La Rencorosa - José Echegaray
La Rencorosa - José Echegaray
La Rencorosa - José Echegaray
LA RENCOROSA
COMEDIA EN TRES ACTOS Y BK PROSA
u H i c i N u . ni-:
J O S É E C H E O A R ^ L Y
MADRID
FLORENCIO FíSCOWICH, EDITOR
(Sucesor de Hijos de Á. Guitón.)
PEZ, 40.—OFICINAS: POZAS,— í ¿—'¿."
1894
LA RENCOROSA
LA BENCOBOSA
COMEDIA EN TRES ACTOS Y EN PROSA
ORIGINAL DE
JOSÉ! ECHEGARAY
MADRID
IMPRENTA DE JOSÉ RODRÍGUEZ
ATOCHA, 1 0 0 , PRINCIPAL
4 8 9 4
PERSONAJES ACTORES
SllTA . GUERRERO.
DOÑA I S A B E L DE Q U I R Ó S Y G U E -
VARA SRA. ALVERÁ .
JULIA » TOVAR.
DON B E R N A R D O DE MEDINA . . . Su. THUILLIER .
DON ANTONIO » MARIO.
DON P E D R O MONTOJO )) BALAGÜER.
DON Á N G E L S U Á R E Z )) GARCÍA ORTEGA
UN B I B L I O T E C A R I O )) GUERRERO.
)> URQUUO.
DOS CRIADOS j MONTENEGRO.
))
ESCENA PRIMERA
MONTOJO y S U Á R E Z
Don Pedro Montojo aparece sentado perezosamente; don Ángel Suárez viene
del jardin. Trajes de verano.
SUAHEZ. ¡ P e n s a t i v o le e n c u e n t r o al b u e n M o n t o j o ! (Declamando.)
MONT. ¡No m e h a g a usted endecasílabos, amigo Suárez! ¡No
p u e d o s u f r i r l o s v e r s o s ! ¡La c o s a m á s i n s í p i d a q u e s e
h a i n v e n t a d o , lo m á s superficial, lo m á s f a l s o ! ; . , ¡re-
cortaduras de prosa!
SUARIÍZ. Y a lo s é : á u s t e d l e g u s t a la p r o s a maciza. Lo sólido,
lo p r o f u n d o . ¡A u s t e d le g u s t a profundizar!
MONT. ¡ E s a e s la m i s i ó n d e l h o m b r e ! L o s p á j a r o s v u e l a n p o r
las r a m a s : l a s m a r i p o s a s v a n d e flor e n flor: el a g u a
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r e s b a l a p o r l a p e ñ a v i v a : l a b r i s a r o z a la piel: el h o m -
bre penetra, ahonda, profundiza.
SUAREZ. Y el t o p o t a m b i é n .
MONT. C o n v e n i d o ; p e r o el t o p o n o v e lo q u e p r o f u n d i z a , y
yo sí.
SUARE/.. ¿Y e n q u é p r o f u n d i d a d e s a n d a b a su p e n s a m i e n t o d e
usted cuando llegué?
MONT. ¡En l a s d e l c o r a z ó n !
SUAREZ. ¿Propio ó ajeno?
MONT. ¡Hola, hola! ¿Usted t a m b i é n q u i e r e p r o f u n d i z a r en mí?
SUAREZ. L e a s e g u r o á u s t e d q u e n o . Yo m e c o n t e n t o c o n la s u -
perficie d e l a s c o s a s . ¿El cielo e s azul? ¡qué m e i m p o r -
ta q u e p o r d e t r á s esté n e g r o ! ¿El r í o e s cristalino? ¡qué
m e i m p o r t a n el l é g a m o y l o s g u i j o s d e l fondo! ¿El c u t i s
de u n a mujer es suave y sonrosado? ¡me basta, señor,
m e basta!
MONT. ¿De m o d o , q u e le g u s t a r á á u s t e d d o ñ a Isabel?
SUAREZ. ¡Ya lo c r e o q u e m e g u s t a ! A p e s a r d e s u s c u a r e n t a y
pico d e a ñ o s , m e g u s t a . ¡Qué c u t i s ! . . .
MONT. Y si le a p u r a s e n á u s t e d m u c h o , ¿ s e c a s a r í a c o n ella?
(Riendo.)
SUARE/,. Yo n o ; y u s t e d t a m p o c o . (Riendo también.)
MONT. ¿ P o r q u é ? (En broma.) ¿ P o r q u é n o h a b í a d e c a s a r m e y o ?
SUAREZ. Hombre, casarse con u n a viuda, s e c o m p r e n d e ; pero
c a s a r s e u s t e d , que es viudo, con una viuda, q u e tiene
u n a hija, q u e es viuda también, e s u n a complicación
d e viudeces... ¡que e s p a n t a !
MONT. P e r o , ¿por qué? N o n i e g o q u e d o ñ a Isabel e s v i u d a ; n o
n i e g o q u e lo s e a s u hija J u l i a ; n o n i e g o q u e lo s e a y o .
P e r o , a m i g o S u a r e z , e s o e s lo q u e s e v e : e s o e s lo s u -
perficial.
SUAREZ. Claro q u e e s lo superficial: u n a s e r i e d e l o s a s sepul-
crales, c a p a z d e c u b r i r t o d a la superficie d e u n c e m e n -
terio.
MONT. Y c o n la hija, c o n J u l i a , ¿ s e c a s a r í a u s t e d ?
SUAUEZ. E s o e s o t r a c o s a . L a hija e s u n a d e i d a d : y , ¿quién r e -
chaza u n a d e i d a d ?
MONT. A m i g o S u á r e z , ¿se ofenderá u s t e d si le d o y un c o n s e j o ?
SUAREZ. De n i n g ú n m o d o .
MONT. Pues desista usted de enamorar á Julia.
SUAREZ. ¿ P o r qué?
MONT. P o r q u e h a y d o s q u e se d i s p u t a n la p o s e s i ó n d e la v i u -
dita, y a m b o s t i e n e n m á s p r o b a b i l i d a d e s q u e u s t e d .
SUAREZ. ¿Y q u i é n e s s o n ?
MONT. E n primer lugar, don Bernardo de Medina. Llegó hace
o c h o d í a s á s u Chateau. D e s d e a q u í lo v e u s t e d .
SUAREZ. Conozco á B e r n a r d o , y conozco s u Chateau. ¡Admira-
b l e m e n t e s i t u a d o ; d o m i n a el m a r ; t i e n e u n p a r q u e r e -
gio; está r o d e a d o d e b o s q u e s ! ¡ G r a n p o s e s i ó n !
MONT. P u e s á la d e Julia a s p i r a .
SUAREZ. E s a e s la h i s t o r i a a n t i g u a .
MONT. Me p a r e c e q u e v a á e m p e z a r la historia m o d e r n a . Y
si n o , d í g a m e u s t e d : ¿á q u é v i n o B e r n a r d o ?
SUAREZ. Como n o s o t r o s : á p a s a r el v e r a n o á la orilla del m a r . A
nosotros n o s h a invitado doña Isabel de Quirós y G u e -
vara, nobilísima y bellísima señora, y hemos venido á
s u p r e c i o s a Q u i n t a . El se invitó a, sí mismo, y en su
magnífico Chateau le t e n e m o s .
MONT. E s a e s la superficie d e los h e c h o s . U s t e d n u n c a a h o n d a .
SUAREZ. ¿ P u e s á q u é v i n o , y a q u e u s t e d lo s a b e ?
MONT. (Con misterio.) A e s p e r a r la l l e g a d a d e J u l i a , q u e , t e r m i -
n a d o el a ñ o d e l u t o , v u e l v e d e A m é r i c a á d a r al v i e n t o
m a r i n o d e e s t a s c o s t a s los ú l t i m o s s u s p i r o s d e s u d o l o r .
C o m o , e n efecto, llegó a n o c h e .
SUAREZ. ¿Y q u é ?
MONT. ¿ N O h a oído u s t e d h a b l a r d e los a n t i g u o s a u t o r e s d e
Julia y B e r n a r d o ?
SUUIEZ. ¡Algo, s í ; u n o s a m o r e s v o l c á n i c o s !
MONT. ¡Una fuga e n p r o y e c t o ! . . . ¡Oposición d e los p a d r e s ,
porque entonces Bernardo e r a poca cosa! ¡Desespera-
ción del a m a n t e ! ¡Traición d e la a d o r a d a H e l e n a . . . y ,
p o r fin, s u b o d a c o n u n b a n q u e r o a m e r i c a n o ! A q u í t i e -
ne u s t e d la h i s t o r i a a n t i g u a .
SUAREZ. ¿Y" la contemporánea?
— 8 —
ESCENA II
DICHOS; DOÑA I S A B E L , por la derecha.
n u n c a , s é p a l o u s t e d , se p o n e en los e s c u d o s d e a r m a s
ni metal sobre metal, ni esmalte sobre esmaltel Si en
mi blasón viese usted algo de e s o , podía usted decir
q u e e r a u n a armería r i d i c u l a , u n a falsificación t o r p e .
¡ V a m o s , v a m o s ! . . . ¡no h a b l e m o s d e e s t a s c o s a s , p o r -
que me exalto!
SUAREZ. P e r d o n e u s t e d . . . yo i g n o r a b a . . . j a m á s m e fijé...
ISABEL. U s t e d n u n c a s e fija en n a d a . ¡Es u s t e d m u y ligero,
Ángel!
SUAREZ. ¡No s e m e o l v i d a r á ! ¡Metal s o b r e metal, nunca! ¡Es-
malte s o b r e esmalte, n u n c a ! ¡ A n t e s la m u e r t e !
ISABEL. SÍ señor.
MONT. ¿ Y Julia, n o se ha l e v a n t a d o ? ¿ L l e g a r í a a n o c h e muy
fatigada?
ISABEL. Se l e v a n t ó h a c e u n a h o r a . N o , ella no se fatiga f á c i l -
mente. Es muy vigorosa: una naturaleza muy bien
equilibrada.
MONT. T i e n e á q u i e n p a r e c e r s e en lo b u e n a ; en lo f u e r t e . . .
SUAREZ. E n lo h e r m o s a , y en lo bien e q u i l i b r a d a . (Repitiéndolo
para sí, á fin de que no se le olvide.) ¡Metal s o b r e metal!
¡ h o r r o r ! ¡profanación!
MONT. ¡Julia e s u n e n c a n t o !
ISABEL. E S u n a hija o b e d i e n t e y j u i c i o s a .
SUAREZ. ¿ Y e n t i e n d e t a n t o d e e s c u d o s y b l a s o n e s c o m o usted?
ISABEL. N O so b u r l e u s t e d d e c o s a s s e r i a s . B u r l a r s e del b l a s ó n ,
es b u r l a r s e d e las g l o r i a s d e n u e s t r o s m a y o r e s ; d e s u s
heroicos h e c h o s ; d e s u s sacrificios sublimes, y los
hijos n o d e b e n b u r l a r s e de los p a d r e s : e s a s figurillas
q u e le h a c e n á u s t e d r e i r , r e p r e s e n t a n m u c h a sangre
v e r t i d a p a r a a m a s a r e s t a t i e r r a e n q u e u s t e d tan r e g a -
ladamente descansa.
SUAREZ. ¡ P e r o si yo n o m e b u r l o ; si yo no m e r i o , s e ñ o r a ! Si
yo h e d e repetir eternamente: ¡metal sobre metal!
¡anatema!
ISABEL. ¡NO s e p u e d e c o n u s t e d !
MONT. ¡No s e p u e d e c o n él, d o ñ a I s a b e l !
1S\BI:L. ¿Sabe u s t e d , s e ñ o r b u r l ó n , c u a l s e r í a m i s u e ñ o do-
— 12 —
ratio? P o n e r a n t e m í el e s c u d o d e m i c a s a ; recorrer
s u s cuarteles u n o p o r u n o ; p a s a r d e s d e el jefe á la
punta p o r t o d o s s u s cantones d i e s t r o s y s i n i e s t r o s ; ir
e x a m i n a n d o t o d a s s u s piezas ó figuras heráldicas... y
á la v e z p o r e x t r a ñ o p r o d i g i o , v e r la fila interminable
de mis antepasados c ó m o fueron en v i d a , con sus
barbas, sus armaduras, sus hachas y mandobles... Y
p o d e r yo d e c i r l e s á m e d i d a q u e f u e r a n p a s a n d o : «Tú
o r e s el d e los leopardos afrontados; t ú , el del puerco
espín en campo de gules; t ú , el d e la vaca pasante;
tú, el del toro en c a m p o sinople.» Y ellos, inclinando
l a s v e n e r a b l e s c a b e z a s , a l e j a r s e d i c i e n d o : « s í , yo soy
el d e los leopardos; y o , el del puerco espín; y o , la vaca;
yo, el toro. ¡Oh, S u a r e z , v e r e s t o , c o m p r e n d e r l o y m o -
rir! (Con exaltación.)
ISABEL. P u e s s e a c e p t a el c o m p r o m i s o .
SUARE/.. ¿Y el p e r d ó n ?
ISABEL. Concedido.
MONT. Ya t e n e m o s a q u í á J u l i a .
SUAREZ. ¡Divina... d i v i n a ! ¡Carmín s o b r e n á c a r , a u n q u e rabie
doña Isabel!
ESCENA III
DICHOS; JULIA, por la derecha.
ESCENA IV
DICHOS; DON A N T O N I O , por la derecha. Traje de caballero, pero
modesto; es humilde y tímido, no tosco ni ordinario.
ESdENA V
DICHOS, menos DON ANTONIO
d a e n t r e l o s d o s , y e m p e ñ a d a e n v e r el á l b u m , y sin-
d e j a r n o s h a b l a r p a l a b r a . Al fin, p e r d í la p a c i e n c i a , y
le dije: « L o s c h i q u i l l o s n o e s t á n c o n l a s p e r s o n a s m a -
y o r e s . ¡ E s t e n o e s t u s i t i o , m u ñ e c a ! ¡A l a c a m a , ó á la
cocina, ó á donde q u i e r a s , antipática! ¡ E a , v e t e ! » L a
v e r d a d : s e lo dije c o n m a l t o n o .
SUAREZ. E S n a t u r a l . ¡A v e c e s l o s c h i q u i l l o s s o n i r r e s i s t i b l e s !
ISABEL. También entro las personas mayores los hay irresis-
t i b l e s . (Riendo.)
SUAREZ. Indirecta se llama esta figura.
ISABEL. A c a b a , h i j a . (A Julia.)
