Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2015, Novas Edições Acadêmicas
Durante a Antiguidade grega, verifica-se a manifestação de determinados movimentos que buscam na ascética da alma sua finalidade de vida. Em domínio religioso, tal conduta caracteriza-se como a assinatura distintiva das crenças órficas, enquanto, em campo filosófico, revela-se como peculiaridade das comunidades pitagóricas. Destarte, a trajetória marcada pela busca da ascese da alma entra para a História da Filosofia como categoria “órfico-pitagórica”, influenciando o pensamento de eminentes filósofos da Antiguidade que, por sua vez, exercerão forte ascendência sobre o posterior pensamento medieval. Esta dissertação examina as razões – pouco explicitadas na literatura especializada – que levaram os círculos em questão a percorrer tal caminho, posto que o ascetismo órfico-pitagórico, enquanto exercício anímico, é escolha de vida que implica rigorosa transformação de vida.
Rodrigo Heberle enriconi
O ESPIRITISMO COMO APERFEICOAMENTO DA CONCEPCAO PITAGORICA DA ALMA2024 •
Este artigo explora como o espiritismo, codificado por Allan Kardec, aprimora a concepção pitagórica da alma, integrando elementos gnósticos e enfrentando críticas modernas. A análise aborda a evolução da doutrina espírita, suas conexões filosóficas e sugere direções para pesquisas futuras, destacando a relevância do espiritismo como uma síntese entre ciência e espiritualidade.
Anais do I Colóquio Nacional de História e Literatura - XV Semana de História de Picos: escritas de si, ficção e subjetividades, UFPI
DESAFIO DOS ESTUDOS SOBRE ATEOLOGIA E ATEÍSMO NA ANTIGUIDADE2023 •
Este trabalho tem por tema o estudo do Ateísmo em recortes da Antiguidade. Esse interesse só tem crescido nos últimos 100 anos, desde, por exemplo, a clássica obra de Anders Bjørn Drachmann, Atheism in Pagan Antiquity, de 1922. Desde essa obra, outros autores se debruçaram sobre o tema, todavia, ainda timidamente, em comparação com os estudos sobre ritual, magia e religião na Antiguidade. No Brasil, esse interesse surge efetivamente no século XXI, ainda em seus passos iniciais. O objetivo maior deste artigo é apresentar os desafios desse estudo no âmbito nacional, nesse recorte que traz para Antiguidade o tema do Ateísmo. Para tanto, se apresentará os principais autores e obras que fundamentam as bases iniciais de uma pesquisa nesse recorte e tema, e as principais fontes e recortes do passado mais referidos.
This text provides a crucial test for the validation of the author’s proposal of a Synthesis’ Epistemology. It consists in the application of the topological spaces of conceptual attributes, in the rescuing of the epistemological understanding of the greek pantheon of Deities, in order to aggregate a systemic approach to Marcel Dettiene’s masterful study: `Les Maîtres de Verité dans la Gréce archaîche’. Conclusions refer to the periodization and analysis of the process of secularization, induced by the Hoplite reform, as a first modernity in the trends of Western Civilization. In so doing, this study points to the questioning of its unaccomplished post-modernity and, in the stream, insights some the most defying and still unresolved problems and deficiencies of knowledge that (re)emerged on the prospects of the present age.
Caminhos da Bioética I
NOTAS SOBRE O CORPO: ANTIGUIDADE GREGA E FENOMENOLOGIA2018 •
Na antiguidade grega, a noção de corpo se aplicava aos seres humanos e divinos. Segundo Jean-Pierre Vernant (1990, p. 20), admitindo-se que o corpo constitui um dado de fato, uma evidência imediata, uma "realidade" inscrita na natureza e sobre a qual não há o que se questionar, como reconhecer este mesmo corpo para os seres divinos, enquanto se situam fora da esfera de aplicação legítima desta noção, posto que são sobrenaturais e pertencem ao outro mundo, ao além.
