Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                
Ministério da Educação Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS Curso de Graduação em Enfermagem ____________________________________________________ JORNADA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM DESAFIOS DA ENFERMAGEM NA CONTEMPORANEIDADE As palavras, que anunciam o tema desta conversa com vocês, traçam limites que se assemelham às linhas do horizonte, ou seja, ao infinito. Segundo o filosofo Santin (2011) este cenário pode provocar reações contraditórias. Para uns pode parecer falta de objetividade e de clareza. São aqueles que pensam dentro os parâmetros da cientificidade, onde todas as premissas da questão devem gozar de objetividade e de univocidade. O seu significado deve ser evidente. Somente assim é possível chegar a uma conclusão final verdadeira. Para outros, entretanto, esta aparente fluidez semântica pode inspirar a imaginação a pensar com liberdade. Pensar com liberdade significa pensar de diferentes maneiras, e admitir que a solução não esteja numa só resposta. As palavras podem ter diferentes interpretações, os fatos podem oferecer múltiplas compreensões. Estas observações permitem distinguir dois modelos de construir saberes. Um científico, outro poético. O paradigma científico não necessita apresentações. A escola, em todos os seus graus, está estruturada sobre as práticas e o ensino científicos. A ciência é o único conhecimento que merece credibilidade, e oferece segurança para intervir na realidade, porque ele é a representação objetiva de qualquer objeto ou fato. Esta crença está baseada na adoção de procedimentos corretos de acessá-los, cujo resultado possibilita representá-los idealmente através de conceitos, definições e fórmulas. Referente a esta crença, Francisco Varela escreveu: “Nossa tradição ocidental na sua totalidade privilegiou, (obviamente, com algumas variantes), esta idéia que o conhecimento é um espelho da natureza”. Razão pela qual, todos privilegiam os modelos da cientificidade tanto para pensar, tanto para agir. Poucos ousam pensar, menos ainda agir, poeticamente. Eu acho que quando a Profª Caroline Neres e a Ariane me convidaram para eu fazer essa palestra, não pensaram apenas em Cientificidade. Eu não sou uma filosofa, por isso vou me ater uma exposição de idéias em uma perspectiva ou uma visão mais pragmática da temática ( não que eu tenha algum preconceito da Filosofia, muito contrario é na Filosofia que eu encontro respostas há muitas de minha perguntas). Entendo que já é tempo de eliminarmos essa dualidade entre o pensar e o fazer, entre a razão e a emoção, isso faz parte de uma visão cartesiana ou cientifica (como falei anteriormente) e que ainda predomina entre nós. Só exemplificando há profissionais que não aceitam outro tipo de verdade se não vier de Estudo/ Pesquisa Quantitativa Experimental realizado por Ensaio Clinico Randomizado onde o P (índice de variância) não pode ficar acima de 0,5. Mas isso está mudando, ficando cada vez mais para traz. Por que hoje o Mundo está adotando uma visão mais Sistêmica ou mais Complexa. E hoje esse é meu desafio, vir aqui falar dos Desafios que a Enfermagem tem pela frente ou na Atualidade. Por isso vou contextualizar e conceituar a temática, para depois colocar, os Desafios da Enfermagem Contemporânea. DESAFIO? CONTEMPORANEIDADE? ENFERMAGEM? DE ONDE ENTÃO VAMOS FALAR? ********************************************* DESAFIO: Segundo AURELIO: s.m. Bras. Disputa poética travada entre dois cantadores, sob forma de um diálogo cantado. É, em geral, improvisado a partir de um tema dado, mas há também desafios com partes decoradas. O gênero já existia entre os gregos e os árabes antigos, e nas cortes da Europa medieval. O Brasil recebeu-o de Portugal. Hoje é encontrado por todo o território brasileiro, especialmente no sertão nordestino, onde ainda é feito do modo tradicional, sem acompanhamento musical, salvo, às vezes, a execução de um pequeno trecho de música entre os versos de cada desafiante. O INFOPÉDIA define como: ato ou efeito de desafiar ou chamar alguém para o combate; Provocação; incitação; Estimulo; duelo; luta; no desporto: competição desportiva, jogo, peleja, partida; despique. (http://www.infopedia.pt/pesquisa-global/) Para o