FLUXO COMERCIAL INTERRREGIONAL DOS PAISES DO
MERCOSUL
Área Temática: Ciências Econômicas
Modalidade: Artigo Científico
Nilton Marques de Oliveira (Universidade Federal do Tocantins/ UFT) e-mail: niltonmarques@uft.edu.br
Leandro de Araújo Crestani Î (UNIOESTE Î Toledo); e-mail: leandrocrestani@hotmail.com
Udo Strassburg (UNIOESTE - Cascavel), e-mail udo.strassburg@unioeste.br
Mirian Beatriz Schneider Braun (UNIOESTE - Toledo), e-mail: mirian-braun@hotmail.com
Resumo
Este trabalho tem por objetivo apresentar e analisar o fluxo do comércio intrerregional dos
países membros do MERCOSUL. A metodologia utilizada foi a pesquisa exploratória e a
guisa da literatura. Os dados foram coletados junto ao United Nations Commodity Trade;
Comisión Económica para a América Latina y El Caribe Î CEPAL e The World Bank. Os
principais resultados revelaram que em pouco mais de duas décadas de existência do
MERCOSUL, as exportações brasileiras para os países integrantes do bloco cresceram 17
vezes (US$1,3 bilhões para US$27,8 bilhões). O crescimento do comércio intrabloco, nas
economias dos países membros, como um todo foi bastante significativo no período em
análise, exceto em 2002 e 2009, anos de crise no bloco.
Palavras-chave: fluxo comercial, países do mercado do sul, integração econômica.
1 Introdução
O presente estudo trata do fluxo comercial entre os países membros do Mercado
Comum do Sul Î MERCOSUL, sendo necessário, portanto, o entendimento da integração
econômica e social dos países pertencentes a esse bloco econômico na América do Sul. A
pergunta central deste estudo é: houve expansão do fluxo comercial intrerregional do bloco?
O MERCOSUL é constituído pelos Estados Parte: Argentina, Brasil, Paraguai e
Uruguai, que assinaram o Tratado de Assunção em 26 de março de 1991. Além dos Estados
Parte, há a participação dos Estados Associados Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e
Venezuela. A perspectiva inicial do MERCOSUL foi de construir, na América do Sul, um
mercado comum, cuja execução pudesse caminhar para a fase de União Aduaneira, e tem os
seguintes objetivos: 1) Eliminação das barreiras tarifárias e não tarifárias no comércio entre os
países membros; 2) Adoção de uma Tarifa Externa Comum-TEC; 3) Coordenação de políticas
macroeconômicas; 4) Livre comércio de bens e serviços; 5) Livre circulação de mão de obra;
e 6) Livre circulação de capitais.
A constituição do MERCOSUL modificou o fluxo de comércio dos países membros,
bem como dos setores de suas economias. Deste modo, o objetivo deste estudo é apresentar
uma análise do fluxo do comércio intrerregional dos países membros do MERCOSUL. Nesta
perspectiva, a pesquisa está centrada na área da economia internacional, tendo como
especificidade a área comercial dos países do bloco, destacando o fluxo do comércio.
Desenvolve-se uma exposição sobre o conceito de integração econômica na América do Sul,
elencando-os para que pudessem ser base para seu desenvolvimento.
Isto posto, o artigo é dividido em três seções, além dessa introdução. Na segunda
seção, é discutida a formação do Mercado Comum do Sul Î MERCOSUL. A seguir é
apresentado o processo de integração econômica, o fluxo comercial entre os países. E as
considerações finais sumarizam o estudo.
2. Formação do mercado comum do sul Î MERCOSUL
Nesta seção, será apresentado um breve histórico da formação do Mercado Comum do
Sul Î MERCOSUL, enfatizando o processo de negociação política e os avanços na sua
consolidação em 1991.
