Noções de Direito 33434343
Noções de Direito 33434343
Noções de Direito 33434343
Aula 1- 17.02.2015
I. O DIREITO
O Homem vive em sociedade e não se concebe que possa viver isolado. Só vivendo
em sociedade é que o Homem pode conservar a espécie humana, assegurar a sua
subsistência, satisfazer as suas necessidades.
Assim, existem várias ordens normativas que regulam a vida do homem em sociedade,
das quais se destacam pela sua importância: ordem moral, ordem religiosa, ordem
de trato social e ordem jurídica.
1. Ordem Moral
As regras morais são impostas ao Homem pela sua própria consciência, de tal modo
que o seu incumprimento é sancionado pela reprovação emanada da sua própria
consciência.
Há normas morais que são coincidentes com o direito "Não matar, não furtar".
1
2. Ordem Religiosa
O não cumprimento das normas de ordem religiosa leva a punições extraterrenas. Por
exemplo: punições ou castigos depois da morte.
São normas de trato social por exemplo: as regras de etiqueta e boas maneiras, regras
de cortesia. Estas regras surgem espontaneamente no meio social.
As regras de trato social se não forem cumpridas não põem em causa a subsistência
da sociedade. Contudo todo aquele que não as cumprir está sujeito a reprovação social.
4. Ordem Jurídica
A ordem jurídica é constituída pelo conjunto de normas jurídicas que regulam a vida do
Homem em sociedade.
A ordem jurídica ao contrário das outras ordens normativas, serve-se da coacção como
meio de garantir e impor o cumprimento das normas jurídicas.
Portanto, estamos agora em condições de dizer, que apesar do Homem pautar a sua
conduta em conformidade com as várias ordens normativas, apenas a ordem jurídica
faz parte do Direito.
2
Aula 2- 19.02.2015
1. Caracterização
a) Necessidade.
Portanto, não se podendo conceber uma sociedade sem direito, é manifesta a sua
necessidade.
b) Imperatividade.
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As regras jurídicas que se extraem dos preceitos legais (artigos) têm uma estrutura
própria: por serem constituídas por dois elementos fundamentais, designadamente:
c) A estatalidade ou estadualidade.
Não é este entendimento defensável. Desde logo porque o Estado e o Direito na sua
conceptualização têm sentidos diversos e porque o Estado não é detentor do
monopólio de criação de Direito. As autarquias e as diversas organizações sociais
produzem leis regulamentares, ou posturas.
Noção elementar do Estado. A mais vulgar definição seria considerar o Estado como
um povo politicamente organizado num dado território.
1
Introdução ao Estudo do Direito, pág. 31.
4
Estes três elementos conexos com a definição do Estado, não podem dar lugar á
confusão com a definição do Direito considerando qualquer deles –Estado ou Direito –
uma e mesma realidade.
Não pode, de forma alguma, ser defensável tal definição do Direito convergindo com a
noção do Estado. Desde logo, porque modernamente, o estado está subordinado ao
Direito, ainda que por si criado. O direito não se confunde com o Estado, como ainda,
tem o papel fundamental de limitar e legitimar o poder do Estado. O professor
Baptista Machado, defende que: ―significa isto que há princípios de Direito que se
impõem ao próprio Estado e este não pode constituir uma ordem jurídica sem referir ao
princípio superior da justiça‖.2
Igualmente a tese de que todo o Direito provém do Estado, não pode ser defensável,
como transparecemos acima, isto é, é de refutar a pretensa estatalidade do Direito.
Pelo exposto, o Estado não tem monopólio de criação do Direito, ainda que se
manifeste o produtor mais significativo. O Direito é um fenómeno social que emerge de
comunidades infra-estatais, como a um nível supra-estatal.
d) A Coercibilidade
Certos autores defendem que a coercibilidade deveria ser tomada sempre como um
elemento definidor do Direito, já que a subsistência de uma ordem jurídica passa
pela eficácia da sua imperatividade.
2
Introdução ao estudo do direito e discurso legitimador
5
Efectivamente, uma ordem jurídica desprovida de qualquer mecanismo de aplicação
sancionatório do Direito, poderia assistir impotente, à sua subversão generalizada,
aquilo que a própria ordem jurídica estabelece.
Sanções compulsórias;
Sanções reconstitutivas;
Sanções compensatórias;
Sanções preventivas;
Sanções punitivas.
Sanções compensatórias, fazem recair sobre aquele que provocou uma situação a
reposição por outra valorativamente equivalente à situação anterior à violação, quando
a reconstituição não seja possível ou não equitativa.
Esta sanção visa punir o infractor pelo seu comportamento. Vulgarmente se fala de
castigo.
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2. Normas Jurídicas
Quando falamos das ordens normativas, verificamos que apenas a ordem jurídica era
composta por normas jurídicas.
2.1. Estrutura
Tome-se por exemplo o homicídio: "Quem matar outra pessoa é punido com pena de
prisão de 8 a 16 anos."
Outro exemplo:
Art. 130º CC
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Generalidade: diz-se que uma norma jurídica é uma regra de conduta geral, o geral
para se contrapor ao individual. Geral é a norma jurídica que se dirige a uma
pluralidade indeterminada de destinatários (pessoas).
Abstracção: diz-se que uma norma jurídica é uma regra de conduta abstracta, o
abstracto para contrapor ao concreto. Abstracta é uma norma jurídica que se dirige
a um número indeterminado de casos e situações. Portanto uma norma jurídica não
pode ser individual e concreta.
Coercibilidade: consiste na susceptibilidade de aplicação coactiva de sanções, se
a norma for violada.
Normas Imperativas ou Injuntivas: São normas que impõem condutas por acção
ou por omissão;
Normas Perceptivas: São normas que impõem certas condutas por acção. Ex.: As
normas que obrigam a pagar impostos.
Normas Proibitivas: são normas que proíbem determinadas condutas. Ex.: as
normas que punem o furto e o homicídio etc.
Normas Permissivas ou Facultativas: São normas que permitem ou autorizam
certos comportamentos.
Normas Interpretativas: São normas que se destinam a definir o sentido e o
alcance a certas condutas ou a certas expressões.
Normas Supletivas: são as normas que podem ser afastadas pela vontade das
partes. Ex: regime casamento de comunhão de adquiridos.
Normas Gerais: são normas que constituem um regime regra.
Normas Especiais: são normas que sem contrariarem o regime regra, estão
contidas nas regras gerais, vêm adoptar estas normas a circunstâncias particulares.
Ex.: o direito civil é um direito privado comum (norma geral) o direito comercial
(especial)
Normas Excepcionais: são normas que constituem uma oposição ao regime regra.
Normas Universais: são aquelas que se aplicam em todo o território nacional
Normas Regionais: são aquelas que se aplicam nas regiões autónomas.
