Doutor em Educação pelo ProPed/UERJ. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8539464540238508 Google Acadêmico: https://scholar.google.com.br/citations?user=ENw6bhYAAAAJ&hl=pt-BR
Atualmente, temos presenciado o crescimento acelerado das tecnologias digitais em rede na vida co... more Atualmente, temos presenciado o crescimento acelerado das tecnologias digitais em rede na vida cotidiana. Essas tecnologias vêm modificando o modo como nos relacionamos, pesquisamos, estudamos, ..., produzindo novas e emergentes práticas culturais e formas de existir, dando sentido e forma à cibercultura, também denominada sociedade em rede ou sociedade do controle. A partir desse contexto (ciber)cultural, nesta pesquisa nos questionamos: “Como aprendemos-ensinamos a nos tornar o que somos em tempos de cibercultura?” Apostamos na ideia de que as práticas ciberculturais mobilizam inúmeras pedagogias que nos conduzem a múltiplas experiências deformativas e desformativas. Para pensar-fazer esta pesquisa, realizamos movimentos com a pesquisa-cartográfica online, que partem das epistemologias pós-estruturalistas. Cartografamos experiências em/na rede visando a produzir teorizações sobre o hoje, interseccionadas às discussões de gênero, sexualidade, raça, formação, classe, entre outros marcadores sociais. Acompanhamos rastros online que nos fornecessem pistas de como as pedagogias ciberculturais se constituem no presente e reverberam naquilo que nos tornamos, dizemos ser, compartilhamos. Por meio dos dados analisados nesta tese, buscamos cartografar como as pedagogias ciberculturais aparecem, se constituem, suas formações históricas, operacionalizações em rede, desdobramentos na micro/macropolítica da vida cotidiana. Cartografamos que a cibercultura é marcada por inúmeros acontecimentos, entre eles, movimentos e práticas fascistas que operam no sentido e na propagação do ódio às diferenças, que chamamos aqui de “ciberfascistas”. Como desdobramento dos dados analisados, chegamos (produzimos) à noção de “pedagogias ciberfascistas”, operacionalizadas para governar as condutas dxs sujeitxs por meio da produção, partilha e viralização de práticas e de conteúdos odiosos contra as diferenças, destruindo a humanização dx outrx, transformando-x em coisa, objeto, algo sem vida. Mas na vida cotidiana em/na rede não há somente o ódio; cartografamos que há também movimentos insurgentes, antifascistas, e experiências que alargam a liberdade ética e as redes existenciais de afeto, de solidariedade e de colaboração. As análises nos levaram à noção de “pedagogias ciberinsurgentes”, aquelas que nos conduzem à rebelião contra todas as formas de fascismos, operacionalizadas por redes de indignação e apoio, por meio de partilhas-viralizações que visam a ampliar/dilatar a convivência entre as diferenças e a existências das vidas dissidentes, o fortalecimento dos laços sociais, a cidadania horizontal. São mobilizadas por sujeitxs em alianças com outrxs sujeitxs, tendo como objetivos encorajar, ajudar a denunciar dores e anunciar intervenções de lutas e insurgências, além de potencializar múltiplas intervenções nas cidades-ciberespaços, promover lutas a favor de causas humanitárias, sociais, civis, ecológicas, econômicas, entre outras.
Resumo Pensar a formação autoral no stricto sensu é um desafio diário e requer inventividades did... more Resumo Pensar a formação autoral no stricto sensu é um desafio diário e requer inventividades didático-pedagógicas, abertura à/ao outra/o e escuta sensível. Esta pesquisa-formação na cibercultura é um desdobramento de uma pesquisa de pós-doutorado que tem por objetivo compreender as experiências autorais de estudantes no cotidiano da disciplina de Pesquisa em Educação em 2023. Para fazer esta pesquisa, criamos situações de aprendizagem autorais, organizadas em unidades didático-pedagógicas na plataforma Padlet. Cada uma dessas unidades visa à promoção de saberes acadêmicos, sobretudo voltados à escrita do projeto de pesquisa, e inspiradas na didática cibercultural. Com base nas experiências vivenciadas que emergiram dessas unidades, buscamos produzir sentidos provisórios, os quais organizamos em: "Experiências formacionais no stricto sensu", "Bidocência e planejamento colaborativo" e "Avaliações das/os estudantes sobre a disciplina de Pesquisa em Educação".
