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Jeanne Guyon Experimente Las Profundidad

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E x p e r i m e n t e

las —

PRO FUNDIDADES
— de —

J e s u c r i s t o

s-,

J e a n n e G u y o n
Y esta es Ia vida eterna: que te conozcan a ti,
el único Dios verdadero, y aJesucristo,
a quien tú has enviado.
— J u a n 17: 3

E st e e s u n o d e lo s lib r o s c lá sic o s e sp ir it u a le s m á s in flu y e n t e s q u e se h a n


e sc r it o ; lo s h i st o r ia d o r e s, e st u d io so s y t e ó l o g o s r e c o n o c e n el g r a n d io so
im p a c t o q u e Experimente las profundidades de Jesucristo h a t e n id o e n la
h i st o r ia c r ist ia n a . M a d a m e G u y o n fu e c o n sid e r a d a d e m a n e r a g e n e r a li­
z a d a , a ú n p o r su s m ism o s e n e m ig o s, c o m o u n a d e la s m á s r e c o n o c id a s
m u je r e s d e la h i st o r ia d e la igle sia . W ill D u r a n t , e n el V o lú m e n X I , d e
su H i st o r i a d e l a C iv iliz a c ió n , h a c e r e fe r e n c ia al im p a c t o d e la v i d a y
e sc r it o s d e Je a n n e G u y o n e n la h i st o r ia d e F r a n c ia

E n c ie r t a é p o c a e st e lib r o fu e q u e m a d o p ú b lic a m e n t e e n F r a n c i a
y, sin e m b a r g o , t a m b ié n h a si d o r e c ib id o p o r a q u e ll o s c r i st i a n o s q u e se
d e d ic a n a in v e st ig a r lo c o m o u n o d e lo s m á s p r o v e c h o so s y p o d e r o so s
li b r o s c r i st ia n o s q u e se h a n e sc r it o .

Je a n n e - M a r i e B o u v ie r d e la M o t t e - G u y o n , fu e c o n o c i d a si m p l e ­
m e n t e c o m o “M a d a m e G u y o n ”, v iv ió t o d a su v i d a e n F r a n c ia , y e s
c o n si d e r a d a u n a m í st i c a q u e p r a c t i c a b a l a q u i e t u d y la c o n t e m p la c ió n ,
e sc r ib ió v a r i o s lib r o s, p o e sí a s e in flu e n c ió d i r e c t a m e n t e e n F r a n ç o i s
F é n e lo n , q u ie n fu e e l m á s fa m o so d e su s d isc í p u l o s.

Je a n n e G u y o n , y su s e sc r it o s h a n ju g a d o u n a p a r t e im p o r t a n t e
e n la s v id a s d e m á s c r i st ia n o s fa m o so s q u e , q u iz á s, c u a lq u ie r o t r o
e sc r it o r , p o r e je m p lo : W a t c h m a n N e e se o c u p ó d e q u e e st e li b r o fu e r a
t r a d u c i d o al c h in o y lo p u so al a lc a n c e d e t o d o s lo s r e c ié n c o n v e r t id o s
d e la c o n g r e g a c i ó n “E l p e q u e ñ o r e b a ñ o ”; e l C o n d e Z i n z e n d o r f; Ju a n
W e sle y ; lo s p r im it iv o s Q u á q u e r o s; H u d s o n T a y l o r , t o d o s lo r e c o m e n ­
d a r o n fa v o r a b le m e n t e a lo s c r e y e n t e s e n c a d a é p o c a .

E st e li b r o lo i n t r o d u c i r á a u n a r e l a c i ó n c o m p l e t a m e n t e n u e v a y
m u c h o m á s p r o f u n d a c o n Je su c r i st o .

I SBN - 10 : 987 - 5 57- 318 - 3


I SBN- 13: 9 7 8 - 987- 55 7 - 318 - 5

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E x p e r i m e n t e

— las —

PRO FUNDIDADES
de
J e s u c r i s t o

J e a n n e G u y o n

PENIEL
Bu e n o s A ir e s - M ia m i - Sa n J o sé - Sa n t ia g o

w w w .p e n ie l.c o m
© 2 0 1 1 E d it o r ia l P en ie l
T o d o s lo s d e r e c h o s r e se r v a d o s.

N in g u n a p a r t e d e e st a p u b lic a c ió n p u e d e
se r r e p r o d u c id a e n n in g u n a fo r m a sin el
p e r m iso e sc r it o d e E d it o r ia l P en ie l.

La s c it a s b íb lic a s fu e r o n t o m a d a s d e la
Sa n t a Bib lia , R e in a V aler a 1 9 6 0 , a m e n o s
q u e se in d iq u e lo c o n t r a r io .
© So c ie d a d Bíb lic a I n t e r n a c io n a l.

Ed it o r ia l P e n ie l
Bo e d o 25
B u e n o s A ir e s, C 1 2 0 6 A A A
A r g e n t in a
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P u b lic a d o o r ig in a lm e n t e e n in g le s c o n el t it u lo :
Experiencing the Depths ofJesus Christ
© Je a n n e G u y o n
P u b lish e d b y Se e d So w e r s P u b lish in g H o u se
4 0 0 3 N Lib e r t y St , Ja c k so n v ille , F L 3 2 2 0 6 , U SA
A ll r ig h t s r e se r v e d .

G u y o n , Je a n n e
Experimente lasprofundidades deJesucristo . - 1 a e d . - B u e n o s A ir e s : P e n ie l, 2 0 1 1 .
1 6 0 p . ; 2 1 x 1 4 cm .
T r a d u c id o p o r : E st e r R e v u e lt a
I SB N 1 0 : 9 8 7 - 5 5 7 - 3 1 8 - 3
I SB N 13: 9 7 8 - 9 8 7 - 5 5 7 - 3 1 8 - 5

1. V id a C r ist i a n a . I. R e v u e lt a , E st e r , t r a d . II . T ít u lo
C D D 2 4 8 .5

Im p r e so e n C o l o m b i a / P r in t e d in C o lo m b ia
R e c o n o c i m i e n t o

Le e r el o r ig in a l d e e st e lib r o fu e c o m o e n c o n t r a r u n a p in t u r a m u y
a n t ig u a , y a d e sc o lo r id a , q u e h a b ía n d e ja d o a u n la d o d e b id o a q u e
su s r a sg o s, h a c ía y a m u c h o t ie m p o , se h a b í a n h e c h o d ifíc ile s d e
d ist in g u ir b a jo la s in t e r m in a b le s c a p a s d e b a r n iz . Q u i e n o b se r v a b a
e sa p in t u r a p o d í a v e r q u e , q u iz á s, a lg u n a h e r m o sa o b r a d e a r t e p o ­
d ía e st a r d e b a jo d e e sa su p e r fic ie , p e r o q u e r e st a u r a r la a su b e lle z a
o r ig in a l, sin n in g u n a d u d a , c o n st it u ir ía u n a t a r e a fo r m id a b le .
A sí e r a el “ p e q u e ñ o li b r o ” d e Je a n n e G u y o n . P o c o a p o c o ,
c a p a t r a s c a p a , h u b o q u e q u it a r el b a r n iz , h a st a q u e fin a lm e n t e
e m e r g ió u n a o b r a m a e st r a e x c e p c io n a l y e x q u isit a .
F u e r o n L in d a y V ic k i, d o s m u y q u e r id a s y jó v e n e s m u je r e s d e l
E st a d o d e T e n n e sse e , q u ie n e s se d e d ic a r o n a r e m o v e r m in u c io ­
sa m e n t e e sa s in c o n t a b le s c a p a s q u e o sc u r e c ía n la p r o fu n d i d a d y
sim p le z a d e e st e lib r o . P o r p r im e r a v e z, lo s p e n sa m ie n t o s d e Je a n ­
n e G u y o n h a n r e v iv id o e n u n le n g u a je c la r o y m o d e r n o .
T o d o s lo s q u e p o d e m o s le e r y d isfr u t a r d e e st a s p á g in a s e st a ­
r e m o s sie m p r e a g r a d e c id o s a la fo r m id a b le t a r e a d e e st a s jó v e n e s.

3
C o n t e n i d o

Prefacio.................................................................................................7
1. De lo superficial a lo profundo......................................................... 11
2. Lanzamiento...................................................................................... 15
3. Las profundidades, aun para los analfabetos....................................21
4. El segundo nivel................................................................................ 27
5. Períodos de sequía.............................................................................31
6. Entrega............................................................................................... 35
7. Entrega y sufrimiento....................................................................... 41
8. Entrega y revelación......................................................................... 45
9. Entrega y una vida santa...................................................................49
10. La vida puertas adentro.....................................................................53
11. Hacia el centro...................................................................................57
12. Oración continua.............................................................................. 63
13. Abundancia........................................................................................69
14. Silencio ............................................................................................. 71
15. Una nueva mirada a la confesión de pecados.................................. 75
16. La escritura........................................................................................ 81
17. ¿Pedidos en la oración?.....................................................................83
18. Distracciones..................................................................................... 85
19. Tentación........................................................................................... 87
20. Consumidos............................................................................. ......... 89
21. Silencio, en las profundidades..........................................................95
22. El estado constante.........................................................................109
23. A los obreros cristianos.................................................................. 117
24. El máximo logro cristiano..............................................................125
25. Desde la prisión.............................................................................. 137
Epílogo............................................................................................ 141

5
P r e f a c i o

Escrito en la última parte del siglo XVII

E
ste pequeño libro, concebido con gran simpleza, no fue es­
crito para su publicación. Lo redacté para unos pocos indivi­
duos que deseaban amar a Dios con todo su corazón. Pero debido
al beneficio que recibieron por la lectura del manuscrito, muchos
me pidieron una copia personal. Debido a esos pedidos este pe­
queño libro fue entregado a la prensa.
He dejado al libro con su simpleza original. No contiene crí­
ticas a las enseñanzas de otros que han escrito respecto de temas
espirituales. Al contrario, es un refuerzo de esas enseñanzas.
Ahora someto el libro entero al juicio de los hombres erudi­
tos y experimentados solamente con un pedido: Por favor, no se
detengan en la superficie, más bien formen parte de mi principal
propósito al escribir. Ese propósito es inducir al mundo entero a
amar a Dios y servirlo en una forma que es más fácil y simple de
lo que nadie se pueda imaginar.
He escrito intencionalmente para todos aquellos queridos,
sencillos seguidores de Jesucristo que no están capacitados para
hacer investigaciones profundas e intensivas pero que, no obstan­
te, desean estar completamente entregados a Dios.
El lector que se acerca a este libro, sin prejuicios, encontrará, es­
condida detrás de las expresiones más simples, una unción secreta.
Esta unción lo estimulará a ir detrás de esa felicidad interior que
todos los discípulos del Señor deberían desear alcanzar y disfrutar.
He afirmado que la perfección es muy fácil de obtener, y esto
es verdad. Jesucristo es la perfección, y cuando lo buscamos dentro
de nosotros mismos, Él es hallado fácilmente.
Pero, tal vez, usted contestará: “¿No dijo acaso el Señor: ‘Me
buscaréis, y no me hallaréis?” (Juan 7:34). ¡Ah! Pero el Señor, que

7
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

no se puede contradecir a sí mismo, también dijo: “Buscad, y ha­


llaréis” (Mateo 7:7).
Sin embargo, es verdad que, si buscas al Señor, pero todavía
no estás dispuesto a dejar de pecar, no lo encontrarás. ¿Por qué?
Porque lo buscas en un lugar donde Él no está. Por lo tanto, se
dice, “morirás en tus pecados”.
Pero si te tomas el trabajo de buscar a Dios en tu propio cora­
zón, y abandonas sinceramente tus pecados para poder acercarte a
Él, infaliblemente lo hallarás.
Estoy consciente de que la perspectiva de vivir una “vida de
piedad” es atemorizante para la mayoría de los cristianos. Y la
oración se ve como un logro muy difícil de conseguir. En con­
secuencia, la mayoría de los creyentes están demasiado desalen­
tados en el mismo punto de partida, como para tomar el primer
paso en esa dirección. Es verdad que si usted considera la difi­
cultad de cualquier nuevo emprendimiento, puede ser que eso le
produzca desesperación y lo vuelva reacio para comenzar. Por otra
parte, lo deseable de una aventura de esa naturaleza, y la idea de
que se puede lograr con facilidad, puede hacer que usted se lance
a lograrlo con vigor.
Por lo tanto, este libro alumbra el camino hacia la convenien­
cia, el placer, las ventajas y facilidad de estos dos temas: la oración
y la piedad.
¡Oh! ¡Si tan sólo una vez nos convenciéramos de la bondad
de Dios hacia sus hijos y de su deseo de revelarse a ellos! Ya no
buscaríamos más nuestros propios deseos egoístas. No nos des­
alentaríamos tan rápidamente para perseguir lo que Él está tan
deseoso de darnos.

El que no escatimó ni a su propio Hijo, sino que lo entregó por todos


nosotros, ¿cómo no nos dará también con él todas las cosas?
— Romanos 8:32
Prefacio

Solamente necesitamos un mínimo de coraje y perseverancia.


En realidad, tenemos suficiente de los dos para nuestros asuntos
terrenales, pero ninguno en absoluto para aquella única cosa que
realmente importa (Lucas 10:42).
Algunos de ustedes podrían dudar de que Dios, en realidad,
sea tan fácil de encontrar. Si es así, no tome simplemente mi pala­
bra. En lugar de eso, pruebe por sí mismo aquello que le propongo.
Porque estoy segura de que su propia experiencia le convencerá de
que la realidad es mucho más grande de lo que yo le he dicho.
Amado lector, lea este pequeño libro con un espíritu sincero y
honesto. Léalo con humildad en su mente, sin inclinación a criti­
car. Si lo hace, no dejará de cosechar provecho de él. He escrito este
libro con el deseo de que usted pueda entregarse completamente a Dios.
Por favor, reciba este libro con ese mismo deseo en su propio
corazón.
Este libro no tiene otro propósito que el siguiente: invitar al
simple a que como un niño quiera acercarse a su Padre... Un Pa­
dre que se deleita al ver la humilde confianza de sus hijos y se
aflige ante su desconfianza.
Por lo tanto, con un deseo sincero por su propia salvación,
no busque nada en este libro excepto el amor de Dios. Con una
expectativa así seguramente obtendrá ese amor.
No digo que este camino sea mejor que el de algún otro. So­
lamente declaro honestamente, por mi propia experiencia y la de
otros, el gozo encontrado al seguir al Señor de esta manera.
Existen muchos otros asuntos que podríamos tocar, cosas de
gran importancia espiritual, pero debido a que no están en rela­
ción inmediata con nuestro tema principal, el de experimentar
a Jesucristo, han sido omitidos. Sin duda, no se encontrará nada
aquí que pueda ofender, si solamente se lee este pequeño libro con
el mismo espíritu con el cual fue escrito. Además, con toda segu­
ridad, aquellos que hagan seriamente una prueba de este camino
descubrirán que he escrito la verdad.

9
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

¡Oh, santo Jesús, eres solamente tú el que amas al simple


e inocente. Es tu “delicia habitar en medio de los hijos
de los hombres”, (Proverbios 8:31) con los que están dis­
puestos a volverse “pequeños”! (Mateo 18:3). Tú eres el
único que puedes hacer que este pequeño libro tenga al­
gún valor. Amado Señor, escríbelo sobre los corazones de
aquellos que lo lean, y llévalos a buscarte en el interior de
ellos mismos. Es allí donde tú descansas, como en el pese­
bre, y esperas recibir pruebas de su amor, para entregarles
testimonio del tuyo a la vez. ¡Oh! Es verdad que la falla
es de ellos por no experimentar todo lo que tú estás tan
deseoso de dar. Y sin embargo, ¡oh, Niño Todopoderoso,
Amor increado, Palabra silenciosa y que lo contiene todo!
Realmente depende de ti que puedas ser amado, disfru­
tado y entendido. Tú puedes hacerlo, y sé que lo harás en
este pequeño libro, porque te pertenece enteramente a ti;
vino completamente de ti; y es a ti a quien únicamente
señala.

Jeanne Guyon
Grenoble, Francia
aprox. 1685

10
C A P Í T U L O 1

De lo superficial a lo profundo

A l tomar este libro, puede sentir que, sencillamente, usted no


es una de esas personas capaces de tener una experiencia
profunda con Jesucristo. La mayoría de los cristianos no sienten
que ellos han sido llamados a tener una relación profunda, íntima
con su Señor. Pero, todos hemos sido llamados a las profundida­
des de Cristo, tan seguramente como hemos sido llamados a la
salvación.
Cuando hablo de esta “profunda, íntima relación con Jesu­
cristo”, ¿qué quiero decir? En realidad, es muy simple. Es sólo
volverse y rendir su corazón al Señor. Es la expresión del amor a Él
dentro de su corazón.
Recordará que Pablo nos anima a “orar sin cesar” (1 Tesaloni-
censes 5:17). El Señor también nos invita a “velar y orar” (Marcos
13:33, 37). Podemos ver por estos dos versículos, así como por
muchos más, que todos vivimos de este tipo de experiencia, de
esta oración, así como vivimos por amor.
Cierta vez el Señor habló y dijo: “Por tanto, yo te aconsejo que
de mí compres oro refinado en fuego, para que seas rico...” (Apoca­
lipsis 3:18). Amado lector, hay oro disponible para usted. Ese oro
se puede obtener mucho más fácilmente de lo que usted se pueda
imaginar jamás. Está disponible para usted.
El propósito de este libro es iniciarlo en esta exploración y este
descubrimiento.

11
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Le hago una invitación. Si está sediento, venga a las aguas


vivas. No desperdicie su tiempo precioso cavando pozos que no
tienen aguas en su interior (Juan 7:37; Jeremías 2:13).
Si desfallece de hambre y no encuentra nada que lo satisfaga,
entonces, venga. Venga, y se saciará.
Usted que es pobre, venga.
Usted que está afligido, venga.
Usted que está abrumado con su carga de miserias y el peso de
su dolor, venga. ¡Sera consolado!
Usted que está enfermo y necesita un médico, venga. No dude
porque tenga enfermedades. ¡Venga ante su Señor y muéstrele to­
das sus enfermedades y sanarán!
¡Venga!
Amado hijo de Dios, su Padre tiene sus brazos de amor com­
pletamente abiertos para usted. Arrójese en medio de ellos. Usted
que como oveja se ha desviado y errado lejos, vuelva a su Pastor.
Ustedes, pecadores, vengan a su Salvador.
Especialmente, me dirijo a aquellos que son muy simples y
que no han tenido la posibilidad de recibir educación; también a
aquellos que no pueden leer y escribir. Tal vez, usted piense que
justamente es la persona menos capacitada para tener esta expe­
riencia permanente de Cristo, esta oración de simpleza. Puede
pensar de usted mismo como de alguien que se encuentra a la
mayor distancia de una profunda experiencia con el Señor; pero,
en realidad, el Señor ¡lo ha elegido especialmente! Usted es el más
indicado para poder conocerlo bien.
Por lo tanto, que nadie se sienta que ha quedado afuera. Cris­
to nos ha llamado a todos.
¡Oh, sí, supongo que hay un grupo que ha quedado afuera!
Que no venga aquel que no tiene corazón. Como verá, antes
de venir, hay una sola cosa que debe hacer: debe entregar prime­
ramente su corazón al Señor.
“Pero, no sé cómo entregar mi corazón al Señor”.

12
De lo superficial a lo profundo

Bueno, en este pequeño libro aprenderá qué significa entregar


su corazón al Señor y cómo hacerle ese regalo a ÉL
Permítame preguntarle, entonces, ¿desea conocer al Señor de
una manera profunda? Dios ha transformado esa experiencia, ese
andar, en algo posible para usted. Lo ha hecho así a través de la
gracia que les ha dado a todos sus hijos redimidos. Lo ha hecho por
medio de su Espíritu Santo.
¿Cómo puede, entonces, venir al Señor para conocerlo con esa
profundidad? La oración es la clave. Pero tengo en mente un cierto
tipo de oración. Es un tipo de oración muy simple y que, sin embar­
go, es la que tiene la llave hacia la perfección y la virtud, cosas que
se encuentran únicamente en el mismo Dios. El tipo de oración
que tengo en mente lo librará de la esclavitud de cada uno de los
pecados. Es una oración que desatará sobre usted cada una de las
virtudes piadosas.
Como ve, la única manera de ser perfecto es caminar en la pre­
sencia de Dios. La única forma en que usted puede vivir en su pre­
sencia, en un compañerismo ininterrumpido, es por medio de la
oración, pero un tipo muy especial de oración. Es una oración que
lo guiará a la presencia de Dios y lo mantendrá allí en todo tiempo;
una oración que se puede experimentar bajo cualquier condición,
lugar y tiempo.
¿Existe este tipo de oración? ¿Existe verdaderamente una ex­
periencia así con Cristo? ¡Sí, existe una oración así! Una oración
que no interfiere con sus actividades externas o rutina diaria. Exis­
te un tipo de oración que la pueden practicar reyes, sacerdotes,
soldados, labradores, niños, mujeres, y aun los enfermos.
Permítame anticiparme a decir que este tipo de oración de la
que le hablo, no es una oración que se origine en su mente. Es una
oración que comienza en el corazón. No viene desde su enten­
dimiento o pensamientos. La oración ofrecida al Señor desde su
mente, simplemente, no sería adecuada. ¿Por qué? Porque su men­
te es muy limitada. La mente puede prestar atención solamente a

13
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

una cosa por vez. ¡La oración que sale del corazón no se interrum­
pe con el pensamiento! Llegaré tan lejos como para decir que nada
puede interrumpir esta oración, la oración de simpleza.
Oh, sí, existe una cosa. Los deseos egoístas pueden hacer que
esta oración cese. Pero aun así, no hay que desalentarse, porque
una vez que ha disfrutado a su Señor y probado la dulzura de su
amor, encontrará que aun los deseos egoístas ya no tienen más
ningún poder. Descubrirá que es imposible hallar placer en nada
excepto en Él.
Me doy cuenta de que algunos de ustedes pueden sentir que
son muy lentos, que tienen pobre comprensión y que son poco
espirituales. Amado lector, no existe nada en este universo que
sea tan fácil como lograr este disfrute de Jesucristo. ¡Su Señor está
más presente para usted de lo usted mismo está! Además, el de­
seo del Señor de entregarse a sí mismo es mayor que su deseo de
apoderarse de Él.
¿Cómo, entonces, comenzará? Necesita solamente una cosa.
Necesita únicamente saber cómo buscarlo. Cuando ha encontrado
la manera de buscarlo, descubrirá que este camino a Dios es más
natural y sencillo que tomar aire.
Por medio de esta “oración de simpleza”, este experimentar a
Cristo en la profundidad de su ser, podrá vivir para Dios con me­
nos dificultades e interrupciones que las que ahora experimenta
con el aire que respira. Si esto es verdad, entonces me pregunto:
¿no sería pecado dejar de orar? Sí, sería pecado. Pero una vez que
ha aprendido cómo buscar a Jesucristo y cómo aferrarse a Él, des­
cubrirá que el camino es tan fácil que ya nunca más descuidará
esta relación con su Señor.
Continuemos, entonces, y aprenda esta simple manera de
orar.

14
C a p í t u l o 2

Lanzamiento

M
e agradaría dirigirme a usted como si fuera un principiante
en Cristo, alguien que busca conocerlo. Al hacerlo, permí­
tame sugerirle dos maneras de venir al Señor. Llamaré a la prime­
ra: “orar La Escritura”; y a la segunda: “contemplar al Señor” o
“esperar en su presencia”.
“Orar La Escritura” es una manera única de relacionarse con
La Escritura; comprende dos cosas: lectura y oración.
Debería comenzar de la siguiente manera:
Tome La Escritura; elija algún pasaje que sea simple y bastante
práctico. Seguidamente, venga al Señor. Venga quieta y humilde­
mente. Allí, delante de Él, lea una pequeña porción del pasaje de
La Escritura en el pasaje que ha abierto.
Sea cuidadoso cuando lee. Reciba completa, suave y cuidado­
samente lo que lee. Gústelo y digiéralo a medida que lo lee.
Es posible que en el pasado, su hábito fuera, que al leer, pa­
sara rápidamente de un versículo a otro de La Escritura hasta
terminar todo el pasaje. Tal vez, buscaba encontrar el punto prin­
cipal del pasaje.
Pero cuando venimos al Señor “para orar La Escritura”, no
se lee rápido sino lentamente. No pasamos de un pasaje a otro,
hasta que no hemos apreciado el mismo corazón de lo que acaba­
mos de leer.

15
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Entonces, puede ser que quiera tomar esa porción de La Escri­


tura que le ha afectado y transformarla en oración.
Luego de que haya apreciado alguna parte del pasaje y des­
pués de que sepa que ha extraído la esencia de esa porción y todo
el sentido profundo que tiene, entonces, muy lenta, suavemente
y con calma comience a leer la próxima porción del pasaje. Se
sorprenderá al descubrir que cuando su tiempo con el Señor haya
finalizado, habrá leído muy poco, probablemente no más que me­
dia página.
“Orar La Escritura” no se evalúa por cuánto lea, sino por la
manera en que lo haga.
Si lo lee rápidamente, sacará poco beneficio. Será como una
abeja que simplemente roza la superficie de una flor. En lugar de
eso, en esta nueva manera de leer con oración, usted debe llegar
a ser como la abeja que penetra en las profundidades de la flor.
Se zambulle profundamente en su interior para sacar el néctar
más profundo.
Por supuesto, existe un tipo de lectura de La Escritura para los
eruditos y para estudio, pero no es este el caso. Ese tipo de lectura
de estudio no le ayudará cuando se trate de asuntos ¡que son divi-
nos! Para recibir algún provecho profundo, íntimo de La Escritura,
debe leer como acabo de describirlo. Sumérjase en las mismas pro­
fundidades de las palabras que lee, hasta que la revelación, como
un dulce aroma, surja en usted.
Estoy bastante segura de que si sigue este curso, poco a poco
llegará a experimentar una oración muy rica que fluirá desde su
ser interior.
Pasemos ahora al segundo tipo de oración, que he menciona­
do anteriormente.
El segundo tipo de oración, que describí como: “contemplar
al Señor” o “esperar en el Señor”, también usa La Escritura , pero
no es, en realidad, un tiempo de lectura.
Recuerden que me dirijo a ustedes como si fueran recién

16
Lanzamiento

convertidos. Esta es la segunda manera para ir al encuentro de


Cristo. Y este segundo camino a Cristo, aunque usará La Escritura,
tiene un propósito diferente en sí, al de “orar La Escritura”. Por
esa razón, debería dedicar un tiempo aparte en el que pueda venir,
simplemente, para esperar ante Él.
Al “orar La Escritura” usted busca encontrar al Señor mientras
lee, en las palabras mismas. En ese camino, por lo tanto, el con­
tenido de La Escritura es el punto de concentración. Su propósito
es tomar todo lo que contiene el pasaje que le revelará al Señor.
¿Cómo es este segundo camino?
En “contemplar al Señor” usted viene al Señor de una mane­
ra totalmente diferente. Quizás, en este momento, necesite com­
partir con usted acerca de la dificultad más grande que tendrá al
esperar delante del Señor. Tiene que ver con su mente. La mente
tiene una tendencia muy fuerte a desviarse y alejarse del Señor.
Por lo tanto, cuando venga delante de su Señor a sentarse en su
presencia, a contemplarlo, use La Escritura para aquietar su mente.
La manera de hacer esto es, en realidad, bastante simple.
Primero, lea un pasaje de La Escritura. Una vez que sienta la
presencia del Señor, el contenido de lo que ha leído ya no es lo
más importante. La Escritura ha cumplido su propósito; ha aquie­
tado su mente y lo ha llevado hasta Él.
Para que pueda verlo con mayor claridad, permítame describir
la manera en que usted viene al Señor por medio del simple acto
de contemplar y esperar delante de Él.
Al comenzar, aparte un tiempo para estar con el Señor. Cuan­
do Él venga, hágalo quietamente. Vuelva su corazón a la presencia
de Dios. ¿Cómo se hace? Esto, también, es bastante simple. Usted
se vuelve a Él por fe. Por fe usted cree que ha llegado a la presencia
de Dios.
Luego, en tanto que sigue delante del Señor, comience a leer
alguna porción de La Escritura. Mientras lee, haga una pausa.

17
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

La pausa debería ser suave. Se ha detenido para poder po­


ner su mente en el Espíritu. Ha dirigido su mente internamente a
Cristo.
(Siempre debe recordar que no hace esto para comprender
alguna parte de lo que ha leído; sino más bien, lee a fin de lograr
que su mente vaya desde lo externo hacia las partes más profundas
de su ser. No está allí para aprender o leer, sino que está allí ¡para
experimentar la presencia de su Señor!).
Mientras que está delante del Señor, mantenga el corazón en
su presencia. ¿Cómo? Esto también se hace por fe. Sí, por fe puede
mantener su corazón en la presencia del Señor. Ahora, mientras
espera delante de Él, vuelva toda la atención hacia su espíritu. No
permita que su mente se disperse.
Si su mente comienza a distraerse, simplemente, lleve su aten­
ción nuevamente hacia el interior de su ser. Quedará libre de la
dispersión, liberado de cualquier tipo de distracción externa, y
volverá a estar cerca de Dios.
(El Señor se encuentra únicamente dentro de su espíritu, en lo
escondido de su ser, en el Lugar Santísimo; es allí donde habita.
Cierta vez, el Señor prometió venir y hacer morada en su interior
(Juan 14:23). Prometió que allí se iba a encontrar con aquellos
que lo adoran y que hacen su voluntad. El Señor se encontrará con
usted en su espíritu. Fue san Agustín quien dijo en una oportuni­
dad, que había perdido mucho tiempo en el comienzo de su expe­
riencia cristiana, al tratar de encontrar al Señor externamente, en
lugar de ir hacia su interior).
Una vez que su corazón se ha vuelto internamente al Señor,
recibirá una impresión de su presencia. Podrá observar su presen­
cia más agudamente, porque sus sentidos externos estarán muy
calmos y quietos. Su atención ya no estará más en las cosas exter­
nas o en los pensamientos superficiales de su mente; en lugar de
eso, suave y silenciosamente, su mente comenzará a ocuparse de
lo que ha leído y de ese toque de su presencia.