JULIA. E n t o n c e s m e c o n t e s t ó c o n e s o q u e m a m á llama altivez,
y q u e e n r e s u m i d a s c u e n t a s e s m a l a e d u c a c i ó n : «No
t e n g o p o r d ó n d e m a r c h a r m e . » — « P o r allí» la r e p l i q u é ,
s e ñ a l a n d o l a p u e r t a d e l g a b i n e t e . «No p u e d e s e r » m e
c o n t e s t ó la d e s v e r g o n z a d i l l a , «mamá Isabel m e h a
d i c h o q u e n o v u e l v a á p a s a r p o r el s a l ó n , y ella m a n d a
m á s q u e t ú . » « ¡ P u e s y o te m a n d o q u e te m a r c h e s , i n s o -
lente! ¡márchate, a u n q u e s e a p o r el balcón!» Cosas
que se dicen cuando u n a está enojada, y Bernardo
a g r e g ó : «Sí, h e r m o s a , vete.» No la volvimos á sentir,
n i n o s fijamos e n e l l a . S e v a n l o s a m i g o s ; n o s p r e p a r a -
mos para r e c o g e r n o s ; s e b u s c a á P i l a r p o r t o d a la
casa... y n o s e la e n c u e n t r a . Pilar n o parece. Mamá
llorando; y o furiosa; los criados registrando todos los
r i n c o n e s . -¡Querrán ustedes creer que estaba en el bal-
cón, m u y a c u r r u c a d a e n u n r i n c o n c i t o ! ¡Así s e e s t u v o
t r e s h o r a s ! ¡Llovía, r e l a m p a g u e a b a ! . . . ¡Aire, frío, o s -
c u r i d a d ! . . . ¡Y ella, t e r c a q u e t e r c a , s i n m o v e r s e , y r e -
s i s t i e n d o i m p a s i b l e t o d o el c h a p a r r ó n y t o d o el v e n -
daval!
ISABEL. La encontramos aterida, calada... dando diente con
diente... y sin decir otra cosa m á s q u e esto: «Me
m a n d ó Julia q u e m e fuese al b a l c ó n ; y Bernardo tam-
Me'n... y Bernardo también.» ¡ E s t u v o g r a v í s i m a ! ¡Una
pulmonía doble!
JULIA. ¡No s e m e o l v i d a , n o ! ¡La n i ñ a e r a d e o r e !
— 19 —
ESCENA VI
DICHOS; P I L A R , que viene del jardín y trae una carta: viste con gusto,
pero con modestia extremada, y trae delantal. Julia no repara en ella: cree
que es una criada. Dirigiéndose a doña Isabel, pero sin levantar la voz
mucho.
PILAR. E s t a b a e n la v e r j a d e l p a r q u e , c u a n d o llegó u n c r i a d o
con u n a carta de B e r n a r d o . . . digo, del señor Medina...
La carta es para usted. (Entregando la carta á doña Isabel.)
ISABEL. (A Pilar.) A v e r . . . d a f n e . . . (A Julia.) ¡ E s d e B e r n a r d o !
JULIA. (Volviéndose, y con tono de disgusto y de alarma.) ¡De Ber-
n a r d o ! . . . ¿ P e r o llegó y a ?
SUAREZ. S í , s e ñ o r a . H a c e o c h o ó diez d í a s q u e l e t i e n e u s t e d en
su Chateau.
JULIA. ¡Ah!... Pues n o sabía... no m e dijeron...
ISABEL. (Buscando por los bolsillos.) ¿ D ó n d e p u s e y o l o s q u e v e d o s ?
MONT. P e d i r á h o r a p a r a s a l u d a r á u s t e d y d a r l e la b i e n v e n i d a .
SUAREZ. U n a n t i g u o a m i g o , y u n a m i g o fiel.
JULIA. S Í . . . cierto... puede ser... ¡Pues saben ustedes q u e
molesta el r e s o l ! (Se pasa la mano por el rostro, porque
siente que se le va encendiendo.) Me s i e n t o s o f o c a d a . (Vol-
viéndose á Pilar, y tomándola por una criada.) T r á i g a m e USted
a q u e l a b a n i c o . . . el q u e e s t á e n a q u e l l a m e s a . (Uno que
sacó á escena, y que dejó al descuido sobre una mesita. Pilar
— 20 —
SUAREZ. Y O l a s t e n g o s i e m p r e . Mi a p e t i t o n o n e c e s i t a paseos.
Pero v a m o s allá.
MONT. Conque hasta luego.
ISABEL. No s e r e t r a s e n .
SUAREZ. S e r e m o s p u n t u a l e s . (Aparte á Montojo.) (Me p a r e c e q u e
B e r n a r d o lleva p e r d i d o el pleito a m o r o s o . )
MONT. (Aparte ¡i Suarez.) (¿Quién l u c h a c o n u n d u q u e ? )
ESCENA VII
P I L A R , DOÑA ISABEL y JULIA
JULIA. (Estoy d e c i d i d a . L a s l o c u r a s d e la j u v e n t u d . . . p a -
saron.)
ISABEL. P u e s v a m o s allá.
JULIA. P u e s allá. (A Pilar.) A h o r a t e m a n d a m o s q u e t e q u e d e s .
PILAR. Y me quedo.
ISABEL. A h í v i e n e d o n A n t o n i o : y a n o e s t a r á s s o l a . ¡Mal g e n i o !
(Haciéndola un cariño.)
PILAR. (Besándola.) U s t e d e s b u e n a . . . P e r o é l , m e q u i e r e m u c h o .
(Por don Antonio.)
JULIA. ¿Volvióse r o m á n t i c a ?
ISABEL. N O ; que es mimosa.
JULIA. H a r á u n a p r e c i o s a m o n j i t a . (Salen.)
PILAR. Dicen q u e s e c a s a c o n el d u q u e ; q u e e s c o s a r e s u e l t a .
¡Dios q u i e r a q u e s e a p r o n t o !
ESCEiNA VIII
P I L A R y DON ANTONIO; después UN CRIADO
ANT. ¿ P e r o e n t r a s á g u s t o en el c o n v e n t o ?
PILAR. ¿En el c o n v e n t o ? . . . No e s t a r é allí n i m á s t r i s t e , n i m á s
sola q u e en e s t a c a s a . Yo s i e n t o . . . n o p u e d o e x p l i c a r l o .
¿No le h a p a s a d o á u s t e d n u n c a r e s p i r a r m u y fuerte,
e n s a n c h a r el p e c h o p a r a q u e e n t r e a i r e . . . y n o e n t r a r
a i r e , y s e n t i r el v a c í o , u n v a c í o m u y a n g u s t i o s o a q u í
d e n t r o ? P u e s eso le p a s a á m i a l m a : r e s p i r a fuerte, s e
d i l a t a . . . ¡y s i e m p r e el v a c í o ! Si al fin h a d e a h o g a r s e ,
¿qué m á s d a a h o g a r s e a q u í q u e a h o g a r s e en u n a celda?
ANT. ¡Bien e s t á , i n g r a t a ! ¿No m e t i e n e s á mí? ¿No te c o n -
suelo? ¿No te a l e g r o ?
PILAR. Sí; u s t e d m e q u i e r e m u c h o , y yo á u s t e d . . . con t o d a la
t e r n u r a d e u n a hija.
ANT. Pues entonces...
PILAR. E n t o n c e s . . . n o s é . ¡ P e r o si yo soy tan t o r p e , q u e no sé
explicarme nada!
ANT. ¡ E S q u e si te llevan al c o n v e n t o , ya no te v e r é m á s !
PILAR. ¿Cómo e s eso? N o : u s t e d i r á á v e r m e , ¡no d e j e d e ir,
ya lo c r e o ! t o d o s l o s d í a s .
ANT. T o d o s los d í a s , no es p o s i b l e : n o lo p e r m i t e n . M i r a ,
P i l a r , n o v a y a s al c o n v e n t o . Yo lo h e p e n s a d o t o d o , y
t e n g o m i p l a n . N o s v a m o s á M a d r i d , y v i v i m o s los d o s
j u n t o s , en u n c u a r t o m u y p o b r e , p e r o m u y l i m p i o y
m u y a l e g r e . . D i g a n lo q u e q u i e r a n , la a l e g r í a es m u y
b a r a t a . A m í , me dan un empleo. V a m o s , yo n o soy
tan torpe q u e n o s i r v a p a r a a l g o . T o d o s l o s d í a s , c i a n -
d o s a l g a d e la oficina, d a m o s u n p a s e o . P o r las n o c h e s ,
m e lees a l g ú n l i b r o b o n i t o q u e m e p r e s t e n . Una vez al
mes, te llevo al t e a t r o . Y a s í s e p a s a la v i d a en u n m o -
m e n t o . Y" c u a n d o yo m e m u e r a , c o n t u s m a n i t a s m e
c i e r r a s los o j o s . Y , al e s c a p a r s e el a l m a d e
r
tuto Anto-
nio, s e irá r i e n d o p o r los a i r e s . ¡Si t ú rae fallas, mi
p o b r e c i t a a l m a s e irá l l o r a n d o , y tú t e n d r á s la c u l p a ,
ingrata!
PILAR. ¡ N O , tío A n t o n i o , no d i g a u s t e d c o s a s t r i s t e s ! M í r e m e
u s t e d , m í r e m e u s t e d . A h o r a sí q u e t e n g o los ojos b r i -
llantes.
— 24 —
ANT. ¡ P e r o , hija, p e n s a n d o e s a s c o s a s , t ú te m u e r e s al m e s
d e e s t a r en el c o n v e n t o !
PILAR. ¡Mejor! Si m e m u e r o , y a m e v e r á n t o d o s ellos t e n d i d a ,
con mi h á b i t o , los d e d o s c r u z a d o s , a m a r i l l a c o m o la
c e r a y e n t r e las m a n o s u n a c r u z , q u e p r o p i a m e n t e les
e s t a r é d i c i e n d o : «¡A. e s t a c r u z m e h a b é i s c l a v a d o , y ,
p a r a q u e n o sufra m á s , m e lleva Dios! ¡Ya v e r e m o s lo
que hace con vosotros!»
ANT. ¿ E s d e c i r , q u e te c o m p l a c e s en tu p r o p i o m a r t i r i o ?
PILAR. C o m p l a c e r m e , n o . A s o l a s lloro m u c h o , y t e n g o u n a
compasión atroz de mí m i s m a .
ANT. ¿Pues por qué piensas esas cosas?
PILAR. (Con misterio.) P o r q u e yo n o s o y b u e n a ; p o r q u e m e p a -
r e c e q u e c u a n t o m á s m e r e s i g n o y m á s s u f r o , más les
clavo á ellos mis espinas. ¿Es esto ser m a l a , cruel,
— 28 —
escucha.) L a o t r a m a ñ a n a t e m p r a n o , m e p a s e a b a p o r el
p a r q u e : la p u e r t e c i t a d e la t a p i a e s t a b a a b i e r t a , y s a l í
al b o s q u e d e m a n z a n o s . ¡ Yo, en viendo una puerta
abierta, no puedo resistir á la tentación*.... ¡me salgo
por ellal... Soy c o m o los p á j a r o s : les a b r e n la j a u l a . . .
¡á v o l a r !
ANT. ¡ P u e s h i j a , si te p a s a eso en el c o n v e n t o , e s t a m o s p e r -
didos!
PILAR. Dicen q u e allí t o d a s las p u e r t a s e s t á n c e r r a d a s : ¡ c e r r a -
d a s p a r a s i e m p r e ! (Con tristeza.)
ANT. ¡Como yo p u e d a . . . ! V a m o s , s i g u e . S a l i s t e al b o s q u e . . .
PILAR. \Al bosque de manzanos] ¡Ahí e s t á ! Era el de manza-
nos , n o el d e la e s p a l d a , q u e es d e p i n o s , sino el de
manzanos; fíjese u s t e d b i e n . Si n o es el de manzanos,
no p a s a n a d a . (Con cierta angustia.)
ANT. ¡El d e m a n z a n o s ! . . . ¿Y p a s ó algo? ¿ P u e s q u é p a s ó , hija?
PILAR. Ya v e r á u s t e d . E m p e c é á d a r v u e l t a s p o r el b o s q u e ,
q u e e s t a b a m u y h e r m o s o ; ¡con u n a s o m b r a , y u n a f r e s -
cura, y un aroma!... ¡y u n a s m a n z a n a s ! . . . ¡Yo m e
m u e r o p o r las m a n z a n a s , tío A n t o n i o ! ¿Veo u n a ? ¡ p u e s
á h i n c a r l e el d i e n t e ! ¡ E s una tentación irresistible!
¡Tienen u n a g r i d u l c e t a n a g r i d u l c e ! A m í m e gusta
m u c h o el a g r i d u l c e . ¿ P o r q u é s e r á ? El d u l c e , sólo el
d u l c e , m e e m p a l a g a . L o a g r i o . . . ¡qué a g r i o ! . . . p e r o lo
a g r i o y lo d u l c e , m e z c l a d o s e n u n a c a r n e b l a n c a y j u -
g o s a , ¡qué delicia! N a d a ; será pecado, pero á mí me
g u s t a n m u c h o las m a n z a n a s . ¿Se p o d r á n c o m e r m a n z a -
n a s e n el c o n v e n t o ?
ANT. Hija, n o s é . Y o c r e o q u e n o . Allí, lo q u e c o m e r á s , s e -
r
¡qué t r a b a j o s ! H i n c a b a el d i e n t e u n p o q u i t o , y t i r a b a , y
s a c a b a u n a tirita d e pellejo. ¡ E r a n o a c a b a r n u n c a ! . . .
C o n q u e a s í e s t a b a e m b e b e c i d a en m i faena, sin v e r
n a d a , ni oir n a d a , c u a n d o d e p r o n t o , l e v a n t o la c a b e z a
y v e o d e l a n t e d e m í y c o n t e m p l á n d o m e . . . ¿á q u i é n d i r á
u s t e d ? ¡ A u n c a z a d o r ! No p u d e c o n t e n e r m e : d i u n g r i -
to, y m e q u e d é con u n p e d a z o d e m a n z a n a e n la b o c a ,
c o m o u n a b o b a l i c o n a . . . sin p o d e r t r a g a r l o . El c a z a d o r
se e c h ó á r e i r , y m e dijo con m u c h a d u l z u r a : « N o s e
a s u s t e u s t e d , s e ñ o r i t a , q u e n o s o y el g u a r d a del m o n -
t e . » Oí s u v o z ; le m i r é , le c o n o c í . No sé c ó m o , d e s p u é s
d e t a n t o t i e m p o . . . p e r o le c o n o c í : e r a él; e r a B e r n a r d o .
Q u i s e h a b l a r , p e r o c o m o t e n í a la b o c a llena con aquel
m a l d i t o p e d a z o d e m a n z a n a , n o p u d e . ¡Qué v e r g ü e n z a !