Nesta pesquisa-com a experiência, buscamos compreender como as/os docentes criam atos de currícul... more Nesta pesquisa-com a experiência, buscamos compreender como as/os docentes criam atos de currículo antissexistas e antirracistas na Educação Básica. Mobilizamos os estudos pós-estruturalistas e o feminismo negro interseccional para pensar-fazer esta pesquisa. Por conta da pandemia da Covid-19, ficamos impossibilitados de fazer pesquisa de campo presencial, o que nos levou a produzir um questionário aberto online (via Google Form) como ferramenta de pesquisa, compartilhado em grupos de docentes no WhatsApp em 2021. Nesta pesquisa, contamos com a participação de 31 docentes mulheres que atuam em escolas localizadas em diferentes municípios do estado do Rio de Janeiro. Embora metade das docentes tenha dito que não sofreu ou presenciou casos de racismo e sexismo na escola, o que pode ser questionado, todas reconhecem a importância de colocar em ação práticas antirracistas e antissexistas cotidianas por meio de livros, vídeos e histórias voltadas para o empoderamento feminino e racial. Dessa forma, consideramos urgente o investimento de políticas públicas de formação para que docentes direcionem seus esforços no planejamento de ações antirracistas e antissexistas, enfrentando os desafios e dilemas de aprender-ensinar em parceria com crianças e jovens em uma sociedade estruturalmente racista e cisheteropatriarcal como a nossa.
RESUMO Diante do agravamento da pandemia da covid-19 no Brasil em 2021 e da proliferação de fake ... more RESUMO Diante do agravamento da pandemia da covid-19 no Brasil em 2021 e da proliferação de fake news, discursos de ódio, negacionistas e ideológicos contra a vacinação e as medidas de prevenção da doença, o comitê brasileiro do Conselho Internacional de Museus (ICOM BR) lançou a campanha online #MuseusPelaVida, disponibilizando em sua página um guia com recomendações de modos de abordagem sobre o tema. Com base no guia, buscamos compreender de que modo as recomendações para a campanha foram operacionalizadas nas redes pelos museus. Para tal, optamos pela cartografia na cibercultura para pensar-produzir esta pesquisa no Instagram durante o período de 10 a 31 de maio de 2021. Como desdobramento dessa cartografia na cibercultura, compreendemos que campanhas como essa do #MuseusPelaVida se apresentam como necessárias e fundamentais em nosso tempo, uma vez que vivemos em uma sociedade marcada pela política do ódio e do descrédito para com a ciência; e sugerimos que futuras ações online de campanhas ativistas de museus ultrapassem o modelo comunicacional massivo e lancem mão dos pressupostos e indicadores da Educação Museal Online a fim de gerar a participação ativa dos usuários por meio de conversações que fomentem a colaboração e a coautoria entre os museus e seus públicos, ampliando o alcance social e a democratização dessas instituições.
Neste artigo, por meio de uma abordagem teórico-metodológica baseada na Análise da Conversação, a... more Neste artigo, por meio de uma abordagem teórico-metodológica baseada na Análise da Conversação, analisamos quantitativamente as conversas realizadas por videoconferência em um curso remoto de formação continuada ofertado em 2022 em uma universidade federal. O corpus de análise desta pesquisa consistiu nos vídeos-registros dos 15 encontros remotos realizados em três turmas, totalizando 45 vídeos, cada um contendo aproximadamente o registro de duas horas de conversa. Analisamos alguns desses registros para compreender as dinâmicas de conversação empregadas em aulas remotas. Medimos o tempo de fala de cada participante, comparamos o tempo de fala do professor em relação ao tempo de fala das/os estudantes, e caracterizamos como os turnos ocorreram ao longo de sessões de aula remota. Analisamos a conversação em função de dois aspectos: se o professor falou muito mais que as/os cursistas, e se todas/os as/os cursistas participaram da conversa. Identificamos empiricamente, através de uma abordagem indutiva, a realização de quatro dinâmicas de conversação: conversação focada no/a professor/a, conversação livre, conversação em fila e conversação em grupo. Argumentamos, a partir das análises apresentadas, que a promoção ou inibição da conversação nas aulas é um projeto, pois depende principalmente da dinâmica conversacional empregada na situação didática proposta pelo/a professor/a. PALAVRAS-CHAVE: Conversação em aula, formação continuada de professores, Análise da Conversação, aula remota, videoconferência.