18
Lanzamiento

Oh, no es que va a pensar en lo que ha leído, sino que se ali­


mentará con lo que ha leído. Por el amor que siente por el Señor,
esforzará su voluntad para que mantenga su mente en quietud
delante de Él. Una vez que ha llegado a este estado, debe permitir
que su mente descanse.
¿Cómo podría describir lo que hay que hacer después?
En este estado tan pacífico, trague lo que ha probado. Al prin­
cipio esto le puede parecer difícil, pero, tal vez, podría explicarle
lo simple que es. ¿No ha podido disfrutar algunas veces del gusto
de una comida muy sabrosa? Sin embargo, a menos que estuviera
dispuesto a tragar esa comida, no le hubiera sido posible recibir
ningún tipo de nutrición. Lo mismo sucede con su alma. En este
estado quieto, pacífico y simple, sencillamente reciba lo que haya
allí de nutritivo.
¿Y las distracciones?
Digamos que su mente comienza a divagar. Una vez que ha
sido tocado profundamente por el Espíritu del Señor, si se distrae,
sea diligente y lleve su mente dispersa de vuelta hacia el Señor.
Esta es la forma más fácil del mundo para vencer las distracciones
externas.
Cuando su mente se distrae, no intente tratar con ella cam­
biando el pensamiento. Verá que, si presta atención a lo que
piensa, solamente va a irritar y confundir más a su mente. En
lugar de eso ¡retírese de su mente! Vaya una y otra vez hacia el
interior, a la presencia del Señor. Al hacer esto le ganará la guerra
a su mente dispersa y, sin embargo, ¡no se habrá metido directa­
mente en la batalla!
Antes de cerrar este capítulo, me gustaría destacar uno o dos
puntos más.
Hablemos de la revelación divina. En el pasado, su hábito de
lectura pudo haber sido ir de un tema a otro. Pero la mejor manera
de entender los misterios que están escondidos en la revelación de
Dios, y para poder disfrutarlos completamente, debemos permitir

19
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

que se impriman profundamente en el corazón. ¿Cómo? Usted


puede hacerlo al mantenerse en esa revelación tanto tiempo como
sienta al Señor. No se apresure para ir de un pensamiento a otro.
Quédese con lo que el Señor le ha revelado; permanezca allí tanto
tiempo como sienta que el Señor también está allí.
Cuando comience esta nueva empresa, por supuesto, encon­
trará que es difícil traer a la mente bajo control. ¿Por qué? Porque
a través de muchos años de hábito, su mente adquirió la capacidad
de andar por todo el mundo a su gusto; de esta manera, lo que digo
aquí, es algo que debe servir como una disciplina para su mente.
Tenga la seguridad de que a medida que su alma se acostum­
bre cada vez más a retirarse hacia lo interior, este proceso se vol­
verá más fácil.
Existen dos razones por las que descubrirá que cada vez le
resultará más fácil llevar la mente bajo sujeción al Señor. Una es
que la mente, luego de mucha práctica, formará un nuevo hábito:
ir hacia lo profundo de su ser interior. La segunda es que ¡usted
tiene un Señor lleno de gracia!
El principal deseo del Señor es revelarse a usted, y para que
Él pueda hacer eso, le da abundante gracia. El Señor le concede la
experiencia de disfrutar de su presencia. Lo toca, y su toque es un
deleite tal que, como nunca antes, usted es atraído internamente
hacia Él.

20
C APíTULO3

Las profundidades, aun


para los analfabetos

M
e gustaría dirigirme en este capítulo a aquellos que, quizás,
no pueden leer*. Debido a que no pueden hacerlo, es po­
sible que se sientan en una posición más débil que la de la mayo­
ría de los cristianos. Pueden sentir que no están preparados para
conocer las profundidades de su Señor. Pero en realidad, ustedes
están realmente bendecidos. La bendición no es tener la capaci­
dad de leer, sino que es ¡la oración la que puede transformarse en
su lectura! ¿No sabe acaso que el más grandioso libro es Jesucristo
mismo? Él es un Libro que ha sido escrito por fuera y por dentro.
Él le enseñará a usted todas las cosas. ¡Léalo!
Lo primero que debe aprender, querido amigo, es que “el reino
de Dios está entre vosotros” (Lucas 17:21).
Nunca busque el Reino en ningún otro lugar que no sea en su
interior. Una vez que se ha dado cuenta de que el Reino de Dios
está dentro de usted y que lo puede encontrar allí, simplemente
venga al Señor.

*. Si usted puede leer, no saltee este capítulo porque, igualmente, ¡será de mucha ayuda!
Por favor, recuerde que hasta el siglo pasado la gran mayoría de la población mundial no
podía leer, y Jeanne Guyon se dirigió a ellos. Si le lee este libro a alguien que no puede
hacerlo, le resultará de enorme ayuda.

21
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Al hacerlo, venga con profundo sentido del amor; venga a Él


suavemente; venga a Él con un profundo sentido de adoración.
Al venir a Él, humildemente reconozca que Él es todo, Con­
fiésele que usted es nada.
Cierre sus ojos a todo lo que le rodea; comience a abrir los
ojos interiores de su alma, dirigiéndolos a su espíritu. En una pa­
labra, ponga toda la atención en las partes más profundas de su
ser interior.
Usted únicamente necesita creer que Dios habita en su inte­
rior. Creer esto, y solamente esto, lo llevará hasta su santa presen­
cia. No permita que su mente se disperse con lo que está alrededor,
sino manténgala en sumisión todo lo que sea posible.
Una vez que esté en la presencia del Señor, quédese en quie­
tud y silencio delante de Él. Y ahora, allí en su presencia, simple­
mente comience a repetir la oración del Señor.
Al comenzar, diga la palabra: “Padre”. Al hacerlo, permita
que el significado completo de esa palabra toque profundamente
su corazón. Crea que Dios, que vive en su interior, sin duda, está
deseoso de ser su Padre. Derrame su corazón ante Él como un
niño pequeño derrama su corazón ante su padre. Nunca dude
del profundo amor del Señor por usted. Invoque su nombre y
permanezca delante de Él silenciosamente durante un breve ins­
tante. Quédese allí, y espere a que el Señor le permita conocer
su corazón.
Al venir a Él, venga como un niño débil, uno que está sucio y
muy lastimado, un niño que ha sido herido por haber caído una
y otra vez. Venga al Señor como uno que no tiene fuerza propia;
venga a Él como uno que no tiene poder para limpiarse por sí
mismo. Humildemente ponga su penosa condición delante de la
mirada de su Padre.
Mientras espera allí delante de Él, ocasionalmente exprésele
una palabra de amor para Él y una palabra de pesar por su peca­
do. Luego, simplemente espere un tiempo. Entonces, luego de la

22
Las profundidades, aun para los analfabetos

espera, sentirá que es el momento de continuar; cuando llegue ese


momento, simplemente continúe con la Oración del Señor.
A medida que diga las palabras: “Venga tu Reino” (Mateo
6:10), pídale al Señor, el Rey de gloria, que reine en usted. Entre­
guese a Dios. Hágalo para que Él pueda hacer en su corazón, aque­
llo que usted hace tanto tiempo ha tratado de hacer y ha fallado.
Reconozca delante de Él su derecho a gobernarlo.
En algún momento de este encuentro con su Señor, sentirá
profundamente en el interior de su espíritu, que simplemente
es el tiempo de permanecer en silencio delante de Él. Cuando
tenga ese sentir, no cambie a la próxima palabra, no lo haga
mientras ese sentir continúe en usted. Como ve, es el mismo
Señor que lo mantiene en silencio. Cuando ese sentido de espera
delante de Él haya pasado, continúe con las siguientes palabras
de la Oración del Señor: “Hágase tu voluntad, como en el cielo, así
también en la tierra” (Mateo 6:10).
Al orar estas palabras, humíllese delante del Señor, y pídale
vigorosamente que cumpla su entera voluntad en usted y a través
de usted. Rinda su corazón en las manos de Él. Rinda su libertad
en sus manos. Ríndale al Señor su derecho a hacer con usted
como Él quiera.
¿Sabe cuál es la voluntad de Dios?
La voluntad del Señor es que sus hijos lo amen. Por lo tanto,
cuando ora: “Señor, sea tu voluntad”, en realidad, le pide al Señor
que le permita amarlo. ¡Entonces, comience a amarlo! Y cuando lo
haga, ruéguele que Él le otorgue su amor.
Todo esto que acabo de describirle sucederá muy dulcemente,
y ocurrirá durante toda la oración.
Miremos ahora otra posibilidad.
Puede haber una ocasión mientras está con el Señor, en que
desee dejar por un tiempo, la Oración del Señor. Tal vez, desee
venir a Él como su pastor.
Venga a Él, entonces, como la oveja que busca a su pastor

23
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

para conseguir su verdadera comida. Al venir a Él, diga algo como:


“Oh, amante Pastor, tú alimentas a tu rebaño contigo mismo, y tú
realmente eres mi pan diario”.
Es apropiado que traiga todas sus necesidades a su Señor. Pero
haga lo que haga, hágalo con la plena confianza de que a Dios lo
encuentra dentro de usted.
Me doy cuenta de que usted puede ser uno de los que siguen
un patrón o ritual en sus oraciones. No debería preocuparse por
los rituales que ha aprendido. No hay necesidad de usar oraciones
repetidas o memorizadas. En lugar de eso, simplemente repita la
Oración del Señor como lo acabo de describir. Producirá abundan­
te fruto en su vida.
Amado hijo de Dios, todos sus conceptos sobre quién es
Dios realmente no significan nada. No trate de imaginar cómo
es Dios. En vez de eso, simplemente, crea en su presencia. Nunca
intente imaginar lo que Dios hará. No existe una manera en que
Dios entre dentro de sus conceptos. Entonces, ¿qué debe hacer?
Trate de contemplar a Jesucristo buscándolo en su ser más inte­
rior, en su espíritu.
Cerremos este capítulo, para observar una tercera manera en
la cual puede comenzar un encuentro más profundo con su Señor.
Puede venir al Señor buscándolo como su Médico. Tráigale a
Él todas sus enfermedades para que las pueda sanar. Pero al venir,
no lo haga con ansiedad o inquietud. Y cuando venga, deténgase
de tanto en tanto. Este período de espera silenciosa ante el Señor,
gradualmente ¡irá en aumento! Además, sus propios esfuerzos para
orar decrecerán cada vez más y más. Eventualmente, llegará el
tiempo en que Él obtendrá el control completo, cuando usted se
rinda continuamente al obrar de Dios en su interior.
Como puede ver, lo que ha comenzado como algo muy simple
¡crecerá! Y lo hará hasta transformarse en una relación muy real y
vital entre usted y el Dios viviente.
Cuando la presencia del Señor realmente llegue a ser su

24
Las profundidades, aun para los analfabetos

experiencia, descubrirá que ha comenzado, en forma gradual, a


amar este silencio y el descanso pacífico que viene con su presencia.
Hay un deleite maravilloso en su presencia. Este deleite ma­
ravilloso de su presencia le ayudará a entrar, incluso, ¡a otro nivel
de oración!
Continuaremos con este segundo nivel de oración en el próxi­
mo capítulo. Es una profundidad de oración que la pueden expe­
rimentar todos los creyentes, tanto el simple como el erudito.

25
Capítulo 4*

El segundo nivel

A
hora usted sabe algo acerca de Orar La Escritura y Contemplar
al Señor o Esperar en su presencia. Supongamos que ha practi­
cado estas dos maneras de venir al Señor. Digamos que ha atrave­
sado el nivel de menor aptitud y ha entrado a una experiencia real.
Consideremos a continuación un nivel más profundo de ex­
periencia con el Señor; es decir, un nivel más profundo de oración.
Algunos describen este segundo nivel como una experiencia de “fe
y quietud”. Otros se han referido a esto como “oración de simple­
za”. Prefiero este último nombre.
Digamos que se ha acostumbrado a orar La Escritura y a espe­
rar quietamente mientras siente la presencia del Señor, y que estas
dos actitudes se han hecho parte de su vida. Si esto es así, habrá
descubierto que ahora es mucho más fácil venir al Señor y conocer
su presencia. Pero quisiera recordarle, una vez más, que lo que
está escrito anteriormente es para aquellos que recién comienzan a
conocer a Cristo.
Cuando recién comenzó, era muy difícil hacer volver a su men­
te de la dispersión. Era difícil regresar continuamente al interior

*. Estoy consciente, amado lector, de que nada lo va a detener para leer el libro de una sola
vez; no obstante, el capítulo 4 fue escrito para que lo lea después de que se haya establecido
un fuerte cimiento en los capítulos 1-3. Y eso le tomará un buen tiempo.
G.E.

27
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

de su espíritu. Poco a poco, estos asuntos se han hecho más natu­


rales y simples. Y ahora la oración ha llegado a ser sencilla, suave
y natural, a la vez que un gran deleite. Gradualmente puede reco­
nocer que la oración es el verdadero camino, el camino real, para
encontrar a Dios. Y una vez que lo ha encontrado, proclamar go­
zoso: “... Tu nombre es como ungüento derramado” (Cantares 1:3).
Podría pensar que lo alentaré a seguir en este camino exitoso;
sin embargo, en lugar de eso, lo voy a alentar a cambiar de curso
sólo un poco. Al hacer eso, una vez más llegará a un punto en que
es posible que se desanime un poco. Iniciar una nueva senda para
explorar al Señor significa siempre ¡encontrar algunas dificultades
desde el comienzo! Por lo tanto, lo animaré a que mantenga un
corazón creyente a partir de este momento y en adelante. No de­
berá desalentarse. Habrá algo de dificultad en el camino cuando
busque entrar en una relación más profunda con el Señor.
Ahora, después de estas palabras, veamos ese nuevo nivel de
oración.
En primer lugar, venga a la presencia del Señor por fe. Mien­
tras está allí delante de Él, vuelva hacia el interior de su espíritu
hasta que su mente esté serena y se encuentre en perfecta quietud
delante de Él. Ahora, cuando toda su atención, finalmente, se ha
dirigido a su interior y su mente está puesta en Él, simplemente
permanezca en quietud delante de Él durante un poco de tiempo.
Tal vez, comenzará a disfrutar al sentir la presencia del Señor.
Si ese es el caso, no trate de pensar nada. No trate de decir nada.
¡No trate de hacer nada! Mientras sienta la presencia del Señor,
simplemente quédese allí. Quédese exactamente como está.
La conciencia de su presencia lentamente comenzará a de­
crecer. Cuando esto suceda, exprese algunas palabras de amor
al Señor o simplemente invoque su nombre. Haga esto quieta y
suavemente con fe en su corazón. Al hacerlo, ¡una vez más será
llevado a la dulzura de su presencia! Descubrirá que ¡regresa a ese
suave lugar de deleite que acaba de experimentar! Una vez más la

28
El segundo nivel

dulzura de su presencia será completa; nuevamente quédese quieto


delante de Él.
No debe tratar de moverse en tanto que El está cerca.
¿Cuál es el punto? El punto es este: hay fuego en su interior
que se apaga y aumenta. Ese fuego, cuando se apaga, debe ser
suavemente aventado, pero únicamente con suavidad. Tan pronto
como el fuego comience a encenderse, nuevamente detenga todos
sus esfuerzos. De otra manera, puede llegar a apagar la llama.
Este, entonces, es el segundo nivel de oración: un segundo
nivel de experimentar a Jesucristo.
Cuando haya llegado al final de este momento, siempre per­
manezca allí delante del Señor, quietamente, durante un breve
tiempo. También, es muy importante que toda su oración sea he­
cha con un corazón que cree. Orar con fe en su corazón es más im­
portante ¡que ninguna otra cosa que tenga que ver con la oración!
Antes de terminar este capítulo, me gustaría hablar con usted,
sólo un momento, sobre el motivo que tiene su corazón al buscar
al Señor. Después de todo, ¿por qué viene al Señor? ¿Viene a El por
su dulzura? ¿Viene porque es un deleite estar en la presencia del
Señor? Permítame recomendarle un camino más excelente.
Cuando venga al Señor a orar, traiga un corazón lleno de amor
puro; un amor que no busque nada para sí mismo. Traiga un cora­
zón que no busque nada de parte del Señor. Traiga, solamente, un
corazón que desee agradarle y hacer su voluntad.
Permítame ilustrar esto. Considere al siervo. El siervo cuida
muy bien de su amo; pero si lo hace solamente para recibir alguna
recompensa, no es digno de ninguna consideración. Por lo tanto,
amado cristiano, cuando venga a su Señor a orar, no venga por el
deleite espiritual. Ni siquiera venga para experimentar al Señor.
Entonces, ¿qué? Venga simplemente para agradarle.
Una vez que esté allí, si Él elige derramar alguna bendición
grandiosa, recíbala. En cambio, si en vez de eso, su mente divaga,
también reciba eso. Si el tiempo de oración le resulta difícil, reciba

29
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

eso. Gozosamente acepte lo que Él desea darle. Crea que ¡cual­


quier cosa que suceda es lo que El desea darle!
Déjeme repetirle eso ¡porque es muy importante! Es especial­
mente importante para cualquier crecimiento que experimente en
Cristo. Crea por fe, que cualquier cosa que suceda, eso es lo que Él
desea para usted en ese momento.
Cuando haya venido al Señor de esta manera, descubrirá que
su espíritu está en paz sin importar su condición. Cuando haya
aprendido a venir al Señor con esta actitud, no se sentirá pertur­
bado si el Señor se retira de usted. Los tiempos de sequía espiritual
serán iguales para usted que los tiempos de abundancia. Tratará
a ambos del mismo modo. ¿Por qué? Porque habrá aprendido a
amar a Dios simplemente porque lo ama, no por los dones que Él
le otorgue, ni siquiera por su preciosa presencia.

30
C a p í t u l O 5

Períodos de sequía

E
n el capítulo cuatro tocamos el tema de los “períodos de se­
quía”. Si se dispone a entrar en el territorio espiritual que se
describió en estos primeros capítulos, debe saber que lo esperan
épocas de sequía. Sería sabio de su parte, entonces, tratar este
tema por un poco más de tiempo.
Amado lector, debe darse cuenta de que Dios tiene un único
deseo. Verdaderamente nunca podrá entender un período de se­
quía a menos que entienda cuál es el deseo de Dios. El deseo de
Dios es entregarse a sí mismo al alma que realmente lo ama y que
lo busca intensamente. No obstante, es verdad que este Dios que
desea entregarse a sí mismo, con frecuencia se esconderá de usted,
¡justamente de usted que lo busca!
Ahora bien, ¿por qué Dios haría algo así? Amados santos de
Dios, ustedes deben aprender los caminos de su Señor. El suyo es
un Dios que con frecuencia se esconde. Y lo hace con un propósi­
to. ¿Cuál? Su propósito es sacarlo de su pereza espiritual. El propósito
por el que se aleja, es para hacer que usted lo persiga.
El Señor Jesús busca por todas partes a aquel cristiano que
permanezca fiel y amante, aun cuando Él se retire. Si el Señor
encuentra un alma así de fiel, cuando regresa, recompensa la fide­
lidad de su hijo. Derrama sobre su hijo fiel abundante bondad y
un tierno cuidado de amor.
Entonces, hay aquí, algo que usted debe entender.

31
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Tendrá inevitablemente tiempos de sequía espiritual. Esta es


una de las maneras en que se mueve Dios.
Pero el hecho de que tendrá sequía espiritual no es el tema.
La pregunta importante es, ¿qué va a hacer en tiempos de sequía?
En este punto debe aprender algo sobre las tendencias naturales.
Sería algo natural para usted, durante una estación de sequía, in­
tentar probarle su amor al Señor. Durante una estación de sequía
espiritual descubrirá que intentará probar su fidelidad al Señor;
lo hará por la fuerza. Inconscientemente, esperará que por me­
dio de este esfuerzo personal pueda persuadirlo a que regrese más
rápidamente.
No, querido cristiano, créame, esta no es la forma de respon­
der a su Señor en épocas de sequía.
¿Qué tendrá que hacer, entonces?
Debe esperar el regreso de su Amado con amor impaciente.
¡Agregue a ese amor autonegación y humillación! Aunque el Señor
se haya escondido a sí mismo, permanezca constante delante de
Él. Allí delante de Él, derrame su amor apasionadamente sobre Él.
Sin embargo, agregaría, hágalo siempre pacíficamente.
Pase tiempo con Él en adoración y silencio respetuoso.
Al esperar en el Señor así, le demostrará que es a Él solamen­
te a quien busca. Como ve, le demostrará que no es el disfrute
egoísta que recibe por estar en su presencia lo que hace amarlo.
Le demostrará que no es por el placer que experimenta; su único
motivo es porque lo ama.
Hay una cita en los Apócrifos que habla de esas épocas:

No se impaciente en épocas de sequía y oscuridad; permita que


se retiren y demoren las consolaciones de Dios; acérquese a Él,
espere con paciencia y así su vida crecerá y se renovará.

Por lo tanto, hijos del Señor, sean pacientes en la oración du­


rante esas épocas de sequía.

32
Períodos de sequía

Permítame hacerle una pregunta: ¿qué pasaría si el Señor lo


llamara para que pase durante toda su vida esperando su regreso?
¿Cuál sería su reacción si eso fuera lo que el Señor hubiera asigna­
do para usted por el resto de su vida? ¿Qué haría?
Haga esto.
Espere en Él con un espíritu de humildad, un espíritu entrega­
do, con contentamiento y resignación. Pase el tiempo en ese ma­
ravilloso tipo de oración que le mencioné en el capítulo 4. Venga
delante de Él quieta y pacíficamente, y lleve su mente a la presen­
cia de Él, aunque su presencia lo evadiera.
Mientras hace estas cosas, acompáñelas con súplicas de des­
consolado, dolido, amor y con expresiones de profundo deseo
para que su amado regrese.
Deseo asegurarle que si se conduce de este modo, complacerá
grandemente el corazón de Dios. Una actitud así lo impulsará a
regresar a usted mucho más rápidamente que cualquier otra.

33
Capítulo 6

Entrega

A
l comenzar este libro tratamos acerca de cómo conocer las
profundidades de Jesucristo. Nuestro comienzo fue bastan­
te simple. Primero, consideramos “orar Las Escrituras” y luego la
sencillez, simplemente, de “contemplar al Señor”. Luego de haber
perseguido este nivel de experiencia con el Señor por un perío­
do considerable de tiempo, usted, entonces, debería estar listo para
continuar hacia una experiencia de un nivel más profundo con Él,
y de conocimiento de ÉL Pero en este encuentro más profundo
con el Señor , que vimos en el capítulo 4, deberá salir del ámbito
de la sola oración; o, para decirlo con mayor claridad, no bastará
solamente con apartar una o dos veces al día para orar con el Señor.
En este momento, deben entrar en su corazón actitudes com­
pletamente nuevas hacia la totalidad de su vida. Si va a orar más
de una sola vez al día, otras partes de su vida, y aun su perspectiva
completa de la vida, tendrán que ser alteradas. Esta nueva actitud
debe surgir por una razón muy especial: para que pueda ir más
profundo, aun mucho más, a otro nivel con su Señor.
Para hacer esto, debe tener una actitud renovada hacia usted
mismo como también hacia el Señor; es una actitud que debe ir
mucho más profundamente que ninguna otra que haya conocido
previamente.
Para hacer esto, le presento una nueva palabra. Esa palabra es
abandonarse.

35
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

A fin de penetrar hacia una experiencia mucho más profun­


da con Jesucristo, se requiere que comience a entregar la tota­
lidad de su existencia, presentándosela a Dios. Tomemos, por
ejemplo, los sucesos diarios de la vida como ilustración. Debe
creer completamente que las circunstancias de su vida, es decir,
cada minuto de su vida, así como el curso entero de la misma,
cualquier cosa, sí, todo lo que sucede, le ha llegado a usted por la
voluntad de Dios y su permiso. Debe creer completamente que
todo lo que le ha sucedido viene de parte de Dios y es exacta­
mente lo que necesita.
¿Recuerda que en un capítulo anterior vio cómo debe comen­
zar primero para tener una disposición así? Para empezar, puede
aceptar que cada momento de oración, sea un tiempo glorioso
con Él o uno en el que su mente divague, es exactamente lo que Él
deseaba para usted. ¡Luego aprenda a ampliar la perspectiva hasta
que esto abarque cada segundo de su vida!
Una mirada así hacia sus circunstancias y la fe para con su
Señor le hará tener contentamiento con todo. Una vez que crea esto,
comenzará a tomar todo lo que viene a su vida como de la mano
de Dios, no del hombre.
¿Quiere verdadera, sinceramente entregarse a sí mismo a su
Dios?
Entonces, debo recordarle seguidamente que una vez que ha
hecho la donación, no puede pedir que le devuelvan lo que regaló.
Una vez que el regalo ha sido presentado, ya no le pertenece más
al que lo da. Este pequeño libro está escrito para contarle cómo
experimentar las profundidades de Jesucristo, pero conocerlas no
es simplemente un método, es una actitud que dura toda la vida.
Es un asunto de estar envueltos en Dios y poseídos por Él.
Hemos hablado de abandono y de entrega. La entrega es un
asunto de suma importancia si es que desea progresar en el cono­
cimiento de su Señor. El abandono es, en realidad, la llave hacia el
atrio interior, la clave de las insondables profundidades. La entrega

36
Entrega

es la llave hacia la vida espiritual íntima. El creyente que sabe


cómo abandonarse al Señor pronto llegará a ser perfecto.*
Digamos que alcanza este estado de abandono. Una vez que lo
alcanzó, debe continuar así, en forma permanente e inamovible. De
otra manera, llegar allí y permanecer sólo brevemente es de poco
valor. Una cosa es alcanzar este estado; otra, es permanecer en él.
Sea cuidadoso. No escuche la voz de su razonamiento natu­
ral. Justamente espere que, sin dudas, ese pensamiento surja en
su interior. No obstante, debe creer que usted puede abandonarse
completamente al Señor durante toda su vida, y que ¡Él le dará
la gracia para permanecer así! Debe confiar en Dios “esperanza
contra esperanza” (Romanos 4:18).
Una fe grandiosa produce una entrega grandiosa.
¿Qué es abandonarse? Si podemos llegar a entender qué es,
tal vez, podamos volvernos mucho mejor. Abandonarse es entre­
gar todas nuestras preocupaciones. Abandonarse es entregar todas
nuestras necesidades. Esto incluye las necesidades espirituales. Dé­
jeme repetir eso, porque no es fácil de entender.
Abandonarse es dejar a un lado, para siempre, todas sus nece­
sidades espirituales.
Todos los cristianos tienen necesidades espirituales; pero el
creyente que se ha abandonado al Señor, ya no se da más el lujo
de estar consciente de sus necesidades espirituales. Más bien, se
entrega de manera absoluta a lo que Dios dispone.
¿Se da cuenta de que todos los cristianos han recibido la ex­
hortación a abandonarse?
El mismo Señor ha dicho: ..No os afanéis por el día de mañana
(...) vuestro padre celestial sabe que tenéis necesidad de todas estas co­
sas” (Mateo 6:32, 34). Nuevamente La Escritura dice: “Reconócelo

*. Jeanne Guyon no tenía en mente la perfección de no tener ningún pecado, sino una vida
y una voluntad que se viva en absoluto, en perfecto concierto con la voluntad de Dios,
constantemente, bajo todas las circunstancias, en todo tiempo.

37
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

en todos tus caminos, y él enderezará tus veredas” (Proverbios 3:6).


“Encomienda a Jehová tus obras, y tus pensamientos serán afirmados”
(Proverbios 16:3). Otra vez, en el libro de Salmos dice: “Encomien­
da a Jehová tu camino, y confía en él; y él hará” (Salmo 37:5).
El verdadero abandono debe cubrir dos mundos en su totali­
dad, dos ámbitos completos.
Debe existir un abandono en su vida concerniente a todo lo
externo, las cosas prácticas. En segundo lugar, debe también existir
un abandono de todo lo interior, las cosas espirituales. Debe venir
al Señor y entregarle todas sus preocupaciones. Todos sus intereses
deben ir a las manos de Dios. Olvídese de usted, y desde este mo­
mento en adelante, piense únicamente en El.
Al hacer eso durante un largo período de tiempo, su corazón
permanecerá despegado; ¡su corazón estará libre y en paz!
¿Cómo practica el abandono? Se hace diariamente, cada hora
y a cada momento. El abandono se practica al perder continuamen­
te su propia voluntad en la voluntad de Dios; ¡al zambullir para
siempre su voluntad en las profundidades de la voluntad de El!
¿Y cómo comienza? Debe rechazar cada deseo personal que le
venga tan pronto como aparezca, sin importar cuán bueno sea ese
deseo personal ¡ni lo beneficioso que parezca!
El abandono debe llegar a un punto en el que usted esté com­
pletamente indiferente consigo mismo. Puede tener la seguridad
de que de una disposición así, surgirá un maravilloso resultado.
El resultado de esta actitud de la voluntad, en realidad, lo lle­
vará al más maravilloso momento que se imagine. Es el punto en
el que queda completamente libre de usted y ¡está en libertad para
unirse a la voluntad de Dios! Solamente deseará lo que Él desea,
es decir, lo que Él ha deseado durante toda la eternidad.
Llegar a abandonarse es, simplemente, entregarse a lo que el
Señor desea, en todas las cosas, sin importar lo que sea, de dónde
venga, o cómo afecte su vida.
¿Qué es el abandono? Es olvidar su pasado; es dejar el futuro

38
Entrega

en las manos de Él; es dedicar el presente completa y totalmente a


su Señor. El abandono es estar satisfecho con el momento presen­
te, sin importar lo que ese momento contenga. Estará satisfecho
porque sabe que cualquier cosa que tenga ese momento, contiene,
en ese instante, el plan eterno de Dios para usted.
Siempre sabrá que ese momento es la absoluta y total declara­
ción de la voluntad de Dios para su vida.
Recuerde, jamás debe culpar al hombre por nada. No importa
lo que suceda. No fue ni el hombre ni las circunstancias los que
produjeron una situación adversa.
Debe aceptar todo (excepto, por supuesto, su propia pecami-
nosidad) como algo que viene de su Señor.
Rinda no solamente lo que el Señor hace con usted, sino su
reacción a lo que Él hace.
¿Desea ir hacia las profundidades de Jesucristo? Si desea entrar
en este estado más profundo de conocimiento del Señor, debe bus­
car no solamente el conocimiento de una oración más profunda,
sino también el abandono en todos los aspectos de su vida. Esto
significa ir extendiéndose hasta que su nueva relación incluya vivir
veinticuatro horas al día completamente entregado a Él. Comien­
ce a rendirse para que Dios lo guíe y trate con usted. Haga esto
ahora mismo. Ríndase y permítale hacer exactamente tal como a
Él le agrada, tanto en su vida interior al experimentarlo, como en
la exterior al aceptar que las circunstancias vienen de Él.