Sentí q u e s e m e a g o l p a b a la s a n g r e á la c a r a . T u v o
l á s t i m a d e m í , y m e d i j o : «¿No p u e d e u s t e d m o n d a r la
manzana?» «No, señor,» contesté yo de mala manera y
atragantándome. « T o m e u s t e d , » insistió él, d á n d o m e
s u cuchillo d e m o n t e . Y y o , m a q u i n a l m e n t e , m e p u s e á
m o n d a r la m a n z a n a . P e r o , ¡claro! e s t a b a a t u r d i d a : t e -
n í a los ojos l l e n o s d e l á g r i m a s , l a s m e j i l l a s brotando
f u e g o , y el p e d a z o d e m a n z a n a . . . a q u í . . . sin pasar.
(Señalando la garganta.) ¡De m o d o , q u e m e c o r l é , y e m p e -
zó á s a l i r s a n g r e ! ¡Qué a n g u s t i a ! ¡qué a p u r o ! . . . «.¡Vál-
g a m e Dios!» le oí d e c i r ; p o r q u e v e r l e . . . n o le v e í a . Se
arrodilló a n t e m í ; c o n s u p a ñ u e l o m e v e n d ó la m a n o .
«No es n a d a ; p e r d o n e u s t e d , s e ñ o r i t a ; c á l m e s e u s t e d ;
y a m e v o y . » D e s p u é s . . . s o l a ; ¡me q u e d é s o l a , con la
m a n o h e r i d a , el cuchillo d e m o n t e a b i e r t o , la m a n z a n a
llena d e s a n g r e , y en la g a r g a n t a el m a l d i t o p e d a z o sin
p a s a r ! E s t e fué m i e n c u e n t r o con B e r n a r d o .
ANT. ¿Y n o h a s v u e l t o á v e r l e ?
PILAR. , No.
CRIADO. (Viene del fondo: cruza la escena y levanta el portier de la puerta
de la derecha. Anunciando.) ¡El s e ñ o r d e M e d i n a !
ANT. ¡Don B e r n a r d o ! *
PILAR. ¡El!
— 29 —
ESCENA IX
DICHOS; DON B E R N A R D O , JULIA y DOÑA ISABEL, por la
derecha.
FIN D E L ACTO P R I M E R O
ACTO SEGUNDO
ESCENA PRIMERA
DON ANTONIO, viste bien, aunque con la severidad propia de sus
años: no es ya el personaje tímido del primer acto: tiene más aplomo. D e s -
pués UN CRIADO
c o s a : a q u i vivo en la g l o r i a ! ¡Los c r i a d o s s e l e v a n t a n
cuando paso; m e obedecen cuando m a n d o ; acuden cuan-
d o l e s l l a m o , y h a s t a m e d a n e x c e l e n c i a ! (Toca el timbre.)
CRIADO. ¿Manda algo s u excelencia?
ANT. (Poniendo la cara muy risueña.) ¿Y el s e ñ o r ?
CRIADO. Salid á d a r u n p a s e o á c a b a l l o , y n o h a v u e l t o . Se le
a v i s a r á á s u excelencia cuando vuelva don Bernardo.
ANT. Bien, b i e n . (Paseando.) Q u e s e m e a v i s e .
CRIADO. ¿Manda o t r a c o s a s u e x c e l e n c i a ?
ANT. ¿Y la s e ñ o r a ?
CRIADO. Creo q u e e s t á en s u s h a b i t a c i o n e s . P e r o p r e g u n t a r é si
s u e x c e l e n c i a lo m a n d a .
ANT. (Muy amable.) B u e n o , b u e n o . H a g a u s t e d d e c i r á la s e -
ñ o r a , q u e d e s e o h a b l a r c o n ella. P u e d e u s t e d r e t i r a r s e .
CRIADO. P e r d o n e s u e x c e l e n c i a . ¿Se r e c i b e n v i s i t a s ? ¿ R e c i b e v i -
sitas su excelencia?
ANT. ¡ P S ! . . . no s é . . . Estoy tan ocupado...
CRIADO. LO decía, p o r q u e h e visto venir u n coche descubierto
h a c i a a q u í . Creo q u e e s d e la s e ñ o r a d e G u e v a r a . V i e -
nen dos señores.
ANT. S Í , S Í . . . recibo. Cuando lleguen, q u e pasen.
CRIADO. S Í , s e ñ o r . (Sale.)
ANT. (Mirando hacia fuera.) ¿ Q u i é n e s s e r á n esos? ¿ S e r á n M o n t o j o
y S u á r e z ? Me a g r a d a r í a . Me v i e r o n h u m i l d e : m e v e r á n
poderoso. V e r e m o s c ó m o s e p o r t a n ellos. A h í e s t á n .
(Mirando.) S í , ellos s o n .
ESCENA II
DON ANTONIO, MONTOJO y S U Á R E Z
CRIADO. ¿Manda a l s o s u e x c e l e n c i a ?
— 34 —
m á s q u e p o r v e n g a n z a , p o r d e s p e c h o , p o r i r a , pidió la
m a n o de P i l a r .
MONT. ¡Murmuraciones de sociedad, señor don Antonio!
ANT. ¡Justamente, murmuraciones!
SUAREZ. E s a fué m i o p i n i ó n d e s d e q u e s u p e la b o d a , ¿ v e r d a d ,
Montojo? V a m o s , d o n A n t o n i o , á poco m á s t e n g o u n
l a n c e con P e p e A r ó l a s .
ANT. ¿Por qué?
SUAREZ. P o r q u e P e p e se e m p e ñ a b a en q u e B e r n a r d o s e h a b í a
c a s a d o con P i l a r , en g r a n p a r t e , p o r l á s t i m a y c o m p a -
s i ó n . D e c í a él: «Vio B e r n a r d o q u e i b a n á m e t e r m o n j a
á P i l a r c i t a , y dijo: v a y a , p u e s m e c a s a r é con e l l a . » ¿Ve
usted qué modo de discurrir, don Antonio?
ANT. ¡Ya... ya!... L e s digo á u s t e d e s . . .
MONT. E s q u e n o d i s c u r r e n . Y o , q u e voy s i e m p r e al fondo,
afirmo q u e B e r n a r d o y P i l a r s e r á n s i e m p r e m u y felices.
SUAREZ. Y á m í , q u e no p a s o d e la superficie, m e b a s t a m i r a r -
los p a r a d e c i r : s e r á n f e l i c í s i m o s ; t i e n e n lo q u e p u d i é -
r a m o s l l a m a r la f o r m a e x t e r n a d e la felicidad: s o n j ó -
v e n e s , son g u a p o s , son r i c o s , son a l e g r e s , p u e s son f e -
lices.
ANT. P u e s si s o n felices p o r la forma y p o r el fondo, ¿qué
m á s se p u e d e p e d i r ? ¡Esta c a s a es un paraíso en el
fondo y en la f o r m a !
MONI. Sin e m b a r g o , m u c h o t a r d a en v o l v e r á su paraíso don
Bernardo.
ANT. Si m i e n t r a s él v i e n e yo p u e d o s e r v i r l e s á u s t e d e s en
alguna cosa, á sus ó r d e n e s estoy.
SUAREZ. Y O c r e o q u e s í , q u e p u d i e r a s e r v i r n o s . (A Montojo.)
MONT. C r e o lo m i s m o .
ANT. P u e s á d i s p o n e r d e mi i n u t i l i d a d .
MONT. L e e x p l i c a r e m o s á u s t e d el a s u n t o . Y a s a b e u s t e d q u e
J u l i a se c a s a d e n t r o de u n p a r d e m e s e s con el d u q u e .
ANT. L O h e o í d o . G r a n b o d a , al m e n o s p a r a l a s aficiones, n o
d i r é v a n i d o s a s ; p e r o . . . en fin, a r i s t o c r á t i c a s , de Julia
y de su m a d r e .
MONT. B u e n o : p u e s el d u q u e , en señal d e a l b r i c i a s , h a c o n s e -
— 36 —
g u i d o un título p a r a d o ñ a I s a b e l : m a r q u e s a d e Casa
Guevara.
ANT. S u e n a b i e n , m u y b i e n : ¡marquesa de Casa Guevara\
¡ S e r í a t a n b o n i t o q u e P i l a r s e l l a m a s e vizcondesa de
Medinal
SUAREZ. Y u s t e d s e r í a . . . (Hiendo.)
ANT. El tío de la vizcondesa de Medina. Cuando á estas c o -
sas se les d a tanta importancia, p o r algo será.
SUAREZ. L e v e o á u s t e d en la m e j o r disposición imaginable
p a r a o i r el r u e g o d e d o ñ a I s a b e l .
ANT. ¿A m í m e r u e g a d o ñ a Isabel?
MONT. A don Bernardo; pero hasta q u e don Bernardo vuelva,
n o s o t r o s le r o g a m o s á u s t e d .
ANT. Ustedes no ruegan; ustedes mandan.
MONT. ¡ E S u s t e d m u y a m a b l e ! (Aparte á Suarez.) (¡Se h a a f i n a d o
m u c h o d o n A n t o n i o ! ) El c a s o e s el s i g u i e n t e . C o n el
n u e v o t í t u l o , d o ñ a Isabel tiene q u e r e f o r m a r s u n o b i l í -
s i m o b l a s ó n . ¡Usted c o m p r e n d e q u e e s p r e c i s o j u s t i f i -
c a r la c o r o n a d e m a r q u e s a ! (Sonriendo )
ANT. LO comprendo perfectamente.
MONT. A h o r a b i e n ; d o ñ a Isabel s a b e q u e e n el a r c h i v o ó e n l a
biblioteca d e e s t a c a s a h a y d o c u m e n t o s importantísi-
mos, r e l a t i v o s á c i e r t a s fazañas de sus antepasados.
P a r e c e q u e l a s familias d e G u e v a r a y M e d i n a e n t r o n c a -
r o n en lo a n t i g u o . . . ¿ c o m p r e n d e u s t e d ?
ANT. ¡Ya, y a ! . . . ¡ e n t r o n c a r o n ! . . . ¡no h a y c o m o e n t r o n c a r ! . . .
MONT. P u e s el r u e g o s e r e d u c e á q u e m e d e j a r a u s t e d r e g i s -
t r a r la b i b l i o t e c a y el a r c h i v o , t o m a r n o t a s , s a c a r f a c -
s í m i l e s ; en u n a p a l a b r a , r e c o g e r a n t e c e d e n t e s p a r a e n -
r i q u e c e r el f l a m a n t e b l a s ó n d e n u e s t r a b u e n a a m i g a .
E s t a e s la r a z ó n d e q u e m e a c o m p a ñ e el a m i g o S u a r e z ,
que, c o m o u s t e d n o i g n o r a , e s u n perfecto d i b u j a n t e .
SUAREZ. F a v o r q u e m e h a c e el a m i g o M o n t o j o ; p e r o , e n fin...
dibujo, dibujo algo.
MONT. Pues á eso veníamos.
ANT. P a r a eso no tenían ustedes que esperar á Bernardo.
B a s t a b a u n a o r d e n m í a . A h o r a m i s m o ; ya v e r á n u s t é -
— 37 —
ESCENA III
DICHOS y EL BIBLIOTECARIO
MONT. Me p a r e c e lo m e j o r .
Bu:. E s t o y á s u s ó r d e n e s . (A Montojo y Suarez.)
SUAREZ. V a m o s a l l á . (Se dirigen todos á la segunda puerta de la de-
recha.)
ESCENA IV
DICHOS: P I L A R , por la terraza del fondo. Traje de casa.
Pri.AU. ¡ S e ñ o r e s ! . . . ¡ A h ! n o m e e q u i v o c o . . . ¡el s e ñ o r d e M o n t o -
j o ! . . . ¡el s e ñ o r d e S u a r e z ! . . .
MONT. ¡Pilar!... ¡ P e r d o n e u s t e d , s e ñ o r a ! . . . (Saludando respetuo-
samente.)
SUAREZ. ¡ P a r a m í s i e m p r e s e r á u s t e d la e n c a n t a d o r a P i l a r . . . la
p r e c i o s a P i l a r . . . la P i l a r c i t a d e a q u e l l o s alegres y pa-
sados añosl
PILAR. L a d e l año pasado, e n t o d o c a s o . El c a m b i o h a s i d o
r e p e n t i n o , ¿ v e r d a d ? H a c e u n a ñ o e r a la n i ñ a P i l a r . . . ó
P i l a r , la j o v e n i n s i g n i f i c a n t e , c u a n d o m á s . . .
SUAREZ. ¡Niña, s i e m p r e ! ¡ I n s i g n i f i c a n t e , n u n c a !
PILAR. S i g o s i é n d o l o : c r é a n m e u s t e d e s . T a n n i ñ a y tan i n s i g -
nificante c o m o e n l o s alegres años que usted me recor-
daba. ¡Pero siéntense ustedes, y hablemos de aquellos
tiempos!
ANT. N O l e s e n t r e t e n g a s . V i e n e n en c o m i s i ó n d e d o ñ a I s a b e l
á buscar unos documentos h i s t ó r i c o s e n la b i b l i o t e c a .
¡La e t e r n a afición d e la b u e n a s e ñ o r a !
PILAR. E n t o n c e s , rio l e s d e t e n g o , ni l e s d i s t r a i g o ; p e r o antes
de que se retiren ustedes, deseo verles.
SUAREZ. Como.usted quiera. Doña Isabel y Julia m e han dado
recuerdos afectuosísimos p a r a usted. La quieren como
siempre.
PILAR. ¡Lo c r e o !
SUAREZ. Vendrán á ver á ustedes muy pronto.
PILAR. A menos que nosotros no nos anticipemos.
MONT. Conque...
ANT. (¡Qué e l o c u e n c i a la d e e s t e h o m b r e ! S i e m p r e empieza
á d e s p e d i r s e d i c i e n d o : «Conque... conque, me voy.»)
— 39 —
PILAU. Ya lo s a b e n u s t e d e s : n o s e m a r c h e n s i n h a b l a r c o n m i -
go u n r a t o .
SUAREZ. Y O , s e lo p r o m e t o .
MONT. Conque... hasta ahora...
SUAREZ. C o n s u p e r m i s o , P i l a r . . . (¡Está d i v i n a ! ¡Cómo s e le h a
s u a v i z a d o el c u t i s ! )
Bus. Pasen ustedes.
MONT. ¡Adiós!...
SUAREZ. ( ¡ D i v i n a ! ) (Salen Monlojo, Suárez y el Bibliotecario.)
ESCENA V
P I L A R y DON ANTONIO
ANT. ¿ E s t á s tie m a l h u m o r ?
