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  • Graduado em Filosofia, especialista em Antropologia Filosófica, mestre em Educação (UFPR) e doutor em Filosofia da Ed... moreedit
Este artigo apresenta, problematiza e analisa alguns pressupostos do método de recepção filosófica de Agnes Heller presentes em sua obra A Filosofia Radical. O conceito de recepção filosófica ocupa lugar central na análise. Mostra que não... more
Este artigo apresenta, problematiza e analisa alguns pressupostos do método
de recepção filosófica de Agnes Heller presentes em sua obra A Filosofia
Radical. O conceito de recepção filosófica ocupa lugar central na análise.
Mostra que não é possível pensar em educação filosófica senão a partir
de uma epistemologia de referência circunscrita por um modus operandi
filosófico. Daí decorre que só é possível conferir identidade e legitimidade
à filosofia quando se reconhece e se estabelece uma “territorialidade
epistemológica”. Essa territorialidade se expressa por meio do estatuto de
conhecimento propriamente filosófico, mas que se afirma como saber filosófico
radical na medida em que não separa o conhecimento das condições
humano-sociais de quem o tornou possível. Mais do que um conjunto de
argumentos lógicos intelectivamente ordenados, conhecer com radicalidade
tem a ver com atitude, com posicionamento que não separa o pensar do
agir e da vida. A utopia racional, o carecimento, a atitude, a objetivação
filosófica, são algumas das noções conceituais que possibilitam instituir e
dar identidade ao Método filosófico, do modo como ele é compreendido e
justificado por Heller.
Este artigo tem como objetivo refletir acerca de elementos importantes para se instaurar uma pratica de fi losofi a no ensino fundamental. Para tanto, parte da problematizacao da compreensao dos sujeitos desse pro-cesso: as criancas e da... more
Este artigo tem como objetivo refletir acerca de elementos importantes para se instaurar uma pratica de fi losofi a no ensino fundamental. Para tanto, parte da problematizacao da compreensao dos sujeitos desse pro-cesso: as criancas e da concepcao de fi losofi a, evidenciando que o papel do(a) professor(a) no processo de ensino, o reconhecimento da sobera-nia da crianca que brinca e sua relacao com a historia sao fundamentais para proporcionar a elas uma educacao fi losofi ca, que esta vinculada ao reconhecimento da razao como possibilidade de refl exao critica e trans-formacao da realidade. Por isso parte do questionamento, da exposicao dos carecimentos do cotidiano, chega a filosofia e reconhece suas distintas vertentes como possibilidade de fazer refl etir sobre um modo de vida.
Este artigo tem por objetivo analisar e problematizar a reforma do Ensino Médio Lei 13.415/2018 e a última versão da Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio publicada pelo MEC em abril de 2018 partindo dos seguintes pressupostos: a... more
Este artigo tem por objetivo analisar e problematizar a reforma do Ensino Médio Lei 13.415/2018 e a última versão da Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio publicada pelo MEC em abril de 2018 partindo dos seguintes pressupostos: a reforma é resultado do rompimento, por parte do governo Temer, do debate republicano e democrático das políticas públicas em educação; a reforma reforça a desresponsabilização do Estado para com a coisa (res) pública resultando na perda de direitos, em especial, com a educação escolar;  a reforma  é um passo a mais na privatização da gestão pública por meio do repasse de dinheiro público para o setor privado; a reforma do ensino médio impõe limites curriculares que aprofundam a separação entre o domínio dos conhecimentos valorizáveis economicamente e dos conhecimentos culturais.  A partir de um posicionamento crítico, orientado por princípios materialistas e dialéticos, procura-se situar o debate da reforma do ensino no contexto das reformas em cur...
O presente artigo problematiza e analisa, a partir da perspectiva da teoria crítica da sociedade, a relação entre educação e justiça social na sociedade hodierna. Parte-se da hipótese que a justiça social só existe com a eliminação das... more
O presente artigo problematiza e analisa, a partir da perspectiva da teoria crítica da sociedade, a relação entre educação e justiça social na sociedade hodierna. Parte-se da hipótese que a justiça social só existe com a eliminação das desigualdades econômicas, sociais e culturais entre os indivíduos. Nesse caso, justiça social e capitalismo são, por natureza, incompatíveis. Justiça social tornou-se mera abstração, discurso político-jurídico-ideológico das classes mais abastadas. A norma padrão jurídica, os rituais escolares e religiosos justificam-se e operam a partir da moralidade judaico-cristã burguesa: “todos” têm direitos iguais. “Todos” os incluídos, convertidos, escolhidos ou eleitos, seja pela manifestação divina, seja pelo poder material ou político. A impossibilidade da existência de justiça social na sociedade moderna e contemporânea tem a ver com o problema da padronização e da racionalização exacerbada do processo da produção industrial e da reprodução social; com as c...