39
Capítulo 7

Entrega y sufrimiento

M
e gustaría hablar con usted sobre el abandono, pero en este
capítulo veamos cómo a una consagración como esta, le
afecta cuando llega el sufrimiento a su vida.
Debe ser paciente con todos los sufrimientos que Dios le en­
víe. Si su amor por el Señor es puro, lo amará tanto en el Calvario
como en el Monte Tabor. El Señor Jesús amó a su Padre en el
Monte Tabor donde fue transfigurado, pero no lo amó menos en
el Calvario donde fue crucificado. Entonces, sin dudarlo, usted
debe amar al Señor del mismo modo en el Calvario, porque fue
allí donde Él hizo el más grandioso despliegue de su amor.
Existe una posibilidad de cometer un error concerniente a su
entrega al Señor, al esperar y confiar que siempre será cuidado,
amado y bendecido espiritualmente por Él. Usted, que se entregó
al Señor durante alguna época agradable, por favor, tome nota
de esto: si se entregó a Él para ser bendecido y amado, no puede
repentinamente darse vuelta e irse a otra época, ¡en el momento
en que es crucificado!
Ni tampoco encontrará ningún consuelo humano cuando esté
puesto sobre la cruz. Cualquier consuelo que le llegue cuando co­
nozca la cruz, viene de parte del Señor.
Debe aprender a amar la cruz. Aquel que no la ama, no ama
las cosas de Dios (Mateo 16:23). Es imposible que usted ame ver­
daderamente al Señor sin amar la cruz. El creyente que ama la

41
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

cruz, encuentra que aun las cosas más amargas que puedan venir a
su camino son dulces. La Escritura dice:.. al hambriento todo lo
amargo es dulce” (Proverbios 27:7).
¿Cuánta hambre de Dios desea tener? Tendrá hambre de Dios
y lo encontrará, en la misma proporción en que tenga hambre de
la cruz.
He aquí un verdadero principio espiritual que el Señor no ne­
gará: Dios nos da la cruz, y después la cruz nos da a Dios.
Como verá, ahora hemos salido del ámbito de un cierto pe­
ríodo de tiempo separado para orar; nos hemos movido al ámbito
que involucra la experiencia completa del creyente. Digámoslo
aquí y ahora: Puede tener la seguridad de que vendrá un progreso
espiritual interior, cuando también haya en su vida un verdadero
progreso en el conocimiento de la experiencia de la cruz. El aban­
donarse a Cristo y la experiencia de la cruz van mano a mano.
Entonces, ¿cómo tratará al sufrimiento? O para decirlo de
otro modo, ¿cómo responderá a la obra del Señor por medio de la
cruz en su vida?
Responda así. Tan pronto algo venga bajo la forma de sufri­
miento, en ese mismo instante, la resistencia natural brotará en
algún lugar de su interior. Al llegar ese momento, inmediatamen­
te abandónese a Dios. Acepte el asunto. Allí mismo entréguese a
Él en sacrificio.
Al hacer esto, en su momento, hará un maravilloso descubri­
miento. Y es este: Cuando la cruz llega a su vida, no será ni por
aproximación la carga que primeramente temió que fuera. Recí­
bala como de parte de Dios, sin importar de qué se trata. La carga
es mucho más ligera así.
¿Por qué es mucho más ligera la cruz cuando la aceptamos de
este modo? Porque habrá deseado la cruz, y se habrá acostumbrado
así mismo a recibir todo de la mano del Señor.
No malentienda estas palabras, no le acabo de describir una for­
ma para evitar la cruz. Aunque usted se abandone completamente

42
Entrega y sufrimiento

al Señor y resigne completamente su yo al sufrimiento, esto no le


impedirá sentir el peso de esa cruz. Si no ha sentido la cruz, enton­
ces, no habrá sufrido. Sentir el dolor de sufrir es una de las princi­
pales partes del sufrimiento. El dolor es un aspecto de la cruz que
es imposible eludir. Sin el dolor, no existe la cruz en absoluto. El
sufrimiento está entretejido en la naturaleza de la cruz. El dolor
está en el centro cuando conocemos más el sufrimiento. Por favor,
recuerde que su Señor eligió soportar la violencia más extrema que
la cruz podía ofrecer.
Algunas veces puede llevar la cruz con debilidad; otras, con
fortaleza. Llévela de cualquier modo pero ¡llévela! Ambas, debili­
dad y fortaleza, deberían ser lo mismo para nosotros, porque lle­
vamos la cruz según la voluntad de Dios.

43
CAPíTULO8

Entrega y revelación

C
ontinuemos con este asunto de la entrega.
Algunos han preguntado: “Si me abandono completamente
al Señor, ¿significará eso que no tendré una nueva revelación de
Jesucristo?”.
¿La entrega finaliza la revelación?
No. No lo hace. Al contrario, el abandono es el medio que el
Señor usará para darle su revelación. La revelación que reciba le
llegará como una realidad, más que como un conocimiento. Esto
únicamente es posible por medio de la entrega o abandono.
Debe recordar a quién es que se entrega.
Es a su Señor Jesús al que debe abandonarse en sus manos. Es
también al Señor a quien seguirá como El Camino; es este Señor a
quien escuchará como La Verdad, y es de parte de este Señor que
recibirá La Vida (Juan 14:6). Si lo sigue como El Camino, lo escu­
chará como La Verdad y Él le dará vida como La Vida.
A medida que llega la revelación, algo sucede. Jesucristo, real­
mente, deja una huella de Él mismo sobre su alma. Cada vez que Él
viene, deja en usted, una nueva y diferente marca de su naturaleza.
Pronto habrá muchas expresiones diferentes de su naturaleza
impresas en su ser.
Tal vez, ha escuchado que debería pensar sobre las diferentes
experiencias de Jesucristo. Pero es mucho mejor que cargue, que
lleve, esas experiencias de Jesucristo dentro suyo.

45
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Así fue en la vida de Pablo. Él no consideró los sufrimien­


tos de Cristo; no tuvo en cuenta las marcas de sufrimiento del
cuerpo del Señor. En vez de eso, Pablo llevó en su propio cuerpo
las experiencias de su Señor. Incluso, llegó a decir: traigoen
mi cuerpo las marcas del Señor Jesús” (Gálatas 6:17). ¿Lo hizo al
considerar esas marcas? No, Jesucristo mismo se imprimió perso­
nalmente en Pablo.
Cuando el Señor encuentra a un creyente que está completa­
mente abandonado a Él en todas las cosas, por fuera y por dentro,
con frecuencia lo elige para darle revelaciones especiales sobre su
naturaleza. Si esa fuera su experiencia, acepte estas revelaciones
con un corazón agradecido. Siempre reciba todo lo de Él con un
corazón agradecido, sin importar lo que Él elija otorgarle.
Supongamos que el Señor le da una revelación especial. ¿Cuál
debería ser su actitud? Deberá recibir la revelación como recibiría
todas las otras cosas de parte de Él.
Existen cristianos a quienes Dios les ha dado alguna revela­
ción de sí mismo, y esa revelación les ha traído regocijo durante
años. En otras palabras, algunas veces el Señor le dará una reve­
lación tan poderosa de Él mismo, que la experiencia de esa única
verdad será su fortaleza durante años. Durante ese tiempo se sen­
tirá atraído más y más íntimamente a Dios. Esto es maravilloso.
Debería ser fiel a esa revelación tanto tiempo como dure.
Pero ¿qué sucede cuando esa revelación comienza a alejar­
se? ¿Qué hace cuando ya no le produce el mismo regocijo que le
produjo alguna vez? Cuando esto sucede, simplemente, significa
que Dios ha decidido ponerle fin a esa experiencia. ¿Cuál deberá
ser su actitud? Deberá entregarse libremente para que Él la retire.
Póngala a un lado. El Señor desea moverse hacia una comprensión
más profunda y central de Él mismo. Reciba todas las cosas del
mismo modo. Entréguese, incluso, en temas de revelación. Esté
siempre listo a abandonarse a cualquier cosa que parezca ser su vo­
luntad. No tenga ningún deseo en su vida, excepto el de buscarlo

46
Entrega y revelación

apasionadamente y habitar siempre con Él. Aprenda qué significa


sumergirse continuamente en la más absoluta insignificancia de­
lante de su Señor.
Aprenda, una vez que haga esto, a aceptar igualmente todos
sus dones, sean luz o tinieblas. Trate lo fructífero y lo estéril del
mismo modo.
Sea debilidad o fortaleza, dulzura o amargura, tentación, dis­
tracción, dolor, cansancio, incertidumbre o bendición, todo debe
ser recibido por igual de parte de la mano del Señor. Ninguna de
estas cosas deberían retrasar su curso ni por un solo momento.
Una última palabra sobre la revelación.
Si el Señor le da alguna revelación que no puede entender, no
se desaliente; no tiene ninguna razón para preocuparse. Simple­
mente ame al Señor. Este amor incluye dentro de sí todo tipo de
devoción por Él. Si usted es una persona que se ha entregado a
Dios y solamente a Él, entonces no tendrá ningún problema para
ver a Jesucristo revelado en la totalidad de su naturaleza. Alguna
parte de la revelación de sí mismo puede ser muy clara; sin embar­
go, otras pueden no serlo.
Acepte a ambas como lo mismo. Cualquiera que ama a Dios
ama todo lo que le pertenece a Él. Se goza en la revelación de Él
que no entiende, así como de la revelación que sí entiende.
Si lo ama, amará todo lo que tenga que ver con Él.

47
Capítulo 9

Entrega y una vida santa

C
uál es el resultado de caminar continuamente delante de
Dios en un estado de entrega? El resultado final es la san-
tidad. Una vez que usted ha hecho parte de su vida esta relación
con Dios, la santidad estará mucho más fácilmente a su alcance.
¿Qué queremos decir con “santidad”? Santidad es algo que
viene de parte de Dios. Si es fiel en el aprendizaje de esta forma
simple de experimentar a su Señor, tomará posesión de Dios. Y a
medida que lo posea, heredará todas sus características. Esta es la
santidad: cuánto más posea a Dios, más se volverá como ÉL*
Pero debe ser una santidad que ha surgido de adentro suyo. Si
la santidad no es del fondo de su ser, solamente es una máscara.
La mera apariencia exterior de santidad es tan posible de cambiar
como una vestimenta. Pero cuando la santidad se produce en us­
ted desde la vida que está en lo profundo de su ser, entonces, esa
santidad es real, duradera y la esencia genuina del Señor. “Toda
gloriosa es la hija del rey en su morada... ” (Salmos 45:13).
¿Cómo, entonces, se logra la santidad?
El cristiano que ha aprendido a entregarse a Jesucristo y
que camina una vida de abandono a Él, practica la santidad en
su más alto grado. Sin embargo, nunca escuchará a una persona
así, afirmar que posee ningún tipo particular de espiritualidad, en

*. Transformación.

49
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

absoluto. ¿Por qué? Porque ese cristiano ha llegado a unirse total­


mente con Dios. Es el mismo Señor que guía a ese creyente a esta
completa práctica de la santidad.
El Señor es muy celoso de cualquier santo que se ha entregado
completamente a Él. No permite que ese creyente tenga absoluta­
mente ningún deleite fuera de ÉL
¿Es la entrega lo único que se necesita para llevarnos hacia
la santidad? No, pero si uno llega a ser fiel seguidor de todo lo
que hemos dicho hasta ahora, la santidad, sin duda, vendrá. Pero
no olvide que el sufrimiento está incluido en la experiencia de la
entrega. Es el fuego del sufrimiento lo que sacará a la luz el oro de
la santidad.
No tema al pensar que no va a querer transitar este camino.
En el nivel de experiencia del cual hablo ahora, existe un deseo
de sufrimiento. Cristianos como estos arden de amor por el Se­
ñor. De hecho, si se les permitiera seguir sus propios deseos, se
pondrían a sí mismos bajo grandes disciplinas, incluso, en una
excesiva autonegación. Una vez que un amor así quema dentro del
corazón de un creyente, este no piensa en nada sino en agradar a
su amado Señor. Comienza a olvidarse de sí mismo. No, mucho
más que eso, por amor del Señor, incluso, se olvida completamen­
te de sí mismo. A medida que su amor por el Señor aumenta, del
mismo modo crece su desprecio por la vida propia.
Deseo que pueda aprender este camino.
Oh, si esta simple forma de orar, esta simple experiencia de
Jesucristo, pudiera ser adquirida por los hijos del Señor, la Iglesia
completa de Dios sería fácilmente reformada.
Esta forma de orar, esta simple relación con el Señor, es muy
adecuada para todos; es tan adecuada para el simple e ignorante,
como para el que ha recibido mucha educación. Esta oración, esta
experiencia que comienza tan sencillamente, tiene como final un
amor totalmente entregado al Señor.

50
Entrega y una vida santa

Sólo se requiere una cosa: amor.


San Agustín dijo: “Ama y haz lo que quieras”. Porque cuando
has aprendido a amar, ya no tienes ni sientes el deseo de hacer
aquellas cosas que podrían ofender a Aquel a quien amas.

51
Capítulo 1 0

La vida puertas adentro

E
n el último capítulo, dijimos como conclusión, que el creyen­
te que está absolutamente enamorado del Señor, ni siquiera
sentirá deseos de aquellas cosas que podrían ofender al objeto de
su afecto. Ahora diré, que es únicamente por el abandono que se
puede alcanzar una victoria total y conquistar sus sentidos y deseos.
¿Por qué es así?
En realidad, la razón es muy obvia. Primeramente, debe en­
tender el funcionamiento de su interioridad. ¿De dónde sacan
energía y vida sus cinco sentidos? De su alma. Su alma es la que
le da vida y energía a los cinco sentidos; y cuando los sentidos se
despiertan, a su vez, estimulan los deseos.
¿Cómo podemos hablar de una victoria total sobre los cinco
sentidos, y las pasiones y el deseo que se despierta a través de ellos?
Si su cuerpo estuviera muerto, no podría sentir, y ciertamente
no tendría deseos. Pero ¿por qué? ¿Por qué el cuerpo no tendría
ningún deseo? Porque estaría desconectado del alma. Por lo tan­
to, permítame repetirle, sus sentimientos y sentidos toman poder
en el alma.
Los cristianos han tratado de encontrar muchas formas de
vencer sus deseos. Tal vez, la forma más común de abordarlos haya
sido la disciplina y la autonegación. Pero, sin importar lo severa
que pueda ser su autonegación, jamás conquistará en forma com­
pleta sus sentidos.

53
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

¡No, la autonegación no es la respuesta!


Aun cuando parezca que dio resultado, lo que la autonegación
ha hecho en realidad, es cambiar únicamente la expresión externa
de esos deseos.
Cuando uno trata con lo externo, lo que hace, en realidad, es
alejar a su alma hacia afuera de su espíritu. Cuando más enfocada
está el alma en estas cosas externas, más se aleja de su centro y ¡su
lugar de descanso! El resultado de este tipo de autonegación es lo
opuesto a lo que buscamos. Desafortunadamente, esto es lo que le
sucede siempre a un creyente cuando vive su vida en la superficie.
Si permanece con los deseos de su naturaleza externa, y no les
presta atención, estos, a su vez, se volverán más y más activos. En
lugar de ser conquistados, obtendrán más poder. Podemos sacar
como conclusión de todo esto, que aunque la autonegación puede
verdaderamente debilitar el cuerpo, jamás le quitará agudeza a los
sentidos.
Entonces, ¿qué esperanza tiene?
Existe una sola forma de conquistar sus cinco sentidos. Esa
forma consiste en volverse a su interior. O, para decirlo de otro
modo, la única manera de conquistar sus cinco sentidos, reside
completamente en volver su alma a lo interior, a su espíritu, allí
donde pueda poseer a un Dios real. Su alma debe volver toda la
atención y energías hacia adentro, ¡no hacia afuera! Hacia adentro,
a Cristo; no hacia afuera, a los sentidos. Cuando su alma se vuelve
hacia adentro, en realidad, se separa de sus sentidos externos; y
una vez que sus cinco sentidos se separan de su alma, no reciben
más ningún tipo de atención. ¡La provisión para continuar vivos
queda eliminada!
Quedan sin poder.
Ahora sigamos el recorrido del alma. Su alma ha aprendido en
este punto a volverse al interior y acercarse a la presencia de Dios.
El alma cada vez más y más se separa del yo. Puede llegar a experi­
mentar una atracción poderosa hacia el interior, para buscar a Dios

54
La vida puertas adentro

en su espíritu, y descubrir que el hombre exterior se vuelve muy


débil. (Algunos pueden sentir cierta inclinación a un desmayo).
Su principal interés, por lo tanto, es la presencia de Jesucris­
to. Su principal interés es habitar continuamente con el Dios que
está en su interior. Entonces, sin pensar particularmente en la auto-
negación o en tener que “dejar de lado las obras de la carne”, ¡Dios
hará que experimente una conquista natural de la carne! Puede es­
tar seguro de lo siguiente: el cristiano que fielmente se abandona a
sí mismo al Señor, pronto también descubrirá que se ha aferrado a
un Dios que no descansará hasta que ¡Él mismo haya conquistado
todo! Su Señor hará morir todo lo que todavía permanece en su
vida y que debe morir.
Entonces, ¿qué se requiere de usted? Todo lo que necesita ha­
cer es permanecer firme prestándole la mayor atención a Dios, El
hará todas las cosas perfectamente. La verdad es que, no todos son
capaces de una autonegación exterior estricta, pero todos pueden
ir hacia su interior y entregarse completamente a Dios.
Es cierto que lo que ve y escucha continuamente está propor­
cionándole nuevos temas a su ya atareada imaginación. Mantiene
a los pensamientos saltando de un tema a otro. Por lo tanto, hay
lugar para la disciplina referente a lo que ve y escucha. Pero, tenga
paz; Dios le enseñará todo acerca de eso. Todo lo que necesita
hacer es seguir al Espíritu del Señor.
Tendrá dos grandes ventajas si procede de la forma que des­
cribí en este capítulo. Primeramente, al retirarse de los objetos
externos, constantemente se acercará a Dios.
Cuanto más cerca esté de Dios, más recibe de su naturaleza.
Cuanto más reciba de su naturaleza, más será atraído a su
poder que lo sostendrá.
En segundo lugar, cuanto más se acerque al Señor, mucho
más se alejará del pecado. Por lo tanto, como ve, simplemente
volviéndose al interior de su espíritu comienza a adquirir el hábito
de estar cerca del Señor y lejos de todo lo demás.

55
Capítulo 11

Hacia el centro

E
n el último capítulo hemos analizado el trato con los sentidos
externos. Esta fue nuestra conclusión: si en algún momento
descubrimos que los deseos se han agitado, podemos hacerlos mo­
rir si nos retiramos hacia el interior, hacia un Dios presente. Cual­
quier otra manera de oponernos a nuestros incansables sentidos,
simplemente los estimularán aun más.
Mientras llega a este nivel más profundo de conocimiento del
Señor, en determinado momento, descubrirá un principio que lla­
maré la ley de la tendencia central.
¿Qué quiero decir con la “ley de la tendencia central”? Mien­
tras persiste en mantener su alma en la profundidad de su ser
interior, ¡descubrirá que Dios tiene una cualidad magnética que
atrae! ¡Su Dios es como un imán!. El Señor naturalmente lo atrae
cada vez más y más hacia Él.
Lo siguiente que notará, es que al moverse hacia el centro, el
Señor también lo purificará de todas las cosas que no son de Él.
Esto está ilustrado en la naturaleza. Observe el océano. El
agua en el océano comienza a evaporarse. A continuación el vapor
comienza a moverse en dirección al Sol. A medida que el vapor
abandona la Tierra, está lleno de impurezas; sin embargo, cuando
asciende, se vuelve cada vez más refinado y puro.
¿Qué hizo el vapor?

57
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Nada. Simplemente permaneció pasivo. ¡La purificación suce­


dió mientras el vapor era atraído a los cielos!
Existe una diferencia entre su alma y esos vapores. Aunque
el vapor solamente puede ser pasivo, usted tiene el privilegio de
cooperar voluntariamente con el Señor, mientras que Él lo lleva
internamente hacia Él.
Cuando su alma se haya vuelto a Dios, el Dios que habita en
su espíritu, descubrirá qué fácil resulta volverse una y otra vez a su
interior. Cuanto más continúe volviéndose al interior, más cerca
estará de Dios y más firme será su dependencia de Él.
Por supuesto, cuanto más cerca sea atraído hacia Dios, más se
alejará de las actividades de su hombre natural. El hombre natu­
ral, seguramente, es lo totalmente opuesto a su atracción interior
hacia Dios. No obstante, llegará un punto cuando finalmente se
habrá afirmado en su constante volver a lo interior. Desde ese
momento, ¡será natural para usted vivir delante del Señor! En el
pasado era natural que usted viviera en la superficie de su ser; aho­
ra será su hábito vivir en el centro de su ser donde habita el Señor.
Permítame recordarle que usted es como los vapores que as­
cienden a los cielos; no debe pensar que por medio de sus es­
fuerzos puede hacer que suceda todo esto. Lo único que puede
hacer, en realidad, lo único que debería intentar hacer, es seguir
retirándose de los objetos externos. Siga alejándose de los objetos
exteriores y vuélvase constantemente hacia el interior de su espíri­
tu. Es muy poco lo que alguna vez pueda hacer, ¡pero hay una cosa
que sí puede hacer! Sí, usted es capaz de cooperar grandemente
con la gracia divina.
Fuera de eso, sin embargo, no hay nada más que pueda hacer
para continuar arraigado más fuertemente de su Señor.
Al comenzar esta empresa, todo esto le puede parecer de al­
guna manera difícil; pero tenga la seguridad de que esta forma de
retirarse hacia lo interior es muy fácil. Progresará espiritualmente
de forma muy natural y sin esfuerzo. Además, esto es porque Dios

58
Hacia el centro

tiene una atracción magnética. Él está en su interior, siempre atra­


yéndolo hacia Él.
Es posible ver este principio en los elementos naturales. El
centro de cualquier cosa siempre ejerce una muy poderosa fuerza
de atracción. Este hecho es más cierto en el ámbito espiritual. Por
un lado, existe una fuerza de atracción en el centro de su ser; es
poderosa e irresistible. Y por otra parte, existe también una muy
fuerte tendencia en cada hombre a reunirse con su centro. No es
solamente que el centro arrastra al objeto lejos de la superficie,
sino que el objeto mismo ¡tiende hacia el centro!
A medida que se perfecciona en Cristo, esta tendencia a ser
atraído al interior, hacia el Señor, se hace más fuerte y activa.
¿Qué puede hacer más lento el proceso de esta tendencia central?
Únicamente algún obstáculo que esté entre el objeto externo
(usted) y el imán interno (Cristo). Tan pronto algo se vuelve hacia
su centro, irá hacia allí muy rápidamente, a menos que encuentre
un impedimento.
Tomemos como ejemplo una piedra. Cuando se le cae una
piedra de la mano, ¿qué sucede? Inmediatamente cae a la tierra
desde donde vino alguna vez. La piedra regresa a su fuente ori­
ginal. Lo mismo sucede con el fuego y el agua. Siempre buscan
retornar a sus centros.
Una vez que su alma comienza a ir hacia el interior, es atraída
por la misma ley de la tendencia central. También cae gradual­
mente hacia su centro apropiado, que es Dios. El alma no necesita
otra fuerza para ser atraída que el peso del amor.
Cuanto más pasivo y reposado permanezca, más rápidamente
avanzará hacia Dios. Cuanto más libre esté de hacer su propio
esfuerzo, más rápidamente se moverá hacia su Señor.
¿Por qué sucede esto? Porque existe una energía divina que
lo atrae. Cuando esta energía divina está completamente libre de
impedimentos, El tiene la completa libertad de atraerlo de la for­
ma que Él quiera.

59
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Jesucristo es el gran imán de su alma, pero únicamente de su


alma. Él no atraerá las impurezas y mezclas que se han incorpora­
do a ella. Cualquiera de esas impurezas impiden el poder comple­
to de atracción del Señor.
Si no hubiera mezcla en su alma, el alma instantáneamente
volaría hacia el Todopoderoso e irresistible Dios, para perderse en
Él. Pero si está cargado con muchas posesiones materiales, o cual­
quier otra cosa, esta atracción se hallará obstaculizada. Muchos
cristianos se aferran a alguna parte de este mundo de su yo, y
presionan con sus manos tan fuertemente, que pasan sus vidas
enteras haciendo progresos hacia el centro que solo tienen el rit­
mo de un caracol.
Gracias a Dios, algunas veces su Señor desde su infinito amor,
golpea violentamente la carga que tiene en su mano. Es entonces,
cuando usted se da cuenta hasta dónde ha tenido impedimentos y
cuánto se ha retrasado. Amado cristiano, solamente permita que
todo caiga. ¿Cómo? Simplemente quite sus manos del yo; retire
sus manos de cualquier otra persona y cosas. Por supuesto que
hacer esto es un gran sacrificio. Hasta podría ser llamado una
“crucifixión”. Pero quedará asombrado al descubrir ¡que existe un
espacio muy reducido entre su sacrificio y su resurrección!
¿Es correcto para el alma quedarse tan completamente pasiva?
Algunos parecen sentir que, de acuerdo a lo que he expresado,
se requiere que el alma muera, que quede como algunos objetos
inanimados, antes de que Dios haga su voluntad en ella. En reali­
dad, lo que es cierto, es exactamente lo opuesto.
El principal elemento del alma es la voluntad, y ésta debe desear
ser neutral y pasiva, y esperar enteramente en Dios. ¿Podría ser po­
sible que vea que esta condición de extrema pasividad, este estado
de no hacer nada y esperar en Dios, es en realidad, la más alta acti­
vidad de la voluntad? Escuche a su alma decir: “Deseo con todo el
poder de mi ser que la voluntad de Dios se cumpla en mi interior.

60
Hacia el centro

Deseo estar aquí, sin ningún tipo de actividad ni poder, para que
Dios pueda cumplir su deseo de poseerme completamente”.
Cuando el alma ha hecho esto, en realidad, ha ejercido la más
alta acción posible de la voluntad. El alma ha tomado la acción de
rendirse totalmente a otra voluntad: ¡la divina!
Por lo tanto, amado lector, preste toda su atención para apren­
der a volverse a su interior y habitar en su espíritu. No se desalien­
te por ninguna dificultad que pueda haber encontrado hasta aquí.
Antes de que pase mucho tiempo, Dios le dará abundante gracia,
y todo esto le resultará fácil.
Solamente agregaré una advertencia. Debe retirar con toda
fidelidad y humildad su corazón de toda distracción y ocupación
externa. Debe formar el hábito de volver continuamente a Dios,
que es su centro, con apacible y tierno amor.

61
Capítulo 12

Oración continua

S
i se mantiene fiel en aquellas cosas que hemos considerado
hasta este momento, quedará sorprendido al sentir que el Se­
ñor gradualmente tomará posesión de la totalidad de su ser. Me
gustaría recordarle que este libro no fue escrito para su deleite.
Ni tampoco presenta, simplemente, algún método de oración. El
propósito de este libro es ofrecer una forma en la cual el Señor
Jesús pueda tomar posesión completa de usted.
A medida que el Señor comience gradualmente a hacer esto,
a tomar completa posesión de usted, comenzará a disfrutar de un
sentido de su presencia. Encontrará que este sentido de la pre­
sencia del Señor se volverá algo sumamente natural para usted.
Ambas, la oración con la cual comenzó primeramente y el sentido
de su presencia que viene con esa oración, llegarán a ser, en determi­
nado momento, una parte normal de su experiencia diaria.
Una serenidad inusual y quietud se extenderá gradualmente
sobre su alma. Su oración completa, su experiencia completa, co­
menzará a ingresar en un nuevo nivel.
¿Cuál es ese nuevo nivel? La oración. La oración que consiste
en silencio. Y mientras se encuentra en ese silencio, Dios derrama
hacia su interior un amor profundo, íntimo. Esta es una experien­
cia de amor que llenará y permeará la totalidad de su ser. No existe
manera de describir esta experiencia, este encuentro.

