQ estendido)
Microrganismo
Cepa
Características
Klebsiella pneumoniae
ATCC 700603
Produtora de ESBL (SHV-1
NCTC 13368
CCUG 45421
CECT
Staphylococcus aureus
NCTC 12493
Enterococcus faecalis
ATCC 51299
NCTC 13379
CIP 104676
mecA positivo, MRSA heterorresistente
Resistência de alto nível os aminoglicosídeos (HLAR) e
vancomicina resistente (vanB positivo)
DSM 12956
CCUG 34289
Haemophilus influenzae
ATCC 49247
NCTC 12699
ß-lactamase negativo, ampicilina resistente (BLNAR)
CIP 104604
DSM 9999
CCUG 26214
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Apêndice A
Teste de disco-difusão para Campylobacter jejuni e C. coli
A metodologia a seguir (Tabela A1) deve ser seguida quando for realizado
teste de disco difusão para Campylobacter jejuni e C. coli de acordo com o
EUCAST.
Tabela A1: Metodologia de disco-difusão para Campylobacter jejuni e C. coli
Ágar Müeller-Hinton com 5% de sangue desfibrinado de cavalo e 20 mg/L β-NAD
(MH-F)
Para reduzir o véu (swarming), as placas de MH-F devem ser submetidas a
secagem antes da inoculação (20-25°C overnight ou a 35°C, com a tampa
removida por 15 min).
Meio
Inóculo
Incubação
Leitura
Controle de
Qualidade
0,5 McFarland
Ambiente micro aeróbio
41±1°C
24 horas
A incubação deve resultar em crescimento confluente. Alguns isolados de C. coli
podem não ter crescimento suficiente depois de 24 h Incubação. Esses isolados
devem ser reincubados imediatamente e as halos devem ser lidos depois de um
total de 40-48 h de incubação.
A temperatura de incubação de 41±1°C foi escolhida para criar condições
favoráveis de incubação para o crescimento de Campylobacter spp.
As instruções de leitura do EUCAST devem ser utilizadas:
Leia as placas de MH-F com a tampa removida e luz refletida. As bordas dos halos
devem ser lidas no ponto de completa inibição, a olho nu, com a placa posicionada a
cerca de 30 cm dos olhos.
Os halos de inibição de Campylobacter jejuni ATCC 33560 devem ser dentro
dos limites definidos (http://www.eucast.org) e www.brcast.org.br
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ANEXO 1
Controle de qualidade disco-difusão – sugestões para investigação:
Realizar 20 testes consecutivos (4 quintuplicatas), sempre que houver:
-Mudança de metodologia
- Mudança de método de leitura para preparo do inóculo de visual para
fotométrico ou vice-versa
-Conversão
de
leitura
manual
para
automatizada
- Novo antibiótico ou novo painel com concentração diferente das drogas
Caso dois ou mais resultados estejam fora do intervalo (combinação droga
X microrganismo) considerar:
- Contaminação
- Teste com a cepa incorreta
- Disco incorreto
- Condições da prova incorretas (tempo de incubação, atmosfera)
- Inóculo
Conduta: Realizar mais 10 testes (2 quintuplicatas).
Se estiver OK, voltar à rotina semanal
Se não estiver OK (erros não óbvios): seguir a investigação
Lista de Verificação p/ Ações Corretivas:
- Zonas de inibição ou CIM foram medidas corretamente?
- Escala de McFarland homogênea e dentro da validade?
- Suspensão do inóculo foi preparada adequadamente?
- Os materiais estão armazenados adequadamente?
- Os materiais estão dentro da data de validade?
- O meio Müeller Hinton apresenta espessura e condições satisfatórias no
CQ da origem?
- A temperatura da estufa e atmosfera estão adequadas?
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- O técnico é qualificado?