Este artigo procura explicitar os limites e possibilidades da institucionalizacao da educacao filosofica considerando o modus operandi hegemonico de seu ensino na atualidade. Mostra a necessidade de, por um lado, superar as concepcoes... more
Este artigo procura explicitar os limites e possibilidades da institucionalizacao da educacao filosofica considerando o modus operandi hegemonico de seu ensino na atualidade. Mostra a necessidade de, por um lado, superar as concepcoes metodologicas de ensino marcadas por praticas didaticopedagogicas de carater essencialmente instrumentalista e, por outro, fundamentar o metodo da educacao filosofica no horizonte mesmo da filosofia. Os desdobramentos da investigacao cingem-se de uma dimensao critica radical, posto que o significativo abandono do exercicio interrogante e a consequente capitulacao da razao, potencialmente instituinte, em favor da reproducao de conceitos e formulacoes consagradas, tem caracterizado muitas das producoes sobre a educacao filosofica. Consubstancia a reflexao, alem da experiencia acumulada dos autores, o que confere a proposicao o aporte praxico, os categoriais de analise de autores ligados a tradicao marxista, sobretudo Agnes Heller, Georg Lukacs e Antonio Gramsci. Nesta investigacao, que e tambem, um discurso propositivo, realizam-se os primeiros movimentos de um exercicio de explicitacao pela via ontologica, do problema do metodo filosofico para a educacao filosofica e para o ensino de filosofia.
RESUMO Este artigo apresenta, problematiza e analisa alguns pressupostos do método de recepção filosófica de Agnes Heller presentes em sua obra A Filosofia Radical. O conceito de recepção filosófica ocupa lugar central na análise. Mostra... more
RESUMO Este artigo apresenta, problematiza e analisa alguns pressupostos do método de recepção filosófica de Agnes Heller presentes em sua obra A Filosofia Radical. O conceito de recepção filosófica ocupa lugar central na análise. Mostra que não é possível pensar em educação filosófica senão a partir de uma epistemologia de referência circunscrita por um modus operandi filosófico. Daí decorre que só é possível conferir identidade e legitimidade à filosofia quando se reconhece e se estabelece uma "territorialidade epistemológica". Essa territorialidade se expressa por meio do estatuto de conhecimento propriamente filosófico, mas que se afirma como saber filosófico radical na medida em que não separa o conhecimento das condições humano-sociais de quem o tornou possível. Mais do que um conjunto de argumentos lógicos intelectivamente ordenados, conhecer com radicalidade tem a ver com atitude, com posicionamento que não separa o pensar do agir e da vida. A utopia racional, o ca...
A questão-problema central que esse artigo apresenta tem a ver com a análise crítica que os autores da Teoria Crítica, particularmente Adorno e Horkheimer, estabelecem entre o projeto de esclarecimento e os limites da emancipação do... more
A questão-problema central que esse artigo apresenta tem a ver com a análise crítica que os autores da Teoria Crítica, particularmente Adorno e Horkheimer, estabelecem entre o projeto de esclarecimento e os limites da emancipação do indivíduo. A partir dessa abordagem teórica procura-se mostrar se é possível pensar num projeto emancipatório no contexto da sociedade capitalista hodierna.  Por um lado, busca-se problematizar a contradição: o esclarecimento como promessa de uma sociedade melhor e aquilo que ele, de fato, se tornou: uma razão totalitária. Por outro lado, procura-se entender, a partir do posicionamento dos autores, se frente ao pretenso projeto de esclarecimento, a filosofia e a educação teriam um poder de resistência em relação ao rumo caótico que o processo civilizatório tomou.
O presente artigo sistematiza e problematiza o sentido e a função do ensino de Filosofia no contexto das políticas públicas educacionais a partir da publicação da LDBEN 9394/96, explicitando as principais contradições existentes entre as... more
O presente artigo sistematiza e problematiza o sentido e a função do ensino de Filosofia no contexto das políticas públicas educacionais a partir da publicação da LDBEN 9394/96, explicitando as principais contradições existentes entre as intencionalidades expressas nas fundamentações, justificativas e concepções dos documentos oficiais e as ações que as traduzem no âmbito das instâncias político-administrativa e escolar, explicitando que as concepções utilizadas como justificativa das reformas educacionais em prol de uma suposta qualidade, ocultam a essência das relações de manutenção do poder hegemônico da sociedade capitalista e suas formas de (con)formação. Reafirma a necessidade não só da manutenção da Filosofia no Ensino Médio como também de seu tratamento didático-pedagógico que a considere como uma disciplina que possui especificidade metodológica, estatuto disciplinar próprio, conteúdos socialmente referendados, podendo contribuir com o processo de humanização e emancipação ...
Este artigo analisa dois pressupostos teóricos considerados centrais da prática do ensinar e aprender Filosofia: o agir comunicativo em Habermas e o pensar como forma de resistência em Adorno. A Filosofia e seu ensino em Habermas são... more
Este artigo analisa dois pressupostos teóricos considerados centrais da prática do ensinar e aprender Filosofia: o agir comunicativo em Habermas e o pensar como forma de resistência em Adorno. A Filosofia e seu ensino em Habermas são desenvolvidos a partir da teoria do agir comunicativo, proporcionando-nos uma base teórica de reflexão, de uma educação racional e crítica. Na perspectiva adorniana, a função social do ensino está intrinsecamente ligada à crítica da sociedade burguesa e, por conseguinte, com a indústria cultural. Adorno procura mostrar que a educação formal tem um forte poder de resistência em relação ao rumo caótico do processo civilizatório. Aproximar esse sentido adorniano de resistência à prática de ensinar Filosofia é o intento proposto aqui. Ensinar Filosofia significa não aceitar as imposições políticas, institucionais e sociais como sendo naturais. A tarefa da Teoria Crítica - da Filosofia como ensino -, tem uma dimensão que remete à busca do exercício da autono...