Normas Locais: são aquelas que se aplicam no território de uma autarquia local
(posturas e regulamentos locais).
Normas Autónomas: normas que por si só têm um sentido completam.
Normas não Autónomas ou Remissivas: normas, que por si só não têm um
sentido completo (falta-lhe toda a parte da previsão, toda a parte da estatuição).
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Aula 3- 24.02.2015
Todos nós temos uma ideia vaga do que seja direito. Normalmente ligamos direito à
ideia da lei. Ligamos direito à conduta correcta. Temos estado a ouvir discursos que
apontam para estado do direito. Mas nenhum principiante do estudo do direito tem a
ideia certa do que seja com propriedade.
a) Sistema;
b) Norma; e
c) Protecção coactiva.
Como se pode ver, o direito será constituído por regras de conduta social, por preceitos
que ordenam e regulam a convivência dos Homens em sociedade mediante imposição
de acções e omissões, com vista à prossecução da paz, da justiça e do bem comum.
Direito como ordem jurídica é um conjunto de regras que se inspiram nos valores da
sociedade com vista a que haja justiça e segurança social.
3
Introdução ao Estudo do Direito, página 40
4
Introdução ao Estudo do Direito, vol. I pág. 24
5
Castro Medes, pág. 4
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Distingue-se das outras ordens tais como: ordem moral, ordem religiosa e ordem do
trato social, pelas suas características nomeadamente:
1. Sentidos do Direito
Pese embora o Direito ser visto como um conjunto de normas ou sistema de conduta
social assistidas de protecção coactiva, ele ainda comporta outros sentidos que abaixo
passamos a abordar.
1.1. Sentido Epistemológico ou Científico que será o estudo das melhores formas
de conseguir tecnicamente a atribuição a cada um o que é seu.
a) Direito Positivo
O Direito Positivo é constituído pelas leis, que têm em vista a harmonia e convivência
social, com existência efectiva e que se formam na sociedade em vista da organização
desta, por isso, tendo a autoridade pública a prorrogativa de impô-lo à força se
necessário.
Ele provém da vontade mais ou menos arbitraria dos homens que normalmente
procuram cria-lo tão perfeito quando possível, mas que pela fraqueza e contingências
das suas forças fazem quase obra precária, senão imperfeito.
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b) Direito Natural
Contrariamente, o Direito Natural, são certas normas de conduta que por serem
inerentes à própria natureza do homem, são anteriores e superiores ao Estado é uma
designação próxima da de ―Direitos do Homem‖.
Portanto, ele não é obra humana. As leis naturais apesar de não constarem de
qualquer código são o reflexo imediato da justiça.
―Cícero, por exemplo, interrogava: poderá considerar-se legítima uma lei contrária à
natureza, como a que declara permitindo o homicídio, ó porque ela promana dum tirano
ou duma multidão irresponsável?‖5
a) Direito Objectivo
O direito objectivo é o Direito. O direito objectivo é assim constituído por leis, que são
exteriores à vontade particularística dos indivíduos. É uma pluralidade de preceitos
genéricos e abstractos que orientam os particulares, resolvendo inclusivamente os
seus conflitos de interesses. O direito objectivo está acima dos indivíduos, é a norma
de agir.
5
Castro Medes, pág. 4
11
Exemplo:
Concluindo:
A ordem jurídica é una, mas o seu estudo impõe a demarcação de sectores. A esses
sectores se chamam tradicionalmente aos Ramos de Direito, então, entendemos ser
ramo do Direito um certo sector normativo do Direito.
O conteúdo de cada ramo deve ser estruturado por intermédio de princípios gerais
próprios desse ramo. Isto permite um aprofundamento coordenado das matérias nele
abrangidas.
Esta distinção tem sido polémica ao longo dos tempos, sendo vários os critérios de
distribuição proposto pelos diversos autores.
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1. Critérios de Distinção
Este critério é de base material. Assenta a distinção entre Direito Público e Direito
Privado nas soluções consagradas na norma jurídica a classificar. As normas jurídicas
expressam-se resolvendo conflitos de interesse entre os protagonistas da ordem
jurídica. Assim, a natureza do interesse protegido pela norma daria para classificar
como sendo do Direito Público ou do Direito Privado.
Então, de acordo com este critério, o Direito Público, teria como objectivo a satisfação
de interesses públicos, pelo contrário, o Direito Privado, visaria a satisfação de
interesses privados. Assim, se uma norma prossegue interesse público é do Direito
Público, e será do Direito Privado se directamente protege e visa interesse privado.
Este critério não é defensável pois, é difícil dizer se uma norma regula interesses da
colectividade (públicos) ou se tutela interesses privados.
Exemplo: As normas que fixam as penas para os diversos crimes, procuram defender
a segurança da colectividade, garantir a paz social e nessa medida tutelar interesses
públicos.
Por seu lado, as normas de Direito Público visam regular a conduta dos homens em
sociedade e tutelam também os interesses dos particulares.
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b) Critério da Qualidade dos Sujeitos na Relação Jurídica
Este critério é de base formal. Segundo este critério para determinar se uma norma é
de Direito Público ou do Direito Privado, impõe-se examinar, não o conteúdo dessa
norma, mas qualidade das partes na relação jurídica às quais a norma seria de aplicar.
De acordo com este critério, o direito público, é constituído pelas normas que regulam
as relações em que intervenha o Estado ou qualquer ente público em geral e o Direito
Privado é constituído pelas normas que regulam as relações entre particulares.
Este critério também é sujeito a criticas, uma vez que o estado e demais entes públicos
podem actuar e frequentemente actuam, nos mesmos termos que qualquer particular.
Exemplo: Quando o Estado desprovido do seu poder soberano, também tido por ius
imperii, celebra com um ente privado um contrato de compra e venda as normas do
contrato não deixem de ser de direito público, para passarem a ser de direito privado.
Este critério é igualmente de base formal. Segundo ele a distinção entre o Direito
Público e Direito Privado, fundamenta-se na posição relativa dos sujeitos da relação
social regulada pela norma. Para examinar se uma norma é de Direito Público ou de
Direito Privado, deve começar-se por verificar-se a posição relativa das partes da
relação jurídica a que a mesma se aplica.
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Pelo contrário, certas relações tributárias que se estabelecem entre os particulares e o
Estado, e em que este intervém com o seu poder soberano, dizem-se de Direito
Público.
É evidente que estes dois ramos de direito, o Direito Público e o Direito Privado, não
constituem dois compartimentos estanques, separados de forma absoluta. Pelo
contrário, existem muitos pontos de conexão entre eles.
A norma jurídica é de Direito Público quando visa uma relação jurídica na qual no
mínimo uma das partes é uma entidade pública revestida da sua autoridade pública,
intervindo nessa relação jurídica munida de tal autoridade - iusimperii, poder de mando.