Erros Sistemáticos (Problemas no Sistema de Controle de Qualidade)
- Os resultados podem estar fora do intervalo por um problema na
metodologia
- Podem envolver múltiplos componentes do sistema
- Podem levar a resultados errôneos de pacientes se não corrigidos
- As ações corretivas devem ser realizadas imediatamente e
documentadas
Exemplos de erros sistemáticos
- Um único antibiótico está fora do intervalo em mais de uma cepa do CQ
- Um único antibiótico está fora do intervalo por mais de um dia de prova
- Vários antibióticos fora do intervalo (excluindo-se possível troca de
cepa)
Ações corretivas / Resultados de Pacientes:
- Revisar retrospectivamente os resultados dos testes de sensibilidade
dos pacientes desde a última vez que se obteve resultados de CQ
aceitáveis.
- Realizar novamente as provas dos isolados dos pacientes, se
necessário e possível.
- Se necessário, enviar os resultados corrigidos e avisar os médicos se os
resultados forem clinicamente relevantes.
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Guia de leitura
1
Método de disco-difusão para teste de sensibilidade aos
antimicrobianos do EUCAST
Versão 4.0
Junho 2014
Versão para Português válida a partir de 01/03/2016
Alterações na apresentação do guia de leitura do EUCAST
Versão
Alterações
Versão 4.0 • Fora adi io adas i for ações so re ordas difusas/mal definidas de halo de inibição
Junho 2014 para os estreptococos, slide 11.
• Melhoria as figuras de S. maltophilia com sulfametoxazol-trimetoprim, S.aureus com
benzilpenicilina e enterococo com vancomicina, slides 17, 20 e 21.
• I struções espe ífi as para a dete ção de resistê ia i duzível à clindamicina para
estafilococos e estreptococos, slides 22-23.
Versão 3.0 • Es lare i e tos so re a leitura de halos de inibição com bordas difusas /mal definidas,
Abril 2013 slide 11.
• Staphylococci alterado para S. aureus, slides 15 e 21.
• Adi io ada i for ação para S. maltophilia e sulfametoxazol-trimetoprim, slide17.
• Exe plo adi io al para e tero o o e va o i i a, slide .
Versão 2.0 • Es lare i e tos so re leitura, slides , 9, e .
Maio 2012 • Exe plos adi io ais de colônias dentro do halo de inibição, slide 6.
• Exe plo adi io al de halo de inibição com bordas difusas / mal definidas para
estafilococos, slide 10.
• Exe plo o β-hemólise, slide 13.
• I struções espe ífi as para S. maltophilia, slide17.
• I struções espe ífi as para E. coli e mecilinam, slide 19.
• Exe plo adi io al para e tero o o e va o i i a, slide .
• I struções espe ífi as para estafilo o os e e zilpe i ili a, slide .
Versão 1.1 • Es lare i e tos a respeito de Enterobacteriaceae e ampicilina nos slides 3 e 17.
Maio 2010
Versão 1.0 • Aprese tação do guia de leitura EUCAST pu li ada pela pri eira vez a pági a
Abril 2010 eletrônica do EUCAST
2
Leitura dos halos de inibição
• As instruções para a leitura dos halos de inibição
listadas a seguir fazem parte do método de discodifusão do EUCAST.
• As bordas dos halos de inibição devem ser lidas no
ponto de inibição completa do crescimento bacteriano,
avaliada a olho nu, com a placa posicionada a cerca de
30 cm dos olhos (para exceções e instruções de leitura
específicas, ver slides 15-23).
• Aferir o diâmetro do halo com régua, paquímetro
ou um leitor automatizado de halos de inibição.
3
Leitura dos halos
• Fazer a leitura na parte
posterior (fundo) das placas
de MH, contra fundo
escuro, sob luz refletida.
• Fazer a leitura da placa de
MH-F sem tampa, e
observando a superfície
que contém os discos, sob
luz refletida.
4
Colônias dentro do halo de inibição
• Caso haja colônias dentro do halo de inibição,
subcultivar as colônias, verificar a pureza do isolado 5
e, se necessário, repetir o teste.
