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Cervino Profesorado

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Ira

Edición

Neurociencia
:
cerebro, mente y
conducta
Introducción al estudio
del Sistema Nervioso
Bases Neurobiológicas de
la Mente y la Conducta

Claudio O. Cervino

X PRAIA?
edicionespraia@hotmail.comz,
Neurociencia:
cerebro, mente y
conducta

Claudio O. Cervino
Dr. en Ciencias Biológicas - Neurofisiólogo
I - L" Neurxiencia hov 3

Capítulo 1
LA NEUROCIENCIA HOY:
APUNTES DESDE UNA PERSPECTIVA HISTÓRICA
PPD = procesamiento en paraielo
• Introducción dsitribuido
• Reseña Histórica SN = sistema nervioso
SNC = sistema nervioso central
• La Neurociencia Cogiiüva
SG
• La Decada del Cerebro
• Conclusiones

c*betivo principal de capítulo cuc


es repasar la histona de cómo surgió
la idea del cerebro como sede del
mtelecto y generador del
comportamiento humano. Un secundo
objetivo comprender como ha operado la
actual que llevó como corolario al surgimiento de la
Neuroaencia y sus consecuencias.

1.1 INTRODUCCIÓN
Durante siglos los humanos se
enfrentaron al de determinar la
correlación entre y en el SN
(Fig. 1-1).
Figgr:a. II. Sistema central kgmano. %sta general en donde señalan
El SN de tiene muchas subdivision& que sus y El encéfalo protegido pr meninges y las del cráneo. hemistri,'F
distinguirse mediante criterios y La (HC) cvn_forman al cer±ro, recubierto pr la arta cerebral (COC) y
pr el cuerp calkF0 (CuC)- El tronm tvr&rgl (TC) mmprende al
Albdivisión primaria y más eviel IM•v'ioso protuberancia y raquidm, d cua continúa la médula (ME).
central (SNC) y sistema priférico (SNP): Amg, amígdalg CB, cer&lo; Hpt, hipotálann; NB, de la
el SNC comprende la médula e*inal y SB, sustgnáa blanca; SG, sustancia grs-
encéfalo; el SNP está formado pr las vías
SL "sistema limbim¯ Tntt
y motoras, que llevan información desde
tálamo-
el y extemo al SNC y dsde éste a los
efectores y glandular—.
En el 9C: a) la reábe y información de la piel. y El propósito de la Neuroçipncia es tratar de
músculos, coordina y adunás, transmite hacia y entre otras, las bases neurobiológicas que
arúalo; b) el trona' aMálitT (bulbo raquídeo, Fou.lbean& y rigen proces(F tales como la percepción, el aprendizaje,
cerebro medio) sersorial y del ctErp y la cabeza, una vía el pensamiento y los actos volitivos. Desde sus
bidireccional de de mformaci&l, regula el
nivel de alerta dd SN, anrdina visuals y se trató de asignar una determinada función en
auditivos, y finalmente. ccnrdina vitaks (cardiocirculatoria. correladón a una región del cerebro. El
respiratoria. etc.); c) del nwvimia•tto y prticipa en el mobr, vertiginCF0 desarrollo de la Neurobiología, la
81tre cosas; d) el posee de gran parte de la Neurología y la Psicología han aportado nuevas
información que a la rsto del SN, y pr otro la organismo evidencias esclarecedoras respecto a los
mediante la
íntim«s que estarían implicados en los
que rigen la conducta humana y
y de mayor jerarquía y la cognición.
de

CC = corteza cerebral
HC = hemisferio cerebral
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30 Claudio O. 2017
Recuadro 1-A. No hay Mente sin Cerebro o El problema Alma/Mente
— Cuerpo