Houasiss Desafio é: ................. ******************************************************************* CONTEMPORANEIDADE: A expressão contemporaneidade aparece de forma recorrente nas produções acadêmicas das ciências humanas e sociais, sendo empregada para sinalizar que a pesquisa ou escrito refere-se a uma situação ou processo que está acontecendo no nosso tempo e que este possui uma especificidade importante: é marcado por transformações em variadas esferas, o que lhe dá contornos complexos. De acordo com os antropólogos e historiadores das Eras Históricas a Idade Contemporânea ou Pós-Moderna como alguns Sociólogos a identificam, teve início com o amadurecimento das idéias Iluministas disseminadas pela Revolução Francesa, contribuindo com o progresso científico na busca de novos conhecimentos para entender o homem e a sociedade. Compreende o período da invenção da Imprensa, os descobrimentos marítimos e o Renascimento. Caracteriza-se pelo nascimento do modo de produção. Idade Contemporânea: Século XVIII (desde 1789 – Derrubada da Bastilha) até a Atualidade. Compreender o mundo contemporâneo do ponto de vista histórico é uma tarefa bastante complicada. Nesse período que se inicia nos meados do século XVIII e vem até os dias de hoje, o historiador se depara com um fluxo de acontecimentos muito mais intenso do que em qualquer outro momento da História. De fato, tem-se a nítida impressão que a história começa a ficar mais acelerada e a função de refletir sobre os acontecimentos acaba ficando bastante complexa. Rainer Sousa A diminuição do tempo e da distância marca singularmente o Mundo Contemporâneo. A chamada Idade Contemporânea está marcada por breves acontecimentos que foram responsáveis pelas maiores catástrofes já registradas na História, como a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria, a criação da bomba atômica, as guerras de Independência de Nações, etc. Também foi o período em que o homem buscou novas alternativas para a convivência social, como o sistema comunista teorizado pelo pai da sociologia Karl Marx e a reivindicação pela quebra de Estado disseminado pelos anarquistas. Nesta era, as nações mais ricas tornaram-se detentoras das decisões mundiais, como os Estados Unidos e o Continente Europeu, e o capitalismo se consolidou como hegemonia no sistema político e econômico do globo. Envolve conceitos tão diferentes quanto o grande avanço da técnica, os conflitos armados de grandes proporções e a Nova Ordem Mundial. Segundo HENNIGEN (2007) analisar ou definir a contemporaneidade é difícil não só em função da sua complexidade e mutabilidade, mas porque é complicado nos distanciarmos de nosso próprio tempo. Em função disso, algumas vezes, o contraponto com o passado é buscado para, apontando diferenças, compreender-se as nossas formas de ser e estar no mundo. E ai penso, em sintonia com Rose (2001), que a condição contemporânea implica certas possibilidades de ser e estar no mundo uma vez que os “... dispositivos de ‘produção de sentidos’ (...) produzem a experiência”. Seria possível definir o que é contemporaneidade? Perguntas do tipo ‘que é isso?’, para estudiosas das Ciências Humanas como Wortmann e Veiga-Neto, são pouco produtivas. E para Veiga-Neto(1999) dizer que um “... processo ocorre num cenário implica dizer que processo e cenário estão indissoluvelmente conectados.” Penso então que com esse significado a contemporaneidade pode ser vista como um cenário. Tal como no teatro, os acontecimentos em cena ganham certas significações em função do cenário e, ao mesmo tempo, o cenário vai adquirindo significados à medida que a trama desenrola-se. Assim, não há uma condição prévia, exterior à produção dos acontecimentos, que seria uma espécie de causa: condições contemporâneas, processos sociais, políticos, econômicos e práticas culturais engendram-se mutuamente. Então, como caracterizar, descrever, compreender a contemporaneidade? Segundo Henning (2007) há um novo conceito, o de Pós-Modernidade, foi introduzido por Lyotard em 1979 para marcar nossa condição radicalmente diferente do que acontecia até meados do século XX. Mas se percebe que esta caracterização do momento histórico atual, não é um consenso entre os estudiosos das Ciências Humanas. O que então devemos conceber por Contemporaneidade? Após