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Revista Brasil. Bot., V.31, n.2, p.323-337, abr.-jun. 2008 Composição florística da Reserva Municipal de Santa Genebra, Campinas, SP1 MARIA TEREZA GROMBONE GUARATINI2,5, EDUARDO PEREIRA CABRAL GOMES2, JORGE YOSHIO TAMASHIRO3 e RICARDO RIBEIRO RODRIGUES4 (recebido: 22 de março de 2007; aceito: 21 de maio de 2008) ABSTRACT – (Floristic compositon of “Reserva Municipal de Santa Genebra”, Campinas, SP, Brazil). We carried out a floristic survey of a fragment of a semideciduous forest from May 1996 to April 1998, within one-hectare in the central area of Santa Genebra Reserve (22°49’45” S and 47°06’33” W, 580-610 m a.s.l). We found 201 species in 57 families and 147 genera. The richest families were Fabaceae and Rubiaceae (18 species), Myrtaceae (14 species), Rutaceae (11 species), Solanaceae and Sapindaceae (nine species), Bignoniaceae, Meliaceae and Euphorbiaceae (eight species) and Malvaceae (seven species). About 70% of the species are late secondary trees and late secondary understory species. Tree species comparison with 25 forests from São Paulo State and northern Paraná State showed that the reserve flora is more similar to forests from Campinas region. Although the forest has disturbed areas there are patch of relatively mature vegetation, thus this area is essential for biodiversity conservation. Key words - floristic, semideciduous forest, successional groups RESUMO – (Composição florística da Reserva Municipal de Santa Genebra, Campinas, SP). O inventário florístico de um fragmento de floresta semidecídua foi conduzido durante o período de maio de 1996 a abril de 1998 em um hectare de floresta localizado na região central da Reserva de Santa Genebra (22°49’45” S e 47°06’33” W) a 580-610 m de altitude. Foram identificadas 201 espécies, distribuídas em 57 famílias e 147 gêneros. Fabaceae e Rubiaceae (18 espécies), Myrtaceae (14 spp.), Rutaceae (11 spp.), Solanaceae e Sapindaceae (nove spp.), Bignoniaceae, Meliaceae e Euphorbiaceae (oito spp.), Malvaceae (sete spp.) foram as famílias mais ricas. Cerca de 70% das espécies foram classificadas como secundárias tardias e secundárias tardias de sub-bosque. A comparação de espécies arbóreas com 25 fragmentos do Estado de São Paulo e Norte do Paraná mostraram que a flora da reserva é mais similar às florestas da região de Campinas. Embora a floresta apresente áreas perturbadas, existem manchas de vegetação relativamente maduras sendo esta área essencial para a conservação da biodiversidade. Palavras-chave - floresta semidecídua, florística, grupos sucessionais Introdução A floresta estacional semidecidual, que ocupava solos de grande fertilidade no Estado de São Paulo, foi devastada em função da expansão das fronteiras agrícolas (Durigan et al. 2000), restringindo-se atualmente a fragmentos isolados de diferentes formas, tamanhos e graus de preservação. Tais fragmentos representam papel essencial na manutenção da flora local. A caracterização florística e a estrutura fitossociológica dos remanescentes 1. 2. 3. 4. 5. Parte da tese de doutoramento da primeira autora, Programa de PósGraduação em Biologia Vegetal, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. Instituto de Botânica, Caixa Postal 3005, 01061-970 São Paulo, SP, Brasil. Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Departamento de Botânica, Caixa Postal 6109, 13083-970 Campinas, SP, Brasil. Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Departamento de Ciências Biológicas, Caixa Postal 9, 13418-900 Piracicaba, SP, Brasil. Autor para correspondência: mgromboneguaratini@gmail.com destas florestas têm sido intensivamente estudadas, disponibilizando informações a respeito do número e distribuição de espécies entre famílias e gêneros (Pagano & Leitão Filho 1987, César & Leitão Filho 1990, Salis et al. 1995, Stranghetti & Ranga 1998, Durigan et al. 2000, Santos & Kinoshita 2003). Além disso, a relação entre a composição florística de espécies arbóreas e os fatores geográficos, climáticos e edáficos também tem sido investigada (Oliveira-Filho & Ratter 1995, OliveiraFilho & Fontes 2000). A abordagem de que a fragmentação tem impactos sobre a riqueza de espécies (Laurence & Cochrane 2001, Tabarelli et al. 2004) tem motivado pesquisadores a incorporarem às listagens florísticas a caracterização das espécies arbóreo-arbustivas em grupos sucessionais (Gandolfi et al. 1995, Bernacci & Leitão Filho 1996, Tabarelli & Mantovani 1997, Toniato & Oliveira-Filho 2004). Estas informações são úteis na medida em que fornecem indicações do grau de preservação do ecossistema e são essenciais para o entendimento da dinâmica florestal (Bawa & McDade 1994). Entretanto, 324 M. T. G. Guaratini: Flora da Reserva Santa Genebra a maioria dos levantamentos florísticos foca atenção na vegetação arbóreo-arbustiva, minimizando a importância dos demais hábitos para a caracterização da