Na perspectiva dos países fundadores, o MERCOSUL surgiu com o objetivo de
desenvolver uma organização econômica, política e social, tendo como objetivo desenvolver
na América do Sul um status equivalente ao adquirido, paulatinamente, pela União Européia,
qual seja, um espaço econômico plenamente integrado, com total liberdade para o
deslocamento de fatores produtivos, razoável coordenação econômica (o que, no caso
europeu, assumiu a forma de uma moeda comum para a maioria de seus membros), seguida,
subsequentemente ou simultaneamente, da harmonização e coesão dos regimes sociais e das
peculiaridades nacionais e regionais, para, finalmente, alcançar a desejada concentração
política e diplomática, capaz de fazer a Europa ocidental recuperar sua antiga importância
internacional, o que implicaria lograr uma expressão comum no plano externo (defesa,
segurança, política externa, negociações multilaterais) (ALMEIDA, 2011).
Para a compreensão do surgimento do MERCOSUL, houve anteriormente diversas
organizações com a perspectiva de integração econômica e social na América Latina, entre
elas, podem-se citar:
1. Comissão Econômica para a América Latina Î CEPAL: Criada em 1948 para
desenvolver estudos com a finalidade de integração das nações, ampliação dos
mercados regionais e crescimento industrial;
2. Associação Latino- Americana de Livre Comércio Î ALALC, criada em 1960;
3. Pacto Andino Î criado em 1969 para facilitar a integração econômica de Bolívia,
Colômbia, Equador, Peru e Venezuela (países andinos), tendo o Chile e o Panamá
como observadores;
4. Associação Latino-Americana de Integração Î ALADI, criada em 1980, por meio do
Tratado de Montevidéu, em substituição à ALALC, para integrar economicamente
Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru,
Uruguai e Venezuela;
5. Tratado de Buenos Aires Î assinado, em 1990, pela Argentina e Brasil, para integração
econômica entre as duas nações, de forma a estabelecer um Mercado Comum entre
ambos os países, com prazo definido de instalação até o fim de 1994; e
6. Tratado de Assunção Î assinado, em 1991, pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Foi um complemento ao Tratado de Buenos Aires, com a adesão desses dois últimos
países e o embrião para a constituição do Mercado Comum do Sul Î MERCOSUL
(SANTOS; PRADO, 2009).
O surgimento do MERCOSUL foi a primeira etapa do processo de integração
econômica da América Latina, composto pelos seguintes países: Argentina, Brasil, Uruguai e
Paraguai. O marco histórico de sua criação foi o Tratado de Assunção, firmado em 26 de
março de 1991, na capital paraguaia, pelos presidentes dos países e seus respectivos ministros
de Relações Exteriores.
O Tratado de Assunção assim definiu o que seria o MERCOSUL, em seu Artigo 1º:
Os Estados Parte decidem constituir um Mercado Comum, que deverá estar
estabelecido a 31 de dezembro de 1994, e que se denominará "Mercado
Comum do Sul" (MERCOSUL). Este Mercado comum implica: A livre
circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países, através, entre
outros, da eliminação dos direitos alfandegários e restrições não tarifárias à
circulação de mercadorias e de qualquer outra medida de efeito equivalente; O
estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política
comercial comum e relação a terceiros Estados ou agrupamentos de Estados e
a coordenação de posições em foros econômico-comerciais regionais e
internacionais; A coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre
os Estados Parte Î de comércio exterior, agrícola, industrial, fiscal, monetária,
cambial e de capitais, de outras que se acordem -, a fim de assegurar
condições adequadas de concorrência entre os Estados Partes, e o
compromisso dos Estados Partes de harmonizar suas legislações, nas áreas
pertinentes, para lograr o fortalecimento do processo de integração.
Para Santos e Prado (2009), o MERCOSUL foi criado como proposta de integração
econômica com os países do sul da América Latina, composto atualmente por Argentina,
Brasil, Paraguai, Uruguai. Conhecido também como Cone Sul porque, originalmente, sua
formação era constituída pelas nações do sul da América (Argentina, Chile, Uruguai e
eventualmente Paraguai), dando ao bloco o formato de um cone, vislumbrando o
estabelecimento de uma aliança que possibilitaria a movimentação de mercadorias, capitais,
pessoas, força de trabalho, de maneira a dinamizar a economia dessa região.