• Colônias que não forem contaminação devem ser
levadas em consideração na leitura do halo de
inibição.
Sem halo
de inibição
ou sem
halo
Ler o halo considerando as colônias que estão dentro do halo.
Colônias dentro do halo de inibição
• Caso haja colônias dentro do halo de inibição,
subcultivar as colônias, verificar a pureza do isolado e, 6
se necessário, repetir o teste.
• Colônias que não forem contaminação devem ser
levadas em consideração na leitura do halo de inibição.
E. coli com
ESBL
Sem halo de inibição
H. influenzae com
mutações em PBP
Sem halo de inibição
Ler o halo considerando as colônias dentro do halo.
Swarming
• Ler a inibição do crescimento ignorando o swarming
(observado mais frequentemente com Proteus spp).
7
Halos de inibição duplos
• Verificar a pureza do isolado e repetir o teste se
necessário.
• Colônias que não são contaminação devem ser
consideradas quando for feita a leitura do halo de
inibição.
Leitura dos halos de inibição duplos
8
Halo de inibição com bordas difusas/mal definidas
Enterobacteriaceae
• Posicionar a placa contra um fundo escuro a cerca de 30
cm do olho nu e estimar as bordas dos halos de inibição.
Não segurar a placa contra a luz (luz transmitida); não
usar lente de aumento.
Leitura do halo de inibição com bordas difusas / mal definidas em para
Enterobacteriaceae.
9
Halos de inibição com bordas difusas/mal definidas
Estafilococos
• Posicionar a placa contra um fundo escuro a cerca de 30
cm do olho nu e estimar as bordas dos halos de inibição.
Não segurar a placa contra a luz (luz transmitida); não
usar lente de aumento.
Leitura do halo de inibição com bordas difusas/mal definidas para
estafilococos.
10
Halo de inibição com bordas difusas/mal definidas
S. pneumoniae
•
As pequenas colônias que são visíveis quando a placa está
posicionada a cerca de 30 cm do olho nu devem ser
consideradas quando se faz a leitura do halo de inibição.
• A presença de pequenas colônias próximas à borda do halo
de inibição pode estar relacionada ao excesso de umidade no
meio MH-F, que pode ser reduzida com a secagem das
placas antes do uso.
Leitura do halo de inibição com bordas difusas/mal definidas para S.
pneumoniae.
11
Crescimento ou hemólise?
• Ler a inibição do crescimento e não a
inibição da hemólise.
• Às vezes é difícil distinguir entre hemólise e
crescimento.
– As β-hemolisinas difundem no ágar. A β- hemólise é
geralmente livre de crescimento.
– As α-hemolisinas não difundem no ágar. É frequente o
crescimento dentro da área de α-hemólise.
– As bordas dos halos de inibição acompanhadas de αhemólise são mais comuns com S. pneumoniae e
antibióticos β-lactâmicos.
12
β-hemólise
• Inclinar a placa para facilitar a diferenciação entre
hemólise e crescimento. A β-hemólise é usualmente
livre de crescimento.
S. pyogenes
Streptococcus do grupo C
13
α-hemólise
• Inclinar a placa para facilitar a diferenciação entre
hemólise e crescimento.
Usualmente há crescimento em
toda a área de α-hemólise.
Para alguns organismos, há uma αhemólise adicional sem crescimento.
Inclinar a placa para diferenciar
hemólise de crescimento!
14
Instruções para leituras específicas
• Trimetoprim e sulfametoxazol-trimetoprim em geral
• Stenotrophomonas maltophilia e sulfametoxazoltrimetoprim
• Enterobacteriaceae e ampicilina
• E. coli e mecilinam
• Enterococos e vancomicina
• S. aureus e benzilpenicilina
• Detecção de resistência induzível à clindamicina em
estafilococos e estreptococos.
15
Trimetoprim e
sulfametoxazol-trimetoprim
• Seguir as instruções para a leitura e ler o halo interno
quando hopuver halos de inibição duplos. (Ver
exemplos abaixo).