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Direito Criminal
Direito Processual
a) Constituição
A constituição pode ser definida como a lei fundamental dum pais, que fixa os grandes
princípios da organização política e da ordem jurídica em geral e os direitos e deveres
fundamentais dos cidadãos.
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Portanto é constituído pelas normas jurídicas reguladoras da organização da
administração pública e do seu processo próprio de agir nas relações com os
particulares.
O Direito Financeiro, regula assim as formas de recolha, gestão e aplicação dos meios
financeiros do Estado. Esses meios financeiros, são obtidos através de impostos e
taxas, receitas patrimoniais e empréstimos públicos.
— Incidência – é a definição geral e abstracta, feita pela lei, dos actos ou situações
sujeitos a impostos e das pessoas sobre as quais recai o dever de prestar.
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— Lançamento – consiste na serie de operações administrativas, que levam à
determinação da matéria colectável.
— Liquidação – é um conceito que abrange as operações administrativas do
lançamento e ligação propriamente dita, ou seja a aplicação da taxa a matéria
colectável, para a determinação do montante do imposto.
— Cobrança – é a fase ultima do imposto e consiste na operação administrativa
que visa a entrada do imposto nos cofres do Estado.
A estes comportamentos graves, este Direito reage através deformas extremas que
incluem a privação da liberdade, embora existam Estados que até tiram a vida ao
infractor com recurso à pena de morte.
O Direito criminal indica não só os diversos tipos de crime, mas também as condições
em que existe culpa, bem como as modalidades da culpa (dolo ou negligencia), as
circunstâncias agravantes e atenuantes do crime, as condições e termos em que pode
ser decretada uma medida de segurança, etc.
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Os tribunais são órgãos de aplicação do Direito especialmente virados para a
composição dos litígios, caracterizando-se pela sua imparcialidade e pela sua
independência da estrutura hierarquizada do Estado.
Portanto, o Direito Processual, não atribui directamente direito às partes, senão orientar
às partes no sentido de como as partes devem agir para fazer valer em tribunal os seus
direitos.
O Direito Processual Civil, sendo subsidiário dos outros direitos processuais, como é o
seu substantivo o Direito Civil o Comum, e a ele recorre-se subsidiariamente na falta de
disposição legal aplicável no ramo do Direito Processual respectivo.
O Direito Processual regula a actividade dos tribunais quando se discute, como fazer
para alguém gozar do direito que a lei substantiva fixa. Discute-se uma situação de vida
regulada materialmente por outras regras jurídicas, as do Direito Substantivo, que
atribuem os direitos e fixam os deveres.
4. Direito Privado
Como se referiu atrás o critério mais adequado para alguns autores, é o que define o
Direito Privado como um conjunto de normas que regulam as relações sociais que se
estabelecem entre os participantes ou entre particulares e o Estado (ou outros entes
públicos) desde que estes intervenham em pé de igualdade com os particulares.
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Divisões do Direito Privado
Direito Civil
Direito Privado Especial
O Direito Civil, é constituído pelo conjunto de normas que regulam as relações que se
estabelecem entre os participantes considerados como pessoas em geral
Parte Geral
Contém uma «teoria geral da lei» (teoria das fontes de Direito, teoria da interpretação e
aplicação da lei, teoria da aplicação da lei no tempo e teoria da aplicação da lei no
espaço).
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Titulo II – Das relações jurídicas.
Contém uma «teoria geral das relações jurídicas» (a teoria geral do facto jurídico, a das
pessoas, a das coisas, e a do exercício de direito de direitos e das pessoas.
A obrigação tanto como pode resultar de um contrato como de um acto ilícito, dando
lugar a responsabilidade civil, o enriquecimento sem causa e a gestão de negócios. O
contrato é no entanto por excelência a expressão da autonomia privada.
Estabelece o artigo 397 do Código Civil, ―obrigação é o vínculo jurídico por virtude do
qual uma pessoa fica adstrita para com a outra à realização de uma prestação ‖.
Numa relação obrigacional o sujeito passivo é aquele que está à realização de certo
facto ou ao cumprimento de determinada prestação – entrega de certo bem ou coisa –
por exemplo, o qual se designa devedor. Por sua vez é designado por credor o sujeito
activo da obrigação, aquele que tem o direito de exigir a realização de certo facto ou
entrega da coisa.
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Direitos Reais de Gozo: propriedade, usufruto uso e habitação, direito de superfície
e servidão predial;
Os que atribuem ao seu titular um poder oponível a terceiros fruir uma coisa;
Direitos Reais de Garantia: hipoteca, penhor e outros;
Os que atribuem ao seu titular o poder de satisfazer um crédito seu, através do
valor de certa coisa; e
Direitos reais de aquisição: que são direitos oponíveis a terceiros, à aquisição de
certa coisa.
d) Direito da Família
do casamento;
da adopção;
do parentesco;
e da afinidade.
Este Direito ocupa-se em determinar o destino a dar aos bens e dívidas de que era
titular uma pessoa falecida, de cujus. O Direito Sucessório regula o ingresso de outrem
nas situações jurídicas daquele que faleceu.
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O Direito Internacional Privado apresenta como característica ser em ampla medida
composto por normas que contém directamente a disciplina jurídica aplicável, mas que
remetem em função de certos factores de competência, para a ordem jurídica cujo
Direito deve ser aplicado – normas de conflito de leis.
Por exemplo, em vez de dispor sobre a forma de casamento celebrado entre pessoas
de diferentes nacionalidades, artigo 50 do código Civil, determina que ela é regulada
pela lei do Estado em que o acto é celebrado. Trata-se de uma situação em que a lei
nos remete para o salto ao obscuro porque abiinitio o intérprete não sabe para que
disposições legais forasteiras se lhe remetem.
a) Direito Comercial
Celeridade;
Reforço do crédito;
Boa-fé;e
Fim lucrativo da actividade comercial.
Este Direito, não é exclusivo dos comerciantes, porque por exemplo há cidadãos que
podem emitir cheques para pagamento duma dada despesa. Tal acto de emissão de
cheque, sendo comercial, pode ser praticado por não comerciante, trata-se de um acto
de comércio objectivo, sendo subjectivo o caso de acto exclusivo do comerciante.
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b) Direito do Trabalho
A ordem jurídica não se esgota nos ramos do Direito acabados de indicar. No Direito
Público vários outros ramos poderiam apontar-se, designadamente: o Direito dos
Registos e Notariado. No Direito Privado, o Direito do Autor e o Direito de Informática.
No que respeita a certas áreas novas do Direito, a clássica divisão do Direito Público e
o Direito Privado não parece servir para abrigar algumas áreas normativas
recentemente parecidas ou reformuladas.