63
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Solamente diré que este amor que el Señor derrama en la pro­


fundidad de su ser, es el comienzo de una indescriptible bendición.
Desearía, si fuera posible, contarle en este pequeño libro, al­
guno de los niveles de experiencias permanentes que puede tener
con el Señor, que surgen de este encuentro con Dios. Pero debo
recordarle que este pequeño libro fue escrito para principiantes.
Por lo tanto, confío que en un futuro podré relatarle esas expe­
riencias aun más profundas.
Sin embargo, existe algo que me gustaría decir: cuando viene
al Señor, gradualmente aprende a tener una mente quieta delante
de Él. Una de las cosas más importantes que puede hacer es de­
tener todo esfuerzo personal. De este modo, Dios mismo puede
actuar por sí solo. Fue el salmista, al hablar con el Señor, que dijo:
“Estad quietos, y conoced que yo soy Dios...” (Salmo 46:10).
Este versículo le proporciona un conocimiento sobre su pro­
pia mente. La naturaleza de su ser llega a estar tan agradablemen­
te adherida a sus propios esfuerzos que, simplemente, no puede
creer que algo pueda suceder dentro de su espíritu. A menos que
la mente pueda sentir y entender, se negará a creer que el espíritu
tenga una experiencia.
La razón de que algunas veces no puede sentir que Dios obra
en su interior, es que la obra está dentro del ámbito del espíritu
y no del de la mente. Algunas veces los procedimientos de Dios
en usted son bastante rápidos y, sin embargo, la mente ni siquiera
se da cuenta de que usted progresa. Los procedimientos de Dios
en su interior, que van siempre en aumento más y más cada vez,
absorben los procedimientos de su yo.
Permítame ilustrar esto.
Durante la noche, las estrellas brillan resplandecientes, pero ape­
nas el Sol comienza a salir, las estrellas desaparecen gradualmente.
En realidad, las estrellas aún están allí; no han dejado de bri­
llar; pero el Sol al ser más brillante impide que las veas. Lo mismo
sucede en los temas espirituales. Existe una luz fuerte y universal

64
Oración continua

que absorbe todas las otras luces más pequeñas de su alma. Las
luces menores de su alma van apagándose, y llegado el momento,
desaparecen bajo la poderosa luz de su Espíritu. La actividad de su
yo ya no se puede distinguir ni observar más.
El esfuerzo propio desaparece en el obrar de Dios.
Algunas veces surge la pregunta: “¿No es este tipo de expe­
riencia de oración algo inactivo?”. La pregunta ni siquiera apare­
cería si estuviera precedida por la experiencia. Si usted hace algún
tipo de esfuerzo para obtener esta experiencia de oración, esta
experiencia más profunda con Jesucristo, estará iluminado y en­
tenderá lo que se refiere al estado de su alma. No, el alma no está
inactiva, al menos no por causa de vacío o carencia, sino que se ha
aquietado por causa de la gran abundancia.
El cristiano que se ha apropiado de este encuentro lo enten­
derá y reconocerá que este silencio ¡es rico, completo y vivo! ¡Este
silencio surge desde un depósito de abundancia!
Como ve, hay dos tipos de personas que se mantienen en si­
lencio. La primera es aquella que no tiene nada que decir, y la
otra es aquella que tiene demasiado para decir. En el caso de este
encuentro más profundo con el Señor, el segundo caso es cierto.
El silencio se produce por el exceso, no por la carencia. Morir de
sed es una cosa; ahogarse es otra muy distinta. Aunque el agua es
la que causa las dos: una es por falta de agua y la otra es porque
hay demasiada, lo que da como resultado la muerte.
Esta experiencia con Cristo tiene su comienzo en una forma
simple de orar. Sin embargo, gradualmente, sigue adelante par­
tiendo desde allí.
La experiencia se profundiza hasta que la plenitud de la gra­
cia aquieta completamente la actividad del yo. Por lo tanto, verá
por qué es de enorme importancia que se mantenga lo más quie­
to posible.
¿Me permite ilustrar esto nuevamente? Cuando nace un bebé,
saca la leche del pecho materno moviendo sus labios. Sin embargo,

65
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

una vez que la leche comienza a fluir, el niño, simplemente, la tra­


ga sin hacer ningún esfuerzo más. Si el bebé persiste en su esfuerzo
se dañará, derramará la leche y tendrá que dejar de tomar.
Esta debe ser su actitud en la oración. Debe actuar del mis­
mo modo, especialmente al comienzo. Tome todo suavemente.
Pero a medida que Él fluya desde su espíritu a su alma, cese toda
actividad.
¿Cómo comenzar? Debe mover sus labios y estimular sus afec­
tos por amor al Señor. Tan pronto la leche del amor divino fluya
libremente, quédese quieto, no haga nada. Más bien, muy simple
y suavemente, aprópiese de esa gracia y amor. Cuando esta gracia,
este sentido del amor del Señor, deja de fluir, es tiempo una vez
más de estimular sus afectos hacia Él. ¿Cómo? Tal como lo hace
un infante: moviendo sus labios.
Todo este tiempo permanezca muy quieto. Si presenta su ser
ante el Señor de otra manera, no obtendrá el mejor uso de esta
gracia. Como ve, sentir la presencia del Señor ha sido algo otor­
gado por el Señor, con el propósito de atraerlo hacia una reposada
experiencia de amor. No es necesario decir que su presencia no le
fue dada para que usted estimule la actividad de su yo.
Volvamos a la ilustración del bebé que es alimentado.
Digamos que el bebé ha bebido suavemente de la leche y lo
ha hecho sin ningún esfuerzo. ¿Qué sucede ahora? Deberá admitir
que a todos nos cuesta creer que podemos recibir nutrición en una
forma tan pasiva, como el bebé recibe la suya. Y sin embargo, mire
al bebé: cuánto más pacíficamente se alimenta, mejor prospera.
Por lo tanto, nuevamente haré la pregunta: ¿Qué pasa con el bebé
luego de que ha comido? Se duerme en el regazo de la madre.
Lo mismo es con su alma. Cuando el cristiano se ha calmado y
aquietado en oración, frecuentemente cae en una especie de sue­
ño místico; o para decirlo de otra manera, los poderes de su alma
están completamente en descanso.
Oración continua

Es aquí, en este punto, donde usted comienza a ser introduci­


do en un nivel más profundo de experiencia.
Ahora, el cristiano comienza a transitar por una experiencia de
completo descanso delante del Señor. La mente está en descanso;
el alma está en descanso; el ser completo ha llegado a una calma
suave, quieta y pacífica delante del Señor. Nada lo molesta. Al
principio experimentará esto, sólo ocasionalmente, pero con el
tiempo su alma comenzará a hacerlo con frecuencia.
Tenga la seguridad de esto: Su alma será llevada a esta expe­
riencia sin esfuerzo, sin dificultad y sin haber adquirido ninguna
habilidad. Y todo lo que tiene que hacer es continuar con el Señor
cada día, esperándolo para profundizar su experiencia.
Demos una mirada más atenta a lo que hemos dicho recién.
La vida interior, es decir, la vida íntima del espíritu, no es un
lugar que se toma por la fuerza o con violencia. Ese reino interior,
ese ámbito interno, es un lugar de paz. Solamente se puede con­
seguir por amor.
Si solamente usted persiste en la senda que le he señalado
hasta ahora, será guiado hasta este quieto lugar de descanso.
Y más allá de este descanso hay, incluso, otra experiencia: la
de la oración continua.
Cuando hablamos de oración continua, nos referimos a la
oración que se origina en el interior. Se origina allí y opera, para
llenar y permear su ser completo. Este no es un asunto difícil. En
realidad, Dios no nos demanda nada extraordinario. Por el contra­
rio, a Él le agrada mucho una conducta simple, de niño.
Me gustaría decirlo de la siguiente manera: Los logros espi­
rituales más altos, en realidad, son aquellos que se alcanzan con
mayor facilidad. Las cosas que son más importantes ¡son las me­
nos difíciles!
Una vez más podemos ilustrarlo en la naturaleza.
Digamos que usted quiere llegar al mar. ¿Cómo lo hará? No
necesita hacer nada excepto esto: embarcarse en un río. Llegado

67
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

el momento, llegará al mar sin ninguna dificultad, sin ningún es­


fuerzo personal.
Ahora bien, ¿le gustaría ir hacia la profundidad de Dios? En­
tonces, vuelva a los primeros pensamientos que hemos presentado
al comienzo de este pequeño libro. Siga este dulce y simple cami­
no. Persista en él y a su tiempo llegará al objeto deseado. Llegará
a Dios y lo hará a una velocidad jamás imaginada.
Entonces, ¿qué falta? ¡Nada! Sólo necesita hacer un único es­
fuerzo: probar.
Si hace ese esfuerzo inicial, descubrirá que lo que he dicho,
realmente, es demasiado pequeño para expresar el descubrimien­
to que le espera adelante. Su propia experiencia con Jesucristo lo
llevará infinitamente más allá, incluso, de este nivel.
¿A que le puede temer? Amado hijo de Dios, ¿por qué no se
lanza instantáneamente en los brazos del Amor?
La única razón por la que Él extendió esos brazos sobre la cruz
fue para poder abrazarlo. Dígame, ¿qué riesgo posible existe en
depender solamente de Dios? ¿Qué riesgo corre al entregarse a sí
mismo completamente a Él? El Señor no lo engañará (es decir, a
menos que sea para investirlo de una abundancia más grande de
la que jamás se haya imaginado).
Sin embargo, aquellos que esperan todas estas cosas de parte
del Señor por medio de su esfuerzo personal escucharán al Señor
reprenderlos: “En la multitud de tus caminos te cansaste, pero no di­
jiste: No hay remedio; hallaste nuevo vigor en tu mano, por tanto, no
te desalentaste” (Isaías 57:10).
CAPÍTULO13

Abundancia

E
n el último capítulo hablamos de entrar a un nivel mucho
más profundo de experiencia con Jesús.
En el mismo punto de partida de este recorrido, descubrió
que la única preparación necesaria era una quieta espera delante
de Dios. Lo mismo sucede en este nuevo nivel de experiencia. Esta
experiencia ya no es más excepcional, ni ocasional; gradualmente
se transformará en su experiencia diaria. La presencia de Dios co­
menzará a derramarse en su interior. Llegado el momento preciso,
será suya casi sin interrupción.
En el comienzo, usted era llevado a la presencia de Dios por
medio de la oración; pero ahora, como la oración continúa, es la
oración la que, en realidad, se transforma en su presencia. De he­
cho, ya no podemos decir más que es una oración que continúa.
Realmente es su presencia la que continúa con usted. Esto va más
allá de la oración. Ahora, una bendición celestial es suya. Empieza
a descubrir que Dios está más íntimamente presente para usted
que usted mismo, y comienza a tener una gran conciencia de la
presencia del Señor.
He dicho anteriormente respecto a cada una de estas experien­
cias con el Señor, que la única forma de encontrarlo a Él es yendo
hacia el interior. Es allí, y únicamente allí, que podrá encontrarlo.
Ahora, descubrirá que tan pronto como cierra sus ojos, la oración
lo envuelve. Se asombrará de que Él lo haya bendecido tanto.

69
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Por lo tanto es en este punto que es apropiado introducirlo a


otra experiencia; una experiencia que sucede en lo profundo de
su ser.
Ha nacido en su interior una conversación interna con Dios.
Esta conversación es sumamente deleitosa, y lo más asombroso
de ella es que ninguna circunstancia externa la puede interrumpir.
¡Ahora puede ver cuán lejos esa simple oración que ha co­
menzado lo puede llevar! Se puede decir lo mismo de la “oración
de simpleza”, que lo que se decía de la sabiduría: “Todas las cosas
buenas vienen con ella” (Apócrifos).
Y también lo mismo se puede decir de esta experiencia más
profunda con el Señor. La santidad fluye tan dulce y fácilmente
desde el interior del creyente que ha avanzado hasta aquí que,
incluso, pareciera que es su misma naturaleza la que se derrama
con tanta dulzura y suavidad. La fuente de agua viva dentro del
espíritu salta con abundancia, y produce todo tipo de bondades.
¿Y qué sucede con el pecado? Llegado a este punto, parece es­
tar tan lejos del creyente, que el creyente apenas si está consciente
del mismo.
Cuando ha entrado a este ámbito más profundo de la expe­
riencia con Jesucristo, ¿cuál debería ser su respuesta a las circuns­
tancias, a los sucesos externos? Simplemente, permanecer fiel en
este estado. Quedarse quieto delante del Señor. Dejar que este
descanso simple, tranquilo en Él, siempre sea su preparación para
todo. Debe tener esto en mente: Su único propósito es ser lleno
hasta rebosar de la divina presencia de Jesucristo y, en lo más pro­
fundo de su ser, estar preparado para recibir de Él cualquier cosa
que Él elija otorgarle.

70
C a p í t u lo 14

Silencio

E
l punto al que este recorrido nos ha llevado es hacia un estado
de silencio y de oración continua.
Volvamos un poco hacia atrás y miremos con más detenimien­
to este asunto del silencio. ¿Por qué, por ejemplo, es tan impor­
tante mantenerse en silencio delante del Señor en el momento en
que venimos ante Él? En primer lugar, porque nuestra naturaleza
caída es opuesta a la naturaleza de Dios. Las dos son totalmente
distintas. En segundo lugar, Jesucristo es La Palabra, La Palabra que
habla. Él puede hablar, ¡puede ser escuchado! Pero para que usted
pueda recibir La Palabra (Jesucristo) es su naturaleza la que debe
cambiar para corresponderse con la de Él.
Permítame ilustrarlo un poco más.
Considere el acto de escuchar. Escuchar es una facultad pasi­
va. Si alguna vez quiere escuchar algo, debe prestar un oído pasivo.
Jesucristo es La Palabra Eterna. Él, y únicamente Él, es la
fuente de una nueva vida para usted. Para que pueda tener una
nueva vida, Él debe estar comunicado con usted. Él puede ha­
blar. Puede comunicar. Puede impartir una nueva vida. Y cuando
desea hablarle, Él demanda que le preste la más completa aten­
ción a su voz.
Ahora puede ver por qué La Escritura con tanta frecuencia lo
alienta a escuchar, a estar atento a la voz de Dios.

71
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Estad atentos a mí, pueblo mío, y


oídme, nación mía; porque de mí saldrá
la ley, y mi justicia para luz de
los pueblos.
—Isaías 51:4

Oídme, oh casa de Jacob, y todo el


resto de la casa de Israel, los que sois
traídos por mí desde el vientre, los que
sois llevados desde la matriz.
—Isaías 46:3

Oye, hija, y mira, e inclina tu oído;


Olvida tu pueblo, y la casa de tu padre;
Y deseará el rey tu hermosura;
E inclínate a él, porque él es tu Señor.
—Salmo 45:10-11

Así es como se comienza a adquirir este hábito del silencio.


En primer lugar, olvídese de usted mismo. Es decir, deje a un lado
todo interés personal.
En segundo lugar, escuche atentamente a Dios.
Estas dos simples acciones, gradualmente, comenzarán a pro­
ducir en usted más amor por esa belleza ¡que es el Señor Jesús!
Esta belleza será tallada en su interior por Él.
Una cosa más. Trate de encontrar un lugar tranquilo. El si­
lencio exterior desarrolla el silencio interior; y el silencio exterior
mejora el interior a medida que pone raíces en su vida.
Es imposible que usted realmente vaya a su interior, es decir,
viva en su ser más íntimo donde vive Cristo, sin amar el silencio
y el retirarse.
Oseas lo dijo bien:

72
Silencio

. . . l a llevaré al desierto,
y hablaré a su corazón.
— Oseas 2:14

Tendrá su interior completamente ocupado con Dios. Por su­


puesto, esto es imposible si, al mismo tiempo, está exteriormente
atareado con miles de pequeñas distracciones.
El Señor está en el centro de su ser; por lo tanto, Él debe trans­
formarse en el centro de su ser.
¿Qué debe hacer cuando es arrastrado lejos de su centro, que
es Dios? Sin importar lo que lo aleja, sea debilidad o falta de fe,
debe inmediatamente volver a su centro.
Esté listo para volver, una y otra vez, no importa con cuánta
frecuencia sea alejado. Esté listo a repetir este regreso con tanta
frecuencia como le sucedan las distracciones.
No es suficiente volverse al interior, a su Señor, una hora o dos
por día. Tiene poco valor volverse al interior, al Señor, a menos
que el fin produzca como resultado una unción y un espíritu de
oración que continúe con usted durante todo el día.

73
CA P í T U L O 1 5

Una nueva mirada a la


confesión de pecados

D
ónde se ubica adecuadamente la confesión y el examen
de la vida de un cristiano en lo que se refiere al pecado,
cuando seguimos este recorrido? ¿Cómo tratar con estos impor­
tantes asuntos? Tomemos este capítulo para abrir una perspectiva
más clara, superior del autoexamen y la confesión de pecado.
Se enseña comúnmente que el autoexamen es algo que debe
preceder siempre a la confesión de los pecados. Aunque esto pue­
da ser correcto, la forma de autoexaminarse está dictada por el
nivel de su experiencia cristiana.
Le recomendaría a un cristiano cuyo estado espiritual real­
mente ha avanzado al nivel que se describió en ios capítulos pre­
cedentes, que cuando venga al Señor, en lo referido al pecado
y la confesión, haga lo siguiente: ponga el alma entera abierta
delante de Dios. Puede estar seguro de que el Señor no dejará de
iluminarlo en lo que concierne a su pecado. Su Señor resplande­
cerá como una luz en su ser; y a través de su brillo, le permitirá
ver la naturaleza de todas sus faltas.
Podría decir que cuando esta luz brillante, que es Cristo mis­
mo, brilla en usted y sobre usted, se halla bajo examen. Dios le
hace un examen cuando sucede esto. Dado que es su Señor el que

75
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

hace esto, y nadie más, usted simplemente debe permanecer pací­


fico y en calma delante de Él, mientras que realiza esta exposición.
Dependa de su Señor, no de usted mismo, para que Él expon­
ga su pecado y le muestre la magnitud que tiene.
Por favor, entienda esta realidad: no es su diligencia, no es lo
que usted examina de sí mismo lo que traerá luz sobre su pecado.
Sólo Dios puede revelarle todo.
Como verá, si trata de hacer usted el examen, existe una gran
probabilidad de que se engañe a sí mismo. Nunca se permitirá ver
realmente cuál es su verdadero estado. Esta es una simple realidad
de la naturaleza de su amor propio. “¡Ay de los que a lo malo dicen
bueno, y a lo bueno malo...!” (Isaías 5:20).
¡Pero no es así cuando uno viene al Señor! Él es ¡tan minu­
cioso, exacto y exigente! Delante de Él, se hallará en exposición
completa ante el Sol de Justicia. Sus rayos divinos hacen visibles
hasta las más pequeñas faltas. La forma apropiada de tratar con
el pecado se vuelve muy evidente. Debe entregarse en las manos
de Dios, tanto para el examen de su ser como para la confesión
de sus pecados.
Un cristiano no inicia su experiencia espiritual con el Señor en
este nivel que acabo de describir. Pero, por otra parte, a través de
esta “oración de simpleza”, puede, a su tiempo, llegar a este nivel.
Una vez que ha establecido una relación así con su Señor,
pronto descubrirá que ninguna falta que cometa se escapará de la
reprobación de Dios. Por ejemplo, tan pronto cometa un pecado,
inmediatamente lo reprenderá un sentir interno. Será un tipo de
ardor profundo, interno.
Una tierna perturbación. Como ve, todas las cosas están ex­
puestas bajo la mirada penetrante de su Señor. Él no permitirá
ningún pecado escondido o encubierto.
En cuanto a usted, cuando el Señor haya establecido firme­
mente esta relación, sentirá que Él lo descubrirá tan completamen­
te, todas las veces, que cuando su luz se concentre en el pecado de

76
Una nueva mirada a la confesión de pecados

su vida, le quedará un solo curso para seguir: lo único que podrá


hacer es volverse con toda sencillez a Él, y allí aceptar todo el dolor
y la corrección que Él le imponga.
Continúe esta experiencia con el Señor. Luego de un período
de tiempo de experimentarla, el Señor se transformará cada vez
más y más en el constante examinador de su alma. No será usted
examinándose a sí mismo, ni sucederá por épocas. Será el Señor y
ocurrirá constantemente.
Si se mantiene con toda fidelidad, entregándose al Señor de
esta manera, llegará a darse cuenta de que la luz divina de su Se­
ñor, realmente, puede revelar su corazón mucho más efectivamen­
te que lo que todos sus esfuerzos pudieron hacer jamás.
Ahora, vayamos un poco más adelante y consideremos la con­
fesión de pecado.
Existe una comprensión mucho mayor que lo espera y una
experiencia superior de confesión y arrepentimiento. Si verdade­
ramente desea caminar estos senderos, debe estar consciente de
algo que, por lo general, no se comprende bien acerca de la con­
fesión de pecado.
En el pasado cuando confesó sus pecados al Señor, ha sentido
tristeza por eso, ¿verdad?
Existe una experiencia mayor de arrepentimiento y una más
profunda confesión de pecado que la de sentirse apenado. De he­
cho, descubrirá que esos sentimientos de aflicción son reemplaza­
dos por otra cosa: amor y tranquilidad. Ese amor y esa tranquilidad
suavemente saturarán su alma y una vez que esté completamente
saturada, tomarán completa posesión de ella.
¿Un arrepentimiento dulce? ¿Una confesión de pecado que
trae amor y tranquilidad? Si nunca se instruyó en esos temas, na­
turalmente deseará resistir este amor. En lugar de eso, tendrá la
natural inclinación humana de intentar producir una actitud ape­
nada, contrita ante Dios.

77
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Con frecuencia se le ha dicho que un corazón apenado, con­


trito a causa de sus pecados, es algo que agrada mucho a Dios.
Esto es verdad.
Pero considere lo siguiente: intentar por sus propios esfuerzos
producir un corazón contrito le hace perder el genuino arrepenti­
miento. ¿Qué es un genuino arrepentimiento? ¿Ha tenido alguna
vez una experiencia real, genuina de arrepentimiento? Trate de
recordar. ¿No era un profundo sentimiento de amor el que se de­
rramaba en su interior?
Es ese amor, es esa profunda sensación de amor en su inte­
rior, la que es mucho más pura y una expresión mayor de arre­
pentimiento; mucho mayor que cualquier otra cosa que pudiera
producir por su propio esfuerzo. Este amor toma todos los otros
sentimientos de arrepentimiento, los resume en uno, y expresa la
totalidad de ellos mucho más perfectamente que si cada parte del
arrepentimiento fuera expresada de manera individual al Señor.
Una vez que el Señor ha establecido esta relación en su vida,
no será necesario que se preocupe de producir sus sentimientos
por su pecado. Dios forjará su expresión de arrepentimiento en
usted en una forma pura.
Dios odia al pecado, y experimentar un arrepentimiento que
viene completamente de su parte lo llevará a odiar al pecado tal
como Él lo odia.
Amado lector, no esté ansioso ni dispuesto a la acción. El
amor más puro que jamás pueda conocer es el que le llega cuando
el Señor obra en su alma. Entonces, déjelo obrar a Él. Permanezca
en el lugar que Él le asigne. Acepte la instrucción de un hombre
muy sabio que dijo:

Deposite su confianza en Dios; permanezca


quieto en el lugar que Él lo puso.
—Apócrifo

78
Una nueva mirada a la confesión de pecados

A medida que camine en la experiencia que acabamos de des­


cribir, observará algo. ¡Se asombrará de lo difícil que le resultará
recordar sus pecados! ¿Olvidar sus pecados? ¿Es apropiado? ¡Sí! Y
una experiencia así no tiene por qué incomodarlo. Verá que olvidar
sus pecados es una prueba de que ha quedado limpio.
Es bueno haber olvidado sus pecados. Es mejor que olvide
cualquier cosa que lo preocupe porque, de esa manera, únicamente
se acordará de Dios.
Recuerde lo que fue presentado en este capítulo, es una ex­
periencia mayor de confesión y más profunda de arrepentimiento;
sin embargo, puede estar absolutamente seguro de que a medida
de que experimente al Señor así, El no permitirá que sus pecados
pasen sin exponerlos. Por otra parte, si es usted el que hace la
exposición, muchos de ellos podrían quedar ocultos. ¡No es así
cuando el Señor lo examina! A diferencia de usted, Él traerá todas
sus faltas a la luz. Por lo tanto, déjele a Dios el examen. Descu­
brirá que su corazón es revelado mucho más que si es usted quien
intenta hacerlo por medio de sus propios esfuerzos.
Amado lector, esto debe quedar claro: estas instrucciones no
se pueden aplicar a un cristiano, mientras que su nivel de expe­
riencia está con el alma en un estado activo. Estas instrucciones no
son para el alma que aún está activa. En ese nivel de experiencia
está absolutamente bien, y es necesario, que el alma por sí misma
se esfuerce en tratar con el pecado.
El alma de un cristiano se esfuerza a sí misma en proporción
al lugar en que se encuentra en su progreso espiritual. Cuanto más
avanza el alma hacia su centro, es decir, cuando más se aleja de la
superficie, menos se esforzará por sí misma. (Esto es así al tratar
con el pecado, la confesión de pecado y en todos los otros aspectos
de la vida también).
Cuando llegue a este nivel mucho más avanzado, le exhorto,
más allá de sus circunstancias, a comenzar todos sus intentos para
llegar ante el Señor a través de una simple y serena espera ante Él.

79
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Al hacerlo, permita que Él actúe libremente en su interior. Él


jamás podría ser recibido de una mejor manera que por Él mismo.

80
Capítulo 1 6

La escritura

E
n los últimos capítulos hemos analizado una experiencia
más profunda con Cristo, y en el último capítulo considera­
mos cómo tratar con los pecados y la confesión. Ahora, conside­
remos qué otras experiencias con Cristo le esperan a medida que
esa experiencia con Él se profundiza más.
Tomemos, en primer lugar, La Escritura. ¿Existe un uso más
profundo que se pueda hacer de La Escritura que el que fue men­
cionado hasta ahora?
Recuerde, por favor, de un capítulo anterior, que leer La Es­
critura es un camino hacia la oración. Recuerde, también, que lo
que usted lee puede llegar a transformarse en oración. ¿Existe to­
davía algo más que La Escritura pueda proporcionar? Sí, se puede
usar La Escritura en una forma, incluso, más refinada de la que se
ha mencionado antes. Consideremos ese camino. Daré una breve
descripción práctica.
En primer lugar, llegue ante el Señor y comience a leer. De­
tenga la lectura tan pronto como se sienta atraído por su ser in­
terior. Deje de leer cuando sienta que el Señor lo atrae hacia el
interior de Él mismo. Ahora, simplemente permanezca en quie­
tud. Quédese allí por un tiempo. Luego, momentáneamente,
continúe con la lectura; pero lea sólo un poco. Siempre pare de
leer cada vez que sienta que una atracción divina lo lleva aún más
hacia lo profundo de su ser.

81
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

¿Qué puede esperar después de este estado?


De tanto en tanto comenzará a tener un estado de silencio in­
terior. ¿Cuál debe ser su respuesta a una experiencia así? Una de
las cosas que debe hacer es la siguiente: ya no se obligue más a
tener oraciones habladas (en este momento orar en voz alta, o
de cualquiera de las formas convencionales, lo alejará de una ex­
periencia interior y lo llevará nuevamente a una oración externa,
superficial).
Va a ser atraído al silencio, por lo tanto, no existe ninguna
razón para forzarse usted mismo a hablar.
Pero, si no habla, ¿qué deberá hacer? ¡Nada! ¡Simplemente
entréguese a esa atracción que lo lleva a su interior! Ríndase al
llamado de su espíritu. Su espíritu lo atraerá a las profundidades
de su ser interior.
Una palabra más.
Durante todo el tiempo en que tenga esta experiencia de Cris­
to, lo más sabio que puede hacer es alejarse de cualquier forma
preestablecida, patrón, o manera. En lugar de eso, ríndase comple­
tamente a la dirección del Espíritu Santo.
Cuando sigue a su espíritu, cada encuentro que tiene con el
Señor es perfecto... sin importar cómo sea ese encuentro.

82
C A P í T U L O 17

¿Pedidos en la oración?

A
medida que continúe en esta aventura con Cristo, que co­
menzó bajo la forma simple de la oración, descubrirá que lo
espera otra experiencia, y es esta: no se sorprenda demasiado si
descubre que ya no puede elevar más oraciones de petición.
Puede ser que descubra que las oraciones de petición se vuel­
ven difíciles de hacer. Sí, es verdad que en el pasado usted elevaba
peticiones y súplicas con toda facilidad. Hasta ahora, orar de esa
forma nunca fue difícil. Pero en esta nueva relación con su Señor,
¡es el Espíritu el que ora! Y a medida que el Espíritu ora, Él lo
ayuda en su debilidad. Intercede por usted. Y Él es quien ora de
acuerdo a la voluntad de Dios.

... pues qué hemos de pedir como conviene,


no lo sabemos, pero el Espíritu mismo
intercede por nosotros con gemidos indecibles.
— Romanos 8:26

Existe su voluntad, existe la voluntad de Dios. Existe su plan,


existe el plan de Dios. Existe la oración que usted hace, existe la
oración de Él. Usted debe concordar con los planes de Dios. Él
quita todos sus esfuerzos y trabajos y los sustituye por los de Él.
Por lo tanto, ríndase. Permita que Dios haga en su interior lo
que Él desee.

83
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

En sus oraciones, que El ora, también está su voluntad. Deje


que El ore. Deje de lado sus propias oraciones, sus propios deseos
y sus propios pedidos. Sí, usted tiene una voluntad; sí, tiene de­
seos y pedidos. No obstante, deje que Él tenga la voluntad y el
deseo que está en las oraciones que El ora.
Pero esta relación avanza más hacia lo profundo.
Con el fin de que Dios haga aquello que se encuentra en su
oración, usted, que es el que ora, debe abandonar el apego a todas
las cosas. Esto significa que debe vivir una vida ¡en la cual no exista
nada que desee! No se apegue a nada, sin importar lo bueno que
sea o parezca ser.