Neste artigo, buscamos produzir sentidos sobre os usos que estudantes fazem do ChatGPT em seus ... more Neste artigo, buscamos produzir sentidos sobre os usos que estudantes fazem do ChatGPT em seus processos formativos. Nosso objetivo é compreender se estudantes estão copiando e colando do ChatGPT, entregando suas mentes e vozes para essa IA como temido por muitas/os docentes, ou se a estão utilizando para outras finalidades. Fizemos-pensamos esta pesquisa com base em estudos da cibercultura, subjetividade, epistemologias das práticas e pesquisa-com a experiência. Como resultado, reconhecemos que estudantes estão usando o ChatGPT não somente para o copiar-e-colar, mas estão o utilizando criticamente para diferentes finalidade se atribuindo-lhe diferentes papéis. Identificamos novos modos de estudar no presente, como também a emergência de novas situações didáticas que contam com a atuação do ChatGPT e de outras IAs. O uso cada vez mais disseminado e rotineiro do ChatGPT nos possibilitou cogitar a emergência de um novo perfil cognitivo, o do leitor generativo, aquele que lê as obras que produz em coautoria humano-IA.
Frente al contexto pandémico del COVID-19 surgió la necesidad de repensar las prácticas pedagógic... more Frente al contexto pandémico del COVID-19 surgió la necesidad de repensar las prácticas pedagógicas y didácticas para una educación no presencial. En este artículo se presenta y caracteriza la educación en línea, un enfoque que promueve la interactividad, la colaboración, la conversación y la autoría. La argumentación teórica parte de ocho principios de la educación en línea en contraste con el enfoque instruccionista masivo que se adopta comúnmente en la educación no presencial y, a veces, también en la presencial. Estos principios han sido elaborados a partir de experiencias didácticas como docentes universitarios e investigaciones teórico-metodológicas de más de 10 años en el área de la Tecnología Educativa. Con los principios de la educación en línea, nuestro objetivo es guiar a los profesores en el diseño de clases más interactivas, colaborativas y significativas para todos los involucrados en el proceso educativo.
Nesta cartografia onlineobjetivamos compreender de que forma as milícias digitais de extrema dire... more Nesta cartografia onlineobjetivamos compreender de que forma as milícias digitais de extrema direita mobilizam pedagogias ciberfascistas, as operacionalizam, lançam mão de diferentes instrumentos didáticosedefinemalvos a serem alcançados. Partimos de estudos pós-estruturalistas para acompanhar linhas e fluxos de subjetivação que possibilitam produzir uma dada realidade (com seus territórios e práticas). As linhas de entrada de problematização são os vídeos com os depoimentos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das fake newse assédios virtuais em 2019; e as reportagens que vão ao encontro dos depoimentos daCPMI. Operamos com as linhas cartográficas utilizando as ferramentas conceituais foucaultianas de discurso e enunciado. Como resultado desta pesquisa, chegamos ao entendimento de que as milícias digitais mobilizam diferentes pedagogiasciberfascistascom vista a governar as condutas dos sujeitos por meio da produção, compartilhamento e viralização de práticas e de conteúdos odiosos, desumanizando o/a outro/a, transformando pessoas em alvos, coisa, objeto, algo inclusive a ser exterminado.
En este artículo, reportamos una experiencia en un curso de formación realizado con el objetivo d... more En este artículo, reportamos una experiencia en un curso de formación realizado con el objetivo de desarrollar competencia en preparar una clase basada en los Principios de Educación en Línea. A través del curso, buscamos comprender cómo los profesores universitarios dan un nuevo significado a sus prácticas educativas en línea. Elegimos la epistemología de la práctica y la investigación con la experiencia docente para reflexionar sobre las narrativas de los docentes a lo largo del curso, especialmente las relacionadas con las clases que los docentes imparten, cómo las repensaron, actualizaron y les dieron nuevos significados. Entendemos que las resignificaciones se dan a través de múltiples procesos de extrañamiento, prácticas autorreflexivas, deconstrucción de una mentalidad, reconstrucción de supuestos teórico-epistémico-metodológicos y construcción de nuevos conocimientos docentes. Concluimos que la discusión sobre la educación en línea y sus principios tiene el potencial de dar un nuevo significado a las prácticas de los docentes.
In this article, we report an experience in a training course conducted with the aim of developin... more In this article, we report an experience in a training course conducted with the aim of developing competence in designing a class based on the Principles of Online Education. Through the course, we seek to understand how university professors give new meaning to their online educational practices. We chose the epistemology of practice and research with the teaching experience to think about the teachers' narratives throughout the course, especially those related to the classes that the teachers give, how they rethought, updated and gave them new meanings. We understand that resignifications occur through multiple processes of estrangement, self-reflective practices, the deconstruction of a mindset, reconstruction of theoretical-epistemic-methodological assumptions and construction of new teaching knowledge. We conclude that the discussion about online education and its principles have the potential to give new meaning to teachers' practices.