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Aula 4- 26.02.2015
V. FONTES DO DIREITO
Fontes Imediatas ou Directas do Direito: São aquelas que criam normas jurídicas.
Fontes Mediatas ou Indirectas do Direito: São aquelas que não criam normas
jurídicas, mas contribuem para a sua formação.
A lei;
O costume;
A jurisprudência; e
A doutrina.
Como iremos ver de seguida, o Código Civil estabelece nos artigos 1.º a 4.º
disposições sobre as fontes do direito e considera a lei como única fonte imediata do
direito em contraposição aos usos (art.º 3º) e equidade (artº4º) cuja força vinculativa
provém da lei, ou seja, os usos e equidade só têm relevância jurídica, quando a lei o
determine. Portanto, temos: A lei como fonte imediata do direito
1. A Lei
A lei é considerada uma fonte imediata do direito, e para alguns autores ela é a única
fonte imediata admissível, para outros autores é, ao lado da Lei, o costume também é
fonte imediata do direito.
Portanto a lei como fonte imediata do direito, cria normas jurídicas, com carácter
vinculativo emanadas do órgão dotado de competência legislativa.
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Tem o significado de ordenamento jurídico, como por exemplo, onde se consagra
que todos os cidadãos são iguais perante a lei
Tem o significado de acto legislativo como por exemplo, onde se consagra que os
impostos são criados por lei.
Tem o significado de norma jurídica, como por exemplo onde se refere "As decisões
dos tribunais que não sejam de mero expediente são fundamentadas na forma
prevista na lei.
Tem o significado de Direito
E tem ainda o significado de diploma legislativo.
Para se compreender verdadeiramente o termo lei temos que ter em conta a distinção
entre os vários sentidos em que a lei se apresenta:
Refere-se a qualquer diploma que consagre normas jurídicas emanadas dos órgãos
estaduais competentes, pela Assembleia da República, Governo e Assembleias
Municipais, ou seja, leis, decretos-lei, regulamentos, portarias e posturas.
Resumindo, a lei em sentido amplo abrange todos os diplomas que consagram normas
jurídicas.
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Lei Ordinária: São todos os restantes diplomas emanados pelo poder legislativo (Lei
da Assembleia da República, decreto-lei do Governo)
Podemos definir Lei como uma norma jurídica criada e imposta na sociedade emanada
de uma autoridade competente.
Vimos os tipos ou categorias de leis, que fazem parte do Direito. Agora vamos ver
como as leis se fazem e como cessa a sua vigência.
Portanto a Assembleia da República tem competência para fazer leis e o Governo tem
competência para fazer decretos-leis e bem assim competência regulamentar exercida
através de decretos-regulamentares; resoluções do Conselho de Ministros; portarias e
despachos normativos (art. 143 da CRM).
Elaboração ou Preparação;
Aprovação;
Promulgação;
Publicação; e
Entrada em Vigor.
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a) Elaboração ou Preparação
b) Discussão e Votação
c) Promulgação
d) Publicação
A lei para poder ser aplicada tem que ser conhecida e para ser conhecida tem que ser
publicada e a sua publicação faz-se no Boletim da República, al. a), nº 1 do art 144 da
CRM.
Com a publicação, a lei passa a ser obrigatória, isto não significa que ela seja desde
logo aplicável, há ainda a necessidade de estabelecer o começo da sua vigência.
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e) Entrada em Vigor
Depois da lei ser publicada no Boletim da República para a sua entrada em vigor,
existe um espaço de tempo. A este tempo que medeia entre a publicação e a entrada
em vigor da lei, chama-se "Período de Vacatura‖ ou ―Vacatio Legis".
A lei mantém-se em vigor até que algo a faça cessar a sua vigência, porém, a lei pode
deixar de vigorar por:
Caducidade; ou
Revogação.
Outra realidade diferente e que não põe termo à vigência da lei, é a suspensão de
vigência de lei, ou seja, a lei suspensa continua a existir na ordem jurídica, só que não
produz quaisquer efeitos.
a) Caducidade
Consiste no termo de vigência da lei, que pode ser a própria lei prever uma data de
cessação de vigência, ou um prazo de duração (leis temporárias) ou ainda em
consequência de um facto superveniente., isto é, pelo desaparecimento definitivo da
realidade a que a lei se aplicava.
b) Revogação
Revogação Expressa: Quando a lei nova declara quais os preceitos que deixam de
vigorar. Por exemplo quando a lei nova diz que são revogados os artigos de uma Lei ou
decreto-lei, quando a lei nova diz que determinado diploma é revogado.
Revogação Tácita: quando a lei nova é incompatível com a lei anterior, neste caso
prevalece a lei posterior. Cabe ao intérprete a descoberta dessa incompatibilidade. Por
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exemplo: posteriormente a uma Lei que estabelece um prazo de 5 anos para propor
certa acção, é publicada outra Lei fixando para o mesmo efeito, o prazo de três anos.
2. O Costume
O costume é constituído por dois elementos essenciais que devem estar sempre
presentes sob pena de não ser costume:
Costume Praeten Legem (para além da lei): o costume regula aspectos não regulados
pela lei. Este não é permitido pelo Direito, pois, O código civil não alude ao costume
como meio de integração de lacunas da lei.
O código Civil exclui o costume como fonte imediata de direito e nem sequer o
reconhece como meio de integração das lacunas da lei.
O legislador apenas admitiu que os usos tinham relevância jurídica quando a lei para
ele remete e portanto nunca contra a lei - fonte mediata de Direito.Aliás, quando na lei
civil nos aparece a referência ao costume é mais no sentido de uso.
Diferente do costume é o uso, ou seja, o uso é prática reiterada de uma conduta a que
falta a convicção da respectiva obrigatoriedade (o animus).
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3. Jurisprudência
Acórdãos: são as decisões proferidas por tribunais colectivos, que são constituídos
por três juízes.
Para que a Jurisprudência constituísse fonte imediata do Direito era necessário que
criasse Direito através da orientação seguida pelos tribunais nas decisões de casos
concretos e individuais de forma a que vinculasse todos os outros tribunais a julgarem
de igual modo situações idênticas.
Os juízes são independentes e não têm que decidir como eles próprios ou outros o
fizeram anteriormente.
Os Tribunais de instância inferior não têm que julgar em conformidade com decisões de
instâncias superiores.
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Apenas em caso de recurso (reapreciação da decisão judicial por outro tribunal
hierarquicamente superior) é que a decisão proferida pelo tribunal superior vincula face
à decisão recorrida, não valendo já para outros casos semelhantes.
4. Doutrina
A doutrina não é considerada fonte imediata ou directa do Direito uma vez que ela não
cria normas jurídicas e por conseguinte não tem carácter vinculativo.