¿La autoconciencia y la libre voluntad son producto de la


actividad del cerebro? O se sitúan en una enfidad inmaterial y
quizás inmortal. Este famoso problema mente-cuerpo, ha sido
tratado tanto en Filosofa como en la Biología, desde diversas
ópticas y bajo diversas escuelas de pensamiento, y conforma
un núcleo de discusión en las Ciencias Naturales y
Humanísticas.
Este planteo trae aparejado preguntas sobre la naturaleza de
lo mental y su relación con lo corporal. Algunas de éstas son:
¿Son el cuerpo y la mente dos entidades separadas? Si es así,
¿Interactúan estas entidades, y de ser así, cómo? Si en cambio
no son entidades diferentes, ¿la mente es parte o producto del
cuerpo? ¿O es el cuerpo una forma de la mente?
Entonces, de acuerdo con las respuestas que se dé a estas
preguntas, se pueden distinguir dos familias de doctrinas
psicofisicas o psiconeurales.
La primera, que considera que mente y cuerpo son dos
entidades separadas, se denomina
dualismo, componente de todas las religiones y
filosofas idealistas. Idealistas famosos, por ej., son PlatÓn,
Descartes, Leibniz, Wingenstein, Eccles y Popper.
En los años del Renacimiento, R.
Desacartes (1596-1650) presentaba su dualismo
cartesiano: proponía que había una separación total entre el
cuerpo y el alma (en términos actuales, cuerpo y mente
consciente). Esta última, originaba al pensamiento y al
movimiento voluntario. Para Descartes alma y cuerpo eran dos
sustancias distintas, aunque podían interactuar entre ellas. Lo
peculiar del enfoque cartesiano es

que llega a ella a partir del ejercicio de la duda metódica y que la


expresa con absoluta radicalidad: el cuerpo y el alma (psiquis)
31
I - LA Neurociencia
hoy.
La
son sustancias totalmente distintas, con características, procesos y
Er distintos,
modelos explicativos
Las variedades amás populares del dualismo son el animismo, la
epifenomenologíaMy el interaccionismo. De acuerdo con el
animismo, la mente od inmaterial (o quizá el alma), actúa sobre el
cuerpo pero no a la inversa, mientras que la epifenomenología
er
sostiene que los hechos espirituales se limitan a acompañar a las
na
actividades materiales sin influir en ellas. Una tercera postura
que reúne a las de otras dos, es el interaccionismo, tal como el
nombre lo sugiere lasafirma que la mente (inmaterial) y el cuerpo
" interactúan. Obviamente, la noción de una
(material) o cerebro,
mente-inmaterial que pilotea la conducta humana está
Haç más de arraigada
profundamente 200 en la historia humana. Hoy, algunos
científicos y filósofosa suscriben estas ideas.
LOS 5í.Ud.tQU ñ
los hemisferios ocerebrales brindan ejemplos que no
ajustan en las sconcepciones dualistas. Por ej., los
síndromes de alexia
, sin agrafia, esto es, pacientes capaces
L
de escribir pero incapaces de leer y comprender lo que
escribieron. .
En contraposición, Gsurge el monismo, que postula que mente y
cuerpo es una solaasustancia o entidad. El monismo puede ser
idealista (Berkeley, l Hegel), neutral (Spinoza, Carnap) o
materialista. Este vúltimo, a su vez, tiene distintas formas:
eliminativo (Watson, Skinner), reduccionista o fisicalista
a
(Epicuro, Smart) y emergentatista (Diderot, Ramón y Cajal,
Hebb, Luria, Bunge).
n
El análisis de lasi variedades de dualismo y monismo no viene
al caso ahora, pero ( han sido examinadas por muchos autores,
1
aunque el tipo de monismo más consistente con la Neurobiología
7
actual es el materialismo emergentista. De acuerdo con M.
Bunge, el monismo 3 emergentista es parte fundamental de la
concepción según 7la cual el Universo es material y está en
continuo flujo. Se-resume en las siguientes tesis: a) todos los
estados, eventos y 1procesos mentales son estados del cerebro de
algún organismo vivo,7 o eventos y procesos en el mismo; b) estos
estados, eventos y9procesos son emergentes en relación con la
actividad de los circuitos celulares en el cerebro, y c) las
8
llamadas relaciones psicofísicas (o psicosomáticas) son
)
interacciones entre diferentes subsistemas del cerebro, o entre
algunos de ellos y otros
a
componentes del j organismo, tales como los sistemas
muscular, digestivo, endocrino e inmunitario.
e
Siguiendo con la idea de Bunge, desde esta perspectiva
psicobiológica, la misma expresión problema mente-cuerpo es
d
una anomalía científica. No se habla del problema movimiento-
cuerpo en Mecánicae o del problema respiraciónpulmón en
Fisiología. En cambio, se habla del movimiento de los cuerpos,
de la función respiratoria
u de los pulmones, etc. No hay procesos
o actividades en sí mismos, es decir, aparte de los sistemas
n Por ej., si la mentación es una actividad
concretos cambiantes.
a
del cerebro o de alguno de sus subsistemas, entonces sería obvio
que no hay una "identidad mentecerebro". Un órgano no es
idéntico a su función
c o actividad. No hay más idenüdad mente-
cerebro que iden6dad respiración-pulmón, excreción-riñón o
o
músculo facial-sonrisa.
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32 Claudio O. 2017