varias leituras que fiz, visando elaborar esta palestra de abertura para vocês, Vou conceber a Contemporaneidade sob em 3 aspectos: 1º Aspecto ou Momento Social e Econômico: 3ª Fase da Revolução Industrial Concordo com os antropólogos, cientistas sociais e historiadores de que, ainda estamos vivenciando uma 3ª fase da Revolução Industrial. Somos uma geração (pelo ou menos a minha é) preparada e formada para uma Sociedade Industrial, sob uma hegemonia capitalista (apesar de todas as revoluções sociais que ocorrem tanto na velha Europa e America Latina, não se conseguiu sedimentar outra forma de convivência social, amparada por outros paradigmas que não a do Capital). E observo que esta fase é muito mais acelerada do que foi a 1ª e 2ª, pois há uma cumulo de conhecimento cientifico que tem permitido o Homem, a pensar e elaborar cada vez mais bens tangíveis que agradam e facilitam a vida do Homem Contemporâneo. O que Bens Intangíveis? È aquilo que não seguro nas mãos, tais como: ciência, conhecimento, softwares, consultorias, produtos da indústria cultural como filmes, musica, teatro, como podemos usar um principio ativo de um medicamento tem que pagar Hoitil para quem tem a patente. Enfim... estamos em uma 3ª fase da Revolução Industrial, onde um elemento fundamental é muito valorizado: a mente humana como um elemento decisivo e uma força direta da produção. Para Miranda (2010) “a informação e o conhecimento sempre foram valorizados no crescimento da economia, mas tornaram-se um Gigante neste novo paradigma, o que possibilita que apropria informação se torne um produto do processo de produção. Nasce uma nova Ordem no Mundo. O saber! Reforçar a máxima do filosofo Inglês do século XVI Francis Bacon: Saber é Poder. Apesar de que ainda é muito presente em nossa sociedade a forma de produção da Sociedade Industrial, que obriga o cidadão deixar sua mente e emoções em casa, pois isto não combina com a produção em serie. Recomendo que assistam o Filme: PRO DIA NASCER FELIZ- do Diretor João Jardim – um documentário da Educação Brasileira. Mesmo diretor do Filme Janela da Alma. O que aconteceu com a Keila terminou o ensino médio e foi trabalhar em uma fábrica de roupa, ou seja, foi dobrar calças e ai ela parou de pensar, de criar poesias, de expressar seus sentimentos no papel. O trabalho dela e de muitos brasileiros é na perspectiva da industrialização como no filme de Charles Chaplin - Mundo Moderno, que obriga o cidadão a deixar o cérebro em casa [se pensar na casa, nos filhos, nos problemas, nos sonhos (coisa que a Keila fazia até enquanto só estudava) apertará o parafuso ou dobrará a calça de forma errada]. E continua sendo este Mundo que muitas escolas ainda preparam nossas crianças e jovens para viver! Para essa Sociedade Industrial. Eu vejo que ainda é esta ainda esta muito presente no mundo do trabalho. Pra mim ele ainda existe, há países que vem cada vez mais se fortalecendo e se enriquecendo nesta lógica da Sociedade Industrial. Mas.... há cientistas que entende que esta sociedade industrial já não existe mais, como o Prof. Marcos Cavalcanti – Doutor em Informática. Para ele, nós estamos em uma fase de Transição ( principalmente vocês, a geração Y) onde estamos passando de uma Sociedade Industrial ( a qual eu fui formada/educada) para uma Sociedade do Conhecimento. Ai está então o 2º aspecto da contemporaneidade: 2º Aspecto ou Momento Social e Econômico: Transição da Sociedade Industrial para a Sociedade do Conhecimento Segundo Prof.Cavalcanti, mais da metade das exportações dos EUA desde 2011 foram de Bens Intangíveis, superou a exportação de Produtos Tangíveis como carros, aviões, armas, computadores. Isso gera muitas repercussões e conseqüências em nossas vidas. Por quê? Por que para transportar Bens Intangíveis não precisamos de caminhão, grandes navios ou aviões. Pois como eles ( os Bens Intangíveis) chegam a nossa casa ou na sala de aula ou em laboratório? Como chega um Filme? Um Software? Uma informação? Um dado estatístico? O conhecimento? Sabemos que é por satélite, ou pelo computador. Para Cavalcanti o futuro é da Sociedade do Conhecimento, é de produtos da Comunicação e Informação via Satélites. Ele afirma que mesmo para produzir um produto tangível hoje não se faz sem os bens Intangíveis. Antes eram