• Ignorar névoa ou crescimento suave até o disco dentro
de um halo de inibição com bordas bem definidas.
E. coli
SCoN
Moraxella
Haemophilus
16
Stenotrophomonas maltophilia e
sulfametoxazol-trimetoprim
• Ignorar o crescimento dentro do halo de inibição, que é
comum
em
Stenotrophomonas
maltophilia
e
A
densidade
desse
sulfametoxazol-trimetoprim.
crescimento pode variar desde uma névoa fina até um
crescimento substancial.
Sem halo de
inibição
Ignorar o crescimento e ler o halo de inibição se as bordas
forem visíveis. Se o halo de inibição for ≥ 16 mm = Sensível
Crescimento próximo
ao disco e sem halo de
inibição = Resistente
17
Enterobacteriaceae e ampicilina
•
Ignorar o crescimento que pode aparecer como um halo
interno em alguns lotes de ágar Mueller-Hinton. Este
crescimento não é visto em alguns lotes de ágar e
quando o halo exterior é lido não existe nenhuma
diferença entre os lotes.
18
E. coli e mecilinam
• Ignorar colônias isoladas dentro do halo de
inibição.
Sem halo de
inibição
19
Enterococos e vancomicina
• Examinar com luz transmitida (placa posicionada contra
20
a luz).
– Halos de inibição com bordas difusas/mal definidas e
colônias dentro do halo indicam resistência à vancomicina.
Se o halo de inibição for ≥ 12 mm e as bordas do halo
forem difusas / mal definidas, o isolado deverá ser
investigado mais detalhadamente.
E. faecalis
não-VRE
E. faecium
VRE
S. aureus e benzilpenicilina
• Examinar com luz transmitida (com a placa posicionada
contra a luz).
– A disco-difusão é mais segura do que CIM para a detecção de
isolados produtores de penicilinase, desde que o diâmetro do
halo de inibição seja aferido E as bordas do halo sejam
cuidadosamente inspecionadas.
S. aureus com bordas de halo
de inibição bem definidas e
diâmetro de halo de inibição ≥
26 mm = Resistente
S. aureus com bordas de halo de
inibição mal definidas/difusas E
diâmetro do halo de inibição
≥ 26 mm = Sensível
21
Detecção de resistência induzível à
clindamicina em estafilococos
• A resistência induzível à clindamicina pode ser
detectada pelo antagonismo da atividade da
clindamicina e um macrolídeo.
• Posicionar os discos de eritromicina e clindamicina a
uma distância de 12-20 mm (borda a borda) e observar
se há antagonismo (fenômeno D).
Exemplos de fenômeno D em relação a estafilococos.
22
Detecção de resistência induzível à
clindamicina em estreptococos
• A resistência induzível à clindamicina pode ser
detectada pelo antagonismo da atividade da
clindamicina e um macrolídeo.
• Posicionar os discos de eritromicina e clindamicina a
uma distância de 12-16 mm (borda a borda) e observar
se há antagonismo (fenômeno D).
Exemplos de fenômeno D para estreptococos.
23
Guia de leitura
As bordas dos halos de inibição devem ser lidas no ponto de
completa inibição do crescimento, a olho nu com a placa posicionada a
cerca de 30 cm dos olhos.
Exceção
E. coli
Ciprofloxacino
S. aureus
Linezolida
S. aureus
Eritromicina
Enterobacteriaceae
Ampicilina
Quase sempre há
crescimento dentro da
área de α-hemólise!
S. pneumoniae
Cloranfenicol
S. pneumoniae
Tetraciclina
S. pneumoniae
Cefaclor
24
Versão 1.0 – 28-05-2010
Versão para Português 03/2016
Lista de verificação para facilitar a
implementação
dos testes de sensibilidade aos
1
antimicrobianos com os pontos de corte
do EUCAST
Antes de implementar os pontos de corte e métodos de teste de
sensibilidade aos antimicrobianos (TSA) do EUCAST no laboratório,
considerar o seguinte:
1. Comentários marcados em verde foram editados ou incluídos pelo
BrCAST.
