Papers by Arvi Sepp
A literatura escrita por migrantes pertence a uma classe particular, porque a
língua materna dess... more A literatura escrita por migrantes pertence a uma classe particular, porque a
língua materna desses autores é sempre outra que a língua na qual eles escrevem. Daí,
surge a pergunta: trata-se de uma tradução feita pelo próprio autor, ou é simplesmente
um texto escrito em língua estrangeira por um estrangeiro? Neste estudo, pesquisamse
as obras de três autores japoneses que publicaram livros, cada um em uma língua
diferente. Essas obras são analisadas com o intuito de avaliar em que medida esses autores
mantêm rastros da língua materna a ponto de criar uma língua “mista”, “creolizada”
que reflita uma nova identidade. Em outras palavras, trata-se de responder à pergunta
se eles mesmos se traduziram, ou se escreveram simplesmente em outra língua, o que
significaria que eles mantiveram sua identidade de japoneses. Chega-se à conclusão
de que as atitudes dos autores são diferentes ao enfrentarem a cultura estrangeira e sua
língua, embora a temática e a adaptação à cultura estrangeira sejam muito parecidas.
Conclui-se que a maneira de se autotraduzir e a maneira de lidar com a língua do “outro”
dependem, claro, da personalidade do autor, mas também do tipo de sociedade receptora
e do momento histórico.
Appunti leopardiani - rivista semestrale by Arvi Sepp
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língua materna desses autores é sempre outra que a língua na qual eles escrevem. Daí,
surge a pergunta: trata-se de uma tradução feita pelo próprio autor, ou é simplesmente
um texto escrito em língua estrangeira por um estrangeiro? Neste estudo, pesquisamse
as obras de três autores japoneses que publicaram livros, cada um em uma língua
diferente. Essas obras são analisadas com o intuito de avaliar em que medida esses autores
mantêm rastros da língua materna a ponto de criar uma língua “mista”, “creolizada”
que reflita uma nova identidade. Em outras palavras, trata-se de responder à pergunta
se eles mesmos se traduziram, ou se escreveram simplesmente em outra língua, o que
significaria que eles mantiveram sua identidade de japoneses. Chega-se à conclusão
de que as atitudes dos autores são diferentes ao enfrentarem a cultura estrangeira e sua
língua, embora a temática e a adaptação à cultura estrangeira sejam muito parecidas.
Conclui-se que a maneira de se autotraduzir e a maneira de lidar com a língua do “outro”
dependem, claro, da personalidade do autor, mas também do tipo de sociedade receptora
e do momento histórico.
Appunti leopardiani - rivista semestrale by Arvi Sepp
língua materna desses autores é sempre outra que a língua na qual eles escrevem. Daí,
surge a pergunta: trata-se de uma tradução feita pelo próprio autor, ou é simplesmente
um texto escrito em língua estrangeira por um estrangeiro? Neste estudo, pesquisamse
as obras de três autores japoneses que publicaram livros, cada um em uma língua
diferente. Essas obras são analisadas com o intuito de avaliar em que medida esses autores
mantêm rastros da língua materna a ponto de criar uma língua “mista”, “creolizada”
que reflita uma nova identidade. Em outras palavras, trata-se de responder à pergunta
se eles mesmos se traduziram, ou se escreveram simplesmente em outra língua, o que
significaria que eles mantiveram sua identidade de japoneses. Chega-se à conclusão
de que as atitudes dos autores são diferentes ao enfrentarem a cultura estrangeira e sua
língua, embora a temática e a adaptação à cultura estrangeira sejam muito parecidas.
Conclui-se que a maneira de se autotraduzir e a maneira de lidar com a língua do “outro”
dependem, claro, da personalidade do autor, mas também do tipo de sociedade receptora
e do momento histórico.