No artigo 5º do Tratado de Assunção, é enfatizado que, no período de transição, os
principais instrumentos pra a constituição do Mercado Comum seriam:
a. Um Programa de Libertação Comercial, que consistirá em reduções
tarifárias progressivas, lineares e automáticas, acompanhadas da eliminação
de restrições não tarifárias ou medidas de efeito equivalente, assim como de
outras restrições ao comércio entre os Estados Parte, para chegar a 31 de
dezembro de 1994 com tarifa zero, sem barreiras não tarifárias sobre a
totalidade do universo tarifário; b. A coordenação de políticas
macroeconômicas que se realizará gradualmente e de forma convergente
com os programas de desgravação tarifária e eliminação de restrições não
tarifárias, indicados na letra anterior; c. Uma tarifa externa comum, que
incentive a competitividade externa dos Estados Parte; d. A adoção de
acordo setoriais, com o fim de otimizar a utilização e mobilidade dos fatores
de produção e alcançar escalas operativas eficientes.
Nesta ótica, o MERCOSUL seria uma zona de livre comércio, sem tributação ou
restrição às importações entre os países signatários, previsto no Tratado de Assunção. No ano
de 1996, a Bolívia e o Chile passam a membros associados do MERCOSUL. O Chile está em
processo de se tornar membro pleno Î Estado-Parte. Outros países latino-americanos têm
mostrado interesse em participar do bloco MERCOSUL (SANTOS; PRADO, 2009).
Dessa forma, as principais características do MERCOSUL, são: a Livre circulação de
bens, serviços e fatores produtivos entre os países, eliminação dos direitos alfandegários,
restrições tarifarias à circulação de mercadorias ou de qualquer medida de efeito equivalente;
o estabelecimento de tarifa externa comum (TEC), adoção de política comercial comum em
relação a terceiros estados; coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais e outras Î
de comércio exterior, agrícola, industrial, fiscal, monetária, cambial, de capitais, de serviços,
alfandegárias, de transporte e comunicação entre outros; e, por último, o compromisso dos
países membros de harmonizar suas legislações nas áreas que fazem parte do acordo,
ocasionando, assim, o fortalecimento do processo de integração (CARVALHO, 2000).
Para Favro e Bastos (2010), o MERCOSUL é a quarta área geoeconômica do mundo e
um dos mercados emergentes com maior renda per capita e, claramente, vencendo desta
forma o estágio de livre comércio. A corrente de comércio entre o Brasil e seus sócios do
MERCOSUL chegou a quintuplicar, em apenas sete anos. Pode-se verificar a importância de
todo o processo de integração regional entre os países membros do MERCOSUL.
O Protocolo de Brasília, assinado em 17 de dezembro de 1991, estabelece o sistema de
solução de controvérsias do MERCOSUL. O Cronograma de Las Leñas, assinado em junho
de 1992, aborda os interesses comerciais necessários para que o Tratado de Assunção se
complete, e o Mercado Comum se torne realidade. Prevê não apenas a criação de uma zona de
livre comércio, mas uma união aduaneira (SIMÕES; MORIN, 2002).
Com a assinatura do Protocolo de Ouro Preto, em dezembro de 1994, o
MERCOSUL passa a contar com uma estrutura institucional definitiva para
a negociação do aprofundamento da integração. Além disso, o Protocolo de
Ouro Preto estabelece a personalidade jurídica do MERCOSUL, que, a partir
de então, poderá negociar como bloco acordos internacionais. A partir de 1.º
de janeiro de 1995, termina o período de transição, iniciando a nova fase de
consolidação da união aduaneira imperfeita, que se estenderá até 31 de
dezembro de 2005 (SIMÕES; MORIN, 2002, p.141).
Para Braun, Cardoso e Bechlin (2012), o MERCOSUL deve ser considerado um
projeto que tem como objetivo a redefinição da estratégia de desenvolvimento em um
momento em que se define a conjuntura internacional. Nessa perspectiva, a América Latina
continuaria dividida em mais de vinte nações isoladas, sendo apenas um lugar em que os
grandes países vêm fazer o seu negócio.