84
Capítulo 1 8

Distracciones

A
hora que ya hemos explorado algunos de los encuentros
que tendrá durante esta aventura, algunas de las cosas que
el Señor le presentará y otras que le demandará, apartemos este
capítulo para considerar un asunto práctico. Como ha leído en ca­
pítulos previos, habrá distracciones, especialmente al comenzar. Y
durante algún tiempo después, su mente se distraerá de la oración.
Consideremos brevemente este problema.
¿Qué hacer con aquellas cosas que lo distraen? ¿Cómo ma­
nejar aquello que más lo aleja de su ser interior? Si peca (o aun si
solamente se trata de una distracción por alguna de las circunstan­
cias que lo rodean), ¿qué debe hacer?
Debe volver inmediatamente al interior de su espíritu.
Una vez que se ha alejado de Dios, debe regresar a Él tan
rápidamente como le sea posible. Allí, nuevamente con Él, reciba
cualquier reprimenda que Él decida imponerle.
Pero aquí hay algo por lo cual debemos ser sumamente cui­
dadosos: no se desespere si su mente se aleja por las distracciones.
Siempre evite ponerse ansioso por sus fallas. En primer lugar, una
distracción así agita su alma y lo distrae de los asuntos interio­
res hacia los exteriores. En segundo lugar, su aflicción, realmente,
surge de una raíz secreta de orgullo. Lo que experimenta es, en
realidad, amor por su propio valor.

85
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Para decirlo de otra manera, simplemente está herido e irrita­


do al ver quién es usted realmente.
Si el Señor es tan misericordioso como para darle un verdade­
ro espíritu de humildad, no se sorprenderá ante sus fallas, fracasos
ni aun de su propia naturaleza esencial.
Cuanto más claramente vea su verdadero ser, con más cla­
ridad también verá cuán miserable es, en realidad, la naturaleza
de su ser, y entonces, abandonará su ser por entero a Dios. Al ver
que tiene una necesidad tan desesperada de Él, se esforzará para
mantener una relación más íntima con Él.
Esa es la forma que deberá caminar, tal como el mismo Señor
dijo:

Te haré entender, y te enseñaré


el camino en que debes andar;
Sobre ti fijaré mis ojos.
—Salmo 32:8

86
Capítulo 1 9

Tentación

L
as tentaciones, tanto como las distracciones, son un gran pro­
blema que encontrará al comenzar su aventura hacia Dios,
Sea muy cuidadoso en la actitud que tome hacia ellas. Si intenta
luchar directamente con esas tentaciones, lo único que logrará es
fortalecerlas y, en el proceso de esta lucha, su alma será arrastrada
alejándose de esta relación íntima con el Señor.
Como ve, una relación estrecha, íntima con Cristo siempre debe­
ría ser el único propósito de su alma. Por lo tanto, cuando se sienta
tentado a pecar o atender a las distracciones externas, en el momen­
to, lugar o provocación que sea, simplemente aléjese de ese pecado.
Y al regresar, acérquese a su Señor.
Es así de simple.
¿Qué hace un niño cuando ve algo que lo asusta o confunde?
No intenta quedarse y pelear contra eso. En realidad, casi ni mira
lo que lo asusta. Más bien, el niño rápidamente corre a los brazos
de su madre. Allí, en aquellos brazos, está a salvo.
Exactamente de la misma forma, debe alejarse de los peligros
de la tentación ¡y correr a su Dios!

Dios está en medio de ella; no será conmovida.


Dios la ayudará al clarear la mañana.
— Salmo 46:5

87
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Usted y yo somos muy débiles. En el mejor de los casos somos


muy débiles. Si usted, débil como es, intentara atacar a sus ene­
migos, saldrá herido con frecuencia. Exactamente con la misma
frecuencia, será derrotado.
Existe otra forma.
En tiempos de tentación y distracción, permanezca por fe en
la sencilla presencia de Jesucristo. Inmediatamente, encontrará
una provisión de fortaleza.
Este era el recurso y sostén de David:
A Jehová he puesto siempre delante de mí; Porque está a mi dies­
tra, no seré conmovido. Se alegró por tanto mi corazón, y se gozó mi
alma; Mi carne también reposará confiadamente (Salmo 16:8-9).
Y además, Éxodo dice: Jehová peleará por vosotros, y vosotros
estaréis tranquilos (Éxodo 14:14).
Capítulo 2 0

Consumidos

M
e gustaría tomar este capítulo para hablar sobre un ele­
mento muy importante en la oración. Un elemento que es
casi totalmente ignorado.
Si le dijera que uno de los más grandes elementos de la ora­
ción es la adoración profunda, interior, estoy segura que estaría
de acuerdo. Ambos concordaríamos que sin una adoración pro­
funda íntima ofrecida al Señor, simplemente, no tendríamos una
verdadera oración. La verdadera oración, por necesidad, tiene a la
adoración como el elemento central.
Pero hay otro elemento en la oración, tan central como éste,
igual de esencial que la adoración. Y es exactamente aquí cuando
llegamos al tema central del hombre y Dios; es más, sin este ele­
mento no existe oración real; sin él no es posible llegar a sumer­
girse en las mismas profundidades de Jesucristo. Sin este elemento
no existe verdadera oración, ni entrada a lo profundo de Cristo.
Tampoco habría una manera en que Dios le pudiera llevar hacia
los fines que Él planificó para usted.
¿Y cuál es este aspecto de la oración?
Rendir el yo es una parte necesaria para la oración y para poder
experimentar las profundidades de Jesucristo.
(Por lo tanto, una vez más hemos ido más allá de la oración. La
verdadera oración demanda de aquel que ora un total abandono

89
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

de sí mismo. Además, Dios desea que un estado así, finalmente,


sea suyo en todo momento).
Es el apóstol Juan quien habla de la oración como un incienso;
un incienso cuyo humo asciende a Dios y que Él recibe. Así se
expresa: ...y se le dio mucho incienso [al ángel] para añadirlo a las
oraciones de todos los santos (Apocalipsis 8:3), énfasis añadido
Cuando venga al Señor, derrame su corazón en la presencia
de Dios. La oración es el derramamiento de su corazón ante Él.
La Escritura dice: "... he derramado mi alma delante de Jehová” (1
Samuel 1:15). Este derramamiento es un incienso y este incienso
es la entrega total de su ser ante Él.
El incienso que ofrecieron los magos, puesto a los pies de
Cristo en el establo de Belén, es una ilustración de la oración de­
rramada ante Él.
¿Qué es la oración? Es un moderado calor de amor. ¡No, es
mucho más! ¡La oración es derretirse! La oración es el alma disol­
viéndose y elevándose. Este calor de amor, este derretirse, disolver­
se y elevarse hacen que el alma ascienda a Dios.
Mientras el alma se derrite, se empiezan a elevar desde ella
fragancias dulces. Estas fragancias se derraman desde un fuego
consumidor de amor... de ese amor que está en usted. Es el fue­
go consumidor de amor de su ser más íntimo, un fuego de amor
por Dios.
Una ilustración de este incienso, de este amor y de este derra­
mamiento se encuentra en Cantar de los Cantares. La joven don­
cella dice: “Mientras el rey estaba en su reclinatorio, Mi nardo dio su
olor” (Cantares 1:12). Analicemos la escena con más detenimiento.
En primer lugar, miremos el reclinatorio.
Este reclinatorio al que se hace referencia aquí, es la parte
más interna de su ser, su espíritu. Y allí en su espíritu habita Dios.
¡Oh, cuando aprenda cómo habitar allí con Él! su divina presencia
disolverá las durezas de su alma. Y a medida que las durezas de su
alma se derritan ¡preciosas fragancias saldrán de ella!

90
Consumidos

Miremos ahora al Rey. Mire a “el amado”. Al ver el alma de­


rretida de la esposa, dice:

¿Quién es esta que sube del desierto como columna de humo, Sahu­
mada de mirra y de incienso y de todo polvo aromático?
— Cantares 3:6

Ahora debemos hacer la pregunta central: ¿Cómo asciende el


alma a Dios?
El alma asciende a Dios cuando usted entrega su yo. ¡Al ren­
dirlo al poder destructor del amor divino! Sí, ¡entregándolo al po­
der aniquilador del amor divino!
Esta entrega del yo es esencial, absolutamente esencial, si se
va a sumergir, experimentar y habitar en forma continua en las
profundidades de Jesucristo. ¡Unicamente por medio de la des­
trucción y aniquilación del yo, se le hará un homenaje a la sobe­
ranía de Dios!
Como ve:

El poder del Señor es grandioso, y Él únicamente es honrado


por el humilde.
—Apócrifo

Veamos si podemos entender esto con un poco más de claridad.


Es a través de una completa destrucción del ser que usted
reconoce la suprema existencia de Dios.
Debe llegar el momento en que usted ¡haga cesar toda vida en
el ámbito del yo! Debe dejar de existir en su yo, para que de esta
forma, el Espíritu de La Palabra Eterna pueda existir en usted.
Al rendir su propia vida, ¡deja un lugar para que Él pueda
venir! ¡Y es cuando usted muere que Él vive!
¿Se puede hacer esto en forma práctica? ¡Sí!

91
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Debe rendir su ser completo a Jesucristo, y dejar de vivir para


siempre en su yo, a fin de que Él pueda transformarse en su vida.

Porque habéis muerto, y vuestra vida está escondida con Cristo en


Dios.
— COLOSENSES 3:3

Mueran en Mí todos los que verdaderamente me buscan.


—Apócrifo

Pero ¿cómo muere uno en Dios? ¡Al dejar su yo para poder


perderse en Él!
Solamente podrá perderse en Él si aniquila su yo. ¿Y qué tiene
que ver esto con la oración? La aniquilación del ser es ¡la verdadera
oración de adoración! Es una oración que usted debe aprender y
hacer cuando comprenda, lo más que pueda, la totalidad de su
significado más profundo. Esta es la experiencia que le rinde a
Dios y sólo a Dios, toda “... la alabanza, la honra, la gloria y el
poder, por los siglos de los siglos” (Apocalipsis 5:13).
Esta experiencia, esta oración, es la oración verdadera. ¡Esta
es la verdadl Aniquilarse es adorar a Dios en espíritu y en verdad
(Juan 4:23).
Toda adoración verdadera es “en espíritu”. Para estar “en espí­
ritu”, el alma es aniquilada. “En espíritu” usted entra en la pureza
de ese Espíritu que ora en su interior; es alejado de sus propios
métodos de oración que parten del alma de los humanos. Es “en
verdad” porque está en la realidad, donde todo es de Dios y nada
es del hombre.
Amado lector, existen, en realidad, solo dos verdades: el Todo
y la Nada.
Todo lo demás es una mentira. Dios es Todo; usted es nada.
La única manera en que puede rendir honor a Dios es por medio

92
Consumidos

de su propia aniquilación. Tan pronto como esta obra maravillosa


sucede, Dios se muda a su interior.
Existe un principio natural aquí: El Señor jamás permite en la
naturaleza la permanencia de un hueco o vacío. Él viene al lugar
de la nada, del vacío, e instantáneamente lo llena con Él mismo.
Él se pone en el preciso lugar de aquello ¡que Él mismo ha
hecho morir!
Pero ¿no es la aniquilación algo amargo? ¡Ay, si tan sólo cono­
ciera la virtud y la bendición que recibe el alma cuando ha pasado
esta experiencia! Pruébela y no deseará nada más. Esta es “la perla
de gran precio”, “el tesoro escondido”, “quien la halla, va y vende
todo lo que tiene y la compra” (Mateo 13:44-45).
Esta es .. una fuente de agua que salte para vida eterna” (Juan
4:14).
¿Recuerda que el Señor Jesús dijo: “... el reino de Dios está entre
vosotros’? (Lucas 17:21). Esto es cierto de dos maneras:
En primer lugar, cuando Dios se transforma en amo y Señor
en su interior de una forma tan completa, que nada suyo se resiste
a su dominio. Es entonces que su ser interior, su espíritu, es su
reino. Así es cuando Dios lo posee.
En segundo lugar, existe el tema de que usted posea a Dios.
Cuando poseemos a Dios, también poseemos su Reino, y en su
Reino hay plenitud de gozo. El propósito máximo para nosotros es
que podamos disfrutar a Dios...en esta vida. ¡Disfrutar a Dios! Este
es el mismo propósito para el cual fuimos creados.
¡Que pena que tan pocos se den cuenta de que esto se puede
obtener y apropiar con tanta facilidad!
¡Servir a Dios es reinar!

93
Capítulo 2 1

Silencio, en las profundidades

C
onsideremos ahora el rol que juega el silencio al avanzar en
nuestra experiencia con Cristo, puesto que el silencio tiene
mucho que ver con el experimentar al Señor en un plano más
profundo.
En ciertas ocasiones algunas personas han escuchado la expre­
sión: “la oración del silencio” y han sacado como conclusión que,
el rol que juega el alma en esta oración es limitado de insensibili­
dad e inactividad. Esto, por supuesto, no es así. De hecho, el alma
juega un rol más importante y amplio que en la oración hablada.
¿Cómo es posible esto?
El alma puede estar activa y aun así completamente silenciosa.
Esto es porque es el mismo Señor quien se ha transformado en el que
mueve el alma. El alma actúa en respuesta al mover de su Espíritu.
Porque todos los que son guiados por el Espíritu de Dios, éstos son
hijos de Dios (Romanos 8:14).
Por lo tanto, entrar en “la oración del silencio” no significa el
cese de toda acción. En lugar de eso, significa que su alma actúa
según se mueve su espíritu.
Tal vez, Ezequiel nos puede ayudar para ver esto. Ezequiel
tuvo una visión de ruedas. Las ruedas que vio tenían el Espíritu
viviente en ellas. Donde iba el Espíritu, allí iban las ruedas. Si el
Espíritu se detenía, las ruedas también. Si el Espíritu ascendía de
la Tierra hacia los cielos, las ruedas se levantaban a sus costados.

95
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

El Espíritu estaba en esas ruedas y el Espíritu era el que movía


las ruedas (Ezequiel 1:19-21). El alma es como esas ruedas. Puede
estar activa al atender sus propias cosas, o puede esperar hasta
que algo más profundo se active. Entonces, el alma llega a ser
como esas ruedas, y sigue al Espíritu a donde vaya. El alma debe­
ría, del mismo modo, rendirse a la guía del Espíritu viviente en su
interior. El alma debería esperar y ser fiel para actuar únicamente
cuando el Espíritu se mueve.
Puede tener la seguridad de que el Espíritu jamás exalta la
naturaleza del yo (el alma, para seguir su propia inclinación; con
mucha frecuencia solo exalta el ser.) ¿Qué hace el Espíritu? El Es­
píritu se mueve hacia adelante, sumergiéndose hacia el último fin.
¿Y cuál es ese último fin? Unirse a Dios.
Por lo tanto, no permita que el alma haga nada por sí misma
en la oración. El alma debe, simplemente, seguir al Espíritu ¡hasta
que llegue a su máximo fin!
Por medio de esta ilustración, puede ver que el alma no cesa
toda acción; simplemente, su acción está en perfecta concordan­
cia con el Espíritu.
Ahora, consideremos “la oración de silencio” en una forma
práctica. ¿Cómo podemos experimentar al Señor en una actitud
de silencio?
Como ve, cuando su alma está activa por sí misma, es decir,
activa aparte de la actividad del Espíritu, por su misma naturaleza,
su actividad ¡es forzada y agotadora! El esfuerzo del alma en ora­
ción siempre es de ansiedad y lucha.
¡En realidad, esto es una ventaja para usted! ¡Fácilmente pue­
de distinguir si el alma funciona!
¡Oh, todo es tan diferente cuando el alma responde al mover
del Espíritu, cuando responde a algo que es mucho más profundo
en el interior de su ser!
Cuando el alma responde al Espíritu, la acción es libre, fá­
cil y natural. Parecerá que el alma no hace casi ningún esfuerzo.
Silencio, en las profundidades

Me sacó a lugar espacioso; me libró, porque se agradó de mí (Salmo


18:19).
Una vez que su alma vuelve al interior y su mente se establece
en el Espíritu, desde ese momento en adelante, la atracción inter­
na del Espíritu del Señor es muy poderosa. De hecho, la atracción
de su espíritu hacia el alma es más fuerte que ninguna otra fuerza;
más fuerte que todas esas cosas que lo podrían llevar nuevamente
a la superficie.
¡La verdad es que nada regresa tan rápidamente a su centro
como lo hace el alma hacia el Espíritu!
¿Está activa el alma en este momento? ¡Sí! Pero la actividad es
tan elevada, natural, pacífica y espontánea ¡que le parecerá que su
alma no hace absolutamente ningún esfuerzo!
¿Alguna vez se dio cuenta de que cuando una rueda gira len­
tamente, es más fácil verla en su totalidad? Pero a medida que
comienza a andar más rápidamente, es muy poco lo que se puede
distinguir de ella. Así es el alma cuando descansa en Dios. Cuando
el alma descansa en Dios, su actividad es espiritual y muy elevada.
No obstante, el alma no hace ningún esfuerzo. Está llena de paz.
Por lo tanto, mantenga su alma en paz.
Cuanto más en paz esté su alma, más rápidamente podrá ir
hacia Dios, su centro.
¿Cómo es posible esto? Porque el alma está rendida al Espíritu
¡y es el Espíritu el que se mueve y dirige!
¿Quién lo atrae con tanta fuerza al interior? No es otro que
Dios mismo. ¡Oh, su atracción lo hace correr hacia Él!
La muchacha de Cantar de los Cantares entendió esto, por­
que dijo:
Atráeme; en pos de ti correremos... (Cantares 1:4).
“¡Atráeme a ti, oh, mi Divino Centro, por los secretos manan­
tiales de mi existencia, y todos mis poderes y sentidos te seguirán!”.
El Señor es tan simple para atraerlo. Su atracción es, a la vez,

97
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

una unción de sanidad como un perfume para llevarlo hacia Él. La


doncella en Cantar de los Cantares lo dijo:
... Tu nombre es como ungüento derramado... (Cantares 1:3).
“Señor, tú nos seduces por la fragancia de tu mismo ser, y nos
atraes hacia las profundidades de tu mismo ser”.
Su poder de atracción es extremadamente fuerte y, sin embar­
go, el alma lo sigue libremente y sin ser forzada. ¿Por qué? ¡Porque
la atracción del Señor es tan deleitosa como poderosa!
Aunque su atracción es poderosa, lo hace con dulzura.
Cuando la joven doncella dijo: “Atráeme; en pos de ti correre­
mos. .. ” hablaba, en primer lugar, de su espíritu, que es el centro de
su ser. Es el espíritu el que es atraído. El Señor habla a su espíritu;
Él lo llama para que lo siga, atrayéndolo hacia el centro donde
solamente existe Él mismo. Por lo tanto, su espíritu es atraído en
primer lugar. Usted, a su vez, sigue la atracción del centro. Y hace
eso cuando vuelve su atención y todos los poderes de su alma
hacia Él. “Atráeme”. Vea cuán único es su centro, su espíritu, a
medida que Él lo atrae hacia sí, hacia Él mismo, hacia la parte más
interna de su centro. “Nosotros correremos tras de ti”. Vea cómo
los sentidos y poderes del alma siguen la atracción del centro.
No promovemos la idea de que el alma sea perezosa o inacti­
va. Alentamos la actividad superior en la cual puede participar el
alma: una total dependencia del Espíritu de Dios. Este debería ser
siempre su principal interés. “Porque en él vivimos, y nos movemos,
y somos...” (Hechos 17:28).
Esta dependencia del Espíritu de Dios sencilla, humilde, es
necesaria por encima de todas las otras cosas. Esta dependencia
constante de nuestra parte, pronto hará que el alma alcance esa
unidad y simplicidad para la cual fue creada.
Somos muy complejos; nuestras almas son capaces de tener
muchas actividades distintas. Debemos dejar esos caminos para
poder ser libres, y de ese modo entrar en la simplicidad y unidad

98
Silencio, en las profundidades

de Dios. ¡Ay, poder regresar hacia Dios, hacia a Aquel en cuya


imagen fuimos originalmente formados! (Génesis 1:27).
Su Señor es simple;¨Él es uno. Pero cuando uno entra en la
unidad de Dios, esta no excluye la enorme variedad que resulta de
la expresión de su naturaleza.
Así como podemos entrar a su unidad cuando estamos unidos
a su Espíritu, del mismo modo, podemos concretar los diversos
aspectos de su voluntad cuando estamos unidos a Él. Y podemos
hacer esto sin tener que dejar ese estado de unión con Dios. La
diversidad de su voluntad se puede hacer sin sacrificar nuestra uni­
dad con ÉL
Entonces, observa ¡hasta dónde la simple “oración de silen­
cio” nos puede llevar!
¡Continuemos, entonces!*
Ríndase a la guía del Espíritu de Dios. Al depender de su ac­
ción, y no de la acción del alma, las cosas que haga serán valiosas
para Dios. Solamente lo que usted haga de esta forma, será de
valor para Dios y su obra sobre esta Tierra.
Veamos esto desde el punto de vista de Dios:

Todas las cosas por él fueron hechas, y sin él nada de lo que ha sido
hecho, fue hecho.
—Juan 1:3

En el principio mismo fue Dios quien formó al hombre por


medio de su Palabra. Hizo al hombre a su propia imagen. Dios era
Espíritu y le dio al hombre un espíritu para que pudiera venir a Él,
y así fusionar su propia vida con la del hombre.

*. A medida que el alma es atraída hacia esta relación, descubre algo nuevo; y es lo si­
guiente: El Espíritu, al igual que el alma ¡también es muy activo! Está pleno de actividad.
Sin embargo, no es igual a la del alma. Cuando usted es movido por el Señor, su actividad
es mucho más energética que la de su propia naturaleza. El Espíritu es más activo que
ninguna otra fuerza.

99
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Este, por supuesto, fue el estado del hombre anterior a la caída.


En el momento de la caída, el espíritu del hombre fue apaga­
do. Dios perdió la posibilidad de moverse en el interior del espíri­
tu del hombre. El hombre perdió la capacidad de contener la vida
de Dios y de llevar la imagen divina.
Quedaba sumamente claro que si Dios restauraba al hombre
al estado original, el cual había sido su primera intención, el espí­
ritu del hombre tenía que ser restituido.
Y ¿cómo podía Dios restaurar el espíritu del hombre? ¿Cómo
podía restituir la imagen de Dios en el hombre?
No había otra manera: sólo por medio de Jesucristo. Tenía que
ser el mismo Señor Jesús el que le diera vida al espíritu del hom­
bre y restaurara la imagen de Dios. ¿Por qué? Porque únicamente
Jesucristo es la imagen exacta de su Padre. Sólo Él trae la vida de
Dios al interior del hombre.
Ninguna imagen se repara por esfuerzo propio. La imagen
quebrada debe permanecer pasiva bajo la mano del artífice.
¿Cuál sería su actividad en esta restauración? Su única acti­
vidad debería ser rendirse completamente a las labores internas
del Espíritu. Jesucristo ha venido a su interior, a sus partes más
internas. Ríndase al obrar del Señor allí.
Si una tela no está firme, el artista no puede pintar un cuadro
fiel sobre la misma. Es igual en su caso. Cada movimiento del
yo produce un error. La actividad del yo interrumpe y frustra el
diseño que Jesucristo desea grabar sobre usted. Debe, en lugar de
eso, simplemente permanecer en paz. Responder únicamente al
obrar del Espíritu.
Jesucristo tiene vida en sí mismo (Juan 5:26) y es El quien
debe dar vida a cada cosa viviente.
Este principio, el principio de la total dependencia del Espí­
ritu y completa negación a la actividad del alma, se puede ver en
la Iglesia.
Mire a la Iglesia. El Espíritu de la Iglesia es un Espíritu que se

100
Silencio, en las profundidades

mueve, que da vida. ¿Está la Iglesia inactiva, estéril e infructuosa?


¡No! La Iglesia está plena de actividad. Pero su actividad es: una
completa dependencia del Espíritu de Dios. Ese Espíritu es el que
la mueve. El que le da vida.
Este principio funciona en la Iglesia y es el mismo que hace que
esta sea lo que es. ¡Exactamente el mismo principio debería operar
en usted! Lo que es verdad para ella debería ser para sus miembros.
Para ser su hijo espiritual, debe ser guiado por el Espíritu.
El Espíritu en usted está activo. La actividad que se produce
en su vida, como resultado de seguir al Espíritu, es muy superior
a ninguna otra.
(Una actividad es digna de elogio hasta donde lo es su fuente.
Una actividad que resulta de seguir al Espíritu es más digna de
alabanza, que ninguna otra que venga desde cualquier otra fuen­
te. Cualquier cosa que se produce desde el Espíritu de Dios es
divina. Cualquier cosa que se produce desde el yo, sin importar lo
buena que parezca ser, es únicamente humana, solamente del yo).
Su Señor declaró, cierta vez, que únicamente Él tiene vida.
Todas las otras criaturas han “tomado prestada” la vida. El Señor
tiene vida en sí mismo. Esa vida, que está en El, también lleva con­
sigo su naturaleza. Esta es la vida única que Él desea darle a usted.
Desea darle vida divina, y desea que viva por medio de esa vida, en
lugar de la vida de su alma. Al mismo tiempo, tiene que hacer lu­
gar, tiene que negar la vida de su alma, es decir, negar la actividad
de su propia vida. La única forma en la que puede hacer lugar para
que la vida de Dios habite y viva en usted, se desarrolla cuando
usted pierde su vida del viejo Adán y niega la actividad del yo.
¿Por qué? Porque esta vida que recibe es la misma vida de
Dios; ¡la misma vida por la que Él vive! Pablo dijo:

De modo que si alguno está en Cristo, nueva criatura es; las cosas
viejas pasaron; he aquí todas son hechas nuevas.
—2 Corintios 5:17

101
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Repito: la única manera en que su vida se transforme en una


experiencia práctica, se desarrolla cuando usted muere a su yo y a
toda actividad propia, de manera que la actividad de Dios pueda
substituirla.
Volvamos atrás, entonces, a lo que dijimos al comienzo del ca­
pítulo. La “oración de silencio” no prohíbe la actividad; la alienta.
Alienta la actividad divina de su espíritu; desalienta la actividad
inferior de su alma. Una oración así, entonces, debe depender ab­
solutamente del Espíritu de Dios. La actividad del Espíritu debe
tomar el lugar de la propia. Un intercambio así sólo ocurre con el
consentimiento del hombre.
Al dar su consentimiento, debe también, por supuesto, co­
menzar a cesar en su actividad propia. El resultado será que, poco
a poco, la actividad de Dios tomará completamente el lugar de la
actividad del alma.
Hay un hermoso ejemplo de esto en los evangelios. Recordará
que Marta hacía algo que era muy correcto y aun así ¡el Señor la
reprendió! ¿Por qué? Porque lo que ella hacía, lo hacía en su pro­
pia fuerza. Marta no seguía el mover del Espíritu en su interior.
Debe darse cuenta, lector, que el alma del hombre natural­
mente es inquieta y turbulenta. Su alma logra muy poco aunque
siempre parezca ocupada.
El Señor le dijo a Marta: "... afanada y turbada estás con mu­
chas cosas. Pero sólo una cosa es necesaria; y María ha escogido la
buena parte, la cual no le será quitada” (Lucas 10:41-42).
Y, ¿qué había elegido María? Eligió descansar pacífica y tran­
quilamente a los pies de Jesús. ¡Había dejado de vivir para que
Cristo fuera su vida!
Esta ilustración destaca, simplemente, cuán necesario es que
usted se niegue a sí mismo y deje toda actividad propia para seguir
a Jesucristo. Si su Espíritu no lo guía, no podrá seguirlo.
Cuando la vida de Él entra, su vida debe salir. Pablo dijo: “Pero
el que se une al Señor, un espíritu es con él” (1 Corintios 6:17).

102
Silencio, en las profundidades

Cierta vez, David dijo que era bueno acercarse al Señor y po­
ner la confianza en Él (Salmo 73:28) ¿Qué significa “acercarme
a Dios”? Acercarse a Dios, en realidad, es ¡el comienzo de la unión!
Al comenzar este capítulo hablamos de la oración de silencio.
Luego, continuamos con el alma que seguía al Espíritu en perfecta
unión. Ahora, hemos llegado al final, a la más profunda experien­
cia con Dios, a la máxima experiencia cristiana: la unión con Dios.
La experiencia de la unión con Dios nos llega por medio de
cuatro niveles: comienzo, avance, logro y consumación. (Analizare­
mos la experiencia de la unión en el capítulo final de este libro).
La experiencia de la unión comienza muy simplemente, cuan­
do nace en usted el deseo de Dios. Y, ¿cuándo ocurre eso? Cuando
el alma comienza a volverse hacia el interior, a la vida del Espíritu;
cuando el alma comienza a caer bajo la atracción poderosa, mag­
nética de ese Espíritu.
¡Es en este punto, cuando nace el intenso deseo de estar unido
a Dios! Una vez que su alma ha comenzado a volver al interior del
Espíritu, se acerca cada vez más y más a Dios. Esta es la progresión
hacia la unión.
Finalmente, el alma llega a ser un espíritu con Él. Es aquí,
por fin, que el alma, que ha transitado tan lejos de Dios, ¡regresa
nuevamente al lugar para el que fue creada!
Debe entrar a este ámbito. ¿Por qué? Porque este es el propó­
sito de todo el obrar de Dios en usted.

... Y si alguno no tiene el Espíritu de Cristo, no es de él.