A doutrina é uma fonte mediata do direito, apesar de não criar Direito, tem uma
importante relevância prática na revelação do próprio Direito, dado que as opiniões dos
Jurisconsultos contribuem para esclarecer o sentido e o alcance de determinadas
normas jurídicas e ajudam a colmatar algumas omissões na lei.
Uma outra relevância importante da Doutrina é a influência que ela exerce na feitura
das leis, nas decisões judiciais e na actuação da administração pública.
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Hierarquia das Fontes ou das Leis.
A hierarquia das leis prende-se com o facto de que nem todas as normas têm o mesmo
valor jurídico. As leis estão escalonadas hierarquicamente.
Exemplo:
A hierarquia das leis respeita a hierarquia dos órgãos de que são emanados.
Constituição
Direito Internacional
Actos Normativos
Leis (AR)
Decretos-lei (Governo)
Actos Administrativos
Decretos Regulamentares
Resoluções do Conselho de Ministros
Portarias
Despachos Normativos
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Instruções
Circulares
Regulamentos e posturas locais
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Aula 5 - 2.03.2015
Autêntica; e
Doutrinal.
É aquela que é realizada pelo próprio legislador, mediante uma lei igual ou de valor
superior à lei interpretada. A essa lei interpretada chama-se lei interpretativa (art. 13º
CC) e destina-se a interpretar uma lei anterior.
Tribunais;
Administração pública;
Juristas;
Particulares.
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Nos restantes casos não têm força obrigatória.
Em relação à interpretação feita pelos juristas, esta tem maior ou menor força
persuasiva, consoante maior ou menor for o prestígio do jurista.
São aquele elemento que o intérprete se serve para interpretar as leis, vide art. 9.
Assim temos:
É constituído pelo texto ou "a letra da lei", por meio do qual o intérprete inicia a
interpretação, através da determinação do significado das palavras utilizadas pelo
legislador na lei.
Princípios Orientadores:
Elemento Lógico
Por meio do elemento lógico o intérprete vai apurar a partir do texto qual o espírito da
lei e para isso recorre ao elemento sistemático, ao elemento histórico e ao elemento
teleológico.
Elemento Sistemático: Uma lei não está isolada, por isso a sua interpretação tem
que ter em consideração as relações existentes entre a lei a interpretar e as outras
leis e ter também em conta todo o sistema jurídico.
Elemento Histórico: Este elemento compreende os dados ou acontecimentos
históricos para que expliquem a criação da lei. E então socorre-se:
À história do Direito, para, confrontar a lei que se pretende interpretar com leis
anteriores que regularam a mesma matéria;
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Aos estudos doutrinais em que o legislador se baseou para fazer a lei que se
pretende interpretar e por vezes recorrer a doutrinas e leis estrangeiras;
Aos projectos e anteprojectos da lei.
Interpretação Declarativa;
Interpretação Extensiva;
Interpretação Restritiva.
Quando o sentido da letra da lei fica aquém do seu espírito. O legislador disse menos
do que pretendia.
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O intérprete tem de fazer uma interpretação de modo a fazer corresponder a letra da lei
ao seu espírito.
Quando o sentido da letra da lei vai além do seu espírito. O legislador disse mais do
que aquilo que pretendia.
Integrar uma lei é aplicar uma lei a um caso omisso ou a uma lacuna da lei.
Se não temos uma lei como é possível aplicar uma lei ao caso omisso?
A interpretação do caso omisso ou lacuna da lei, faz-se com recurso à analogia que
consiste em aplicar ao caso omisso a norma reguladora de casos análogos (art. artigo
10º do CC).
O intérprete iria criar uma norma geral e abstracta, como fosse o legislador e iria aplicá-
la ao caso omisso.
Esta norma criada pelo intérprete tem aplicação apenas para o caso concreto.
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VIII. Aplicação das Leis no Tempo
Prende-se com o problema das sucessões das leis no tempo. Os artigos 12º e 13º do
CC, contém os princípios gerais sobre a aplicação das leis no tempo no nosso
ordenamento jurídico.
A aplicação das leis no tempo consiste em determinar qual a lei aplicável a uma
determinada situação: se é a lei antiga ou se é a lei nova.
Quando decorre da lei: Por vezes é a lei nova que estabelece ela própria, regras
destinadas a regular a sucessão da lei. Tais regras fazem parte do Direito
Transitório.
Quando trata-se de uma lei interpretativa, Nos termos do art. 13.º do CC a lei
interpretativa é retroactiva, ressalvando-se, no entanto, os efeitos já produzidos:
pelo cumprimento da obrigação e pela sentença transitada em julgado; e
Na verificação dos prazos: aos prazos que já estiverem a decorrer aplica-se de
imediato a lei nova, quer estabeleça um prazo mais curto quer estabeleça um prazo
mais longo, artigo 297º do CC.
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Aula 6 - 04.03.2015
No seio da convivência jurídica a realidade não é estranha pois, no seu quadro também
o homem, como sujeitos de direito também estabelecem relações e essas relações
particularmente podem ser jurídicas.
É toda a relação da vida social disciplina pelo Direito ou seja, relevante para a ordem
jurídica designadamente por produzir consequências de Direito.
Por esta noção ser bastante vaga adoptaremos para o nosso estudo a seguinte:
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Pessoa física ou natural "É o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações"
(Maria Helena Diniz), que para receber essa denominação de pessoa, basta nascer com vida, e
desse modo adquirir personalidade.
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Relação Jurídica em Sentido Restrito ou Técnico
Sujeitos;
Objecto;
Factos Jurídicos;
Garantia.
Sujeito: são pessoas entre as quais se estabelece a relação jurídica. São os titulares
do Direito Subjectivo (sujeito activo ou credor) e das posições possíveis
correspondentes - dever jurídico ou sujeito passivo ou devedor).
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Sujeitos – BEETHOVEN e CHEMA;
Objecto – o carro
Garantia – faculdade que cada um dos sujeitos dispõe de recorrer ao tribunal para
obrigar a outro a cumprir a sua obrigação, no caso da recusa.
Sujeitos
É a medida de direitos e vinculações de que uma pessoa é susceptível, art. 67º CC,
traduzindo esta inerência, estabelece que “as pessoas podem ser sujeitos de quaisquer
relações jurídicas, salvo disposição legal em contrário: nisto consiste na sua
Capacidade Jurídica”.
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A Capacidade jurídica divide-se em Capacidade de Gozo, é a medida de direitos e
vinculações de que uma pessoa pode ser titular e a que pode estar adstrita. É a medida
de Direitos e obrigações de que a pessoa ‗e susceptível de ser titular;
Pessoas as Singulares
São singulares os seres humanos vivos, desde que nascem até que morram.
Personalidade Jurídica
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Termo da personalidade: Art. 66º nº1 C. Civil – ―A personalidade cessa com a
morte‖.
