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O presente texto tem como intuito geral mapear a presença da poesia do período barroco nos manuais e seletas escolares desde meados do século XIX até à atualidade. Para tal, centramo-nos na análise dos excertos críticos e comentários numa... more
O presente texto tem como intuito geral mapear a presença da poesia do período barroco nos manuais e seletas escolares desde meados do século XIX até à atualidade. Para tal, centramo-nos na análise dos excertos críticos e comentários numa antologia em que as composições dos cancioneiros barrocos assumem destaque: Textos Literários – Séculos XVII e XVIII, da autoria de Maria Ema Tarracha Ferreira. Tendo sido publicada pela primeira vez em 1967, esta obra conheceu várias edições ao longo da década de 70 do século XX e constitui a fonte de onde se extraiu o pequeno conjunto de poemas no manual Aula Viva de Literatura Portuguesa (10.º ano), de 2010. Procurando compreender em que medida o cânone escolar reflete a evolução das perspetivas da história e da crítica literária, este estudo levar-nos-á em última instância a indagar sobre uma conceção definidora do cânone da literatura portuguesa.
Questionando a aplicabilidade do modelo periodológico das histórias romântica e positivista ao estudo da poesia portuguesa dos sécs. xvii-xviii, este texto pretende indagar sobre novas possibilidades metodológicas surgidas no domínio da... more
Questionando a aplicabilidade do modelo periodológico das histórias romântica e positivista ao estudo da poesia portuguesa dos sécs. xvii-xviii, este texto pretende indagar sobre novas possibilidades metodológicas surgidas no domínio da teorização contemporânea. Teremos, assim, em consideração um âmbito particular, visando o contexto literário entre Barroco e Ilustração (Bègue, Ruiz Pérez); a que somamos o âmbito geral da historiografia literária contemporânea, no qual se propõem novas abordagens temáticas e modelos alternativos de configuração do sentido (Bourdieu, Greenblatt, Valdés). Em suma, procuramos levar a efeito uma revalorização da literatura setecentista através dos instrumentos da nova história literária. História Literária que, através da assimilação de um conjunto de novas perspetivas (sociológicas e hermenêuticas), se nos afigura como percurso renovado, capaz de responder aos desafios institucionais e críticos que a constituem.