necessários apenas os 5 fatores de produção que se precisava para produzir: Terra, Capital, Trabalho, Energia e Matéria Prima. Hoje não são apenas estes há um 6 fator: o CONHECIMENTO. Este fator de produção, atualmente é maior que todos os 5 fatores juntos: terra, capital, trabalho, energia e matéria prima. E ai está o maior valor de bem tangível: o Conhecimento para construí-lo. Hoje não basta ter aqueles cinco fatores para construir um avião ou um aparelho respirador para dar assistência ao paciente em uma sala de cirurgia, unidade de emergência no pronto socorro ou nas UTIs ou uma autoclave – aparelho de esterilizar produtos médicos-hospitalares por exemplo. Temos que reconhecer que nosso país ainda este atrasado em relação a esta Concepção de Mundo do profº Cavalcanti, pois ainda estamos correndo atrás de construções de estradas e demais infra-estruturas através dos PACs (criados no governo LULA) e que a Presidente atual vem dando continuidade. Mas segundo alguns críticos o PAC não prepara o Brasil para o futuro, prepara para o Século XX. Mas temos que reconhecer também que alguém alertou os mandões no rumo do país, para investir no capital humano e ai está com uma política publica com grande investimento em fomentar ainda mais o conhecimento nos Jovens Universitário, por meio do Programa Ciências sem Fronteiras enviando jovens para completar suas graduações no exterior, na expectativa de esses jovens contribuirão muito na produção do conhecimento e no crescimento dos pais. Oxalá que assim seja! (com certeza político não foi, acredito que tenha sido algum assessor e cientista brasileiro). Para prof. Cavalcanti o que hoje se agrega ao valor a uma tecnologia, é o custo do Conhecimento utilizado na produção de um Bem Tangível. Enfim... para este professor de Tecnologia da Informação, nos estamos vivendo em um Mundo onde o Fator Conhecimento é o principal Fator de Produção para gerar riqueza a um país. E isto gera ou deveria gerar muitas conseqüências nas políticas publicas e na vida de cada de nós também, ou seja, onde vou investir mais enquanto governo e enquanto cidadão vou apenas consumir bens tangíveis ou buscar mais bens intangíveis para o meu crescimento pessoal e profissional? Enfim este é o milênio da Sociedade do Conhecimento, onde quanto mais eu colaborar melhor. O é diferente em relação a economia capitalista ou seja se eu dividir com vocês o pouco de Capital (dinheiro) que eu tenho, vcos sairão daqui um pouquinho melhor de $ do que entraram e sairei mais com menos do que entrei. Ok? Mas na sociedade do conhecimento é diferente quanto mais eu COLABORAR, DIVIDIR meu conhecimento com meu grupo na escola, na minha casa ou no meu trabalho, melhor. E por isso a lógica hoje de que tudo esta ai, é pra ser compartilhado. Porque o meu com o seu com o dela somados faremos o NÒS. Ou seja, eu tenho uma Idéia, a Maria tem outro e João tem uma terceira, somando todas sairemos daqui com uma quinta Idéia. 3º Aspecto ou Momento Social e Econômico: Não podemos ignorar que as transformações ocorridas no Século XX, principalmente nas décadas finais daquele século, tiveram um caráter Global ( ou seja: não só em determinada região ou nação), foram comandadas por gigantescos blocos de capital (econômico), atuando em diferentes setores, com produção em escala global, regional e em redes. E segundo Miranda (2010) no livro Os Caminhos da Enfermagem – De Florence à Globalização, É Global por quê? “o capital , a matéria-prima, o trabalho, a administração, a informação, a tecnologia e os mercados” que compõem a atividade produtiva, o consumo e a circulação estão organizados em escala global. E redes por quê? “existe uma conexão entre os agentes econômicos, a produtividade gerada e a concorrência” Há uma rede global em interação entre redes empresariais. Essas empresas segundo Corsi “não possuem mais nacionalidade, seus interesses estão espalhados pelo mundo” Este movimento denominado de Globalização se consolidou, fortemente nas duas ultimas décadas do século XX, quando muitos de vocês ainda estavam nascendo: nas décadas de 80 e 90. E Harvey aponta que a globalização é sustentada por 2 outros movimentos: as Informações Precisas e Atualizadas (vista como nova mercadoria muito valorizada) e outro movimento a Reorganização do Sistema