estrutura da floresta e do nível de complexidade das interações tróficas. A Reserva Municipal de Santa Genebra é o maior fragmento urbano de floresta estacional semidecidual situado na região de Campinas. Esta floresta, por estar próxima à Universidade Estadual de Campinas, concentra um número grande de trabalhos nas diversas áreas da biologia (Morellato & Leitão Filho 1996, Pizzo 1997, Fonseca et al. 2004). Apesar disso, nenhum estudo amplo sobre a composição florística foi publicado até o momento. Sabe-se que parques e áreas protegidas são essenciais para a conservação da biodiversidade e que se não forem manejados e preservados adequadamente podem tornar susceptível a extinção de várias espécies (Putz et al. 2001). Os objetivos deste trabalho foram: 1) apresentar a composição florística de todas as formas de vida fanerogâmica em um trecho contínuo de 1 ha de floresta estacional semidecidual da Reserva Municipal de Santa Genebra; 2) caracterizar as espécies arbustivo-arbóreas ocorrentes na área segundo sua categoria sucessional; 3) comparar a flora arbórea encontrada com a de outros fragmentos florestais. Material e métodos Local de estudo – O estudo foi realizado na Reserva Municipal de Santa Genebra, pertencente à Fundação José Pedro de Oliveira. Esta Reserva, protegida por legislação municipal e estadual, está situada no distrito de Barão Geraldo, região norte do Município de Campinas, SP (22°49’45” S e 47°06’33” W) em uma área de 251,8 hectares e altitudes que variam de 580 à 610 m. O clima regional é do tipo Cwa de Koeppen (1948). Segundo o padrão climático definido por Setzer (1966) para o Estado de São Paulo, o clima caracteriza-se como quente úmido, com inverno seco e verão quente e chuvoso, sendo que a temperatura média do mês mais quente encontra-se acima de 22 °C e a do mês mais frio, abaixo de 18 °C. A formação florestal dominante da Reserva Municipal de Santa Genebra ocorre sobre um relevo suavemente ondulado, sendo que as áreas ocupadas por floresta estacional semidecidual (Veloso et al. 1991) situamse sobre regiões de cotas altimétricas mais elevadas e ocupam 85% da reserva (Leitão Filho 1995). No interior da floresta são encontradas clareiras, de diferentes idades e tamanhos, originadas tanto da extração seletiva de madeiras nobres, quanto do corte raso para aproveitamento de lenha em alguns trechos restritos (Leitão Filho 1995). A reserva encontra-se inserida em uma matriz agrícola cuja principal atividade é o cultivo de cana-de-açúcar. Florística – Para o desenvolvimento desse estudo foi escolhido um trecho localizado na região central da Reserva, ocupado por floresta estacional semidecidual. Neste trecho está demarcada uma parcela permanente de 200 m de comprimento por 50 m de largura, subdividida em 100 parcelas iguais de 10 × 10 m, totalizando uma área amostrada de 1 ha (Santos et al. 1996). As coletas foram realizadas mensalmente, entre maio de 1996 e abril de 1998, mediante caminhadas sistemáticas por toda a área de estudo, considerando-se também a vegetação encontrada nos limites externos da parcela de 1 ha (entorno imediato). Todos os indivíduos presentes no hectare em estádio reprodutivo (presença de flores, frutos ou soros no caso das pteridófitas) tiveram amostras de seu material coletado, prensado, seco e incorporadas ao Herbário da Universidade Estadual de Campinas (UEC). Foram incluídas na listagem florística as espécies arbóreas com PAP ³ 15 cm obtidas na amostragem contínua do hectare (Santos et al. 1996) e as espécies ocorrentes no sub-bosque em estádio vegetativo com altura ³ 0,5 m e PAP < 15 cm também desse trecho (1 ha) de floresta. As espécies amostradas na área foram consideradas arvoretas quando apresentavam ramificações acima de 30 cm e altura inferior a 4 m; árvores, quando a altura era superior a 4 m; arbustivas, quando lenhosas ou semilenhosas com ramificações originárias do caule até 30 cm acima do solo; herbáceas, com porte e consistência de erva e caule não lenhoso; epífitas quando se desenvolvem sobre outro vegetal com ausência de dependência nutricional (Rizzini 1997), e lianas, as espécies herbáceas ou lenhosas que usam suporte para sustentação (Müller-Dombois & Ellenberg 1974). As fanerógamas foram classificadas dentro de famílias baseadas no sistema APG II (2003) e as pteridófitas segundo Smith et al. (2006). Foram consultados especialistas para identificar alguns materiais e/ou confirmar a identificação. As espécies arbóreas e arbustivas foram enquadradas em classes sucessionais (Budowski 1965) de acordo com as características ecológicas observadas em campo e segundo dados disponíveis de outros autores (Carvalho 1994, Bernacci & Leitão Filho 1996, Gandolfi et al. 1995, Toniato & Oliveira-Filho 2004). Neste trabalho, as espécies de estádios finais de sucessão foram denominadas como secundárias tardias e não como climácicas, pois em função da deciduidade, praticamente nenhuma espécie arbórea de florestas semideciduais paulistas apresenta as características descritas para as espécies climácicas encontradas nas florestas pluviais tropicais (Gomes et al. 2003). Arvoretas e arbustos de estádios finais de sucessão, com ocorrência característica sob o dossel da floresta, foram classificados como tolerantes à sombra de sub-bosque. Similaridade Florística – Foram realizadas comparações florísticas entre as espécies arbóreas encontradas na Reserva de Santa Genebra e outros 25 estudos em florestas mesófilas semideciduais e ripárias do interior do Estado de São Paulo e norte do Paraná (tabela 1, figura 1). As listagens florísticas Revista Brasil. Bot., V.31, n.2, p.323-337, abr.