2. Seguir as recomendações do BrCAST, que é o único comitê de testes
de sensibilidade aos antimicrobianos do Brasil oficialmente reconhecido
pelo EUCAST. Os comitês nacionais reconhecidos pelo EUCAST são
designados NAC (National Antimicrobial Susceptibility Testing Committee)
e tem direito a representação no Comitê Geral do EUCAST
(http://www.eucast.org/organization/general_committee/)
3. Identificar todos os métodos de TSA utilizados no laboratório (discodifusão, sistemas automatizados, testes de gradiente e outros).
Certificar-se
de
que
todos
os
métodos
estão
prontos
para
implementação, com pontos de corte do EUCAST.
4. Identificar sistemas de apoio que podem ser afetados (acreditação do
laboratório, manuais, sistemas de informação do laboratório e sistemas
de informação obrigatória).
Versão para Português 03/2016
Versão 1.0 – 28-05-2010
5. Identificar um líder entre o pessoal de laboratório. O líder terá a
responsabilidade de liderar todo o processo de implementação.
6. Entrar em contato com um laboratório que já implementou pontos de
corte de sensibilidade e métodos EUCAST. Organizar uma visita
técnica.
7. Identificar e informar todos parceiros (pessoal de laboratório, clientes /
usuários, programas de vigilância de resistência antimicrobiana, comissões
de controle de infecções e distribuidores de materiais e dispositivos para
testes de sensibilidade antimicrobiana). Programar compra e estoque de
insumos.
8. Certificar-se de que os "materiais para TSA" necessários estão disponíveis.
Consultar a página do BrCAST para lista de fabricantes que comercializam
os discos de sensibilidade com a potência necessária e o ágar MH-F
(www.brcast.org.br).
9. Estabelecer um programa educacional por 3-6 meses dentro do laboratório
com uma data pré-determinada para a implementação.
10. Informar aos organizadores dos programas de controle de qualidade externo.
11. Consultar quando necessário, o EUCAST (informações de contato
disponíveis em www.eucast.org), ou preferencialemente o BrCAST
(informações de contato disponíveis em www.brcast.org.br).
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Versão 1.0 – 28-05-2010
Versão para Português 03/2016
Problemas com a implementação de sistemas de TSA
automatizados
1. Consultar o NAC (BrCAST) sobre quaisquer questões nacionais.
2. Certifique-se de que o sistema pode suportar os pontos de corte do
EUCAST para todos os antimicrobianos necessários. Solicitar ao fabricante
para listar as discrepâncias entre as recomendações do Sistema e do
EUCAST - estas podem ser diferentes em diferentes pontos no tempo e
entre países e / ou instalações.
3. Observar que nas tabelas EUCAST, para alguns antimicrobianos, um "IE" ou
um "-" estão no lugar de pontos de corte. Um laboratório que deseja aderir
às recomendações do EUCAST não deve utilizar outros pontos de corte, a
não ser quando recomendado pelo BrCAST.
Problemas com a implementação do método de disco-difusão do
EUCAST
O método de disco-difusão do EUCAST baseia-se em um inóculo (McFarland 0,5)
que permitirá crescimento confluente em ágar Mueller-Hinton, com ou sem 5% de
sangue desfibrinado de cavalo e 20 mg / L de β-NAD. É importante seguir a
descrição do método (disponível em www.eucast.org). O documento traduzido para
o Português está disponível no link (www.brcast.org.br).
Observar os seguintes detalhes importantes:
A suspensão de inóculo deve ter turbidez equivalente ao padrão
0,5 da escala de McFarland, de preferência ajustada em dispositivo
de
medição
fotométrica.
Exceção:
Streptococcus
pneumoniae
(McFarland 0,5 para cultura obtida em placa de ágar de sangue e
McFarland 1,0 para cultura obtida em placa de ágar de chocolate).