— Romanos 8:9

Para que usted sea completamente de Cristo, debe estar lleno


de su Espíritu y vacío de su propia vida. Pablo nos dice exacta­
mente cuán necesario es estar lleno de este Espíritu:

103
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Porque todos los que son guiados por el Espíritu de Dios, éstos son
hijos de Dios.
—Romanos 8:14

¡Existe un Espíritu! Y el Espíritu que nos hace hijos de Dios, es


el mismo que hace la obra de Dios en lo profundo de nuestro ser.

Pues no habéis recibido el espíritu de esclavitud para estar otra vez


en temor, sino que habéis recibido el espíritu de adopción, por el cual
clamamos: ¡Abba, Padre!
—Romanos 8:15

¿Quién es este Espíritu que obra en usted? No es otro que


el Espíritu de Jesucristo. A través de este Espíritu se nos permite
compartir el lugar de hijos junto con Él.

El Espíritu mismo da testimonio a nuestro espíritu, de que somos


hijos de Dios.
—Romanos 8:16

Cuando uno se rinde a la guía de Aquel que es maravilloso,


siente en su interior que es un hijo de Dios. Además, conoce el
gozo agregado de recibir, no (...) el espíritu de esclavitud para
estar otra vez en temor, sino... el espíritu de adopción por el cual cla­
mamos: ¡Abba, Padre!" (Romanos 8:15). Espere esto como resul­
tado de su andar. Descubrirá que puede actuar libremente y sin
dificultades y, al mismo tiempo, con fuerza y certeza.
El obrar del Espíritu en lo profundo de su ser, debe constituir­
se en la fuente de toda su actividad. Permítame repetirlo: Toda ac­
tividad, tanto la que está en la superficie y es visible, como la que
está escondida y es interna, deben provenir del obrar del Espíritu.
Pablo ilustra esto en el libro de Romanos. Nos muestra nuestra

104
Silencio, en las profundidades

ignorancia, incluso, en lo que oramos. Declara que es el Espíritu


el que debe orar:

Y de igual manera el Espíritu nos ayuda en nuestra debilidad; pues


qué hemos de pedir como conviene, no lo sabemos, pero el Espíritu
mismo intercede por nosotros con gemidos indecibles.
— Romanos 8:26

Esto es completamente simple: ¡No sabemos lo que necesitamos!


No sabemos cómo orar por las cosas que necesitamos. En realidad,
¡nosotros no sabemos cómo orar! ¡Ah, pero el Espíritu que vive en
nosotros sabe qué y cómo orar! El Uno a quien le ha entregado su
ser ¡lo sabe todo!
Si esto es así, ¿no debería permitir que Él derrame gemidos
indecibles a su favor?
No siempre puede estar seguro de su propia oración. Pero,
¡oh, el Espíritu! siempre es escuchado cuando ora.
El Señor Jesús le dijo a su Padre: “Yo sabía que siempre me
oyes...” (Juan 11:42). Se desprende, entonces, que si usted le per­
mite libremente al Espíritu que ore e interceda, en lugar de hacer
sus propias oraciones, las oraciones que Él haga desde su interior
serán escuchadas ¡siempre!
¿Es esto una certeza?
Escuche las palabras de Pablo, ese místico experimentado y
maestro de la vida interior:

Mas el que escudriña los corazones sabe cuál es la intención del Espí­
ritu, porque conforme a la voluntad de Dios intercede por los santos.
— Romanos 8:27

El Espíritu ¡únicamente busca aquello que es la voluntad de


Dios! ¡Al fin, he aquí Uno que está completamente abandonado a

105
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

la voluntad de Dios! El Espíritu expresa en oración únicamente lo


que es la voluntad de Dios.
La voluntad de Dios es que usted sea salvo. Su voluntad es que
sea perfecto. Por lo tanto, el Espíritu intercede en usted por todo
lo necesario para su perfección.
Si el Espíritu es completamente capaz de atender a todas sus
necesidades, ¿por qué debería usted cargarse innecesariamente a
sí mismo con preocupaciones? ¿Por qué cansarse con tanta activi­
dad y no entrar jamás en el descanso de Dios?
El Señor le invita a echar todas sus preocupaciones sobre Él.
El Señor, que está lleno de misericordia, cierta vez, se quejó
de que el alma gasta su fuerza y tesoros en miles de cosas exterio­
res. Y sin embargo, todos los deseos del alma pueden satisfacerse
fácilmente.

¿Por qué gastáis el dinero en lo que no es pan,


y vuestro trabajo en lo que no sacia? Oídme atentamente,
y comed del bien, y se deleitará vuestra alma con grosura.
—Isaías 55:2

¡Acérquese a conocer el gozo de escuchar a Dios de esta ma­


nera, amado lector! De qué manera grandiosa se fortalece el alma
al escuchar así a su Señor.

Calle toda carne delante de Jehová...


—Zacarías 2:13

Todas las cosas deben detenerse cuando Él aparece.


El Señor lo llama a un abandono mucho mayor. Un abandono
en el que no retenga nada. Él le aseguró que no hay nada que te­
mer, porque lo cuida de una manera muy especial.

106
Silencio, en las profundidades

¿Se olvidará la mujer de lo que dio a luz,


para dejar de compadecerse del hijo de su vientre?
Aunque olvide ella, yo nunca me olvidaré de ti.
— Isaías 49:15

¡Cuánto aliento hay en estas palabras! ¿Quién, luego de escu­


charlas, temerá abandonarse completamente al llamado de Dios?

107
C APíTULO22

El estado constante

C
omenzaremos este capítulo con el siguiente punto, que es
simple: sus experiencias espirituales entran dentro de dos
categorías: las externas (de la superficie) y aquellas que se ubican
internamente en la profundidad de su ser interior. Existen activi­
dades o acciones que usted forma: algunas son superficiales; otras,
más profundas.
Sus actividades externas son las que se pueden ver en el ex­
terior. Tienen que ver, más o menos, con las cosas físicas. Ahora,
esto es lo que usted debe ver: no existe un verdadero bien en ellas,
ni crecimiento espiritual. ¡Y escasa experiencia con Cristo!
Por supuesto, hay una excepción. Si sus acciones externas son
el resultado (el subproducto) de algo que ha sucedido en lo pro­
fundo de su ser, entonces, estas acciones exteriores reciben un
valor espiritual y poseen una verdadera virtud. Pero las actividades
externas tienen únicamente el valor espiritual proporcional res­
pecto del que reciben de su fuente.
Nuestro camino, por lo tanto, está claro. Debemos prestar
completa atención a aquellas actividades que suceden en lo pro­
fundo de nuestro ser íntimo. Estas son las actividades del Espíritu.
El Espíritu es hacia adentro, no hacia afuera. Usted va hacia el
interior de su espíritu y, cuando lo hace, se aleja de las actividades
y distracciones externas.

109
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

La actividad interior comienza, simplemente, cuando se vuel­


ve hacia adentro, a Jesucristo, porque allí es donde Él está, dentro
de su espíritu.
Debería regresar continuamente a su interior, a Dios.
Préstele toda su atención; derrame toda la fuerza de su ser
absolutamente sobre Él.

Vuelva a unificar todos los movimientos de su corazón en la


santidad de Dios.
—Apócrifo

David lo expresó tan bien, cuando dijo: “Guardaré toda mi


fuerza para ti” (Salmo 59:9).
¿Cómo se hace esto? Volviéndose verdaderamente a Dios, que
siempre está allí, en su interior.
Isaías dijo: "... volved en vosotros...” (Isaías 46:8). Cada uno
de nosotros, al pecar, nos hemos alejado de nuestro corazón, y es
únicamente el corazón lo que Dios desea.

Dame, hijo mío, tu corazón,


y miren tus ojos por mis caminos.
—Proverbios 23:26

¿Qué significa darle su corazón por entero a Dios? Darle el


corazón completo a Dios significa tener toda la energía de su alma
siempre centrada en Él. Es de esa manera que somos conformados
a su voluntad.
Si está en este nuevo viaje, su espíritu aún no está fuerte. Su
alma fácilmente se alejará a lo exterior, a las cosas físicas; es muy
fácil que se distraiga del Señor, su centro.
Cuánto será lo que se aleje de Él, va a depender de cuánto se
entregue a las distracciones y hasta dónde permita ser arrastrado
hacia las cosas de la superficie. Del mismo modo, los medios

110
El estado constante

que use para regresar a Dios, dependerán de cuán lejos se haya


alejado de Él. Si sólo ha sido un poco, únicamente necesitará
volverse un poco.
Tan pronto observe que se aleja del Señor, deberá deliberada­
mente volver su atención hacia su interior, al Dios viviente. Vuelva
a entrar en su espíritu; regrese en el mismo momento a aquel lugar
donde realmente pertenece: en Él. Cuanto más completo sea ese
volver, más completo será su regreso al Señor.
Descanse con la seguridad de que permanecerá allí, en Dios,
tanto tiempo como su atención se mantenga centrada en el Señor Je­
sucristo. ¿Qué lo sostendrá allí? Lo sostendrá la influencia poderosa
de volver su corazón a Dios, que usted hace simple, sencillamente.
Repita, una y otra vez, este simple regreso hacia el interior,
al Señor, con tanta frecuencia como distracciones haya en su
vida. Tenga la seguridad que, llegado el momento, este regresar se
transformará en una experiencia firme.
Pero ¿qué hará hasta ese momento?
Hasta ese momento, regrese a Él cada vez que se aleje. Cuan­
do algo se repite una y otra vez, se transforma en un hábito. Esto
es así, también para su alma. Luego de mucha práctica, su alma
formará el hábito de regresar al interior, a Dios.
En otras palabras, cuanto más progrese en Cristo, más perma­
necerá con Él, sin tener que, repetidamente, alejarse y tener que re­
gresar. Su vuelta se hará cada vez menos y menos desde lo externo.
Llegado el momento, el regreso se hará imperceptible como acción
superficial o consciente y se realizará en lo profundo de su ser.
Lo que comenzó como algo bastante esporádico, algo que fue
una acción consciente, deliberada, se hace habitual y sigue, sin in­
terrumpirse. Un acto constante, interno de permanencia comien­
za a suceder en su interior. *

*. Para algunos cristianos, este permanecer con Dios llega lenta, gradualmente. El pro­
greso se aprecia únicamente cuando se lo observa luego de un cierto período de tiempo.

111
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

¿Qué significado tiene este continuo permanecer en su interior?


Estar continuamente en lo profundo de su ser interior significa,
simplemente, que una vez que se volvió al interior, a Dios, por
medio de un acto directo, permanece en su presencia. No tiene
más necesidad de volverse a Cristo: usted ya permanece con Él en
los aposentos de su espíritu. El único momento en el que necesita
insistir para volver nuevamente, es cuando su permanencia se in­
terrumpe por alguna razón.
En este punto de su vida espiritual, no debe intentar volver al
Señor por ningún medio externo. Incluso, descubrirá que es difícil
hacer un acto deliberado, exterior, para tratar de volver, cuando ya
ha comenzado a tener esta permanencia interior.
Como verá, ya está en el interior, ha vuelto al Señor; cualquier
actividad externa solamente lo llevará lejos de esa unión con Él.
Formar la acción de volver adentro, ¡es esa la meta! Cuando
este accionar se forme en usted, se expresará como un constante
permanecer en su espíritu y un continuo intercambio de amor en­
tre usted y el Señor. Una vez que se obtiene esta meta, ya no existe
más ninguna necesidad de tratar de hacerlo por medio de actos
externos. Puede llegar a olvidar el acto externo de tratar de amar al
Señor y ser amado por Él. En lugar de eso, simplemente siga como
está. Sencillamente, deberá permanecer cerca de Dios por medio de
este continuo permanecer en su interior.
En este estado de volver continuamente hacia Dios, usted
permanece en el amor de Dios, y el hombre que permanece en
el amor, permanece en Dios (1 Juan 4:16). Descanse. Pero ¿qué
significa eso? Descanse en el acto continuo de permanecer.
Ahora bien, en este estado de descanso, ¿su alma está activa
o pasiva? ¡Está activa! Usted no está en un estado pasivo, aun

Para otros cristianos, hay una permanencia continua desde el mismo principio. No im­
porta cuál sea la porción que Dios haya decretado para usted. Simplemente, vuelva a su
interior, a Dios.

112
El estado constante

cuando descansa. Pero ¿qué actividad puede haber en el descanso?


Descansa en el acto de permanecer en su amor. ¿Puede ser eso una
actividad? ¡Sí! Dentro de su espíritu ocurre un acto. Es un dulce
sumergirse en la Deidad.
La atracción hacia el interior, el empuje magnético, se hace
más y más poderosa. Su alma, al habitar en amor, es llevada por
esta poderosa atracción y se hunde constantemente más en las
profundidades de ese amor.
Como verá, esta actividad interior, se ha transformado en algo
mucho mayor que lo que era cuando su alma comenzó, en un
principio, a volverse al interior. Bajo la poderosa atracción de Dios
que lo lleva hacia Él, ¡la actividad interior ha aumentado!
La diferencia es que al comenzar la actividad era más externa:
ahora la actividad se ha movido hacia el interior; se ha hecho más
profunda, interna, escondida e imperceptible desde el exterior.
Para aquel cristiano que está totalmente entregado a Dios (es
decir, un cristiano que practica esta actividad continuamente) ¡no
existe ni siquiera conciencia de todas estas cosas! No puede sentir
esta actividad, porque todo es un regreso directo hacia el interior,
hacia Dios. Nada es externo o superficial.
Esta es la razón por la que algunos cristianos que llegan a to­
car este estado, relatan que no hacen nada, que no hay actividad
ni ningún regreso que suceda en su interior.
Sin advertirlo, están equivocados sobre su propio estado inte­
rior; en realidad, están más activos que nunca antes y continua­
mente vuelven a Dios (actúan cada vez que vuelven al interior y
regresan a Dios).
Mejor sería decir que no sienten ninguna actividad distinta, no
que no tienen ninguna actividad en su interior.
Es verdad que no actúan (o vuelven) por ellos mismos. Sin em­
bargo, son atraídos y siguen la atracción. El amor es el peso que
los hunde.
Si usted se cayera en el mar y ese mar fuera infinito, caería de

113
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

una profundidad a otra durante toda la eternidad. Lo mismo le suce­


de a un cristiano que está en ese lugar de permanencia continua. Ni
siquiera es consciente de su descenso y, sin embargo, se hunde con
inconcebible rapidez hacia las profundidades más internas de Dios.
Hemos llegado al punto en el cual podemos sacar algunas
conclusiones concernientes al tema de este capítulo.
En primer lugar, no digamos que no formamos el acto de vol­
ver a Dios. Lo hacemos. Cada uno de nosotros vuelve a su interior.
La forma en que lo hacemos, es un asunto totalmente diferente.
La manera en que nos volvemos al interior no es igual para todos.
Este es el error del cristiano nuevo. Cada persona que desea vol­
ver a Dios para permanecer con Él, espera simplemente, en forma
natural, sentir la presencia del Señor y experimentarlo exteriormente.
Esto no siempre puede ser así.
¡La experiencia externa es para el principiante! Existen otras
experiencias, las cuales son mucho más profundas y más íntimas.
Los cristianos que han progresado de alguna manera en su expe­
riencia espiritual, son los que pueden asirse de esas experiencias
más profundas.
¿Se debe despreciar el sentir externamente la presencia del
Señor? ¡Seguramente que no! Es verdad que los actos externos son
toques muy débiles del Señor; y además, tienen pequeño valor. Si
usted se detiene allí, se privará de las experiencias más profundas
de un cristiano más maduro. Pero, y deberá tener esto muy claro,
es un enorme error para un cristiano nuevo, para usted, intentar
tener un andar más profundo, interior, sin experimentar primera­
mente el regreso externo a Cristo y sin conocer ese sentir externo de
su presencia.
El escritor de Eclesiastés lo dijo: “Todo tiene su tiempo...” (Ecle-
siastés 3:1). Esto es especialmente cierto respecto de su alma.
Cada estado de transformación que atraviesa el alma tiene un co­
mienzo, un progreso y una consumación. Detenerse al comienzo
de cualquiera de estos niveles es una insensatez. Debe atravesar un

114
El estado constante

período de aprendizaje y luego un período de progreso. En princi­


pio, uno debe esforzarse con diligencia, ¡pero finalmente cosecha
el fruto de su labor!
Permítame hacer una ilustración. Cuando los marineros sacan
un barco de un puerto es muy difícil dirigirlo hacia el mar. Deben
usar todas sus fuerzas para sacar ese barco hasta afuera del puerto.
Pero una vez que está en el mar, se mueve con facilidad en cual­
quier dirección que elijan los marinos.
Lo mismo sucede con usted cuando comienza a regresar a
Dios. Es como ese barco. Al principio está atado fuertemente por
el pecado y el yo. Solamente a través de una gran cantidad y de
repetidos esfuerzos puede volver al interior. Pero, llegará un mo­
mento en que aquellas sogas que lo ataban ¡tendrán que soltarse!
¡Vuelva siempre a su interior!
¡Hágalo a pesar de los fracasos! ¡A pesar de todas las distrac­
ciones que lo tratan de apartar!
Si permanece fiel y decidido en este continuo regresar, gra­
dualmente saldrá del puerto de su yo. Y dejándolo muy atrás, se
dirigirá hacia el interior para permanecer en su interior con Dios,
¡porque ese es su destino final!
¿Qué sucede una vez que el barco ha salido del puerto? Se
aleja más y más mar adentro, y cuanto más lejos está del puerto,
se mueve con mayor facilidad.
Finalmente, llega un momento, cuando ¡puede utilizar sus
velas! Sus remos resultan inútiles. ¡Los deja a un lado! ¡Ahora su
andar es rápido!
¿Y qué hace el piloto? Está contento porque puede extender
las velas y tomar el timón. Todo lo que hace ahora es mantener el
movimiento veloz de la embarcación suavemente en su ruta.
“Extender las velas” es mantener su corazón lejos de las dis­
tracciones que lo alejan de su ruta. “Tomar el timón” es hacer
volver el corazón, con amabilidad. Guiarlo firmemente por medio
del mover del Espíritu de Dios.

115
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Ahora, al comenzar a moverse hacia Él, Dios tomará gradual­


mente la posesión de su corazón. Él lo consigue del mismo modo;
poco a poco, a medida que la brisa gentil llena las velas y mueve
hacia adelante la embarcación.
Cuando los vientos son favorables, el piloto descansa de su
trabajo. El piloto descansa y deja que el viento sea el que mueva
el barco. ¡Oh, qué progreso se logra sin que se produzca el menor
cansancio!
Logran mayor progreso en una hora sin esfuerzo, que lo que
jamás pudieron hacer antes cuando aplicaban toda su fuerza. Si se
usaran los remos ahora, solamente harían andar más lentamente
al barco y producirían fatiga. Los remos son inútiles e innecesarios.
Acaban de ver una descripción de su propio recorrido interior.
Si Dios es quien lo mueve, irá mucho más adelante en menos
tiempo que todo lo que alguna vez, por propio esfuerzo y repeti­
damente, podría llegar a alcanzar.
Amado lector, ¡pruebe este camino! Llegado el momento des­
cubrirá que es el más fácil del mundo.

116
C a p í t u l o 2 3

A los obreros cristianos

A
l acercarnos al final de este pequeño libro, me gustaría dirigir
una palabra de exhortación a aquellos obreros cristianos que
están a cargo de los nuevos convertidos.
Consideremos la situación actual. Por todas partes los cris­
tianos buscan que los perdidos se conviertan a Jesucristo. ¿Cuál
es la mejor forma de hacer esto? Y una vez que los hombres se
convierten, ¿cuál es la mejor forma de ayudarlos para obtener una
perfección total en Cristo?
La manera de alcanzar a los perdidos es hacerlo por medio del
corazón. Si a un nuevo convertido se lo introdujera a la oración real
y a tener una verdadera experiencia íntima con Cristo tan pronto se
convierte, podríamos ver incontables cantidades de convertidos
que siguen delante hasta llegar a ser verdaderos discípulos.
Por otra parte, está a la vista que la forma actual de tratar úni­
camente con los temas externos de la vida del nuevo convertido
produce poco fruto. Poner sobre el recién convertido el peso de
incontables normas y todo tipo de estándares, no lo ayuda a cre­
cer en Cristo. He aquí lo que se debería hacer: el nuevo cristiano
debería ser guiado hacia Dios.
¿Cómo?
Volviéndose a su interior, a Jesucristo, para entregar al Señor
la totalidad de su corazón.
Si usted es una de las personas que tienen a su cargo nuevos

117
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

creyentes, guíelos a un verdadero conocimiento interior de Jesucristo.


¡Ay, qué diferencia se notará en las vidas de esos nuevos cristianos!
¡Considere los resultados!
Veremos al sencillo granjero, mientras ara el campo, pasar sus
días en la bendición de la presencia de Dios. Al pastor, mientras
cuida sus rebaños, con el mismo rendido amor por el Señor que
tenían los cristianos primitivos. Al obrero de la fábrica, mientras
que trabaja con su hombre exterior, renovando las fuerzas de su
hombre interior.
Verá a cada una de estas personas dejar a un lado todo tipo
de pecado en sus vidas; todos llegarán a ser hombres y mujeres
espirituales con sus corazones orientados al conocimiento, para
experimentar la presencia de Jesucristo.
Para un nuevo cristiano, para todos, en realidad, el corazón es
sumamente importante si es que va a continuar en Cristo. Una vez
que el corazón ha sido ganado por Dios, todo lo demás, llegado el
momento, se cuidará por sí solo. Esta es la razón por la que Dios
requiere el corazón por encima de todo lo demás.
Amado lector, es por medio del Señor que gana su corazón, y
de ninguna otra manera, que todos sus pecados se pueden dejar a
un lado. Si se puede ganar el corazón, Jesucristo reinará en paz y
la Iglesia entera será renovada.
De hecho, nuestro análisis se basa en aquello mismo que hizo
que la Iglesia primitiva fuera apagándose en su vitalidad y her­
mosura: la pérdida de una relación profunda, íntima y espiritual
con Cristo. Por contrapartida, la Iglesia rápidamente podría ser
restaurada ¡si esta relación íntima se recuperara!
Eso no es todo. En este mismo momento los líderes cristianos
están bastante preocupados y con temor de que el pueblo del Se­
ñor caiga en algún error doctrinal. ¡Pero cuando los cristianos le
creen a Jesucristo y se acercan cada vez más a Él, existe muy poco
peligro de que algo así suceda jamás!

118
A los obreros cristianos

Tenga la seguridad de que si un cristiano se aleja del Señor,


puede discutir sobre doctrina y enredarse en argumentos todo el
día, ¡pero nada de eso le ayudará! Las discusiones interminables
solamente traen más confusión. Lo que ese creyente necesita es
que alguien lo dirija, simplemente, a creer en Jesucristo y a ir a su
interior, hacia Él. ¡Cualquier creyente que haga esto, rápidamente
será guiado de regreso a Dios!
¡Cuánto daño imposible de expresar han sufrido los nuevos
cristianos, y en todo caso, la mayoría de los cristianos, debido a la
pérdida de una relación interior, espiritual, con Jesucristo!
Usted que tiene autoridad sobre los nuevos creyentes, un día,
deberá dar cuenta a Dios por aquellos que el Señor les confió.
Tendrá que dar cuenta por no haber descubierto por usted mismo
este tesoro escondido, esta relación íntima con Cristo; y también
será responsable por no haber entregado ese tesoro a aquellos que
están a su cargo.
Tampoco podrá, en aquel día, excusarse al decir que este ca­
minar con el Señor era demasiado peligroso, o que las personas
simples, sin educación, no son capaces de entender las cosas es­
pirituales. La Escritura simplemente no respalda esas conjeturas.
¿Cuáles son lo peligros de caminar de esta manera? ¿Existe
alguno?
¿Qué peligro puede haber por caminar en el único verdadero
camino: en Jesucristo? ¿Qué peligro existe al vivir rendido comple­
tamente al Señor Jesús y con la atención continuamente puesta en
Él? ¿Algún peligro podría presentarse por poner toda su confianza
en su gracia y por amarlo completamente, con todo el amor y la
pasión que es capaz de derramar su corazón?
En cuanto a los simples, los que carecen de educación, no es
verdad que son incapaces de tener esta relación íntima con Cristo.
Lo contrario es cierto. En realidad, son los más adecuados para esto.
El Señor ama a los que andan en sencillez (Proverbios 12:22).
Su humildad, la simple confianza en Dios y la obediencia

119
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

hacen que sea más fácil volverse al interior y seguir al Espíritu del
Señor. ¡Están más preparados que la mayoría! Verá: estos creyentes
sencillos no están acostumbrados a analizar; no tienen el hábito
de discutir sobre todos los temas; y rápidamente ponen a un lado
sus propias opiniones.
Sí, es verdad que carecen de una gran educación y entrena­
miento religioso; por lo mismo, están más libres y son más rápidos
para seguir la guía del Espíritu. Otras personas, con más dones,
más educación, entrenados en teología, con frecuencia están atra­
pados ¡y hasta enceguecidos por su riqueza espiritual! Esas per­
sonas, con frecuencia, ofrecen una mayor resistencia a la unción
interior y a la guía del Espíritu del Señor.
El salmista nos dice: ... [El] hace entender a los simples. (Salmo
119:130), énfasis añadido
Además, se nos ha asegurado que Dios ama entregarse a los
que lo necesitan. Jehová guarda a los sencillos. Estaba yo postrado, y
me salvó. (Salmo 116:6).
Si usted es una persona que tiene a su cargo nuevos creyen­
tes, sea muy cuidadoso. No impida que estos pequeños vengan a
Jesucristo. Recuerde que Él les dijo a sus primeros discípulos: “...
Dejad a los niños venir a mí, y no se lo impidáis; porque de los tales
es el reino de los cielos” (Mateo 19:14). (Fue el intento de los discí­
pulos de impedir que los niños vinieran a Jesucristo lo que le hizo
afirmar esto).
Ha sido un hábito del hombre a través de los siglos, sanar
a las personas aplicando algún remedio en la parte exterior del
cuerpo; cuando, en realidad, la enfermedad está en lo profundo
de su ser. ¿Por qué los convertidos permanecen básicamente sin
cambios a pesar de tanto esfuerzo? Porque aquellos que están a
cargo de los nuevos convertidos, solamente han tratado con los
temas externos de las vidas. Existe un camino mejor: ¡vaya direc­
tamente al corazón!

120
A los obreros cristianos

Establecer leyes y tratar de cambiar el comportamiento exterior,


no producirá una obra que permanezca en la vida de un cristiano.
Entonces, ¿cuál es la respuesta? ¡Otórguele al nuevo convertido
la llave a su espíritu, a las partes interiores de su ser! Entréguele
este secreto a él en primer lugar y descubrirá que su vida exterior
cambiará natural y fácilmente.
Lograr todo esto es muy fácil. ¿Cómo? Simplemente enséñele
a un creyente a buscar a Dios dentro de su propio corazón. Mués­
trele al nuevo cristiano que puede poner su mente en Jesucristo y
volver a Él cada vez que se haya alejado.
Además, muéstrele que debe hacer todo y soportar todo con
la mirada puesta en agradar a su Dios ¡Qué diferencia notará! El
nuevo convertido será guiado a Jesucristo; descubrirá que el Señor
Jesús es la fuente de toda gracia; y verá que en El está todo lo que
se necesita para la vida y la piedad.
A usted, mayordomo de las almas de los hombres, lo animo
a guiar a estos jóvenes en Cristo de esta forma. ¿Por qué? Porque
esta es la manera de Jesucristo. No soy yo, sino Cristo mismo el
que lo exhorta por medio de su propia sangre derramada por estos
creyentes:
Hablad al corazón de Jerusalén... (Isaías 40:2), énfasis añadido
¡Predicadores de su Palabra! ¡Dispensadores de su gracia! ¡Mi­
nistradores de su vida! Ustedes deben establecer su Reino. Para
poder establecer ese Reino, tienen que hacer que Dios sea el que
gobierne sobre el corazón.
Enfatizo nuevamente: el corazón es la llave. Solamente el co­
razón puede oponerse a la soberanía de Dios. Pero, por el con­
trario, al obtener el corazón, la soberanía del Señor en la vida del
creyente es confesada y sumamente honrada.

... a él santificad; sea él vuestro temor (...)


Entonces él será por santuario...
—Isaías 8:13-14

121
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Enseñe esta simple experiencia, esta oración del corazón. No


enseñe métodos, ni alguna forma superior de oración. Enseñe la
oración del Espíritu de Dios, no la inventada por el hombre.
¡Preste atención, usted, que enseña a los creyentes a orar
con formas elaboradas y repeticiones carentes de significado! En
realidad, usted produce el problema más grande que tienen los
nuevos cristianos. Los hijos han sido desorientados por los mejo­
res padres. El nuevo creyente se vuelve demasiado consciente de
su estilo de oración, y se preocupa mucho por la forma de orar.
Además, le han enseñado un lenguaje demasiado refinado y ex­
cesivamente elevado.
El camino simple hacia Dios ha permanecido oculto.
¿Es usted un nuevo seguidor de Cristo? Vaya, entonces, como
hijo humilde, a su amante Padre. Háblele a El honestamente con
sus propias palabras. ¡No importa lo poco elaboradas o simples
que sean esas palabras, para Él no son así!
Puede parecer que sus palabras son poco claras y algo con­
fusas. Puede parecer, a veces, que está tan lleno de amor y tan
anonadado ante su presencia que no sabe cómo hablar. ¡Está
bien! Su Padre está mucho más agradado con estas palabras, que
ve que se derraman desde un corazón lleno de amor, que lo que
pudiera estar con palabras elaboradas y resonantes, pero secas y
desprovistas de vida.
Las emociones simples, francas, de amor expresan infinita­
mente más para Él, que las palabras de cualquier lenguaje.
Por alguna razón los hombres tratan de amar a Dios a través
de formas y leyes. ¿Se da cuenta de que por medio de esas mismas
formas y leyes ha perdido mucho de ese amor?
¡Qué innecesario resulta enseñar el arte de amar!
El lenguaje del amor es extraño y anormal para el hombre que
no ama. ¡Ah, pero es perfectamente natural para el que ama!
Y ¿Cómo debe amarlo?
¡Es asombroso y un deleite ver que son los cristianos más

122
A los obreros cristianos

simples quienes con frecuencia progresan mucho más en una rela­


ción interior con Jesucristo! ¿Por qué? ¡Porque el Espíritu de Dios,
simplemente, no necesita nuestros adornos!
¡Los más simples lo pueden conocer y de la manera más pro­
funda, sin tener que recurrir a rituales o formas teológicas de cono­
cimiento! ¡Si le agrada, Él puede transformar a obreros de fábricas
en profetas! No, Él no ha alejado al hombre del templo interior de
oración. ¡Todo lo contrario! ¡Es Él quien ha abierto de par en par
las puertas para que todos puedan entrar!