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126
1 - La Neurociencia hoy..
conducta . También, lo hizo la reflexología rusa, que Como se aplicará en el Cgpítglo 3, el comportamiento es el encadenamiento
ordenado de acciones motoras. controladas por los sistemas nervioso y exocrino,
surge con métodos particularmente apropiados para la para adaptar al organismo a las condiciones y modificaciones del ambiente. Lo
que comúnmente se llama conducta es Io que se puede percibir de las reacciones
del individuo en el ambiente que lo rodea. la conducta es toda
interpretacióncomportamiento. deLos conductistas, las
bases liderados neurales por delJ. Watson (1878-1958), utilizó pequeños electrodos para estimular la corteza de
argumentaban que la conducta sólo se puede estudiar pacientes conscientes durante cirugía cerebral de la
con el mismo rigor que otras Ciencias Naturales si epilepsia (realizada bajo anestesia local). Penfield estaba
quienes la estudian se centran en los aspectos buscando específicamente en la corteza las áreas
observables de la misma y abandonan las especulaciones relacionadas con el lenguaje, para asegurarse que la
acerca de la actividad mental no observable. Sus cirugía cerebral no dañaría las capacidades de
acercamientos estaban influenciados principalmente por comunicación del paciente. Basándose en los informes
los trabajos del fisiólogo ruso l. verbales de sus pacientes conscientes, confirmó
directamente, en el encéfalo in vivo, las áreas del
lenguaje que Broca y Wernicke habían descrito.
Con el tiempo, surgieron dos grandes tipos de variantes
conductuales que complejizaron el enfoque: una radical y una De esta forma, Penfield y sus colaboradores,
metodológica o mediacional. La primera de ellas, realizaron la distinción entre las cortezas funcionales y
desarrollada por B. Skinner (1904-1990), el conductismo las cortezas (áreas) de asociación (Fig. 1.4). Las
operante, se centró en las relaciones funcionales que establecen primeras procesan información específica de funciones
los organismos con su ambiente en relación con la Ley del sensitivas (visión, audición, etc.) y generan acciones
Efecto (Capítulo 31), es decir, en la manera como las
motoras. Las segundas, tres cuartas partes de la CC total,
consecuencias de un comportamiento regula la emisión de la
conducta futura (conducta operante). La segunda (desarrollada no tienen una función motora o sensorial evidente y allí
por Hull y Tolman entre otros), sobre la base de los reflejos es donde las funciones cognitivas pensamiento, lenguaje,
condicionados introdujo un factor (o variable) interviniente aprendizaje, etc.- tienen su asiento. Se podría decir que
que podía ser neurofisiológica o mental, según el caso. las cortezas de asociación son exclusivas de la especie
humana (Capítulo 32).
A partir de este momento, la Psicología
El área de asociación prefrontal se relaciona con el
Experimental llegó a estar dominada por el interés
pensamiento y la planificación de los movimientos
exclusivo de los conductistas en medir respuestas
voluntarios; el área de asociación parieto-temporo-
observables a estímulos controlados. Los conductistas
occipital es el asiento de la noción de espacio corporal,
consideraban irrelevantes para el estudio científico de la
la integración sensitiva del lenguaje (área de Wernicke)
conducta todos los procesos que intervienen entre el
y el reconocimienoto superior de los estímos perceptivos
ingreso del estímulo y la salida comportamental. Así, los
externos; el área de asociación temporo-límbica se
conductistas ignoraron en gran medida los procesos
relaciona con la memoria, las emociones y la
cerebrales constructivos que subyacen a la percepción,
la acción, la planificación, el pensamiento, la
atención, las formas complejas de memoria, y
principalmente, las emociones. De hecho, durante su
período más influyente en la década del 1950,
muchos psicólogos aceptaron la posición
conductista más radical de que la conducta
observable es todo lo que hay en la vida mental.

