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Metamorfoses - Revista de Estudos Literários Luso-Afro-Brasileiros
Depois de tantas insistidas vezes, é lugar comum dizer das relações de identidade entre Mia Couto e Guimarães Rosa. São infindáveis os escritos que a academia faz multiplicar em acúmulo redundante do tema, já que -- dispensando qualquer singela ou pretenciosa explicação -- o próprio autor moçambicano sempre fala com ternura de sua formação literária, sua meninice de leitor autodidata, a companhia do pai e a vigilância da mãe. Além dos muitos poetas e prosadores africanos que continuam teimando emforcejar com a última flor do Lácio, Mia Couto presta reverência à moderna literatura brasileira e em particular à obra roseana.
Diógenes Dornelles Nós já tratamos em outras ocasiões sobre o problema de alguém ter obtido o conhecimento correto da doutrina e ainda assim não ter a sua vida transformada por isso. Também já tratamos do problema de alguém viver uma vida religiosa pensando que isso possa fazer dele um cristão. Mas a menos que a Mensagem ilumine a mente do crente ele jamais poderá se tornar um cristão verdadeiro. Muitos que se tornam membros de igrejas e que professam alguma fé, mas que não perseveram são na verdade o que poderíamos chamar de " quase cristãos " , porque eles aceitam as Escrituras e até creem nelas, mas não conseguem obter a revelação da Palavra em suas vidas. Os Quase Cristãos Atos 26:27-29 " Crês tu nos profetas, ó rei Agripa? Bem sei que crês ". (Veja que Agripa não era um incrédulo. Ele conhecia as Escrituras e cria Nelas. Porém o que estava lhe faltando agora era de somente receber a revelação de que elas estavam sendo cumpridas em seus dias e tomar uma posição nisso) E disse Agripa a Paulo: " Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão! " E disse Paulo: " Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo, se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias ". O rei Agripa disse a Paulo: " Você quase me convenceu a ser um cristão ". Agripa, assim como tantos outros, teve acesso à informação e ao conhecimento da Palavra, mas isso nunca terá qualquer efeito na vida de alguém a menos que a Palavra seja revelada em seu coração. E da mesma maneira hoje, muitos estão em igrejas vivendo algum tipo de religião, mas continuam na mesma condição espiritual de Agripa, como um " quase cristão ". E haverá muitos " quase cristãos " no tempo do fim. Haverá muitos " quase cristãos " passando pela Tribulação. Eles terão acesso ao conhecimento da Palavra, mas mesmo assim Ela não lhes será revelada. Conheço várias pessoas que estudaram a doutrina e chegaram até dar o seu testemunho de fé por ela, mas não se firmaram por tempo suficiente e acabaram abandonando tudo. Posso ver em cada um destes que não avançaram o mesmo estado espiritual de Agripa se repetindo em suas vidas dizendo para mim: " Você quase me convenceu disso. Você quase fez de mim um cristão ". Mas se Agripa tivesse se tornado um cristão, não seria exatamente porque Paulo houvesse feito dele um cristão, mas porque a própria Vida de Cristo havia se revelado a ele. Ninguém é cristão por seguir a um ministro ou por pertencer ao ministério de um homem, mas por seguir a Cristo somente. Ninguém se torna cristão por apenas viver uma vida religiosa. Nos dias de Jesus, houve um jovem rico que conhecia muito bem a parte mecânica da religião, e essa estava sendo cumprida por ele perfeitamente, mas porque ele não conseguiu fazer uma renúncia completa, ele se tornou um crente pela metade, que hoje seria o equivalente a um meio ou quase cristão.
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O artigo aborda a parábola como recurso literário, pedagógico e de pensamento, tomando por base dois contos de escritores brasileiros de origem judaica, nascidos no leste europeu: “Parábola do filho”, de Samuel Rawet, e “Os desastres de Sofia”, de Clarice Lispector.