O crescimento deve estar confluente e uniformemente espalhado sobre o
ágar. Um inóculo correto e uma semeadura adequada devem resultar em uma
camada confluente de crescimento e halos de inibição uniformemente circulares.
O inóculo deve estar uniformemente espalhado sobre a superfície do ágar para
que se obtenha diâmetros de halos reprodutíveis. Para se evitar um inóculo
demasiado pesado de microrganismos Gram-negativos, deve-se ter especial
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Versão 1.0 – 28-05-2010
Versão para Português 03/2016
cuidado ao remover o excesso de fluido do swab, girando-o sobre seu próprio
eixo e pressionando-o contra a parede interna do tubo, acima do nível da
suspensão, antes da inoculação da placa.
Aderir à regra 15-15-15 minutos para obter resultados reprodutíveis:
1- Usar o inóculo em até 15 minutos após a preparação.
2- Aplicar os discos em até 15 minutos após a inoculação das placas.
3- Iniciar a incubação em até 15 minutos após a aplicação dos discos.
Pequenas mudanças nas rotinas atuais do laboratório, tais como a
criação de lotes menores de testes podem ser necessárias para aderir à
regra "15-15-15".
• Usar discos com conteúdo (potência) correto. O conteúdo dos discos está
detalhado nas tabelas de ponto de corte e tabelas de controle de qualidade do
BrCAST-EUCAST. Nas tabelas do BrCAST-EUCAST, as células de conteúdo dos
discos, que são distintos daquelas recomendadas pelo CLSI, estão preenchidas em
vermelho. A Tabela 1 contém a lista dos discos preconizados pelo EUCAST, com
conteúdo diferente daquele preconizado pelo CLSI.
Tabela 1 – Discos recomendados pelo EUCAST e com conteúdo distinto
daquele recomendado pelo CLSI
Antimicrobiano
Amoxicilina-ácido
Microrganismo
Conteúdo do
Conteúdo do
Disco - EUCAST
Disco - CLSI
Haemophilus spp. e Moraxella catharralis
2-1 µg
20-10 µg
Todos para os quais o teste está indicado,
2 µg
10 µg
clavulânico
Ampicilina
EXCETO ao testar Enterobacteriaceae, quando é
utilizado o disco de 10 µg
Cefotaxima
Todos para os quais o teste está indicado
5 µg
30 µg
Ceftarolina
Todos para os quais o teste está indicado
5 µg
30 µg
Ceftazidima
Todos para os quais o teste está indicado
10 µg
30 µg
Gentamicina
Enterococcus
30 µg
120 µg
Nitrofurantoína
Todos para os quais o teste está indicado
100 µg
300 µg
Penicilina
Todos para os quais o teste está indicado
1U
10 U
Piperacilina-
Todos para os quais o teste está indicado
30-6 µg
100-10 µg
Todos para os quais o teste está indicado
5 µg
30 µg
tazobactam
Vancomicina
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Versão para Português 03/2016
Versão 1.0 – 28-05-2010
Não encurtar ou prolongar o tempo de incubação (16-20 h), exceto
quando expressamente indicado nas tabelas, a exemplo de Corynebacterium.
Seguir as instruções para a leitura.
As bordas dos halos de inibição devem ser lidas no ponto de completa inibição do
crescimento, avaliado a olho nu. Ler as placas de ágar Mueller-Hinton não
suplementado pelo seu fundo, com luz refletida, contra um fundo escuro. Ler as
placas de Agar Mueller-Hinton suplementadas com a tampa removida, observando a
superfície contendo os discos, sob luz refletida.
Sugestões para a implementação do método de difusão em disco EUCAST no
laboratório: Um guia prático para o líder
1. Educar o pessoal de laboratório na metodologia de disco-difusão
do EUCAST com foco na inoculação de placas e leitura de halos. Uma
apresentação de slides está disponível em www.eucast.org. A versão desse
documento em Português está disponível no site do BrCAST (http://brcast.org.br).