Capacidade jurídica
Os menores;
Os Interditos;
Os inabilitados;
Menores: São aqueles que ainda não atingiram a maioridade, que segundo o C.Civil
ora em vigor nos termos dos seu artigo 122, atinge-se aos 21 anos, que é diferente
para efeitos políticos, que se atinge aos 18 anos, n.º 2 do artigo 73 CRM.
Interditos: nos termos do artigo 138 e seguintes do C.Civil são as pessoas que
declaradas por via de sentença judicial em virtude de padecerem de anomalias se
mostram incapazes de governar suas pessoas e bens, portanto, são equiparadas aos
menores. Eis as condições:
Anomalia psíquica;
Surdez – mudez;
Cegueira.
Inabilitados: nos termos do artigo 152 e seguintes do C.Civil também só podem ser
decretados por sentença judicial e só podem ser os indivíduos cuja anomalia psíquica,
surdez-mudez ou cegueira, embora de caracter permanente, não seja de tal modo
grave que justifique a sua interdição, assim como aqueles que, pela sua habitual
prodigalidade ou pelo abuso de bebidas alcoólicas ou de estupefacientes, se mostrem
incapazes de reger convenientemente os seus patrimónios.
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Formas de suprimento de incapacidade de exercício.
Pessoas Colectivas
São organizações constituídas por uma colectividade de pessoas ou por uma massa de
bens, dirigidos à realização de interesses comuns ou colectivos, às quais a ordem
jurídica atribui a Personalidade Jurídica.
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Substracto da pessoa colectiva É o conjunto de elementos da realidade
extrajurídica, elevado à qualidade de sujeito jurídico pelo reconhecimento. O
substracto é imprescindível para a existência da Pessoa Colectiva.
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O Elemento Pessoal, verifica-se nas Corporações. É a colectividade de indivíduos que
se agrupam para a realização através de actividades pessoais e meios materiais de um
escopo ou finalidade comum. É o conjunto dos associados.
1.1. Órgãos
Estado
Autarquias locais
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Ex: I.C.M.; Laboratório de engenharias, etc.
Associações públicas.
* Fundações Art. 185º e ss C. Civil Ex: Associações dos Antigos de Zavala, etc.
Sociedades Comerciais
Em nome colectivo
Em comandita;
Anónimas;
por Quotas.
Aquisição de Personalidade
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Causas de extinção de personalidade Art. 182º C. Civil.
Objecto
2. Coisas
Num sentido corrente e amplo, coisa é tudo o que pode ser pensado, ainda que não
tenha existência real e presente. Num sentido físico, coisa é tudo o que tem existência
corpórea, “quod tangi potest”, ou pelo menos, é susceptível de ser captado pelos
sentidos.
Quanto ao sentido jurídico de coisa, há que considerar o art. 202º CC, onde se contém
a seguinte definição: “diz-se coisa tudo aquilo que pode ser objecto de relações
jurídicas.”
Podemos definir as coisas em sentido jurídico como os bens (ou entes) de carácter
estático, desprovidos de personalidade e não integradores de conteúdo necessário
desta, susceptíveis de constituírem objecto de relações jurídicas, ou, toda a realidade
autónoma que não sendo pessoa em sentido jurídico, é dotada de utilidade e
susceptibilidade de denominação pelo homem.
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2.1. Classificação das coisas
2.2. Património
3. Factos Jurídicos
4. Actos jurídicos
O acto jurídico é uma manifestação de vontade e que como tal, a norma atribuí
efeitos de Direito. Nos diversos actos humanos existe sempre uma manifestação de
vontade, sendo que esta é o elemento relevante do acto jurídico, que é entendida e
considerada pelo direito.
O prof. Castro Mendes, diz que só estamos na presença de um acto jurídico quando
pensamos num facto voluntário a que a Ordem Jurídica liga efeitos de Direito, em
atenção à sua voluntariedade.
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A simples conjugação destes elementos permite a formulação de actos jurídicos,
entendendo-se aqui, a manifestação de vontade como tal, a norma jurídica atribuí
efeitos de Direito.
5. Negócios jurídico
Os negócios jurídicos são actos jurídicos constituídos por uma ou mais declarações de
vontade, dirigidas à realização de certos efeitos práticos, com intenção de os alcançar
sob tutela do direito, determinado o ordenamento jurídico produção dos efeitos jurídicos
conformes à intenção manifestada pelo declarante ou declarantes.
No negócio, tem de haver de acção, sem esta, o negócio é inexistente. O autor do acto
tem de querer um certo comportamento exterior por actos escritos ou por palavras.
Tem de ser de livre vontade, de outra maneira será inexistente (ex. coacção física), tem
de haver uma declaração (exteriorização da vontade do agente), constitui um
elemento de natureza subjectiva.
A Vontade;
A Declaração;
A Causa.
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DIREITO COMERCIAL
Actos de Comércio
O nosso legislador do C.Com. Limita-se a remeter para outras disposições mas tudo se
passa como se as várias actividades comerciais fossem iniciadas logo pelo próprio
artigo 4.
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Parte-se da noção de comércio ou de actos de comércio para a de comerciante.
Devem a sua comercialidade ao facto de se ajustarem em concreto a um dos tipos de
actividades descritos na lei mercantil.
Sistema Objectivo
A lei enumera de forma implícita os actos considerados comerciais, sendo que basta
que se pratique estes actos para que estejamos perante actos de comércio. É com
fundamento ou base na lei que se determinam os actos de comércio, mais
precisamente na al. a), nº 1 do artigo 4, do C.Com que a seguir transcreve-se ― Serão
actos de comércio os actos especialmente regulados na lei em atenção às
necessidades da empresa comercia, designadamente os previstos neste código e os
actos análogos todos aqueles que se acharem especialmente regulados neste código.
Na al. a), nº 1 do artigo 4, a comercialização reside neles próprios, não está na pessoa
que os pratica, portanto é objectiva.
Sistema Subjectivo
A expressão ― ... todos contratos e obrigações dos comerciante é aquele que faz
profissão a pratica de actos de comercio, alem das sociedades comerciais, e em
principio, qualquer pessoa com capacidade civil pode ser comerciante ou constituir
noção de acto de comercio.
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A expressão ― ...todos contratos e obrigações dos comerciantes ...‖, abrange todos os
factos dos comerciantes susceptíveis de gerar obrigações.
A expressão ― ...que não forem de natureza exclusivamente civil ..., deve ser entendida
no sentido de actos que nunca podem ter natureza comercial por exemplo, consideram-
se actos de natureza exclusivamente civil o casamento, a doação, a renda perpétua.