3. Fluxo Comercial Intrarregional dos Paises do MERCOSUL
Aqui será apontado o fluxo do comércio intrabloco do MERCOSUL. Como já
mencionado, a implantação do MERCOSUL em 1991 representou um marco para os países
da América do Sul, sendo o primeiro processo de integração sul-americano a obter resultados
concretos e a abrir alternativas regionais para uma melhor inserção internacional dos países do
cone sul, nos quadros de uma ordem mundial emergente, com seu modelo integracionista. O
processo de integração no MERCOSUL vem adotando gradualmente a eliminação das
barreiras ao comércio dos países membros (VIZENTINI, 2007; CARDOSO, 2011).
Analisando o potencial de consumo dos países membros, o MERCOSUL, em 2012,
representou um mercado com 249,5 milhões de pessoas, em um território de 12 milhões de
km2, com um PIB de 2,8 trilhões de dólares e com um volume de comércio exterior de mais
de 650 bilhões de dólares, além do mais, a América do Sul é dotada de grande potencial de
energia e de recursos naturais (WORLD BANCK, 2013).
No contexto de integração global, Vizentini (2007) diz que a concentração de países
em blocos econômicos, caso do MERCOSUL, possibilita a consolidação das relações
comerciais dos países membros, assim como é estrategicamente funcional no contexto
internacional. Ele defende a idéia de que a integração não se dá apenas no campo econômico,
mas também no social, político e cultural dos povos envolvidos.
Dessa forma, o comércio global consiste na integração dos mercados nacionais por
meio da diminuição das barreiras comerciais e, consequentemente, do aumento do comércio
internacional (WOSS, 2011).
Esse avanço de integração econômica no MERCOSUL teve início a partir dos anos 90.
Pesquisadores como Bonelli e Fonseca (1998), Moreira (1999), Pinheiro e Moreira (2000) e
Braun (2003) têm mostrado correlação entre a abertura brasileira para o mercado externo nos
anos 90 e o aumento na produtividade no setor manufatureiro, bem como na política
comercial brasileira.
Harrison et al. (2003) analisaram os efeitos das políticas comerciais regionais do
Mercosul para o crescimento econômico e a redução da pobreza no Brasil, chegando à
conclusão de que os domicílios mais pobres ganham de três a quatro vezes mais que a média
dos ganhos para o Brasil, devido a um aumento na demanda por produtos dos setores mais
intensivos em trabalho não qualificado e à elevação dos salários, a partir da liberalização
comercial iniciada nos anos 90.
Diante do exposto, a Tabela 1 apresenta o fluxo do comércio entre os países membros
do MERCOSUL. Como pode ser observado, desde os anos 90, o MERCOSUL trouxe uma
transformação no comércio entre os países membros, com forte crescimento das trocas entre
eles. Para Cardoso (2011), esse cenário passa a ser modificado a partir dos últimos anos da
década de 1990, quando as crises econômicas acirram os conflitos comerciais, principalmente
entre Brasil e Argentina, que concentram a maior parte dos fluxos comerciais do
MERCOSUL.
A intensidade dos fluxos comerciais entre os países membros do MERCOSUL entre
1992 e 1997 é o indicador mais pertinente no tocante ao sucesso da iniciativa.
Consequentemente, esse processo contribui muito para modificar o grau de interdependência
entre os países membros, não só devido ao aumento dos fluxos de comércio e investimento,
mas também devido a aspectos históricos e à proximidade geográfica (VEIGA, 2005).
A Tabela (1) apresenta o comércio entre os países membros que formam o bloco e a
evolução das relações econômicas intrarregionais no MERCOSUL. A comparação entre os
anos de 1995, 2002 e 2011, se justifica pela escolha de um período de ascensão (1995), um
período de crise (2002) e, por fim, ao período de 2011, com a expansão do crescimento do
comércio.
Nota-se que os fluxos comerciais entre os países membros encolheram de forma
significativa entre 1995 e 2002, devido à sequência de crises que afetaram os países, inclusive
com mudanças de regime cambial no início de 1999 no Brasil, e em fins de 2001, na
Argentina. Tanto as exportações quanto as importações tiveram queda nos países membros.