PILAR. N O : ¡ q u é d i s p a r a t e ! (Sonriendo. Se aproxima á la puerta de la
izquierda, y mira por ella.) M u c h o t a r d a B e r n a r d o .
ANT. Y a v e n d r á p r o n t o . (Pilar se acerca, afectando indiferencia, al
mueble de la izquierda, en él se apoya, y se queda mirándolo.)
¿Qué m i r a s ?
PILAR. Este mueble. ¡Es precioso, de m u y buen gusto!
ANT. O t r o s h a y m á s b o n i t o s e n la c a s a .
PILAR. P e r o é s t e e s el p r e d i l e c t o d e B e r n a r d o .
ANT. ¿En qué piensas?
PILAR. E n nada. ¡Ah!... m e dijeron q u e quería usted h a b l a r -
me. (Viniendo al centro.)
ANT. N O : por verte...
PILAR. ¡ T o m a , p u e s h a b e r i d o á mi c u a r t o !
ANT. Hija, i g n o r a b a si r e c i b í a s .
PILAR. ¿Se m e h a v u e l t o u s t e d c e r e m o n i o s o ? E s o n o m e g u s -
ta. ¡Quiero q u e s e a u s t e d el d e s i e m p r e : m i a m i g o , m i
padre, mi tuto Antonio! Una persona á quien abrir m i
c o r a z ó n . (Muy dulce y muy cariñosa.)
ANT. ¡Hola, hola! ¿ p u e s n o t i e n e s á t u m a r i d o ?
PILAR. N O m e atrevo: m e infunde respeto.
ANT. (Acercándose alarmado.) ¡ R e s p e t o , r e s p e t o ! P e r o , e n t o n c e s ,
¿no le q u i e r e s ?
PILAR. Con toda m i alma, con todo m i corazón! Más, yo n o
p u e d o q u e r e r . B e r n a r d o lo e s t o d o p a r a m í . ¿No le veo?
¿dónde estará?—¿Está conmigo? ¡que n o s e vaya!—¿Le
d i g o a l g o ? ¡ P u e s m e d a m i e d o ! ¿le h a b r á p a r e c i d o m a l
lo q u e h e d i c h o ? — ¿ M e callo? ¡ q u é p e n a : p e n s a r á q u e
s o y n e c i a ! — ¿ E s t á t r i s t e ? ¡es q u e yo n o le h a g o feliz!—
¿ E s t á a l e g r e ? ¿esa a l e g r í a s e r á p o r o t r a p e r s o n a ? — Y
e n t o n c e s , ¡ q u é n u d o e n la g a r g a n t a ! ¡qué o p r e s i ó n e n
el p e c h o ! ¡ q u é d e s f a l l e c i m i e n t o en el a l m a ! ¡qué d e s e o
tan d e s e s p e r a d o d e e x p l i c a r l e t o d o e s t o ! ¡qué v e r g ü e n -
za t a n i n v e n c i b l e al q u e r e r e x p l i c á r s e l o ! (Se deja caer en
un asiento.)
n o q u i e r a , le llevo d e p a s e o p o r a q u e l b o s q u e d e m a n -
z a n o s , y le r e c u e r d o n u e s t r a a v e n t u r a , y á v e r si m e
animo.» Fué b u e n a idea, ¿verdad?
ANT. Muy b u e n a .
PILAR. Y si c o m p r e n d o q u e n o m e q u i e r e , m e d e c í a á m í m i s -
m a , llevo el cuchillo d e m o n t e q u e m e r e g a l ó . . . (Con
tono trágico-cómico.)
ANT. ¿Y q u é ?
PILAR. N a d a . P e r o lo q u e yo d e b í a h a c e r , y a lo sé y o . ¡ C l a -
v a r m e el c u c h i l l o ! ¡A v e r lo q u e h a c í a B e r n a r d o c u a n d o
m e v i e s e m u e r t e c i t a ! . . . ¡Ya n o e r a c o r t a r m e u n d e d o ;
no e r a n u n a s g o t i t a s d e s a n g r o ; e r a m u c h a s a n g r e ; y
P i l a r t e n d i d a al pie del m a n z a n o ! A v e r lo q u e él d e c í a :
e s o q u i s i e r a yo oir.
ÁNT. P o r o hija, si e s t a b a s m u e r t a , ¿ c ó m o h a b í a s d e oirle?
PILAR. ¿ E s t á u s t e d s e g u r o de q u e l o s m u e r t o s n o oyen?
ANT. Y O no e s t o y s e g u r o d e n a d a . Y" s o b r e t o d o , c o m o n o
m e h e m u e r t o n u n c a , á Dios g r a c i a s , n o sé lo q u e les
p a s a á los m u e r t o s .
PILAR. ¡Quién s a b e !
ANT. L O ú n i c o q u e s é , es q u e e s o s son romanticismos ri-
dículos.
PILAR. El r o m a n t i c i s m o a j e n o , ¡qué r i d í c u l o ! El r o m a n t i c i s -
m o propio, ¡qué doloroso!
ANT. ¿Quieres acabar?
PILAR. P u e s m e l e v a n t é r e s u e l t a á l l e v a r m e á B e r n a r d o p o r el
bosque aquél... aquél...
ANT. ¡ S Í , hija, s í ! ¡El d e l o s m a n z a n o s ! ¡Dichosa manzana!
¡eterna manzana! Sigue.
PILAR. P a r a ir al c u a r t o d e B e r n a r d o , p a s é p o r e s t e s a l ó n c r e -
y e n d o q u e no h a b í a n a d i e . . . Estaba él...
ANT. ¿El?
PILAR. S Í . Y e r a m u y te n p r a n o . Y él n o m a d r u g a ; e s a l g o p e -
rezoso.
ANT. ¿Y q u é h a c í a ?
PILAR. E s t a b a allí; j u n t o á ese secretaire, leyendo u n a s cartas;
e r a n m u c h a s . T a n p r o f u n d a m e n t e a b s t r a í d o , q u e no m e
— 43 —
sintió l l e g a r . Me a c e r q u é d e p u n t i l l a s , y le p u s e u n a
m a n o e n el h o m b r o ; n u n c a m e a t r e v o á b e s a r l e . C o n -
t u v o u n g r i t o ; s e p u s o en p i e ; a p r e t ó instintivamente
las c a r t a s c o m o si q u i s i e r a m e t e r l a s en el p u ñ o , y m e
m i r ó p r o c u r a n d o s o n r e í r . E s t a b a m u y p á l i d o . ¡Yo n o s é
lo q u e s e n t í , tuto d e m i a l m a ! P e r o s é d o m i n a r m e , y
le dije: «¿te m o l e s t o , B e r n a r d o ? . . . » «¡No, hija; cómo
m a d r u g a s ! . . . » «Tú t a m b i é n . . . » « E s v e r d a d ; » é l , c r é a m e
usted, n o sabía q u é decir. «¿Quieres d a r un paseo?...»
«Vamos allá...» «Si e s t á s o c u p a d o . . . » «Tú eres antes
q u e t o d a s m i s o c u p a c i o n e s : f i g ú r a t e , c a r t a s del d i s -
trito.» Ya había encontrado la mentira, porque las
cartas d e los distritos, ni son tan pulidas, ni huelen
tan bien. Bernardo n o había podido dormir: Bernardo
se levantó temprano para leer aquellas cartas. ¿Por
q u é le q u i t a r o n el s u e ñ o ? ¿ p o r q u é l a s leía? ¿ p o r q u é
se p u s o pálido? ¿por q u é m i n t i ó ? ¿ p o r q u é s o n p e r f u -
m a d a s las cartas de s u distrito?
ANT. Hija, e s t a r í a n f u m i g a d a s .
PILAR. N O , no: perfumadas.
ANT. ¿Y l a s c a r t a s ?
PILAR. L a s r e c o g i ó , a f e c t a n d o i n d i f e r e n c i a ; l a s g u a r d ó allí, e n
u n o d e l o s c a j o n c i t o s i n t e r i o r e s , y cerró con dos vuel-
tas. L a llave la t i e n e s i e m p r e c o n s i g o .
ANT. ¡Demonio, demonio!
PILAR. A m a á o t r a m u j e r , y e s a m u j e r e s Julia. H e p e n s a d o
después mucho; h e atado m u c h o s cabos; he refrescado
m u c h a s m e m o r i a s ; Bernardo se casó conmigo sin amar-
me; B e r n a r d o n o e s feliz, y yo q u i e r o q u e s e a feliz.
ANT. ¡ V á l g a m e Dios, y q u é c o s a s m e h a s c o n t a d o !
PILAR. ¡Silencio! C r e o q u e él h a v e n i d o .
— i i —
ESCENA VI
DICHOS; B E R N A R D O , por la izquierda.
PILAR. Me la h a n a n u n c i a d o Montojo y S u á r e z , q u e h a n v e n i -
do h a c e r a t o , y q u e e s t á n . . . a l l í . . .
BERN. ¿En dónde?
ANT. E n la b i b l i o t e c a . V i e n e n á b u s c a r u n o s d o c u m e n t o s ó
a n t e c e d e n t e s p a r a r e f o r m a r el e s c u d o n o b i l i a r i o d e d o ñ a
Isabel.
BERN. ¿Y están ahí? (Levantándose.) P u e s t e n g o q u e i r .
ANT. Y a v e n d r á n ellos c u a n d o s e p a n q u e h a s v u e l t o .
BERN. N O i m p o r t a . (Queriendo salir.)
PILAR. (Deteniéndole.) ¿Y n o m e p r e g u n t a s p o r la v i s i t a q u e me
han anunciado?
BERN. ¡ E S v e r d a d ! ¿Y q u i é n e s él?
PILAR. N O e s él: e s ella: s o n e l l a s .
BERN. NO adivino...
PILAR. V e n d r á n á v i s i t a r n o s d o ñ a I s a b e l y Julia.
BERN. ¿Doña I s a b e l ? . . . ¡Ya!
PILAR. Y Julia t a m b i é n .
BERN. E s n a t u r a l . ¿Conque la familia d e Q u i r ó s h a v e n i d o á s u
Quinta? ¡ P u e s m e aseguraron q u e este a ñ o no venían!
PILAR. P u e s a h í e s t á n . ¡Mira q u é s u e r t e !
BERN. ¿Por qué?
PILAR. P o r q u e si te c a n s a s m u c h o en e s o s p a s e o s q u e p r o y e c -
t a m o s . . . Digo y o . . . si t e c a n s a s d e ir solo c o n m i g o ,
podrá acompañarnos Julia: es toda u n a amazona. Y
como yo á caballo soy m u y loca, los d o s cuidaréis de
m í . ¿Qué tal?
BERN. P a r a c u i d a r d e tí, b a s t o y o .
ANT. (¡Muy bien!)
PILAR. ¿ N O q u i e r e s ir c o n Julia?
— 47 —
BERN. Q u i e r o i r c o n t i g o . A m e n o s q u e n o s e a s tú la q u e s e
c a n s e d e m i c o m p a ñ í a . (Con tono un poco seco.)
I'ILAR. ¡ B e r n a r d o ! . . . L o dije p o r d e c i r . . . n o te e n f a d e s .
BERN. ¡ E n f a d a r m e c o n t i g o ! ¡ c o n t i g o , q u e e r e s u n ¡tngel; u n a
n i ñ a ; u n bebél (Muy cariñoso.)
PILAR. ¡ N O lo s o y ! ¡no s o y bebél ¡ m i r a q u e n o lo s o y ! (Muy
agitada.)
BERN. E r a u n a b r o m a . Ya sé q u e en osa cabecita h a y m á s d e
lo q u e p a r e c e . ¿ E s t a s e n o j a d a ?
PILAR. ¡ N O , n o , B e r n a r d o ! I r e m o s s o l o s , ¿ v e r d a d ? Y tú solo
c u i d a r á s d e m í . ¡A caballo s o y m u y i m p r u d e n t e ; m u y
a r r e b a t a d a ; m e v u e l v o loca; h a y q u e s u j e t a r m e !
BERN. T a n t o m e j o r : l o s d o s e n l o q u e c e r e m o s u n p o q u i t o . No
siempre hemos de ser juiciosos.
PIL\R. ¡ P u e s e a , p e r d a m o s el j u i c i o !
ANT. (¡Bien, m u y b i e n ! ¡en c u a n t o p i e r d a n el j u i c i o , s e a r r e -
gló todo!)
BERN. V a m o s , P i l a r , q u e e s t á s h o y c o m o n o te h e visto n u n c a ;
eres otra m u j e r . La Pilarcita tímida, convertida en
amazona intrépida. Tengo curiosidad p o r verte hacer
l o c u r a s á c a b a l l o . (Riendo.)
PILAR. Pues las haré.
BERN. ¿Mañana?
PILAR. ¡ M a ñ a n a , al r o m p e r el d í a !
BERN. ¡ P u e s al r o m p e r el d í a !
ANT. P e r o n o v a y á i s v o s o t r o s á romperos la c a b e z a . P o r q u e
el d í a . . . el d í a rompe t o d o s l o s d í a s , y s e c o m p o n e al
s i g u i e n t e . P e r o la c a b e z a . . . (¡Lo q u e i m p o r t a e s q u e s e
rompa el hielo, y m e p a r e c e q u e s e v a r o m p i e n d o ! ) (Mi-
rándolos á los dos.)
BERN. Ahora m e voy á ver ú esos señores.
ANT. E s inútil: ellos vienen.
ESCENA VII
DICHOS; MONTOJO y S U A R E Z , por donde salieron.
ESCENA VIII
PILAR y D O N ANTONIO
ESCENA IX
PILAR
ESCENA X
P I L A R y DON ANTONIO
PILAR. ¿ P o r q u é l a s g u a r d a ? ¿ p o r q u é l a s l e e ? ¿ p o r q u é s e le
q u i t a el s u e ñ o y s e l e v a n t a t e m p r a n o p a r a leerlas?
ANT. P o r curiosidad.
PILAR. P o r c u r i o s i d a d l a s leo yo t a m b i é n . (Empieza á leer unas y
otras febrilmente. Todo esto queda encomendado á la actriz.)
ANT. ¡ V a m o s , hija! ¡Eso n o e s t á b i e n ! ¡No t e m o r t i f i q u e s s i n
n e c e s i d a d ! ¡Deja e s a s c a r t a s d o n d e e s t a b a n ! ¡cierra el
secretaire! ¡ c á l m a t e ! ¡no t e e n v e n e n e s la s a n g r e ! Julia
s e c a s a . Y tú t e p a s e a s á caballo c o n B e r n a r d o . Mira,
e n e s o s p a s o í t o s fundo yo graneles e s p e r a n z a s .
PILAR. ¿Lo v e u s t e d ? ¿Lo v e u s t e d ? ¡Le m a n d a u n rizo q u e él
le h a b í a p e d i d o ! ¡A m í , B e r n a r d o , n u n c a m e h a p e d i d o
ninguno!