A expressão ― ...se deles e das circunstancias que rodearam a sua prática não resultar
o contrario. ―significa: que se do próprio acto (e não de circunstancias só mais tarde
conhecidas) não resultar que não é comércio. Por exemplo, uma compra de coisa
móvel feita por um comerciante sem que saiba se é para a revenda ou para aluguer, ‗e
comercial; mas, se do próprio acto resultar que ‗e para consumo ou uso do próprio
comercial. Assim, se um comerciante retalhista de mercearia, compra um par de
sapatos para um filho, tal compra não ‗e manifestamente comercial.
Primeiro: teremos que recorrer a na al. a), nº 1 do artigo 4 C.Com. e se o acto não
estiver especialmente regulado na legislação comercial como tal então não será acto
de comércio.
Terceiro: Logo, teremos que recorrer na al. b), nº 1 do artigo 4 C.Com. e nesta teremos
3 soluções diferentes.
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Exemplo: os actos praticados pelos comerciantes, dizem-se comerciais; vender,
comprar, etc., se não fores exclusivamente civis.
Não se deve confundir a distinção feita no artigo 4 C.Com., entre actos objectivos e
actos subjectivos com a que se segue. São duas classificações distintas, segundo
critérios diferentes.
São actos que estão especialmente regulados na legislação comercial como tais.
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Ex: contrato individual de trabalho entre um comerciante e um trabalhador (não
comerciante) para prestar, no estabelecimento regulada na lei comercial.
São os que têm por si próprios natureza comercial e a lei encontra características
especificas do comércio.
São aqueles a que a lei atribui comercialidade atendendo `a sua especial relação com
determinado (outro) acto de comércio em geral.
São actos que praticados autonomamente, não seriam actos de comércio, mas como
estão especialmente ligados a um acto mercantil, então, também serão considerados
actos de comércio.
Ex: Um comerciante grossista e outro retalhista, as compras que este fizer `a aquele
serão sempre comerciais.
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Actos De Comércio Mistos
Ex: Um comerciante que compra um automóvel para seu uso pessoal (acto civil) a um
outro que comprara para revenda (acto mercantil).
A própria lei comercial atribui personalidade jurídica `as sociedades comerciais – art.
108. 108º C.Com.
―Pode ser empresário comercial toda a pessoa singular, residente ou não residente, ou
pessoa colectiva, com sede estatutária no país ou não, que tiver capacidade civil…‖.
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Comerciante
Segundo a definição legal, pois a lei comercial define quem pode ser comerciante, no
seu artigo 2, teremos os seguintes entes como comerciantes:
As pessoas singulares;
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As pessoas colectivas; e
As sociedades comerciais.
Portanto, são comerciantes as pessoas, que tendo capacidade para praticar actos de
comércio, fazem deste profissão;
As sociedades Comerciais.
Pelo artigo 2 C.Com, podem ser comerciantes para alem das pessoas singulares e
colectivas, as sociedades comerciais, e estas podem ser as seguintes:
Sociedades em comandita
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N.B.: Só devem constar no nome da sociedade, os nomes dos sócios comanditados.
São uma sociedade típica de participação de capitais, em que cada quota representa
uma acção, e a responsabilidade civil dos sócios, restringe-se apenas `a fracção de
cada um deles e ela ‗e limitada.
Requisitos
Com base na noção legal de comerciante, ―São comerciantes aqueles que tenham
capacidade para praticar actos de comércio o que significa capacidade comercial de
exercício ou, mais exactamente capacidade negocial específica para a prática de actos
de comércio. Isto é, quem não tiver a necessária capacidade comercial de gozo, não
poderá ser empresário comercial.
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Mas não é suficiente a capacidade comercial de gozo: a lei exige a capacidade
comercial de exercício, de harmonia com entendimento adoptado.
Importa agora notar que a prática de actos de comércio por incapaz, mas como modo
de vida habitual, não tem como consequência a aquisição de qualidade de
comerciante, tal prática é ineficaz (Nota: Ineficácia do acto jurídico, consiste em a lei
considerar o acto jurídico inadequado para produzir os efeitos que o seu autor ou
autores tinham em vista).
Não se diz que seja nula ou anulável, porque a nulidade e a anulabilidade se aplicam
apenas a actos isolados não à actividades e porque o que está em causa agora é
apenas o efeito legal da aquisição da qualidade de comerciante.
Excepções:
Inexistência de Incompatibilidade
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Quando a incompatibilidade se destina apenas a proteger o comércio (por exemplo:
defender os comerciantes). O exercício profissional da actividade mercantil é lícito e
ineficaz. Aquele que apesar disso, a exerce fica sujeito à responsabilidade civil e,
porventura, também disciplinar, e não adquire a qualidade de comerciante.
Ex: Art. 173º, 93 e 4º C.Com. quanto as Sociedades Anónimas, Art. 31º do código
sobre as sociedades por quotas.
É óbvio que para ser comerciante não basta ter capacidade para tal; no estar afectado
por qualquer incompatibilidade e estar autorizado pelas autoridades administrativas par
exercer o comercio: E preciso praticar efectivamente actos de comércio como
profissão.
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Em seguida iremos abordar em especial cada uma destas obrigações:
Noção de Firma
A firma a medida que vai sendo conhecida, ganha importância como sinal de qualidade
ou prestigio do comerciante, podendo tornar-se num factor patrimonialmente relevante
de atracão de clientela.
Também dever-se-á distinguir a Firma da marca, pois esta última identifica os produtos
da actividade do comerciante.
Direito a Firma
A lei protege – garante – de diversos modos o direito exclusivo à firma, desde que
registada, artigo 24 C.Com).
Mas nem sempre estes meios preventivos são suficientes para assegurar os direitos
relativos a firma e, por isso, a lei prevê a possibilidade de utilização de vários meios
repressivos:
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A proibição do uso ilegal de firma
A acção de indemnização por perdas e danos
A acção criminal se a ela houver lugar.
O Princípio da Verdade
Este princípio resulta dos artigos 19 e 26 do C.Com. O principio de verdade exige que a
firma seja constituída pelo nome do comerciante em nome individual ou de um ou mais
sócios da sociedade, quando de a conhecer o objecto social, e quando denominação,
qual o ramo de comercio exercido, e em todos os casos, qual o tipo da sociedade.
Graças a este princípio, pode o público facilmente saber se determinada firma pertence
a um comerciante singular ou a uma sociedade; se tratar de firma, quais alguns dos
seus sócios se de denominação, qual o ramo de comercio exercido, e em todos os
casos, qual o tipo da sociedade.
O Princípio da Novidade
Este princípio resulta do artigo 20 C.Com. nos termos deste princípio, a firma deve
revelar distinção entre ela e as demais já registadas ou reconhecidas.
Os Princípios do Exclusivismo
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Composição da Firma
A lei faculta a utilização de qualquer destas formas, para que através delas fiquem
perfeitamente individualizados os comerciantes que porventura tenham nomes civis
idênticos, fazendo assim respeitar o princípio de exclusivismo.