1.3 LA NEUROCIENCIA COGNITIVA

Pero para esa época, combinando los estudios de


localización cerebral con observaciones de la
conducta cada vez más sofisticadas, fue posible
aprender mucho acerca de la localización de las
funciones mentales en el encéfalo. Por ej., entre las
décadas de 1940 y 1950, el neurocirujano modulación de los impulsos instintivos básicos. El área
canadiense W. Penfield (1891-1976)
de Broca (control motor del habla) se encuentra en el
lóbulo frontal y el área de Wernicke (significación del
127
1 - La Neurociencia hoy..
Corteza Mapa de las cortezas funcionales y de asociación en la
corteza cerebral. Vista lateral de la corteza cerebral humana del
hemisferio cerebral izquierdo, El cerebro humano tiene una mayor
proporción de cortezas de asociación que cualquier otra especie
animal. Se muestran las tres grandes áreas de asociación: corteza
prefornial; corteza parieto-téntporo-occipital y corteza témporo-
lintbica.
actividad obsertMbIe de un organismo, esto es, es Io observable del comportamiento generado por un animal o una persona.
1 - La Neurociencia hoy.
3. Los psicólogos cognitivos argumentan que solo aptraordinaria que es la plasticidad nerviosa, la cual
entendiendo los procesos cerebrales que median entre el atá implícita en dichos drcuitos,
estímulo y la conducta, se puede esperar entender la
se refiere a cómo en el cer&o cambian -se
relación entre las acciones de una persona y lo que
dicha persona ve, recuerda o piensa. Según este punto «nizan- y en respuesto a la expriencia o a estimulos
de vista cualquier estudio de la actividad mental que no 11
considere el procesamiento y la representación internas
de los fenómenos mentales es inadecuada para dar
cuenta incluso de las formas más simples de conductas.
7. La ciencia de los ordenadores ha contribuido 10
Retrospectivamente, ahora está claro que la conducta
de manera importante a la Neurociencia Cognitiva , ya
estudiada por los conductistas se restringía en gran parte
que los ordenadores han hecho posible simular la
a las conductas reflejas simples, las cuales no requieren
actividad de amplias poblaciones de neuronas y
un procesamiento mental consciente.
emprender el examen de tesis específicas sobre las
4. Por su parte, la elaboración de hipótesis funciones cerebrales complejas. Los sistemas de
explicativas sobre la relación cerebro-comportamiento, neuronas complejos, como los que median la percepción
comenzó a alcanzar niveles de gran complejidad. Para y la acción, requieren que se entienda no sólo las
ello ha sido de vital importancia el estudio de dos propiedades celulares sino también las propiedades de
grandes áreas: a) la Neuroanatomía Funcional, y b) la circuito de los sistemas. El análisis de los circuitos
Psicología Fisiológica. Estudios desarrollados in vivo neuronales aporta un conocimiento de las propiedades
han permitido analizar los efectos de la estimulación, de red; las cuales, aunque dependen de las propiedades
lesión o interferencia temporal del funcionamiento de de cada neurona individual de la red, no tienen por qué
determinadas estructuras sobre comportamientos ser idénticas, ni siquiera similares, a las de las
específicos. El cada vez más preciso conocimiento del propiedades celulares. Así, surge el concepto de las