As exportações brasileiras para a Argentina, Paraguai e Uruguai caíram 42%, 58% e 57%, e
as importações, 11%, 13% e 38%, respectivamente. A queda na transação comercial
intrabloco foi de 43% nas exportações, passando de US$ 4,3 bilhões em 1995 para 2,4 bilhões
em 2002, ao passo que as importações intrabloco diminuíram cerca de 15%, passando de US$
6,7 bilhões para US$ 5,7 bilhões.
Passado o período de ajustamento, o comércio bilateral entre Brasil e Argentina voltou
a crescer nos anos subsequentes (Fig. 1). As exportações brasileiras cresceram 667% entre
2002 e 2011, enquanto as importações provenientes da Argentina apresentaram uma variação
menor, de 246%. Em 2011, as exportações brasileiras alcançaram US$17,9 bilhões e as
importações, US$16,4 bilhões. A taxa de crescimento das exportações resultou em um
superávit comercial crescente e favorável para o Brasil em torno de US$1,5 bilhão. A
Argentina figura entre os principais destinos das exportações brasileiras. Em relação às
importações, a Argentina foi o 3º fornecedor do Brasil, (MDIC, 2013).
Quanto ao comércio bilateral entre Brasil e Paraguai, ele apresentou considerável
crescimento entre 1995 e 2011. Em 1995, o Brasil exportava para o Paraguai US$1,3 bilhão,
com o período da crise no continente sul em 2002, as exportações foram de apenas US$558
milhões, representando uma queda de 57%. Nos anos subsequentes, Figuras 1 e 2, há
crescimento tanto das exportações quanto das importações. Em 2011, as exportações do Brasil
para o Paraguai chegaram a US$2,96 bilhões, representando um aumento de 431%. Quanto às
suas exportações para o Brasil, elas aumentaram um pouco, passando de US$410,8 milhões
em 1995 para US$715 milhões em 2011, um crescimento de 74%. Algo relevante é o fato de
os principais destinos das exportações do Paraguai ser Argentina e Uruguai, respectivamente,
enquanto suas compras advêm principalmente do Brasil e da Argentina, evidenciando assim o
comércio intrarregional (Tabela 1).
No tocante ao comércio bilateral entre Brasil e Uruguai, em 1995 o Uruguai comprou
do Brasil US$662 milhões, já em 2011 as compras chegaram a US$1,9 bilhões, um
crescimento de mais de 201%. Quanto às exportações, o Uruguai vendeu para o Brasil
US$700 milhões em 1995, já em 2011, as vendas passaram de US$1,6 bilhão, um aumento no
fluxo do comércio de 135%.
O fluxo de comércio entre Argentina e Paraguai seguiu o mesmo padrão, embora em
menor valor. Em 1995, a Argentina exportava para o Paraguai cerca de US$631 milhões, em
2011, passou para US$1,3 bilhão, tendo as exportações crescido 2,1 vezes. Já para o Paraguai
apresentou um crescimento surpreendente nas suas exportações para a Argentina, de cerca de
11,7 vezes, e suas exportações, que, em 1995 eram de US$ 83,3 milhões, passaram para
US$972 milhões em 2011.
País Exportador
Brasil
Paraguai
Uruguai
Total
-
4.041,1
83,3
267,1
4.391,5
5.484,1
2.346,5
22.709,3
-
34,7
972,6
410,8
113,3
587,0
700,1
2.494,5
24.268,9
6.595,0
2002
4.743,8
-
353,0
431,8
5.528,6
2011
17.334,8
-
715,8
1.645,0
19.695,6
1995
631,4
1.300,7
-
24,9
1.957,0
2002
344,7
559,6
-
61,7
966,0
2011
1.367,0
2.968,5
-
191,0
4.526,5
1995
662,9
811,0
34,0
-
1.507,9
2002
2011
1995
2002
530,5
1.995,3
6.778,4
5.619,0
412,5
2.174,5
6.152,8
3.318,7
165,1
1.061,6
528,1
552,8
992,1
736,1
1.108,1
5.231,4
14.451,4
10.226,5
2011
20.697,1
27.852,3
2.750,0
2.423,0
53.722,4
Total
Brasil
1995
2002
2011
1995
Paraguai
Argentina
Uruguai
Argentina
País Importador
Tabela 1 Î Fluxo comercial intrarregional no MERCOSUL - 1995, 2002 e 2011 (em
milhões US$ correntes)
Fonte: Comisión Económica para a América Latina y El Caribe Î CEPAL Î Bases de datos (2013);
Departamento de integración y Comércio Internacional em base a Trade Map. (2013).