Revista de Arqueologia Pública
PRÁXIS ARQUEOLÓGICA E FOTOGRAFIA NO ESTUDO DA GRÉCIA ANTIGA: A PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NA ESCAVAÇÃO DO SANTUÁRIO DE APOLO EM DESPOTIKO, MAR EGEURESUMO O olhar do pesquisador arqueólogo para a paisagem que escava (o seu objeto de pesquisa) é traduzido por meio de sua experiência e vivência em campo e da permanente construção e desconstrução dos processos metodológicos e teóricos na prática e na reflexão de sua disciplina-a Arqueologia. A partir da experiência arqueológica de campo, da participação da equipe brasileira na ilha de Despotiko, na Grécia, em junho/julho de 2017, é nossa intenção mostrar, neste artigo, em que medida a fotografia, na práxis arqueológica, tem a função de registro do sítio (dos objetos encontrados e da nova paisagem que se revela a cada escavação) e de preservação de memória (do próprio sítio e seus achados e da equipe em determinada campanha de escavação). Em última análise, trata-se de discutir a fotografia como ferramenta fundamental em captar o fazer arqueológico na paisagem do Mediterrâneo e no resgate de um passado refletido no presente. Para tanto, apresentaremos um breve panorama da constituição da Arqueologia Clássica e do Mediterrâneo enquanto disciplina científica no Brasil, assim como um breve histórico da pesquisa arqueológica no santuário de Apolo na pequena ilha de Despotiko, no Mar Egeu. A fotogrametria, uma técnica derivada da fotografia, também será apresentada como uma das ferramentas mais atuais para o registro de construções antigas em escavações. ABSTRACT All interpretations of excavated landscapes are directly related to the experience of the archeologists in situ and how they construct or deconstruct the objects they discover through the application of various methodologies. Conversely, the methodological process of interpreting material evidence is likewise impacted by 1 Doutora em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia
A ciência, com a estrutura que conhecemos, têm origem na Europa do século XVI. Mas o espírito de curiosidade científica está presente na alma humana e já mostra sinais nas civilizações mais antigas das quais temos notícia. Olhar para o céu é uma das atividades mais antigas da humanidade. Não só olhar, mas observar, perceber padrões nos fenômenos e acontecimentos surpreendentes que poderiam assustar e ao mesmo tempo encher os antigos de curiosidade e questionamentos insaciáveis. Enquanto observavam, os antigos tentavam encontrar explicações coerentes para os fenômenos testemunhados. O Sol se levantava a cada manhã por ser um deus bondoso? A Lua seria sua esposa responsável por governar a noite? As estrelas seriam seres poderosos? Os relâmpagos seriam manifestações da ira divina? Vulcões, tempestades, o nascer e frutificar das plantas, eclipses. Todos esses fenômenos para os quais a maioria dos humanos da pouca importância atualmente, eram altamente perturbadores para os povos da antiguidade, especialmente por não terem explicação para eles. Não conseguir explicar um acontecimento pode ser muito perturbador para os humanos, nosso cérebro se desenvolveu de modo que a busca por lógica e coerência são marcas registradas na nossa espécie. A 30 mil anos atrás, os primeiros homo-sapiens não possuíam ciência, equipamentos ou canais por assinatura que lhes apresentasse explicações para o funcionamento do Universo, mas a necessidade de lógica e coerência para o que viam continuava em suas mentes. Na tentativa de compreender o funcionamento do Universo e saciar sua curiosidade natural, os humanos se dedicaram ao desenvolvimento de histórias e estruturas narrativas que dessem sentido não só para os fenômenos observados, mas a sua própria existência. A estes sistemas lógicos, que explicam o funcionamento e o surgimento do Universo, chamamos MITOS. MITOS, COSMOGONIAS E COSMOLOGIAS O mito é uma narrativa simbólica que busca dar sentido e coerência àquilo que se observa. O mito surge a partir de elementos e fenômenos observados na natureza e na estrutura social mais próxima. É por esse motivo que existem mitos tão diversos, para cada grupo humano antigo (embora seja curioso que existam elementos que parecem comuns à diversas dessas estruturas mitológicas) (GRIMAL, 2013). É importante notar que o mito não é uma história mentirosa, é uma história que tenta dar sentido à experiência de um determinado povo, considerando suas limitações tecnológicas e cognitivas. Costuma ser mais comum no Brasil, que as pessoas conheçam a mitologia cristã, segundo a qual o Deus YHWH (Javé) criou o Universo e os primeiros seres humanos, Adão e Eva, que foram responsáveis pela entrada do mal e do pecado no mundo. No entanto, diversas outras narrativas são possíveis como por exemplo a lenda indígena da Amazônia que foi conservada na língua nheengatu
Rev. Arqueologia Pública Campinas, SP, v. 12, n. 2 p. 202-221 Dez/2018.