ANT. ¿ P a r a q u é , hija? ¡Si t e n í a t o d a s t u s t r e n z a s !
PILAR. L e m a n d a Julia s u r e t r a t ó : ¡ t a m b i é n él s e lo h a b í a p e -
d i d o ! ¡Mis i l u s i o n e s m a r c h i t a s ! ¡mis e s p e r a n z a s d e s v a -
n e c i d a s ! ¡Mi B e r n a r d o , q u e y a n o e s m á s q u e d e Julia!
¡De e s a J u l i a , q u e fué s i e m p r e m i t o r m e n t o , m i a f r e n -
ta, mi verdugo, mi ángel malo!
ANT. ¡ P o r D i o s , P i l a r ! ¡Un p o c o d e j u i c i o ! ¡Dame e s a s c a r t a s ,
q u e l a s p o n g a e n s u sitio!
PILAR. N o ; ¡son m í a s ! ¡Cuánto d a r í a p o r t e n e r l a s d e B e r n a r -
d o ! C u a n d o ella dice e s t o , ¡qué d i r í a él! ¡qué c o s a s d i -
r í a él! ¡Cosas q u e n o m e h a d i c h o á m í ! . . . ¡Yo n o s o y
digna de q u e un h o m b r e se m u e r a por m í !
ANT. ¡ V a m o s , P i l a r ! D a m e . . . d a m e . . . ¡lo m a n d o ! . . . ¡ P i l a r ! . . .
PILAR. ¡ A h ! . . . ¡ m i s e r a b l e e l l a ! . . . ¡ m i s e r a b l e é l ! . . . (Leyendo una
carta, y arrugándola colérica.) ¡ T a m b i é n lo e s p e r a b a ! ¡ t a m -
b i é n lo c r e í a ! ¡ p e r o a h o r a , lo s é !
ANT. ¡Que v i e n e n ! . . . ¡creo q u e v i e n e n ! . . . (Se dirige á la puerta.)
PILAR. ¡Al d í a s i g u i e n t e d e u n p a s e o p o r el b o s q u e . . . p o r e l
m í o . . . e s c r i b í a ella e s t o ! . . . (Golpeando la carta.) ¡SM ama'
da\... ¡ N o . . . n o m e r e c e J u l i a e s e n o m b r e ! ¡su amante . 1
ESCENA XI
DICHOS; DON B E R N A R D O , MONTOJO y S U A R E Z
¡ R e c u e r d o s ! . . . ¡mil r e c u e r d o s ! . . . ¡ c a r i ñ o s í s i m o s r e c u e r -
dos!... ¡un a b r a z o á d o ñ a I s a b e l . . . y o t r o m u y a p r e -
tado, mucho, mucho, á m i adorada Julia... á m i Julia...
pero m u y apretado!...
BERN. (Riendo.)¡Por D i o s , P i l a r ! . . . ¡Les m a n d a s abrazos con
e s t o s c a b a l l e r o s ! ¡no p o d r á n c u m p l i r el e n c a r g o ! (Vol-
viéndose á don Antonio.)
ANT. Ya, ya.
PILAR. S Í : ¿por q u é n o ? . . . A b r a z o s , y b e s o s t a m b i é n . . . ¡Ju-
l i a ! . . . ¡Julia n o s e a s u s t a ! ¡Que v e n g a n ! m e h a n dicho
u s t e d e s q u e m a ñ a n a , ¿ v e r d a d ? . . . ¡ M a ñ a n a ! . . . Si n o vie-
nen, Bernardo y yo vamos allá... nada, vamos los dos.
BERN. N O s é si p o d r é . . .
PILAR. ¡NO m e c o n t r a r í e s ! (A don Bernardo.) ¡No e s t á b i e n c o n t r a -
r i a r á s u m u j e r c i t a e n la l u n a d e m i e l ! . . . D í g a n l o u s -
t e d e s : ¿ e s t á bien?
SUAREZ. ¿Cómo bien? ¡Un c r i m e n n e f a n d o !
MONT. ¡Imperdonable!
BERN. (¿Qué t i e n e Pilar?) (Aparte á don Antonio.)
ANT. ¡Mucha alegría!
PILAR. (Acompañando á Montojo y Suarez.) H a s t a m a ñ a n a , ¿eh? ¡sin
falta!...
MONT. Hasta m a ñ a n a , P i l a r . (Despidiéndose.) ¡Don B e r n a r d o ! . . .
SUAREZ. Sin falta. (A Pilar.) ¡ A m i g o d o n B e r n a r d o ! . . .
PILAR. ¡Y l o s a b r a z o s ! . . . ¡y l o s b e s o s ! ¡no o l v i d a r s e ! . . . ¡Digan
u s t e d e s á J u l i a , q u e m e m u e r o p o r a p r e t a r l a c o n t r a mi
pecho!... ¡contra m i pecho!...
BERN. (¡Algo t i e n e P i l a r ! . . . )
ANT. ( ¡ P u e s p r e g ú n t a s e l o á ella!)
BERN. (Despidiéndoles.) ¡Señores!...
PILAR. (Abrazando á don Antonio.) ¡Ay, tío Antonio de mi vida,
q u é d e s g r a c i a d a s o y ! (Telón.)
ESCENA PRIMERA
DON A N T O N I O y UN CRIADO
y q u e e s t á , c o m o q u i e n d i c e , c o r t a d a á pico p o r u n
a c a n t i l a d o d e d o s c i e n t o s p i e s en r o c a v i v a . ¡ C r é a m e s u
e x c e l e n c i a , d a m i e d o m i r a r d e s d e a r r i b a ! C o m o el m a r
e s t á t a n p i c a d o e s t o s d í a s , al pie del c o r t e h a y u n h e r -
vor d e o l a s , y u n o s c a p o t a z o s d e e s p u m a , y u n a l b o -
r o t o d e r e s a c a , y u n a q u e l d e s u b i r las a g u a s p o r el
tajo y v o l c a r s e l u e g o e n el m a r , q u e d a m i e d o ; ¡ p r o -
piamente da miedo!
ANT. Vamos, acabe usted.
CRIADO. P e r d o n e s u e x c e l e n c i a , q u e á e s o v o y . De p r o n t o , yo
n o sé c ó m o fué, p o r q u e v e n í a n los d o s m u y reposa-
dos; p e r o d e p r o n t o el c a b a l l o d e la s e ñ o r a , p o r lo v i s - ,
to s e e s p a n t ó , p o r q u e dio m e d i a v u e l t a en r e d o n d o ,
como un torniquete, y echó derecho como u n a flecha,
y á e s c a p e , h a c i a el a c a n t i l a d o .
ANT. ¡Jesús, María y José!
CRIADO. E s o dije y o : ¡ J e s ú s ! . . . p e r o n o dije ni María ni José,
p o r q u e n o h u b o t i e m p o . ¡Ea! p e n s é y o ; «¡se a c a b ó l a
s e ñ o r a ! » P o r q u e s e a c a b a , c r é a m e s u e x c e l e n c i a . «Ella
y el c a b a l l o s e a c a b a n : ¡al h e r v i d e r o d e c a b e z a ! » ¡Ella
y el c a b a l l o ! ¡un a n i m a l hermosísimo , 1
m e j o r a n d o lo
presente.
ANT. ¿Y q u é , h o m b r e ? . . . ¡ V a m o s , p r o n t o !
CRIADO. Q u e al v e r a q u e l l o , el s e ñ o r . . . ¡vaya u n j i n e t e ! . . . p r o -
p i a m e n t e le h u n d i ó las e s p u e l a s al p o t r o , y salió c o m o
u n d e m o n i o á c u a t r o p a t a s , con p e r d ó n s e a d i c h o . Y
c l a r o , c o r t ó el t e r r e n o y se p u s o d e l a n t e d e l c a b a l l o d e
la s e ñ o r a . ¡ P e r o y a al b o r d e d e l t a j o , q u e n o p u d o l l e -
gar antes!
ANT. ¡Bien p o r B e r n a r d o ! . . . (¡Y l u e g o dice e l l a . . . ! ¡nada,
que se ha portado como quien es!...) Acabe.
CRIADO. Si la s e ñ o r a s i g u e c o m o iba, ¡qué h a b í a .de c o n t e n e r l a
d o n B e r n a r d o ; los d o s v a n á lo p r o f u n d o ! E s d e c i r , los
cuatro; ellos y los caballos: cuatro... digo, dos bestias
m a g n í f i c a s , c o n p e r d ó n sea d i c h o . P e r o la s e ñ o r a hizo
u n e s f u e r z o . . . p o r q u e t a m b i é n m o n t a ¡que y a ! L o s d o s
m o n t a n b i e n , n o a g r a v i a n d o á n a d i e . P e r o ella tiró y
— 59 —
ESCENA II
DON ANTONIO; PILAR y BERNARDO en traje de montar;
aquélla con un látigo en la mano. Entran por la izquierda. El criado se de-
tiene en la puerta, los deja pasar, inclinándose, y sale por la misma puerta
de la izquierda.
h a s a l v a d o la v i d a . ¡Por él t i e n e u s t e d s o b r i n a : p o r él
n o e s t o y e n el c o n v e n t o , p o r q u e t u v o c o m p a s i ó n d e
m í ; y p o r él n o estoy e n el fondo del m a r , p o r q u e s e
p u s o d e l a n t e ! ¡Te d e b o la v i d a , B e r n a r d o !
BERN. Y y o á t í . Sin el esfuerzo i n c r e í b l e c o n q u e d e t u v i s t e el
c a b a l l o , al a b i s m o v a m o s t ú y y o : al l e c h o d e e s p u m a s ,
los d o s . De m o d o , q u e n o s d e b e m o s l a v i d a m u t u a -
mente.
ANT. A s í c u m p l e n l o s b u e n o s e s p o s o s : s o b r e todo, e n l a l u n a
d e m i e l . Y t ú , l o c u e l a , c u a n d o t e v i s t e a l b o r d e del
tajo, y v i s t e a q u e l l a s b l a n c a s e s p u m a s , d i , ¿qué p e n -
saste?
PILAR. P e n s é . . . ¡no s e r í a n ! . . . q u e a q u e l l a s b l a n c u r a s d e l fon-
d o e r a n tocas: m u c h a s tocas d e n o v i c i a s , c o m o la q u e
m e e s p e r a b a e n el c o n v e n t o , c u a n d o é s t e n o q u i s o q u e
fuese m o n j a . ¿ V e r d a d q u e fué u n a i d e a m u y e x t r a ñ a ?
ANT. ¡El c a s o e r a p a r a p e n s a r e n t o c a s !
PILAR. P u e s p e n s é : e n el p e n s a m i e n t o n o s e m a n d a , y e s m u y
c a p r i c h o s o . ¡Una t o c a m u y v a p o r o s a , m u y fría, m u y
g r a n d e , q u e c o r r e p o r el c u e r p o y s e h a c e s u d a r i o !
BERN. ¡Pilar!...
ANT. ¡Cállate p o r D i o s , hija!
PILAR. ¡ Bah! ¡ son t o n t e r í a s ! Voy á cambiar de traje, porque
no deben tardar doña I s a b e l , Julia y e s o s s e ñ o r e s .
(Bernardo se ha quedado pensativo.) ¿En qué p i e n s a s ? (A
Bernardo.) V í s t e t e tú t a m b i é n . ¡No h a s d e r e c i b i r á e s a s
señoras con espuelas! (Riendo. Pausa. Acercándose á Ber-
nardo.) B e r n a r d o , te d e b o la v i d a , y y o s o y a g r a d e c i d a .
Tan agradecida como r e n c o r o s a , según dice J u l i a .
P a r a t í . . . p a r a t í . . . ¡ m i v i d a , si e s p r e c i s o sacrificarla
por tu f e l i c i d a d ! (Separándose de Bernardo, y aproximán-
dose á la derecha.) P a r a J u l i a , q u e t a n t o m e hizo sufrir
c u a n d o y o e r a c h i c a , ¡ todo m i r e n c o r ! . . . Y s i r e ñ i m o s
o t r a v e z , ¡este látigol ¡ A s í ! . . . ¡ a s í ! . . . ¡ a s i ! . . . (Cruzando
el aire.) ¡ A h ! ¡ y o s o y m u y m a l a ! . . . ¡ y a i r á s v i e n d o ! . . .
¡Julia y P i l a r ! . . . Y P i l a r . . . ¡ c h a s ! . . . ¡ c h a s ! . . . ¡ c h a s . . .
¡ P a r a a l g o s i r v e t e n e r u n látigo y d o m a r potros!...
(Sale por la derecha. Este mutis lo interpretará la actriz como
crea conveniente.)
ESCENA III
DON B E R N A R D O , DON ANTONIO y UN CRIADO
BERN. (Se ha quedado con la vista fija en el sitio por donde salid Pilar.)
Don A n t o n i o , ¡qué m u j e r t a n e x t r a ñ a e s m i m u j e r !
ANT. ¡Algo, algo!
BERN. YO c r e í c o n o c e r l a , y r e s u l t a q u e n o la c o n o z c o . ¡ Y e s o
(¡ue la c o n o c í d e s d e n i ñ a !
ANT. ¿ P o r q u é d i c e s eso?
BERN. Porque de tres días á esta p a r t e , m e da mucho que
pensar.
ANT. P e r f e c t a m e n t e . Un b u e n m a r i d o d e b e e s t a r siempre
p e n s a n d o e n s u m u j e r . P e r o e x p l í c a t e , p o r q u e m e lias
hecho entrar en curiosidad.
BERN. E S u s t e d u n h o m b r e h o n r a d o ; u n c a b a l l e r o ; h a sido
u s t e d casi u n p a d r e p a r a P i l a r , y v o y á s e r con u s t e d
m u y franco.
ANT. E S O , hijo; l a f r a n q u e z a . Título de las confidencias, ca-
p í t u l o d e l a s interioridades. ¡ A ver, á ver!...
BERN. U s t e d s a b e q u e d e s d e n i ñ o s é r a m o s n o v i o s Julia y y o ;
q u e e s t u v i m o s l o c o s . . . p o r lo m e n o s y o lo e s t u v e .
ANT. A m o r e s de la niñez... ilusiones... s u e ñ o s . . .
