Este artigo estuda os tabeliães públicos da cidade do Porto, focando algumas indicações destes agentes da escrita e do local em que exercem o seu ofício. Estabelecemos o ano de 1242, data da primeira referência de um tabelião público...
moreEste artigo estuda os tabeliães públicos da cidade do Porto, focando algumas indicações destes agentes da escrita e do local em que exercem o seu ofício. Estabelecemos o ano de 1242, data da primeira referência de um tabelião público portuense, como termo a quo, e 1383, ano da morte do rei D. Fernando, como termo ad quem, período durante o qual a cidade está em evidente crescimento urbano, comercial e económico. O estudo aqui desenvolvido debruça‐se especificamente sobre as ruas onde habitam e escrevem, mostrando uma breve análise da mobilidade dos tabeliães públicos do Porto, e as consequências que dessa itinerância provinha. Com efeito, os tabeliães acompanham o desenvolvimento económico da urbe que se traduz na saída dos muros da cidade, e na aproximação ao rio, participando activamente na vida financeira local.
This article studies the notaries public of Porto, focusing on some information about the agents of writing and the place that they exercise the notarial office. We established 1242, date of the first reference of a notary public of Porto, as termo a quo, and 1383, date of the death of King Fernando, as termo ad quem, a period of economical and urban growth of the city. This study focuses specifically on the streets where they live and write, showing a brief analysis of the mobility of the notaries public and the consequences of their itinerancy. The notaries public follow the economic development of the city, which can be interpreted in the outing of the city’s walls, and in the approaching to the river, actively participating in the local finance.