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Flavia Fernandes de Oliveira

    Flavia Fernandes de Oliveira

    É de conhecimento público que a violência armada tem se aproximado das escolas fluminenses desde a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora, iniciadas no ano de 2008. Com a escolha dessa política de segurança, as favelas do Rio de... more
    É de conhecimento público que a violência armada tem se aproximado das escolas fluminenses desde a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora, iniciadas no ano de 2008. Com a escolha dessa política de segurança, as favelas do Rio de Janeiro passaram a conviver com disputas territoriais armadas entre traficantes e a polícia. Nessas comunidades, além dos outros espaços de convivência, estão as escolas. O objetivo deste estudo foi analisar e compreender os desdobramentos da violência armada para as aulas de educação física e para a escola, localizada em uma região de constantes conflitos armados entre os traficantes e a polícia no Rio de Janeiro. Para isso, foi escolhida uma unidade escolar situada no interior de uma das comunidades que mais registravam confrontos no Complexo do Alemão, no subúrbio carioca. Trata-se de uma pesquisa qualitativa - um estudo etnográfico - onde foram conduzidas observações participantes e entrevistas semiestruturadas com todas as três professoras de educação física da escola estudada. Observou-se o comportamento de alunos e professores ao longo do cotidiano escolar e constatou-se que esses corpos nos espaços de educação física estão mais expostos aos riscos de vitimização que nas demais aulas de outras disciplinas, devido à menor proteção física destes locais. Também observamos de dentro da escola a dinâmica que a violência armada impõe à comunidade escolar, nos momentos em que há confrontos e a escola permanece aberta, e constatamos que as repercussões dos conflitos podem permanecer mesmo dias após os confrontos terem terminado objetivamente, estendendo o tempo do que categorizamos como reflexos sutis.
    Palavras-chave: Educação; Violência Armada; Educação Física; Favela; Escola.

    A violência escolar, não difere das formas de violência praticadas na sociedade, mas existem formas de violência que são da escola, consideradas simbólicas em que os sujeitos da ação as executam normalmente, de forma natural por conta das desigualdades sociais, de gênero, de raça, dentre outras. Já as manifestações de violência que surgem nas escolas, podem ser frutos de ações violentas que ocorrem na sociedade, criminalidades como furtos, roubos, depredações de prédios, invasão, causando brigas, chacinas, entre um grupo contra outro grupo, ou um indivíduo contra outro ou contra os outros. Neste painel iremos apresentar três estudos acerca da temática em que o primeiro teve como objetivo analisar e compreender os desdobramentos da violência armada para as aulas de educação física e para a escola, localizada em uma região de constantes conflitos armados entre os traficantes e a polícia no Rio de Janeiro. O segundo estudo o objetivo foi de comparar os estudos de Oliveira (2007) que aplicou questionário sobre bullying, durante as aulas de educação física, com os estudos de Zequinão et al (2019), verificou-se as possíveis associações do bullying em Portugal e no Brasil, para saber se houve alguma mudança significativa na representação dos alunos (as) sobre serem maltratados por outros na escola. E o terceiro que teve como objeto de estudo discutir acerca da temática das atividades lúdicas cooperativas no processo de aprimoramento do relacionamento interpessoal no contexto escolar para uma mudança significativa no comportamento individual em relação à agressividade e preconceito, para enfrentamento direto de conflitos.
    Palavras-chave: Violência; Escola; Educação Física.
    O bullying é um comportamento violento, intencional e repetitivo, contra uma pessoa, que pode causar danos físicos e psicológicos. Durante a pesquisa de mestrado Oliveira(2007) investigou o fenômeno em escolas públicas municipais do Rio de Janeiro, durante as aulas de Educação Física, em que a competitividade e a agressividade estavam presentes, além de ocorrência de casos de violência física e verbal, por parte de alguns alunos ou alunas, por serem mais habilidosos que os outros, o que acabou gerando agressividade ou exclusão de alguns meninos e meninas da atividade. Na pesquisa conduzida por Zequinão et al (2019), verificou-se as possíveis associações do bullying em Portugal e no Brasil, através Questionário de Olweus aplicado em 789 crianças e adolescentes. Os resultados deste estudo mostraram que os brasileiros se autodeclararam mais vítimas e os portugueses mais vítimas-agressoras
    em ambos os países, o local em que mais aconteceram agressões foi no recreio. Neste estudo iremos comparar se houve alguma mudança significativa na representação dos alunos (as) sobre serem maltratados por outros na escola, em ambos os estudos. A pesquisa é exploratória de campo, de caráter descritivo de ambos os estudos. Concluiu-se que nem todos os atos de violência ocorridos na escola pode-se considerar como sendo bullying, como apresentou a pesquisa de Oliveira (2007), já a pesquisa recente de Zequinão (2019) mostrou que, os brasileiros apresentaram mais indícios de vulnerabilidade para o envolvimento em situações de bullying. Com isto na nossa percepção ou o questionário não está adequado para realidade cultural brasileira ou os professores, ou inspetores ou adultos não sabem identificar que os atos agressivos são atos de violência.
    Palavras- chave: Bullying; Violência; Agressão; Escola.
    A concepção biologizante da Educação Física é o conceito restrita entre a saúde e a biologia, que se perpetua por muito tempo na área para dar conta do status quo.   O presente artigo tem como objetivo investigar a representatividade das... more
    A concepção biologizante da Educação Física é o conceito restrita entre a saúde e a biologia, que se perpetua por muito tempo na área para dar conta do status quo.   O presente artigo tem como objetivo investigar a representatividade das subáreas da educação física dentro dos cursos de pós-graduação stricto sensu no Rio de Janeiro e discutir os efeitos desta distribuição na constituição do campo, a partir da análise genealógica foucaultiana. Para tal foi realizado um levantamento nos três programas de pós-graduação stricto-sensu do Rio de Janeiro, que buscou coletar dados do quadriênio (2017-2020), número de docentes, dissertações e teses defendidas ou em andamento nesse período. Conclui-se que diante da genealogia foucaultiana em que o saber-poder na discursividade da biologização da Educação Física nos permite compreender que a Educação Física se aproxima do modelo hegemônico de ciência, conquistando maior legitimidade nos campos científico e social.