-jun. 2008 325 Tabela 1. Características gerais e abreviatura (Abr) dos trabalhos incluídos neste estudo, nome do remanescente, localização geográfica (latitude, longitude) e número de espécies (no). Table 1. General characters and abreviations remanescent name, geographical location and species number (no) in each survey including in this paper. Levantamento (local, município) Localização Referência Abr no Campus ESALQ, Piracicaba (SP) Estação Ecológica de Assis, Assis (SP) Estação Ecológica Caetetus, Gália (SP) Estação Ecológica de Ibicatu, Piracicaba (SP) Estação Ecológica de Paulo de Faria, Paulo de Faria (SP) Estação Ecológica de São Carlos, São Carlos (SP) Estação Ecológica de Marília, Marília (SP) Estação Ecológica de Sebastião Aleixo da Silva, Bauru (SP) Estação Experimental de Mogi Guaçu, Mogi Guaçu (SP) Fazenda Barreiro Rico, Anhembi (SP) Fazenda Bela Vista, Pedreira (SP) Fazenda Berrante, Tarumã (SP) Fazenda Canchin, São Carlos (SP) Fazenda Santa Irene, Itatinga (SP) Fazenda São José, Rio Claro (SP) 22°42’ S, 47°38’ W 22°01’ S, 49°55’ W 22°24’ S, 49°42’ W 22°47’S, 47°49’ W Rozza & Ribeiro 1990 Durigan & Leitão Filho 1995 Durigan et al. 2000 Costa & Mantovani 1995 Pira EEAs Ctts Ibct 45 55 60 84 19°56’ S, 49°31’W Stranghetti & Ranga 1998 PlFr 69 22°07’ S, 48°04’ W Feliciano et al. 2000 ESCr 69 22°01’ S, 49°55’ W 22°19’ S, 49°04’ W Durigan & Leitão Filho 1995 Toniato & Oliveira Filho 2004 EMr Bru 64 103 22°18’ S, 47°13’ W Gibbs & Leitão Filho 1978 MjGç 47 22°40’ 22°50’ 22°42’ 21°57’ 23°19’ 22°22’ Anh Pdrr Brnt Cnch Ittn FSJ 108 131 67 83 92 170 Fazenda São Vicente, Campinas (SP) Fazenda Tarumã, Tarumã (SP) Gleba Capetinga Oeste, Parque Estadual de Vassununga, Santa Rita do Passa Quatro (SP) Gleba Praxedes P. E. de Vassununga, Santa Rita do Passa Quatro (SP) Gleba Capetinga P. E. de Vassununga, Santa Rita do Passa Quatro (SP) Mata do Rio Cachoeira, Itirapina (SP) 22°53’ S, 47°05 W 22°49’ S, 50°40’ W 21°43’ S, 47°35’ W César & Leitão-Filho 1990 Yamamoto et al. 2005 Durigan & Leitão Filho 1995 Da Silva & Soares 2002 Ivanauskas et al. 2002 Pagano & Leitão Filho 1987, Pagano et al. 1987 Bernacci & Leitão Filho 1996 Durigan & Leitão Filho 1995 Martins 1991 SVcn Trmã Vas1 108 63 84 21°50’ S, 47°37’ W Bertoni et al. 1988 Vas2 59 21°41’ S, 47°37’ W Vieira et al. 1989 Vas3 56 22°23’ S, 47°53’ W Itira 74 22°47’ S, 46°52’ W Kotchetkoff-Henriques & Joly 1994 Santos & Kinoshita 2003 RCch 175 23°27’ S, 51°15’ W Soares-Silva & Barroso 1992 God 91 22°30’ S, 52°20’ W Baitello et al. 1988 MDb 110 22°19’ S, 49°04’ W 22°49’ S, 47°06’W Cavassan et al. 1984 Este trabalho Bau SGnb 56 120 Mata do Ribeirão Cachoeira, Campinas (SP) Parque Estadual Mata dos Godoy, Londrina (PR) Parque Estadual do Morro do Diabo, Teodoro Sampaio (SP) Reserva Estadual de Bauru, Bauru (SP) Reserva Municipal de Santa Genebra, Campinas (SP) S, 48°10’ W S, 46°55’ W S, 50°10’ W S, 47°45’ W S, 48°37’W S, 47°28’ W 326 M. T. G. Guaratini: Flora da Reserva Santa Genebra Figura 1. Localização geográfica das 26 áreas de floresta localizadas nos Estados de São Paulo e Paraná utilizadas nas análises florísticas. Veja a tabela 1 para abreviaturas de áreas. Figure 1. Geographic location of the 26 forests areas in São Paulo and Paraná State compared for the floristic analyzes. Study sites abbreviations in table 1. foram sinonimizadas segundo revisões taxonômicas recentes. O número total de espécies difere dos encontrados nos trabalhos originais, uma vez que só foram incluídos os indivíduos identificados até espécie, foram excluídas espécies exóticas e algumas espécies foram reunidas após revisões taxonômicas. A partir da matriz de presença/ausência de espécies arbóreas foi calculado o índice de similaridade de Sørensen e gerada a matriz de similaridade a partir da qual o agrupamento foi feito por média aritmética de grupo não ponderada (UPGMA). Os dados foram tratados com auxílio do programa MVSP 3.12 (Kovach 1999). Resultados e discussão Florística da área – Foram identificadas 201 espécies, distribuídas em 57 famílias e 147 gêneros (tabela 2). As árvores representaram o hábito mais abundante (53,7% correspondentes a 108 espécies), seguida das lianas (17,4% correspondentes a 35 