É para esses fim o código excepcionalmente autoriza que a firma pessoal constante,
como aditamento do nome do comerciante, a dignação da espécie de comercio que
exerce.
Das sociedades
A lei estabelece para cada tipo de sociedade regras a que deve obedecer a
composição da sua firma.
Nos termos do artigo 29 do C.Com., a firma das sociedades em nome colectivo deve
reproduzir o nome de todos os sócios, sem mais; ou apenas mencionar o nome de um
ou alguns deles, acrescido de designação ―Sociedade em Nome Colectivo‖ ou ―SNC‖.
Sociedades em Comandita
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A firma deve conter o nome de um ou mais sócios de responsabilidade limitada,
devendo ser acrescido de um aditamento que indique a existência de sociedade em
comandita. Assim, teremos o aditamento,― Sociedade em Comandita‖ ou ―SC‖, para as
Sociedades em Comandita Simples e ―Sociedade em Comandita por Acções‖ ―SCA‖
para as Sociedades em Comandita por Acções.
Sociedades Anónimas
Nos termos do artigo 32 do C.Com. as sociedades por quotas podem constituir-se com
firma stricto sensu ou denominação particular. De uma ou de outra forma, deverá
sempre a firma conter o elemento individualizado da espécie da sociedade, que é a
expressão ―LIMITADA‖. A firma stricto sensu deve ser constituída pelo nome de todos
ou alguns dos sócios.
A denominação particular, quando seja adoptada pela sociedade por quotas, deve dar
a conhecer quanto possível o objecto da sociedade.
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Alterações da Firma
Constituída a firma, pode ela não se manter inalterada durante todo o tempo de
actividade mercantil do comerciante.
Porém, por imperativos de lei a firma pode ser alterada, assim, a firma deve ser
alterada nos casos de aquisição mortis causa, nos termos do artigo 36 do C.Com e em
caso de morte ou saída de um dos sócios cujo nome figura na firma, e não autorizar
que este nela subsista, artigo 37 do C.Com.
Transmissão da Firma
A firma pode ser transmitida por acto entre vivos e por morte, nos termos do artigo 36
C.Com.
A face destes preceitos, não é lícita a transmissão de firma independente devendo esta
ser sempre acompanhada da respectiva empresa.
Extinção da Firma
O comerciante em nome individual pode cessar a sua actividade porque resolveu pôr-
lhe termo, e cessa-a por ter falecido.
As sociedades cessam a sua actividade normal geralmente por dissolução mas, como
depois da dissolução a sociedade ainda fica com existência, embora apenas para
efeitos de liquidação e partilha, a firma subsiste, devendo aditar-se-lhe a expressão
―em liquidação‖.
Não obstante o acima arrolado, a firma pode ainda ser extinguida por vício, depois de
requerida a sua anulação ou nulidade.
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Escrituração Mercantil
Noção de Escrituração
Tais livros umas vezes arquivam operações ai lançadas pela sua descrição sintética e
pelo seu valor - como livro de Inventario, Balanços e Diário; outras vezes, reproduzem
actos dos comerciantes, cartas ou telegramas - como o livro Copiador; outras ainda,
deliberação dos corpos colectivos das sociedades – como os livros de Actas.
A escrituração, de acordo com o artigo 42 C.Com., deve dar a conhecer fácil, clara e
precisamente as operações e a fortuna dos comerciantes. A contabilidade é a técnica
de escriturar os livros, em ordem a que a escrituração comercial preencha os requisitos
que aquele preceito indica.
Objecto de Escrituração
Os comerciantes estão sujeitos a obrigações de ter livros em que não de efectuar a sua
escrituração, mas essa obrigação só respeita aqueles livros que a lei considera
indispensáveis.
Livros de diários;
Livros de Inventários;
Livros de balanços;
Livro de actas, mas apenas obrigatórios para os empresários comerciais e
pessoas colectivas.
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O livro de diário serve para nele serem lançados, individualmente e diariamente, todos
os actos relacionados com a actividade empresarial, sendo válida a anotação conjunta
dos totais das operações por períodos não superiores a um mês, desde que a sua
descrição conste nos noutros livros ou registos auxiliares.
A par dos livros obrigatórios, existem livros auxiliares que em regra o comerciante pode
ter ou não, conforme lhe aprouver e cujo número e espécie são igualmente derivados
ao seu arbítrio.
São livros auxiliares, por exemplo, Memorial, Caixa, Livro de mercadorias gerais, o livro
de Letras a pagar e receber, e os devedores e credores.
O Registo Comercial
Para que o registo se mantenha actualizado e vença a sua função, porém, necessário
que todas as alterações ao conteúdo das matrículas e inscrição e `as extinções dele
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constem, o que se faz através de averbamentos, quer as matriculas quer `as
inscrições.
Por natureza: em virtude de expressa disposição da lei, só como provisório pode ser
requerido e efectuado;
Na 1ª Hipótese, os livros de cada um fazem prova contra ele, mas a outra parte que
dele se quiser socorrer devera igualmente aceitar o que lhe seja prejudicial.
Na 2ª hipótese, os livros de cada um fazem prova não só contra mas também a favor
do comerciante a quem pertencem, e se houver divergência entre as escritas
regularmente arrumadas, será este resolvido pelo recurso a outros meios de prova.
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A Organização do Comerciante
A empresa;
O empresário;
Estabelecimento Comercial.
Empresa
Refere-se a empresa sob o perfil da pessoa que exerça uma actividade económica de
produção de bens ou serviços reconduzindo, portanto, à própria pessoa daquele que
organiza e conduz a actividade, suportando o respectivo risco.
Uma restrita: em que a empresa se reconduz a pessoa (ou pessoas) que organizam e
dirigem a actividade.
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Outra ampla: para o qual a empresa abrange um conjunto de pessoas, um elemento
humano, comportando não só o (s) empresários (s), mas também os seus
colaboradores designadamente os trabalhadores que lhe prestem a sua colaboração
em ordem só desenvolvimento da actividade empresarial.
A palavra empresa, é, por vezes, também usada para significar a actividade económica
exercida pelo empresário de forma profissional e organizada com vista a realização de
fins de produção ou troca de bens e serviços
Para além destes sentidos, a palavra empresa ainda pode ser entendida em dois (2)
outros sentidos:
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Classificação das Empresas
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Elementos da empresa
Elemento Patrimonial
Elemento Pessoal
Elemento organizacional
Elemento teleológico
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Elemento formal
Estabelecimento Comercial
Elementos do estabelecimento
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Trespasse
O trespasse pode ser procedido em negócio oneroso ou de carácter gratuito. Por actos
inter vivos ou mortis causa.
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