Quanto ao comércio bilateral entre Argentina e Uruguai no período de declínio 19952002, a queda das exportações da Argentina para o Uruguai foi de 19%. No período de
crescimento 2002 a 2011, as exportações aumentaram cerca de 276%, passando de US$530
milhões para US$1,9 bilhões. Quanto às vendas do Uruguai para a Argentina, elas
mantiveram um comportamento semelhante aos dos demais países do Bloco. Em 1995, as
exportações para Argentina eram de cerca de US$267 milhões, passando para US$587
milhões em 2011, com um crescimento de 119%.
Por fim, o fluxo de comércio entre Paraguai e Uruguai foi diferenciado quanto ao
padrão seguido pelo comércio entre os demais membros, nos anos de análise. No período em
declínio 1995-2002, o Paraguai aumentou as exportações para o Uruguai, em 385%, e as
importações cresceram 147%. Quanto ao período de 2002 a 2011, as exportações paraguaias
passaram de US$165 milhões para US$1,06 bilhões, um aumento de aproximadamente 543%.
Já as importações advindas do Uruguai aumentaram cerca de 154% entre 1995 e 2002,
passando de US$ 24,9 para US$61,7 milhões, respectivamente. No período de expansão, entre
2002 e 2011, as importações advindas do Uruguai aumentaram cerca de 213%, passando de
US$61,7 milhões em 2002, para mais de US$191 milhões em 2011 (Tabela 1).
Neste ponto, é oportuno citar o trabalho de Graf e Azevedo (2003), que estimou o
fluxo potencial de comércio bilateral para os países membros do MERCOSUL através do
modelo gravitacional, concluindo que houve uma aproximação considerável entre os valores
de comércio potencial total do bloco e o fluxo real de comércio para o ano de 2009. Os fluxos
que apresentaram maior potencial de comércio foram Argentina x Paraguai e Argentina x
Uruguai, enquanto o país que apresentou a maior parte dos fluxos bilaterais potenciais de
comércio, abaixo do comércio efetivo foi o Brasil.
Segundo Cardoso (2011), a constituição do MERCOSUL surtiu efeitos significativos
sobre o padrão de exportações de todos os seus integrantes, pois, de modo geral, todos eles
experimentaram aumento significativo das suas exportações intrabloco.
As Figuras 1 e 2 apresentam a evolução das exportações e das importações do
comércio intrarregional dos países membros do MERCOSUL. Como pode ser observado, no
que se refere às exportações, o comércio intrarregional foi afetado pelas crises de 2002 e
2009, em proporções similares, tendo o volume comercializado se reduzido 33% e 26%,
respectivamente, em comparação com o ano anterior em cada um dos episódios.
Figura 1 Î Evolução do Comércio intrarregional das exportações em milhões de dólares
entre 1991 e 2012
Fonte: Secretaria de Comércio Exterior (2013).
Nota-se desde o início da década de 90 uma evolução positiva das exportações dos
países membros do MERCOSUL (Figura 1). Este efeito pode ser explicado pela importância
no comércio intrarregional dos produtos industriais, produtos de base primária e
manufaturados, aumentando, dessa forma, o fluxo comercial no Cone Sul.
Quanto às importações, elas têm o mesmo caminho das exportações. Como pode ser
observado na Figura 2, desde os anos 90, as importações realizadas pelos países membros do
bloco vêm crescendo, exceto no período de 2002 e 2009. Outra observação é que os países
que têm o maior volume tanto das exportações e quanto de importações são o Brasil e
Argentina. Paraguai e Uruguai são mais modestos em termos de volume comercializados. A
pauta de comercialização será analisada a seguir.