Dice a cualquier simple:


Ven acá.
A los faltos de cordura dice:
Venid, comed mi pan,
Y bebed del vino que yo he
mezclado.
— Proverbios 9:4-5

El Señor Jesús le agradeció al Padre: “... porque escondiste es­


tas cosas de los sabios y de los entendidos, y las revelaste a los niños”
(Mateo 11:25).

123
C a p í t u l o 2 4

El máximo logro cristiano

L
legamos ahora al último nivel de la experiencia cristiana.
La unión divina.
Esto no se puede producir simplemente a través de su propia
experiencia. La meditación no traerá la unión divina; ni lo hará el
amor, la adoración, la devoción o el sacrificio. Ni tampoco tiene
importancia cuánta luz le haya dado el Señor.
Llegado el momento, tendrá que ser un acto de Dios el que
haga realidad la unión.
En el Antiguo Testamento La Escritura dice: "... no me verá
hombre, y vivirá” (Éxodo 33:20). Si su oración aún contiene algo
de su propia vida, esa oración no puede ver a Dios. Su propia vida
no conocerá la experiencia de unión con la vida de Él.
Todo lo que sea obra suya, todo lo que provenga de su vida,
aun la oración más inspirada, primero debe ser destruida antes de
que suceda la unión.
Todas las oraciones que proceden de su mente son meros pre­
parativos para llevarlo a un estado pasivo; toda actividad de con­
templación de su parte, también es simplemente, una preparación
para llevarlo a un estado pasivo.
Son preparativos. No son el fin. Son un camino hacia el fin.
¡El fin es la unión con Dios!
El propósito de este libro no es mostrarle la oración ni aun la
experiencia, sino llevarlo al estado cristiano final: la unión con Dios.

125
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Recordará que Juan nos relata en Apocalipsis 8:1 que hubo si­
lencio en el cielo. Esta es una ilustración sobre el centro de lo más
profundo del hombre. En ese lugar todo debe quedar en silencio
cuando la majestad de Dios aparece.
El esfuerzo del ser se debe detener. ¡Más todavía! La misma
existencia del ser debe ser destruida.
Existe algo en este universo que es exactamente lo opuesto a
Dios, y es el yo. La actividad del ser es la fuente de toda naturaleza
del mal, así como de los hechos malvados del hombre. ¡Por otra
parte, la pérdida de ese “yo” en el alma, aumenta la pureza de la
misma! En realidad, ¡la pureza del alma aumenta en exacta pro­
porción a la pérdida del yo!
Mientras emplee la naturaleza de su yo en cualquiera de sus
formas, algunas imperfecciones existirán en usted. Pero una vez
que deje su yo, las fallas dejarán de existir y todo se tornará en
pureza e inocencia.
Fue la entrada del yo lo que vino al alma como resultado de la
caída, lo que estableció una diferencia entre el alma y Dios.
¿Cómo pueden dos cosas tan opuestas como el alma y Dios
llegar a unirse alguna vez? ¿Cómo pueden la pureza de Dios y la
impureza del hombre hacerse una? ¿Cómo podrían la simplicidad
(o singularidad) de Dios y la multiplicidad (interminable inestabi­
lidad) del hombre derretirse y formar un solo elemento?
Con toda seguridad, se requiere mucho más que solo los es­
fuerzos que usted pueda hacer.
Entonces, ¿qué se necesita para que la unión se produzca? Un
movimiento de parte del mismo Dios Todopoderoso. Esto es lo
único que puede lograr la unión.
Para que dos cosas se vuelvan una, las dos deben tener natu­
ralezas similares. Por ejemplo, la impureza del barro no se puede
unir con la pureza del oro. Se debe someter al fuego para destruir
las impurezas y dejar el oro puro. Esta es la razón por la que Dios
envía fuego a la Tierra (que es llamado “su sabiduría”) para reducir

126
El máximo logro cristiano

todo lo que es impuro en usted. Nada puede resistir el poder de


ese fuego. Consume todo. Su sabiduría derrite todas las impurezas
de un hombre, con un propósito: dejarlo en condiciones para la
unión divina.
Hay impureza en usted, más de lo que pueda concebir jamás.
Y eso es fatal para la unión con Dios. Pero el Señor lo quema para
hacerse uno con usted; por lo tanto, Él consumirá la escoria que
haya en usted (no se sorprenda cuando esto suceda en la realidad).
¿Cuál es el nombre de esta impureza? Yo. El “yo” es la fuente
de toda contaminación; ¡es lo que impide cualquier alianza con la
pureza!
Los rayos del Sol pueden brillar sobre un pantano, pero esos
rayos jamás se unirán con el pantano.
Pero existe algo más aparte del “yo” que impide la unión.
Esto que se llama actividad está, en sí misma, en oposición a la
unión. ¿Por qué? Porque Dios es una infinita quietud. Su alma, si
ha de estar unida al Señor, debe ser parte de su quietud.
La actividad impide la asimilación.
Es por esta razón que jamás podremos llegar a una unión di­
vina, excepto que pongamos a la voluntad humana a descansar.
Jamás podrá llegar a ser uno con Dios, en su experiencia, hasta
que no vuelva a estar tan tranquilo como en el momento de su
creación.
Dios desea transformar su alma en un alma pura. Él la purifica
por medio de su Sabiduría, tal como un refinador purifica el metal
en el horno. El fuego es lo único que puede purificar el oro.
Además, el fuego que nos consume, finalmente, es su más alta
sabiduría. Este fuego, gradualmente, consume todo lo que es te­
rrenal; se lleva toda la materia extraña y separa estas cosas del oro.
El fuego parece saber que la mezcla terrenal no puede ser
transformada en oro. El fuego debe derretir y disolver esa escoria
por la fuerza, de manera que pueda librar al oro de toda partícula
extraña. Una y otra vez, el oro debe ser echado en el horno hasta

127
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

que haya perdido todo rastro de polución. ¡Ay, cuántas veces el


oro se vuelve a poner en el fuego! Muchas, muchas más veces de
las que parecieran necesarias. Sin embargo, tenga la seguridad de
que el fundidor ve impurezas donde nadie más las puede ver. El
oro debe regresar al fuego una y otra vez, hasta que se haya esta­
blecido una prueba positiva de que ya no se puede purificar más.
Llega el momento, al fin, cuando el orfebre no puede encon­
trar más mezcla de la que adultera al oro. Cuando el fuego ha per­
feccionado la pureza, o tal vez, debería decir la simpleza, el fuego
ya no lo toca más. ¡Si el oro permaneciera en el horno durante
una eternidad, su impecabilidad no se mejoraría más ni tampoco
disminuiría su sustancia!
Ahora, el oro está en condiciones para ser usado en la más
exquisita artesanía. En el futuro, si el oro se ensucia y pareciera
perder su belleza, no es más que una impureza que accidental­
mente toca únicamente la superficie.
Esta impureza no es ningún impedimento para usar la vasija
de oro. La partícula extraña que se adhiere por sí sola a la superfi­
cie, está muy lejos de parecerse a esa corrupción profunda que se
produce en la naturaleza escondida del oro.
Sería extraño que un hombre rechace una vasija pura, de oro,
porque tuviera algo de suciedad externa por encima, y eligiera algún
metal más barato solamente porque su superficie estuviera lustrada.
Por favor, no me malentienda. No excuso el pecado en la vida
de una persona unida a Dios. Una idea así jamás se me ocurrió.
Me refiero aquí, únicamente, a los defectos naturales; a los defec­
tos que Dios deliberadamente deja aun en las vidas de sus más
grandes santos, para guardarlos del orgullo y de la alabanza de los
hombres que juzgan solamente según la apariencia exterior.
Dios permite que algunos defectos permanezcan en sus más
queridos santos, para poder preservarlos de la corrupción y “es­
conderlos en lo secreto de su presencia” (Salmo 31:20).

128
El máximo logro cristiano

Para continuar, miremos el contraste que existe entre el oro


puro y el impuro.
¿Alguna vez consideró que un orfebre jamás mezclaría oro
puro e impuro? Existe escoria en el oro barato; por lo tanto, jamás
permitiría que se mezcle con su oro costoso, purificado.
¿Qué hace, entonces, el orfebre? Después de todo, ¡quiere
mezclarlos! Lo que debe hacer es someter al oro impuro al fuego.
Hará esto una y otra vez hasta que el oro de calidad inferior llegue
a ser tan puro como el oro más refinado. Entonces, y sólo enton­
ces, estarán unidos los dos, mezclados en uno.
Exactamente este pensamiento está presente en la declara­
ción de Pablo:

...la obra de cada uno cuál sea, el fuego la probará.


— i Corintios 3:13

Luego, agrega Pablo:

Si la obra de alguno se quemare, él sufrirá pérdida, si bien él mismo


será salvo, aunque así como por fuego.
— 1 Corintios 3:15

Pablo indica que existen obras tan impuras y mezcladas, que


aunque el Señor, en su misericordia, acepta al hombre, ese hom­
bre debe atravesar por fuego para ser purgado de su yo.
El mismo sentido se encuentra en Romanos 3:20. Aquí, Dios
dice que examina y juzga nuestra justicia. Romanos declara que
por los hechos de la ley ningún hombre será justificado; la justifi­
cación es por la justicia de Dios, y nos apropiamos de la justifica­
ción por medio de la fe en Jesucristo.
Como puede ver, la justicia de Dios y su sabiduría deben venir
como un fuego despiadado y devorador. Ese fuego destruye todo

129
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

lo que es terrenal. El fuego consume la actividad sensual, carnal y


toda la obra del “yo”.
Toda esta purga es necesaria antes de que el alma se pueda unir
a Dios.
Puede estar seguro, amado lector, que ¡jamás estará lo sufi­
cientemente motivado, como para permitir que este proceso de
purga le suceda! El hombre, por naturaleza, es muy reticente a
someterse a una transformación así. Todos nosotros estamos enor­
memente enamorados del yo y muy temerosos de su destrucción.
Tenga la seguridad de que usted jamás lo consentiría, si no fuera
que Dios tomara la decisión de hacerlo en usted. Es Él quien vie­
ne con poder y autoridad. Dios debe tomar la responsabilidad de
traer al hombre a la unión con Él.
Pero ¿es posible esto? ¿Actuará Dios sobre el hombre sin su
consentimiento? ¿Es esto un quiebre de los principios divinos, una
imposición de Dios por encima del libre albedrío del hombre?
Después de todo, la idea del “libre albedrío del hombre” señala
que el hombre puede resistirse al obrar de Dios en su vida.
Bien, volvamos a aquella hora en que nos convertimos. En ese
momento, usted hizo una rendición sin reservas de su ser a Dios.
No solamente eso, se rindió a todo lo que Dios desea para usted.
Fue en ese mismo momento que dio su total consentimiento a
cualquier cosa que Dios quisiera pedirle.
¡Ay! Pero, también es verdad, que cuando su Señor en los
hechos comenzó a quemar, destruir y purificar su vida, usted no
reconoció que era la mano del Señor la que lo hacía. Verdadera­
mente, no reconoció esa operación como algo bueno. ¡Tuvo exac­
tamente la impresión opuesta!
Veía cómo todo ese hermoso oro que estaba en usted, a causa
del fuego, se transformaba en negro en vez de volverse resplande­
ciente, tal como esperaba. Miraba las circunstancias a su alrededor
que producían toda esa tragedia en su vida. Pensó que toda la
pureza de su vida se había perdido.

130
El máximo logro cristiano

Si en ese momento el Señor hubiera venido para pedirle su


consentimiento activo, con un gran esfuerzo y con gran dificultad
hubiera sido capaz de darlo. Lo más probable es que no pudiera
dar su consentimiento en absoluto.
Sin embargo, hay algo que puede hacer en momentos como
esos. Puede mantenerse firme con un consentimiento pasivo, para
soportar tan pacientemente como pueda, todo lo que Dios ha traí­
do a su vida.
¿Qué digo?
Es posible que no pueda dar al Señor su consentimiento activo
en una hora tan oscura y difícil, pero tampoco le será posible po­
ner una obstrucción en su camino. No puede decir “sí”. No puede de-
cir "no"

¿Qué puede hacer?


Presionado entre estos dos extremos, descubre que no puede
hacer nada. En una situación así, le ha dado al Señor ¡su consenti­
miento pasivo! Dios no comete una usurpación cuando ¡asume el
poder completo y la guía total!
¿Comprende cómo se desarrolla el proceso?
Comienza en el momento de la conversión con actividad pro-
pia. Pero gradual, aunque progresivamente, se acerca a la pasivi­
dad. En el recorrido entre esos dos puntos su alma paulatinamente
es purificada de todas esas actividades del alma que son tan per­
ceptibles y variadas.
En este proceso que transcurre entre la actividad propia y la
pasividad, usted comienza a reconocer a aquellos elementos que
lo separan de Dios. (Y las cosas que he mencionado en este capí­
tulo tienen que ver con esos elementos que están entre usted y su
centro, Dios). Entonces, al dar el consentimiento pasivo para el
obrar del fuego purificador de Dios, Él lo lleva, nivel a nivel, hacia
un estado cada vez más pasivo.
Su capacidad para transformarse en pasivo aumenta gradual­
mente. Su capacidad para estar pasivo delante de Dios y bajo el

131
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

peso de la cruz (no decir ni un “sí”, ni un “no” activo a su obrar)


aumenta de una manera secreta, escondida.
Ahora atraviesa el primer nivel luego de que fue atraído hacia
las profundidades de Dios. Él lo conforma a su pureza.
Pero existen dos niveles. El segundo es la uniformidad con Dios.
Hemos visto que existe una progresión en el primer nivel al ser
conformado a Dios. También hay un progreso en el segundo nivel.
El esfuerzo personal decrece. Llegado el momento, cesa com­
pletamente. Cuando el esfuerzo personal cese, se encontrará pa­
sivo ante Dios.
Ha llegado a la uniformidad.
Esto se halla más allá de un estado pasivo. O al menos es el
máximo fin del estado pasivo. Es en este punto en el que usted co­
mienza a rendirse a los impulsos del Espíritu divino hasta quedar
totalmente absorbido por Él. Está en armonía total con su volun­
tad en todas las cosas, en todo momento.
De esto se trata la unión. La unión divina. El yo se termina.
La voluntad humana está totalmente pasiva y responde a cada
movimiento de la voluntad de Dios.
No es necesario que le advierta que se trata de un proceso que,
sin ninguna duda, lleva largo tiempo.
¿Fue la actividad un esfuerzo que tenía que formar parte de
esto con el fin de poder llegar a tales profundidades en Cristo? Sí.
La actividad es la puerta. Sin embargo, no debemos quedarnos en
la puerta. En realidad, su propósito, su tendencia, debe siempre
inclinarse hacia un punto: la máxima perfección.
Por favor, quiero que sepa que todas las “ayudas” y “muletas”
deben dejarse de lado durante este recorrido, o de otra manera, no
podrá alcanzar la meta. Sí, la naturaleza propia no solamente debe
dejarse a un lado, sino también, de la misma manera, las “ayudas”
que les presenté al comienzo de este libro. Esas son muletas ele­
mentales para ayudarlo en el comienzo y durante el proceso. Pero

132
El máximo logro cristiano

todas esas cosas se deben dejar a un lado, a medida que alcanza­


mos la profundidad final en Cristo.
Esas ayudas fueron muy necesarias a la entrada de este cami­
no, pero después, en realidad, son perjudiciales. Aun así, algunos
cristianos continuarán aferrados obstinadamente a estas muletas.
Esto fue lo que le hizo declarar a Pablo:

... olvidando ciertamente lo que queda atrás, y extendiéndome a lo


que está delante, prosigo a la meta, al premio del supremo llama­
miento de Dios en Cristo Jesús.
— Filipenses 3:13-14

Un viajero salió para hacer un largo recorrido. Llegó a la pri­


mera posada y allí se quedó para siempre. ¿Cuál fue la razón? Le
habían dicho que muchos viajeros habían venido por este camino
y se habían quedado en esta misma posada; y que aun el amo de la
casa, cierta vez, habitó allí.
¡Ay, alma! Todo lo que se desea para ti es que continúes hacia el
fin. Toma el camino más corto, el más fácil. Ahora el mapa ya está
trazado para ti. Sólo recuerda esto: no te detengas en el primer nivel.
Sigue el consejo de Pablo: permite que el Espíritu de Dios te
guíe (Romanos 8:14). Ese Espíritu te conducirá, para que no ten­
gas ninguna equivocación hacia el propósito final para lo cual fue
creada tu alma. Ese propósito final es gozar de Dios.
Detente por un momento y mira, simplemente, lo razonable
que es el sendero que está ante ti.
En primer lugar, todos tenemos que admitir que Dios es el
Supremo Bien. Indudablemente, entonces, la máxima bendición
es unirse a Él.
Y, además, cada santo tiene su gloria en Él ¿No es así? Sin
embargo, la gloria en cada uno de nosotros es muy distinta. ¿Por
qué? Porque difiere de acuerdo al grado de unión que cada cristia­
no tenga con Dios.

133
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Tal como hemos visto, el alma no puede conseguir esta unión


por medio del esfuerzo, la mera actividad o por su propio poder.
Esto es así, porque solamente Dios es el que transmite de sí mismo
al alma del hombre, y Él lo hace en proporción a la capacidad del
alma para permanecer pasiva. Una capacidad pasiva grande, noble
y extendida ayudan al Señor a derramarse en el alma.
Unicamente puede estar unido a Dios con simpleza y pasivi­
dad. Con simpleza, porque Dios lo es todo, y con pasividad por­
que la voluntad humana debe concordar con la voluntad divina
en todas las cosas.
Esta unión es bella en sí misma. Por lo tanto, se desprende
que el camino que lleva a la pasividad, y de allí, hacia Cristo, no
puede ser otra cosa que algo bueno. Este camino es el que está más
libre de peligro y el mejor.
¿Pero existe algún peligro por conocer la unión con Dios? Al­
gunos dicen: “Sí” y desalientan aun la misma idea. Pero, ¿hubiera
forjado el Señor esta experiencia, este perfecto camino, este andar
necesario si fuera peligroso? ¡No! Un estado así está a disposición
de todos y el camino que implica puede ser transitado por todos.
Todos los hijos de Dios están llamados a deleitarse en Dios; un
deleite que se puede conocer tanto en esta vida como en la venide­
ra. Nuestro estado en aquel día será de eterna felicidad en unión
con Dios. Nuestro llamado en esta vida es el mismo.
Al aproximarnos al final de este libro, hemos ordenado unos
pocos pensamientos.
Le hablé de deleitarse en Dios, no de los dones de Dios. Los do­
nes no constituyen el máximo bien. Los dones no pueden satisfacer su
alma o su espíritu. Su espíritu es tan noble y grandioso que los dones
más elevados que Dios tiene para darle, no pueden traer felicidad al
espíritu. No lo hará a menos que el Dador también se dé a sí mismo.
Amado lector, el deseo completo del Ser Divino se puede
describir en una sola oración: Dios desea entregarse completa­
mente a cada criatura que pronuncia su nombre. Y Él hará esto,

134
El máximo logro cristiano

entregándose a sí mismo a cada uno de nosotros de acuerdo a


nuestra capacidad individual.
Pero ¡qué penoso! ¡El hombre es una criatura increíble!
¡Cuánta reticencia muestra para permitir que su ser sea atraído
hacia Dios! ¡Cuán temeroso, qué notablemente temeroso es para
prepararse para una unión divina!
Una última palabra.
Es casi seguro que alguien le dirá que no es correcto ponerse
en un estado de unión con Dios. Estoy completamente de acuerdo.
Pero agrego esta palabra: nadie puede ponerse por sí mismo en
unión con Dios. Será imposible, sin importar cuánto se esfuerce.
La unión del alma con Dios es algo que solamente Dios hace.
Por lo tanto, no hay razón para hablar en contra de aquellos que
parecen intentar unirse con Dios; una unión así (Dios con el ser)
ni siquiera es posible.
Puede ser que también encuentre a alguien que le diga: “Al­
gunas personas oirán sobre esto y afirmarán que han conseguido
este estado cuando, en realidad, no es así”. Oh, amado lector,
un estado así no se podría imitar, así como tampoco un hombre
hambriento, a punto de morir de hambre, podría convencerlo de
que está satisfecho.
Un deseo, una palabra, un suspiro, una señal, algo inevitable­
mente se le escapará y, por eso mismo, delatará el hecho de que se
encuentra lejos de estar saciado.
Debido a que uno no puede conseguir, por esfuerzo propio, la
unión con Dios, no es nuestra pretensión llevar a nadie a eso. Todo
lo que uno puede hacer es señalar el camino que oportunamente
lo lleva allí. ¡Oh, también otra cosa: uno debe rogarle al alma en
búsqueda que no se detenga en ningún lugar a lo largo del camino!
(Amado lector, no se establezca en ninguna parte del camino,
ni se apegue a las prácticas externas que al principio lo ayudaron
a comenzar. Todo esto, como orar La Escritura y contemplar al

135
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Señor, se debe dejar atrás en el momento en que reciba una señal


para hacerlo).
Alguien experimentado en ayudar a otros, sabe que no puede
llevar a otro cristiano a tener esta relación con Dios. Todo lo que
puede hacer es señalar al agua de vida y prestar ayuda al que la
busca. Esto es lo máximo que, por supuesto, puede y debe hacer.
Sería cruel mostrarle un manantial a un hombre sediento y luego
atarlo, de tal manera, que no pueda llegar hasta esa corriente.
Algunos hablan de unión divina, pero jamás liberan de sus ata­
duras al que la busca. Sucede esto y, el humilde santo, llegado el
momento, se muere de sed.
Entonces, pongámonos de acuerdo en lo siguiente: existe la
unión divina y hay un camino para llegar a ella. El camino tie­
ne un comienzo, una progresión y un punto de llegada. Además,
cuanto más se acerca a la consumación, más dejará de lado aque­
llas cosas que fueron de ayuda al principio.
Por supuesto, existe algo en el medio, porque no se puede ir
de un principio hasta el final sin que haya un espacio intermedio.
Pero si el fin es bueno, santo, necesario y la entrada también lo
es, ¡tenga la seguridad de que el recorrido entre esos dos puntos
también es bueno!

¡Oh, la ceguera de la mayor parte de la humanidad


se enorgullece de la ciencia y la sabiduría!
¡Oh, Dios mío, que has escondido estas cosas
maravillosas de los sabios y entendidos y las has
revelado a los niños!
J.G.

136
CAPíTULO25

Desde la prisión

D
urante el primer encarcelamiento de Jeanne Guyon, en la
ciudad de St. Antoine, Francia, algunas de las cartas que
le enviaron desde fuera de la prisión le llegaron. Se le permitió
que respondiera, al menos, una parte de esas preguntas. Solo han
sobrevivido unas pocas cartas escritas por Jeanne Guyon, en res­
puesta a esa correspondencia.
Una de ellas fue en respuesta a una mujer que recientemente
había leído este libro y que le hacía una cantidad de preguntas
prácticas. La repuesta de Jeanne Guyon se conservó y ha llegado
hasta nosotros. Es apropiado cerrar este libro con extractos de esa
notable misiva:

Es un gran gusto escuchar sobre las manifestaciones de la


misericordia de Dios hacia usted y ver el progreso de su
alma en la experiencia espiritual. Quiera Dios terminar
las obras que ha comenzado en usted. Estoy segura de que
lo hará si usted permanece fiel.
¡Ay, la inexpresable felicidad de pertenecer a Jesucris­
to! Pertenecer a Jesucristo es el verdadero bálsamo que
dulcifica todos los dolores y penas que son parte insepa­
rable de esta vida terrenal.
Permítame aventurarme a hacer unas observaciones
prácticas.

137
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Cuando comience a leer, deténgase todas las veces


durante unos breves momentos; entréguese a esperar en
Dios y orar en silencio. Especialmente, haga esto cuando
ha leído un pasaje que la ha afectado. Permita que la lec­
tura tenga un efecto apropiado. Responda a eso que siente
en su interior y que le vino mientras leía el pasaje.
Responda a su toque.
Leer de este modo la edificará y nutrirá su alma.
Sí, las partes de su interior, su alma y su espíritu, ne­
cesitan nutrición iguál que su cuerpo. A menos que su
alma se nutra con algo que la fortalezca, el estado espiri­
tual de la misma, sencillamente, se marchitará y decaerá.
En cuanto a su cuerpo, le recomiendo que no trate
de imponerse mortificaciones por usted misma. Su débil
salud no se lo permite. Si tuviera un cuerpo fuerte o si
permitiera que sus apetitos la gobernaran, probablemente
le daría un consejo diferente.
Pero hay un tipo de mortificación que sí le recomien­
do muy especialmente. Mortifique todo lo que aún le que­
de como remanente de su afectos y deseos contaminados;
mortifique su propia voluntad; sus gustos, su disposición,
aquellas cosas a las que naturalmente se sienta inclinada;
sus hábitos.
Por ejemplo, aprenda a soportar pacientemente. Dios
enviará frecuentes y probablemente grandes sufrimientos
a su vida. Este es su Obrar. Él lo ha elegido; acéptelo.
Aprenda a soportar todo lo que le sucede, aun la con­
fusión, pero aprenda a hacerlo por un único motivo: el
amor a Dios. Acepte todo, ya sean malos tratos, aban­
dono, o cualquier otra cosa que pueda presentarse en su
camino. Para resumir: Puede mortificar su ser al soportar
en todo tiempo, de manera serena, todo aquello que sea
contrario a su vida natural. Deje morir los desagradables

138
Desde la prisión

sentimientos que surgen en su interior cuando las cosas


desagradables entran en su vida. Cuando haga esto, ubí­
quese junto con los sufrimientos de Cristo.
Remedios amargos, es cierto. Pero tomándolos hará
honor a la cruz.
Especialmente, honra la obra de la cruz en usted, si
muere completamente a todo lo suyo que es llamativo y
atractivo. Pero esta muerte no sucede en forma externa.
La mortificación y la muerte suceden en su experiencia
interior.
Aprenda, entonces, la lección de transformarse en
alguien pequeño, en llegar a ser nada. Un hombre que
ayuna, y deja todas aquellas cosas que su apetito desea en
forma inadecuada, hace algo bueno. Pero el cristiano que
ayuna por sus propios deseos y voluntad, y que se alimen­
ta solamente de la voluntad de Dios, hace algo mucho
mejor. Esto es lo que Pablo llama: “La circuncisión del
corazón”.
Finalmente, me parece a mí, que usted aún no está
los suficientemente adelantada en su experiencia interior
como para practicar la oración silenciosa durante un lar­
go e ininterrumpido período de tiempo. Pienso que será
mejor que combine la oración hablada con la silenciosa.
Eleve expresiones como las siguientes ante su Señor:
“¡Oh, Dios mío, déjame ser completamente tuya!”.
“Déjame amarte completamente por lo que eres tú,
porque eres infinitamente amoroso”.
“¡Oh, Dios mío, sé mi todo! Has que todo lo demás
sea como nada para mí”.
Eleve estas y otras palabras parecidas; ofrézcalas desde
su corazón. Además, pienso que estas expresiones debe­
rían estar separadas unas de otras por breves intervalos de
silencio.

139
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Es de esta manera que gradualmente formará el im­


portante hábito de la oración silenciosa.
Tome la Cena del Señor con tanta frecuencia como
pueda. Jesucristo, que está en esa ordenanza, es el pan de
vida. Él nutre y vivifica nuestras almas.
La recordaré cuando adore delante de Él.
Quiera Él establecer su Reino en su corazón, para que
reine y gobierne en usted.
Jeanne Guyon
desde la prisión,
St. Antoine, Francia.