Neste artigo, relatamos uma experiência em um curso voltado para desenvolver a competência de pro... more Neste artigo, relatamos uma experiência em um curso voltado para desenvolver a competência de professoras/es universitárias/os em desenhar uma aula com base nos Princípios da Educação Online. Buscamos compreender como as/os docentes ressignificam suas práticas educativas em tempos de educação mediada por tecnologias. Movimentamo-nos pela epistemologia da prática e da pesquisa com a experiência docente para refletir sobre as narrativas que emergiram no curso, principalmente as relacionadas às aulas que as/os docentes dão, como as repensaram, atualizaram e lhes atribuíram novos/outros sentidos. Compreendemos que as ressignificações são constituídas por múltiplos processos de estranhamentos, por práticas reflexivas de si, pela desconstrução de algumas certezas, reconstrução dos pressupostos teórico-epistêmico-metodológicos e pela construção de novos/outros saberes docentes. Concluímos que a discussão sobre educação online e seus princípios têm potencial para a ressignificação das práticas das/os formadores no ensino superior.
Neste trabalho, buscamos construir uma conversa com o professor-pesquisador Roberto Sidney Macedo... more Neste trabalho, buscamos construir uma conversa com o professor-pesquisador Roberto Sidney Macedo. Organizamos esta conversa em três blocos temáticos: o conceito e os limites da conversação; a conversação na pesquisa e na formação; e algumas problemáticas da conversação em nosso tempo.
Nesta pesquisa, buscamos compreender os sentidos das conversações em uma aula. Teorizamos-problem... more Nesta pesquisa, buscamos compreender os sentidos das conversações em uma aula. Teorizamos-problematizamos a complexidade desse tipo de conversação com base nos estudos pós-estruturalistas. Em termos metodológicos, utilizamos a cibercartografia para analisar as experiências de conversação que nos afetaram durante os encontros online em um curso de formação continuada de uma universidade pública em 2022. Para produzir os sentidos provisórios das conversações que emergiram com as/os cursistas, mobilizamos as ferramentas conceituais foucaultianas de enunciado e discurso, o que nos possibilitou conjecturar que: a conversação em aula não está livre da relação de poder-saber; conversar é construir sentidos partilhados; é importante a/o docente estar aberto à conversação em aula; e a conversação é constituinte da diferenciação. Esses sentidos contribuem para a desconstrução da pedagogia cibertecnicista que tem empreendido esforços para automatizar o ensino sem professoras/es, que, entre outras medidas, inibe/anula a conversação do processo educacional.
Neste texto, definimos, caracterizamos, fundamentamos, historicizamos e problematizamos o ciberte... more Neste texto, definimos, caracterizamos, fundamentamos, historicizamos e problematizamos o cibertecnicismo, uma abordagem didático-pedagógica instrucionista e massiva baseada nas tecnologias digitais em rede em que os processos educacionais são semi ou totalmente automatizados por meio de técnicas e tecnologias como instrução programada, plataformização, youtuberização, gamificação, algoritmização, dataficação, entre outras. O cibertecnicismo visa a efetivar uma arte de ensinar sem professores, com pouca ou nenhuma mediação humana, mantendo os princípios básicos da racionalidade técnica e científica que caracterizaram o tecnicismo, agora reconfigurado pelas tecnologias digitais em rede.
Atualmente, temos presenciado o crescimento acelerado das tecnologias digitais em rede na vida co... more Atualmente, temos presenciado o crescimento acelerado das tecnologias digitais em rede na vida cotidiana. Essas tecnologias vêm modificando o modo como nos relacionamos, pesquisamos, estudamos, ..., produzindo novas e emergentes práticas culturais e formas de existir, dando sentido e forma à cibercultura, também denominada sociedade em rede ou sociedade do controle. A partir desse contexto (ciber)cultural, nesta pesquisa nos questionamos: “Como aprendemos-ensinamos a nos tornar o que somos em tempos de cibercultura?” Apostamos na ideia de que as práticas ciberculturais mobilizam inúmeras pedagogias que nos conduzem a múltiplas experiências deformativas e desformativas. Para pensar-fazer esta pesquisa, realizamos movimentos com a pesquisa-cartográfica online, que partem das epistemologias pós-estruturalistas. Cartografamos experiências em/na rede visando a produzir teorizações sobre o hoje, interseccionadas às discussões de