Figura 2 Î Evolução do Comércio intrarregional das importações em milhões de dólares
entre 1991 e 2012
Fonte: Secretaria de Comércio Exterior (2013).
Torna-se necessário explorar, nesta parte, as pautas de exportação dos países membros
e analisar as principais commodities, pois elas representam mais de 50% das exportações do
comércio intrabloco. Seguindo o mesmo período, serão analisados os anos 1995 e 2011, pois
captam um efeito inicial e um efeito pós-Mercosul em âmbito comparativo. Os dados foram
coletados junto ao United Nations Commodity Trade (2013).
As principais commodities exportadas pela Argentina em 1995 estão distribuídas nos
seguintes setores: agrícola, 34%; recursos naturais, 21%; e manufaturados, 43%. Em 2011,
houve alteração na pauta de exportação da Argentina. O setor agrícola reduziu sua
participação para 11%, o setor de recursos naturais representou 21%, a mesma situação de
1995, e o setor de manufaturado aumentaram para 68%, evidenciando maior valor agregado
nas pautas de exportações intrarregionais, no caso Argentino. Os principais produtos
comercializados pela Argentina são: cereais, animais vivos, combustíveis minerais, leite e
laticínios, ovos, gorduras, óleos animais e vegetais, plásticos, peles e couros, veículos,
automóveis, tratores, reatores nucleares e caldeiras.
O Brasil tem o maior volume de produtos comercializados no bloco, e as principais
pautas de exportações, em 1995, foram constituídas de veículos, automóveis, tratores, reatores
nucleares, caldeiras, máquinas, materiais elétricos, máquinas, aparelhos e materiais elétricos,
que responderam a mais de 75%. O setor de manufaturado representou 95% das exportações
brasileiras, o setor agrícola e o de recursos naturais representaram 3% e 2%, respectivamente
(UNCT, 2013).
Em 2011, não ocorreram grandes alterações na pauta de exportações, exceto no
volume exportado: o setor manufatureiro representou cerca de 82% e o setor de recursos
naturais passou a ter maior participação, cerca de 18%. Nota-se que o setor agrícola não
aparece entre as principais commodities exportadas pelo MERCOSUL, o que mostra a
relevância dos países em exportar produtos industrializados intrabloco. Cardoso (2011) já
havia encontrado resultados semelhantes na pauta de exportação de 2009.
Diferentemente do Brasil, o Paraguai se sustenta na pauta de exportações de produtos
agrícolas: em 1995, este setor representou cera de 35%, e em 2011 aumentou para 96%, o
setor de manufaturas contribuiu com 4% e o setor de recursos naturais não apareceu entre as
principais commodities. Os principais produtos são: sementes, frutos, óleos animais e
vegetais, cereais, madeira, carvão, plásticos, vestuário, carnes e miudezas.
As exportações do Uruguai se encontram assim distribuídas: em 1995, o setor agrícola
representou cerca de 58% das exportações e o setor de manufaturas, 44%, mas o setor de
recursos naturais não esteve entre as principais commodities exportadas para o bloco.
Paraguai e Uruguai se assemelham na pauta de exportações que foram: carnes e miudezas,
sabão, fumo, cereais, plásticos, papel, cartão, móveis, sal, enxofre, leite, ovos, fertilizantes.
Em 2011, a pauta de exportações uruguaias para o MERCOSUL estavam assim
distribuída: 63% no setor agrícola, 36% no setor de manufaturados e 1% no setor de recursos
naturais.
Na Tabela 2 está apresenta a taxa geométrica de crescimento e a média do intercâmbio
comercial das exportações e importações, em milhões de dólares, do Brasil para o mundo e
para os países membros do MERCOSUL, desde o período da formação do bloco em 1991, até
2012. A taxa e a média foram calculadas pelo software EViews 4.0.
O Brasil exportou, em média, no período em análise, cerca de US$100,3 bilhões para o
mundo, e suas importações ficaram em torno de US$84,4 bilhões, e a taxa geométrica de
crescimento tanto para as exportações quanto para as importações ficaram em 10,5% e 10,7%
ao ano, respectivamente. Analisando as exportações e importações do Brasil, entre os países
membros, a média ficou em torno de U$10,9 bilhões para as exportações e US$8,9 para as
importações. Visualizando de outra forma, as exportações e importações representaram em
média 10% do comércio intrabloco. A taxa de crescimento foi de 9% ao ano para as
exportações e 8% para as importações.