RF.RN. P a r a m í , Julia e r a la h e r m o s u r a s u p r e m a y la s u p r e m a
perfección. ¡No c o m p r e n d í a l a v i d a sin ella! ¡Cosas d e
c h i c o s ! L o s chicos n o h a n v i s t o m u n d o , y , p a r a ellos,
la l a g u n a d e l v a l l e , e s el m a r ; el r i a c h u e l o d e s u p u e -
blo, e s el M i s s i s i p í ; el m o n t e c i l l o & q u e t r e p a n , el H i -
m a l a y a ; el m a e s t r o d e e s c u e l a , el p r i m e r s a b i o , y la
p r i m e r a c h i c u e l a q u e v e n , s u ú n i c o a m o r . E n fin, ¡ yo
d e l i r a b a p o r Julia!
ANT. ¡ N O lo d i g a s en VOZ a l t a ! (Mirando hacia fuera.)
BERN. A e s o i b a á p a r a r . ¿Es c e l o s a ? (En voz baja.)
ANT. Creo q u e s í . (En voz muy baja.)
— 62 —
BERN. ¡Y le h u b i e r a p e g a d o fuego á la c a s a , y h u b i e r a d a n z a -
do s o b r e los e s c o m b r o s h u m e a n t e s !
ANT. ¡Demonio d e h o m b r e !
BERN. Y a hice m i confesión c o m o h o m b r e h o n r a d o . Y a h o r a . . .
ANT. A h o r a , ¿qué?
BERN. Q u e y o le p r e g u n t o á u s t e d : ¿Cómo se explica usted
e s e c a m b i o q u e n o t o en P i l a r ? ¿Sabe ó a d i v i n a algo de
esto?
ANT. Tal v e z .
BERN. P e r o y a , ¿qué p u e d e i m p o r t a r l e , si lodo pasó?
ANT. P a s ó . . . p a s ó . . . pasó p a r a tí. P a r a ella, empieza ahora.
¿Crees t ú q u e u n a m u j e r s e r e s i g n a á s e r plato d e s e -
g u n d a m e s a ? Y p e r d ó n a m e lo v u l g a r d e la f r a s e . ¿Crees
t ú q u e P i l a r s e r í a feliz si s u p i e s e q u e te lias c a s a d o con
ella sin a m o r , p o r d e s p e c h o n o m á s , sólo p o r v e n g a r l e
de la otra? N o , B e r n a r d o ; P i l a r te h a d a d o t o d a la v i r -
g i n i d a d d e s u a l m a , s u s i l u s i o n e s p r i m e r a s , el a m a n e -
c e r d e s u s a m o r e s ; en tus b r a z o s h a p a s a d o d e n i ñ a á
m u j e r ; h a s t a a h o r a , sólo d o s b e s o s h a n e s t r e m e c i d o s u
c o r a z ó n , c o m o d i c e el c a n t a r : «El ú l t i m o q u e le dio su
m a d r e , y el p r i m e r o q u e tú le d i s t e . » P a r a e l l a , sólo
h a y un Dios en el cielo, el Dios d e t o d o s , y o t r o Dios
en la t i e r r a : s u B e r n a r d o . Y t ú , en c a m b i o , ¿qué le h a s
t r a í d o á P i l a r ? ¡Ilusiones m a r c h i t a s , a m o r e s de d e s p e r -
d i c i o , d e s e n g a ñ o s y r e n c o r e s ! ¡No; á esto ni p u e d e r e -
s i g n a r s e P i l a r , ni p u e d e r e s i g n a r s e n i n g u n a m u j e r d e
c o r a z ó n ! ¡Ay d e tí si P i l a r se r e s i g n a s e ; q u e e n t o n c e s ,
n i te q u e r r í a , n i s e r l a d i g n a de s e r tu e s p o s a ! ¡ P í d e l e
á Dios q u e n o s e r e s i g n e !
BERN. ¡ P e r o u s t e d m e a s o m b r a y m e e s p a n t a con eso q u e me
d i c e ! . . . ¿ P i l a r s a b e a l g o ? ¿ S i e n t e algo d e lo q u e usted
a c a b a de e x p l i c a r m e ?
ANT. N O s é . . . n o s é . . . P i l a r no es la n i ñ a insignificante q u e
supones. Pilar tiene talento, y mucha sensibilidad.
BERN. P i l a r es m u y b u e n a y m u y s e n c i l l a . ¡Es u n a n i ñ a ! ¡Es
un angelito!
ANT. ¡Fíese u s t e d d e los á n g e l e s ! . . . Luzbel e m p e z ó p o r á n g e l .
— 64 —
BERN . -
¡ P e r o si es q u e yo a h o r a e m p i e z o á q u e r e r l a ! ¡Si c r e o
que voy á quererla mucho!
ANT. ¡Pues date prisa!
BERN. Ya m e d a r é p r i s a . P e r o , ¿ q u i é n h a b í a d e s o s p e c h a r
esto? E l l a , h a s t a a q u í , m e h a q u e r i d o , s í ; n o h a y d u d a ;
p e r o c o n la m i s m a p l a c i d e z , con la m i s m a t r a n q u i l i d a d
que yo.
ANT. ¡No, n o , y n o ! ¡ T e h a q u e r i d o y te q u i e r e con l o c u r a !
¡una locura m u y reconcentrada, pero con locura!
BERN. ¡NO e x a g e r e usted! Eso será ahora. Pero hemos p a s a -
do c i n c o m e s e s j u n t o s , ¡ y n a d a ! E l l a , h o r a s m u e r t a s ,
sentada enfrente de m í , inmóvil como una estatua, m i -
r á n d o m e c o n s u s h e r m o s o s o j o s , sin p r o n u n c i a r p a l a -
b r a . C u a n d o m á s , se d e s t r e n z a b a el p e l o , y, c o m o j u -
g a n d o , s e lo e c h a b a s o b r e la c a r a , c o m o m a n t o n e g r o
de encaje.
ANT. ¡ P a r a q u e no la v i e s e s l l o r a r !
BURN. ¿De m o d o , q u e y o , s i n s a b e r l o , sin s o s p e c h a r l o , soy un
verdugo para esa criatura angelical?
ANT. S Í , hijo m í o , sí: c o n f r a n q u e z a ; e s o e r e s .
BERN. ¡ P e r o si le d i g o á u s t e d q u e voy á q u e r e r l a m u c h í s i m o !
ANT. ¿ P u e s p a r a c u á n d o lo dejas?
BERN. ¡Si h o y e m p e c é con m u c h a f u e r z a : cuando nos vimos
los d o s al b o r d e del a c a n t i l a d o , c o n el m a r en lo p r o -
f u n d o h a c i e n d o b o r b o t o n e s ; y los c a b a l l o s t e m b l a n d o
d e m i e d o , q u e n o s h a c í a n t e m b l a r á los d o s ; y ella, m u y
pálida, u n p o c o d e s g r e ñ a d a , m i r á n d o m e m u y fija, con
a q u e l l o s o j a z o s , y t e n d i é n d o m e la m a n o ! . . . ¡ Y o n o s é
lo q u e s e n t í ! . . . ¡una cosa m u y p r o f u n d a ! . . . ¡un d e s p e r -
t a r ! . . . ¡un a n s i a ! . . . y dije: « ¡ P i l a r ! . . . » y P i l a r lo e r a en
a q u e l m o m e n t o t o d o p a r a m í : ¡ la t i e r r a , el c i e l o , el
m a r , el a b i s m o ! ¡una n u e v a v i d a , m u y a n c h a , m u y h e r -
m o s a , m u y p r o f u n d a ! ¡Se lo j u r o á u s t e d !
ANT. Perfectamente; así vamos bien. Créeme; ¡mucho paseo
á caballo!
BERN. ¡Dios m í o , q u é i m b é c i l s o y , y q u é e g o í s t a ! ¡ P o b r e P i -
lar m í a ! ¡Cómo d e b e sufrir! Oiga u s t e d : lo d e e s t a t a r -
— 6o —
de h a sido m u y e x t r a ñ o , m u y e x t r a ñ o . Yo c r e o q u e el
caballo n o s e d e s b o c ó . ¡Fué e l l a ! . . . ¡Qué c r i a t u r a , Dios
m í o ! . . . ¡Y yo q u e p e n s a b a q u e le e r a casi i n d i f e r e n t e ! . . .
¡que m e q u e r í a . . . v a m o s , c o m o á u s t e d !
ANT. N o ; ¡á m í m e q u i e r e m u c h o ! ¡poco á p o c o !
BERK. Don A n t o n i o . . . ¡ m e p a r e c e á m í q u e v a m o s á s e r m u y
felices!
ANT. ¡Dios lo q u i e r a !
Cnuno. (Anunciando.) ¡Las s e ñ o r a s d e G u e v a r a y el s e ñ o r d e Mon-
tojo!
BERN. No quiero verlas ahora. Voy á c a m b i a r d e traje. Adiós.
R e c í b a l a s u s t e d . ¡ P i l a r ! . . . ¡Dios m í o ! . . . ¿ S i m e l l e g a r á
á querer Pilar como yo s o ñ é , c u a n d o soñé que Julia m e
quería?... ¡Sí!... ¡ P i l a r m e quiere m u c h o ! . . . ¡me quiere
mucho!
ANT. ¡Que v i e n e n !
BERN. ¡ A d i ó s ! (Sale por la derecha.)
ESCEVA IV
DON ANTONIO, DOÑA I S A B E L , JULIA, MONTOJO y UN
CRIADO
ANT. ¡Un c a d e t e , n o : n o t a n t o , n o t a n t o ! P e r o , s i é n t e n s e u s -
t e d e s . . . ¡Por D i o s , n o e s t é n a s í !
ISABEL. (¡Pero cómo s e h a a f i n a d o ! . . . ) ¡Si e s t á . . . v a m o s , h a s t a
guapo!
JULIA. ¡Por Dios, m a m á !
ISABEL. ¡ N a d a , q u e e s t á g u a p o ; m á s g u a p o q u e M o n t o j o ! (Todos
se ríen.) ¡"Vaya, v a y a , d o n A n t o n i o ! . . . ¿Y B e r n a r d o ? ¿Y
la p r e c i o s a P i l a r ?
ANT. V e n d r á n en s e g u i d a : e s t á n c a m b i a n d o d e t r a j e .
MONT. ¿ C a m b i a n d o d e traje?
ISABEL. ¿ P o r n o s o t r a s . . . ? ¡Qué i d e a !
JULIA. ¡ E S idea... sí!...
ANT. Estuvieron, hasta hace poco, Pilar y Bernardo de p a -
s e o . Un p a s e o á c a b a l l o . Y él s e fué á q u i t a r s e l a s e s -
p u e l a s , y ella á q u i t a r s e l a a m a z o n a .
JULIA. ¿Y p a s c a n m u c h o á caballo? (Afectando indiferencia.)
ANT. T o d o s l o s d í a s . (Ya e m p i e z o á m e n t i r . ) Y a v e u s t e d , la
luna de miel...
ISABEL. D e m o d o , ¿que s o n felices? ¡Cuánto m e a l e g r o !
ANT. ¡ F e l i c í s i m o s ! ¡ E s t a c a s a e s u n p a r a í s o ! ¿Y el v i a j e ? . . .
el v i a j e fué o t r o p a r a í s o e n f e r r o c a r r i l . ¡Si m e lo h a
d i c h o á m í ! « P i l a r e s la ú n i c a m u j e r á q u i e n h e q u e r i -
do de veras.»
ISABEL. ¡Vaya con Bernardo!
JULIA. M u c h o t a r d a n . . . (Inquieta y disgustada.)
ANT. ¿Les cansa á ustedes mi conversación?
JULIA. ¡Por D i o s , d o n A n t o n i o ! . . .
MONT. ¡Cómo h a d e c a n s a r n o s q u e n o s h a b l e u s t e d d e l a s f e -
licidades de Pilarcita!
ANT. P u e s á m í , t a m p o c o m e c a n s a n . ¡ A v e c e s dice B e r n a r -
d o u n a s c o s a s , q u e m e h a c e n r c i r ! U s t e d e s s e v a n ¡i
rcir t a m b i é n . A y e r , sin ir m á s lejos, d e s p u é s de poner
p o r l a s n u b e s el pelo n e g r o d e P i l a r , s u s h e r m o s o s
o j o s , s u c u e r p o e l e g a n t e , s a l t a d e p r o n t o , y le d i c e :
« P i l a r c i t a , s i e m p r e la l l a m a P i l a r c i t a , t i e n e s l a s o r e -
jas m á s monas, m á s pequeñas, mejor recortadas que
h e v i s t o . ¡ P a r e c e n d o s Conchitas d e n á c a r ! »
— 67 —
JULIA. Un p i r o p o m u y fino y d e m u y b u e n g u s t o .
ANT. P u e s á ella d e b i ó p a r c c e r l e d e perlas, p o r q u e s e le p u -
s i e r o n l a s o r c j i t a s m u y e n c e n d i d a s , y dijo B e r n a r d o :
«¡Ahora parecen d o s hojas de rosa!»
JULIA. ¿Conque d e r o s a ? . . . (Levantándose nerviosa y Ungiendo reir.)
ANT. A S Í m i s m o . (¡Me p a r e c e q u e t ú n o e s t á s en u n lecho
de rosa!)
ISABEL. ¡Pues á m í m e hacen mucha gracia esas monadas!
JULIA. ¡ P o r D i o s , m a m á ! ¿A eso le l l a m a s monadas?... ¡Qué
calor hace aquí! Esa terraza debe tener u n a s vistas s o -
berbias. (Dirigiéndose á la terraza del fondo.)
ANT. ¡ E s p l é n d i d a s ! P e r o si h a c e p o c o h u b i e r a n e s t a d o u s t e -
des a h í , ¡buen susto hubieran pasado!
ISABEL. ¿Por qué?
JULIA. (Volviendo al primer término.) ( ¡ G r a c i a s á D i o s q u e v a r i ó d e
t e m a e s t e p e s a d o ! ) ¿Ocurrió algo?
ANT. ¡A poco m á s , u n a d e s g r a c i a h o r r i b l e ! ¡ M e e s t r e m e z c o
al p e n s a r l o !
ISABEL. ¡Cuente usted, cuente usted!
ANT. B e r n a r d o y P i l a r h a b í a n salido á d a r u n p a s e o á c a b a -
llo. P u e s el alazán d e P i l a r c i l a s e d e s b o c ó h a c i a el tajo
d e l a c o s t a , y si B e r n a r d o n o s e p o n e d e l a n t e , jugán-
d o s e la v i d a , ¡sí, s e ñ o r a s ! ¡ j u g á n d o s e la v i d a ! ¡abajo va
mi pobre Pilar!
ISABEL. ¡Válgame Dios!
ANT. ¡Bernardo estuvo heroico!... ¡El amor es una gran
cosa!...
JULIA. ¡ F í j e n s e u s t e d e s ! ¡ D e s p u é s d e d a r u n p a s e o p o r el bo&-
que umbrío, d a r e n el mar espumoso! (Con tono burlón.)