gênero, sexualidade, raça, formação, classe, entre outros marcadores sociais. Acompanhamos rastros online que nos fornecessem pistas de como as pedagogias ciberculturais se constituem no presente e reverberam naquilo que nos tornamos, dizemos ser, compartilhamos. Por meio dos dados analisados nesta tese, buscamos cartografar como as pedagogias ciberculturais aparecem, se constituem, suas formações históricas, operacionalizações em rede, desdobramentos na micro/macropolítica da vida cotidiana. Cartografamos que a cibercultura é marcada por inúmeros acontecimentos, entre eles, movimentos e práticas fascistas que operam no sentido e na propagação do ódio às diferenças, que chamamos aqui de “ciberfascistas”. Como desdobramento dos dados analisados, chegamos (produzimos) à noção de “pedagogias ciberfascistas”, operacionalizadas para governar as condutas dxs sujeitxs por meio da produção, partilha e viralização de práticas e de conteúdos odiosos contra as diferenças, destruindo a humanização dx outrx, transformando-x em coisa, objeto, algo sem vida. Mas na vida cotidiana em/na rede não há somente o ódio; cartografamos que há também movimentos insurgentes, antifascistas, e experiências que alargam a liberdade ética e as redes existenciais de afeto, de solidariedade e de colaboração. As análises nos levaram à noção de “pedagogias ciberinsurgentes”, aquelas que nos conduzem à rebelião contra todas as formas de fascismos, operacionalizadas por redes de indignação e apoio, por meio de partilhas-viralizações que visam a ampliar/dilatar a convivência entre as diferenças e a existências das vidas dissidentes, o fortalecimento dos laços sociais, a cidadania horizontal. São mobilizadas por sujeitxs em alianças com outrxs sujeitxs, tendo como objetivos encorajar, ajudar a denunciar dores e anunciar intervenções de lutas e insurgências, além de potencializar múltiplas intervenções nas cidades-ciberespaços, promover lutas a favor de causas humanitárias, sociais, civis, ecológicas, econômicas, entre outras.
Resumo Pensar a formação autoral no stricto sensu é um desafio diário e requer inventividades did... more Resumo Pensar a formação autoral no stricto sensu é um desafio diário e requer inventividades didático-pedagógicas, abertura à/ao outra/o e escuta sensível. Esta pesquisa-formação na cibercultura é um desdobramento de uma pesquisa de pós-doutorado que tem por objetivo compreender as experiências autorais de estudantes no cotidiano da disciplina de Pesquisa em Educação em 2023. Para fazer esta pesquisa, criamos situações de aprendizagem autorais, organizadas em unidades didático-pedagógicas na plataforma Padlet. Cada uma dessas unidades visa à promoção de saberes acadêmicos, sobretudo voltados à escrita do projeto de pesquisa, e inspiradas na didática cibercultural. Com base nas experiências vivenciadas que emergiram dessas unidades, buscamos produzir sentidos provisórios, os quais organizamos em: "Experiências formacionais no stricto sensu", "Bidocência e planejamento colaborativo" e "Avaliações das/os estudantes sobre a disciplina de Pesquisa em Educação".
Nesta pesquisa-com a experiência, buscamos compreender como as/os docentes criam atos de currícul... more Nesta pesquisa-com a experiência, buscamos compreender como as/os docentes criam atos de currículo antissexistas e antirracistas na Educação Básica. Mobilizamos os estudos pós-estruturalistas e o feminismo negro interseccional para pensar-fazer esta pesquisa. Por conta da pandemia da Covid-19, ficamos impossibilitados de fazer pesquisa de campo presencial, o que nos levou a produzir um questionário aberto online (via Google Form) como ferramenta de pesquisa, compartilhado em grupos de docentes no WhatsApp em 2021. Nesta pesquisa, contamos com a participação de 31 docentes mulheres que atuam em escolas localizadas em diferentes municípios do estado do Rio de Janeiro. Embora metade das docentes tenha dito que não sofreu ou presenciou casos de racismo e sexismo na escola, o que pode ser questionado, todas reconhecem a importância de colocar em ação práticas antirracistas e antissexistas cotidianas por meio de livros, vídeos e histórias voltadas para o empoderamento feminino e racial. Dessa forma, consideramos urgente o investimento de políticas públicas de formação para que docentes direcionem seus esforços no planejamento de ações antirracistas e antissexistas, enfrentando os desafios e dilemas de aprender-ensinar em parceria com crianças e jovens em uma sociedade estruturalmente racista e cisheteropatriarcal como a nossa.