Práxis Arqueológica e Fotografia no Estudo da Grécia Antiga: a participação brasileira na escavação do Santuário de Apolo em Despotiko, Mar Egeu, p. 202-2021, 2018.2018 •
RESUMO O olhar do pesquisador arqueólogo para a paisagem que escava (o seu objeto de pesquisa) é traduzido por meio de sua experiência e vivência em campo e da permanente construção e desconstrução dos processos metodológicos e teóricos na prática e na reflexão de sua disciplina-a Arqueologia. A partir da experiência arqueológica de campo, da participação da equipe brasileira na ilha de Despotiko, na Grécia, em junho/julho de 2017, é nossa intenção mostrar, neste artigo, em que medida a fotografia, na práxis arqueológica, tem a função de registro do sítio (dos objetos encontrados e da nova paisagem que se revela a cada escavação) e de preservação de memória (do próprio sítio e seus achados e da equipe em determinada campanha de escavação). Em última análise, trata-se de discutir a fotografia como ferramenta fundamental em captar o fazer arqueológico na paisagem do Mediterrâneo e no resgate de um passado refletido no presente. Para tanto, apresentaremos um breve panorama da constituição da Arqueologia Clássica e do Mediterrâneo enquanto disciplina científica no Brasil, assim como um breve histórico da pesquisa arqueológica no santuário de Apolo na pequena ilha de Despotiko, no Mar Egeu. A fotogrametria, uma técnica derivada da fotografia, também será apresentada como uma das ferramentas mais atuais para o registro de construções antigas em escavações. ABSTRACT All interpretations of excavated landscapes are directly related to the experience of the archeologists in situ and how they construct or deconstruct the objects they discover through the application of various methodologies. Conversely, the methodological process of interpreting material evidence is likewise impacted by 1 Doutora em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia
In order to consult with the Tiresias vate, Odisseus goes to Hades following instructions from the goddess Circe to learn how he could return to Ithaca after more than ten years away from home. Upon arriving in the Kingdom of the dead he meets the souls of known people and even loved ones, as their own mother. Souls describe their deaths, provide details of their stay in Hades. Tiresias who had their gift of seeing the future preserved even in the world of the dead gives advice to Odisseus about his return. Similarly, Agamemnon due to his tragic death perpretated by his wife, Clitmenestra, also urges that Odysseus must be careful in his return to Ithaca so that he does not suffer the same fate in the hands of Penelope. There is still a talk with the heroic Achilles, who regrets his premature death. Such reports are found in Book XI of the Odyssey and its analysis can provide us with an image of Hades through Homeric view. This view, which is one of the main sources of our knowledge of the Greek mythological world, so that by understanding it we can have a glimpse of the vast corpus of ancient Greek mythology present in the work of Homer. There are some peculiar characteristics in those souls, which allows us to classify them as ghostly. The elements that stand out here in relation to these characteristics are: the lack of bones and flesh, impossibility to be touched, as a kind of ectoplasm; The remembrance that the dead have of their life before Hades and the feeling of sadness and repentance that is present in these characters; and the thirst for blood demonstrated before the sacrifice offered by Odisseus, as a representation of their thirst for life. This conception represents a pre-scientific mode of thought that is characteristic of the time, and therefore with religious appeal in a way that is subsequently criticized by Plato in the Republic. In this sense, we will see that the Platonic criticism is specifically related to the consequences in the pedagogical context that this conception entails, but that does not invalidate the description made by Homer of the current belief at the time in the form of the ancient Greek religion.
A descrição do papel da medicina no Livro III da República pode facilmente deixar o leitor constrangido. O trecho defende que a medicina deveria se espelhar nas práticas do tempo de Asclépio. Neste tempo, a medicina tinha um papel político de não prolongar a vida dos cidadãos tomados pela doença, nem deixá-los procriar. Frente a estas declarações, surgiram várias interpretações que vão desde o totalitarismo de Popper até a ironia de Strauss. Para uma melhor compreensão do texto, seria necessária a interlocução com a medicina hipocrática e com as práticas médicas do tempo dos séculos V e IV aEN. Contudo, a passagem em questão não se reduz ao contexto histórico, mas apresenta uma crítica válida ainda na atualidade. ABSTRACT: The description of the role of medicine in Book III of the Republic could easily embarrassed the reader. The section argues that the medicine should be reflected in the Asclepius time practices. At this time, the medicine had a political role not to prolong the lives of citizens taken by the disease and not let them breed. Faced with these statements, there have been various interpretations ranging from the totalitarianism of Popper to Strauss' irony. For a better understanding of the text, it would be necessary to dialogue with the Hippocratic medicine and medical practices of the time of the fifth and fourth centuries BCE. However, the passage in question is not confined to the historical context, but it has a valid criticism even today.
2023 •
INSTITUCIONES LOCALES, RELIGIÓN CÍVICA Y ÉLITES URBANAS EN EL EGIPTO ROMANO (siglos II-IV d.C
El testamento de Safinnius Herminus, miles de la Classis Augusta Alexandrina (BGU VII 1695 = CPL 223)2022 •
MİLLİ FƏLSƏFƏMİZİN ƏSAS İDEYA MƏNBƏYİ: TÜRKÇÜLÜK VƏ AZƏRBAYCANÇILIQ
MİLLİ FƏLSƏFƏMİZİN ƏSAS İDEYA MƏNBƏYİ: TÜRKÇÜLÜK VƏ AZƏRBAYCANÇILIQ2019 •
2019 •
2023 •
Revista Ibero-Americana de Estratégia
O paradigma Estrutura-Conduta-Desempenho: um estudo nas empresas das indústrias de jóias de Guaporé - RSCadernos de Cultura e Ciência
A Contribuição Da Paleontóloga Lélia Duarte Para a Coleção De Vegetais Fósseis Do Departamento De Biologia Da Uerj2015 •
Plant, Cell & Environment
Chloroplast biogenesis during rehydration of the resurrection plant Xerophyta humilis: parallels to the etioplast–chloroplast transition2008 •
Investigações em Ensino de Ciências
O Conto “Ótima É a Água” De Primo Levi, Como Mote Para O Estudo e Compreensão Do Conceito De Viscosidade2021 •