"cableado" del SN proporciona, además, fundamento redes neuronales y su Importancia en el estudio del
para el estudio neuroquímico descriptivo, paralelo a la Procesamiento Paralelo Distribuido (PPD) (Capítulo
32).
descripción comportamental.
Recuadro 1-B. Inteligencia Artificial y Procesamiento en
5. Los avances de la Neurobiología de Sistemas y Paralelo
El encéfalo es una vasta trama de neuronas, cuyas redes
de la Psicología Cognitiva estimularon un renovado neurales complejas median las funciones cognitivas. En la
interés por la Neurología Comportamental. Al tener en actualidad pueden examinarse con rigor haciendo modelos de
cuenta que la base neural de la cognición empieza por dichas funciones; la computación es útil ya que permite hacer
modelos y simulaciones de amplias redes neuronales. La
operaciones locales en el encéfalo, mucho es lo que se
inteligencia artificial (LA) es un intento de examinar los
ha aprendido del estudio de las lesiones corticales. procesos cognitivos mediante programas de ordenador y otros
Muchos pacientes con lesiones de regiones específicas medios que procesan información. En un principio, la IA no
del encéfalo manifiestan déficits cognitivos bastante se ocupaba de los mecanismos neurales reales, sino más bien
específicos. Estos estudios indican que en cualquier de las operaciones ejecutivas y manipulaciones simbólicas
que son el resultado de la cognición. Por analogía con los
sistema cognitivo existen muchos módulos de ordenadores, la IA se orientó a describir o descubrir los
procesamiento de la información independientes. El posibles programas que ejecuta el encéfalo. Esta
sistema visual, por ej., tiene vías especializadas en aproximación no ha sido tan provechosa como se esperó al
paralelo para procesar información- sobre color, forma y principio, en parte porque no es probable que el cerebro
movimiento, que luego vuelven a ser reunificadas.
utilice una serie lineal de pasos (funcionamiento en serie),
6. El desarrollo de las Técnicas de neuroimagen del mismo modo en que un programa de ordenador ejecuta
las operaciones. Posteriormente, se hizo claro que una de las
(TEP e IRMf), la Magnetoencefalografía (MEG) y las
Técnicas neuroeléctricas (EEG, etc.) (Capítulo 7) y las
grandes ventajas del funcionamiento del cerebro sobre el de
tinciones histológicas sensibles al voltaje han los computadores era la posibilidad de presentar un tipo de
posibilitado relacionar los cambios de actividad de procesamiento en paralelo. De hecho, en este momento el
poblaciones neuronales con procesos mentales diseño de la arquitectura de los computadores intenta
semejar las
específms en el humano in vivo. Ahora bien,
las neuronas y las redes neuronales en los que varias
neuronas pueden conectadas, poseen una capacidad
1 - La Neurociencia hoy.
sensoriales, permitiendo que una serie amplia de influencias ambientales
pueda incidir en el desarrollo del SN
Los procesos cognitivos, en cierto modo, son análogos a los programas de
ordenador, puesto que se ocupan del procesamiento, transformación,
almacenamiento y recuperación de la información. En este sentido, la ciencia
de los ordenadores proporciona un lenguaje que, potencialmente es útil
para analizar losfenómenos cognitivos. Este área está bajo la
denominación de Inteligacia Artificigl.