RESUMO Diante do agravamento da pandemia da covid-19 no Brasil em 2021 e da proliferação de fake ... more RESUMO Diante do agravamento da pandemia da covid-19 no Brasil em 2021 e da proliferação de fake news, discursos de ódio, negacionistas e ideológicos contra a vacinação e as medidas de prevenção da doença, o comitê brasileiro do Conselho Internacional de Museus (ICOM BR) lançou a campanha online #MuseusPelaVida, disponibilizando em sua página um guia com recomendações de modos de abordagem sobre o tema. Com base no guia, buscamos compreender de que modo as recomendações para a campanha foram operacionalizadas nas redes pelos museus. Para tal, optamos pela cartografia na cibercultura para pensar-produzir esta pesquisa no Instagram durante o período de 10 a 31 de maio de 2021. Como desdobramento dessa cartografia na cibercultura, compreendemos que campanhas como essa do #MuseusPelaVida se apresentam como necessárias e fundamentais em nosso tempo, uma vez que vivemos em uma sociedade marcada pela política do ódio e do descrédito para com a ciência; e sugerimos que futuras ações online de campanhas ativistas de museus ultrapassem o modelo comunicacional massivo e lancem mão dos pressupostos e indicadores da Educação Museal Online a fim de gerar a participação ativa dos usuários por meio de conversações que fomentem a colaboração e a coautoria entre os museus e seus públicos, ampliando o alcance social e a democratização dessas instituições.
Neste artigo, por meio de uma abordagem teórico-metodológica baseada na Análise da Conversação, a... more Neste artigo, por meio de uma abordagem teórico-metodológica baseada na Análise da Conversação, analisamos quantitativamente as conversas realizadas por videoconferência em um curso remoto de formação continuada ofertado em 2022 em uma universidade federal. O corpus de análise desta pesquisa consistiu nos vídeos-registros dos 15 encontros remotos realizados em três turmas, totalizando 45 vídeos, cada um contendo aproximadamente o registro de duas horas de conversa. Analisamos alguns desses registros para compreender as dinâmicas de conversação empregadas em aulas remotas. Medimos o tempo de fala de cada participante, comparamos o tempo de fala do professor em relação ao tempo de fala das/os estudantes, e caracterizamos como os turnos ocorreram ao longo de sessões de aula remota. Analisamos a conversação em função de dois aspectos: se o professor falou muito mais que as/os cursistas, e se todas/os as/os cursistas participaram da conversa. Identificamos empiricamente, através de uma abordagem indutiva, a realização de quatro dinâmicas de conversação: conversação focada no/a professor/a, conversação livre, conversação em fila e conversação em grupo. Argumentamos, a partir das análises apresentadas, que a promoção ou inibição da conversação nas aulas é um projeto, pois depende principalmente da dinâmica conversacional empregada na situação didática proposta pelo/a professor/a. PALAVRAS-CHAVE: Conversação em aula, formação continuada de professores, Análise da Conversação, aula remota, videoconferência.
Neste artigo, buscamos produzir sentidos sobre os usos que estudantes fazem do ChatGPT em seus ... more Neste artigo, buscamos produzir sentidos sobre os usos que estudantes fazem do ChatGPT em seus processos formativos. Nosso objetivo é compreender se estudantes estão copiando e colando do ChatGPT, entregando suas mentes e vozes para essa IA como temido por muitas/os docentes, ou se a estão utilizando para outras finalidades. Fizemos-pensamos esta pesquisa com base em estudos da cibercultura, subjetividade, epistemologias das práticas e pesquisa-com a experiência. Como resultado, reconhecemos que estudantes estão usando o ChatGPT não somente para o copiar-e-colar, mas estão o utilizando criticamente para diferentes finalidade se atribuindo-lhe diferentes papéis. Identificamos novos modos de estudar no presente, como também a emergência de novas situações didáticas que contam com a atuação do ChatGPT e de outras IAs. O uso cada vez mais disseminado e rotineiro do ChatGPT nos possibilitou cogitar a emergência de um novo perfil cognitivo, o do leitor generativo, aquele que lê as obras que produz em coautoria humano-IA.
Frente al contexto pandémico del COVID-19 surgió la necesidad de repensar las prácticas pedagógic... more Frente al contexto pandémico del COVID-19 surgió la necesidad de repensar las prácticas pedagógicas y didácticas para una educación no presencial. En este artículo se presenta y caracteriza la educación en línea, un enfoque que promueve la interactividad, la colaboración, la conversación y la autoría. La argumentación teórica parte de ocho principios de la educación en línea en contraste con el enfoque instruccionista masivo que se adopta comúnmente en la educación no presencial y, a veces, también en la presencial. Estos principios han sido elaborados a partir de experiencias didácticas como docentes universitarios e investigaciones teórico-metodológicas de más de 10 años en el área de la Tecnología Educativa. Con los principios de la educación en línea, nuestro objetivo es guiar a los profesores en el diseño de clases más interactivas, colaborativas y significativas para todos los involucrados en el proceso educativo.
