Atomic Bombs

On August 15, 1945, President Harry S. Truman announced on television that Japan had surrendered. This decision was prompted by the catastrophic events of August 6 and 9, 1945, in which the United States of America dropped atomic bombs on the cities of Hiroshima and Nagasaki, causing massive destruction of the infrastructure and loss of human life. 'What Light, Black Rain' provides us with a lens through which to view these events.

Desde a década de 1970 o debate sobre o revisionismo assola os historiadores, principalmente sobre temas que envolvem a Segunda Guerra Mundial, mais especificamente sobre o Holocausto. Um tema, não menos importante, tem gerado diversas complicações teóricas e historiográficas, sobre outra questão que envolve a Segunda Guerra Mundial: as bombas atômicas jogadas em Hiroshima e Nagasaki em 1945. Diversos intelectuais se dedicaram a estudar tal fenômeno, muitos destes tiveram sua atenção voltada para discutir os motivos pelos quais as bombas foram lançadas, incipientes estudos se preocuparam de como as vítimas, a radiação e reconstrução do Japão (aliada a invasão estadunidense no país de 1945-1952) impactaram o imaginário social do século XX e XXI. Nesta perspectiva, este trabalho busca discutir e problematizar as formas como o pensamento histórico se organiza para legitimar um discurso que carrega um viés político muito forte. Pretendendo compreender como o uso de artifícios da “ciência histórica” são possíveis de serem usados para pretextos variados, como denunciar autores ditos “revisionistas”, porém, muitas vezes aderido um discurso completamente antiético e ofensivo aos Direitos Humanos. Para isso, trataremos do debate (e suas repercussões) travado, desde a década de 1970, entre o historiador estadunidense Robert Maddox e o economista político Gar Alperovitz. Maddox aponta severas críticas ao que chamou de “revisionismo de esquerda” sobre as bombas atômicas. Direcionado a desconstruir a obra de Alperovitz, acusa-o de falsário por ignorar fontes que seriam contraditórios a sua tese: de que a bomba foi lançada para intimidar a URSS. Maddox é veemente em afirmar que a bomba cumpre a função de obrigar um Japão, que ainda colocava muitas pessoas em risco, a se render. O autor recorre a dados estimativos de baixas que o exército estadunidense teria no caso de uma invasão ao Japão. Na tentativa de estreitar este debate, temos como objetivo entender como os autores se utilizam das fontes e do discurso historiográfico para legitimar a sua versão da história, que necessariamente envolve questões políticas e identitárias envolvendo a construção de um inimigo e a justificação para o uso de armas de destruição em massa. Com o intuito de compreender as formas como o discurso histórico acadêmico cria, através de uma crítica “cientificista” da história, elementos capazes de denunciarem uma obra acusando-a de revisionismo (num sentido pejorativo), porém nem sempre comprometidos com a “verdade” e/ou a ética, mas enfatizando apenas a denúncia. Utilizando como referenciais teóricos autores como:  Armitage (2014), Certeau (2010), Cezar (2012), Dower (2000), Ferro (1986), Friedlander (2007), Rousso (1994), Vidal-Naquet (1993) entre outros.

This paper discusses the possibilities of representing the history of the atomic bomb through a historiographical narrative, the implications of such acts and ethical issues involved in the process and policies. Focusing mainly on the traumatic prospect analysis of the event, it should be noted that after the dropping of the atomic bombs on Hiroshima and Nagasaki in 1945 historiography, as a whole, been affected by the magnitude of such an event created in terms of military strategy, configuration war and its destructive capacity. Talk about a traumatic event is a complex and difficult task that according LaCapra (2001) becomes essential to understand the possibilities that history has to represent and speak on this theme. Whereas only takes a traumatic event such a feature from its destructiveness and to shock people involved and / or who witnessed the middle way (through the media, for example) such an event. Hayden White (1999) presents the idea of modernist events. These events have the following main characteristics the fact of being more traumatic to be forgotten and hard enough that your recollection is something natural and not painful. The atomic bomb is certainly a clear example of a modernist event and it brings ethical and clear narrative to speak of such an event. Western historiography on the atomic bomb, in general, was restricted to treat it as a military artifact and fruit of diplomatic relations. Authors as Gar Alperovitz (1965), Tsuyoshi Hasegawa (2006) and Samuel J. Walker (1997) are a clear example of historiography It is dedicated to study the atomic bomb from a diplomatic perspective. Now, we intend to discuss the possibilities and ethical and political implications of historiographically we represent the atomic bomb in the West. Understand the role played by nuclear weapons in Hiroshima and Nagasaki as a weapon of war and a fierce diplomatic instrument implies in itself, in considering whether or not the traumatic bias that this event brought. Proof of traumatization that this event has is evident to see that throughout the twentieth century one give greater latencies (GUMBRECHT, 2013) existing was the fear of nuclear weapons, but the same was not released once against humans in Hiroshima and Nagasaki. Thus, we propose a theoretical analysis of the production of western historiography of the atomic bomb and the possibilities and ethical implications that we must face the historiographically we represent as controversial event and so important to the twentieth century and the present day.