espécies), arbustos (14,4% correspondentes a 29 espécies), ervas (8,0% correspondentes a 16 espécies), arvoretas (6,0% e 12 espécies) e epífitas (0,5% correspondente a uma espécie). Coffea arabica foi a única espécie exótica presente na área de estudo (0,5%). Considerando-se exclusivamente a flora arbustivoarbórea, as famílias mais ricas foram Fabaceae e Rubiaceae (18 spp.), Myrtaceae (14 spp.), Rutaceae (11 spp.), Solanaceae e Sapindaceae (nove spp.), Bignoniaceae, Meliaceae e Euphorbiaceae (oito spp.), Malvaceae (sete spp.), Lauraceae e Salicaceae (quatro spp.). Tais famílias agrupadas totalizaram 105 espécies, correspondendo a 75% das espécies arbustivo-arbóreas, e estão entre as que apresentaram um número maior de espécies em remanescentes na região de Campinas (Bernacci & Leitão Filho 1996, Santos & Kinoshita 2003, Yamamoto et al. 2005) e florestas mesófilas semideciduais baixo montanas (Oliveira-Filho & Fontes 2000). A presença das famílias Malvaceae e Salicaceae, não mencionadas nos trabalhos acima citados, se deve ao sistema de classificação adotado neste trabalho (APG II). A família Malvaceae passou a incluir espécies comuns nas florestas do interior de São Paulo que anteriormente eram classificadas nas famílias Bombacaceae (Ceiba speciosa e Pseudobombax grandiflorum e Tiliaceae (Luehea divaricata e Luehea speciosa). O mesmo ocorre com a família Salicaceae, que passou a incluir espécies do gênero Casearia, comuns em florestas semideciduais, Revista Brasil. Bot., V.31, n.2, p.323-337, abr.-jun. 2008 327 Tabela 2. Espécies da Reserva Municipal de Santa Genebra, Campinas, SP. Hábito (av = árvore; at = arvoreta; arb = arbusto; herb = herbácea; ep = epífita; lin = liana), grupo ecológico (p = pioneiras, si = secundária inicial, st = secundária tardia, st/sb = tolerante a sombra de sub-bosque) e número de coletor do material coletado por M.T.G. Guaratini incluído no Herbário da Universidade Estadual de Campinas (UEC) Table 2. Species of the “Reserva Municipal de Santa Genebra”, municipality of Campinas, São Paulo State. Habit (av = tree; at = treelet; arb = shrub; ep = epiphytic; lin = vines), ecological group (p = pioneer; si = early secondary, st = late secondary, st/sb = understory late secondary) and voucher number of M.T.G. Guaratini included in the Universidade Estadual de Campinas Herbarium (UEC). Grupo ecológico Família/Espécie Hábito 1. ACANTHACEAE Mendoncia puberula (Mart.) Nees Ruellia brevifolia (Pohl) C. Ezcurra lin arb 2. AMARANTHACEAE Chamissoa altissima (Jacq.) Kunth Hebanthe paniculata Mart. lin lin 3. ANACARDIACEAE Astronium graveolens Jacq. arv st 65; 1376 4. ANNONACEAE Duguetia lanceolata A. St.-Hil. Guatteria nigrescens Mart. Rollinia sylvatica (A. St.-Hil.) Mart. Xylopia brasiliensis Spreng. arv arv arv arv st st si st s/n 176; 233 s/n s/n 5. APOCYNACEAE Aspidosperma cylindrocarpon Müll. Arg. Aspidosperma polyneuron Müll. Arg. Gonolobus rostratus (Vahl) Schult. Forsteronia pubescens A. DC. Prestonia coalita (Vell.) Woodson Prestonia tomentosa Seem. arv arv lin lin lin lin st st UEC 114298 UEC 47248 364 177 269 137 6. ARECACEAE Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman arv si s/n 7. ASTERACEAE Ageratum conyzoides L. Erechtites valerianifolius (Link ex Spreng.) DC. Chromolaena maximilianii (Schrad.) R. M. King & H. Rob. Vernonia diffusa Less. Vernonia discolor (Spreng.) Less. arv arv 8. BIGNONIACEAE Adenocalymma marginatum (Cham.) DC. Anemopaegma chamberlaynii (Sims) Bureau & K.Schum. Jacaranda micrantha Cham. Lundia obliqua Sond. Mansoa difficilis (Cham.) Bureau & K. Schum. Pithecoctenium crucigerum (L.) A. H. Gentry Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers Zeyheria tuberculosa (Vell.) Bureau lin lin arv lin lin lin lin arv st/sb Material testemunho 41; 101; 143; 180; 356 173 06; 20; 38; 76 27; 40; 51; 59; 330; 394 herb herb herb 387 s/n 299 p p p si UEC 128584 s/n 4; 362 s/n s/n 268 130; 335 357 108 UEC 47268 continua 328 M. T. G. Guaratini: Flora da Reserva Santa Genebra continuação Grupo ecológico Família/Espécie Hábito 9. BORAGINACEAE Cordia ecalyculata Vell. Cordia trichotoma (Vell.) Arrab. ex Steud. Heliotropium sp. Patagonula americana L. arv arv herb arv st 188; 279 s/n 237 s/n 10. BURSERACEAE Protium spruceanum (Benth.) Engl. arv si UEC 47457 11. CACTACEAE Pereskia aculeata Mill. Rhipsalis sp. lin ep 12. CANNABACEAE Celtis iguanea (Jacq.) Sarg. Trema micrantha (L.) Blume arv arv p p UEC 15203 114; 132 13. CELASTRACEAE Hippocratea volubilis L. Maytenus aquifolium Chodat Maytenus robusta Reissek lin at arv tst/sb st 186 75; 122; 158 s/n 14. CHRYSOBALANACEAE Hirtella hebeclada Moric. ex DC. arv sc UEC 21076 15. COMMELINACEAE Dichorisandra sp. herb. 34; 271 16. CUCURBITACEAE Wilbrandia verticillata Cogn. lin 230; 355 17. EUPHORBIACEAE Actinostemon klotzschii (Didr.) Pax arb st/sb arv arv lin lin arv arb lin p p Croton floribundus Spreng. Croton priscus Croizat Dalechampia