Nesta cartografia onlineobjetivamos compreender de que forma as milícias digitais de extrema dire... more Nesta cartografia onlineobjetivamos compreender de que forma as milícias digitais de extrema direita mobilizam pedagogias ciberfascistas, as operacionalizam, lançam mão de diferentes instrumentos didáticosedefinemalvos a serem alcançados. Partimos de estudos pós-estruturalistas para acompanhar linhas e fluxos de subjetivação que possibilitam produzir uma dada realidade (com seus territórios e práticas). As linhas de entrada de problematização são os vídeos com os depoimentos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das fake newse assédios virtuais em 2019; e as reportagens que vão ao encontro dos depoimentos daCPMI. Operamos com as linhas cartográficas utilizando as ferramentas conceituais foucaultianas de discurso e enunciado. Como resultado desta pesquisa, chegamos ao entendimento de que as milícias digitais mobilizam diferentes pedagogiasciberfascistascom vista a governar as condutas dos sujeitos por meio da produção, compartilhamento e viralização de práticas e de conteúdos odiosos, desumanizando o/a outro/a, transformando pessoas em alvos, coisa, objeto, algo inclusive a ser exterminado.
En este artículo, reportamos una experiencia en un curso de formación realizado con el objetivo d... more En este artículo, reportamos una experiencia en un curso de formación realizado con el objetivo de desarrollar competencia en preparar una clase basada en los Principios de Educación en Línea. A través del curso, buscamos comprender cómo los profesores universitarios dan un nuevo significado a sus prácticas educativas en línea. Elegimos la epistemología de la práctica y la investigación con la experiencia docente para reflexionar sobre las narrativas de los docentes a lo largo del curso, especialmente las relacionadas con las clases que los docentes imparten, cómo las repensaron, actualizaron y les dieron nuevos significados. Entendemos que las resignificaciones se dan a través de múltiples procesos de extrañamiento, prácticas autorreflexivas, deconstrucción de una mentalidad, reconstrucción de supuestos teórico-epistémico-metodológicos y construcción de nuevos conocimientos docentes. Concluimos que la discusión sobre la educación en línea y sus principios tiene el potencial de dar un nuevo significado a las prácticas de los docentes.
In this article, we report an experience in a training course conducted with the aim of developin... more In this article, we report an experience in a training course conducted with the aim of developing competence in designing a class based on the Principles of Online Education. Through the course, we seek to understand how university professors give new meaning to their online educational practices. We chose the epistemology of practice and research with the teaching experience to think about the teachers' narratives throughout the course, especially those related to the classes that the teachers give, how they rethought, updated and gave them new meanings. We understand that resignifications occur through multiple processes of estrangement, self-reflective practices, the deconstruction of a mindset, reconstruction of theoretical-epistemic-methodological assumptions and construction of new teaching knowledge. We conclude that the discussion about online education and its principles have the potential to give new meaning to teachers' practices.
Neste artigo, relatamos uma experiência em um curso voltado para desenvolver a competência de pro... more Neste artigo, relatamos uma experiência em um curso voltado para desenvolver a competência de professoras/es universitárias/os em desenhar uma aula com base nos Princípios da Educação Online. Buscamos compreender como as/os docentes ressignificam suas práticas educativas em tempos de educação mediada por tecnologias. Movimentamo-nos pela epistemologia da prática e da pesquisa com a experiência docente para refletir sobre as narrativas que emergiram no curso, principalmente as relacionadas às aulas que as/os docentes dão, como as repensaram, atualizaram e lhes atribuíram novos/outros sentidos. Compreendemos que as ressignificações são constituídas por múltiplos processos de estranhamentos, por práticas reflexivas de si, pela desconstrução de algumas certezas, reconstrução dos pressupostos teórico-epistêmico-metodológicos e pela construção de novos/outros saberes docentes. Concluímos que a discussão sobre educação online e seus princípios têm potencial para a ressignificação das práticas das/os formadores no ensino superior.
Neste trabalho, buscamos construir uma conversa com o professor-pesquisador Roberto Sidney Macedo... more Neste trabalho, buscamos construir uma conversa com o professor-pesquisador Roberto Sidney Macedo. Organizamos esta conversa em três blocos temáticos: o conceito e os limites da conversação; a conversação na pesquisa e na formação; e algumas problemáticas da conversação em nosso tempo.