Otro de los grandes terrenos en que ha avanzado el estudio de la


Neurociencia, es también uno de los cantBS de mayor amnce en la historu
de la tecnología: la Infprrnátiçg. Resulta obvio que por detrás de todos
desarrollos tecnológictF presentados hasta aquí, la utilización de ia
informática y la computación, es una condición sine qua non. Pero existe un
invacto más directo de las ciencias de la computación s&re el &sarrollo del
conocimiento del SN, que estnl'a en la postl'ilidad de realizar no solo a
molecular simple (por ej., de droga•receptor), sino a nitri del
comportamiento de un individuo
Recuadro 1-C. Sobre el neuromito del 10%
del cerebro
Los neuromitos se definen como un error
de interpretación de un resultado
Claudio O. Cervino - 2017 científico. Los neuromitos son creencias
12 erróneas o sin fundamento que relacionan
hallazgos en Neurociencia que impactan en
la vida de las personas o en la educación.
propiedades de procesamiento en paralelo c) Solo un pequeño porcentaje del total de
del SN, y por otro lado, la IA ha los los neuromitos (más de 100) son
verdaderos.
intentado hacer modelos de los procesos Quizás, uno de los neuromitos más
cognitivos simulando los mecanismos que difundidos es el que dice "Los humanos
sólo utilizamos un 10% de todo nuestro
utiliza el cerebro.
cerebro".
El principio central de este nuevo
Desde ya, este neuromito es FALSO. Los
enfoque de modelo del cerebro es el humanos usan
conexionismo, que se basa en la idea de
que el cerebro se compone de redes de
neuronas con múltiples conexiones entre todo el cerebro junto y a la vez, todo el
sí, Algunos modelos son redes en los que tiempo, si bien algunas áreas están más
los cálculos se distribuyen en todos los implicadas en determinadas funciones (por
ej., el hipocampo en la memoria, el área
elementos de la red, profusamente
de Wernicke en el lenguaje).
interconectados, De aquí que estos
Parece una idea atractiva pues sugiere
modelos se denominen Procesamiento en
que se podría ser mucho más inteligente,
Paralelo Distribuido (PPD). Debido a la
exitoso o creativo si se logra aprovechar
evidente influencia de la estructura
ese 90% que se desperdicia.
cerebral (redes de neuronas
Este famoso mito podría tener su origen
interconectadas), es frecuente que a los
en algo que escribió W. James,
modelos PPD se les denomine como "redes
considerado el padre de la Psicología en
neuronales". La mayoría de los
investigadores en PPD estaban Estados Unidos. James dijo: "la mayoría
interesados en la manera en que los de las personas solo sacan partido
componentes individuales (neuronas)
podrían operar colectivamente para de una pequeña parte de su potencial
producir la capaadad de procesamiento de intelectual" (tomado de The Energies of
información del cerebro. Men). Consecuentemente, varios autores
Las funciones cognitivas cerebrales tergiversaron sus palabras diciendo que
pueden simularse actualmente mediante "solo se utiliza un 10% del cerebrd'.
dichas redes neurales artificiales que También, la cifra del 10% aparece
utilizan un PPD. Los elementos de los mencionada en
modelos de PPD pueden considerarse
análogos a las neuronas, pero también
pueden representar elementos de nivel el- prólogo de la edición de 1936 del
superior, tales como popular libro de D.

Carnegie "Cómo ganar amigos e influir


palabras, percepciones o ideas. sobre las personas", y a veces hay gente
avances conceptuales en la comprensiÓn que dice que A. Einstein fue la fuente.
de algunos procesos patológicos así como Pero esa cita no se ha podido hallar, así
en el desarrollo de algunas ciencias que parece ser otro mito, Otro posible
básicas, por ej., la Genética o la origen es que las neuronas solo componen
Química Biológica, y d) avances en el —10 % de las células del cerebro; el
disciplinas intermedias como la Biología resto son células gliales que, a pesar de
Molecular. Se hacía referencia también, estar implicadas en procesos nerviosos,
en este discurso, al ahora famoso funcionan de manera distinta a las
capítulo de la drogadicción y de la neuronas,
fármacodependencia. También, quedó
La durabilidad y profusión del mito
explícita la preocupación sobre el
podría derivarse de las
impacto que sobre la comprensión del