2. Iniciar o treinamento prático solicitando que todos os analistas
leiam as mesmas placas. O objetivo do exercício é harmonizar a leitura
de halos de inibição no laboratório. Novos colaboradores devem realizar
esses exercícios antes de serem considerados aptos para o trabalho de
rotina. Um guia de leitura está disponível em www.eucast.org. A versão
desse documento em Português está disponível no site do BrCAST
(http://brcast.org.br).
• Começar lendo os halos obtidos com duas cepas de controle em ágar
Mueller-Hinton, sem suplementos, por exemplo, E. coli ATCC 25922 e S.
aureus ATCC 29213. Escolher quatro antimicrobianos rotineiramente
testados com as respectivas espécies. Repetir três dias seguidos.
Comparar os resultados dos analistas obtidos em um mesmo dia e
aqueles obtidos em dias distintos. Verificar se os valores médios de
diâmetro de halo de inibição estão próximos do alvo e todos os valores
estão dentro dos intervalos de controle de qualidade. As tabelas de
controle de qualidade estão disponíveis em www.eucast.org. A versão
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Versão para Português 03/2016
Versão 1.0 – 28-05-2010
desse documento em Português está disponível no site do BrCAST
(http://brcast.org.br).
• Discutir os resultados durante as reuniões de equipe. Repitir o exercício
usando as mesmas cepas de controle e antimicrobianos até que todos
obtenham o mesmo resultado.
• Repetir o exercício com P. aeruginosa ATCC 27853 e E. faecalis ATCC
29212.
• Repetir o exercício utilizando MH-F (ágar Mueller-Hinton com 5% de
sangue desfibrinado de cavalo e 20 mg/L de β-NAD) com H. influenzae
ATCC 49766 e S. pneumoniae ATCC 49619.
• Repetir o exercício com alguns isolados clínicos de microrganismos
adicionais, por exemplo, estreptococos dos grupos de A, B, C e G, Proteus
mirabilis, Enterococcus resistentes à vancomicina e Stenotrophomonas
maltophilia. Comparar os resultados individuais com a média do grupo.
3. O próximo passo é a preparação do inóculo e a semeadura de
placas. O objetivo é obter um crescimento padronizado, homogêneo e
confluente. Os melhores resultados são obtidos quando se utiliza um
nefelômetro/espectrofotômetro para controlar a densidade do inóculo. Seja
qual for a técnica utilizada para inocular as placas (swab com um rotor de
placas ou espalhando com o swab em três direções diferentes), certificarse de que o crescimento bacteriano resultante seja homogêneo as bordas
e os halos não sejam irregulares. Utilizar alguns discos de antimicrobianos
que produzam halos bem definidos, de modo que a leitura não seja um
problema.
A equipe deve repetir o processo para todas as cepas de controle
recomendadas pelo EUCAST. Comparar os resultados dos analistas
obtidos em um mesmo dia e aqueles obtidos em dias distintos. Verificar se
os valores médios de diâmetro de halo de inibição estão próximos do alvo
e se todos os valores estão dentro dos intervalos de controle de qualidade.
As tabelas de controle de qualidade estão disponíveis em www.eucast.org.
A versão desse documento em Português está disponível no site do BrCAST
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Versão 1.0 – 28-05-2010
(http://brcast.org.br).
4. Antes de introduzir a disco-difusão do EUCAST na rotina do
laboratório, testar cepas de controle de qualidade diariamente
(utilizando todos os discos de antibióticos utilizados rotineiramente) até
que os resultados estejam de acordo com as especificações do EUCAST e
harmonizados dentro do laboratório.
Você tem perguntas sobre o método de disco-difusão do EUCAST?
Ou você precisa de suporte para a implementação do teste de discodifusão?
Entre em contato com o BrCAST na página www.brcast.org.br.
Alternativamente, entre em contato com erika.matuschek@ltkronoberg.se
ou com a secretaria do EUCAST.
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