pentaphylla Lam. Dalechampia triphylla Lam. Pachystroma longifolium (Ness) I. M. Johnston Sebastiania edwalliana Pax & K. Hoffm Tragia sellowiana (Baill.) Müll. Arg. 18. FABACEAE Acacia polyphylla DC. Canavalia parviflora Benth. Centrolobium tomentosum Guill. ex Benth Copaifera langsdorffii Desf. Holocalyx balansae Micheli Inga subnuda Benth. subsp. luschnatiana (Benth.) T. D. Penn. Inga marginata Willd. Inga vera Willd. ssp. affinis (DC.) T. D. Penn. Machaerium brasiliense Vogel Machaerium hirtum (Vell.) Machaerium stipitatum (DC.) Vogel p p Material testemunho 288 103; 182 st st/sb si 01; 50; 60; 96; 233; 294; 318; 324 116; 142 141 6; 30 135; 321 185 UEC 47228 159 arv lin arv arv arv arv si st st si s/n 292 s/n s/n s/n s/n arv arv arv arv arv st si st si si 63; 395 s/n s/n s/n UEC 49380 continua Revista Brasil. Bot., V.31, n.2, p.323-337, abr.-jun. 2008 329 continuação Família/Espécie 18. FABACEAE Machaerium vestitum Vogel Machaerium villosum Vogel Myroxylon peruiferum L. f. Piptadenia gonoacantha (Mart.) J. F. Macbr. Rhynchosia phaseoloides (Sw.) DC. Senna macranthera (DC. ex Collad.) H. S. Irwin & Barneby Sweetia fruticosa Spreng. Hábito Grupo ecológico Material testemunho arv arv arv arv lin arv st st st si si UEC 44083 UEC 46512 UEC 8664 s/n 3; 307 12 arv st s/n 19. LACISTEMACEAE Lacistema hasslerianum Chodat at st/sb s/n 20. LAURACEAE Cryptocarya moschata Ness & Mart. Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez Ocotea beulahiae Baitello Ocotea puberula (Rich.) Ness arv arv arv arv st st st st s/n UEC 46739 s/n s/n 21. LAMIACEAE Aegiphila sellowiana Cham. arv p s/n 22. LECYTHIDACEAE Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze Cariniana legalis (Mart.) Kuntze arv arv st st s/n s/n 23. LYTHRACEAE Lafoensia pacari A. St.-Hil. arv si s/n 24. MALPIGHIACEAE Dicella bracteosa (A. Juss.) Griseb. Heteropterys aceroides Griseb. lin lin 25. MALVACEAE Abutilon peltatum K. Schum. Ceiba speciosa (A. St.-Hil.) Ravenna Luehea divaricata Mart. Luehea speciosa Willd. Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns Triumfetta semitriloba L. ex A. Rich Wissadula hernandioides (L’Hér.) Garcke arb arv arv arv arv arb arb st/sb si si si si p st/sb 290 s/n s/n s/n s/n s/n UEC 10260 26. MELASTOMATACEAE Miconia discolor DC. Miconia pusilliflora (DC.) Naudin at at st/sb st/sb 22; 81; 99 19; 37; 230 27. MELIACEAE Cabralea canjerana (Vell.) Mart. Cedrela fissilis Vell. Guarea guidonia (L.) Sleumer Trichilia catigua A. Juss. Trichilia claussenii C. DC. Trichilia elegans A. Juss. Trichilia hirta L. Trichilia pallida Sw. arv arv at at arv at arv arv st si st/sb st/sb st. st/sb st st UEC 49468 UEC 49461 UEC 11305 123; 163; 229; 240; 262; 367 61; 68; 181; 306; 338; 393 2; 23; 42; 49; 73; 7 146 48; 63; 95; 220; 250; 265; 296; 313; 322 89 247 continua 330 M. T. G. Guaratini: Flora da Reserva Santa Genebra continuação Grupo ecológico Família/Espécie Hábito 28. MONIMIACEAE Mollinedia widgrenii A. DC. at st/sb arv arv si sc s/n s/n 30. MYRSINACEAE Myrsine umbellata Mart. arv si s/n 31. MYRTACEAE Calyptranthes concinna DC. Campomanesia maschalantha (O. Berg.) Kiaersk. Campomanesia guaviroba (DC.) Kiaersk. Eugenia excelsa O. Berg Eugenia florida DC. Eugenia ligustrina Cambess. Eugenia uniflora L. Eugenia sp. 1 Eugenia sp. 2 Gomidesia affinis (Cambess.) D. Legrand Myrceugenia campestris (DC.) D. Legrand & Kausel Myrciaria floribunda (H. West ex Willd.) O. Berg Myrcia rostrata DC. Syphoneugenia densiflora O. Berg arv arv arv arv arb arv arv arv arv arv arb arv arv arv st st st st st/sb st st sc sc st st/sb st/sb st st 164; s/n s/n 106; 86 s/n s/n s/n s/n s/n s/n 153; 121; s/n 32. NYCTAGINACEAE Guapira opposita (Vell.) Reitz Pisonia ambigua Heimerl arv arv st st s/n 54; 313 33. OPILIACEAE Agonandra excelsa Griseb. arv st s/n 34. ORCHIDACEAE Mesadenella cuspidata (Lindl.) Garay Catasetum sp. herb herb 35. PIPERACEAE Piper amalago L. Piper baptisianum C. DC. Piper crassinervium Kunth arb arb arb st/sb st/sb st/sb 36. PHYLLANTHACEAE Phyllanthus acuminatus Vahl Savia dictyocarpa Müll. Arg. arv arv sc st s/n s/n 37. PHYTOLACCACEAE Seguieria americana L. arv st 270 38. PICRAMNIACEAE Picramnia warmingiana Engl. at st/sb 112 39. POACEAE Lasiacis ligulata Hitchc. & Chase Panicum aff. maximum Jacq. Pharus sp. herb herb herb 29. MORACEAE Maclura tinctoria (L.) D. Don ex Steud Sorocea bonplandii (Baill.) W. C. Burger, Lanj. & Wess. Boer. Material testemunho 47; 118 388 164 184; 317 148; 175; 179; 232 259 383 93; 115; 134; 166 102; 109; 172; 323; 396 33; 58; 359 291; 293 279; 336 235; 319; 375 continua Revista Brasil. Bot., V.31, n.2, p.323-337, abr.