140
E p í l o g o

La historia de este libro


Este libro tiene una de las más increíbles historias que cualquier
otro que se haya escrito.
Un Método de Oración hizo su primera aparición en Francia
alrededor de 1685. Inmediatamente, Dios lo utilizó como un ins­
trumento para despertar a los creyentes por toda Francia. La opo­
sición también fue inmediata. ¡Tiene en sus manos un libro que
fue quemado públicamente! No obstante, su popularidad siempre
equiparó su oposición. Por ejemplo, un grupo de sacerdotes cató­
licos romanos vinieron a la ciudad de Dijón, Francia, cuando el
Señor tocaba muchas vidas a través de este libro. Los sacerdotes,
que se oponían tanto al libro como a la obra que el Señor ha­
cía en Dijón, fueron puerta por puerta y ¡reunieron de ese modo
trescientas copias y las quemaron! Trescientas copias de un libro
es una cantidad notable para encontrar en una ciudad durante el
1700.
Un francés tomó 1500 copias y las hizo circular por toda su
comunidad. Como resultado, la ciudad completa fue profunda­
mente afectada.
De todos los escritos de Jeanne Guyon, se la recuerda prin­
cipalmente por su autobiografía y por este pequeño libro; sin
embargo, fue esta obra que ahora se titula Experimente las pro­
fundidades de Jesucristo, lo que provocó que el sistema político y
religioso de su época se lanzara en su contra. Junto con una copia
de su obra Cantar de los Cantares, este libro fue puesto en manos

141
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

de Luis XIV, como una evidencia para su arresto. Posteriormen­


te, ante un tribunal religioso, estos escritos se citaron como la
principal evidencia en su contra. Sobre la base de este libro fue
denunciada como hereje y encarcelada, llegado el momento, en la
ignominiosa Bastilla.
Así fue la historia de este libro durante la vida de Jeanne Guyon.
Pero ese no fue más que el comienzo. Los hombres y movimientos
que Jeanne Guyon ha influenciado, por sí solos, alcanzarían para
llenar varios volúmenes. Permítanme citar unos pocos.
Poco tiempo después de su muerte, al parecer, los primeros
Cuáqueros comenzaron a usar este libro y, probablemente más
que ninguna otra pieza de literatura, afectó la totalidad de ese
movimiento. En realidad, aunque el movimiento de los Cuáqueros
ya tenía cien años de antigüedad antes de que se encontraran con
este libro, Guyon probablemente influenció espiritualmente a los
Cuáqueros, tanto como lo hizo su fundador George Fox.
Otros de los que recibieron influencia de este libro fueron
Zinzendorf y los Moravos.
Todavía un poco más adelante, un esforzado joven llamado
Juan Wesley, leyó el libro (junto con otras obras de Jeanne Gu­
yon) y quedó profundamente conmovido. La influencia que ejer­
ció en su vida, en parte explica su intensa piedad y profundidad
espiritual.
El movimiento “de la santidad” de fines del 1800, con énfasis
en la santificación, puede rastrear su origen pasando por Wesley,
hasta llegar a este libro y su autora. (El movimiento carismático
que comenzó a principios de 1900, con su asombroso poder e in­
creíble superficialidad, señaló el final del anterior empuje del mo­
vimiento de la santidad y su énfasis en la profundidad espiritual,
entre otros muchos vestigios del Wesleyanismo! ¡En realidad, la
idea de las lenguas y la llenura de poder adquirieron virtualmente
toda su fuerza en la vida cristiana más profunda, tanto en ese mo­
vimiento como en muchos otros!.

142
Desde la prisión

El siguiente fue Jesse Penn-Lewis, una dominante figura espi­


ritual de comienzos de este siglo, quien fue grandemente influen­
ciado por las obras de Jeanne Guyon.
Muchos otros grupos y movimientos han sido influenciados
por los escritos de Jeanne Guyon, pero una de las mayores in­
fluencias que este libro produjo fue durante 1920 en China. En
ese momento, este libro llegó a un joven destinado por Dios para
ser uno de los más conocidos siervos suyos de este siglo. Esta obra
llegó a las manos del muchacho Watchman Nee. Junto con la Au­
tobiografía de Jeanne Guyon, constituyó una de las más grandes
influencias de su vida; y como resultado de eso, el libro se trans­
formó indirectamente en una marca en las vidas de muchos de sus
colaboradores.
Hubo otros hombres y movimientos afectados por las obras
de Jeanne Guyon, pero creo que ya ha quedado claro. El extenso
efecto de este libro se transforma aun en más asombroso, cuando
uno se da cuenta que ha sido, desde su primera edición, ¡casi
imposible de entender! Aun en la versión original en francés,
el libro es impreciso y complicado, con un vocabulario por mo­
mentos tan exacto y sin embargo, tan oscuro, que leerlo siempre
ha sido un ensayo sobre la frustración. La traducción en inglés
no ayudó en nada.
A pesar de todo esto, todavía tiene entre sus manos una obra
que ha influenciado la vida de más cristianos famosos que, tal
vez, cualquier otra pieza de literatura que haya sido escrita en los
últimos 300 años.
Llegó un momento en que, como se imaginarán, el libro no
se imprimió más; por más de 50 años estuvo prácticamente ol­
vidado. Durante este tiempo, hasta donde sé, ¡la única edición
disponible en circulación fue una muy, muy deficiente y además
mimeografiada!
Si piensa que exagero al describir la dificultad para entender
los escritos de Jeanne Guyon, pruebe con este pasaje:

143
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

¿ Usted se pregunta por qué se sigue este recorrido?


El objeto total del camino recorrido hasta aquí,
ha sido conseguir que el alma pase de la multiplicidad
a lo preciso perceptible sin multiplicidad; de lo
preciso perceptible a lo preciso imperceptible; luego
a lo perceptible impreciso, que es un deleite general
mucho menos atractivo que el otro. Es vigoroso al
principio y lleva al alma a lo que se percibe, que
es un placer más puro pero menos exquisito que el primero;
de lo percibido, a la fe sostenida y al obrar por amor;
pasando así desde lo perceptible a lo espiritual,
y de lo espiritual a la fe pura, que debido a que
hace que nos muramos a toda experiencia
espiritual, nos hace morir a nosotros mismos en
Dios, para que podamos vivir, de allí en más,
únicamente desde la vida de Dios*

Ahora que acaba de leer este muy típico párrafo de sus escritos,
espero que no piense demasiado mal por haber cambiado las es­
tructuras en algunos de los pasajes más imprecisos. Si no lo hubié­
ramos hecho así, no hubiera tenido mucho sentido reeditar el libro.
La mayoría de la literatura cristiana verdaderamente prove­
chosa escrita sobre la experiencia cristiana más profunda, se hizo
después del 1500 y antes del 1800. (Al parecer, muy poco y con
peso duradero se escribió en este siglo o el anterior).
Desafortunadamente, una parte de la mejor literatura cristia­
na acerca de la experiencia cristiana más profunda, ha quedado
prisionera en el lenguaje incomprensible de otros siglos. Entre lo
mejor de toda esta literatura, y lo más difícil para leer, están las
obras de Jeanne Guyon.

*. Unión con Dios.

144
Desde la prisión

De los capítulos uno al cuatro, Jeanne Guyon comparte con


usted una forma única de “orar La Escritura”. Descubrirá que es
una experiencia asombrosa. En años recientes apareció una adap­
tación de su método, pero verá, al leer este libro, que jamás tuvo
como intención que persona alguna se detuviera allí. Tenía mucho
más grandes océanos para que usted pudiera descubrir, y jamás fue
su intención que usted se quedara en lo superficial.
Dios mediante, esperamos que tenga oportunidad de leer, en
un lenguaje moderno, otras obras de la pluma de esta vasija feme­
nina*. Permítame explicarle por qué.

El estado actual de la
experiencia espiritual
en la Iglesia

Desde finales del primer siglo, ningún otro libro se ha destacado


por su profundidad espiritual. De hecho, la mayoría de las cen­
turias han sido sumamente superficiales salvo, por supuesto, un
manojo único de gloriosas luces resplandecientes, por lo general,
no más que unas pocas docenas de hombres y mujeres, que han
iluminado en medio de las tinieblas.
Esta era, en la que usted vive, ha demostrado ser, incuestiona­
blemente, la más Bibliocéntrica desde los días de los fariseos; ¡pero
también rivaliza con aquella época en ser la que menos enfatiza
en la profúndidad espiritual! (¡Y los hombres de hoy se molestan

*. SeedSowers ha publicado actualmente cinco de sus libros: Unión con Dios, Cantar de
los Cantares, Guyon habla nuevamente, Génesis, Torrentes Espirituales y comentarios sobre La
Biblia.

145
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

tanto como los hombres de aquel tiempo, cuando alguien les se­
ñala este hecho!).
No es este el único record que tiene nuestra era. Logramos un
sin número de records. Por ejemplo, hasta el 1300, generalmen­
te, se llevaba el trofeo por haber sido la era financieramente más
corrupta de la historia de la Iglesia. Ese era el tiempo en que, por
dinero, se podían borrar los pecados de los mismos libros de Dios.
Nosotros no hacemos eso, pero con nuestros correos electrónicos
masivos, sobres de respuesta comercial, folletos a cuatro colores,
fundaciones, campañas profesionales de recaudación de fondos, el
lema “vivir por fe”, estatus» de exención de impuestos y sermones
sobre mayordomía, al llegar a los 35 años, muchos ministros del
evangelio se han transformado en algunos de lo mejores promoto­
res y recaudadores de fondos que existen.
Se podría decir lo mismo del intelectualismo. Los años
1700, en general, han sido considerados como la mayor mar­
ca del intelectualismo en la fe cristiana, pero en la actualidad,
más hombres caminan por la Tierra con doctorados de teología
que en ninguna otra época. Insatisfechos con la profundidad es­
piritual, este clima intelectual ha llevado a que estos hombres
proclamen que la solución es más cantidad, y mejor y superior
educación cristiana. Esta es la era de infinitas resmas de papel
sobre una interminable variedad de temas; una era que produce
hombres que dan conferencias alucinantes sobre la doctrina de
la oración y sin embargo, conocen muy poco de la experiencia
espiritual más profunda. Esta era nunca, para hablar en forma
general, ha conocido a Cristo en forma profunda. Sofisticada,
despectiva, estéril y desapasionadamente hemos arrancado de la
mano de los años 1700, el trofeo de ser la era más intelectual de
la historia de la Iglesia.
La época comprendida entre el 1100 y 1400, ha sido general­
mente considerada como la más oscura y corrupta de la historia
de la Iglesia; una época en la que el papado era entregado al mejor

146
Desde la prisión

postor y la Iglesia era la fuerza política y financiera más poderosa


sobre la Tierra.
Pero vivimos en una época en que las iglesias parecen cas­
tillos de libros de cuentos. Los siervos de Dios hoy, si miraran
hacia atrás, hacia el primer siglo, y descubrieran que el obrero no
poseía nada, en toda su vida, podrían considerar sectaria a una
ideología de este tipo. Bastante distintos a sus padres, lo cristianos
primitivos, que eran los naturales enemigos de su comunidad, que
peleaban por el privilegio de vivir sus vidas enteras sin deber abso­
lutamente nada, excepto las ropas que tenían sobre sus espaldas, y
que se gloriaban en morir como mendigos.
Aquellos que servimos al Señor “a tiempo completo” en esta
era, nos debemos preparar para ser recordados, considerados en
conjunto, como los más ricos, mercantiles, sofisticados, mundanos,
materialistas y cómodos hombres de toda la historia de la religión.
Hay, incluso, un trofeo más que esta era, por encima de cual­
quier otra, ganará (es decir, a menos que suceda un cambio radical
muy pronto). En cada era de la historia de la Iglesia han quedado
registrados los nombres de unos pocos hombres y mujeres devotas,
cuyo sello distintivo fue por su asombrosa profundidad espiritual
y máxima entrega devocional. Hubo hombres así, aun durante los
días más negros de la época oscurantista. En todas las épocas,
siempre hubo, al menos, un puñado de hombres que lo conocieron
a Él profundamente. ¿Se irá nuestra era sin tener un testimonio
así? Desde un punto de vista puramente histórico, vamos a ser ca-
tegorizados como los creyentes más universalmente superficiales
que jamás cruzaron las páginas de la historia de la Iglesia.
Mi juicio meditado es que alguna generación futura va a con­
siderar a este siglo como el más oscuro en cuanto a la experiencia
y la profundidad espiritual de la historia de la Iglesia. Esto será
así, a menos que algo muy radical suceda... lo más pronto posible.
Más corrupto que los oscuros tiempos previos a Lutero; más
impotentes e intelectuales que durante el apogeo del Calvinismo;

147
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

más pervertidos financieramente que en la época que provocó el


estallido de Juan el Bautista; más enfermo con la atracción de
poder espiritual que en ninguna otra época, y aun así, ejerciendo
ese poder exterior con menos transformación interna que nadie
desde el rey Saúl. Enamorados de los dones, aunque escasamente
conocedores del Dador, nuestra era ha producido la gente más
comercial, materialista, seguidora de modas, que jamás aclamó
su nombre.
¿Es esta afirmación un poco dura? Les responderé al señalar
un último trofeo que esta era puede llegar a ganar. Pareciera que
estamos más ciegos que nunca a la falta de profundidad espiritual
que todas las otras épocas juntas.
Es verdad que hemos construido más edificios y fundado más
organizaciones religiosas que todas las eras pasadas combinadas,
pero también es igual de cierto, que esos convertidos han estable­
cido nuevos records de brevedad de tiempo en el cual han seguido
al Señor con una dedicación entregada.
Si la historia de la Iglesia nos es de alguna guía, podemos en
forma optimista buscar alguna forma de volver. ¡La profundidad
espiritual merece un regreso! No puedo pensar en nadie con ma­
yor idoneidad para despertar nuestra atención, derretir nuestros
corazones e introducirnos a algunas de las profundidades de Cris­
to, que no sea la dama que escribió este pequeño libro.
Quiera Dios considerar adecuado bendecirnos de ese modo,
en medio de una era de tanta superficialidad espiritual.

El futuro de este libro

Parece haber un renacimiento del interés sobre la vida de Jeanne


Guyon. Si es así, confío que algún día los católicos romanos mira­
rán de otra forma a una de sus hijas más distinguidas. Roma, con

148
Desde la prisión

frecuencia, ha matado a sus siervos y luego ha vuelto a ellos y los ha


santificado. El catolicismo nunca ha producido, según sus estánda­
res, una mujer más apta para la canonización que Jeanne Guyon.
Mientras tratamos el tema de la iglesia católica, me gustaría
hacer la siguiente observación. Es asombroso que el catolicismo
romano, con tantas de sus tradiciones, rituales y enseñanzas de
raíz pagana, haya producido persistentemente más seguidores
devotos de Cristo ¡que nosotros los protestantes! Los cristianos de
mayor profundidad de la historia de la Iglesia, de manera conse­
cuente, \no han sido protestantes! Los católicos van en segundo
lugar y los protestantes en el tercero, en el orden de contribución
a la historia de la Iglesia de cristianos con mayor profundidad y
ejemplos de vida cristiana más profunda, con un amor apasiona­
do, torrencial por Jesucristo.
¿Quién va primero, entonces? Si miramos con mayor deteni­
miento, descubriremos esparcidos a través de todos los siglos de
historia de la Iglesia pequeños grupos de cristianos, ni católicos, ni
protestantes, que han sido portadores de la señal de esta entrega.*
Este libro, probablemente, encontrará una cálida recepción en
los tres grupos. En realidad, corre el peligro de ser tan bien recibi­
do que no llegue a conseguir la atención disciplinada que requiere.
Existe una vasta audiencia cristiana que, literalmente, se devo­
ra la literatura “devocional” tan rápido como salen de las prensas.
Tengo la idea de que muchos cristianos encontrarán aquí, mera­
mente, un libro devocional más para leer, contemplar, aplicar por
unos pocos días y luego dejar a un lado.
Luego están aquellos que transformarán el contenido de este
libro en una serie de sermones sobre la oración.

*. Algunos de los grupos que aparecieron a través de los siglos como seguidores puros y
fieles de Jesucristo, y que no han sido ni protestantes ni católicos son: los Cátaros, Priscilia-
nistas, Paulicianos, Bogomiles, Valdenses y Albigenses, Lolardos, Unitas Fratrum, Moravos
y los Hermanos. Tal vez le interese leer La Antorcha del Testimonio donde se cuenta la
historia de estas personas.

149
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

Este tesoro revolucionario merece un destino mejor.


Existen algunos lectores, sin embargo, que reconocerán el ca­
rácter único de este libro y la profundidad espiritual de su autora.
Estos serán los cristianos que tomarán la senda señalada por este
libro y beberán hasta el fondo de esta grandiosa aventura interna.
Para ese lector, está a la espera el descubrimiento más maravilloso,
precioso y probablemente menos esperado que jamás conocerá:
las inagotables riquezas que se hallan al encontrarse con Jesucristo.
Si es usted justamente el que entra en esta categoría, me gus­
taría expresarle algo que me preocupa. Tengo la impresión de que
al Señor le gustaría muchísimo avanzar para superar este tema de
los cristianos aislados, que son bendecidos aislada y “profunda­
mente en Cristo”. Es mi esperanza que muy pronto, nosotros los
cristianos, pasemos de ser unos avaros espirituales que acumulan
profundas experiencias en soledad con Cristo... y en lugar de eso,
vayamos hacia adelante, hacia una aventura más corporativa de
una vida cristiana de mayor profundidad.
Esto nos lleva hacia otra categoría de cristianos y, básicamen­
te, este libro ha sido publicado para usted. Y por eso, por encima
de todos los demás, espero que se apropie de este libro y no lo deje
hasta que todo su contenido se haya vuelto realidad.
¿A quién le hablo?
A todos aquellos que tienen el corazón dispuesto para lanzarse
a la grandiosa, pero terriblemente peligrosa, aventura de la restau­
ración de la vida de la Iglesia.
Permítame explicarle.

El tema de esta era

Jeanne Guyon, cierta vez, hizo la observación de que en cada era


Dios plantea un tema espiritual. Durante la vida de Pablo fue

150
Desde la prisión

“obras y fe”. Cada era, desde entonces, también ha tenido su


controversia; y en cada era a partir de Constantino, nuestro Dios
se ha dedicado a restaurar aquéllas preciosas experiencias de la
Iglesia primitiva que se han perdido. En su propia era, Dios utili­
zó a Jeanne Guyon para plantear el tema de la morada interior de
Cristo. Es decir, que el Señor está en su interior, y obra de afue­
ra hacia adentro, para que pueda conocerlo y experimentarlo al
vivir en esa cámara interna donde Él hace su morada. (¡Todavía
es un tema bueno para la actualidad!). Ella presentó el tema del
Cristo interior.
Pero Dios no dejó de plantear temas en el siglo XVII. Todavía
propone otros; Él es un Dios restaurador.
¿Existe un tema espiritual en nuestra era?
Bien, ¡si no existe, debería! Si los hombres y mujeres de hoy,
de a miles, comenzaran a experimentar las profundidades de Je­
sucristo de una manera real y transformadora, simplemente, no
habría lugar para que su experiencia fuera parte de los ritos del
cristianismo actual, sean estas formas protestantes o católicas.
Ningún movimiento está estructurado en el presente como para
contener a un grupo masivo de personas devotas que caminen
en profundidades espirituales. O, para decirlo de otra manera,
ambos movimientos están estructurados hacia otros énfasis; son,
por naturaleza, estructuras que impiden los torrentes de amor
desatado que serían derramados hacia Dios. El mismo elemento,
el centro mismo, composición y estructura del actual protestan­
tismo y catolicismo, ¡frustran un encuentro más profundo con
el Dios viviente!
Cuando uno visualiza a un pueblo que ama a Cristo con pa­
sión, que está totalmente abandonado a Él; un pueblo que lo co­
noce bien y no reconoce a nadie más sobre la Tierra excepto a
Él, ¿se le presenta a la mente el servicio de los domingos a la
mañana en la iglesia? Un pueblo como el que acabo de describir,

151
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

simplemente, no encaja, al menos no por mucho tiempo, en el


molde estructurado del cristianismo de las principales corrientes.
Un avivamiento que experimente a Cristo en profundidad,
naturalmente, va a generar el deseo de esto indefinible que algu­
nas veces llamamos “vida de la Iglesia”.
¿Qué es la “vida de la Iglesia?” No sé cómo dar una defini­
ción, pero es la Iglesia gloriosa, asombrosa y devastadora; la Iglesia
celosa, que consume la totalidad de su vida; la Iglesia magnética;
que reclama cada momento de su ser; la Iglesia viviendo y libre; ¡la
Iglesia con alas y en vuelo! No un lugar, sino un pueblo, que vive
en las cosas celestiales, constantemente consumido por El y ciego a
todo lo demás. La Iglesia como fue una vez, como debe ser, puede
ser \y será! Una esposa apasionada, que busca a su Señor, enamo­
rada locamente de Él y de su Amor. ¡Un pueblo que lo conoce y
experimenta a Él!
Considere esto, querido lector: Jesucristo lo ama. Él lo sal­
vó. Usted lo ama. Esa es la razón por la que lee este libro: para
conocerlo mejor. Usted, un individuo, desea conocerlo. Pero
Dios jamás tuvo la intención de que lo busque a Él en soledad e
individualmente.
Por favor, ¡recuerde que la mitad del Nuevo Testamento está
escrito a las iglesias, no a individuos! (Si dejamos de lado a las
cuatro biografías del Señor, casi todo el Nuevo Testamento está
dirigido a iglesias vibrantes, libres, desatadas. Iglesias que se reu­
nían en hogares, cuya gente compartía la vida unos con otros y se
amaban unos a otros, y a su Señor, indescriptiblemente). Aquellas
iglesias fueron increíbles, no tanto porque no tuvieran problemas,
o porque fueran moralmente perfectas, sino por su experiencia,
búsqueda diaria, corporativa de Jesucristo, por el sencillo gozo de
conocerlo a Él conjunta, diaria y constantemente.
¡Que este llegue a ser el tema en la vida de algunosl Sí, el tema
de la restauración de la experiencia, de eso tan hermoso llamado
“la Iglesia”.

,152
Desde la prisión

Usted y yo no tenemos alternativa; si nos sumergimos en las


profundidades infinitas de Jesucristo, llegará un momento en que
seremos atraídos al tema de la vida de la Iglesia. El deseo máximo
de Dios no es que usted sea rico y feliz, o que tenga una hermosa
vida devocional, o miles de otras cosas que quiera pensar. Vuelva
a leer lo que ha quedado registrado. La pasión, el corazón de La
Escritura es Cristo y la Iglesia. Usted y yo no podemos conocer a
Cristo como es debido, si no conocemos la experiencia viviente
de la Iglesia.
No puede tener salvación sin un Cristo viviente. No puede
llegar al fin completo de la vida cristiana más profunda, sin una
experiencia viviente de Cristo y un andar activo dentro de la expe­
riencia de la vida de la Iglesia.
Dios, simplemente, estableció su gran propósito teniendo a
Cristo y a la Iglesia como el centro. Lo transformó en la misma
naturaleza de las cosas. Puede oponerse, si elije hacerlo, pero no
podrá derrotarlo. Dios hizo de Cristo y la Iglesia lo central. Este
hecho está en la misma corriente de vida del universo. Puede in­
tentar algún otro tipo de abordaje, pero no resultará. Se moverá en
contra de los designios de Dios. Cristo y la Iglesia son la suma total
de los planes de Dios. El universo fluye en esa dirección; cualquier
otra forma es contra la corriente.
Usted necesita a Cristo, no en su mente, sino en un encuentro
consumidor. Necesita a la Iglesia, no como un edificio hecho de
piedra, sino para vivir la totalidad de sus días, su vida entera.
Por lo tanto, amado lector, este libro se dirige a todo el pueblo
de Dios, pero esta vez, se dirige principalmente, a aquellos que
desean experimentar las profundidades de las que habla este libro,
en el contexto de la vida de la Iglesia. Solamente será el cristiano
que se ubique en la atmósfera de la vida de la Iglesia el que co­
nocerá las profundidades completas de Cristo. Parece ser que el
Señor hizo las cosas de manera que toda su plenitud se conozca
únicamente allí.

153
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

El Antiguo Testamento contó todo sobre Cristo, pero cuan­


do los hombres de la antigüedad leyeron el Antiguo Testamento,
no lo llegaron a ver allí. Dios es así. Él guarda su más alta reve­
lación levemente velada. ¿Por qué? Para que los hombres no la
pisoteen debajo de sus pies.
Pero, entonces, un día ¡vino Cristo! De pronto, Dios levantó
el velo. Los hombres pudieron ir al Antiguo Testamento ¡y ver
de principio a fin a Cristo con tanta facilidad! Pero, al mismo
tiempo que Dios levantó lo antiguo, ¡hizo algo más! Puso un
velo sobre lo nuevo. Mientras Cristo vivió sobre la Tierra, los
hombres que lo escucharon no pudieron llegar a comprender el
significado completo de sus palabras. Cristo estaba velado a to­
dos, excepto para el manojo de discípulos (y aun sus discípulos
no llegaron a comprenderlo completamente hasta que su Señor
vino al interior de ellos).
Desde los días de Constantino (325 d.C.) una gran parte del
propósito original de Dios se ha perdido. Desde la Reforma, desde
Lutero, Dios ha restaurado aquellas cosas, pero continúa con el
principio de velar su obrar actual sobre la Tierra. Cuando levanta
el velo de lo último que Él restauró, se vuelve y pone un velo a su
actividad más nueva. Él hace esto para evitar que las cosas que son
tan apreciadas para Él sean despreciadas.
Se nos dice, por ejemplo, que el 80 por ciento de todas las
enseñanzas evangélicas y fundamentales de la actualidad provie­
nen del movimiento de los Hermanos de Plymouth, de principios
del 1800. Este pareciera ser un hecho histórico fijo. ¡Pero jamás
hubiera convencido a los teólogos de principios del 1800 que
esto era así!
No fue hasta la mitad del 1800 que la corriente principal del
cristianismo comenzó a leer los escritos de los Hermanos y, fi­
nalmente, comprendieron la riqueza que tenían. Inmediatamen­
te, los ministros comenzaron a preparar sermones basados en lo
que leían en las obras de los Hermanos. Las congregaciones de

154
Desde la prisión

los domingos por la mañana estaban muy impresionadas. Pero


la estructura existente no podía recibir todo lo que los Hermanos
habían dicho. Lo que ellos habían enseñado tenía que moderarse
un poco para que fuera adecuado.
El problema lo resolvieron fácilmente; los hombres, simple­
mente, dejaron afuera el punto principal. (Ahora sabe por qué Dios
veló su obra entre los Hermanos durante una generación completa).
Pero ¿por qué el Señor permitió de todas maneras que la obra
de los Hermanos llegara alguna vez a la vista del público? ¿Por
qué permitió que en algún momento el maravilloso conocimiento
y experiencia que ellos tenían se volviera algo común y diluido?
Parece ser que cuando el mensaje de los Hermanos se transformó
en buen material de sermón para los domingos por la mañana,
su más grande contribución a la historia de la Iglesia empezó a
llegar a su fin.
¿Por qué? Porque Él ya había seguido adelante. Dios continuó
y dejó a los Hermanos como una de sus obras del pasado. Él se iba
a realizar una obra de recuperación en algún otro lugar, una obra
más profunda, y en parte, escondida a la vista.
El Señor se ha desplazado por varios movimientos cristianos
desde entonces. Lo que está escondido a una generación se pre­
dica como sermones de los domingos en la próxima. El Señor,
entonces, sigue adelante, y le da a una nueva obra la sabiduría ori­
ginal de la primera y agrega algo a esa revelación... al dar ámbitos
completamente nuevos para descubrir, experimentar y restaurar.
En la actualidad, los ministros de toda la Tierra proclaman co­
sas reveladas a pequeños y oscuros grupos de la generación pasada.
(Hoy también, los ministros entregan asombrosos mensajes
sobre cosas de las que no saben absolutamente nada y que jamás
han experimentado. Esencialmente, repiten lo que han leído en
los libros. Y la gente que los escucha sentada en los bancos, está
muy impresionada. La parte que puede herir, por supuesto, la
dejan afuera).

155
EXPERIMENTE LAS PROFUNDIDADES DE JESUCRISTO

No se aflija ni llore. Todo está bien. ¡En algún lugar de la Tie­


rra en estos días, nuestro Dios se mueve hacia una revelación más
alta y a nuevos niveles de restauración!
Ahora bien, ¿qué tiene que ver todo esto con este libro?
Sencillamente lo siguiente: por casi 300 años los contenidos
de este libro no estuvieron a disposición del público lector general.
¿Por qué? Pienso que fue, probablemente, porque contiene una
parte del más alto conocimiento y las revelaciones más profundas
de los secretos para experimentar la presencia de Cristo, que jamás
se haya volcado en papel. Pero durante 300 años, debido al len­
guaje oscuro en el cual estaba escrito, Dios permitió que este libro
caminara a través de la historia parcialmente escondido de la vista.
¡Este es un elogio bastante grande para la autora y el libro!
Pareciera que Dios tuvo que esperar casi 300 años antes de abrirlo
a los ojos de todos, porque no existió nada más profundo y rico
que lo superara.
Ahora aparece esta obra. Como libro, existen pocos, si es que
hay alguno, que estén a su altura. Pero ¡en algún lugar Dios ha se­
guido adelante! Su revelación acerca de la experimentación de su
Hijo, una vez más se ha ampliado; nuevos ámbitos se han abierto.
El libro aún no tiene igual, pero la experiencia que está documen­
tada aquí, no es el sitio en donde Dios se ha quedado. En alguna
parte allí afuera, nuestro Señor se ha movido más adelante y mu­
cho más alto.

Cómo usar este libro

¿Cuál es la mejor manera de usar este libro? Dedicándole una gran


cantidad de tiempo. Una palabra más. En los años venideros le
recomendaría, especialmente, que regrese a este libro una y otra
vez. Su mensaje se ampliará a medida que usted madure en Cristo.

156
Desde la prisión

El mensaje de este libro lo atrapa a los 20; lo despierta a los 30;


lo quebranta a los 40 y aun lo llamará hacia las profundidades de
Cristo en los años posteriores.
Vuelva una y otra vez.
Cuando este libro llegó por primera vez a mis manos, fue bajo
la forma descuidada de una edición mimeografiada. Quienquiera
que preparó esa simple edición le agregó un prefacio. Aún recuer­
do la esencia de las palabras iniciales. Cerraré este epílogo con
aquellas palabras. Decía más o menos así:

Que este pequeño libro haya llegado a sus manos,


es una indicación de que Dios desea hacer una
obra especial en su corazón.

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