Financeiro Global. Fazendo com que a informação torna-se um produto ou bem intangível como expus anteriormente. CONTEMPORANEIDADE ou ATUALIDADE Constitui-se de 3 movimentos sociais, econômicos e políticos 3ª Fase da Revolução Industrial Transição da Sociedade Industrial para a Sociedade do Conhecimento Globalização – movimento de Aldeia Única. Mas e a Enfermagem professora? Pois é ?..Então de onde eu falar Enfermagem para vocês? E como diz nossa querida professora e Doutora Maria Lucia Ivo, com óculos de quem vamos definir a enfermagem? Nesta Contemporaneidade de uma Sociedade Industrial e do Conhecimento e um Mundo Globalizado nas suas relações econômicas, sociais e políticas, eu trago a Enfermagem da do Cuidado Cultural proposto por Leinnerger. ENFERMAGEM: Falar de enfermagem para quem esta em formação, pensando e vivenciando a enfermagem, é extrema responsabilidade, por isso, pensei em não fazer por um caminho filosófico, por exemplo, pela Hermenêutica. Até porque acredito que não é nesta dimensão que a comissão organizadora visualizou quando estabeleceu este tema desta conferencia e também acredito que o publico aqui presente na sua maioria se faz de jovens ávidos por uma fala mais pragmática, que aponte soluções e Imediatas se possível, pois este é o perfil dos jovens na atualidade. Quando usamos a palavra enfermagem para profissionais ou jovens em processo de formação de Enfermeiro, já estamos afirmando seu Ser e seu Fazer. Basta então identificar o que significa a palavra: Enfermagem faz parte de um conjunto de palavras, enfermo, enfermidade, enfermaria e enfermeiro/a que podem nos levar ao caminho do ser e do fazer enfermagem. A raiz deste conjunto de palavras é o termo latino infirmus, mas não necessariamente significam a mesma coisa.. Infirmus, é o resultou da fusão do prefixo in (negação) + firmus, firme, robusto, saudável. Denota, portanto, debilidade, fraqueza, perda de forças. Enfermidade, em princípio, não caracteriza doença, sentido mais freqüente entre nós – mas enfraquecimento. Doença tem outra raiz, também latina, dolen, dolentia, que aponta uma perturbação em que há dor. A palavra Enfermeiro/a também se deriva do latim nutrire, que significa criar, nutrir. Que daí foi para o anglo-saxônico como nurse e para o português enfermeiro/a. Falar sobre enfermagem significa tratar de uma face da história da evolução da vida humana, a face em que a vida encontra as adversidades a enfrentar, como o Sofrimento Físico e Mental, não importando de que Aldeia, Tribo ou Grupo Social este Ser pertence. E percebendo que o momento do Mundo é de uma quase Aldeia Única. Trago para vcoes dotado o conceito de Enfermagem Transcultural proposto pela enfermeira norte-americana Medeleine Leininger estabelecido na Teoria do Cuidado Cultural de Enfermagem, pois devemos levar em consideração a realidade de alguns serviços que são referencia do SUS e instituições privadas de referencia nacional, que atendem a inúmeros usuários de origens territoriais e nacionalidade distintos, assim como devemos reconhecer que a população brasileira de sempre se constitui de vários Brasils. Como também nós (minha geração e a de vocês) devemos nos preparar para um crescimento cada vez maior do contingente de estrangeiros em nosso país. Então Leininger (1999) define a Enfermagem Transcultural como sendo “um campo de estudo, pesquisa e prática formal e legitimo, focado nas crenças, valores e práticas de cuidados culturalmente baseados, para ajudar culturas a manterem ou recuperarem sua saúde (bem estar) e formas de cuidados benéficos e culturalmente congruentes diante da doença ou morte.” O Cuidado Cultural proposto por Leininger vai ao encontro de um cuidado de enfermagem que considera os multideterminantes do processo saúde-enfermidade-cuidado. Seus indicadores empíricos valorizam o conhecimento cultural e o ajuste aos valores e crenças do indivíduo, como elemento imprescindível para um cuidado eficaz. TEORIA DA DIVERSIDADE E UNIVERSALIDADE DO CUIDADO CULTURAL Leininger considera que a enfermagem tem duas dimensões: a Humana e a Cientifica. Dimensão Humana Dimensão Científica Compreender e conhecer os Seres Humanos Indicadores precisos e dedutivamente predefinidos, lógicos e mensuráveis Foram estas as linhas de pensamento que usou para guiar e desenvolver