MONT. ¡Un idilio ecuestre*.
JULIA. ¡Y u n a tragedia costanera*.
ISABEL. ¡NO, pues yo no m e río! ¡Pudiera ser u n a desgracia h o -
rrible!
JULIA. P e r o , m a m á , ¡ n o lo f u é ! El c a s o e s , q u e n o vienen n i
Bernardo ni Pilar.
ISABEL. ¡Ni S u á r e z t a m p o c o !
MONT. Q u e d ó t e r m i n a n d o el d i b u j o d e l n u e v o e s c u d o .
— 68 —
ISABEL. ¡ E s m u y b u e n c h i c o ! ¡ Y s e va aficionando á la h e r á l -
dica!
CRIADO. ¡El s e ñ o r d e S u a r e z !
ISABEL. ¡Ya e s t á a h í !
ESCENA V
DICHOS y SUAREZ
SUAREZ. C u m p l o m i p a l a b r a , y a q u í m e t i e n e n u s t e d e s . ¡Salud,
d o n A n t o n i o ! ¡Concluido, c o n c l u i d o , d o ñ a I s a b e l ! ¡ E s -
p l é n d i d o , m a j e s t u o s o , d e s l u m b r a d o r ! ¡con s u s c a b a l l o s
m a r i n o s á los costados y s u corona de m a r q u e s a sobre
el Jefe]
ANT. ¿ S o b r e q u é jefe!
SUAREZ. A S Í s e l l a m a rt la p a r t e a l t a del e s c u d o . (A don Antonio.)
¡ C u a n d o u s t e d lo v e a , p i e r d e u s t e d el s e n t i d o , d o ñ a I s a -
bel! ¡ Cuartelado en c r u z ! ¡Uno d e l o s c u a r t e l e s , giro-
nado] ¡el o t r o , contracuarteladol ¡el o t r o , mantelado\
¡y el ú l t i m o , contrafajadol ¡Una c o s a e s t u p e n d a ! ¡ c o n -
mueve! ¡verdaderamente conmueve!
ANT. ¡LO creo!
SUAREZ. H a y u n a c r u z recrucetada, q u e d a n ganas de ponerse
e n c r u z . H a y u n León y u n Lobo, frente á f r e n t e , c o n
la b o c a a b i e r t a , c o m o si bostezasen, que á m í no se m e
ha c e r r a d o la b o c a d e s d e q u e los p i n t é . (Conteniendo un
bostezo.)
ESCENA VI
DICHOS; P I L A R , por la derecha.
q u e ? ¡El a i r e l i b r e b a r r e el cielo d e n u b e s , y d e l a c a -
beza l a s i d e a s s o m b r í a s !
ISABEL. Tiene razón Pilar.
Í'IL\R. El p a r q u e t i e n e u n a v e r j a q u e d a al a r r a n q u e d e l m u e -
lle... un muelle de hierro q u e avanza dentro del m a r . Y
en l l e g a n d o al e x t r e m o del e s p i g ó n , s e v e u n a r o d e a d a
d e o l a s v e r d e s y d e b o r b o t o n e s d e e s p u m a . ¡Ven, v e n
c o n m i g o ! (Como queriendo apoderarse de ella.)
JULIA. N O ; g r a c i a s . (Retrocede riendo.) U s t e d e s p u e d e n g o z a r d e
ose e s p e c t á c u l o : y o d e s c a n s a r é a q u í u n r a t o .
PII.AU. C o m o q u i e r a s : será para otra vez, q u e r i d a J u l i a . ¿ V a -
mos nosotros?
ISABEL. SÍ; m e agrada dar un paseo.
MONT. Estamos á sus órdenes.
SUAREZ. Lo estamos todos.
PILAR. ¡ P u e s en marcha!,
ANT. YO m e q u e d a r é h a c i e n d o c o m p a ñ í a á Julia.
PILAR. N O ; Julia d e s e a e s t a r s o l a . U s t e d c o n n o s o t r o s . A d e -
m á s , B e r n a r d o v e n d r á e n s e g u i d a , y él a c o m p a ñ a r á á
J u l i a . ¡Ea! ¡al p a r q u e ! ¡al m u e l l e ! ¡al m a r b o r r a s c o s o !
(Retrocediendo.) E n todo c a s o , y o v o l v e r é á buscarte,
q u e r i d a , y á v e r s i e s t á s m e j o r . ¡ Yo m e i n t e r e s o m u -
c h o p o r tí! ¡Y'a v e r á s , y a v e r á s !
JULIA. Gracias; no te molestes.
PILAR. (Saliendo con doña Isabel muy cariñosa.) Mi q u e r i d a d o ñ a I s a -
bel, ¡ c u á n t o s r e c u e r d o s h a d e s p e r t a d o u s t e d e n m í !
ISABEL. ¡Pobre Pilar!
PILAR. ¡ E S v e r d a d ! . . . ¡ s i e m p r e s o y la p o b r e P i l a r , a q u e l l a p o -
b r e n i ñ a r e n c o r o s a ! (Salen por el fondo.)
MONT. (A Suárez.) ¿ H a v i s t o u s t e d q u é t i r o t e o ? ¡ U n d u e l o con
puñal y guante!
SUAREZ. Y O n o h e v i s t o , s i n o q u e P i l a r lia e s t a d o m u y a m a b l e .
¡ A l g u n a i n d i r e c t i l l a ! . . . ¡pero m u y a m a b l e !
MONT. ¡ P e r o u s t e d v i v e e n el L i m b o !
SUAREZ. ¡La p a t r i a d e l o s i n o c e n t e s ! (Salen por el fondo también.)
ANT. ¡ N O e s t o y t r a n q u i l o . . . n o e s t o y t r a n q u i l o ! . . . (Sale como
los otros.)
— 7o —
ESCENA VII
J U L I A ; después DON B E R N A R D O
ESCENA VIH
DICHOS y PILAR
PII.AU. No e s t á n t o d a s : faltan t r e s . No te m o l e s t e s en c o n -
tarlas.
JULIA. ¡Pilar!
BERN. ¡ P i l a r ! (Pausa.)
JULIA. ¿Qué q u i e r e s decir? (Guardando las cartas.)
PILAR. C l a r a m e n t e lo dije. E n e s a s c a r t a s q u e te h a d e v u e l t o
B e r n a r d o , faltan t r e s : y s o n m u y i n t e r e s a n t e s . ¡Cuánto
d a r í a p o r v e r l a s el d u q u e ! . . . ¡Y l a s t e n g o y o . . . l a s t e n -
go y o ! . . .
JULIA. ¡ B e r n a r d o ! . . . ¿qué e s esto?
BERN. L e aseguro á usted, Julia... ¡Pilar... Pilar!... ¿Lo s a -
bes todo?
PILAR. . S í , lo s é t o d o . L o s n i ñ o s s o n c u r i o s o s , todo lo r e v u e l -
v e n : y yo s i g o s i e n d o u n a n i ñ a , ¿ n o e s c i e r t o , B e r -
nardo?
JULIA. ¡Oh, q u é indignidad!
PILAR. J u s t o , u n a i n d i g n i d a d : e s t a m o s c o n f o r m e s . ¿Qué o p i -
n a s tú? (A don Bernardo.)
BERN. ¡Pilar, e s c ú c h a m e !
PILAR. S Í , te escucharé gustosa: y á esa también cuando h a -
ble. A h o r a p a r e c e q u e n o q u i e r e h a b l a r . P u e s á tí p r i -
mero.
— 78 —
y c o n e s t o n o ofendo á J u l i a , q u e t o d a e s a historia es
muy antigua.
PILAR. De h a c e u n a ñ o p o r lo m e n o s . Al c a b o d e u n a ñ o flore-
cen l o s á r b o l e s . L o s a m o r e s t i e n e n s u i n v i e r n o y tienen
s u p r i m a v e r a . P a r a l a s t r i s t e z a s del otoño y l o s hielos
d e l i n v i e r n o , P i l a r e s b u e n a . P a r a la p r i m a v e r a florida
y el a r d i e n t e e s t í o , l a h e r m o s a y a r d i e n t e J u l i a . Mi m a -
rido cariñosísimo, tiene bien repartidas las estaciones,
JULIA. ¡ E s i n g e n i o s a ! (Con cierto goce por el sufrimiento de Pilar.)
BERN. N O s e a s c r u e l , P i l a r : m i r a q u e n o lo fuiste n u n c a .
PILAR. L O fui s i e m p r e .
BERN. ¿Con q u i é n ?
PILAR. Conmigo misma.
BERN. Si t e c a l m a s u n p o c o , n o d u d a r á s d e m í .
PILAR. N O d u d o : s é . He leído la ú l t i m a c a r t a d e Julia. Sé que.
te c a s a s t e c o n m i g o p o r d e s p e c h o , p o r v e n g a n z a , c u a n -
do m á s p o r c o m p a s i ó n . «Que n o llore e s a p o b r e chica;
m e l a d l e v a r é á m i c a s a , y le c o m p r a r é g a l a s . » ¿Qué fui
p a r a m i B e r n a r d o ? P o c o m á s q u e u n p e r r i l l o á quien s e
r e c o g e e n la calle; á q u i e n s e d a d e c o m e r ; á q u i e n s e
le c o m p r a b o n i t o collar d e p l a t a , y á q u i e n , p o r favor
e s p e c i a l í s i m o s e le d e j a r e v o l c a r s e e n la a l f o m b r a d e la
s a l a . E s t o n a d a m á s h e sido p a r a t í .
BERN. ¡Pilar, n o m e d e s e s p e r e s ! ¡ m i r a q u e e s o n o e s v e r d a d !
JULIA.! Y a c o m p r e n d e s , q u e y o n o p u e d o c o n t i n u a r a q u í . Deja
una vez de ser rencorosa: d a m e m i s cartas, y m e voy.
y no os veré nunca.
PILAR. ¡ P e r o yo te v e r é siemprel
JULIA. ¿Me d a s e s a s c a r t a s ?
PILAR. ¡Qué p r i s a !
JULIA. ¿Me l a s d a s , ó t e n d r é q u e e x i g i r á B e r n a r d o q u e le las
quite? (Con dureza.)
PILAR. Prueba.
BERN. ¡ N O , J u l i a , n o ! N o t e m a s , Pilar.
JULIA. ¡Ah!
PILAR. T e n g a m o s c a l m a : yo s o y la q u e m á s s u f r o . . . y ya veis
si t e n g o c a l m a . M i r a , B e r n a r d o ; ni q u i e r o humillarle,
— 80 —
ESCENA IX
PILAR y JULIA
PJLAR. Ya e s t a m o s s o l a s . B e r n a r d o se fué, y el d u q u e , tu f u -
t u r o e s p o s o , n o v i n o . . . a u n q u e q u i z á h a r é yo q u e v e n -
ga alguna vez.
JULIA. ¿Te h a s p r o p u e s t o m a t a r m e á fuego lento? ¿ m a r t i r i z a r -
m e , e s c a r n e c e r m e , v o l v e r m e loca?
PILAR. ¿Todo e s o h a g o ?
JULIA. ¡ S Í , y no sufro más!
PILAR. ¡POCO sufrida e r e s ! Me t u v i s t e en tu p o d e r c u a n d o n i ñ a ,
y m e m a r t i r i z a s t e sin p i e d a d . Me t u v i s t e e n t r e t u s g a -
r r a s h a c e u n a ñ o , y m e a r r o j a s t e c o m o l i m o s n a los d e s -
p e r d i c i o s d e tu p a s i ó n . ¡Tienes hoy en tu p o d e r mi feli-
c i d a d , y t o d a v í a q u i e r e s d i s p o n e r d e ella á tu c a p r i c h o !
Y s i n e m b a r g o , yo sufro t o d o e s t o . E s q u e s e g ú n pa-
r e c e , yo h e n a c i d o p a r a s u f r i r : t e n g o la c o s t u m b r e . T ú
no la t i e n e s ; p e r o q u i é n s a b e si te i r á s a c o s t u m b r a n d o .
C o m o yo m e e m p e ñ e , p u e d e s e r q u e te a c o s t u m b r e s .
JULIA. P u e s no m e a c o s t u m b r o , y no p e r d a m o s el tiempo.
B e r n a r d o e s t a r á i m p a c i e n t e : v o l v e r á en s e g u i d a . ¿ Q u é
te h a s p r o p u e s t o ?
PILAR. Sólo u n a c o s a . P o n e r á p r u e b a á B e r n a r d o . Averiguar
si m e q u i e r e m á s q u e á tí. No te r í a s : e s o m e b a s t a .
¡ C o n v e n c e r m e d e q u e ya n o te q u i e r e n a d a , n a d a , p e r o
n a d a ! Q u e p a r a él e r e s c o m o otra mujer cualquiera,
c o m o u n a á q u i e n encontrase al paso; u n s ir insignifi-
cante, indiferente, insustancial... todo lo q u e tú d e -
81 —
cías q u e e r a y o p a r a é l , c u a n d o p o r d e s p e c h o ó c o m p a -
sión s e c a s a b a c o n m i g o . ¿Te v a s e n t e r a n d o ? ¿ E s t á c l a -
ro? Más c l a r o , n o lo s é d e c i r .
JULIA. ¿Y si t e c o n v e n c e s d e eso?
PILAR. Te devuelvo tus cartas.
JULIA. ¿Y s i n o t e c o n v e n c e s ?
PILAR. ¡Entonces... entonces... m e quedan dos caminos! ¡el
sacrificio, ó l a v e n g a n z a ! . . .
JULIA. ¿Y cuál e s c o g e r á s ?
PILAR. N O s é . Soy u n s e r d é b i l , y los s e r e s d é b i l e s n o s d e j a -
m o s v e n c e r , n o s d e j a m o s m o r i r . P e r o t a m b i é n soy r e n -
c o r o s a . . . ¡Vaya u s t e d á a d i v i n a r lo q u e y o p o d r é h a c e r !
JULIA. NO quiero palabras, Pilar; quiero hechos.
PILAR. P u e s h e c h o s . Mira, croo q u e B e r n a r d a v u e l v e . . . ¡ e s t a -
rá el p o b r e t a n i m p a c i e n t e ! . . . E n t r a a h í . . . n o h a y o t r a
s a l i d a : p r i s i o n e r a q u e d a s . Sal c u a n d o te l l a m e .
JULIA. ¡Pilar!...
PILAR. O cuando te canses. Y entre tanto, escucha.
JULIA. ¿Qué farsa e s ésta?
PILAR. U n a farsa q u e vale m á s q u e la d e tu a m o r p o r B e r n a r -
do ó la d e tu c a s a m i e n t o con el d u q u e .
JULIA. ¡Basta!
PILAR. ¡Entra!