Contação de histórias: tradição, poéticas e interfaces, 2015
Eis que agora os homens trocam entre si palavras como se fossem ídolos invisíveis, forjando nelas apenas uma moeda: acabaremos um dia mudos de tanto comunicar; nos tornaremos enfim iguais aos animais, pois os animais nunca falaram mas sempre comunicaram muito-muito bem. (…) O fim da história é sem fala. 1 1 A morte é condição de fecundidade. As palavras que minha voz murmura, balbucia, pronuncia, mortas como realidade física quando atiradas ao ar no sentido do outro, vivem pelo poder de nossas escutas, fecundam nossos afetos, provocam nossos pensamentos, violam nossas peles, ressoam nossas intimidades, impelem nossas ações. São palavras úmidas, que se opõem à palavra seca, desértica, o pensamento divino, para os dogons, habitantes da África atlântica. A palavra úmida é o som audível, uma das expressões da semente masculina, o esperma: ela penetra na orelha, que é outro sexo da mulher, e desce para enrolar-se em torno do útero para fecundar o germe e criar o embrião. Sob a mesma forma espiral da cóclea, o caracol da orelha interna, ela é a luz que desce à terra, trazida pelos raios do sol. 2 A presença fugaz mas viva da palavra exige a presença dos corpos: bocas e orelhas, olhos e peles, narizes e pulmões, carnes e sangues, pulsações e pensamentos, emoções e desejos. Um risco desenha o limite entre vida e morte. Na época de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, arquiteto brasileiro, risco era esboço de projeto: enquanto prenuncia o perigo, o risco nos projeta. Entretanto, condenadas e protegidas pelo uso cotidiano e por sua condição de informação, as palavras driblam o risco, nem vivem, nem morrem: vegetam. Permanecem anestesiadas, sem peso, sem espessura. Esta voz cotidiana supera-a sem negá-la a voz poética, que se abre ao perigo e ao risco e, portanto, à experiência. O perigo da exposição à singularidade da voz do sujeito poético justifica todos os esforços dos especialistas, dos políticos, dos funcionários, dos jornalistas, para esvaziá-la de conotação, de melodia, de ritmo, de ressonância, de música, de cor, e reduzi-la à condição de portadora de informação, à sua mínima condição utilitária. No dizer do filósofo espanhol José Luis Pardo, desta língua dos deslinguados extirpou-se o seu sabor de boca, pois Para acceder al lenguaje, tenemos que hablar una lengua (la-o las-materna/s, al menos en principio) y hablarla desde dentro, con nuestra propia voz (manifestando nuestros dolores y placeres con ella) y con nuestra propia lengua. Y ello hace que las palabras nos dejen un residuo en la punta de la lengua, un sabor de boca (dulce o amargo, bueno o malo), lo que ellas nos hacen saber (nos dan a saborear) de nosotros mismos y que nadie más que nosotros puede saber, porque nadie más puede saborearlas con nuestra lengua y nuestra boca, porque a nadie más pueden 1 NOVARINA, 1999: 13. 2 CHEVALIER e GHEERBRANT, 2005: 679.
REVISTA APOENA - Periódico dos Discentes de Filosofia da UFPA
Esse artigo tem como objetivo refletir, primeiramente, sobre algumas das principais “dificuldades” que o sobrevivente de um evento traumático enfrenta em sua tentativa de representar o passado através do testemunho. Num segundo momento, a literatura e o cinema com teor testemunhal surgem como valiosos documentos históricos na luta contra o esquecimento - a partir do momento que conseguem dar voz aos “sem-nome”, aos “esquecidos” pela história oficial e pelas grandes narrativas do século XX. Livros como É isto um homem? e Os afogados e os sobreviventes de Primo Levi e filmes como Shoah de Claude Lanzmann se caracterizam como obras de resistência frente as formas tradicionais de transmissão da palavra. Daí a relevância ética e política dessas obras, cuja força testemunhal fazem da fala, da escrita e do gesto armas para combater o esquecimento, o descrédito e o descaso. Tanto o conceito de “testemunho”, como outros conceitos aqui trabalhados, são abordados à luz das discussões de teóric...
Intuitio, 2023
Betegh, G & Tsouna, V. (eds.), Conceptualising Concepts in Ancient Greek Philosophy, CUP, 2024
Collegium Medievale, 2012
in Pushing the Boundaries of South Asian History eds Jaya S Tyagi, Saiyid Zaheer Husain Jafri, Amar Farooqui , 2024
Proceedings of the International Conference on Applied Science and Technology on Social Science 2022 (iCAST-SS 2022), 2022
UNITAS - Revista Eletrônica de Teologia e Ciências das Religiões
Journal of Marketing Education, 2014
Journal of Geographical Systems, 2009
Climatic Change, 1995
Endocrinología y Nutrición, 2009
ICT Systems Security and Privacy Protection
CNS oncology, 2019
BMC cancer, 2017
The Journal of Sexual Medicine, 2017
2020 14th European Conference on Antennas and Propagation (EuCAP)