a sua teoria. Só a Enfermagem CUIDA ? NÃO! Os demais também realizam o cuidar. Mas é necessário reconhecer a Equipe de Enfermagem a responsável principal na realização do cuidar. Colocar uma fala da Antropologia Medeiros (2010) O Enfermeiro deve Cuidar sozinho? Não!! Os Desafios da Enfermagem Brasileira Aprender a trabalhar mais em Equipe de Enfermagem por uma Enfermagem Humana e Cientifica. A equipe de enfermagem será composta mais de enfermeiros do que por técnicos. Propor ao Congresso Nacional uma revisão da Lei do Exercício Profissional - Lei 7.498/1986, antes que outras categorias o fazem. Adquirir mais familiaridade com a tecnologia de informação High Tech a beira do leito e prontuário eletrônico. Qualificar-se para assistir a população Adulto-Idoso cada vez mais crescente segundo os dados do IBGE . Terá pela frente uma população multicontinental no país. Criar estratégias de tradução para se comunicar. Realizar Assistência de Cuidados mais Seguros, a população exigirá mais qualidade e segurança na saúde. Aprender a fazer enfermagem em cenários mais diversificados, tais como domicilio, casas de repouso e ambiente dy use para idosos, escolas e creches. Vivenciar a prevenção e cura de algumas doenças hoje incuráveis e deverá preparar-se para outras doenças transmissíveis que chegarão. A oferta do mercado de trabalho será maior na área da Promoção da Saúde, se o IDH continuar aumentando na maioria das cidades. Estar preparado para Flexibilizar, Inovar e Mudar, pois a Sociedade do Conhecimento que ai esta e que ainda virá será mais exigente em Qualidade e Segurança. Muita Resiliência a todos. Os Desafios do Enfermeiro na Contemporaneidade??? 1.DIMENSÃO CIENTÍFICA: Enfermagem Baseada em Evidências – ter a pesquisa como uma estratégia de gestão da prática assistencial. Sistematização da Assistência de Enfermagem - uma ferramenta para o reconhecimento das diferenças culturais dos pacientes. Gestão de Risco - pode ser o 1º passo para um plano de segurança do paciente. Segurança do Paciente – comece reconhecendo que “Humanos Erram: Não somos Infalíveis!!! Gestão dos Resíduos Sólidos – é necessário em todos os serviços de saúde. Formação de Enfermeiros – estimule a busca e construção do conhecimento. Enfermeiro não trabalha sozinho – reconheça e trabalhe com equipe. 2.DIMENSÃO HUMANA: Ter uma Gestão Holística com o paciente e equipe de enfermagem. Ser um Líder Coching in loco (na sua unidade). Pergunte mais, do que imponha suas opiniões e coloque a Mão na Massa. Seja o líder que o Mundo precisa. Buscar a satisfação do paciente e da equipe. Estabelecer avaliação de desempenho em conjunto com a equipe. Buscar a Qualidade de Vida da Equipe no Trabalho. Motivação e Criatividade no Trabalho. Comunicação mais Ética = A ética faz parte de uma das três grandes áreas da filosofia, mais especificamente, é o estudo da ação - práxis. Ao lado do estudo sobre o "conhecimento" - como a ciência, ou a lógica - e do estudo sobre o "valor" - seja ele artístico, moral, ou científico - o estudo sobre a ação engloba a totalidade do saber e da cultura humana. Está presente no nosso cotidiano o tempo todo, seja nas decisões familiares, políticas, ou no trabalho .Mais Amor no ambiente de trabalho. Amor ERÓS – Platão: para ele era o desejo pelo que não tem, erótico, sexual e invejoso. Cuidado com seus amores platônicos. Amor PHILOS ou PHILIA - Aristóteles = (alegria que não falta, mas é um “amor” um tanto quanto egoísta. O amor do tipo Philos não é um amor que doa; sempre espera algo em troca.). Do tipo: “ela me completa, ele pensa como eu, ele me ajuda em casa, ela é minha cara metade, gostamos das mesmas coisas”. Cuidado co esse Amor! Amor STORGÉ – afetos entre os membros da família, afeição de pais e filhos. Amor Familiar. Amor pela Tia Maria. Familia é projeto de Deus, mas tem ser também o Projeto de Homens e Mulheres. Amor ÁGAPE (Amor Incondicional) – Jesus Cristo: afetivo, isenta de conotações sexuais, amor de fraternidade sejamos irmãos sanguíneos ou não. Amor ao próximo, que nos faz todos os irmãos homens mulheres e crianças de todas as cores e religiões. É incondicional, baseado pela escolha de não esperar nada em troca. È por Ágape que saio de casa, com chuva, sol ou frio e aqui ou acolá estou fazendo ou ensinado enfermagem até hoje!