Nesta pesquisa, buscamos compreender os sentidos das conversações em uma aula. Teorizamos-problem... more Nesta pesquisa, buscamos compreender os sentidos das conversações em uma aula. Teorizamos-problematizamos a complexidade desse tipo de conversação com base nos estudos pós-estruturalistas. Em termos metodológicos, utilizamos a cibercartografia para analisar as experiências de conversação que nos afetaram durante os encontros online em um curso de formação continuada de uma universidade pública em 2022. Para produzir os sentidos provisórios das conversações que emergiram com as/os cursistas, mobilizamos as ferramentas conceituais foucaultianas de enunciado e discurso, o que nos possibilitou conjecturar que: a conversação em aula não está livre da relação de poder-saber; conversar é construir sentidos partilhados; é importante a/o docente estar aberto à conversação em aula; e a conversação é constituinte da diferenciação. Esses sentidos contribuem para a desconstrução da pedagogia cibertecnicista que tem empreendido esforços para automatizar o ensino sem professoras/es, que, entre outras medidas, inibe/anula a conversação do processo educacional.
Neste texto, definimos, caracterizamos, fundamentamos, historicizamos e problematizamos o ciberte... more Neste texto, definimos, caracterizamos, fundamentamos, historicizamos e problematizamos o cibertecnicismo, uma abordagem didático-pedagógica instrucionista e massiva baseada nas tecnologias digitais em rede em que os processos educacionais são semi ou totalmente automatizados por meio de técnicas e tecnologias como instrução programada, plataformização, youtuberização, gamificação, algoritmização, dataficação, entre outras. O cibertecnicismo visa a efetivar uma arte de ensinar sem professores, com pouca ou nenhuma mediação humana, mantendo os princípios básicos da racionalidade técnica e científica que caracterizaram o tecnicismo, agora reconfigurado pelas tecnologias digitais em rede.
Nesta pesquisa-formação na cibercultura, optamos pelas técnicas de Análise da Conversação (AC) e ... more Nesta pesquisa-formação na cibercultura, optamos pelas técnicas de Análise da Conversação (AC) e Análise de Rede Social (ARS) para nos apoiar na interpretação da conversação estabelecida no fórum da disciplina Informática na Educação, que é uma disciplina obrigatória do 4º período e ofertada no curso de licenciatura em Pedagogia a distância pela Uerj/Cederj/UAB. Nesta pesquisa, tínhamos como objetivo compreender a mediação entre docente-cursistas e cursistas-cursistas num fórum de discussão pela plataforma Moodle. O fórum de discussão é um meio comunicacional assíncrono que possibilita aos/às participantes fazerem reflexões densas e discutir em profundidade, sendo um espaço para produção de conversas relacionadas ao conteúdo da aula. Como achado emergente da pesquisa, destacamos a potência de tais técnicas para apoiar a mediação online.
Nesta presente pesquisa-formação na cibercultura, objetivamos compreender os usos que as pratican... more Nesta presente pesquisa-formação na cibercultura, objetivamos compreender os usos que as praticantes – cursistas – fazem com aplicativos para dispositivos móveis na educação online. Para isso, propomos atos de currículo voltados para a produção autoral de conteúdo via realidade aumentada (RA) e para a promoção da (des-re)construção do conhecimento em rede. A presente pesquisa aconteceu no cotidiano da disciplina de “Informática na Educação” do curso de Licenciatura em Pedagogia a distância pela UERJ/CEDERJ/UAB, em 2017/02. Com base nos produtos criados pelas praticantes e na interatividade em múltiplos espaços-tempos, identificamos rastros de autorias colaborativas via App em rede, as quais são um desdobramento da produção-participação coletiva; são construídas nas relações com os outros: por meio de conversas, nas tessituras de pontos de vista distintos e em tensões cotidianas; e são autorias tecidas em situações de negociações, partilhas e colaborações.
Denominamos cibercultura todas práticas culturais contemporâneas dinamizadas pelas novas tecnolog... more Denominamos cibercultura todas práticas culturais contemporâneas dinamizadas pelas novas tecnologias digitais em rede. Nesse artigo, buscamos discutir esse novo cenário analisando as imagens, os atos educativos e a forma de contar histórias que tomaram e tomam novas formas que interferem diretamente no fazer e no pensar a Educação. Discutiremos, portanto, as imagens que são criadas-produzidas pelos dispositivos móveis, as quais chamamos, com Santaella (2007) de imagens voláteis e Digital Storytelling, (LAMBERT, 2002; 2010) como novos dispositivos de educar, formar e contar histórias na cibercultura.
Observação: este capítulo de livro "Imagens voláteis e Digital Storytelling: novas práticas pedagógicas na cibercultura" compõe a obra "Pesquisa e mobilidade na cibercultura: itinerâncias docentes" (PORTO; SANTOS; OSWALD; e COUTO, 2015).
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Observação: este capítulo de livro "Imagens voláteis e Digital Storytelling: novas práticas pedagógicas na cibercultura" compõe a obra "Pesquisa e mobilidade na cibercultura: itinerâncias docentes" (PORTO; SANTOS; OSWALD; e COUTO, 2015).