concepciones de las personas sobre su


propio cerebro: ven sus
funcionamiento cerebral habría de tener el conocimiento de las relaciones entre
los sistemas nervioso, endocrino e inmune.
Al cierre oficial de la Década del Cerebro, el balance general no fue tan
bueno como se esperaba. Indudablemente, el avance alcanzado en esa década en
las disciplinas, campos y áreas de trabajo cobijadas bajo el término genérico
Neurociencia, fue inmenso. Así, surgieron más preguntas que respuestas a los
interrogantes propuestos inicialmente!

8. En los últimos años está adquiriendo


un papel muy relevante un tipo de
neuronas que, aun no siendo exclusivas de
un grupo muy minoritario de especies
entre las que se encuentra la humana,
pueden ser importantes a la hora de
determinar las peculiaridades del cerebro
social y del comportamiento humano. Se
trata de las conocidas como "neuronas
espejo". El sistema espejo aporta nueva
luz para entender cómo la red neuronal
del cerebro humano "refleja" el mundo, la
autoimagen y la imagen de la mente de los
otros en la producción evolutiva de un
comportamiento social.

1.4 LA DÉCADA DEL CEREBRO

El proyecto "Década del Cerebro" fue


una iniciativa patrocinada por la
Biblioteca del Congreso y el
Instituto Nacional de Salud Mental (NIMH)
de los Estados Unidos. Su objetivo
primordial era dar cuerpo a los objetivos
propuestos en la Resolución 174 del
Congreso y fue públicamente presentada el
17 de Julio de 1990 por el presidente de
los Estados Unidos de Norteamérica, La
década del cerebro alcanzó pronto la
primera plana en el medio académico
internacional y el tema central de la
resolución era el fortalecimiento de una
toma de conciencia general sobre los
beneficios del estudio científico del
cerebro.
La proclamación en la que se declaraba
a este lapso de tiempo de diez años,
iniciado el 1 de enero de 1990, como
década del cerebro, se centró en cuatro
puntos
principales: a) el incremento en la aparición
de enfermedades cerebrales y mentales de tipo
degenerativo, traumático y congénitas; b) los
avances tecnológicos en microscopía y en
neuroimagenología;
1 - La Neurociencia hoy.