Países / Valores e
Taxas
Média
TGC (%)
Brasil Total
MERCOSUL
Exp
Imp
Exp
Imp
100.367 84.426 10.992 8.934
10,58
10,71
9,03
8,16
Argentina
Exp
Imp
8.712 7.679
Paraguai
Exp
Imp
1.314 438,77
Uruguai
Exp
Imp
966
816
10,27
5,73
5,86
8,83
4,25
5,31
Tabela 2 Î Taxa geométrica de crescimento e média do intercâmbio comercial das
exportações e importações do Brasil para o mundo e para os países membros do
MERCOSUL entre 1991 e 2012 (US$ milhões FOB)
Fonte: Secretaria de Comércio Exterior (2013).
Legenda: TGC: Taxa Geométrica de Crescimento; Exp: Exportação; Imp: Importação.
Como já mencionado, a Argentina figura como o principal país dentro do bloco, com o
qual o Brasil comercializa. Em média, o Brasil exportou para a Argentina US$8,9 bilhões e
importou US$7,6 bilhões, isto representa mais de 80% da comercialização intrabloco. As
exportações para a Argentina cresceram em média 10% ao ano, enquanto as importações,
8,8% (Tabela 2).
Quando se analisa o fluxo de comércio entre Brasil e Paraguai e Uruguai, tanto as
exportações quanto as importações são mais modestas. As exportações para o Paraguai, em
média, foram 12%, e para o Uruguai, 8% do total das exportações do Brasil para o bloco entre
1991 e 2012. Em ambos os países, a taxa de crescimento, tanto das exportações quanto das
importações ficou em torno de 5% ao ano.
Pelo exposto, conclui-se que o Brasil e a Argentina são as maiores economias do bloco
e se destacam pelas exportações de produtos industrializados e semiprocessados, enquanto
Paraguai e Uruguai são os maiores exportadores de commodities, com baixo valor agregado.
4. Considerações Finais
Como visto, o presente trabalho apresentou e discutiu o fluxo do comércio
intrarregional entre os países membros do MERCOSUL. Toda a análise se deu numa
perspectiva da economia internacional, tendo como especificidades a área comercial. A teoria
da integração econômica norteou o trabalho.
Em pouco mais de duas décadas de existência do MERCOSUL, as exportações
brasileiras para os países integrantes do bloco cresceram 17 vezes (US$1,3 bilhões para
US$27,8 bilhões), acréscimo que supera em muito o aumento do volume de exportações
brasileiras para outros países. Além disso, é preciso destacar a qualidade dessas exportações,
compostas por 80% de manufaturados, o que torna o MERCOSUL um nicho importante para
a indústria brasileira.
Os resultados mostraram que o crescimento do comércio intrabloco nas economias dos
países membros como um todo, foi bastante significativo no período de 1991-2012, exceto no
em 2002 e 2009, anos de crise no bloco.
Foi confirmada a hipótese de que o MERCOSUL modificou o fluxo de comércio dos
países membros, bem como os setores de suas economias.
Reduzir a grande disparidade regional dos países do bloco é um desafio para os países
membros, os quais almejam alcançar um desenvolvimento sustentável e justo.
Outros desafios devem ser enfrentados pelo MERCOSUL, cabendo ressaltar que o
bloco tem problemas de ordem política. Espera-se, portanto, que o bloco conquiste maior
sucesso nas questões de barreiras não tarifárias, que os acordos não sejam apenas nos pontos
econômicos, mas também nos pontos políticos, visando a melhorias do bem-estar, criando um
ambiente de melhor competitividade entre os países membros.
Novas análises serão estimuladas visando à complementação desse estudo, sendo
sugerida uma investigação sobre as especificidades locais, incorporando variáveis como a
cultura, o capital social e as instituições.
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