JULIA. ¿Pero h o y m i s m o ? . . . ¿ A h o r a m i s m o ?
PILAR. S Í . A h o r a m i s m o v a á r e s o l v e r s e t o d o . O te d e v u e l v o
t u s c a r t a s , ó h a g o i m p o s i b l e tu a m b i c i ó n y t u b o d a . T e
h u m i l l o a n t e t u m a d r e . T e d e s h o n r o a n t e tu n o b l e d e s -
p o s a d o , el s e ñ o r d u q u e . Y m e c o b r o d e t o d o lo q u e m e
d e b e s , sin p i e d a d , sin escrúpulos, como celosa, como
vengativa, con t a n mala sangre y tan mala intención
como has tenido siempre para m í .
JULIA. ¡Pilar!...
PILAR. ¡ E n t r a ! ¡ O b e d e c e ! ¡Calla y s u f r e . . . q u e h o y m a n d a la
rencorosa!
82
ESCENA X
PILAR y B E R N A R D O
BERN. ¿Y J u l i a ?
PILAR. ¡Cuánto te i n t e r e s a ! ¿Ya la e c h a s d e m e n o s ?
BERN. T Ú s a b e s p o r q u é . N o e s p o r ella; e s p o r t í .
PILAR. (Repitiendo en voz alta.) ¿No e s p o r ella? ¿ n o l e inspira
compasión?
BERN. Quien m e inspira compasión, eres tú.
PILAR. ¿Y ella, n o ? Mira; v i e n d o q u e n a d a c o n s e g u í a d e m í , s e
fué d e s e s p e r a d a . ¡Me dio m i e d o !
BERN. ¡Por D i o s , P i l a r , n o h a b l e m o s d e ella! ¿Qué m e i m p o r -
ta e s a m u j e r ?
PILAR. Pero te importan s u s carias.
BERN. T a m p o c o . T a n s e g u r a s e s t á n en t u s m a n o s c o m o e n
p o d e r d e J u l i a . ¿Todo s e r e d u c e á q u e ella sufra? ¡ P u e s
que sufra, con tal q u e n o sufras t ú !
PILAR. ¿ S i e n t e s todo e s o q u e d i c e s ? ¿ S o y p a r a t í m á s q u e
Julia?
BERN. N O t e o c u p e s d e ella: d é j a l a q u e s e v a y a . ¿Qué e s p a r a
mí? U n p a s a d o q u e s e b o r r a . N i ñ e r í a s d e chiquillo. E s
c o m o si t u v i e s e s c e l o s d e l s a b l e c i t o c o n q u e y o j u g a b a ,
c u a n d o j u g a b a á los s o l d a d o s . Ella fué c o m o e l j u g u e t e
d e l a infancia. ¡Tú e r e s p a r a m í la p l e n i t u d del c o r a z ó n
y del a l m a !
PILAR. ¿ P e r o e s v e r d a d ? . . . ¡Qué a l e g r í a ! ¡Me a h o g o d e a l e -
g r í a ! . . . ¡Me a h o g o ! ¡Toda la s a n g r e m e a c u d e al c o r a -
zón! N o ; á la c a r a . ¿Ves? ¡Me h a s r u b o r i z a d o ! ¡Me
a b r a s o ! . . . ¡Dios m í o ! . . . ¡qué c a l o r ! . . . ¡qué calor!...
Voy á a b r i r u n p o q u i t o e s a p u e r t a . . . p a r a q u e e n t r e . . .
el a i r e f r e s c o . . . p a r a q u e h a y a c o r r i e n t e . . . y v a y a d e
a q u í . . . hacia a l l á . . . el v i e n t o ! (Va á la puerta, la entorna
un poco y vuelve.)
BERN. ¡Pilar!
PILAR. S i g u e , s i g u e . R e p i t e todo e s o q u e d e c í a s a n t e s . . .
BERN. Y lo r e p e t i r é cien v e c e s . ¿Cómo q u i e r e s q u e t e d i g a ,
— 83 —
q u e le j u r e , q u e le p r u e b e q u o p a r a Bernardo no hay
felicidad en el m u n d o sin tí? ¿Que p a l a b r a s ? q u é l á g r i -
mas he de encontrar para convencerte?
PILAR. ¿ Y Julia?
BERN. P e n s a n d o : « ¡ D e m o n i o d e m u j e r ; á v e r si m e m a t a ! . . . »
PILAR. ¿De v e r a s ? ¿Demonio d e m u j e r h a s dicho? ¡qué g r a c i o -
so! (¡No; J'0 a b r o la p u e r t a del todo!) (Corre á la puerta y
la abre casi.) Y al s a l v a r m e á m í , ¿qué p e n s a b a s ?
BERN. E s t o : «¡Ay, m i p o b r e c i t a P i l a r ; si ella m u e r e , quiero
m o r i r con ella!»
PILAR. ¡Bernardo! ¡Eres muy engañador!
BERN. ¿Me crees?
PILAR. Sí; te c r e o . ¿Pero y Julia?
BERN. ¡ N O la n o m b r e s , p o r Dios! ¡No p i e n s e s en esa mujer
o d i o s a ! ¡No p i e n s e s en ella!
PILAR. Pues mira, hay que pensar. Aquí nosotros hablando,
h a b l a n d o , y q u i z á p u e d a o c u r r i r a l g u n a d e s g r a c i a . Yo
p o r a t e m o r i z a r l a , le dije que iba á mandar las cartas
al duque, y s e fué d e s e s p e r a d a . P r i m e r o al p a r q u e ,
l u e g o al m u e l l e . L a s olas a t r a e n ; n a d i e e s t á l i b r e d e u n
v é r t i g o . ¿ T e a c u e r d a s d e lo q u e yo hice?
BURN. T Ú , SÍ; porque tienes corazón; porque sabes amar.
P e r o ella n o ; la c o n o z c o b i e n .
PILAR. Me dijo: « h a s t a las d o s e s p e r o : » ¡y lo dijo de un
modo...!
BERN. No h a g a s c a s o ; ¡ c u á n t a s veces m e h a dicho á m í q u e
q u e r í a m a t a r s e ! ¡que q u e r í a m a t a r s e ! ¡Nunca se m a t ó !
¡No h a b l e m o s d e ella, p o r Dios, t e lo s u p l i c o ! (Dan las dos
en un reloj de la sala.)
PILAR. ¡Las d o s ! ¿ N o las o y e s ? Dijo: « H a s t a las d o s e s p e r o . »
Mira, a q u í t e n g o las c a r t a s . . . q u í t a m e l a s , y d é j a m e . . .
¡y v e t e á s a l v a r á Julia! (Sacando las cartas.)
BERN. ¡Ah! ¿ Q u i e r e s p o n e r m e á p r u e b a ? P u e s s e a . Yo s é q u e
n o c o r r e p e l i g r o e s a m u j e r ; p e r o , a u n q u e Temiese p o r
e l l a . . . e n t r e d e j a r t e sola ó s a l v a r l a . . . ¡ven á m í , v e n á
m i s b r a z o s ! Y á e l l a . . . ¡á ella, q u e s e la lleve el t o r r e n -
te del p a s a d o al m a r d e l o l v i d o , ó al m a r d e las olas
e s p u m o s a s ! ¡Y p o r c a d a l á g r i m a q u e te hizo d e r r a m a r
e s a c r i a t u r a a b o r r e c i b l e , t r a g ú e s e u n a ola do a m a r g u r a !
PILAR. ¡ B a s t a ! . . . ¡no m á s ! . . . ¡ p o b r e c i l l a ! ¡Me p a r e c e q u e y a
t r a g ó b a s t a n t e ! B e r n a r d o , ¡te c r e o ! . . . ¡ t e c r e o ! . . . ¡Dios
— 85 —
ESCENA XI
PILAR, DON B E R N A R D O y JULIA; después DOÑA ISABEL,
DON ANTONIO, MONTOJO y S U A R E Z
ANT. Y O , si l a a l e g r í a y el C h a m p a g n e m e lo p e r m i t e n , b r i n -
, d a r é p o r l a b u e n a idea q u e tuviste al c a s a r t e c o n n o s -
o t r o s , d i g o . . . c o n P i l a r . (Todos ríen.)
JULIA. (A Pilar en voz baja.) ¡ P u e s y o c o n l o s l a b i o s s e c o s por el
recuerdo de mi vergüenza y d e mi castigo!
PILAR. Y y o , c o n l o s ojos h ú m e d o s , ¡por el olvido d e m i s r e n -
cores!
FIN DE L A COMEDIA
OBRAS DEL MISMO AUTOR
EL LIBRO TALONARIO, c o m e d i a en u n a c t o , o r i g i n a l y en v e r s o .
LA ESPOSA DEL VENGADOR, d r a m a en t r e s a c t o s , o r i g i n a l y en v e r s o .
L A ÚLTIMA NOCHE, d r a m a en t r e s a c t o s y u n e p í l o g o , o r i g i n a l y
en v e r s o .
E N EL PUÑO DE LA ESPADA, d r a m a t r á g i c o e n t r e s a c t o s , o r i g i n a l y
en v e r s o .
U N SOL QUE NACE Y UN SOL QUE MUERE, c o m e d i a en u n a c t o , ori-
ginal y en verso.
CÓMO EMPIEZA V CÓMO ACABA, d r a m a t r á g i c o en t r e s a c t o s , origi-
nal y en verso. (Primera parte d e u n a trilogía.)
E L GLADIADOR DE R A VENA, t r a g e d i a en u n acto y en v e r s o , imi-
tación.
Ó LOCURA Ó SANTIDAD, d r a m a e n t r e s a c t o s , o r i g i n a l y en p r o s a .
IRIS DE PAZ, c o m e d i a e n u n a c t o , o r i g i n a l y e n v e r s o .
PARA TAL CULPA TAL PENA, drama en d o s a c t o s , original y en
verso.
Lo QUE NO PUEDE DECIRSE, d r a m a e n t r e s a c t o s , o r i g i n a l y en p r o -
s a . ( S e g u n d a p a r t e d e la t r i l o g i a . )
E N EL PILAR Y EN LA CRUZ, d r a m a en t r e s a c t o s , o r i g i n a l y e n
verso.
CORRER EN POS DE UN IDEAL, c o m e d i a o r i g i n a l , en t r e s a c t o s y e n
verso. •
ALGUNAS VECES AQUÍ, d r a m a o r i g i n a l , e n t r e s a c t o s y e n p r o s a .
MORIR POR NO DESPERTAR, l e y e n d a d r a m á t i c a o r i g i n a l , en u n acto
y en verso.
E N EL SENO DE LA MUERTE, l e y e n d a t r á g i c a o r i g i n a l , en t r e s a c t o s
y en v e r s o .
BODAS TRÁGICAS, c u a d r o d r a m á t i c o del siglo x v i , o r i g i n a l , en un
acto y en verso.
MAR SIN ORILLAS, d r a m a o r i g i n a l , e n t r e s a c t o s y e n v e r s o .
LA MUERTE EN LOS LABIOS, d r a m a e n t r e s a c t o s y e n p r o s a .
E L GRAN GALEOTO, d r a m a o r i g i n a l , e n t r e s a c t o s y en v e r s o , p r e -
cedido de un diálogo en prosa.
HAROLDO EL NORMANDO, l e y e n d a t r á g i c a o r i g i n a l , en t r e s a c t o s y
en v e r s o .
L o s DOS CURIOSOS IMPERTINENTES, d r a m a en t r e s a c t o s y en v e r s o ,
( T e r c e r a p a r t e d e la t r i l o g í a . )
CONFLICTO ENTRE DOS DEBERES, d r a m a en t r e s a c t o s y eu v e r s o .
U N MILAGRO EN EGIPTO, e s t u d i o t r á g i c o en t r e s a c t o s y en v e r s o .
PIENSA MAL. .. ¿Y ACERTARÁS? casi p r o v e r b i o en t r e s a c t o s y en
verso.
L A PESTE DE OTRANTO, d r a m a o r i g i n a l , e n t r e s a c t o s y e n v e r s o .
VIDA ALEGRE Y MUERTE TRISTE, d r a m a o r i g i n a l , en t r e s a c t o s y en
verso.
EL BANDIDO LISANDRO, e s t u d i o d r a m á t i c o , en t r e s c u a d r o s y en
prosa.
D E MALA RAZA, d r a m a e n t r e s a c t o s y e n p r o s a .
D o s FANATISMOS, d r a m a en t r e s a c t o s y en p r o s a .
E L CONDE LOTARIO, d r a m a e n u n a c t o y e n v e r s o .
LA REALIDAD Y EL DELIRIO, d r a m a en t r e s a c t o s y e n p r o s a .
E L HIJO DE CARNE Y EL HIJO DE HIERRO, d r a m a e n t r e s a c t o s y en
prosa.
Lo SUBLIME EN LO VULGAR, d r a m a e n t r e s a c t o s y en v e r s o .
MANANTIAL QUE NO SE AGOTA, d r a m a e n t r e s a c t o s y en v e r s o .
Los RÍGIDOS, d r a m a e n t r e s a c t o s y en v e r s o , p r e c e d i d o d e u n
diálogo-exposición en prosa.
SIEMPRE EN RIDÍCULO, d r a m a e n t r e s a c t o s y e n p r o s a .
E L PRÓLOGO DE UN DRAMA, d r a m a e n u n a c t o y e n v e r s o .
IRENE DE OTANTO, ó p e r a e n t r e s a c t o s y e n v e r s o .
UN CRÍTICO INCIPIENTE, c a p r i c h o c ó m i c o en t r o s a c t o s y - e n p r o s a .
COMEDIA SIN DESENLACE, e s t u d i o c ó m i c o - p o l í t i c o , e n t r e s a c t o s y
en p r o s a .
E L HIJO DE DON JUAN, d r a m a o r i g i n a l , e n t r e s a c t o s y en p r o s a ,
i n s p i r a d o p o r la l e c t u r a d e la o b r a d e l b s e n titulada Gengm-
gere.
Sic v o s NON VOBIS ó LA ÚLTIMA LIMOSNA, c o m e d i a r ú s t i c a o r i g i n a l ,
en t r e s a c t o s y e n p r o s a .
MARIANA, d r a m a o r i g i n a l , e n t r e s a c t o s y u n e p í l o g o , e n p r o s a .
E L PODER DE LA IMPOTENCIA, d r a m a e n t r e s a c t o s y en p r o s a .
Á LA ORILLA DEL MAR, c o m e d i a e n t r e s a c t o s y u n e p í l o g o , en
prosa.
LA RENCOROSA, c o m e d i a en t r e s a c t o s y en p r o s a .
ARCHIVO Y COPÍSTERÍA MUSICAL
'FLORENCIO F1SCOWICH,-EDITOR
' ' J