-jun. 2008 331 continuação Grupo ecológico Família/Espécie Hábito 40. POLYGALACEAE Polygala klotzschii Chodat arb 41. POLYPODIACEAE Microgramma lindbergii (Mett.) Sota herb 189 42. PTERIDACEAE Doryopteris pentagona. Pic. Serm. Pteris denticulata Sw. herb herb 257 174 43. RANUNCULACEAE Clematis dioica L. lin s/n 44. RHAMNACEAE Colubrina glandulosa Perk. Gouania virgata Reissek Rhamnidium elaeocarpum Reissek arv lin arv 45. RUBIACEAE Amaioua intermedia Mart. Chiococca alba (L.) Hitch. Chomelia obtusa Cham. & Schltdl. Chomelia sericea Müll. Arg. Coffea arabica L. Coussarea contracta (Walp.) Müll. Arg. Coutarea hexandra K. Schum. Ixora gardneriana Benth. Ixora venulosa Benth. Mapourea sessiliflora Müll. Arg. arv lin arb arb arb arv arv arv arv arb st/sb st/sb exótica st st st st st/sb Psychotria appendiculata Müll. Arg. Psychotria carthagenensis Jacq. arb arb st/sb st/sb Psychotria cephalantha (Müll. Arg.) Standl. Psychotria leiocarpa Cham. & Schldtl. Psychotria myriantha Müll. Arg. Psychotria niveobarbata Müll. Arg. Psychotria vauthieri Müll. Arg. Rudgea jasminoides Müll. Arg. arb arb arb arb arv at st/sb st/sb st/sb st/sb st/sb st/sb arv arv arv arv arv at arv arv arv arv arv si st st/sb st st/sb st/sb st st si st p 46. RUTACEAE Almeidea lilacina A. St.-Hil. Balfourodendron riedelianum (Engl.) Engl. Conchocarpus pentandrus (A. St.-Hil.) Kallunki & Pirani Esenbeckia leiocarpa Engl. Esenbeckia febrifuga (A. St.-Hil.) Juss. Galipea jasminiflora (A. St.-Hil.) Engl. Metrodorea nigra A. St.-Hil. Zanthoxyllum acuminatum (Sw.) Sw. Zanthoxyllum fagara (L.) Sarg. Zanthoxyllum monogynum A. St.-Hil. Zanthoxyllum rhoifolium Lam. st/sb st st st/sb Material testemunho 84; 152 s/n s/n 181; 184 s/n 17; 177; 178; 252 s/n s/n s/n s/n UEC 31080 129; 165; 194; 236 80; 111; 131; 241; 274; 330 170; 234; 256; 275; 341; 354; 391 266; 371 43; 53; 69; 137; 169; 171; 224; 391 340 119; 147; 182; 258; 327 138; 173; 302; 304; 370 155 90; 140; 149 126; 390 s/n s/n 70; 133; 1111 16 167; 227; 228; 144 150; 161; 183 s/n 368 s/n continua 332 M. T. G. Guaratini: Flora da Reserva Santa Genebra continuação Grupo ecológico Família/Espécie Hábito 47. SALICACEAE Casearia decandra Jacq. Casearia gossypiosperma Briq. Casearia obliqua Spreng. Casearia sylvestris Sw. arv arv arv arv st st/sb st si 48. SAPINDACEAE Allophylus edulis (A. St.-Hil., Cambess. & Juss.) Radlk. Cupania vernalis Cambess. Diatenopteryx sorbifolia Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Serjania caracasana (Jacq.) Willd. Serjania communis Cambess. Serjania grandiflora Cambess. Serjania sp. 1 Urvillea ulmacea Kunth arv arv arv arv lin lin lin lin lin p si st si 74 s/n s/n UEC 56653 39; 55; 57; 311; 314 15; 18; 26; 45 S/n 272 5; 31; 79 49. SAPOTACEAE Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichl.) Engl. arv st 85 50. SOLANACEAE Cestrum sendtnerianum Mart. ex Sendtn. Solanum acerifolium Dunal Solanum alternatopinnatum Steud. Solanum americanum Mill. Solanum argenteum Dunal Solanum gnaphalocarpon Vell. Solanum granuloso-leprosum Dunal Solanum hirtellum (Spreng.) Hassl. Solanum swartzianum Roem. & Schult. arb herb arb herb at arb arb arb arv 51. THEACEAE Gordonia fruticosa (Schrad.) H. Keng arv 52. TRIGONIACEAE Trigonia nivea Cambess. lin 53. URTICACEAE Cecropia pachystachya Trécul Pilea sp. Urera baccifera (L.) Gaudich. arv herb arb 54. VERBENACEAE Lantana brasiliensis Link. Petrea volubilis L. lin lin 55. VIOLACEAE Hybanthus atropurpureus (A. St.-Hil.) Taub. arb 56. VITACEAE Cissus sulcicaulis (Baker) Planch. lin 57. VOCHYSIACEAE Qualea jundiahy Warm. arv st/sb st/sb st/sb st/sb p st/sb p p p st Material testemunho UEC 47226 s/n s/n UEC 49686 88; 283 325 56 s/n 92; 103; 157; 243 170; 365 298; 315 174; 261; 382; 366 s/n s/n 28; 212 p p s/n 253 s/n 32; 196 s/n st/sb 8; 25; 62; 91; 110; 139; 195 7; 280 st s/n Revista Brasil. Bot., V.31, n.2, p.323-337, abr.-jun. 2008 anteriormente classificadas em Flacourtiaceae (Cronquist 1981). Os gêneros arbustivos e arbóreos com maior número de espécies na Floresta de Santa Genebra foram: Psychotria com sete , Solanum e Eugenia com seis, Trichilia e Machaerium com cinco, Zanthoxylum com quatro. Estes seis gêneros, além de Ficus, são os que apresentaram um maior número de espécies no levantamento realizado por Santos & Kinoshita (2003) na região de Campinas. Entre as lianas, o terceiro hábito mais abundante, as famílias mais ricas foram Bignoniaceae, com seis espécies, Sapindaceae com cinco espécies, Apocynaceae com três espécies e Malpighiaceae com duas espécies. Estas famílias estão entre as mais importantes encontradas em fragmentos florestais (Hora & Soares 2002). Em florestas tropicais a riqueza e abundância de lianas estão correlacionadas negativamente com a precipitação total e positivamente com a sazonalidade (Schinitzer 2005). Segundo o autor, as lianas apresentam maior tolerância ao estresse hídrico em relação às arbóreas, arbustivas, herbáceas e epífitas, apresentando um crescimento relativamente maior na estação seca e ocupando preferencialmente, tanto em abundância total como em biomassa, a borda das florestas onde seu crescimento é favorecido pelo aumento de radiação. Tais aspectos, provavelmente, justificam a ampla ocorrência