de aprovechar ese potencial no utilizado y que, al hacerlo, se


produce un aumento significaffvo de su inteligencia. cognitivas con vías y regiones determinadas.
Pero a partir de las actuales técnicas de neuroimágenes Finalmente, el de la Neuroci.enaa
quedó confirmado que ninguna parte de la CC permanece Cognitiva coincidió con el progreso sigrúficativo en el
callada, y que la gran "supuesta" parte silenciosa corresponde conocimiento de la anatomía, la fisiología y la
a la corteza de asociaciÓn, la cual juega un papel esencial en bioquímica de los sistemas funcional& (sensoriales,
la integración de las percepciones procedentes de los motores, motivaaonales y ata-tcionales) el SN y de
sentidos, las emociones y los pensamientos. Incluso en el adelantos en los métodos de neuroimagen. Junt(F, estos
sueño, áreas como la corteza frontal, que controla actividades campos han permitido que por primera vez sea poslYe el
estudio directo de las representacion& internas
como el pensamiento de nivel superior y la conciencia de sí
sensoriales y motoras en sujetos experimental&, tanto
mismo, o las áreas somatosensoriales, que ayudan a las
animales como humanos, y reconocer como el cerebro
personas a percibir su entorno, están activas. procsa la información. Como resultado, la actividad
Así, en lugar de trabajar como una sola masa, y aunque es mental ya no se tiene que abordar sólo indirectamente, a
cierto que en un momento dado todas las redes neuronales partir de observadones de la conducta que se manifiesta
del cerebro no están disparando simultáneamente, el cerebro externamente: es posible ahora trazar el mapa de los
elementos de la función cognitiva dentro de circuitos
tiene regiones distintas para los diferentes tipos de
procesamiento de la frúormación. Varias décadas de
investigación han permitido mapear las funciones de las En 1995, E. Kandel, T. Jessell y J. Schwartz, en su
áreas del cerebro, y los investigadores del cerebro que usan libro Essentials of Neural Science and Behavior,
tealología de imágenes han demostrado que la mayoría de las planteaban que el estudio de la Psicología sólo podría ser
regiones encefálicas están continuamente activas durante un considerado como sólido si se desarrollaba desde el
período de 24 horas y no se han encontrado áreas que no marco de una neurociencia comportamental.
tengan ninguna función. autores afirmaron enfáticamente que la Psicología como
Por fin, para terminar de descartar este mito del 10 %, se ciencia tanto del comportamiento como de la mente, no
puede decir que el cerebro es un órgano complejo que es puede ser pensada sino desde la neurociencia
moldeado por la selección natural. Representa un porcentaje experimental. Areas relacionadas y ramas de la
mínimo del peso total del cuerpo humano (en torno al 2%), Psicología, tales como la Neuropsicología, la
pero consume aproximadamente un 20% de la energía Psicobiología, la Psicofarmacología, la Psicología
disponible. Si se usara sólo un 10% no tendría senüdo que la Cognitiva e incluso algunas vertientes de la Psicología
evolución hubiera favorecido el desarrollo de un órgano tan
Comportamental, han aceptado el desafío del trabajo
ineficiente. Es evidente que este gasto energético la
evolución no podría haber permitido el desarrollo de un inter- y transdisciplinario. Entretanto, algunos otros
órgano con un 90% inútil! sectores intentan redefinir el objeto de estudio, de tal
1.5 CONCLUSIONES forma que permanezca lo más lejos posible de la
Neurociencia e
En la actualidad se puede afirmar que las funciones
sensitivas, motoras y cognitivas altamente complejas se
localizan en áreas específicas del encéfalo, pero no
implica que una función específica esté mediada • Alvarez Gonzalez, M A y M Trapaga Ortega. n5.
exclusivamente por una región, o "centro", del encéfalo. Principios de Neurociencias para Psicólogos. Buencs Aires:
Antes bien, significa que ciertas áreas están más Ed. Paidós. 228 pp.
implicadas que otras en un tipo de función. De hecho la • Bear, NIF; BW Connors; MA Paradiso. Neurociencia.
mayoría de las funciones requieren la acción integrada de La Exploración del Cerebro (4ta d). Barcelona. Editorül
circuitos neuronales de diferentes regiones. El patrón que Wolters Kluuzr-975 pp.
surge de los estudios de la actividad cerebral supone un
procesamiento secuenaal preciso en áreas cer±rales • Carpe-tter, R 1998. Neurofisioloóa (3— edicin).
México:
localizadas interrelacionadas. Investigaciones adicionales
Editorial El Elanual MLZerno SA. 328 pp.
de este tipo expandirán mucho la comprensión de las
funciones de la CC. Además, la nueva concepción del • Cervino, CO. Neurofisioloõa dicúin). Ed.
PPD permitiría explicar mmo una determinada función Praia pp.
cognifva intervaldrían más de una vía Cuando una r%ión • Cervino, CO. 2013- Cerebro, Libertad y
0 arcuito neuronal sufre un daño, otras estarían apadbdas DeterminKiónRev. Fac. Filos., Cs. Educ. y Humanid- (LIM),
para la función peEa„ úlümo Cea un manto de sombra 19-20 (Septrmbre 2013): 13-31.
respecto localizadonistas, aunque dóe • Curtis. H; S. A. y A. Massaruu- XX)t7 Biologa (7ma
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