na Reserva de Santa Genebra, uma floresta sazonal e relativamente perturbada, principalmente nas áreas de borda e onde houve ocorrência de fogo. Nestas áreas, a presença de lianas mais agressivas pode alterar a dinâmica florestal retardando o processo de regeneração natural. No interior da floresta foram encontradas espécies herbáceas e arbustivas caracterizadas como invasoras de culturas agrícolas, como Ageratum conyzoides, Erechtites valerianifolius, Chromolaena maximilianii, Lasiacis ligulata, Panicum aff. maximum e Solanum americanum. Tais espécies não são componentes da vegetação florestal, sendo, porém, de ocorrência freqüente, na borda de florestas submetidas a alterações naturais ou antrópicas (Bernacci & Leitão Filho 1996), como, por exemplo, a utilização de áreas florestais para descarga de água superficial dos sistemas agrícolas, muito comum em remanescentes circundados por áreas de agricultura. Além disso, os eficientes mecanismos de dispersão dos propágulos das espécies invasoras associados à presença de mecanismos de dormência de suas sementes (Baker 1974) proporcionam um acesso fácil dessas espécies ao interior da floresta mediante sua incorporação e permanência no banco de sementes do solo (Graham & Hopkins 1990, Hopkins et al. 1990). Estas espécies, mediante o surgimento de condições propícias para a germinação, como por exemplo, a abertura de clareiras, 333 parte essencial da dinâmica florestal (Brokaw 1985), passariam a coexistir com a vegetação florestal. A flora da Reserva Municipal de Santa Genebra apresentou várias espécies não citadas para as florestas estacionais semideciduais do Estado de São Paulo, dentre elas Agonandra excelsa, Coussarea contracta, Myrceugenia campestris, Piper baptisianum, Phyllanthus acuminatus, Psychotria myriantha, P. niveobarbata, Seguieria floribunda, Solanum alternatopinnatum, S. gnaphalocarpon. Fatores como a origem, a intensidade do distúrbio, e o tamanho e grau de preservação do fragmento podem favorecer ou não a perpetuação de espécies em determinadas áreas. Dentre as arbustivo-arbóreas, 19 espécies (12,7%) foram classificadas como pioneiras, 25 (16,8%) como secundárias iniciais, 58 (38,9%) como secundárias tardias, 43 (28,9%) como secundárias tardias pertencentes ao sub-bosque e quatro (2,7%) permaneceram sem identificação. A floresta da Reserva apresenta-se como um mosaico de fases sucessionais distintas, onde áreas ocupadas por espécies de estádios finais de sucessão (cerca de 70%), são adjacentes a outras muito perturbadas, ocupadas por espécies de estádios iniciais de sucessão, bambus e espécies de plantas daninhas. A riqueza de espécies de estádios intermediários de sucessão tem sido descrita como uma particularidade das florestas estacionais semideciduais do Estado de São Paulo, fundamentada na deciduidade sazonal de algumas espécies do dossel da floresta e no histórico de perturbação antrópica das áreas. Tanto os distúrbios de origem natural quanto antrópica (a retirada seletiva de espécies arbóreas) ocasionam a formação de pequenas clareiras, que podem ser colonizadas predominantemente por espécies não pioneiras (Brokaw & Scheiner 1989, Whitmore 1989) proporcionando a manutenção de um número maior de espécies desse grupo no interior da floresta. A riqueza e a importância de espécies de estádio intermediário em contraposição ao número reduzido de espécies pioneiras encontradas colonizando pequenas clareiras na Mata Atlântica (Tabarelli & Mantovani 1997) podem acrescentar evidências a esta hipótese. Embora a dependência de grandes clareiras das espécies intolerantes à sombra tenha sido demonstrada, não existem evidências claras a respeito da importância das clareiras para a maioria das espécies tolerantes à sombra (Denslow & Hartshorn 1994). Não existem estudos que avaliem a importância das clareiras sazonais no recrutamento e desenvolvimento das espécies.de florestas estacionais semideciduais. Similaridade florística – Há um padrão de mudança gradual de sudeste a noroeste com tendência a formação 334 M. T. G. Guaratini: Flora da Reserva Santa Genebra de grupos em escala local, para 12 dos 26 levantamentos, e de encadeamento em escala geral, tendência à ligação com grupos já formados em detrimento a formação de novos grupos. Das 720 espécies registradas para os 26 locais na matriz, 336 (46,7%) ocorreram somente em um local, e apenas 186 (25,8%) em mais de três locais. Por haver poucas espécies comuns entre os levantamentos, os índices de similaridade situaram-se abaixo de 0,50, com exceção dos três primeiros grupos formados. De maneira geral, os fragmentos mais isolados no dendrograma, com menor similaridade, incluem áreas com características peculiares como Assis (EEAs) que é uma mata ciliar muito próxima ao cerrado e que se distingue das demais por apresentar três espécies de Symplocaceae; Mogi Guaçu (MjGç) e a Floresta em Itatinga (Ittn), respectivamente uma floresta ripária e uma mata de brejo, e áreas perturbadas como em Piracicaba (Pira) que é um fragmento pequeno (9 ha), a Fazenda São Vicente (SVcn) e a Floresta em Bauru (Bau). A flora arbórea da Estação Ecológica de Paulo de Faria (PlFr) apresentou características intermediárias às acima descritas e é a mais isolada geograficamente. Entre as demais áreas, locais próximos tenderam a se agrupar, por exemplo, os três levantamentos no P. E. de Vassununga (Vas1, Vas2 e Vas3) e as matas no oeste paulista (Fazendas Berrante (Brnt), Fazenda Tarumã (Trmã), E. E. Marília (EMr) e P. E. Caetetus (Ctts)) que por sua vez se agruparam com outros locais e/ou grupos menores sem uma clara correlação com a distância geográfica. O índice de correlação cofenética (CC) que mede o quanto o dendrograma representa os dados originais foi de 0,88, bem acima do mínimo de 0,75, considerado para uma boa representação (McGarigal et al. 2000). No processo de análise dos dados foi obtida uma correlação cofenética de 0,82 para uma matriz de Similaridade de Sørensen a partir de gêneros e de 0,79 e 0,74 respectivamente para espécies e gêneros em matrizes de similaridade de Sørensen Relativa. Em todas estas análises a flora arbórea de Santa Genebra, como esperado, apresentou maior similaridade com os levantamentos da região de Campinas (Ribeirão Cachoeira (RCch) e Fazenda Bela Vista em Pedreira (Pdrr)) (figura 2). A similaridade pode ser explicada, pela proximidade, pelo grau de perturbação aos quais as florestas foram submetidas e pela localização altitudinal entre 600 e 850 metros destas florestas, próximas ao limite entre as formações Montana e Alto Montana, definidas por Torres et al. (1997) entre 700 e 750 m. A altitude e a duração da estação seca foram sugeridas em outros estudos como fatores importantes que explicariam a distribuição de diferentes táxons nas florestas do interior do Estado de São Paulo (Torres et al. Figura 2. Índice de similaridade de Sørensen (S) para 26 levantamentos de espécies arbóreas em áreas de floresta nos Estados de São Paulo e Paraná agrupados por ligação por UPGMA. Ver tabela 1 para abreviaturas de áreas. Figure 2. Sørensen’s similarity index (S) for 26 tree species surveys in forest areas in São Paulo and Parana State grouped by UPGMA linkage. Study sites abbreviations in table 1. Revista Brasil. Bot., V.31, n.2, p.323-337, abr.-jun. 2008 1997, Oliveira Filho & Fontes 2000, Santos & Kinoshita 2003, Yamamoto et al. 2005) e também podem explicar os resultados obtidos. A floresta da Reserva Municipal de Santa Genebra e as florestas mais similares a ela encontram-se a uma altitude maior do que a da maioria dos levantamentos analisados. O inventário florístico realizado na Reserva Municipal de Santa Genebra amostrou cinco espécies dos gêneros Trichilia (Meliaceae) e Machaerium, (Leguminosae) e quatro do gênero Zanthoxyllum (Rutaceae). Segundo os autores anteriormente citados, as famílias Meliaceae e Rutaceae e os gêneros Machaerium e Trichilia são característicos da formação floresta estacional submontana. Dos gêneros presentes em ao menos seis localidades na matriz de dados ocorreram ao menos em dois dos três remanescentes na região de Campinas (SGnb, RCch e Pdrr): Ilex (Aquifoliaceae), Pseudobombax e Abutilon (Malvaceae), Luetzelburgia e Senna (Fabaceae), Calycorectes e Gomidesia (Myrtaceae), Seguieria (Phytollacaceae), Alseis, Guettarda e Psychotria (Rubiaceae), e Galipea (Rutaceae). Das espécies da matriz de dados que ocorreram exclusivamente nesse grupo, ao menos em dois dos três locais, foram registradas no Planalto Atlântico no leste do estado com relativa freqüência: Myrciaria floribunda (Aragaki & Mantovani 1993, Gandolfi et al. 1995, Aragaki 1997, Tomasulo & Cordeiro 2000, Ogata & Gomes 2006), Erythroxylum deciduum (Nastri et al. 1992, Gandolfi et al. 1995 Tomasulo & Cordeiro 2000, Ogata & Gomes 2006), e Eriotheca candolleana (K. Schum.) A. Robyns (Rodrigues et al. 1989, Grombone et al. 1989, Mantovani et al. 1990), além de Solanum granuloso-leprosum (Gandolfi et al. 1995), Eugenia excelsa (Aragaki & Mantovani 1993, Grombone et al. 1989) e Eugenia ligustrina (Aragaki & Mantovani 1993). Por outro lado, todos os gêneros que ocorreram em pelo menos 13 dos 26 levantamentos (50%), também estiveram presentes nestes remanescentes, mostrando que nesta região são encontrados todos os gêneros freqüentes nas florestas mesófilas semideciduais. Estes dados sugerem que, embora a floresta apresente áreas mais perturbadas, conserva trechos representativos da vegetação nativa de floresta mesófila estacional semidecidual característica de áreas mais elevadas do interior do estado. Referências bibliográficas APG (Angiosperm Phylogeny Group) II. 2003. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG II. Botanical Journal of the Linnean Society 141:399-346. 335 ARAGAKI, S. 1997. 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